Penela e a sua gente em meados do século XIX

June 7, 2017 | Autor: Guilhermina Mota | Categoria: Economic History, Social History, Family history, Marriage (History)
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Penela

Um percurso pelo tempo coordenação

Margarida Sobral Neto textos

Ana Isabel Ribeiro, Cristóvão Mata, Guilhermina Mota, Jorge de Alarcão, Leontina Ventura, Maria Helena da Cruz Coelho, Raquel Vilaça

Comissão Científica Editorial Board Márcia Motta

Univ. Federal Fluminense, Brasil

Paola Nestola

Universitá del Salento, Itália

Pegerto Saavedra

Univ. de Santiago de Compostela, Espanha

João Gouveia Monteiro

Universidade de Coimbra, Portugal

João Marinho dos Santos

Universidade de Coimbra, Portugal

Pedro Carvalho

Universidade de Coimbra, Portugal

Título: Penela – Um percurso pelo tempo Coordenação: Margarida Sobral Neto Textos: Ana Isabel Ribeiro, Cristóvão Mata, Guilhermina Mota, Jorge de Alarcão, Leontina Ventura, Maria Helena da Cruz Coelho, Raquel Vilaça Capa: Paula Leal s/ fotografias do acervo da Câmara Municipal de Penela © 2015 Câmara Municipal de Penela Direitos reservados por Terra Ocre, Lda. Edição: Palimage Apartado 10032 3031-601 Coimbra [email protected] www.palimage.pt Data de edição: dezembro de 2015 ISBN: 978-989-703-142-7 Depósito Legal n.º 403080/15 Impressão: Artipol – Artes Tipográficas, Lda. Palimage é uma marca editorial da Terra Ocre edições

Penela e a sua Gente em Meados do Século XIX

Penela and its People in the Middle of the 19th Century Guilhermina Mota

Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra [email protected]

Resumo: Este texto pretende dar um contributo para o conhecimento da vida económica e social de Penela, em meados do século XIX. Considera a produção agrícola e industrial do concelho e os serviços de que a vila dispõe, esboça uma caraterização social da sua população, refere a distribuição espacial das suas moradas e as suas estruturas familiares, avalia alguns aspetos da nupcialidade e da mortalidade. Tem como base documental, entre outras fontes, róis de confes­ sados, registos paroquiais e cadernos eleitorais. Palavras-chave: Penela; vida económica e social; casamento; mortalidade; família. Abstract: This paper contributes to the study of the social and economic life of the town of Penela in the middle of the 19th century. The research covers agricultural, industrial and tertiary activities, and approaches a social characterization of the population, the human settlement, family structures and life cycles. Among others, the study used electoral rolls, parish records and nominative lists, as primary sources. Keywords: Penela; social and economic life; marriage; mortality; family.

“Penela, petite ville blanche blottie dans l’ombre de son château de la Reconquête […] un pays pauvre, où les landes, les bois de pins et les affleurements de roche tiennent plus de place que les cultures”. Este retrato de Penela feito por Orlando Ribeiro (RIBEIRO, 1949: 120) é mais recente, mas com maioria de razão poderia ter sido traçado no século XIX. Vila antiga, com foral outorgado ainda antes da nacionalidade (pois data de 1137)1, com assento em cortes2 (só Coimbra e Montemor-o-Velho o tinham também na área do atual distrito), sede de um arcediagado (BRÁSIO, 1975) – na

Foral confirmado por D. Afonso II em 1217. Penela teve foral manuelino em 1514. No 16.º banco, juntamente com Atouguia, Monsaraz, Vila Viçosa e Santiago do Cacém (ARNAUT, 1937: 24). 1 2

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diocese, mais, só o de Seia e o do Vouga –, nada e criada em momentos de confrontação bélica, viu o seu prestígio declinar com o tempo. O castelo, outrora importante baluarte da linha defensiva do Mondego, há muito perdera essa relevância, o que era atestado até pela ruína a que fora sendo votado, com as pessoas a aproveitarem as suas pedras para a construção das casas (ARNAUT, 1937: 39), atitude em que a própria câmara dava o exemplo, pois demoliu em 1760 a porta que estava junto da torre do relógio para empregar a pedra na reedificação da mesma torre, derrubada pelo grande terramoto (OLIVEIRA, 1884: 12). Como reconhece Salvador Dias Arnaut, Penela “foi feita para guerrear, não para comerciar; a sua situação o mostra claramente: num píncaro falto de água, relativamente longe do principal centro agrícola do concelho (a baixa centrada pelo Pastor). Não admira, por conseguinte, que perdesse não só entre as outras vilas do distrito, mas entre as restantes o lugar preponderante que tivera; (sucedeu-lhe o que sucedeu a Marvão vila cercada que impressiona pelo sossêgo e pelo ar antigo, no viso dum monte rochoso e nu, e o que sucederia a muitas terras – por exemplo, à Lousã – se não abandonassem os morros acastelados e descessem para a planície)” (ARNAUT, 1937: 45­‑46). De facto, a vila manteve-se fiel ao seu senhor, o castelo! O concelho de Penela localiza-se numa zona de transição entre o litoral e o interior, com relevo já acentuado e vales profundos, o que torna o seu solo acidentado, o que, por um lado, reduz os espaços de cultivo e, por outro, os torna menos férteis. A paisagem é pobre, revestida sobretudo por vegetação rasteira, como as urzes, as ervas aromáticas (o alecrim, a alfazema, a erva de Santa Maria, erva que os animais comem pelos montes e que concorre para o sabor caraterístico do queijo do Rabaçal) e as ervas medicinais, malvas, almeirão, papoilas (ARNAUT e DIAS, 1983: 83-84), com carrascos e manchas de pinheiros e de oliveiras. Apenas os campos que orlam os cursos de água, dos quais o mais notável é o rio Dueça, ofereceriam melhores condições para a lavoura. Nem todas as terras do concelho, de solo de grés ou calcário, com pouca retenção de água, seriam adequadas para a cultura de cereais. Essa circunstância fica evidenciada pelo município de Penela quando, em 1814, na sua resposta a um inquérito vindo da provedoria de Coimbra, informa que três quintos do território concelhio estavam por

