Paleoictiologia e Tafonomia do Afloramento Riacho Berlengas, Formação Poti (Mississipiano da Bacia do Parnaíba)

July 13, 2017 | Autor: Rodrigo Figueroa | Categoria: Vertebrate taphonomy, Paleoichthyology
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PALEO 2014 RJ/ES - 9de dezembro de 2014

PALEOICTIOLOGIA E TAFONOMIA DO AFLORAMENTO RIACHO BERLENGAS, FORMAÇÃO POTI (MISSISSIPIANO DA BACIA DO PARNAÍBA). RODRIGO TINOCO FIGUEROA1,2; DEUSANA MARIA DA COSTA MACHADO2 Programa de Graduação em Ciências Biológicas, UNIRIO, RJ; 2Laboratório de Estudos de Comunidades Paleozoicas, LECP, RJ. [email protected], [email protected]

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Este trabalho propõe estudar a composição faunística e aspectos tafonômicos da Formação Poti, mais especificamente do afloramento do Riacho Berlengas, Município de Barro Duro, Piauí. A formação Poti é de idade carbonífera, Mississipiano, e os sedimentos encontrados na região são caracteristicamente arenitos de coloração cinza esbranquiçado ou esverdeado e também são encontradas lâminas de siltitos de coloração mais clara. Os macrofósseis da formação são de bivalves, “peixes” e plantas. Para esta formação já são conhecidos restos de peixes como um espinho de “Ctenacanthus”, um espinho de Xenacanthus tocantinsensis, e diversos fragmentos ósseos de paleoniscídeos. Esses fragmentos são encontrados normalmente em aglomerados dentro de bolsões, evidenciando as características fulviodeltáicas dessa região. Muito pouco se conhece sobre a fauna de vertebrados desse afloramento e da bacia como um todo, sendo mais comuns fósseis de invertebrados e plantas, portanto, muitos aspectos tafonômicos e biológicos continuam ocultos para os restos de vertebrados. Para a análise do material fossilífero do afloramento Riacho Berlengas, foram utilizados dados bibliográficos e amostras de arenito ferruginoso com bolsões de fragmentos ósseos submetidas a processos de preparação química a fim de separá-los da matriz rochosa e facilitar a sua triagem e classificação. O material possui tamanho diminuto e, para uma análise mais detalhada de seus aspectos morfológicos, foi utilizado microscópio esteroscópio marca LEICA. Mesmo com a análise detalhada do material, muitos poucos restos de alguma significância foram encontrados. A grande maioria é composta por ossículos muito fragmentados de impossível classificação, alguns deles finos e compridos semelhantes a costelas e outros mais amorfos. Dois exemplares se mostram mais interessantes que os outros em relação a suas características morfológicas. Um deles de coloração bastante clara possui estrias finas e bem próximas umas das outras além de uma área de depressão que poderia ser de articulação com outros ossículos ou escamas. Devido às características peculiares desse material não foi possível, até o momento, classificá-lo com segurança. O outro espécime interessante trata-se de um possível fragmento de escama cosmoide, com ornamentação de estrias onduladas e bem próximas. Caso confirmada a presença desse tipo de escama, seria o primeiro registro de Sarcopterygii para o afloramento do Riacho Berlengas e também o primeiro para a Formação Poti. A tafonômia aparenta ser o ramo mais promissor deste estudo, já que, a forma de aglomeração e o grau de seleção, são bastante específicos e podem inferir condições ambientais e deposicionais. O grau de empacotamento dos fragmentos é bem denso, porém esses pacotes são pequenos e estão isolados a uma distância considerável uns dos outros, além de não estarem dispostos em apenas uma camada podendo estar distribuídos de forma quase aleatória na matriz. [FAPERJ – CNPq]

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