O_uso_das_TDICE_como_mediadoras_do_Proce.doc

June 1, 2017 | Autor: E. Firmino | Categoria: Tecnología Educativa, Processo de ensino-aprendizagem
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Descrição do Produto

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
Laboratório de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação em Mídias
Interativas/MEDIA LAB







O uso das Tecnologias Digitais da Informação, Comunicação e Expressão como
mediadoras do Processo de Ensino e Aprendizagem no Ensino Básico Público do
Guará, Distrito Federal





EMILIO ANTONIO DE PAULA FIRMINO













ANÁPOLIS
2016
EMILIO ANTONIO DE PAULA FIRMINO








O uso das Tecnologias Digitais da Informação, Comunicação e Expressão como
mediadoras do Processo de Ensino e Aprendizagem no Ensino Básico Público do
Guará, Distrito Federal




Trabalho de Conclusão de Curso apresentado
ao Programa de Pós-Graduação em nível de
Especialização em Inovação em Mídias
Interativas do Laboratório de Pesquisa,
Desenvolvimento e Inovação em Mídias
Interativas da Universidade Federal de
Goiás, como requisito parcial para obtenção
do grau de Especialista em Inovação em
Mídias Interativas.


Orientador: Prof. Dr. Cleomar de
Sousa Rocha


















ANÁPOLIS
2016
SUMÁRIO

"INTRODUÇÃO...................................................." "03 "
"....................................... " " "
"OBJETIVOS....................................................." "06 "
"........................................... " " "
" OBJETIVO " "06 "
"GERAL........................................................." " "
"................. " " "
" OBJETIVOS " "07 "
"ESPECÍFICOS..................................................." " "
"......... " " "
"REVISÃO DE " "07 "
"LITERATURA...................................................." " "
"............... " " "
" A FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA E A FUNÇÃO DO " "07 "
"PROFESSOR....................................................." " "
".................................... " " "
" O PROCESSO DE ENSINO E " "11 "
"APRENDIZAGEM.................................................." " "
"............................. " " "
" AS TDICE NA " "12 "
"EDUCAÇÃO......................................................" " "
"....... " " "
"MÉTODO DE " "14 "
"INVESTIGAÇÃO.................................................." " "
"............ " " "
" O DELINEAMENTO DA " "14 "
"PESQUISA.............................................. " " "
" CARACTERÍSTICAS DO ESTUDO DE " "15 "
"CASO............................. " " "
"A ESCOLHA PELA UTILIZAÇÃO DE UM INSTRUMENTO MISTO DE COLETA DE" " "
"DADOS: A COMUNICAÇÃO MEDIADA POR COMPUTADOR (CMC) E A TOMADA " "16 "
"DE DADOS PRESENCIAL (FTF) NA PESQUISA QUALITATIVA " " "
"COLETA DE " "18 "
"DADOS........................................................." " "
".................. " " "
"RESULTADOS E CONSIDERAÇÕES " "20 "
"FINAIS................................ " " "
"CONCLUSÃO....................................................." "24 "
"........................................ " " "
"REFERÊNCIAS " "25 "
"BIBLIOGRÁFICAS................................................" " "
".................. " " "
"ANEXO " "28 "
"I............................................................." " "
".............................................................." " "
"... " " "
"TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO E QUESTIONÁRIO PARA" " "
"GESTORES (pp. 1-2) E PARA PROFESSORES (pp. " "29 "
"1-4).........................................................." " "
".......................................................... " " "


1. INTRODUÇÃO


Não há como negar! As Tecnologias Digitais da Informação, Comunicação e
Expressão – TDICE - estão presentes no nosso dia-a-dia, afetando de forma
significativa o modo como nos comportamos em sociedade. Não queremos aqui
fazer uma crítica aos "hiperconectados", aqueles que não se desapegam nem
que seja por uma fração de tempo de seus dispositivos e que se desesperam
ao primeiro sinal de falta de bateria ou de queda do seu sinal de internet.
Pelo contrário! Estamos falando de como a TDICE, ao democratizar e
universalizar, facilitou a vida de milhares de cidadãos.
Já nos é familiar o uso de termos como e-commerce, e-governo, cibercultura
e ciberespaço, navegadores, mensageiros instantâneos, redes sociais
digitais, por que suas funções já estão tão atuantes sobre nós que não as
percebemos. É a computação ubíqua ou pervasiva. Esta tecnologia está
impactando nosso status quo e, de certa forma, nosso modus operandi, de
modo que já não conseguimos mais identifica-la como algo individual,
separado de nossas ações cotidianas.
Entretanto, mesmo com todas essas afirmações acima declaradas, existem
setores da sociedade onde essa tecnologia é subutilizada ou até mesmo,
ausente. Este setor é o Educacional.
Ainda não conseguimos perceber se esta resistência é por causa da
infraestrutura (as TDICE se apresentam em outros locais de infraestrutura
semelhantes!), se é por causa da presença de equipamentos conectados à
internet (a grande maioria dos alunos e professores possuem smartphones,
tablets, computadores e laboratórios de informática nas escolas!), se é por
causa da conectividade com a internet (ok, isso é um problema! Nossa
infraestrutura de telecomunicações é precária, antiquada e cheia de falhas.
Mas outros setores funcionam em consonância com as TDICE), se é problema de
formação continuada, ou inicial (há cursos, fóruns e vídeos na internet!)
ou se o problema ainda reside na manutenção de um sistema tradicionalista
de ensino, onde o protagonismo do professor se baseia na simples
transmissão de informações aos alunos, que, sem discutir, interagir ou
dialogar, se propõe apenas a copiar e reproduzir os conteúdos apresentados,
e, com base somente em sua capacidade de memorização, conseguir ser bem
avaliado.
Ao se propor a formar cidadãos capacitados para acompanhar as
transformações e as exigências da sociedade na qual estão inseridos, a
escola tem um papel basilar no desenvolvimento integral do ser humano. Ela
deve oferecer, além de uma formação acadêmica básica, noções de cidadania,
de diversidade e de sustentabilidade. Ser um cidadão nesta nova sociedade
significa repensar criticamente o seu protagonismo, sua posição diante das
demandas sociais e ser capaz de aproveitar das oportunidades que esta lhe
oferecer, a fim de garantir o mínimo de bem-estar.
Essa situação de protagonismo somente se processa caso a própria escola
consiga fazer com que o aluno compreenda a realidade da qual faz parte,
interpretando-a, (re)significando-a e contribuindo para sua transformação
(RAMOS, 2007, p.31). Para tanto, se faz necessário, além de outros
aspectos:
...a compreensão e o questionamento de concepções que
suportam a organização dos espaços-tempos escolares; a
explicitação de interesses que definem as políticas
educacionais; a compreensão do que seja método e as
intenções que o sustentam. (ANTONIO; GEHRKE e SAPELLI,
2008 apud GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL, 2013a, p.77).
Para que esse protagonismo se manifeste, é de se supor que o principal
protagonista deste processo de ensino-aprendizagem adquira novas
competências, habilidade e atitudes quanto ao uso das TDICE para que possam
atuar de forma efetiva na promoção da inclusão digital de seus alunos, e,
desta forma, propor uma quebra de paradigma quanto ao modelo educacional
atual.
Com o advento da internet como elemento de convergência informacional,
comunicacional e de expressão, era de se esperar que os educadores, peça
central do processo de aprendizagem, pudessem conduzir a Escola a este novo
modelo de Educação, apresentando-se mais "conectados", "sincronizados" e
"imersos" nesse modelo em que a sociedade se apresenta. Uma sociedade
baseada na informação e na construção de conhecimento.
Aparentemente, o Governo Brasileiro está "sincronizado" com esta demanda,
exigida por este novo modelo de sociedade, pois é de conhecimento geral que
a Escola ainda é um dos setores sociais onde se pode atingir o maior número
de indivíduos dentro de uma proposta de política pública de fomento a
promoção da inclusão digital, afastando, a partir destas ações, a
possibilidade de exclusão social.
Com o objetivo de preparar os educadores, políticas públicas de formação
inicial e formação continuada, de aperfeiçoamento e de especialização,
mediadas ou não pelas tecnologias educativas, são colocadas em prática pelo
Governo Brasileiro, no intuito de fomentar a construção uma sociedade
digitalmente inclusa.
Segundo Takahashi (2000, p.45), educar em uma sociedade da informação
significa muito mais que treinar as pessoas para o uso das tecnologias de
informação e comunicação:
...trata-se de investir na criação de competências
suficientemente amplas que lhes permitam ter uma atuação
efetiva na produção de bens e serviços, tomar decisões
fundamentadas no conhecimento, operar com fluência os
novos meios e ferramentas em seu trabalho, bem como
aplicar criativamente as novas mídias, seja em usos
simples e rotineiros, seja em aplicações mais
sofisticadas. Trata-se também de formar os indivíduos para
"aprender a aprender", de modo a serem capazes de lidar
positivamente com a contínua e acelerada transformação da
base tecnológica.