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semear, parcela que correspondia a terrenos situados em montes, que estavam a ser abandonados (MATA, 2014: 91). Sendo a atividade agrícola predominante no concelho, a fraca qualidade de parte das terras não propiciaria um viver muito desafogado e originava, com alguma frequência, a penúria de muitos. De “pobreza, mizeria e fome […] pela carestia e falta de cereais, que na maioria do concelho apenas dão para as sementes” (ROQUE, 1982: II: 558), se queixa a câmara municipal, por exemplo, em 1856, que é, aliás, ano de crise em todo o país, pois nele se conjugaram as más colheitas dos anos de 1855 e de 1856 com o surto epidémico da cólera-morbo. Virão os dias da fuga de muitos às privações rumando aos Brasis, mas nessa altura ainda não. Só na década de 1870 a emigração para fora do país se começa a tornar mais forte no concelho: entre 1870 e 1875 partiram 386 pessoas (385 homens e uma mulher), ao passo que entre 1862 e 1869 apenas tinham saído 44 (39 homens e cinco mulheres) (ROQUE, 1982: II: 573-574). Penela, como vila que era, teve ao longo do tempo funções e estruturas de caráter administrativo: casa e açougue da câmara, pelourinho, cadeia, almoxarifado, juízo das sisas e dos órfãos, administrador do concelho, almotaçaria, casa da roda e hospital, este último ligado à Santa Casa. A roda, entre 1783 e 1836, foi administrada pela Misericórdia, de 1836 a 1843 pelo município, ano em que é extinta, voltando a ser criada em 1849 (ROQUE, 1982: II: 711-714). Do ponto de vista religioso, estava dotada de três igrejas, as paroquiais de São Miguel e de Santa Eufémia e a da Misericórdia, esta com casa da mesa e habitação do andador (OLIVEIRA, 1884: 65). As colegiadas de São Miguel e de Santa Eufémia, à data da sua extinção, tinham respetiva­ mente quatro e cinco beneficiados e, em 1827, apresentavam 384$000 e 490$000 réis de rendimento (CORREIA e GONÇALVES, 1952: 205). A Miseri­córdia de Penela era, em 1876, a mais pequena do distrito de Coimbra em número de irmãos (tinha 38, quando a média era de 116), mas não no seu valor patrimonial, pois os seus 4 980 870 réis colocavam-na num lugar modesto, mas não no fundo da tabela, o mesmo acontecendo com os 369 035 réis da sua receita. Em 1876­‑1878, a Misericórdia da Pampilhosa, a mais

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pobre, tinha apenas 493 695 réis de património e a de Vila Nova de Anços, com 37 210 réis, era a que menos receita tinha (LOPES, 2011: 334, 340 e 344). A vila, todavia, não aproveitou a preeminência institucional que detinha para se desenvolver de forma sólida, muito provavelmente porque as famílias mais ricas e influentes do concelho, e que costumavam andar na sua governança, não moravam na sede, mas sim no Espinhal ou em quintas, como a da Boiça ou a do Pinheiro. Em 1849, por exemplo, no concelho de Penela residiam apenas seis pessoas elegíveis para deputado, Aires Guedes Coutinho Garrido, da Quinta da Boiça, e D. Francisco de Alarcão Velasques Sarmento, Hipólito Anastácio Simões de Almeida, João Leal da Gama Araújo Vasconcelos, Manuel José Leal de Carvalho e D. Vicente de Alarcão Velasques Sarmento, todos do Espinhal3. O concelho, segundo mapa elaborado em 1857, tinha apenas um médico com partido municipal, treze sangradores e três farmácias (ROQUE, 1982: I: 331). É certo que, no distrito, só Montemor-o-Velho, Arganil e Oliveira do Hospital estavam mais bem providos, mas a situação de Penela não deixa de sugerir uma realidade precária, atendendo até a que, em 1843, o médico se encontrava velho e doente, “que nem de casa podia sair”, como afirmava o administrador do concelho, num recurso que dirigiu ao governador civil de Coimbra, contestando várias deliberações camarárias, entre elas a do vencimento arbitrado ao facultativo4. Este era de 150$000 réis, sendo o do partido de Arganil em 1860 de 200$000 réis e o de Coja na mesma data de 160$000 réis (CASCÃO, 1978: 14). Em outubro de 1855, por ocasião da epidemia de cólera que já batia às portas da freguesia, os membros da comissão de socorro criada no Espinhal, para acudir ao mal, pediam desesperados mais um médico a quem se dispunham a pagar, para além de uma gratificação, casa, cama e mesa, ameaçando, caso não fossem atendidos, abandonarem a terra para escaparem ao terrível flagelo. Fundamentavam o pedido na existência de um só médico para todo o concelho, que era muito extenso e com as povoações afastadas umas das outras5. A. U. C. (Arquivo da Universidade de Coimbra) – Governo Civil. Cadernos eleitorais. Penela. 1841-1858. 4 A. U. C. – Governo Civil. Municípios: Receitas e Despesas: Câmara Municipal de Penela, 1841-1890. 5 A. U. C. – Governo Civil. Assistência e Saúde Pública. Epidemias: [1832]-1855. 3

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Se a situação da saúde era precária, a da instrução primária não seria melhor. Embora a cobertura da rede escolar não fosse má, pois em 1856 no concelho de Penela apenas a freguesia de Podentes não tinha escola, a educação não era aí uma prioridade. A vereação, em 1843, considerando embora que os professores satisfaziam cabalmente os seus deveres, não lhes pagava o ordenado, justificando-se pela míngua do cofre do município6. E, contudo, ele era bem magro! O governador civil de Coimbra bem o expressa ao afirmar em 1858: “Um conductor de trabalhos, um chefe de cantoneiros, um cocheiro, um feitor da estação de muda da mala-posta, ganham mais do que um professor de primeiras letras!” (ROQUE, 1982: II: 696). Por sua vez, dez anos depois, Júlio Dinis, em A Morgadinha dos Canaviais, refere-se aos professores de primeiras letras como esses “pobres diabos, que, por noventa mil réis anuais, se deixaram ligar à atafona do ensino primário da aldeia” (DINIS, 1986: 119). Muitos pais, por seu lado, também não compreendiam as vantagens de uma educação literária, considerando-a até prejudicial (pois possibilitava encargos futuros, como o de jurado) e recusando-se por isso a mandar os filhos à escola, como informa o administrador do concelho de Penela em 1861 (ROQUE, 1982: II: 698). Ainda em 1886 se notava na maioria dos chefes de família “certa repugnancia” em mandarem os filhos aprender a ler e escrever (OLIVEIRA, 1890: 408). A aprendizagem que para eles contava era a dos saberes transmitidos pela palavra e pelo exemplo na vida e no labor quotidianos. O uso da palmatória – uso em “grande excesso”, o do Padre Francisco José Natário, professor proprietário da cadeira de primeiras letras na vila de Penela, onde exerceu o seu magistério durante 36 anos (OLIVEIRA, 1884: 147-148) – não seria, por sua vez, de molde a cativar as crianças. Também o não seria o trabalho a que se viam obrigadas, e que todavia cumpriam, como criados, como pastores – em 1886, as crianças de ambos os sexos ainda continuavam desde tenra idade a guardar ovelhas, empregando-se nos trabalhos agrícolas aos 14 ou 15 anos (OLIVEIRA, 1890: 408) – ou como

