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May 22, 2017 | Autor: J. Gonçalves de F... | Categoria: Information Science, Library Science, History of Library and Information Science, Digital Library
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Paradigmas da Ciência da Informação:
Génese, consolidação, transformação

Judite A. Gonçalves de Freitas
Professora Catedrática
FCHS /UFP

Paradigmas da Ciência da Informação: génese, consolidação, transformação Judite A. Gonçalves de Freitas
Paradigma Físico
Todos acentuam a importância do desenvolvimento tecnológico.
Conferências do Georgia Institute of Tecnology (1962), onde se criticou o uso de "Documentação" e se definiu a CI como um ramo científico que:
"investiga as propriedades e comportamento da informação, as forças que regem o seu fluxo e os meios de o processar." (Taylor, 1966).
Define-se este novo ramo científico por três caraterísticas essenciais:
Interdisciplinaridade,
Ligação às TIC e
Participação ativa no desenvolvimento da Sociedade da Informação.
A ligação às TIC permite desenvolver o acesso, transferência e receção da informação

Dimensão pragmática da Ciência da Informação

Paradigmas da Ciência da Informação: génese, consolidação, transformação Judite A. Gonçalves de Freitas
Paradigma Físico
Crítica à Biblioteconomia incapaz de responder às supremas necessidades de informação no meio académico.
Surge um grupo rival – os cientistas da informação – denominação que tende a substituir o tradicional de "Bibliotecário".
Cisma intelectual entre Bibliotecários e cientistas da informação (Bowles, 1998).
Solução – procura-se dar solução ao problema com a criação de comunidades de cientistas de várias proveniências (matemáticos, linguistas, historiadores, engenheiros…).
Estes grupos de investigadores definem o perfil da CI a partir do campo de visão do seu próprio objeto de estudo.
Nasce a interdisciplinaridade científica da CI.
Anuncia-se um modelo explicativo de base positivista, empírica e racional.
A informação é mesurável, quantificável, verificável, de acordo com a teoria das probabilidades.

Paradigmas da Ciência da Informação: génese, consolidação, transformação Judite A. Gonçalves de Freitas
Paradigma Físico
Boom de informação científica.
Dificuldades de acesso e uso.
Desenvolvimento das TIC
Indústria de produção de conhecimento, aumenta as necessidades de acesso, tratamento e uso.
1949 – surge a Teoria Matemática com Shannon e Weaver - a informação passa a ser quantificada, organizada e transmitida por máquinas.
1951 - Calvin Mooers – avança com a problemática dos recursos de recuperação da informação.
Reconhecimento da importância estratégica da informação para o desenvolvimento da Ciência.
Transmissão da informação aliada preferencial da investigação.
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Paradigma Físico
Origens da CI (fase genésica e fundacional da CI)
Associado a dinâmicas estritamente técnicas e fisicistas ('experimentalistas')
Vannervar Bush (1945), As We May Think, obra que antecipa alguns aspetos da sociedade da informação. Propõe a criação de uma máquina (memex), uma espécie de memória coletiva, que assegure a distribuição, o registo, o transporte e a distribuição de informações.
Contexto histórico:
Desenvolve-se depois da II Guerra Mundial.
EUA transformam-se na maior economia mundial (Hobsbawm, 2002).
EUA potencia o desenvolvimento académico a par do económico-social.
EUA os maiores produtores de ciência – 50% da produção mundial.
Financiamento à investigação e desenvolvimento.
Paradigmas da Ciência da Informação: génese, consolidação, transformação Judite A. Gonçalves de Freitas
Evolução histórica e epistemológica
Paradigma – de acordo com o Dicionário Houaiss, o exemplo que serve de modelo ou padrão.
Segundo Thomas Kuhn (1971) – os paradigmas - correspondem a modelos, representações e interpretações de mundo universalmente reconhecidas pela(s) comunidade(s) científica(s).
O paradigma corresponde a uma visão histórica de interpretação e explicação da natureza do ramo do conhecimento.
Cada paradigma representa uma visão da evolução da Ciência da Informação num determinado contexto histórico.
Contexto histórico é conjunto de circunstâncias e movimentos nos quais se produzem e ocorrem os factos e os acontecimentos de maior ou menor relevo.
São três os paradigmas (modelos) de desenvolvimento da Ciência da Informação: Paradigma Físico, Paradigma Cognitivo e Paradigma Social.
Todos condicionados pelo contexto histórico e as correntes científicas dominantes.
Algo que serve de exemplo geral ou de modelo. = PADRÃO

"paradigma", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://www.priberam.pt/dlpo/paradigma [consultado em 30-03-2017].
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Paradigma Social (1999 - )
Contexto histórico:
Globalização em crescendo e neoliberalismo.
Instabilidade económica e social (as crises políticas, militares financeiras).
Cultura intelectual e ética marcada pelo individualismo.
Novos modos de concetualizar e compreender a realidade.
CI reconhece a incapacidade para responder aos problemas da atualidade – "crise de consciência" deste ramo disciplinar.
Instaura-se a "Crise", em ordem a:
Disciplina com inúmeros vínculos interdisciplinares (Saracevic, 1999).
Unidade de saber em metamorfose constante.
Problemas de comunicação entre os registos do conhecimento humano e as necessidades dos utilizadores.
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Paradigma Cognitivo (1980-1990?)
Contexto histórico:
Desintegração da URSS e do sistema socialista europeu.
Guerra-Fria
Menos socialismo e mais individualismo.
Transição da Sociedade Industrial (valor social do trabalho) para a Sociedade da Informação (valor social da Informação) (Hayes, 1998).
A economia do conhecimento e informação substituí a economia do trabalho.
Rutura com a conceção materialista da história e o modelo racional moderno.
UNESCO – a riqueza mede-se pelo desenvolvimento da ciência e da tecnologia em geral.
Indução tecnológica, desenvolvimento acelerado das TIC.
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Paradigma Cognitivo (1980-1990?)
Determinantes do processo de conhecimento – contexto, processo e interpretação.
Aceitação de que o sujeito é uma entidade social que constrói conhecimento.
O sujeito é elemento ativo na transformação da informação em conhecimento, daí a subjetividade e relativismo.
Deslocação de eixo – da informação passou a centrar-se a análise nas condições de construção do conhecimento e de acesso do utilizador.
Na Sociedade Pós-moderna, depois da racionalidade e objetiva, tudo é resultado de uma construção do sujeito.
O conhecimento em migalhas.
Haverá conhecimento objetivo?