Para exemplificar a importância deste novo modelo educacional, tomemos como
exemplo uma dessas políticas públicas, cujo objetivo é a promoção do uso da
telemática como ferramenta de enriquecimento pedagógico no ensino público
básico: o Programa Nacional de Informática na Educação – ProInfo (BRANDÃO,
2010, p. 22).
A partir deste ponto, outras políticas públicas voltadas para Inclusão
Digital se fortaleceram e se ampliaram, principalmente após a publicação do
Livro Verde, organizado por Tadao Takahashi, da Sociedade da Informação no
Brasil, através do Ministério da Ciência e Tecnologia, em 2000[1]. Segundo
as palavras do ex-Ministro de Estado de Ciência e Tecnologia, Embaixador
Ronaldo Mota Sardenberg:

"Esse livro contempla um conjunto de ações para
impulsionarmos a Sociedade da Informação no Brasil em
todos os seus aspectos: ampliação do acesso, meios de
conectividade, formação de recursos humanos, incentivo à
pesquisa e desenvolvimento, comércio eletrônico,
desenvolvimento de novas aplicações. " (SARDENBERG, 2000,
apud TAKAHASHI, 2000).


Entretanto, ao adentrar no ambiente educacional, as Tecnologias Digitais da
Informação, Comunicação e Expressão – TDICE -, parecem ter uma tendência a
se tornarem mais um obstáculo do que uma ferramenta de apoio. Motivos como:
a iniciativa inadequada de inclusão digital a partir da alfabetização e
letramento digital dos educadores, a falta de incentivo por parte dos
governantes (tanto financeiro quanto motivacional), o custo de operação e
manutenção de toda uma rede de infraestrutura, entre outros, parecem
oferecer um leque de situações pelas quais as TDICE sofrem tanta
resistência dos educadores para imersão da escola no ciberespaço.
Deste modo, identificamos que a escola está em débito com a sua função
social. Ao limitar suas ações educativas aos métodos tradicionais de
ensino, ela deixa de ser crítica, transformadora e, principalmente,
formadora. Retorna ao seu antigo processo de reprodução de conhecimento,
limitada pela velocidade com que a informação e o conhecimento se
processam, na ausência das TDICE.
Porém, devemos esclarecer que apesar de forma rígida que algumas
proposições foram anunciadas até este parágrafo, devemos nos lembrar de
que, sem o crivo da análise científica, todas elas permanecem no plano
especulatório, de modo que ela tende a buscar por culpados, problemas e
inadequações. Então, formulamos a hipótese de que os professores sabem,
podem e querem, mas não utilizam de forma efetiva, as TDICE como mediadoras
do processo de ensino-aprendizagem.
Então, de modo a tentar sanar esta injustiça que propomos este estudo, que
tem por objetivo realizar uma investigação sobre o uso efetivo das TDICE
como mediadoras do processo de ensino-aprendizagem, em especial, nas
escolas de Educação Básica Pública do Guará, Distrito Federal.
Portanto, não somente esperamos demonstrar o modo pelo qual as TDICE são
abordadas, de forma efetiva, como mediadoras do processo de ensino-
aprendizagem, mas também esperamos verificar a percepção dos educadores
quanto à situação atual das políticas públicas voltadas para a inclusão
digital de professores e de que forma isso influi na construção de ações
exitosas na promoção da inclusão digital dos alunos.
Para tanto, nosso estudo irá inferir os professores sobre quatro
indicadores do uso das TDICE: presença de laboratórios de informática com
pessoal habilitado, aquisição de dispositivos computacionais conectados com
a internet, conectividade com a internet, formação inicial/continuada de
professores quanto ao uso efetivo das TDICE no âmbito educacional.


2. OBJETIVOS


1. Objetivo Geral


Verificar a percepção dos educadores de escolas da Educação Básica Pública
sobre o uso das TDICE como mediadoras do processo de ensino-aprendizagem na
cidade do Guará, no Distrito Federal.





Objetivos Específicos


– Verificar quais as disciplinas utilizam as TDICE, de forma
efetiva, como mediadoras do processo de ensino-aprendizagem na
cidade do Guará, no Distrito Federal.
– Verificar se o tempo de atuação no magistério/na Secretaria de
Estado de Educação do Distrito Federal – SEDF é um indicador
significativo para a resistência ao uso das TDICE, de forma
efetiva, como mediadoras do processo de ensino-aprendizagem na
cidade do Guará, no Distrito Federal.
– Verificar a percepção dos educadores de escolas da Educação
Básica Pública sobre o uso das TDICE como mediadoras do processo
de ensino-aprendizagem na cidade do Guará, no Distrito Federal.


1. REVISÃO DE LITERATURA


Parte vital do processo de investigação, a revisão de literatura ou
referencial teórico envolve localizar, analisar, sintetizar e interpretar a
investigação prévia relacionada com sua área de estudo. É indispensável
para delimitação do problema, além da obtenção de uma "ideia precisa sobre
o estado atual dos conhecimentos sobre um dado tema, as suas lacunas e a
contribuição da investigação para o desenvolvimento do conhecimento"
(BENTO, 2012).
O projeto será dividido em 03 (três) etapas, a conhecer: A função da escola
e o papel do professor, o processo de ensino-aprendizagem e o uso das TDICE
na educação.