A. U. C. – Governo Civil. Municípios: Receitas e Despesas: Câmara Municipal de Penela, 1841-1890. 6

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operários, como é o caso de dois menores de 16 anos empregados na fábrica dos Moinhos da Retorta em 1861 (ROQUE, 1982: II: Quadro XIIIa)7. Em Penela, terra pobre e proletária, para os filhos dos trabalhadores, que eram a maioria (MOTA, 2000: 295), a infância acabava cedo, pois era corrente a prática de os colocar à soldada desde tenra idade. Essa prática deduz-se a partir do número muito elevado de fogos de casais sem filhos que existe na freguesia de São Miguel em 1838, o que significa que os filhos abandonavam o lar paterno precocemente (MOTA, 2000: 293). Pelos orçamentos da Câmara Municipal nos anos de 1840 a 18448, se vê o pouco dinamismo do concelho, movimentando anualmente apenas à volta de um conto e cem mil réis, verba que não passa de 60% da renda anual do Dr. Aires Guedes Coutinho Garrido em 18439. A Receita provinha das rendas dos foros e laudémios do concelho, de licenças, de coimas e condenações, da arrematação dos aferimentos de pesos e medidas, do imposto no vinho – um real por quartilho, lançado em 1812 para do seu rendimento se completar a reparação da cadeia que estava arruinada, mas que permanecera mesmo depois da obra concluída, pois dava grande rendimento. Acrescia mais um montante (que andava em deficit), vindo do poder central e proveniente de contribuições locais, e que era, de longe, a maior fatia da receita. A Despesa ia-se pelos ordenados e gratificações ao secretário da câmara, ao adminis­ trador do concelho, ao secretário deste, aos dois oficiais da câmara e da administração, ao partido médico e ao partido do cirurgião, ao relojoeiro e azeite para o relógio, pelo expediente da secretaria, pela caixa dos expostos, pela arca dos médicos, por obras e despesas eventuais, pela terça nacional. A falta de vitalidade era tal que a própria primazia da vila era contestada. A comissão de socorro do Espinhal, citada atrás, é categórica ao afirmar que a sua freguesia era a terra mais central, mais populosa e mais importante do concelho, acrescentando que o desejo de prestar assistência na doença às populações ficava “sufocado na cabeça do concelho”. O mesmo acontecia com 78 crianças numa fábrica de papel na Lousã e com 93 crianças numa de Góis em 1878. Também no concelho de Arganil, em 1862, “quase todos os pastores contavam sete e oito anos de idade e até menos” (ROQUE, 1982: I: 160 e 459). 8 A. U. C. – Governo Civil. Municípios: Receitas e Despesas: Câmara Municipal de Penela, 1841-1890. 9 A. U. C. – Governo Civil. Cadernos eleitorais. Penela. 1843. 7

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A diferença entre a vila e o Espinhal bem se pode avaliar ao comparar os orçamentos das confrarias do Santíssimo Sacramento das freguesias de São Miguel e de Santa Eufémia, de Penela, e os da confraria de São Sebastião do Espinhal. Em 1852, a receita das primeiras era de 61$055 e de 56$540 réis respetivamente, ao passo que a da última era de 192$673. Também se dirá que, quanto maior é a nau, maior é a tormenta, porque ficando todas com dívidas nesse ano, pois as receitas não conseguiram fazer face a despesas extraordinárias com obras, consertos e aquisições para os altares, a do Espinhal ascendeu a 518$086 réis, ao passo que as outras duas andaram à volta dos 50$00010. O cotejo destes valores com os das receitas e despesas médias anuais das confrarias do distrito de Coimbra – que são, entre 1876 e 1878, de 130$224 réis e 104$570 (LOPES, 2011: 347) – faz sobressair a estreiteza das confrarias de Penela e a maior riqueza da de São Sebastião. As rivalidades vinham de longe. Em 1761, e com permissão régia, faziam­ ‑se os alardos no Espinhal (por vezes no pátio da quinta da Boiça), por ser o lugar “mais capaz” e ficar no centro do termo, em vez de os fazer na vila, como requeria o capitão de uma das companhias, invocando o Regimento. Este capitão, João Moniz de Almeida, recusou-se a mandar os soldados para o Espinhal, desobedecendo às ordens do capitão-mor de Penela, e viu­‑se assim castigado com cadeia por um mês (OLIVEIRA, 1884: 125-127; JARNAUT, 1915: 208-209). Por sua vez, em 1814, a coroa teve que intervir para obrigar o juiz de fora a voltar para Penela, pois ele preferia residir no Espinhal, alegando servir assim melhor o concelho por ser esse um lugar mais central, servido por uma estrada real, que a vila não tinha, com um mercado semanal a que concorria muita gente e com duas estalagens. A vila, de facto, não tinha estalagens nem casas que acomodassem pessoas de fora. Ainda não tinha hospedarias ou pensões bem entrado o século XX, quando é descrita como uma vilazinha modesta (DIONÍSIO, 1993: 35911). Também a debilidade da sua vida comercial era notória. O juiz de fora Pedro de Sousa Pinto de Barros Cachapuz, miguelista convicto12, A. U. C. – Governo Civil. Orçamentos de Confrarias: Penela (1852-1883). A 1.ª edição do volume 3.º da obra Guia de Portugal é de 1944. 12 Dedicação que foi recompensada pois, em 11 de março de 1831, El-Rei concedeu-lhe, para ele, mulher, filhos e cunhada, o uso da “Medalha da Real Effigie da Imperatriz Nossa Senhora, que Santa Gloria haja”. Gazeta de Lisboa. N.º 61 (12 de Março de 1831). 10 11

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entre outros melhoramentos – como a reparação das calçadas da vila e do Espinhal, e a dos caminhos públicos, ou os arranjos na igreja de Santa Eufémia –, conseguiu, em 1831, obter provisão régia para o estabelecimento, em Penela, de uma feira semanal aos sábados e de uma mensal no último dia de cada mês. Encontrou, porém, tal oposição, movida por homens influentes do Espinhal, que abandonou o cargo (OLIVEIRA, 1884: 174-175) e foram as feiras por água abaixo. Ainda na década de 1880, estabelecido na vila o mercado às quintas-feiras, ele não prosperava por ter a concorrência do daquela povoação, que se realizava aos domingos, dia mais oportuno por dar às pessoas a possibilidade de fazerem as suas compras sem perderem o dia de trabalho (OLIVEIRA, 1884: 182-184). Penela continuava então sem feira mensal, sendo o único concelho do distrito que a não tinha (ROQUE, 1982: I: 87). Só logrará uma, de gado, em finais do século, que se realizava no recinto da freguesia de Santa Eufémia, no dia 9 de cada mês (ANDRADE, 1896: 180). Apenas manteve sempre a sua feira anual, criada no tempo do Infante D. Pedro e que ocorria pelo São Miguel de setembro. Este facto, só por si, espelha a fraqueza do seu comércio, pois, como se considerava já no século XVIII, as meras feiras de ano “não indicam um estado florente de comércio, mas mostram que ele é oprimido, e é pequeno” (PORTUGAL, 1991: II: 3), havendo maior vantagem no desenvolvimento dos mercados regulares. O comércio estabelecido seria de pouco ou nenhum apreço, pois não surgem referências a comerciantes, nem a casas comerciais. Penela apenas tem um talho para venda de carne em 1858, havendo outro no Espinhal (ROQUE, 1982: II: Quadro XIX). A população abastecia-se nas feiras e provavelmente junto de negociantes que deambulavam de terra em terra com suas fazendas. O concelho não tinha indústria, circunstância que não deixa de estar em sintonia com o Portugal de então. Só no último quartel do século será criada uma fábrica reputada, de lanifícios e de papel, na Ponte do Espinhal. É certo que existira no concelho uma fábrica de curtumes sita no Espinhal, que manufaturava peles e solas de vaca e de bezerro, mas fábrica de efémera duração. Um dos sócios desta fábrica era António Dias Pedrosa Nazaré, que serviu muitos anos como escrivão da câmara municipal e foi depois administrador do concelho (OLIVEIRA, 1890: 437). O concelho também dispusera de um engenho de serrar madeira mas, em 1837, é apontado já

