Panorama das webradios de universidades federais do Sul do Brasil

May 22, 2017 | Autor: Luana Viana | Categoria: Radiojornalismo, Webradio, HISTORIA DO RADIO
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Artigo recebido em: 11.03.2016 Aprovado em: 10.01.2017

Debora Cristina Lopez Doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (UFBA), mestre em Letras (Unioeste) e jornalista (UEPG). Atualmente desenvolve estágio pósdoutoral junto à UERJ. É professora do PPGCOM e do curso de Jornalismo da UFOP. Coordena o Grupo de Pesquisa Convergência e Jornalismo (ConJor). E-mail: deboralopezfreire@ gmail.com Kamilla Morando Avelar Bacharel em jornalismo pelo UNI-BH. Pósgraduada em gestão de marketing pela Fundação Dom Cabral. Mestranda do PPGCOM/UFOP. Membro do Grupo de Pesquisa Convergência e Jornalismo (Conjor). Bolsista da FAPEMIG. E-mail: kamilla_avelar@ yahoo.com.br Luana Viana e Silva Bacharel em jornalismo pela UFOP. Mestranda do PPGCOM/UFOP. Membro do Grupo de Pesquisa Convergência e Jornalismo (Conjor). Bolsista da UFOP. E-mail: [email protected]

Panorama das webradios de universidades federais do Sul do Brasil1 Debora Cristina Lopez Kamilla Morando Avelar Luana Viana e Silva Resumo Este artigo pretende desenhar um mapa das webradios de universidades federais que contam com cursos de jornalismo na região Sul do Brasil. Com olhar sobre a história destas webemissoras, buscamos compreender seu posicionamento no cenário da convergência a partir da sua inserção nos cursos. Ao inal, indicamos uma relação entre a estrutura organizacional e de conteúdo das três rádios analisadas (Ponto UFSC, Rádio Comunicação e Da Hora) com duas perspectivas: a) sua trajetória e tempo de existência; b) sua vinculação às atividades de ensino do curso. Palavra-chave: Webradio; Convergência; Ensino de Jornalismo. Abstract his article aims to draw a map of the webradios of federal universities that have journalism courses in the South of Brazil. To look at the history of these web stations, we tried to understand its position in the landscape of the convergence from its insertion in the courses. At the end, we indicate a relationship between organizational structure and content of the three analyzed radios (Ponto UFSC, Rádio Comunicação e Da Hora) with two perspectives: a) their trajectory and time of existence; e) their relation to educational activities of the course. Keywords: Webradio; Convergence; Journalism Education.

Esta é uma versão revisada do texto apresentado no GT de História da Mídia Sonora do 10º Encontro Nacional de História da Mídia, 2015. 1

Estudos em Jornalismo e Mídia Vol. 13 Nº 2 Julho a Dezembro de 2016 ISSNe 1984-6924

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DOI: http://dx.doi.org/10.5007/1984-6924.2016v13n2p98

E Este artigo é construído a partir das informações oiciais disponibilizadas pelas webradios em seus sites ou em textos cientíicos. 2

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A composição da amostragem e os caminhos utilizados para chegar até ela são detalhados no subtópico de análise deste artigo.

mbora os estudos sobre a interface entre rádio e tecnologia tenham aumentado no Brasil, como revelam Prata e Martins (2010), observamos a pouca incidência de pesquisas que tratem especiicamente do fenômeno da webradio – seja como objeto ou como aporte teórico. Em paralelo a isso, o número de emissoras que transmitem pela internet tem aumentado – tanto as hertzianas quanto as exclusivamente online. Neste estudo buscamos olhar para uma parcela deste fenômeno: as webradios educativas das universidades federais da região Sul do Brasil. Trata-se de um primeiro passo em um esforço maior: compreender o cenário das webradios educativas no país. Este texto se apresenta como um espaço de aproximação ao objeto, assim como de proposição de uma organização para o desenho deste futuro panorama. A região Sul do país foi escolhida por apresentar webemissoras em faculdades e universidades federais, estaduais e particulares, assim como se caracterizar pela ampla produção e consumo de rádio. Estes elementos são fundamentais para compreender o espaço dado ao rádio nos currículos dos cursos, assim como o destaque para o meio no campo da comunicação. Deinida a delimitação geográica, optamos por restringir às instituições federais para a aproximação inicial, já que encontramos nesta categoria webradios dos três estados (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul), o que permite a realização de um estudo comparativo. Reiteramos que os resultados apresentados aqui são restritos e não podem ser expandidos para o ensino de rádio na região sul do Brasil, mas permitem compreender uma fatia dessa realidade e abrem discussões e demandas para a futura construção deste mapeamento. Partimos da premissa de que as universidades se coniguram como um lugar privilegiado para o debate, o ensino e a experimentação em radiojornalismo e, por isso, optamos por analisar as webradios que abrigam cursos de jornalismo. O objetivo é apresentar a história e o panorama das webra-