A Função social da Escola e a Função do Professor


Iniciando o referencial teórico, abordaremos as percepções de alguns
autores sobre a função social da escola. A Lei de Diretrizes Básicas para a
Educação – LDB, lei nº 9.394/96 – , determina que:
– Art. 1º. A educação abrange os processos formativos que se
desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no
trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos
sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações
culturais.
– § 1º Esta lei disciplina a educação escolar, que se desenvolve,
predominantemente, por meio do ensino, em instituições próprias.
– § 2º A educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho
e à prática social.
– Art. 2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos
princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana,
tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu
preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o
trabalho.
– Art. 3º O ensino será ministrado com base nos seguintes
princípios:
...
IX – garantia de padrão de qualidade;
X – valorização da experiência extraescolar;
XI – vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as
práticas sociais.
... (BRASIL, 1996, p.9)
Em entrevista para o Sindicato dos Professores de São Paulo, o professor e
pesquisador José Carlos Libaneo faz a seguinte leitura sobre a função da
escola nos dias atuais (transcrito pelo autor):
"... A escola tem uma função específica dela que é
ensinar. E hoje, ensinar significa ajudar os alunos a
desenvolverem as suas capacidades intelectuais. A sua
capacidade reflexiva. Em face da complexidade do mundo
moderno, em face das fortes influências das mídias[...] e
em face de todo um conjunto de problemas sociais que estão
afetando a juventude [...] a escola precisa manter essa
sua característica de ensinar..." (ORNOLD, 2010).
Quanto à função do professor, o Art. 13 da LDB enumera um certo número de
atributos que vão além da transmissão do conhecimento, a saber:
– Artº 13 - Os docentes incumbir-se-ão de:
I - participar da elaboração da proposta pedagógica do
estabelecimento de ensino;
II - elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a
proposta pedagógica do estabelecimento de ensino;
III - zelar pela aprendizagem dos alunos;
IV - estabelecer estratégias de recuperação dos alunos de
menor rendimento;
V - ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos,
além de participar integralmente dos períodos dedicados ao
planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento
profissional;
VI - colaborar com as atividades de articulação da escola
com as famílias e a comunidade.
Na mesma entrevista acima transcrita, o professor Libaneo expõe suas ideias
quanto ao "bom" professor:
"O bom professor é aquele [...] que consegue organizar os
seus conteúdos, levando em conta as características dos
alunos. Os professores, hoje, não podem desconhecer que os
alunos vêm à escola com uma variedade muito grande de
saberes que ele encontra fora da escola. [..] é uma escola
em que os professores saibam muito bem organizar o
conteúdo tendo em vista as características individuais,
sociais, culturais que os alunos trazem à sala de aula. "
(ORNOLD, 2010).


A maneira como ensinamos esta nova geração mudou, gostemos ou não. As
tecnologias alteraram todas as áreas de nossa sociedade. O modo como nos
comunicamos, como nos informamos, como nos relacionamos, como aprendemos e,
é claro, como ensinamos.
Os Educadores precisam e devem estar preparados para essas mudanças e devem
se adaptar a elas, buscando pela excelência em seu protagonismo no processo
de ensino-aprendizagem e apto a promover a formação integral de seu
alunado, fortalecendo e confirmando a função social da escola.
Não existem fórmulas mágicas, receitas milagrosas, cartilha de orientações
ou manual do proprietário quando se fala em processos de ensino-
aprendizagem, cabe ao Educador buscar por estratégias e metodologias que
facilitem o seu trabalho e, ao mesmo tempo, ofereça garantias à sociedade
de que o ensino ofertado é de ótima qualidade.
Para auxiliar o professor na construção autônoma de seu conhecimento, a
internet possui em seu acervo ótimas oportunidades de aprendizado e troca
de informações. Por exemplo, em artigo escrito para o site Edutopia.org[2],
PALMER (2015) lista 15 características que podem ser observadas ou devem
ser almejadas por um professor do século XXI:
- Salas de aula focada no aluno e instruções personalizadas –
seus alunos têm personalidades, desejos, demandas e necessidades
diferentes;
- Estudantes como produtores – facilite e fomente o uso das
ferramentas digitais com as quais seus alunos têm dominância. Faça-os
produzir e disseminar no ciberespaço;
- Aprender novas tecnologias – É necessário e desejável que o
professor esteja preparado para acompanhar as evoluções,
transformações e a velocidade com que as tecnologias avançam;
- Entre na onda da globalização – Explore os países sem sair do
lugar. Aprenda novas línguas, culturas e costumes ou simplesmente os
aprecie;
- Seja inteligente e use smartphones – Quando os estudantes são
encorajados a ver seus dispositivos computacionais como ferramentas de
apoio à aprendizagem eles vão ter menos distrações;
- Blog – Produza e publique! O blog é a ferramenta mais simples
e direta para isso;
- Go Digital! – Elimine o papel o máximo possível;
- Colabore! – A informação é direito de todos! Publique! Produza
em conjunto com seus alunos;
- Use o chat do Twiter – É barato e eficiente;
- Conecte-se- Use as redes! Busque por indivíduos que pensem
como você e que tenham interesses parecidos;
- Aprendizagem baseada em projetos – Deixe os seus alunos
construírem seu próprio conhecimento. Ensine-os a conduzirem projetos
voltados para os conteúdos a serem trabalhados;
- Seja um exemplo para o bom uso da tecnologia – Mantenha um
comportamento adequado ao utilizar as redes digitais sociais. Cuidado
com o material que você publica, seja pessoal ou de outrem. Há o
problema dos direitos intelectuais!
- Programe – As linguagens de programação são o letramento e a
alfabetização do novo modelo de sociedade. A linguagem do código HTML
não é difícil e o auxiliará na criação de suas páginas, sites e
portais para a internet;
- Inove – Os alunos são atraídos pelas novidades;
- Continue aprendendo – A velocidade das alterações que ocorrem
na sociedade é enorme! E como Educadores, devemos estar sempre um
passo à frente.