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como decadente. Na década de 1860 foi criada uma fábrica de papel situada nos Moinhos da Retorta, de Luciano Fernandes Falcão, que foi juiz de fora, que ainda chegou a empregar duas dezenas de pessoas, mas não vingou por dificuldades várias, entre elas, a falta de mão de obra qualificada (atraída pela fábrica congénere da Lousã), a carestia dos transportes e a falta de água para mover o motor. Na verdade, a escassez de água, especialmente entre julho e outubro, far-se-á sentir até muito tarde. Ainda em 1937, aquando da inauguração da luz elétrica na vila, dirá Salvador Dias Arnaut: “Depois é preciso que venha água. Água, muita água” (ARNAUT, 1937: 51). Havia sim a produção artesanal em que avultava a cestaria: barreleiros, poceiros, cestos e cestas de verga, feitos com vime, salgueiro ou castanho. Fabricavam-se, em teares tradicionais – 66 de linho e 12 de lã em 1861, havendo nesta data no concelho 78 tecedeiras –, as peças de linho, os tecidos grosseiros de lã, como a estamenha, mas também muitos panos misturados de lã e linho ou de algodão e linho para uso pessoal e doméstico. E alguma cal (havia seis fornos), telha e tijolo (um forno que só cozia uma vez por ano). Havia ainda a transformação ligada à atividade agrícola, com os seus 12 lagares de vinho, 18 de azeite, 17 moinhos e uma oficina de destilação. E, claro, o queijo do Rabaçal, em 1867 com “grande procura para Coimbra, para Lisboa e para muitas outras terras do Reino” (ROQUE, 1982: I: 134). A considerável produção do queijo, feito com leite de ovelha e de cabra, era possível porque no concelho havia montes e pastos onde se criava gado caprino e, sobretudo, lanígero, ocupando a criação deste, em relação com a população, o terceiro lugar distrital. Dizia Henriques Seco, por meados do século XIX, que os terrenos do concelho, apesar de serem “montuosos e muito pedregosos”, produziam “com abundancia pão, vinho, azeite, hortalice, fructas, gados e caça” (Seco, 1853: 117). O concelho produzia, de facto, entre 1860 e 1866, uma quantidade apreciável de milho, contando com os bons campos marginais do rio Dueça e de ribeiras, como a do Espinhal, com uma média de 171.717 alqueires, o que valia 5% do gerado no distrito, trigo, com uma produção média mais baixa (18.367), mas mais elevada no conjunto distrital (7%), centeio, cevada, aveia, feijão e batata, esta com muito pouca expressão, azeite de qualidade e em quantidade, pois o solo calcário era propício à implantação e boa produtividade da oliveira, nozes com uma média de

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7,5 moios ocupando um quarto lugar, e vinho em 1840 com 30.939 almudes, representando 3,8% do total operado no distrito13. Penela, por meados do século XIX, era uma terra rural, situada à margem do poder, sem infraestruturas, com deficientes comunicações. Por exemplo, em 1834, só havia correio duas vezes por semana que chegava de Coimbra aos domingos e às quintas-feiras (OLIVEIRA, 1884: 149). Em 1882, ainda a vila pedia abertura de estrada, uma estação de correio para entrega da correspondência, assim como pedia uma estação telegráfica14. Nesta data, já todo o país estava coberto pela rede de telégrafos, havendo uma secção em Coimbra. Essa sua falta de dinamismo económico e social era causa de atraso, mas também a defendeu em parte dos surtos epidémicos, do de cólera-morbo em 1833 (a maior crise de mortalidade do século) e do de varíola em 1835, não apresentando um saldo tão negativo de contágios e de óbitos como outras localidades, sobretudo as do Baixo Mondego, resistindo um pouco mais, tal como outras regiões serranas. Resistir um pouco mais não significa, no entanto, que a mortalidade de 1833 não tenha sido elevada: em São Miguel, os 89 óbitos do ano (75% dos quais entre 15 de julho e 31 de agosto)15 equivalem a 2,35 do número médio de óbitos ocorridos na década de 1830 na freguesia. Levando em conta a medida de magnitude de crises de mortalidade de Dupâquier, a crise teria atingido a intensidade de 7,9 correspondente a magnitude 3, ou seja, uma crise forte (DUPÂQUIER, 1979: 93)16. Mas Penela fica a ganhar no confronto com outras povoações, pois a epidemia atingiu 4,3% da população penelense, enquanto atingiu, por exemplo, 39,6% da de Tentúgal e 26,4% da de Santo Varão. Também o número de óbitos em relação aos efetivos populacionais é muito mais elevado em Maiorca (9,8%) ou na Figueira da Foz (8,2%) do que nos outros concelhos, sobretudo nos do interior, sendo no de Penela 13 As informações sobre a produção agrícola e artesanal foram colhidas na obra citada de João Lourenço Roque (ROQUE, 1982), riquíssima fonte de conhecimento sobre Coimbra e o seu distrito no século XIX. 14 A. U. C. – Governo Civil. Indústria. Licenças. 15 A. U. C. – Registos de Óbitos, Penela, freguesia de São Miguel. 16 Note-se que, nesta classificação, as crises de mortalidade podem atingir a magnitude 6, catástrofe, com uma intensidade superior a 32.