dios2 das instituições federais da região Sul do Brasil. Construímos nossa amostragem a partir da listagem de universidades federais com cursos de jornalismo disponíveis no site do Ministério da Educação. Chegamos a sete instituições: Universidade Federal do Paraná (Paraná); Universidade Federal de Santa Catarina (Santa Catarina); Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Universidade Federal de Santa Maria, Universidade Federal de Santa Maria – campus Frederico Westphalen, Universidade Federal do Pampa e Universidade Federal de Pelotas (todas no Rio Grande do Sul)3. A partir daí, buscamos conhecer as iniciativas de webradios das universidades estudadas. Partimos da hipótese de que a webradio é um espaço para a formação do futuro jornalista e que, por isso, constitui-se como um instrumento de trabalho nas universidades que oferecem cursos de jornalismo. Acreditamos que o conteúdo destas webradios é produzido pelos estudantes supervisionados por um ou mais docentes e desenvolve-se nas universidades principalmente na última década, quando a tecnologia de conexão à internet em banda larga popularizou-se e o rádio passou a ocupar novos espaços para transmitir sua informação. Como lembra Prata (2014), a produção laboratorial deve estar a serviço da teoria, em busca de novos conhecimentos. Webradio e o gênero educativo Vivemos um momento histórico que é fruto de mutações econômicas, sociais, culturais e tecnológicas. Movimentos nacionais, como a estruturação das sociedades e as políticas econômicas ou sociais, até questões mais amplas como a difusão dos processos de globalização e a cultura da convergência (JENKINS, 2008), são o cenário da nova ecologia midiática (SCOLARI, 2013) e do peril da audiência radiofônica contemporânea. De acordo com Lopez et al. (2015, p. 196): “Atualmente não se pode mais pensar em uma audiência radiofônica contemplativa, mas considera-se a iniciativa, a atividade, a produção, a validação, a 99

circulação como características marcantes deste novo ouvinte-internauta.” Desta forma, e considerando a composição desta audiência como processual, buscamos observar também nestas emissoras o papel exercido por esta audiência e pelos relexos de sua constituição nesta ecologia. No momento atual o desaio é apresentado, como dissemos, pela cultura da convergência e pela presença mais constante da audiência nas mídias digitais. O rádio, como lembra Kischinhevsky (2014a), apropria-se dos movimentos destes espaços, como as estratégias de circulação das redes sociais. Os meios, então, dialogam entre si, constroem uma narrativa complementar e complexa, explorando variados dispositivos e espaços (LOPEZ, 2015). Esta convivência reitera a perspectiva da midiamorfose de Fidler (1997), em que os meios não se substituem, mas se inluenciam em uma via de mão dupla. É neste cenário que Prata (2009) aponta a webradio como novo modelo radiofônico, considerado a “vanguarda tecnológica da radiofonia” (p. 18), composto por diversos gêneros e formatos, com programação transmitida exclusivamente pela internet e sem espectro no dial AM ou FM. A primeira webradio do mundo, de acordo Prata e Martins (2010), surgiu em setembro de 1995. “A Rádio Klif, no Texas, Estados Unidos, foi a primeira emissora comercial a transmitir de forma contínua e ao vivo exclusivamente através da internet.” (p. 4). Cebrián Herreros (2003) destaca que as rádios criadas com o objetivo de transmitir exclusivamente online têm crescido de forma signiicativa. A origem destas webemissoras no Brasil é controversa. Segundo Prata (2010), no Brasil, a primeira webradio foi a Rádio Totem, criada em 1998, na cidade de São Paulo. Entretanto, há evidências documentais de que a Manguetronic, de Recife (PE), foi lançada na rede em abril de 1996, “por Renato Lins, que fazia um programa de rádio na Caetés FM de Recife, e decidiu criar um programa exclusivo para a Internet.” (BUFARAH JUNIOR, 2003, p. 6). Em 2010, Prata e Martins airma100