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Paradigma Social (1999 - )
Informação como elemento-chave do desenvolvimento económico.
CI é uma Ciência Social em mutação, em função dos sujeitos cognoscentes e as relações sociais mutáveis.
A compreensão do sujeito – relativismo – depende da linguagem, cultura, horizonte de expetativas, etc……
O conhecimento é determinado por fatores sociais.
Informação tratada de uma perspetiva ampla, relacionando sujeito cognoscente, contexto histórico de atuação e motivações.
Concebe-se a Ciência da Informação numa relação implícita com a sociologia, a ciência da linguagem, a análise do discurso, combinando-a com métodos quantitativos.
Valorização da infometria e da gestão da informação.
Desenvolvimento da área da investigação quantitativa.
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Paradigma Cognitivo (1980-1990?)
O império da relatividade, racionalidade e subjetividade do conhecimento.
O processamento da informação depende do sujeito (utilizador).
B. C. Brookes (cit. in Shaw, 1990), esteve na génese deste paradigma. sustentando-se na tese de Karl Popper dos três mundos:
O mundo 1 - físico (Ciências Naturais e do mundo físico)
O mundo 2 – das ciências da mente/consciência (Filosofia, História…)
O mundo 3 – das ideias e representações mentais (Ciência da Informação)
O último mundo, de dimensão cognitiva e mental era designado de "mundo objetivo".
A dependência incontornável dos limites de apreensão / compreensão do utilizador (sujeito do conhecimento).

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Conclusão geral
A CI, atualmente, encontra-se numa encruzilhada entre o imperativo tecnológico e o imperativo cognitivo.
As TIC conferem novos campos de atuação à CI e novas dinâmicas.
As redes, p. ex., constituem um desafio enorme para a CI.
O papel determinante da informação no desenvolvimento social e económico das atividades produtivas, qualquer que seja o ramo.
A CI está numa cruzamento de saberes e resulta dessa cruzamento.
A relação com as ciências da computação tem que assentar num equilíbrio de modo a não colocar o homem numa situação de inferioridade relativamente aos instrumentos materiais que utiliza. (Saracevic,1996).
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Bibliografia referenciada no texto:

Mooers, C. (1950), "Information retrieval viewed as temporal signaling". Proceedings of the International Congress of Mathematicians. Vol. 1, S. 572-573.

Popper, Karl (2009), O Conhecimento e o Problema Corpo-Mente, Editorial Presença (1º ed. 1970).

Saracevic, T. (1999), "Information Science". Journal of American Society for Information Science and Technology, 50 (12), pp. 1051-1065.

Shannon , C. E. (1948), "A mathematical theory of communication", The Bell System Technical Journal, Vol. 27, pp. 379–423, 623–656, July, October.

Shaw, Alexandra (1990), "B.C. Brookes and the development of information science: a bibliography", Journal of Information Science, Bd. 16, S. 3-7.

Taylor, R. S. (1966), "Professional aspects of information science and technology". Annual Review of Infromation Science and Technology, 1, pp. 15-40.

Paradigma Cognitivo (1980-1990?)
A CI é considerada uma Ciência Social – focada no sujeito, nas suas necessidades de informação, no processamento e interpretação de dados e informações. O império do relativismo!
Influências do Construtivismo cognitivo e da perspetiva subjetiva do conhecimento.
A mente individual é geradora de conhecimento e dela depende a sua inteira construção.
Informação = compreensão e processo cognitivo.
O império do relativismo!
Tudo parte do sujeito que processa, mediatiza e organiza a informação.
As necessidades dos utilizadores são vistas numa perspetiva individualista (Capurro, 2003).
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Bibliografia referenciada no texto:
Bowles, M.D. (1998), The information wars: two cultures and the conflict in information retrieval, 1945-1999. In Mary E. Dowdon et al. (eds.), Proceedings of the 1998 Conference on the History and heritage of Science Information Systems ( pp. 156-166), Medford.
Bush, Vannervar (1967), Science Is Not Enough, William Morrow & Company.
Capurro, R. (1992). What is information science for? A philosophical reflection. In Pertti Vakkari, Blaise Cronin Eds.: Conceptions of Library and Information Science. Historical, empirical and theoretical perspectives, (pp. 82-98), London: Taylor Graham.
Hayes, R. M. (1998), History review: the development of information science in the United States. In Mary E. Dowdon et al. (eds.), Proceedings of the 1998 Conference on the History and heritage of Science Information Systems (pp. 223-248), Medford.
Hobsbawm, Eric (2002), A Era dos Extremos. O breve século XX, Presença (1ª edição 1998).
Kuhn, Thomas (1978), Segundos pensamientos sobre paradigmas, Tecnos.

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