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de 3,3%. No interior, houve mesmo onze concelhos que foram totalmente poupados pela epidemia, como é o caso, entre outros, de Arganil, Avô, Góis, Oliveira do Hospital, Pampilhosa ou Tábua (ROQUE, 1982: I: 345-346, II: Quadro XXV e Quadro XXV, Notas). Em 1856, a cólera voltou a atingir o concelho, mas nem terá chegado a entrar na vila, a fazer fé nas informações de Delfim José de Oliveira (OLIVEIRA, 1884: 201). De facto, em agosto e setembro de 1856, os meses de maior virulência da doença (ROQUE, 1982: I: 371-372 e 524), em São Miguel de Penela morreram cinco pessoas na vila, ao passo que morreram 20 que moravam em diversos lugares da freguesia17. Contrariando a ideia de uma terra deprimida, São Miguel de Penela tem no ano de 1838 uma taxa de mortalidade já relativamente baixa, de 20,9‰. Também o consumo de carne de vaca, vitela, chibato, porco ou carneiro, reduzidíssimo para os padrões de hoje, não colocava o concelho, entre 1858 e 1861, com mais de um quilo anual por habitante, apesar de tudo, em posição desfavorável no conjunto do distrito, em que vários concelhos não chegavam ao meio quilo, como é o caso de Arganil, Mira, Penacova, Góis, Cantanhede (ROQUE, 1982: I: 272-274). Claro que aqui apenas se leva em conta a carne de venda pública, não contando a que se matava em casa. Por outro lado, a referência padrão – habitante – inclui as crianças de leite que, naturalmente, não comiam carne. Penela gozaria então de uma certa pacatez, pois o concelho entre 1842 e 1844 tem uma criminalidade moderada, com oito ferimentos, seis rixas, duas resistências às autoridades e uma fuga de presos (ROQUE, 1977: 146, 158-159, Quadros IV e V) e não sobrevêm entre 1840 e 1860 motins ou tumultos, como eclodiram por terras próximas, contra encargos ou cobrança de tributos, em defesa de logradouros comuns ou por questões laborais (ROQUE, 1985: 243-280). A única revolta é desencadeada pela prisão de uma rapariga no Espinhal em outubro de 1854, quando estava “pregando” e aterrorizando as pessoas com a proximidade do fim do mundo, o que não deixa de traduzir a credulidade ingénua de muitos. Credulidade sublinhada pelo ocorrido meses antes, na freguesia de Podentes, quando uma mulher testemunhou a aparição de Nossa Senhora, que teria vertido umas lágrimas de sangue A. U. C. – Registos de Óbitos, Penela, freguesia de São Miguel.

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numa toalha da capela. Tal milagre tornou-se um ponto de atração popular, pois povoações inteiras se despovoavam para o ver e, obviamente, deixar suas esmolas (ROQUE, 1982: II: 1023-1024). A marca de ruralidade de Penela avalia-se igualmente pela localização das casas de morada. Na freguesia de São Miguel, segundo o Rol de Desobriga de 1838, redigido pelo respetivo pároco – era prior encomendado o Padre Francisco Duarte Ferreira –, apenas estão sediados na vila 12% dos agregados familiares, distribuindo-se os restantes por diversas quintas e por diversos casais e povoações. A maioria da população vive disseminada pelos diversos lugares e ocupa­ ‑se no trabalho da terra. Assim o fazem lavradores, seareiros e trabalhado­ res. Mas pela Chainça, Covão, Rabarrabos, Espinheiro, Ferrarias, Infesto, Mestra, podem encontrar-se também carpinteiros (seis), alfaiates (quatro), sapateiros (quatro), assim como no Outeiro um barbeiro, em Chão de Ourique um pedreiro, na Tola de Baixo um canastreiro. Há ainda dois serradores no Jardim, dois ferradores, um em Monte de Vez de Baixo, outro em São Simão, povoação onde há um moleiro, assim como há dois na Boiça de Cima e de Baixo. Na vila, os habitantes vivem ao Castelo, na Cruz de São Miguel, Calçada, Rua Direita, Rua de Baixo e Terreiro. Dentro das muralhas do castelo, está a igreja matriz e a residência do pároco, que nela vive com uma irmã, seis padres, uma criada e dois criados. Um dos clérigos é o professor Francisco José Natário e três são egressos. Um destes é Frei José da Encarnação, que foi, até 1834, guardião do convento dos Franciscanos Capuchos de Santo António desta vila, conhecido como orador sagrado de muito merecimento (OLIVEIRA, 1884: 185). Na Cruz de São Miguel, estão alguns quintais de que o prior tinha o usu­ fruto. Aí mora um feitor com cinco criados, e um trabalhador, dois seareiros e um alfaiate com suas famílias. Era este um dos locais mais nobres da vila, pois foi um dos escolhidos, juntamente com a Praça e a Portela, para se fazer a cerimónia da quebra de escudos por morte de D. João VI em 1826 (OLIVEIRA, 1884: 150-151). Na Calçada, vivem um carpinteiro e três mulheres viúvas, duas delas com filhos. Na Rua Direita, o lavrador Luís José Pombais com a mulher,

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dois criados e uma criada, e quatro sapateiros, dois alfaiates, um carpinteiro, quatro trabalhadores e cinco mulheres, duas delas classificadas de donas. Um destes trabalhadores, José dos Santos Palrinhas, foi louvado no inventário de bens do referido Convento de Santo António, feito em 1834, após a sua extinção (RODRIGUES e RODRIGUES, 1982: 104). Na Rua de Baixo, residem um alfaiate, um seareiro, sete trabalhadores. No Terreiro, o Dr. Luís Guilherme Peres Furtado Galvão, um sapateiro e um forneiro, três trabalhadores, entre outras pessoas sem caraterização social. Espalhadas pelo termo da freguesia, encontram-se várias quintas, algumas confiadas a feitores ou caseiros que por elas zelam na ausência dos seus proprietários. Neste caso se encontra a da Torre de D. Jerónima, morgado da Madalena ou da Torre, cujos primeiros administradores foram João Rodrigues Ribeiro e D. Jerónima Lobo. Era senhor deste morgado em 1838 o fidalgo cavaleiro João Freire d’Andrade Salazar d’Eça, natural de Lisboa, que andou por França ao serviço de Napoleão, e que só esteve em Penela em 1834 (OLIVEIRA, 1884: 77-78; JARNAUT, 1915: 261-262). Da quinta cuida um lavrador que nela mora com a mulher e filhos. Entregue a um trabalhador e dois criados está a Quinta dos Freixos, que era de Luís José Peres de Almeida Freire, bacharel formado em Direito, advogado, vereador em 1828, por sete vezes procurador do concelho (MATA, 2014: 162), presidente da câmara em 1835 e depois administrador do concelho. A quinta viera-lhe por via da mulher, D. Joana Florinda Galvão Chambel e Silva, viúva do Dr. Roque Luís Damião Chambel, anterior proprietário (OLIVEIRA, 1884: 115 e 176­‑182). Na Quinta das Sete Fontes, vive e trabalha um lavrador com sua família, o mesmo acontecendo na da Chaqueda, que ficava no limite do lugar do Infesto. Esta quinta, em 1892, era “composta de terras de semeadura, olival, pinhal, casas de habitação, abegoaria, com seu pátio, telheiro, e eira, moinho com levada e açude, e águas do rio e dos ribeiros” e pertencia então a D. Maria Joana de Serpa Faria Chambel, aparentada ainda com os da Quinta dos Freixos (MACHADO, 2004: 59-60). Na Boiça de Cima, moram e labutam três famílias, sendo uma delas a de um moleiro. Esta quinta pertencia ao Visconde de Condeixa, João Maria Colaço de Magalhães Velasques Sarmento (OLIVEIRA, 1890: 508-509),

