Pedagogia da Autonomia Pratica Docente Primeira Reflexao
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Pedagogia da Autonomia (p. 2346). Prática Docente Primeira Reflexão FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2015 “Paulo Freire, um dos maiores intelectuais do século XX, elaborou uma teoria ou, como ele mesmo preferia dizer; ‘uma certa compreensão éticocríticopolítica da educação’, que tem como uma de suas bases o diálogo que possibilita a conscientização com o objetivo de formar cidadãos da práxis progressista, transformadores da ordem social, econômica e política injusta.” Embora o texto seja norteado por uma visão crítica e progressista da educação, o autor destaca que os alguns dos saberes abordados no texto se prestam também à uma visão conservadora de educação, por se tratarem de saberes demandados pela prática educativa independente da sua cor política e ideológica, e que deve partir do leitor o esforço da distinção. Esses saberes fundamentais seriam ainda conteúdos obrigatórios à organização programática da formação docente. Em sua característica oralidade, marca de sua escrita, Paulo Freire usa exemplos concretos e pragmáticos para ilustrar seu pensamento: “O ato de cozinhar, por exemplo, supõe alguns saberes concernentes ao uso do fogão, como acendêlo, como equilibrar para mais, para menos, a chama, como lidar com certos riscos, mesmo remotos, de incêndio, como harmonizar os diferentes temperos numa síntese gostosa e atraente. A prática de cozinhar vai preparando o novato, ratificando alguns daqueles saberes, retificando outros, e vai possibilitando que ele vire cozinheiro. A prática de velejar coloca a necessidade de saberes fundantes como o do domínio do barco, das partes que o compõem e da função de cada uma delas, como o conhecimento dos ventos, de sua força, de sua direção, os ventos e as velas, a posição das velas, o papel do motor e da combinação entre motor e velas. Na prática de velejar se confirmam, se modificam ou se ampliam esses saberes” Pag. 24
A partir dessa analogia, o autor elenca um desses saberes fundamentais ao afirmar que o formando, desde o princípio da sua experiência formadora e como sujeito da produção do saber, se convença que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar possibilidades para a produção ou construção do mesmo. A visão de que o formador (ou docente) é sujeito e o educando objeto por ele formado, marca uma relação de dependência onde o objeto recebe os conhecimentos (ou conteúdos) acumulados pelo sujeito, que sabe e os transfere. Eventualmente, essa forma de compreender o processo formador transformará o objeto em falso sujeito formador dos futuros objetos. A relação dialética entre docência e dicência, elementos esses interdependentes, não reduz quaisquer dos sujeitos à objetos.
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