2. O Processo de Ensino e Aprendizagem


Seguindo adiante, daremos continuidade a revisão de literatura discorrendo
brevemente sobre os processos de ensino-aprendizagem. De início,
apresentaremos sua conceituação e sobre como eles são importantes para o
fortalecimento das relações professor-aluno e nas atividades de ensinar e
aprender.
Santos, R. (2005, p. 19) inicia seu artigo anunciando que o processo de
ensino e aprendizagem tem sido estudado através de diferentes enfoques. Em
geral, relacionados ao momento histórico-cultural no qual a sociedade
estava inserida naquele momento em específico, e que, de algum modo,
fundamentavam e orientavam a ação docente em situações de ensino e
aprendizagem. Afirma, também que, para entendimento de seu texto, o
processo de ensino e aprendizagem se compõe de duas partes: ensinar
(expressão de uma atividade) e aprender (lograr êxito na realização de uma
determinada tarefa).
Santos, R. (2005, p. 20) lista 04 autores que ele acredita serem destacados
na forma como analisam e comparam os diversos enfoques sobre o processo de
ensino e aprendizagem. São eles:
- Bourdenave, educador e comunicador de origem paraguiaia, que
classifica e distingue "as diferentes opções pedagógicas segundo o
fator educativo que elas mais valorizavam" (1984, p.41 apud SANTOS,
R., 2005). A nomenclatura utilizada por Bourdenave: Pedagogia da
transmissão, Pedagogia da moldagem e Pedagogia da problematização.
- Libâneo, brasileiro, filosofo e doutor em Educação, utiliza
como critério a "posição que as teorias adotam em relação às
finalidades sociais da escola" (1982, p.9, apud SANTOS, R., 2005). A
nomenclatura utilizada por Libâneo: Pedagogia liberal (Conservadora,
Renovada progressista, Renovada não-diretiva), Pedagogia progressista
(Libertadora, Libertária, De conteúdos).
- Saviani, filósofo e pedagogo brasileiro, toma como critério de
classificação "a criticidade da teoria em relação à sociedade e o grau
de percepção da teoria dos determinantes sociais" (1984, p.9, apud
SANTOS, R., 2005). É dele, a nomenclatura: Teorias não-críticas
(Pedagogia tradicional, Pedagogia nova, Pedagogia tecnicista), Teoria
crítico-reprodutivistas (Sistemas de ensino enquanto violência
simbólica, Escola enquanto aparelho ideológico de Estado, Escola
dualista).
- Mizukami, pedagoga brasileira, considera que a base das
teorias do conhecimento envolve três características básicas: primado
do sujeito, primado do objeto e interação sujeito-objeto (1986, p.2,
apud SANTOS, R., 2005). Utiliza a nomenclatura: Abordagem tradicional,
Abordagem comportamentalista, Abordagem humanista, Abordagem
cognitivista e Abordagem sociocultural.
Essas abordagens servem como base para afirmarmos que a educação, sendo um
processo construído histórico, social e culturalmente, está sempre em
constante transformação e evolução, não sendo, na opinião destes autores,
um objeto imóvel, engessado e padronizado. Deve portanto, se adequar aos
fenômenos que ocorrem durante a (re)construção e (re)significação da
sociedade, afim de entende-la, questioná-la e transformá-la sempre que
necessário, em prol do bem estar dos cidadãos nela integrados.
Deste modo, o processo de ensino-aprendizagem reforça a necessidade do
Educador em estar sincronizado e apropriando-se constantemente das NTICE,
garantindo a qualidade do ensino de excelência e reforçando o papel social
da escola junto à sociedade.


As TDICE na Educação


Para finalizar o nosso referencial teórico, apresentaremos a terceira parte
do que acreditamos ser o necessário para os esclarecimentos sobre o nosso
estudo. Tentaremos aqui, apresentar o Estudo da Arte do uso das TDICE no
âmbito educacional. Tentaremos, pelo motivo muito óbvio: por ser um assunto
que se renova a cada nova experiência bem-sucedida, a cada nova tecnologia
criada, buscaremos pelo que há de mais atual nas leituras publicadas até a
apresentação final deste estudo.
Cabe ressaltar que iremos, também por motivos óbvios, nos ater as
experiências e vivências voltadas para o ensino básico. É mais próximo ao
nosso discurso, portanto trará mais significado à conclusão final deste
trabalho.
Para facilitar a leitura, usaremos em alguns momentos os termos SÍNCRONO e
ASSÍNCRONO com o seguinte entendimento: Síncrono, é aquele momento onde
aluno e professor estão com a comunicação estabelecida em tempo real,
presencialmente ou não. Assíncrono, é aquele momento onde aluno e professor
não estão estabelecendo comunicação em tempo real, em espaço-tempo
diferenciados. A aula expositiva ou um chat ao vivo seria um exemplo da
comunicação síncrona. As vídeo-aulas, fóruns de discussão, e-mails podem
servir de exemplos de comunicação assíncrona.
Em entrevista para o portal PORVIR, na coluna Inovações[3] em Educação, o
professor Verdana afirma que é importante para que haja sucesso no modelo
de educação proposto pelo uso das TDICE, o professor deve levar o aluno
para a prática, para "além da tela". Produzir e disseminar o conhecimento
utilizando as ferramentas digitais, mas também operacionalizar as suas
experiências e compartilhar suas vivências (OLIVEIRA, V., 2016).
Já os professores Procópio, Valim e Urquiza se utilizam das vídeo-aulas
para aumentar a atração e motivação dos seus alunos para apropriação de
seus conteúdos. O professor Procópio não atua mais em sala de aula,
dedicando-se ao seu canal. Já os outros professores utilizam das vídeo-
aulas como estratégia assíncrona de transmissão e discussão dos conteúdos,
visto que os comentários ficam abertos para dúvidas, críticas e sugestões.
Eles alegam que a estratégia de uso das vídeo-aulas facilita a vida do
aluno.
Para garantir que as aulas manterão qualidade suficiente para os alunos, a
Fundação Lemann e os responsáveis pelo site/portal YouTube criaram o
YouTube Edu[4]. O site é uma espécie de curadoria, onde é verificado se o
conteúdo que os alunos recebem está conceitualmente correto. O sucesso das
estratégias pode ser conferido por meio do acesso ao número de inscritos e
de visualizações em cada canal. Os canais Matemática Rio[5], Química em
Ação[6] e Física Total[7], somados, já apresentam mais de 600 mil
inscritos. (OLIVEIRA, M., 2016).
Seguindo a ideia do professor Verdana, de levar o aprendizado para "além
das telas", o professor Serra, matemático, se utiliza de pesquisas de
opinião geradas dentro da própria comunidade escolar para disseminar o
aprendizado e o uso do conteúdo de Estatística. Formando pequenos grupos,
que criam os seus próprios institutos de pesquisa, os alunos utilizam o que
aprenderam na disciplina para compilar, tabular e analisar dados que
futuramente foram utilizados pela própria direção da escola no intuito de
orientar o planejamento de suas ações educativas. Hoje, o projeto já atua
dentro da comunidade próxima a escola, com uma média de 28 a 35
pesquisas/ano produzidas.
O portal PORVIR.ORG é uma grande fonte de informações sobre experiências,
vivências sobre o uso das TDICE no âmbito educacional. Felizmente para nós,
também é fonte de várias dicas sobre como utilizarmos as ferramentas
digitais como estratégias de ensino além de apresentar instituições
nacionais e internacionais que abordam novas metodologias. O endereço do
portal é www.porvir.org.


2. MÉTODO DE INVESTIGAÇÃO


Segundo Santos, I. (2003, p.167), é "somente por meio da pesquisa que se
pode alcançar e dominar novos conhecimentos de forma metódica". Gil (2010,
p. 26), define pesquisa como um "processo formal e sistemático de
desenvolvimento do método científico. O objetivo fundamental da pesquisa é
descobrir respostas para problemas mediante o emprego de procedimentos
científicos. ". É o processo, forma, maneira, caminho, seguidos para
alcançarmos respostas para uma dúvida sobre um problema, um fato ou
fenômeno, mediante princípios, normas e técnicas (SANTOS, I., 2003, p.
169).
A pesquisa é realizada para que os conhecimentos sejam úteis a
coletividade. Somente por meio da metodologia de pesquisa que fraudes e
mentiras podem ser descobertas, o que faz com que esperamos que os
cientistas façam o uso consciente da ética.
Observando os conceitos e as orientações de Gil e Santos, I., e levando em
considerações as experiências exitosas de outros trabalhos de pesquisa já
realizados, usaremos o modelo estratégico proposto por Creswell (2007;
2010, p. 26) onde ele enumera e elenca os elementos componentes do processo
de pesquisa:
as questões e os procedimentos que emergem; os dados
tipicamente coletados no ambiente do participante; a
análise dos dados indutivamente construída a partir das
particularidades para os temas gerais e as interpretações
feitas pelo pesquisador acerca do significado dos dados. O
relatório final escrito tem uma estrutura flexível.
(Adaptado de CRESWELL, 2007; 2010, p. 26).


