Outeiro do Circo: o guardião da planície

OUTEIRO DO CIRCO Semana Aberta em Mombeja. Visita ao Outeiro do Circo

crescimento da população e o aumento da riqueza produzida terão levado à necessidade de criar uma forma de defesa mais eficaz e duradoura. Assim, o fosso é desativado, surgindo no seu lugar uma muralha complexa composta por um muro interior em pedra, ligado a uma rampa de barro cozido que ocupava a encosta e que, por sua vez, terminava num muro de contenção exterior.

o guardião da planície Escavação da muralha

Ficha Técnica PROMOTOR

DOCUMENTAÇÃO

Câmara Municipal de Beja

UM PROJETO DE ARQUEOLOGIA SOCIAL Contando, desde o início, com um forte cunho de atuação social, o projeto Outeiro do Circo preconizou um grande envolvimento com a comunidade local. Promoveram-se diversas iniciativas destinadas ao público em geral, como visitas guiadas, participação de voluntários nas escavações, realização de conferências e exposições e promoção de notícias na imprensa regional e nacional. Também se realizaram várias ações mais dirigidas à comunidade local, como inquéritos para recolha de informações orais sobre diversos aspetos das tradições e saberes populares e campanhas de sensibilização para a importância do património arqueológico e sua proteção.

UM OLHAR SOBRE A IDADE DO BRONZE FINAL NA REGIÃO DE BEJA

PROJETO MUSEOGRÁFICO

Palimpsesto, Lda. Câmara Municipal de Beja APOIO

Junta de Freguesia de Mombeja Centro de Estudos Arqueológicos das Universidades de Coimbra e Porto (CEAUCP) CONCEÇÃO E COORDENAÇÃO

Miguel Serra Eduardo Porfírio (Projeto Outeiro do Circo / Palimpsesto, Lda. / CEAUCP)

TEXTOS

Miguel Serra Eduardo Porfírio (Projeto Outeiro do Circo / Palimpsesto, Lda. / CEAUCP)

Ana Osório (Projeto Outeiro do Circo / CEMUC / CEAUCP)

REVISÕES DE TEXTOS

Câmara Municipal de Beja

Projeto Outeiro do Circo Palimpsesto, Lda. FOTOGRAFIAS

Projeto Outeiro do Circo Palimpsesto, Lda. ESTUDO DE MATERIAIS

Sofia Silva Diana Fernandes (Projeto Outeiro do Circo)

Ana Osório (Projeto Outeiro do Circo / CEMUC / CEAUCP)

SELEÇÃO DE PEÇAS

Sofia Silva Diana Fernandes (Projeto Outeiro do Circo)

Miguel Serra Eduardo Porfírio (Projeto Outeiro do Circo / Palimpsesto, Lda. / CEAUCP)

CRIAÇÃO DE CONTEÚDOS

Palimpsesto, Lda. MONTAGEM E TRANSPORTES

Palimpsesto, Lda. Câmara Municipal de Beja

TRADUÇÃO

Ana Osório (Projeto Outeiro do Circo / CEMUC / CEAUCP)

DESIGN GRÁFICO

Câmara Municipal de Beja

FOTOS AÉREAS

Google Earth DESDOBRÁVEL

Palimpsesto, Lda. Câmara Municipal de Beja

RÉPLICAS

Filipe Pina RECONSTITUIÇÕES

José Luís Madeira

APOIO MUSEOLÓGICO

Câmara Municipal de Beja COMUNICAÇÃO E DIVULGAÇÃO

DESENHOS

Palimpsesto, Lda. Sofia Silva Diana Fernandes

www.outeirodocirco.blogspot.com Câmara Municipal de Beja

(Projeto Outeiro do Circo)

Arqueologia experimental: técnica de decoração por brunimento PARA CONHECER MELHOR O PROJETO OUTEIRO DO CIRCO VISITE-NOS NO NOSSO BLOG (www.outeirodocirco.blogspot.com), TORNE-SE NOSSO AMIGO NO FACEBOOK E FAÇA-NOS CHEGAR AS SUAS OPINIÕES E COMENTÁRIOS.

MAPAS

José Luís Madeira APOIO

ORGANIZAÇÃO

Centro de Estudos Arqueológicos das Universidades de Coimbra e Porto

palimpsesto Estudo e Preservação do Património Cultural, Lda.

CEAUCP Campo Arqueológicoo de Mértola

FCT Fu n d ação p ara a C iên cia e a Tecn ologia MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CIÊNCIA

PORTUGAL

O Outeiro do Circo (Mombeja/Beringel) é um dos mais importantes povoados fortificados da Idade do Bronze Final (entre 1250 a.C. a 750 a.C.) no Sul da Península Ibérica.

um troço de dupla muralha na vertente sul ou uma entrada protegida por dois bastiões semicirculares. O Outeiro do Circo teria seguramente capacidade para suportar e proteger largas centenas de habitantes, que se dedicavam à exploração de um território circundante bastante rico.

Terá sido o grande centro de poder regional antes da cidade de Beja, que se desenvolveu a partir da Idade do Ferro, no século VII a.C. Está situado no centro de uma planície rica em recursos naturais, o que contribuiu para o seu desenvolvimento durante um período que é caracterizado por uma forte hierarquização social e pela emergência de elites guerreiras. Entre 2008 e 2011 foi alvo de escavações arqueológicas no âmbito do projeto de investigação “A transição Bronze Final / I Idade do Ferro no Sul de Portugal. O Caso do Outeiro do Circo”. Sul de Portugal e região de estudo

O TERRITÓRIO O Outeiro do Circo dominaria um vasto território na orla ocidental da planície de Beja, rodeado pelos ricos solos dos “Barros Negros”. Há muito que esta região atraía gente, como o demonstra a enorme quantidade de sítios arqueológicos da Idade do Bronze Pleno (1650 a.C. – 1250 a.C.)

Perfil do povoado do Outeiro do Circo

ANTECEDENTES Em 1758 surgem as primeiras referências ao Outeiro do Circo, nas “Memórias Parochiaes”, onde são reveladas algumas lendas que o relacionavam com uma fortificação dos mouros ou com o mito fundador de Beja, cidade que teria sido edificada neste local, sendo posteriormente abandonado em detrimento da colina onde hoje se situa. Ao longo do século XX sucedem-se os achados da Idade do Bronze na região de Beja. No entanto, o Outeiro do Circo só em 2008 viria a ser sujeito a escavações arqueológicas.

Planta do Outeiro do Circo

CONSTRUTORES DE MURALHAS

Conhecem-se, desta época, necrópoles com ricos espólios, mas também povoados abertos situados em zonas planas, rodeados por solos férteis e pequenos ribeiros.

Inicialmente, o Outeiro do Circo terá começado a congregar comunidades que ocupavam sazonalmente pequenos povoados abertos junto dos recursos naturais, que permitiam a sua subsistência.

Alguns terão surgido durante o Bronze Final, quando o Outeiro do Circo passa a dominar toda a região, como o sítio de Arroteia 6 (Mombeja), que corresponderia a uma pequena aldeia com cabanas de materiais perecíveis, dedicando-se a sua população às atividades agropecuárias.

Um fosso periférico terá constituído uma primeira tentativa de delimitação e proteção, mas o

GÉNESE DE UM POVOADO FORTIFICADO NA PLANÍCIE ALENTEJANA O principal elemento do Outeiro do Circo é a muralha que o rodeia e que se reconhece pelas linhas de árvores bem demarcadas que escondem grandes taludes de pedra, possuindo outras caraterísticas importantes como a existência de

Reconstituição da muralha