Pais da Biblioteconomia

July 5, 2017 | Autor: M. Interativo do ... | Categoria: Biblioteca, Bibliotecarios, Biblioteconomia
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PAIS DA BIBLIOTECONOMIA 1 por Ana Luiza Cavalcanti Farias Chaves 2

Dias dos Pais vem aí... Que tal pensar nos pais da Biblioteconomia? Elejo os Pais da Biblioteconomia e teço algumas considerações sobre suas atuações, a partir das informações disponíveis na grande rede. Inicio com Calímaco de Sirene (310 a.C.-240 a.C), na Antiguidade, professor, gramático, poeta, mitógrafo grego, bibliotecário e diretor da Biblioteca de Alexandria, com o feito de organizar o primeiro catálogo sistematizado, organizando 490.000 rolos de papiros, para elaboração de um catálogo por assunto, onde constariam por essa ordem, os nomes dos autores alfabeticamente organizados. Considerando o contexto da época, Calímaco iniciou, assim, a ordem do caos. Antes dele, somente por sorte alguém seria capaz de encontrar um texto específico. Passo agora para São Jerônimo (348-420), nos fins da Antiguidade, o Santo Doutor da Igreja Católica, que traduziu a Bíblia do grego antigo e do hebraico para o latim. Essa edição foi denominada Vulgata, que é o texto oficial da Igreja Católica, originando-se dela outras traduções em línguas românicas. Há fontes que o consideram o santo padroeiro dos Bibliotecários, pelo grande leitor que foi, pela excelente memória que tinha, por ter a maior biblioteca pessoal da Roma Antiga e pela ajuda em estabelecer a biblioteca papal em Roma, no século IV. No meio da Idade Moderna surge um novo pai, Gabriel Naudé (1600-1653), agora mais preocupado com a profissão e com o profissional decorrente dela, libertando os livros da prisão, abrindo a biblioteca para o público, tornando-a mais dinâmica, sobretudo com a atuação do bibliotecário, que passou a se voltar para a orientação da leitura. Retomo a paternidade com Melvil Dewey (1851-1931), bibliotecário norte-americano, responsável pela Classificação Decimal Dewey-CDD, que tanto estudamos nos bancos acadêmicos, para aplicar na prática bibliotecária de classificar livros e alocá-los por assuntos nas estantes. O sistema é decimal, contendo 10 classes principais, 100 divisões e 1000 seções,

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Texto publicado originalmente no Facebook do MURAL INTERATIVO DO BIBLIOTECÁRIO. Seção O Texto é Nosso, 03 ago. 2015. 2 Bibliotecária da Faculdade CDL. Especialista em Pesquisa Científica. Contato: [email protected].

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obedecendo a uma hierarquia, foi tão difundido quanto modificado e expandido, existindo hoje mais de 20 edições. As bibliotecas da atualidade ainda utilizam a CDD. Paul Otlet (1868-1944), foi um pai visionário! Autor, empresário, advogado e ativista da paz belgo, criou a Classificação Decimal Universal-CDU, instrumento que foi baseado na CDD, acrescentado de sinais para auxiliar nas facetas, necessárias para especificar as particularidades do documento. O autor teve a visão de uma grande rede de documentos para possibilitar as pesquisas de várias partes do mundo, com equipe especializada para o atendimento.

Passando pelo Brasil, encontro um pai brasileiro. Bastos Tigre (1882-1957), o primeiro bibliotecário por concurso no Brasil, exercendo a função por 40 anos e é por isso que a data de seu nascimento, 12 de março, é considerada o Dia do Bibliotecário, instituído pelo Decreto nº 84.631, de 12 de abril de 1980. Bastos Tigre também foi engenheiro, jornalista, poeta, compositor e humorista. Finalizo com o pai mais novo: Shiyali Ramamrita Ranganathan (1892-1972), bibliotecário da Índia, que estabeleceu as cinco leis da Biblioteconomia há mais de 40 anos e continuam válidas e aplicáveis na atualidade:

1. Os livros são para usar; 2. A cada leitor seu livro; 3. A cada livro seu leitor; 4. Poupe o tempo do leitor; 5. A biblioteca é um organismo em crescimento.

E você, acrescentaria mais algum pai da Biblioteconomia a essa lista?

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