ram que seria difícil quantiicar o número de webradios no País, mas que o portal radios.com.br apontava a presença de aproximadamente duas mil estações. Cinco anos depois esse número mais que dobrou. O mesmo portal apresentava em maio de 2015, 4778 webradios brasileiras dividas em 47 segmentos4. A internet e as tecnologias digitais proporcionam uma maior segmentação às mídias, focando em um público cada vez mais especíico. Considerando essa segmentação de gêneros, trabalhamos neste texto com o gênero educativo-cultural que, segundo Barbosa Filho (2003), compreende programa instrucional, audiobiograia, documentário educativocultural e programa temático. Relativizamos, entretanto, a classiicação do autor sob dois pontos de vista: a) diz respeito ao rádio convencional e, portanto, não pode ser aplicado diretamente ao contexto da convergência; b) trata-se de uma classiicação estrita, que não permite diálogo entre as categorias e não considera o caráter dinâmico da produção radiofônica. No Brasil, o gênero educativo-cultural ainda é pouco difundido, apesar de estar presente desde os primórdios do rádio – meio de comunicação popular que por permitir um alcance a áreas de difícil acesso pelos meios impressos era usado com objetivo de levar a educação a áreas remotas5. A inclusão desse meio na educação marca o início de uma revolução tecnológica das mídias voltadas para o processo educacional – passando pela televisão até chegar à internet. É importante considerar que o desenvolvimento dessas tecnologias de informação e comunicação (TICs) trouxe novas possibilidades aos programas educativos, tornando mais relevante a necessidade de interação entre os envolvidos. A webradio é um dos caminhos para explorar o potencial interativo do processo comunicacional, aproximando os emissores dos receptores, o que permite criar condições de aprendizagem e colaboração mútua. Consideramos também, pela especificidade do nosso texto, que as emissoras analisadas podem ir além destes gêne-

Disponível em: . Acesso em: 30 de abril de 2015. É importante observar que o segmento educativo não faz parte do cadastro do site, o que impossibilitou a apresentação deste dado neste texto.

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Já houve a tentativa de se instalar nas rádios brasileiras alguns programas educacionais, dois deles mais conhecidos como Projeto Minerva e o Movimento de Educação de Base – MEB (FREITAS, 2005).

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Foram identiicadas no Paraná – Instituto Federal do Paraná (IFPR), Universidade Federal do Paraná (UFPR), Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA) e Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UFTPR); no Rio Grande do Sul – Universidade Federal do Rio Grande (FURG), Instituto Federal Farroupilha (IFFarroupilha), Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS), Instituto Federal Sul Rio-grandense (IFSul), Universidade Federal das Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), Universidade Federal de Pelotas (UFPEL), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) – campi Santa Maria e Frederico Westphalen e Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA); e em Santa Catarina – Instituto Federal Catarinense (IFCatarinense), Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) e Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). 6

Rádio Federal FM – 107,9. Disponível em: . Acesso em: 2 de maio de 2015. 7

Rádio da Universidade. Disponível em: . Acesso em: 2 de maio de 2015. 8

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Possui apenas um programa na rádio local Fronteira FM.

Rádio Universidade. Disponível em: . Acesso em: 2 de maio de 2015.

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Disponível em: Acesso em: 2 de maio de 2015. 11

Disponível em: . Acesso em: 2 de maio de 2015.

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ros indicados por Barbosa Filho (2003) como educativos. Isso porque tratase de uma amostragem de emissoras educativas, mas que visam auxiliar na formação de estudantes de jornalismo e, por isso mesmo, precisam explorar múltiplos gêneros e formatos. No entanto, é preciso compreender o espaço das emissoras educativas – sejam elas hertzianas, na internet ou webradios (FERRARETTO, 2014) – como um lugar de trocas e de diálogo. Como lembra Marcelo Kischinhevsky (2014b), os cursos de jornalismo não devem formar “apertadores de botões”, mas sujeitos críticos. E para isso, o “processo de ensino-aprendizagem deve ser entendido como um processo de comunicação, visto que se desenvolve num marco de relações de interação.” (p. 52). Daí a premissa de que parte deste texto, que prevê a atuação constante da tutoria docente nas produções laboratoriais de modo a permitir um diálogo com os aportes teóricos e a estruturação inovadora das webradios. As webradios Para desenvolver este estudo foi realizado um levantamento de todas as universidades e institutos federais localizados na região Sul do Brasil. Ao todo, são 17 instituições6. O primeiro recorte realizado selecionou as universidades e institutos que possuíssem cursos de graduação de comunicação social/jornalismo. Reduzimos, então, nossa amostragem a seis universidades com sete cursos de jornalismo (considerando dois cursos presentes na UFSM em campi diferentes): UFPR, UFPEL, UFSM, UFRGS, UNIPAMPA e UFSC. De acordo com o site dessas instituições, três possuem exclusivamente emissoras hertzianas, são elas: UFPEL7, UFRGS8 e UNIPAMPA9. A UFSM possui uma situação atípica: uma rádio de antena10 na sede e uma webradio – Rádio da Hora11 – no campus de Frederico Westphalen. Outras duas instituições também possuem webradios: UFPR - Rádio Comunicação12 e UFSC – Rádio Ponto UFSC13.