O delineamento da pesquisa


Bauer e Gaskell (2008, p. 19) alegam que se faz útil distinguir entre as
quatro dimensões na investigação social por eles propostos. Afirmam também
que "essas dimensões descrevem o processo de pesquisa em termos de
combinações de elementos através de quatro dimensões".
As quatro dimensões propostas por Bauer e Gaskell (2008, p. 19) são os
Princípios de Delineamento (Estudo de Caso, Estudo Comparativo,
Levantamento por amostragem, Levantamento por Painel, e outros), a Geração
de Dados (Entrevista individual, Questionário, Grupos focais, Filme,
Registros audiovisuais, e outros), a Análise de Dados (Formal, Modelagem
estatística, Análise estrutural, Informal, Análise de Conteúdo) e nos
Interesses do Conhecimento segundo Habermas (Controle, Construção de
Consenso e Emancipação dos sujeitos do estudo).
Creswell (2007; 2010, p. 26) afirma que a pesquisa qualitativa é um meio
para entender o significado que indivíduos ou grupos atribuem a um problema
social ou humano. Afirma ainda que, na pesquisa qualitativa, os envolvidos
"nessa forma de investigação apóiam uma maneira de encarar a pesquisa que
honra um estilo indutivo, um foco no significado individual e na
importância da interpretação da complexidade de uma situação" (adaptado de
CRESWELL, 2007 apud CRESWELL, 2010, p.26).
De modo a ampliarmos a identidade de nossa pesquisa, iremos definir o
estudo descritivo como a abordagem metodológica como encaminhamento
metodológico visto que ele foca, essencialmente...
....no desejo do pesquisador em conhecer as
características de determinada população ou fenômeno. Cabe
salientar neste ponto que existem pesquisas que, embora
classificadas como descritivas a partir de seus objetivos
acabam servindo mais para proporcionar uma nova visão do
problema, o que as aproxima das pesquisas exploratórias
(GIL, 2010, p.28; TRIVIÑOS, 2008, p.110; FIRMINO, 2012,
p.60).


Em tempo, definiremos o Estudo de Caso como estratégia de pesquisa com a
qual buscaremos fundamentar nossa abordagem metodológica. O Estudo de Caso
é uma abordagem metodológica que, segundo Araújo (2008, p. 4) é
especialmente adequada quando "procuramos compreender, explorar ou
descrever acontecimentos e contextos complexos, nos quais estão
simultaneamente envolvidos diversos fatores".


Características do Estudo de Caso


Como definimos no item anterior, a escolha pela abordagem metodológica do
Estudo de caso se deu pela busca pela compreensão, exploração e descrição
de fenômenos. A análise das respostas oferecidas pelos professores e
gestores, objetos de estudo de nossa pesquisa, deverá não somente responder
nosso questionamento principal como também nos oferecer caminhos para
solucionar ou perceber as demandas que primeiramente criaram a inquietação
que levaram à construção deste estudo.
Dito isso, acreditamos ser necessário abordar as características que devem
estar presentes em um Estudo de caso, segundo Benbasat et al. (1987 apud
ARAÚJO, et al., 2008, p. 7):
– Fenômeno observado no seu ambiente natural;
– Dados recolhidos utilizando diversos meios (Observações diretas
e indiretas, entrevistas, questionários, registos de áudio e
vídeo, diários, cartas, entre outros);
– Uma ou mais entidades (pessoa, grupo, organização) são
analisadas;
– A complexidade da unidade é estudada de modo mais profundo;
– Pesquisa dirigida aos estágios de exploração, classificação e
desenvolvimento de hipóteses do processo de construção do
conhecimento;
– Não são utilizados formas experimentais de controlo ou
manipulação;
– O investigador não precisa especificar antecipadamente o
conjunto de variáveis dependentes e independentes;
– Os resultados dependem fortemente do poder de integração do
investigador;
– Podem ser feitas mudanças na seleção do caso ou dos métodos de
recolha de dados à medida que o investigador desenvolve novas
hipóteses;
– Pesquisa envolvida com questões "como?" e "porquê?" ao
contrário de "o quê?" e "quantos?".
Estando colocados os indicadores que conferem características à nossa
escolha pela abordagem por meio do Estudo de Caso, cabe-nos definir o nosso
instrumento de coleta. Escolhemos por uma metodologia mista, que envolva a
a comunicação mediada por computador (Computer-mediated Communication –
CMC) e a tomada de dados presencial (Face-to-Face communication - FTF)
devido ao prazo curto para coleta de dados. Acreditamos que ampliando a
abordagem facilitaremos uma amostragem mais significativa para a pesquisa.


A escolha pela utilização de um instrumento misto de coleta de dados: a
Comunicação mediada por computador (CMC) e a Tomada de dados presencial
(FTF) na Pesquisa Qualitativa


Tanto por meio do CMC quanto pelo método FTF, o instrumento de coleta de
dados escolhido foi o questionário. O questionário é caracterizado por
conter um conjunto de itens bem ordenados e bem apresentados e que exigem a
resposta por escrito (ou digitado) e a limitação nas respostas. (SANTOS,
I., 2003, p. 230).
Usaremos também a classificação de Santos, I. (2003, p. 230) para preguntas
do tipo abertas e do tipo fechadas. Nas perguntas abertas é permitido ao
informante dar as respostas livremente, tendo como características o maior
volume de detalhes e mais profundidade ao pesquisador sobre a realidade em
estudo. As perguntas fechadas são compostas de várias alternativas para
escolha do informante, porém, com pouco espaço para detalhes e
aprofundamento. É mais fácil por causa da tabulação dos dados. Entretanto,
falha ao limitar as respostas por parte do investigado.
O método FTF é mais comum por que não havia validação dos métodos mediados
pelas TDICE até então. Porém, com a universalização e a consequente
popularização da internet, a comunicação mediada por computadores (Computer-
mediated communications – CMC) tem se tornado prática cada vez mais
recorrente, e apresenta algumas vantagens sobre a comunicação FTF (MANN e
STEWART, 2000, p.17, apud FIRMINO, 2012, p. 65).
Por incrível que possa parecer, conseguimos verificar nos dois métodos de
coleta, no CMC e no FTF, métodos de resposta síncronos e assíncronos para o
tempo de resposta. Propostos por Mann e Stewart (2000, p. 17 apud FIRMINO,
2012, p. 65) os tempos de resposta síncrono e assíncrono se caracterizam
pela comunicação virtualmente instantânea (Real-Time) e comunicação
armazenada para verificação em qualquer tempo, respectivamente. No caso do
FTF, estivemos presente em grande parte da coleta dos dados,
contextualizando o estudo e auxiliando no preenchimento, com o cuidado
necessário para não induzir o investigado e também recolhemos questionários
preenchidos em momentos distintos, sem a presença do investigador.
Acreditamos que o relato acima declarado oferece o respaldo necessário para
corroborar a escolha pelo método misto de coleta de dados.
Para que criássemos às questões de modo a conseguir envolver com a
amplitude necessária acerca do uso significativo das TDICE como mediadoras
do processo de ensino-aprendizagem partimos do pressuposto de que este
problema envolveria 04 indicadores básicos: Presença/ausência de
infraestrutura; Presença/ausência de políticas públicas voltadas para a
inclusão digital nas escolas; políticas públicas de aquisição, manutenção e
atualização de dispositivos computacionais, e; formação continuada/inicial
de educadores (gestores e professores).
Em discussões com os professores, é comum ouvirmos argumentos parecidos com
os que serão ilustrados abaixo:
1) Presença/Ausência de Laboratórios de Informática com pessoal
habilitado – "O Laboratório tem máquinas muito antigas, está
defasado! "; "Temos um ótimo Laboratório de Informática, mas não
tem professor nele! "
2) Conectividade com a Internet - "a [conectividade com a]
internet é ruim, é precária, é insuficiente para toda escola";
3) Aquisição, manutenção e atualização de dispositivos
computacionais - "os equipamentos são muito antigos! ", "Só
posso contar com o celular dos alunos! ";
4) Formação continuada – "Não há cursos oferecidos na área! ",
"Não há profissional HABILITADO para esse tipo de trabalho no
Laboratório de Informática! ", "Não sei mexer com esses tipos de
tecnologias! ".
As afirmações acima descritas podem não conferir com a realidade pois são
apenas anedotas sobre as possíveis respostas com a qual podemos nos deparar
ao colocar os professores como investigados quando buscamos por entender o
fenômeno pelo qual apresentam dificuldade em utilizar de forma
significativa as TDICE em âmbito educacional.
Entretanto, podem muito bem servirem de inquietações que levem à geração de
hipóteses e premissas que, por meio de um trabalho de pesquisa, possam
sugerir a confirmação ou refutação do cenário apresentado. Podem, após uma
análise do conteúdo de seus dados, oferecerem soluções para resolução deste
fenômeno. Esta seria uma das explicações acerca da necessidade deste
estudo.
Para tanto, e de modo a qualificar e fundamentar se existe alguma validade
nesses argumentos, propusemos uma pesquisa na qual questionamos os
educadores das escolas públicas básicas da cidade do Guará, no Distrito
Federal, sobre o uso das TDICE no âmbito educacional, principalmente quando
esta é utilizada de forma efetiva no processo de ensino-aprendizagem.
Tendo, pois, validado os instrumentos de coleta de dados, o questionário
online e a tomada presencial de dados, partimos para a coleta de dados, per
si.