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fidalgo cavaleiro da Casa Real, par do reino, cavaleiro da Torre e Espada, comendador da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa e da Ordem da Rosa do Brasil, administrador dos vínculos dos Colaços – situados em Penela, Chão do Couce, limites da cidade de Coimbra e de Cernache (CAPELO, 1999-2000: 220) –, grande proprietário, capitalista e negociante de grosso trato na praça do Rio de Janeiro (ZÚQUETE, 1960: 534). Em outras quintas habitam os seus possuidores que se mantêm na freguesia, como o desembargador e proprietário, que foi vereador da Câmara de Penela em 1803, 1815 e 1832 (MATA, 2014: 151), Dr. Joaquim Manuel de Morais de Mesquita Pimentel, que vive na Quinta de Valouro com a mulher, duas criadas e três criados, e que, mesmo em 1828, quando é eleito procurador às Cortes e tem o seu domicílio no lugar da Sarzedela (freguesia de Ansião), continua a habitar nesta sua quinta a maior parte do ano (OLIVEIRA, 1884: 58; OLIVEIRA, 1890: 509-511). Na Quinta de Santo António, mora o seu proprietário, João Dias, com uma afilhada e três criadas, assim como um trabalhador com sua família. O mesmo se passa na Quinta do Pinheiro onde reside, já viúvo, com duas filhas, uma sobrinha e duas criadas, o seu proprietário, Francisco Xavier Gomes, capitão de ordenanças, que foi vereador em 1827 (MATA, 2014: 148). E na Quinta da Boiça de Baixo, pertencente a um dos mais ricos e poderosos senhores do concelho, vive o proprietário, Aires Guedes Coutinho Garrido, bacharel formado em Direito, fidalgo cavaleiro da Casa Real, administrador do morgado da Boiça e senhor do de Tróia (Miranda do Corvo), capitão-mor de Penela em 1831, vereador em 1832 (MATA, 2014: 145), governador civil nos distritos de Aveiro, Beja, Bragança, Castelo Branco, Faro e Portalegre, procurador às Cortes, comendador da Ordem de Cristo e da de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa (OLIVEIRA, 1884: 96-97; OLIVEIRA, 1890: 508-509; CAPELO, 1999-2000: 229-230; CASTRO, 2001-2002: 437-480; RIBEIRO, 2013: 342-358), possuindo, em 1843, uma renda anual de 1:824$840 réis18. Em 1838, na sua casa – solar com uma grande e boa fachada da segunda metade do século XVIII (CORREIA e GONÇALVES, 1952: 209), com capela, casas térreas, lagar de azeite, moinho, terras de semeadura, vinhas, A. U. C. – Governo Civil. Cadernos eleitorais: Penela, 1843.

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pinhais e matos – fervilha um mundo de gente: Aires Guedes, a mulher, D. Maria Augusta de Alpoim Rangel de Meneses da Mesquita, uma irmã, três irmãos, um deles antigo freire de Aviz, um padre, provavelmente capelão, o feitor, três criados e seis criadas, num total de 17 pessoas. Quatro anos depois serão 27, pois se registam nela mais três filhas e um filho, entretanto registados no rol por chegarem à idade da confissão, uma criada e seis criados, não constando o sacerdote. Esta casa espelha uma organização familiar que demonstra riqueza e estatuto social, com contornos claros de uma família troncal, sistema relacionado com a transmissão da linhagem e com a conservação do património (MOTA, 1990: 43-44). A presença dos irmãos, todos celibatários – um deles, Pompeu de Meireles Guedes Pereira Coutinho Garrido, virá a casar-se em 8 de junho de 1848 na Quinta da Boiça com Maria da Conceição Pereira de Lemos de Lacerda –, deixa supor que ao herdeiro da casa compete velar por todos. Também havia gente de condição residindo na vila, ou em lugares da freguesia, sem ser em quintas. No Terreiro, o já citado Dr. Luís Guilherme Peres Furtado Galvão (filho de Luís José Peres de Almeida Freire), que foi vereador da câmara, com a mulher, uma filha e duas criadas. Na Ilha, António Vicente Xavier que pertencia à nobreza da terra – descendente de João de Abreu Castelo Branco e Melo, capitão-mor de Penela (OLIVEIRA, 1884: 110) – com duas criadas e um criado. No Escoural, o proprietário Miguel Rodrigues – que, em 1849, pagava 311 réis de contribuição predial e 2$245 de contribuição municipal19 –, com a mulher, quatro filhos, duas criadas e quatro criados. A composição destes agregados familiares, de pessoas abastadas, denota, para lá de capacidade económica para o sustento de tantos, que usufruem de um espaço físico considerável na sua moradia e, provavelmente, em dependências anexas. As habitações das elites são, por regra, mais amplas e mais bem construídas, em contraste com as do povo, que são geralmente acanhadas, húmidas e até sem chaminé, muitas vezes térreas, outras vezes com um andar, sendo a loja aproveitada para curral, acontecendo até que no mesmo recinto da casa se abriguem animais de diversas espécies e se guardem os estrumes. Esta descrição de casas rurais consta de relatórios A.U.C. – Governo Civil. Cadernos Eleitorais. Penela. 1841-1858.

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feitos para todo o país, nos anos de 1850, e em obras de autores coevos (ROQUE, 1982: I: 443-444). No mundo rural tudo se organiza em volta da terra, procurando a melhor maneira de fazer frutificar as culturas, de modo a ter colheitas que permitam a sobrevivência, quer na alimentação, quer no pagamento de rendas, de impostos, e de outros encargos, e ainda colocar alguns excedentes no mercado. Na construção das casas não se busca o conforto, pois tendem a ser mais um utensílio da exploração agrícola (DEMANGEON, 1943: 231), guardando alfaias, sementes, colheitas e animais. Alfaias ou animais adquirem em 1834 alguns penelenses aquando da extinção do citado Convento de Santo António. O convento é extinto por decreto de 30 de maio de 1834 e logo de imediato se procede ao inventário dos seus bens e em seguida à arrematação dos mesmos. Desta vão beneficiar várias pessoas que aproveitam para comprar, com vantagem de preço, mobília, roupa, louça, vasilhame da adega, utensílios, ferramentas, animais, almudes de vinho e alqueires de milho. O então prior de São Miguel, o reverendo José Joaquim Correia Torres, arrematou dois porcos, louça de cozinha e de mesa, o padre Francisco Duarte Ferreira, que será pároco em 1838, mobília e objetos diversos, e também as três campainhas do convento, a da portaria, a do refeitório e a da sacristia. O Dr. Luís Guilherme Galvão arrematou os frutos da cerca, alguma louça e ainda um tinteiro de estanho, Luís dos Santos Palrinhas os tonéis, pipas, dornas e quartos, José Coelho Germano, do Espinhal, entre outras coisas, 16 alqueires de milho e 50 almudes de vinho, António Simões do Paço, mobília, louça e utensílios. José Ribeiro Domingos da Paz, da vila, adquiriu um macho e arrendou a cerca do convento para o ano de 1835. O hospital da Misericórdia de Penela recebeu os colchões, enxergões, cobertores e outra roupa de cama, por ordem da subperfeitura da comarca (RODRIGUES e RODRIGUES, 1982: 92-127). A preponderância do setor agrícola reflete-se de forma evidente na composição socioprofissional do concelho em 1861 (ROQUE, 1982: II, Quadros XIII a XIII-B). Há certamente um conjunto de artífices que se entregam a outras atividades necessárias à vida quotidiana da população, ao fabricarem as roupas, o calçado e os objetos de utilização corrente, como alfaiates, carpinteiros, sapateiros, pedreiros, ferreiros, serradores,