Rádio Ponto UFSC A Rádio Ponto é a webemissora do curso de jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Fundada em 1999, é uma das primeiras webradios universitárias14 a se inserirem no cenário nacional com caráter informativo. Sua primeira transmissão aconteceu no dia 30 de setembro, mas a programação diária só começou efetivamente no mês de novembro do mesmo ano de fundação (THIBES, 2013). A Rádio Ponto nasceu da necessidade de se criar um ambiente em que os alunos pudessem veicular os conteúdos produzidos nas disciplinas de rádio. Não havia um espaço adequado para divulgar as produções radiofônicas que só eram ouvidas nas salas de aula e em algumas rádios parceiras. Dentre essas parcerias, destacam-se os projetos: Multimídia Universidade Aberta15, extinto em 1999 por falta de recursos16, e o Fazendo Rádio na Escola17. Todavia, a necessidade de um espaço formal para a veiculação de conteúdos permanecia e o curso de jornalismo buscou a opção online para atender à demanda do corpo discente e docente. “Não havia a possibilidade de se ter uma emissora convencional porque a lei que criou a Radiobrás impedia a concessão de novos canais para a criação de emissoras universitárias nas instituições federais. Então, a criação de uma webradio foi a solução.” (THIBES, 2013, p. 84). Assim, as alunas Fabiana de Liz e Sabrina Brognoli D´aquino, orientadas pelos professores Eduardo Meditsch e Maria José Baldessar, propuseram no Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) um projeto para implantar uma webradio na UFSC: No TCC, as autoras explicam todo processo de criação e contam que a primeira transmissão foi um boletim ao vivo do I Salão de Cultura e Extensão da UFSC e uma programação musical de quatro horas no dia cinco de novembro de 1999. A estreia oicial aconteceu em 17 do mesmo mês, data para eleição 101

para reitor da UFSC. Nesse dia, o site fez sucesso: teve 400 acessos e nos 20 seguintes, o total subiu para 1194. Inicialmente, a Rádio Ponto era transmitida através da Rede Metropolitana de Alta Velocidade de Florianópolis (futura Internet 2). Foi a primeira webemissora do Brasil a funcionar neste tipo de rede, que era até seis vezes mais rápida do que a usada na época e ainda estava em teste no país (ZUCULOTO et al., 2013, p. 8). Para ser mantida em funcionamento, conforme explica Zuculoto (2014), a Rádio Ponto “passou a se desenvolver como projeto de extensão e também como rádio laboratório, veiculando os trabalhos práticos das disciplinas da área.” (p. 275). O conteúdo é produzido exclusivamente pelos alunos do curso de jornalismo, transmitido 24h pela internet, tendo como responsáveis os professores Eduardo Meditsch e Valci Zuculoto. Além disso, o conteúdo é veiculado ao vivo em FM interna no campus de Florianópolis e na rádio pública FM Cultural de Joinville, que também reproduz alguns programas feitos pela webradio (ZUCULOTO, 2014). Toda a programação está vinculada ao laboratório do curso de jornalismo da UFSC e, segundo hibes (2013), é alterada a cada seis meses, devido à mudança de semestre. De acordo com o site radioponto. ufsc.br18, no ano de 2015, 17 programas compunham a grade de programação. Desse total, 12 eram produzidos pelos alunos matriculados nas disciplinas de radiojornalismo, a saber: Redação para Rádio, que tem como público de interesse os calouros; Radiojornalismo I, lecionada no segundo período, e Radiojornalismo II, direcionada aos discentes que cursam períodos mais avançados. A produção é predominantemente jornalística. A programação é constituída de conteúdo ixo e especial, apresentados de segunda a sexta-feira, das 11h às 19h30, além das reprises. Os assuntos abordados são variados e abrangem noticiário, 102

