“Perdidos no Museu” abre 80ª Feira do Livro

“Perdidos no Museu” abre 80ª Feira do Livro Soraia Amaro, Jornalista Com o apoio do banco BCI e da livraria Minerva, vão ser distribuídos mil exemplares deste livro a escolas primárias. No lançamento, o fundador desta organização apelou aos mecenas para tomarem este exemplo e apoiarem a divulgação de ciência e a promoção do conhecimento junto das crianças. Tudo isto no dia 18 de Abril de 2015 na Abertura da 80ª. Feira do Livro da Minerva.

A Osuwela – Associação moçambicana sem fins lucrativos para a promoção do desenvolvimento através da formação em Ciência, marcou publicamente o arranque da sua atividade de promoção do desenvolvimento através da cultura científica na abertura da 80ª edição da Feira do Livro da Minerva Central, na passada sexta-feira, onde lançou “Perdidos no Museu”. Com autoria de Nuno Negrões, biólogo que trabalhou neste museu, e ilustrações de Regina Mourisca, o livro assinala o centenário do Museu de História Natural de Maputo. Produzido pelo Programa Pensas do Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano, “Perdidos no Museu” e da Osuwela conta com prefácio de Mia Couto, que defende que “um Museu serve para nos encontrarmos. Com o tempo, com os outros, connosco mesmos”. É um espaço de cultura que não pede visitantes, mas viajantes. António Batel, fundador da Osuwela e consultor do Ministério da Educação, coordenou este livro e afirmou, ser um privilégio poder falar de divulgação de Ciência para uma vasta plateia, no sentido da importância desta para o aumento da Literacia Científica e para o desenvolvimento

de competências que permitam o exercício da crítica, reflexão e entender a importância da Ciência hoje em dia, na qualidade de vida e na organização da sociedade. “Acreditamos que o desenvolvimento nos dias de hoje passa claramente pelo domínio da Ciência e objectivamente temos que inspirar mais alunos a estudar cursos com uma vertente de Ciências e Engenharia e promover empresas mais dinâmicas na utilização da Ciência como forma de se desenvolverem e criarem mais empregos”, defendeu António Batel, reiterando a vocação da Osuwela em desenvolver actividades em áreas de Gestão do Conhecimento, Transferência de Tecnologia, Formação e Divulgação de Ciência, colaborando com Universidades, Empresas e outras Instituições Públicas ou Privadas. Com o apoio do banco BCI e da livraria Minerva, vai distribuir mil exemplares deste livro a escolas primárias. António Batel exortou os mecenas a seguirem este exemplo e apoiarem a divulgação de Ciência em Moçambique. Ao mesmo tempo, anunciou estarem já previstas novas edições, dedicadas a outras unidades museológicas, bem como o lançamento de cadernos de ciência com o título inspirador Big Bang! “A viagem não termina nas últimas páginas” A cerimónia de abertura foi dirigida por Jorge Ferrão, ministro da Educação e Desenvolvimento Humano, que deixou um incentivo a que se revisite o passado no Museu de História Natural e se protejam os animais vivos nos parques naturais de Moçambique, já que no mesmo encontro foram também lançados os livros “Contos da Gorongosa” e “Uma janela para a Eternidade”, pela Fundação Carr. “Depois de lerem estes livros há muito para fazer! A viagem não termina nas últimas páginas e toda a imaginação se verte na realidade de uma visita urgente ao Museu de História Natural e ao Parque Nacional da Gorongosa”, disse Jorge Ferrão, num apelo à valorização da história e do património natural do país. Para além do Ministro da Educação e do Desenvolvimento Humano, do escritor Mia Couto e de António Batel, a abertura da 80ª Feira do Livro da Minerva contou ainda com a presença de Greg Carr, presidente do Projecto de Restauração da Gorongosa, Mateus Mutemba, administrador do Parque Nacional da Gorongosa, José Fialho, administrador do BCI, Jorge Costa, administrador da Grow Engeneering – que patrocina as edições sobre a Gorongosa -, Lucília Chuquela, directora do Museu de História Natural, Alda Costa, directora de Cultura da UEM e o vereador da Cultura de Maputo.