Os “vagabundos” estão verdes? Um olhar psicossocial sobre o consumo verde, através da análise da percepção da classe socioeconômica C, no Rio de Janeiro

June 15, 2017 | Autor: Gapis Ufrj | Categoria: Sustentabilidade, Desenvolvimento sustentavel, Consumo
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VI Encontro Nacional da Anppas 18 a 21 de setembro de 2012 Belém – PA – Brasil

Os “vagabundos” estão verdes? Um olhar psicossocial sobre o consumo verde, através da análise da percepção da classe socioeconômica C, no Rio de Janeiro. Frederico Augusto Tavares Junior(UFRJ) Pós-Doutor em Psicossociologia/UFRJ Professor do Prgrama Eicos/IP/UFRJ. Professor da ECO/UFRJ e do MBA do Instituto de Economia/UFRJ [email protected] Marta de Azevedo Irving(UFRJ) Pós-doutora em Ciencias Sociais pela EHESS- França. Professora do Programa Eicos/IP/UFRJ [email protected] As relações entre natureza e sociedade ganham novos contornos e dimensões políticos, sociais, culturais e econômicos. Mediada pela noção de sustentabilidade ecológica, a temática ambiental vem se tornando uma questão estratégica de mercado e, ao mesmo tempo, foco de preocupação por parte de diferentes segmentos da sociedade, sobretudo em relação ao consumo. Neste contexto de reflexão, a sociedade contemporânea vem apresentando mudanças significativas em seus hábitos e estilos de consumo nos últimos anos, influenciada pelo paradigma da sustentabilidade ambiental (PORTILHO, 2003; ACSELRAD, 1999), especialmente no cenário de consumo de produtos com apelos ecológicos (“consumo verde”). Neste campo de análise, o tema do consumo verde vem sendo objeto de pesquisa e questionamento não somente da academia, mas também de empresas, que têm como um dos seus objetivos estratégicos investigar as novas “bolhas de consumo”, segundo a lógica de “capitalismo parasitário” proposto por Bauman, para criação de desejos e novas demandas de mercado. Além dos consumidores de poder aquisitivo elevado, scuppies e até mesmo decroissants, entre outros públicos de interesse investigados, começa a despontar um novo público-alvo dessa possível nova “bolha” que passa a perceber as estratégias de marketing ambiental, porém ainda não pesquisado, que é o consumidor da classe socioeconômica C (critério ABA- ABIPEME). Assim, o presente trabalho busca desvelar a percepção do segmento supracitado com relação aos produtos com apelos ecológicos, a fim de se compreender se o “consumo verde” propagado pelo marketing ambiental corporativo influencia ( e como) o comportamento de compra da classe C.

VI Encontro Nacional da Anppas 18 a 21 de setembro de 2012 Belém – PA – Brasil A metodologia utilizada é baseada em uma pesquisa qualitativa, por intermédio de um estudo exploratório, com base em levantamento bibliográfico e documental. A pesquisa de campo está sendo realizada no Rio de Janeiro, nas comunidades da Rocinha, Babilônia e Chapéu Mangueira. A base teórica adotada para a discussão dos dados se apóia em Zygmunt Bauman, através dos conceitos de modernidade líquida, capitalismo parasitário, comunidade e consumo. A pesquisa encontra-se em fase de campo e os resultados preliminares apontam para diferentes campos de percepção. Um ponto relevante é o papel da mídia na difusão e produção e sentido para o imaginário da classe C. É importante ressaltar também que começa a ocorrer, timidamente, uma procura por produtos com apelos ecológicos por parte do segmento pesquisado, entretanto o fator preço é determinante na tomada de decisão do consumidor desta classe socioeconômica. Palavras-chave: Consumo verde, Classe C, psicossociologia e Bauman

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