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serralheiros, ou ao prestarem uma multiplicidade de serviços, como barbeiros, ferradores, um pintor, um forneiro, costureiras, e também os operários e operárias da fábrica dos Moinhos da Retorta. Mas à agricultura se dedicam lavradores, seareiros, trabalhadores, feitores, moleiros (valendo no conjunto 85% dos fogos da freguesia de São Miguel em 1838), criados e dela vivem também, pelo menos em parte, os proprietários. Acresce que das mulheres não identificadas do ponto de vista social, como à época em regra se não fazia, com certeza à agricultura se dedicaria a grande maioria. O que significa haver homogeneidade no caráter rural dos afazeres e nas preocupações dominantes, pois a faina dos campos a todos ocupa. Mas a homogeneidade é mais aparente que real. A distribuição profissional evidencia uma concentração da propriedade em poucas mãos e um grau de proletarização acentuado, a avaliar pela forte presença de trabalhadores. A freguesia de São Miguel em 1838 tem, como chefes de família masculinos, apenas cinco proprietários, ao passo que tem 42 lavradores, 35 seareiros e 168 trabalhadores de enxada. A câmara de Penela tem consciência desta realidade pois afirma em 1856 que “a propriedade está no domínio de uma duzia de maiores proprietarios” abundando “a classe mercenaria” (ROQUE, 1982: II: 558). O cariz campesino de Penela também se manifesta nos tempos e ritmos com que a sua gente se casa, ou seja, nos movimentos estacionais da nupcialidade. Esses movimentos seguem o modelo de comportamento tradicional, marcados pelo calendário litúrgico e também pelo calendário agrícola. Os casamentos apresentam uma forte quebra na Quaresma, período em que a interdição da bênção nupcial impedia a consumação do matrimónio e a coabitação do casal, mas já não uma quebra no Advento, período de igual interdição, o que denota brechas na observância estrita das prescrições canónicas, o que não deixa de ser surpreendente. Consorcia-se aqui muito mais gente em dezembro (9,9%) do que na freguesia da Sé da cidade de Coimbra (5,9%) nos anos de 1840 a 1843 (ROQUE, 1988: 51), e do que acontece, bem mais tarde (entre 1870 e 1879), na vizinha vila de Soure (2,9%) (PIMENTA, 2009: 29). Os enlaces predominam nos meses de janeiro, fevereiro e novembro. O peso dos dois primeiros (sobretudo o de fevereiro) explica-se maiormente pela liturgia, ao antecederem o período quaresmal,

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Distribuição média mensal dos casamentos, em percentagem S. Miguel de Penela – 1827-1841 25

percentagem

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Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.

o do último, pelo pulsar da vida rural. Os meses em que as fainas nos campos, como as sementeiras, as mondas, as ceifas, as colheitas, as podas, as cavas das vinhas, as vindimas, são mais exigentes mostram-se pouco compatíveis com a realização de bodas. Além disso, os meses de verão, sobretudo junho e julho, situam-se na alta cíclica anual dos preços, devida ao esgotamento das reservas do ano anterior, ao passo que novembro é mês de maior desafogo, porque se segue às colheitas, às vindimas, e é momento da matança do porco, oferecendo maiores possibilidades para a criação de um novo lar. Próprio de um mundo rural, que exerceria fraco atrativo sobre os forasteiros, pois não prometia grandes hipóteses de trabalho além da lavoura, nota-se a forte endogamia geográfica dos noivos, pois apenas uma mulher e 13% dos homens que se casaram entre 1827 e 1837 eram naturais de fora do concelho. E apenas três de longe (do Fundão, Celorico da Beira e Aveiro), pois a maioria deles vinha de concelhos vizinhos: Soure, Miranda do Corvo, Ansião e Condeixa. A maior mobilidade é protagonizada por trabalhadores, gente pobre que tinha de calcorrear caminhos para encontrar o pão de cada dia. Uns vêm, casando-se em Penela, outros, aqui nascidos, vão, engrossando os caudais das levas migratórias. São trabalhadores que não têm terra ou com terra insuficiente para a sua subsistência e a da sua família, e que não encontram jorna na sua terra, pelo menos a preço aliciante, razão pela qual a buscam fora, sobretudo no Alentejo na época de maior azáfama (CASCÃO, 1996: 394-408).

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Pão que os lavradores também amassam com o suor do seu rosto, mas lavrando a terra com a sua junta de bois, razão pela qual se encontram profundamente enraizados na freguesia. Muitos deles possuem, ou arrendam, as terras que cultivam, chegando por vezes a ser abastados, tendo um comportamento nupcial e uma organização familiar que denotam estra­tégias claras de defesa do património, outros limitam-se a andar à rabiça do arado pouco se distinguindo dos outros jornaleiros, a não ser na paga mais elevada. De facto, a designação de lavrador tem um significado um pouco flutuante. Há lavradores que aparecem nomeados também como seareiros, ou trabalhadores, e alguns trabalhadores são filhos de lavradores, sendo possivelmente a sua condição transitória, à espera de adquirir, ou de herdar, uma junta de bois e restantes apetrechos da lavra. Manuel Lourenço de Jesus, tido por lavrador, e que foi alferes de ordenanças e vereador em 1828 e 1833 (MATA, 2014: 163), surge como seareiro no Rol de Confessados de 1838, quando andava ausente da terra, a Chainça, permanecendo na casa apenas a mulher e os seus cinco filhos. Também José Simões Amiguinho aparece como seareiro no rol, morador na Cruz de São Miguel com a mulher e um criado, e como lavrador no recenseamento eleitoral. Era irmão tesoureiro da Misericórdia de Penela em 1839-1840 e juiz da Confraria do Santíssimo Sacramento da igreja de São Miguel em 1858, o que demonstra que os lavradores podiam gozar de uma boa estima social. Há lavradores classificados como proprietários, como o ilustram os casos de José Joaquim Pombais e Luís José Pombais. No rol de 1838, são referido como lavradores, mas nos cadernos eleitorais estão registados como proprietários. O primeiro foi alferes de ordenanças (MATA, 2014: 128 e 153) e chegou a ser vereador da câmara, como o era em 1828, aquando da aclamação de D. Miguel como rei absoluto (OLIVEIRA, 1884: 158). Veio a morrer assassinado em junho de 1862 no Cimo das Calçadas pelas 3 horas da manhã (OLIVEIRA, 1890: 438; JARNAUT, 1915: 40-41). Quer Manuel Lourenço de Jesus, quer José Joaquim Pombais, eram de nível social claramente inferior ao dos homens que costumavam andar na governança municipal, o que parece inscrever-se numa “abertura da Câmara a outros protagonistas” efetuada a partir de 1817 (MATA, 2014: 135).