automobilismo, histórias da mídia, dicas para quem mora fora de casa, temáticas alternativas, entretenimento, cultura e muito esporte. Nesse contexto, diversas produções marcam os 16 anos de trajetória da Rádio Ponto. Ao clicar no link “produções especiais”, localizado na parte superior da página da webemissora, cinco hiperlinks aparecem com centenas de arquivos: Documentários (334), Esportivo (38), Musical (138), Radiojornalismo (66) e Radioteatro (143). “A maior parte das produções radiofônicas já executadas ao longo dos 35 anos do Curso de Jornalismo da UFSC fazem parte deste acervo, pois foram digitalizadas e disponibilizadas.” (ZUCULOTO, 2014, p. 277). Outro aspecto importante é que as redes sociais, em especial o Twitter e o Facebook, foram adotadas pela Rádio Ponto, desenhando um ambiente de convergência e de interatividade. Jenkins (2008) deine a convergência: “onde as velhas e novas mídias colidem, onde a mídia corporativa e mídia alternativa se cruzam, onde o poder do produtor de mídia e o poder do consumidor interagem de maneiras imprevisíveis.” (2006, p. 29). Kochhann et al. (2011) entendem o conceito “como um processo gerado pelo aperfeiçoamento de diversas tecnologias, ou ainda, pelas novas ferramentas tecnológicas oferecidas todos os dias.” (p. 2). O Twitter tem destaque logo na primeira página da webradio, localizando-se no canto direito e trazendo as últimas notícias produzidas. Ao clicar nos tweets, o webouvinte é levado para a plataforma mixcloud e pode escutar a programação divulgada. Alguns programas, como os esportivos, têm peris próprios no Facebook, enquanto os outros utilizam a própria página da Rádio Ponto. Conforme explica, hibes (2013): No site www.radioponto.ufsc.br, há uma chamada para os programas, que é complementada com a posterior publicação dos podcasts dos programas e uma imagem ou foto, geralmente a foto de quem participou da produção do progra-

Disponível em: . Acesso em: 1 de maio de 2015. 13

Embora não componha nossa amostragem, consideramos importante registrar que a primeira webradio universitária da região Sul do país é a Radiofam, da Pontifícia Universidade do Rio Grande do Sul, com transmissões experimentais, ainda em 1997. O início regular de suas atividades, entretanto, ocorre em outubro de 2000, o que instaura o debate sobre o pioneirismo entre a Radiofam e a Ponto UFSC.

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Projeto de extensão que implementou o primeiro site de notícias do estado de Santa Catarina, fundado em 1998. Tinha como objetivo divulgar informações e notícias que ultrapassassem os limites da Universidade Federal de Santa Catarina.

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Informações disponíveis em Scarduelli (s/d): . Acesso em: 2 de maio de 2015.

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O projeto ensinava aos alunos das escolas públicas como produzir conteúdo para o rádio.

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Informações disponíveis em: . Acesso em: 1 de maio de 2015.

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Por uma questão histórica, também apresentamos aqui a Rádio UFPR – que não é relacionada ao curso de jornalismo da instituição. Iniciada em caráter experimental em 8 de julho de 2003 com o slogan “A primeira exclusiva para internet do Paraná”, é a emissora pioneira de webradio do estado que há 12 anos se dedica a transmitir um conteúdo educativo com música popular brasileira e notícias da comunidade universitária. Foi fundada na época pela coordenação da Pró-Reitoria de Planejamento (Proplan) da Universidade Federal do Paraná, dirigida pelo professor Zaki Akel Sobrinho, atual reitor da universidade. Após 11 anos de existência, a Rádio UFPR ganha a frequência 94.5 das ondas hertizianas, deixando de ser transmitida exclusivamente pela internet. Com programação 24 horas por dia, a rádio apresenta programas musicais exclusivamente brasileiros, transmitindo os estilos de Chorinho, Música Instrumental Brasileira e os clássicos da Bossa Nova e do passado da MPB. A cada cinco minutos há a transmissão de notícias da instituição. 19