Coleta de dados


Com a premissa de que os professores das escolas de educação básica pública
não utilizam de forma efetiva as TDICE como mediadores do processo de
ensino-aprendizagem, e em busca da proposta de uma solução para que haja
alteração neste cenário, realizamos uma pesquisa, de cunho descritivo, na
qual questionaremos sobre suas percepções acerca da importância do uso das
TDICE no âmbito educacional, principalmente, quando voltadas para melhoria
ou ampliação dos processos de ensino-aprendizagem.
Para tanto, foi gerado um questionário com quatro questões abertas (ANEXO
1), sendo que as duas questões finais (Questões de números 3 e 4) foram
específicas para aqueles acreditavam estar utilizando as TDICE, de forma
significativa ou não, como mediadora do processo de ensino-aprendizagem.
Durante o processo de coleta de dados, os gestores de quatro escolas
solicitaram o preenchimento do questionário, visto que a Secretaria de
Estado de Educação do Distrito Federal – SEDF – trabalha sob a política da
Gestão Democrática, onde os Gestores Educacionais são professores efetivos
eleitos em processo eleitoral específico. Por isso, suas percepções também
serão relacionadas junto aos dados fornecidos pelos professores. Os
gestores das quatro escolas que solicitaram participar da pesquisa tiveram
a necessidade de responder somente as duas primeiras questões.
Os dados foram coletados no período entre 4 e 11 de janeiro de 2016, após
os recessos e feriados nacionais. O período de coleta de dados apresentou
algumas particularidades devido a uma série de contratempos vividos pelos
profissionais da educação da Rede Educacional Pública do Distrito Federal,
ainda no ano de 2015. Houve, por exemplo, duas alterações no Calendário
Letivo de 2015, com o ano letivo ainda em funcionamento, devido à
ocorrência de duas greves de professores e de várias paralisações e
assembléias, no início, durante e no final de 2015.
Para janeiro de 2016, ficou a expectativa de reposição das aulas, pois,
cada escola teve um grupo de professores que participaram de momentos
distintos das greves. A greve do final do ano teve a duração de
aproximadamente 21 dias, incluindo as assembléias e as paralisações.
Devido a essas ações, a coleta de dados mediada pelas TDICE foi gerou
especulações de que seria o método que mais apresentaria retorno por parte
dos investigados. Em pesquisa junto à Coordenação Regional de Ensino do
Guará, descobrimos que algumas escolas poderiam receber os pesquisadores
pois estariam cumprindo período de reposição das greves.
Deste modo, conseguimos o quantitativo de 4 (quatro) escolas, 4 (gestores)
gestores e 18 (dezoito) professores que se prontificaram a responder esse
questionário. Dos 18 professores, três (03) fizeram a opção pela coleta de
dados mediadas pelas TDICE (CMC). Duas outras escolas foram visitadas, mas
não havia professores disponíveis para responder os questionários dentro do
período de tempo exigido pelo cronograma da Instituição responsável por
coordenar o Programa de Pós-graduação (MediaLab/UFG).
Para descobrirmos se havia como corroborar ou refutar as respostas
oferecidas pelos professores aos itens do questionário, visitamos o Núcleo
de Tecnologias Educacionais da SEDF – NTE/SEDF, onde foi oferecido o mesmo
questionário para ser respondido pela chefia do local.
As respostas serviriam para dar mais consistência a análise dos dados
oferecidos pelos professores e gestores investigados, principalmente quando
confrontados com a primeira questão, que visava buscar identificar se os
Educadores tinham conhecimento sobre a existência de políticas públicas
voltadas para inclusão digital no âmbito educacional.
As respostas, a saber:
- Há uma política pública de financiamento para fornecimento de
internet para a escolas, porém, voltadas para o Administrativo (Direção e
Secretaria). Porém, foi informado que as escolas são estimuladas a utilizar
de verba específica via Programa de Descentralização Administrativa e
Financeira - PDAF – ou Associação de Pais, Alunos e Mestres – APAM – e/ou
por meio de Parcerias Público Privadas – PPP. Todas as escolas informaram
haver esse tipo de conectividade, mas sem qualidade para uso efetivo diário
pelos professores e alunos, em prol das práticas pedagógicas.
- Há uma política pública voltada para fornecimento de equipamentos
para Laboratórios de Informática, incluindo Lousas Digitais, Impressoras,
Tablets para os professores e alunos, Computadores e Data Show, desde que
haja um projeto elaborado para esse tipo de proposta. Os materiais estão
disponíveis para aquisição imediata pelas escolas.
- Além da Centro de Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação –
EAPE, o próprio NTE/SEDF possui cursos de formação continuada e inicial
para professores da educação básica pública do Distrito Federal.





1 Resultados e considerações finais




A análise dos dados obtidos por meio do questionário nos permitiu verificar
e confirmar o pressuposto de que os professores da Educação Básica Pública
da cidade do Guará, Distrito Federal, não utilizam as TDICE como mediadora
dos processos de ensino-aprendizagem de forma efetiva. Acreditam que o uso
das TDICE como mediadora dos processos de ensino-aprendizagem é essencial e
fundamental para educação dos futuros cidadãos, porém, acreditam que quando
existem ações promoção do uso de tecnologias digitais, elas são pontuais e
individuais, sem o esforço conjunto necessário para consolidação de uma
política pública eficaz e significativa na construção e formação integral
do futuro cidadão.