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Também Ricardo Joaquim Arnaut – que vive em 1842 em Casal de Cabras com a mulher, três filhos solteiros (dois dos quais serão proprietários e um será pároco da freguesia da Cumieira), uma filha, que se virá a casar com um proprietário (CASCÃO, 1998: 135), e uma criada – aparece no rol de desobriga como lavrador. Rui Cascão classifica-o como proprietário, esclarecendo que “a documentação, na sua crueza terminológica, dissimula sob o rótulo de lavradores e de seareiros” inúmeros proprietários rurais (CASCÃO, 1998: 131-132). No entanto, em 1849, Ricardo Arnaut ainda está recenseado somente pela contribuição municipal. Todos estes lavradores eram cidadãos recenseados nos cadernos eleitorais, pois o montante das suas contribuições diretas era superior a mil réis. José Joaquim Pombais pagava 1$778 réis de contribuição predial e 1$096 de contribuição municipal. Esta última contribuição pagavam também Ricardo Joaquim Arnaut com 2$500 e José Simões Amiguinho com 1$700, assim como a pagavam outros lavradores, igualmente recenseados, como António dos Santos, da Chainça, e Manuel de Oliveira, do Covão, respetivamente com 2$400 e 2$100 réis20. A vida camponesa, a posse ou não de terra, e a sua fertilidade, condicio­ nam de igual modo a organização familiar. Em São Miguel de Penela, em 1838, a prevalência da classe jornaleira leva a um peso acentuado dos fogos pequenos, os que têm até três pessoas, valendo 65,1% do total. Os fogos grandes, com sete a nove pessoas, estão em franca minoria (6,6%), e os muito grandes, com dez ou mais pessoas, com 0,8%, quase reduzidos aos das classes mais elevadas. Os fogos médios (com quatro a seis pessoas) importam em 27,4% do total (MOTA, 2000: 293). As famílias revelam, paralelamente à sua reduzida dimensão, uma forte estrutura nuclear (MOTA, 2000: 293-294), ou seja, nos lares vivem casais, ou pais com seus filhos, (os agregados simples somam 74,4% do total), sendo rara a presença de parentes (apenas surgem em 4,5% dos fogos). Reverso da medalha, muita gente vive sozinha (16,2% dos agregados são isolados), pois homens ou mulheres, solteiros ou viúvos, tendem a viver por si e não a integrar uma casa estranha. Esta vivência solitária é mais usual nas cidades A.U.C. – Governo Civil. Cadernos Eleitorais. Penela. 1841-1858.

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onde habita muita gente desenraizada, abandonados os lugares de origem, e portanto sem ligações familiares, mas não é incomum nas áreas rurais da região de Coimbra (MOTA, 1990: 24). O forte pendor nuclear das famílias de Penela também se comprova pelos graus de parentesco dos familiares corresidentes, pois nos seus lares não existem pais ou sogros, nem genros ou noras, o que parece significar que os filhos não se mantêm casados a residir com os pais e estes não querem, e não necessitam, mesmo na velhice, e mesmo depois de enviuvarem, de viver com os filhos. Parece funcionar pouco o amparo aos mais frágeis, como idosos e doentes, mas o viver isolado não deve ser tomado automati­ camente como sinal de abandono por parte da família. Encontram­‑se a viver em casas seguidas, ou próximas, pais e filhos casados, e essa proximidade das residências pode exprimir a existência de redes de coesão e de solidariedade. As famílias socialmente mais elevadas, que são poucas, têm contornos bem diferentes: vivem em agregados de grande amplitude, com um número de corresidentes considerável, os seus elementos nunca vivem sozinhos e têm muitos criados, pois estes surgem em quase todos os lares (apenas um os não tem), somando quase metade das pessoas que neles habitam. O recurso ao trabalho assalariado, longe de se restringir a famílias abastadas, é adoptado por muitos. Como se sabe, em áreas rurais, os criados não se destinam primacialmente ao labor doméstico, mas sim ao trabalho do campo, razão pela qual o peso relativo do setor masculino é significativo, embora as mulheres predominem – preferidas porque auferem salários mais baixos e se desdobram em tarefas dentro e fora de casa. Todos os grupos sociais têm criados, se bem que com valores relativos muito diferenciados: os trabalhadores têm muito pouca possibilidade de recorrer ao seu serviço, os lavradores bastante mais. Muitos também não dispõem de casas espaçosas, não têm capacidade económica para sustentar muita gente e não necessitam do auxílio de braços para amanharem uma terra que não possuem. O comportamento das famílias dos lavradores apresenta alguns aspetos que as diferenciam dos outros grupos camponeses – a média mais elevada de filhos por fogo, o que quer dizer que não precisam de os pôr ao serviço em casa estranha; uma percentagem pouco significativa de agregados isolados, o que denuncia maior capacidade de constituir família; uma menor mobili­ dade geográfica; um maior número de criados; o recurso eventual a alianças

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cruzadas, em que os casamentos ocorrem dentro das mesmas famílias, casando-se o filho de uma delas com a filha da outra família e vice-versa, sendo uma forma de juntar patrimónios ou de evitar a sua fragmentação. Tudo isto indica uma reprodução das estratégias caraterísticas das elites sociais. Os fracos rendimentos das pessoas da vila e das povoações também se avaliam pela sua participação eleitoral, uma vez que esta era censitária. Em 1849, somente 38 chefes de família da freguesia de São Miguel – onde havia 352 fogos chefiados por homens em 1842 – foram registados nos cadernos eleitorais, o que significa que só estes ultrapassavam a quantia de 1$000 réis de contribuições diretas e quase todos perfaziam essa importância com a contribuição municipal. Somente Aires Godinho Coutinho Garrido (com 25$084 réis), José Joaquim Pombais (com 1$778), Bernardo José Pombais (com 729), Luís José Pombais (com 443) e Miguel Rodrigues (com 311) pagavam contribuição predial21. Mesmo entre estes, que dispa­ ridade! A maioria das pessoas remediava-se com os baixos salários que se venciam no concelho. Em 1856, ganhavam os trabalhadores rurais 180 réis diários e 320 os das artes mecânicas. Saliente-se que neste ano um alqueire de milho (16 l) custava em Coimbra 460 réis (ROQUE, 1982: II: Quadros XXII e XXIII), o que quer dizer que um trabalhador rural precisava de dois dias e meio de salário para o comprar. Quem chegava a Penela, em meados do século XIX, na volta do caminho deparava com a vila, colina coberta com o casario encimada pelo seu castelo meio derrubado, de onde se avistavam, a toda a volta e em baixo, os montes, as massas de arvoredo, de pinheiros e oliveiras, os matos, os rebanhos guiados por pequenos pastores, e os campos, onde germinava o grão, de milho sobretudo, mas também de trigo, e os homens e as mulheres, a maioria trabalhando. Era uma bela paisagem a que se avistava, feita de diversidade e de cor, mas escondia uma vida dura carregada de contrastes, onde poucos tinham muito e muitos pouco ou nada tinham.

A.U.C. – Governo Civil. Cadernos Eleitorais. Penela. 1841-1858.

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Bibliografia Bibliography

FONTES MANUSCRITAS COIMBRA Arquivo Histórico Municipal de Coimbra

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