Disponível em: Acesso em: 2 de maio de 2015. 20

Disponível em: . Acesso em: 2 de maio de 2015. 21

Disponível em: . Acesso em: 2 de maio de 2015. 22

Disponível em: . Acesso em: 2 de maio de 2015. 23

Disponível em: . Acesso em: 2 de maio de 2015. 24

ma junto ao convidado (THIBES, so a vídeos e áudios passaram a ser possíveis a partir das matérias internas, além 2013, p. 100). do material produzido pelos veículos de O Facebook segue a mesma lógica Rádio e TV.”22 Todo conteúdo da rádio está direde produção do Twitter: o internauta, ao entrar no post, se depara com uma foto tamente relacionado à disciplina Laboe com um link que o leva para dentro ratório de Radiojornalismo da UFPR, da plataforma mixcloud. As postagens, enquadrando-se, portanto, no gênero compartilhamentos e curtidas não foram jornalístico. Todavia, não há uma proobjetos desta pesquisa, mas observa-se gramação deinida ou streaming ao vivo. que o Facebook, diferentemente do Twit- Os programas são noticiosos e produziter, não está presente na página inicial da dos com frequência semanal. Entre eles, destacamos o Jornal Rádio Comunicação, webradio. feito pelos alunos do curso de jornalismo com duração média de 1h 20min. Universidade Federal do Paraná 19 O trabalho dos alunos se conUFPR A webradio Comunicação20 da centra no site do Jornal Comunicação, Universidade Federal do Paraná é fruto que apresenta material sonoro, audiovida necessidade de disponibilizar de for- sual, hipertextos, entre outros. Devido a ma digital o material produzido pelos isso, a divulgação realizada pelas redes alunos do curso de jornalismo. É insta- sociais também se concentra em apenas lada em um site que surgiu a partir da um peril – Jornal Comunicação – no Faversão online do Comunicação, jornal cebook23 e no Twitter24. laboratório impresso desenvolvido pelos Universidade Federal de Santa estudantes da instituição. A ideia surgiu a partir da percep- Maria (UFSM) – campus Frederico ção de que era importante acompanhar Westphalen O curso de jornalismo da Univeras tendências da imprensa em geral e usufruir do espaço digital para a produ- sidade Federal de Santa Maria – campus Frederico Westphalen – é responsável ção de informação. pela produção e apresentação da webraA proposta acompanhou a evo- dio Da Hora. A rádio, assim como a welução do próprio webjornalismo, bTV, faz parte da Agência Experimental imprescindível para os novos pro- de Notícias Da Hora e iniciou suas ativiissionais e que vem conquistando dades em 2009. novos públicos – os que não enCriada no início de 2007 e regiscontram tempo ou disposição para trada via SIE (Sistema de Informaacompanhar a mídia impressa. A ções para o Ensino) em 2008 como utilização do espaço na internet projeto de extensão (n° 021997) também permite a atualização insno GAP (Gabinete de Projetos) tantânea de notícias factuais e abre do Centro de Educação Superior espaço para a interatividade do Norte RS (CESNORS) – campus público leitor (RADIO COMUNIde Frederico Westphalen – da UniCAÇÃO, 2015)21. versidade Federal de Santa Maria (UFSM), a Agência Experimental A versão online do jornal impresso de Notícias Da Hora não é somenComunicação foi criada em 1997, porém te um projeto, mas um espaço na a Rádio Comunicação foi implantada Universidade que proporciona aos dez anos depois, em 2007 – junto com acadêmicos a prática jornalística a TV – na reformulação de todo o site. por meio da produção de notícias, Em 2009, a página sofreu outra mudanreportagens, programas de rádio, ça, menor, “para atender necessidades vídeo e fotograias (BORGES et al., emergentes do jornalismo online: o aces103

2014, p. 1). O trabalho conta com a colaboração de alunos bolsistas e voluntários do curso de jornalismo. No início do projeto, o site apresentava apenas publicações de textos e fotos, porém no segundo semestre de 2009, passou a veicular conteúdos radiofônicos e de telejornalismo. A proposta está vinculada ao projeto de extensão e à disciplina eletiva “Agência Experimental”. Ao contrário das demais webradios analisadas, a Da Hora não trabalha com conteúdo desenvolvido nas disciplinas de radiojornalismo do curso. A produção radiofônica iniciou timidamente, mas foi ganhando espaço à medida que os alunos começaram a realizar coberturas esportivas e a transmitirem jogos da segunda divisão do Campeonato Gaúcho, com comentários e narração jornalística. Em 2015, o esporte era o carro-chefe do conteúdo jornalístico na Da Hora. No ano de 2012, a Agência foi contemplada com a aprovação de projeto inanciado pelo Programa de Extensão Universitária (PROEXT), que dentro de seus objetivos permitiu ampliar a grade de programação da Web TV e principalmente da Web Rádio (BORGES et al., 2014, p. 3).

tenimento e programas informativos, os áudios icam hospedados no próprio site da rádio, que faz parte do portal do Departamento de Comunicação do Centro de Educação Superior Norte – RS (Cesnors). “Dentro da grade de programação da Web Rádio Da Hora estão os programas radiofônicos semanais “Verbo Solto”, “Espaço Reggae”, “Papudos” e “Show Time”.” (BORGES et al., 2014, p. 6). A webradio veicula também projetos interdisciplinares desenvolvidos pelos alunos de todos os períodos do curso de jornalismo. As transmissões radiofônicas não se restringem a Frederico Westphalen. Equipes e equipamentos já foram deslocados para outras cidades – como para a cobertura do evento Mississippi Delta Blues Festival, em Caxias do Sul (RS), por exemplo – para a confecção de materiais jornalísticos. A rádio também tem caráter social, pois contribui para o conhecimento e informação, não só da comunidade universitária, mas também dos moradores da região de Frederico Westphalen. Isso ocorre por meio da cobertura dos principais acontecimentos locais e regionais, que oferecem uma via de mão dupla, beneiciando a comunidade e o curso. Por meio das atividades da emissora, os estudantes de jornalismo possuem um espaço para praticar e desenvolver suas habilidades.