Quando questionados sobre como descreveriam o uso das TDICE no âmbito
educacional, quanto à ausência/presença de Políticas Públicas voltadas para
promoção da Inclusão Digital, e, consequentemente sua utilização como
mediadora dos processos de ensino-aprendizagem, os professores acabaram por
apresentar respostas bem próximas aos argumentos que utilizamos como
anedotas sobre suas principais demandas, logo no final do tópico 4.3. "A
escolha pela utilização..."
Utilizando como base os principais indicadores ou classificadores que
ilustramos como sendo os argumentos usados pelos professores quando
questionados sobre a apropriação das TDICE no âmbito educacional, no início
do capítulo o que pudemos identificar, quanto à:

– Presença/ausência de laboratórios de informática com pessoal
habilitado - Nas escolas que possuíam laboratório de
informática, em sua maioria, não havia professor habilitado;
não havia projeto voltado para promoção da inclusão digital do
aluno; não havia atualização dos equipamentos;
– Presença/ausência de conectividade com a internet - Esse foi
o item de maior reclamação por parte dos professores. A
conectividade com a internet foi relatada pelos professores
como um dos principais entraves para que ações voltadas para
utilização das TDICE como mediadora dos processos de ensino-
aprendizagem se tornem tão exitosas quanto às ações existentes
em outros setores da sociedade (economia, segurança, saúde,
relações governo-cidadão, etc.). No intuito de buscar por
informações que viessem a responder por esta demanda dos
professores, procuramos a Chefia do Núcleo de Tecnologias
Educacionais da Secretaria de Educação do Distrito Federal –
NTE/SEDF, e esta relatou que há uma política pública que
garante o uso administrativo das TDICE (entre a SEDF e as
Secretarias de Escolas/Gestão das Escolas), mas que não há em
curso uma política pública voltada para os processos
pedagógicos. Cada escola tem sua própria política de promoção
da inclusão digital e uso das TDICE de acordo com as suas
demandas e necessidades;
– Presença/ausência de políticas públicas de distribuição,
aquisição, manutenção e atualização de dispositivos
computacionais com acesso à internet - Esse não foi um
indicador de destaque entre os professores que participaram da
pesquisa, até porque alguns informaram que utilizam vários
tipos de dispositivos computacionais (celulares, smartphones,
tablets, netbooks, notebooks, desktops) que estiverem à
disposição dos alunos. Porém, segundo a Chefia do NTE/SEDF, há
uma política bem atualizada de distribuição de dispositivos
computacionais, no modelo "KIT" ou "COMBO" onde a escola
apresenta um projeto a este Núcleo e, se aprovado, a escola
pode adquirir, sem nenhum custo, computadores (15 no total),
impressoras laser monocromáticas, tablets para professores e
alunos, Lousas Digitais e projetores (DATA SHOW), incluindo
manutenção e aquisição de insumos (toner para as impressoras,
por exemplo);
– Presença/ausência de políticas públicas de promoção da
formação inicial/continuada dos professores - Apesar de não
ser um indicador de destaque, os professores não foram
explícitos em afirmar que necessitavam de uma formação inicial
e/ou continuada quanto ao uso das TDICE, porém, nem todos
conseguiram afirmar se quando faziam uso das tecnologias
digitais em sala de aula (ou extraclasse) estavam apenas
reproduzindo conteúdo ou estavam realmente provocando a
construção de novos conhecimentos, de novas habilidades e de
novas atitudes, necessárias para a formação integral dos
futuros cidadãos.


Havia ainda àqueles que acreditavam que a simples presença de um
dispositivo computacional, conectado à internet ou não, já é uso mediado de
TDICE. Não previam interação, construção de conteúdo para internet, busca e
pesquisa, entre outros indicadores da fluência digital. Apesar de
verificado em poucas respostas, os professores que participaram da pesquisa
acabavam por relatar situações e em seguida, questionavam quanto à validade
de suas ações, indagando se estavam certos ou errados em sua aplicação, o
que não era o objetivo deste estudo.
Continuando, quando questionados sobre como descreveriam a necessidade do
uso das TDICE como mediadora do processo educacional formal, os professores
foram quase que unânimes em afirmarem sobre a sua importância como
facilitador, essencial, fundamental para construção e formação integral do
novo cidadão. A possibilidade de inclusão social a partir da promoção da
sua inclusão social deve perpassar pela escola, reafirmando a sua função
junto à sociedade.
Ainda no processo de análise dos dados, cabe a lembrança de que os três
Gestores Educacionais das três Escolas que se propuseram a receber a
pesquisa tiveram percepções idênticas às dos professores em magistério e
que, até aqui, tiveram as suas respostas agregadas aos tópicos até então,
apresentados. Daqui para frente, os outros dois questionamentos envolviam
as estratégias e metodologias de cada professor em magistério, desde seu
planejamento à escolha dos conteúdos até o processo avaliativo. Deste modo,
os Gestores Educacionais não participaram das duas últimas etapas deste
processo.
Quanto à inserção das TDICE dentro do seu planejamento anual, levando em
conta as estratégias e metodologias, os professores, em sua grande maioria,
afirmaram utilizar as tecnologias digitais em sala de aula. Buscas,
pesquisas, análise de material audiovisual, games, redes sociais digitais e
grupos de trabalho foram exemplos das estratégias apresentadas pelos
professores em suas respostas ao questionamento.
Porém, quando questionados se sua atuação era benéfica para o aluno, ou
seja, se as turmas que estão tendo suas aulas mediadas pelas TDICE têm
índices de aprovação, participação, rendimento acadêmico ou quaisquer
outros indicadores de aprendizagem em relação aos alunos que estão se
educados pela metodologia "tradicional", não houve resposta que pudesse
confirmar ou até mesmo refutar essa pergunta. Até porque, a análise das
respostas fornecidas pelos professores parece se ater ao fato de que a
simples presença de um dispositivo computacional ou meio (AVA, ou Ambiente
Virtual de Aprendizagem, por exemplo) é considerado como mediação. Para
esta pesquisa, mediação por meio das TDICE deveria pressupor interação,
construção de material para internet (audiovisual, textual, gráfico, etc),
dialogismo, comunicação síncrona e assíncrona (blogs, fóruns de discussão,
video chats, chats) entre outras ferramentas.
Quanto a quarta e última questão, ela apareceu somente para confirmar a
força e a amplitude da Computação Ubíqua ou Pervasiva. Esse modelo de
computação já está de modo quase invisível presente em quase todos os
setores da sociedade brasileira e mundial. Portais governamentais (e-
Governo), Comércio eletrônico (e-Commerce), Comunicação Globalizada
praticamente em tempo-real, Acesso a internet em praticamente todos os
objetos do cotidiano (Internet das Coisas ou IoT, sigla de Internet of
Things). Menos no âmbito educacional.
Apesar de toda a pesquisa se voltar para esse tema, sobre a utilização
efetiva das TDICE no âmbito educacional, nos parece que ainda há um longo
caminho a ser trilhado. Não há atalhos e muito menos fórmulas ou guias
prontas. Há uma tentativa, individual, setorizada e pulverizada de vários
professores, porém sem conseguir trazer as transformações necessárias para
quebrar os antigos paradigmas que ainda norteiam a Educação Pública Básica
no Brasil.
Acreditamos que exista a falta de um projeto estrutural, que norteie essas
iniciativas individuais e as transforme em uma política pública efetiva no
que se refere ao uso das TDICE como mediadoras do processo de ensino-
aprendizagem. Uma Escola-modelo? Um programa de formação contínua
pervasiva, durante ciclos de aprendizagem? Grupos de Trabalho?
E quem assumirá a responsabilidade sobre a aprendizagem desses alunos que
se disporem a acreditar que uma mudança de paradigma é possível e viável?
Os pais? Os professores? As políticas públicas? Os pais? O que já ficou
muito claro é que, do jeito que está não dá mais para continuar. Há
conflitos de geração entre os alunos, altamente conectados, se comunicando
em velocidades e em quantidade de informação jamais imaginados em qualquer
período registrado da História da Humanidade versus professores que
insistem, não em sua totalidade, em manter o mainstream, o status quo, e a
idéia de que os alunos serão eternos "Tabulas Rasas", e por isso, seremos
os Bastiões de Sabedoria, salvadores de suas almas ignorantes e famintas
pelas nossas "Pérolas de Sabedoria".

3. CONCLUSÃO


Deste modo, concluímos que ainda falta muito para que as TDICE exerçam uma
mediação efetiva e significativa nos processos de ensino e aprendizagem,
principalmente nas Escolas de Educação Básica Pública do Distrito Federal.
Para tanto, propomos como uma solução a este cenário apresentado, a criação
de Grupos de Trabalhos Permanentes – GTP - dentro das Escolas de Educação
Básica Pública do Distrito Federal, com a presença de professores do Núcleo
de Tecnologias Educacionais, Supervisores Pedagógicos, Professores e
Alunos. Nestes GTP, as iniciativas individuais desses professores que
participaram deste estudo, e outros que não participaram, mas possuem
experiências exitosas, servirão de norte para um projeto maior que culmine,
em 05 ou 10 anos, em uma política pública efetiva para a promoção do uso
efetivo e significativo das TDICE como ferramenta mediadora dos processos
de ensino e aprendizagem.


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ANEXO I


TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO E QUESTIONÁRIO PARA GESTORES
(pp. 1-2) E PARA PROFESSORES (pp. 1-4)


Termo de Consentimento Livre e Esclarecido - TCLE

O (a) Senhor(a) está sendo convidado(a) a participar do projeto AS
TDICE COMO MEDIADORA DO PROCESSO EDUCACIONAL NO ENSINO BÁSICO PÚBLICO NO
DISTRITO FEDERAL.

O objetivo desta pesquisa é: Identificar os motivos pelos quais as
Tecnologias Digitais da Informação, Comunicação e Expressão (TDICE) se
apresentarem ausentes ou subutilizadas como mediadoras do processo
educacional formal e, após esta identificação, propor a criação de uma
metodologia/estratégia/gadget que promova ou amplie essa mediação.
O(a) senhor(a) receberá todos os esclarecimentos necessários antes e
no decorrer da pesquisa e lhe asseguramos que seu nome não aparecerá sendo
mantido o mais rigoroso sigilo através da omissão total de quaisquer
informações que permitam identificá-lo(a)
A sua participação se dará por meio da resposta de um questionário
aberto, subjetivo, onde será levado em consideração o contexto de sua
resposta, no intuito de abranger o máximo de dados para análise e
discussão.
Informamos que o(a) Senhor(a) pode se recusar a responder (ou
participar de qualquer procedimento) qualquer questão que lhe traga
constrangimento, podendo desistir de participar da pesquisa em qualquer
momento sem nenhum prejuízo para o(a) senhor(a). Sua participação é
voluntária, isto é, não há pagamento por sua colaboração.
Os resultados da pesquisa serão divulgados na Universidade
Federal do Goiás (UFG) podendo ser publicados posteriormente. Os dados e
materiais utilizados na pesquisa ficarão sob a guarda do pesquisador por um
período de no mínimo cinco anos, após isso serão destruídos ou mantidos na
instituição.
Se o(a) Senhor(a) tiver qualquer dúvida em relação à pesquisa,
por favor entre em contato com: Dr(a). Cleomar Rocha, coordenador do
Laboratório de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação em Mídias
Interativas/UFG (MEDIA LAB) telefone: (62) 3521-1659, e-mail:
[email protected] .
As dúvidas com relação à assinatura do TCLE ou os direitos do
sujeito da pesquisa podem ser obtidos através do telefone: 61-9123-9321 ou
do e-mail [email protected].
Este documento foi elaborado em duas vias, uma ficará com o
pesquisador responsável e a outra com o sujeito da pesquisa.
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Nome (opcional) / assinatura

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Pesquisador Responsável
Nome e assinatura

Brasília, ___ de __________de _________
AS TDICE COMO MEDIADORA DO PROCESSO EDUCACIONAL NO ENSINO BÁSICO
PÚBLICO NO DISTRITO FEDERAL




Disciplina/Atuação:
Tempo de Atuação na SEDF:




Sr./Srª. Professor/Professora,


Venho por meio desta pesquisa solicitar de V.Sª. responder a uma breve
série de questões sobre a utilização sobre o uso das Tecnologias Digitais
da Informação, Comunicação e Expressão (TDICE) no âmbito educacional. Esta
pesquisa pode ser respondida questão a questão ou em um texto dissertativo,
breve, sobre sua percepção quanto ao tema.


Pergunta 1: Como descreveria o uso das TDICE no âmbito educacional,
quanto às Políticas Públicas voltadas para: Presença/Ausência de
Laboratórios de Informática com profissionais habilitados, Aquisição de
dispositivos computacionais, Conectividade com a Internet, Formação
Continuada de Educadores, Uso formal/informal das TDICE como mediadoras do
processo educacional?
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" "
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" "
" "


Pergunta 2: Como descreveria a necessidade do uso das TDICE como
mediadora do processo educacional formal? É um facilitador ou um
complicador para melhoria do processo de Ensino e Aprendizagem?
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" "
" "
" "
" "
" "




Se utiliza as TDICE como parte de sua estratégia de ensino, responda
as perguntas a seguir:


Pergunta 3: Como V.Sª. utiliza as TDICE dentro de seu planejamento
anual? Quais estratégias V.Sª. utiliza e como compreende estas atuações
como benéficas ao seu alunado?
" "
" "
" "
" "
" "
" "




Pergunta 4: Como V.Sª. descreveria a momento atual de utilização das
TDICE em vários aspectos da vida em sociedade e, em particular, no âmbito
escolar?
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" "
" "
" "
" "
" "







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[1] Disponível em . Acesso em
19.out.2014.
[2] Para ler o artigo completo, acesse:
http://www.edutopia.org/discussion/15-characteristics-21st-century-teacher,
ou o texto traduzido por Ana Carolina Magalhães para a coluna nossa
coletividad do site Medium.com: https://medium.com/nossa-coletividad/15-
caracter%C3%ADsticas-de-um-professor-do-s%C3%A9culo-xxi-
22b695265363#.x2v3zriuy
[3] http://porvir.org/inovacoes-em-educacao
[4] https://www.youtube.com/channel/UCs_n045yHUiC-CR2s8AjIwg
[5] https://www.youtube.com/user/matematicario
[6] https://www.youtube.com/user/plvalim
[7] https://www.youtube.com/user/FISICATOTAL/featured
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