Assim, além de ter se tornando Com as demandas crescendo, o um diferencial na veiculação de site da Agência precisou sofrer alteraconteúdos jornalísticos na região, ções, o que possibilitou a inclusão das a possibilidade de participar e redes sociais como Facebook25 e Twitter26 contribuir numa transmissão ao na divulgação dos materiais realizados. vivo representa uma oportunidaAs páginas oiciais mantêm publicações de única para um futuro jornalista atualizadas e fornecem ao internauta invivenciar a prática da proissão, se formações a respeito de todo andamento formando não apenas com conheda produção jornalística. cimento teórico, mas sim, e acima No ano de 2013, os integrantes de tudo, com conhecimento prátida Agência se dividiram em dois granco e proissional (BORGES et al., des grupos: um da webradio e outro da 2014, p. 10). webtv. Aqueles responsáveis pela Rádio Da Hora focaram no desenvolvimento de conteúdos jornalísticos, transmitindo O cenário das webradios universitárias Rádio Ponto UFSC, Rádio Comuao vivo jogos do time de futebol local, nicação e Rádio Da Hora possuem alguUnião Frederiquense. Com uma programação de entre- mas especiicidades que as diferenciam 104

25 Disponível em: . Acesso em: 2 de maio de 2015. 26 Disponível em: .Acesso em: 2 de maio de 2015.

Nosso objetivo, neste artigo, não é discutir a conceituação do que é rádio ou não ou discutir se podcasts caracterizam-se como produção radiofônica. Por este motivo, ainda que observemos características de repositório de áudios e podcasts na Rádio Comunicação, mantivemos sua classiicação como webradio.

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No site da rádio Da Hora podem ser localizadas fotograias e texto, mas através de links de matérias postadas no site da agência. A rádio em si não tem produções multimídia e não integra narrativamente em suas produções especíicas, fotograias, vídeos ou textos oriundos da agência. 28

29 Importante destacar, em se tratando de emissoras que ocupam espaços em mídias digitais, a melhor organização de conteúdo e a melhor navegabilidade da Ponto UFSC em relação às demais.z

e assemelham. A principal delas é a vinculação ao curso de jornalismo das universidades, seja através de disciplinas ou projetos de extensão. Tal fato é importante, pois impacta diretamente na formação acadêmica que, aliada à prática, à teoria e à pesquisa aproxima os estudantes da rotina produtiva de uma rádio comercial. Nos três casos, há veiculação de conteúdos produzidos neste espaço, embora achemos importante ressaltar a webemissora da UFSM, que não tem em sua grade de programação conteúdo das disciplinas especíicas de rádio. Tratase da única das três analisadas que não tem acompanhamento de um professor da área, mas sim dos coordenadores da agência experimental. Acreditamos que isso se dê pelo peso maior assumido na agência Da Hora para o conteúdo em texto em imagem em detrimento do sonoro, explorado fundamentalmente na programação da rádio. Em relação à origem do conteúdo e organização das rotinas, há um diferencial entre a rádio Comunicação e as demais. A webemissora da UFPR não está vinculada a projetos de extensão, mas funciona como um espaço de divulgação da produção da disciplina em forma de arquivo ou repositório de áudios27, o que a aproxima mais da deinição de produção de podcasts do que como rádio em si. O fato de estar vinculada a um projeto de extensão, como nos casos da UFSC e da UFSM, possibilita também a maior participação dos alunos na comunidade. Isso amplia a troca de experiências beneiciando as duas rádios, além de ampliar o rol de assuntos e trazer para o debate temas que não têm, por vezes, muito espaço na mídia convencional. Outro aspecto importante é que da interação entre universidade e comunidade surgem novos conhecimentos que podem ser trabalhados e articulados na produção de um conteúdo mais independente, podendo ser desenvolvido no meio acadêmico. Embora a Rádio Comunicação não tenha uma programação constante que a caracterize como rádio, mantém periodicidade em sua produção central, o

Radiojornal Comunicação. Por não possuir conteúdo ampliado ou uma grade de programação em áudio não a caracterizamos, neste texto, como uma webradio. Tanto a Ponto UFSC quanto a Da Hora apresentam esta grade de programação e exploram as redes sociais para ampliar visibilidade e (buscar) adequarse às demandas do rádio expandido e da audiência participativa das mídias digitais. Exploram também a memória, característica das mídias digitais (PALACIOS, 2014), permitindo ao ouvinte-internauta um consumo personalizado e sob demanda. Em relação à memória é interessante observar que o podcast, tão caro ao rádio e à construção de seu diálogo com o ouvinte, é utilizado somente pela Ponto UFSC. As demais apresentam arquivos para escuta ou download, mas não permitem assinaturas RRS, que caracterizam o podcast (LOPEZ, 2010). O conteúdo multimídia é pouco explorado por ambas, mas aparece mais frequentemente na Ponto UFSC. Esta é a única das três a utilizar fotograias28 no seu conteúdo, predominantemente as ilustrativas. A partir destas características, observamos um enquadramento mais direto da Rádio Ponto UFSC e da Rádio Da Hora como webemissoras, pois possuem canais de transmissão ativo com programação diversiicada e, no caso especíico da emissora catarinense, busca ampliar o conteúdo e explorar o podcast29. Outro fator que chama a atenção é que a Rádio Ponto além de ser uma webradio com transmissão exclusiva pela internet possui também a peculiaridade de funcionar, como rádio depositária e como retransmissora de conteúdo para redes FM. Assim, acredita-se que tais características podem levar a uma relexão sobre o conceito inicial de webradio trabalhado neste artigo. Considerações inais Os meios de comunicação universitários são potenciais instrumentos comunicativos para se construir uma sociedade verdadeiramente democrática, livre das amarras da publicidade e da política. Todavia, para que tal fato se concreti105

ze, faz-se necessário fortalecer os meios de comunicação vinculados à academia para que eles se tornem referências de credibilidade e isenção na sociedade. Reletindo sobre tal possibilidade, um caminho para se alcançar esse objetivo pode vir a ser o fortalecimento da história dos meios de comunicação. O conhecimento do processo incial possibilita o entedimento da criação, a implantação, o percurso, a correção e o aprimoramento constante de um projeto comunicacional. Mas as webradios, por serem modelos de negócios relativamente novos, com constantes alterações de conteúdo, ainda estão escrevendo suas histórias e desenhando suas características. Observamos, especiicamente em relação às emissoras analisadas, que sua trajetória é fundamental para deinir seu peril. A Rádio Ponto UFSC, mais antiga entre as três, é a que apresenta maior número de características de uma webradio e que busca complexiicar o conteúdo, atendendo às demandas de um público mais ativo e exigente. O conteúdo relete diretamente as atividades docentes, e as coberturas especiais realizadas contam não só com a supervisão, mas, em alguns casos, com a participação direta dos docentes, o que enriquece a prática pedagógica construída como um diálogo e uma experiência coletiva. A emissora ganha em qualidade, e a formação dos futuros jornalistas lida com enfrentamentos e desaios do cotidiano proissional. Já a Rádio Da Hora e a Comunicação foram criadas no mesmo ano, mas diferem-se na organização, outro ponto que consideramos fundamental. A webemissora gaúcha insere-se em um projeto

de extensão que permite o desenvolvimento de produções de mais fôlego e a atenção maior às redes sociais. O protagonismo docente não se manifesta tão claramente nas produções, o que também acontece na Rádio Comunicação. Na Rádio Da Hora, a voz é dada aos estudantes, mas o diálogo com a teoria especíica da área e as ações de inovação não são explicitadas. Já a paranaense, com modelo restrito às disciplinas de rádio, acaba por apresentar um conteúdo mais simples e mais caracterizado como de rádio de antena. Não há uma reverberação das inovações propiciadas pela nova ecologia de meios ou uma apropriação das ferramentas digitais que inluenciem diretamente nas práticas ou no conteúdo radiojornalístico. Observamos, neste caso, uma construção de rádio convencional, não atualizado em relação às demandas de mercado ou da audiência, provavelmente oriundo das restrições impostas pela rotina da “emissora”, vinculada exclusivamente à disciplina do curso de jornalismo. Estudar as webradios na tentativa de se traçar um panorama sobre as webemissoras na região Sul do Brasil foi desaiador. A falta de informação, a forma como o conteúdo encontra-se disposto nas plataformas online e a fragmentação das informações acabaram por corroborar o fato de que os dados históricos, muitas vezes, são tácitos, ou seja, estão presentes apenas nas mentes dos idealizadores dos projetos. Tal problema, se não solucionado a tempo, pode vir a impossibilitar o conhecimento profundo da história das webradios, trazendo diiculdades na contuidade produtiva do meio.

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