Perfil de ingressantes em curso superior de Educação Física

June 2, 2017 | Autor: H. Bueno Nunes | Categoria: Physics Education
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Perfil de ingressantes em curso superior de Educação Física sheila aparecida pereira dos santos silva*; heloisa aparecida silva baltazar**; hugo cesar bueno nunes***

Resumo l Com o objetivo identificar o perfil dos alunos ingressantes nos anos de 2004 a 2007 num curso de Educação Física de uma Universidade privada da cidade São Paulo, realizamos uma pesquisa exploratória, de caráter qualitativo e quantitativo, coletando dados por meio de questionário composto por 10 questões fechadas aplicado aos alunos ingressantes. Participaram da amostra 439 alunos do sexo masculino e 287 do sexo feminino, matriculados nos períodos matutino e noturno, totalizando 726 indivíduos. O tratamento dos dados se deu via cálculos percentuais que foram tabulados e apontados em gráficos. Os resultados indicam que o perfil dos alunos ingressantes é composto por maior número de indivíduos do sexo masculino, sendo o grupo concentrado na faixa etária de 17 a 21 anos, a maioria cursando Educação Física como primeira graduação, tendo escolhido precocemente a carreira, tendo sido assíduos às aulas de Educação Física escolar, sendo evidente o sentimento da não influência por parte do professor de Educação Física na escolha da profissão. Concluiu-se, ainda, que o perfil dos alunos ingressantes ao longo dos 4 anos analisados manteve-se basicamente o mesmo. Palavras-chave l Formação profissional, Educação Física, Perfil de Ingressantes Title l Profile of incoming college people in Physical Education Abstract l With the objective of identifying the profile of the incoming pupils between the years 2004 and 2007 in a private university of Physical education in the city of São Paulo, we carry through an exploratory research, of qualitative and quantitative character, collecting data by a questionnaire of 10 closed questions applied to the incoming pupils. The sample was composed by 439 pupils of masculine sex and 287 of the feminine sex, registered in the morning and nocturnal period, totalizing 726 individuals. The treatment of the data was realized by percentile calculations that had been tabulated and pointed in graphs. The results indicate that the profile of the incoming pupils is composed by a bigger number of masculine individuals, being the group concentrated between the ages of 17 to 21 years. The majority of them attending a Physical Education course as first graduation, had been dedicated to Physical Education classes in elementary and high school, had chosen the career precociously, being evident the feeling of non-influence by the teacher in their profession’s choice. Other conclusion is that the profile of the incoming pupils throughout the 4 analyzed years remained basically the same. Keywords l Professional formation, Physical Education, Profile of Incoming

1. introduo A questão da escolha profissional vem sendo tratada de acordo com uma gama de pensamentos e opiniões diversas, dentre elas a idéia de que a adolescência é o período no qual a escolha profissional deve ser realizada de maneira única e definitiva, visto com desconfiança o jovem que

Data de recebimento: 06/06/2008. Data de aceitação: 27/06/2008. * Universidade São Judas Tadeu – Curso de Educação Física ** Bolsista CNPq *** Mestrando Universidade São Judas Tadeu – Bolsista CAPES – Curso de Educação Física.

não consegue fazê-la ou se mostra indefinido (MANSANO, 2003). O momento considerado ideal para a escolha profissional é preferencialmente a adolescência, sendo esta estudada por diversas áreas do conhecimento e com exclusividade por parte de alguns autores, como por exemplo Erik H. Erikson (1987, apud Mansano, 2003) que trata este período como sendo o momento para resolução de problemas, o que levaria o indivíduo a alcançar um determinado grau de amadurecimento (proveniente da estruturação de uma identidade) caracterizando, portanto, a entrada na chamada vida adulta. Rodolfo Bohoslavsky (1991, apud Mansano, 2003) vai mais além ao afirmar que nesta etapa da vida humana o adolescente tende a definir-se ideológica,

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religiosa e eticamente, definir sua identidade sexual e sua identidade ocupacional. Segundo Mansano (2003) ao se verem ante a necessidade tão apregoada de sobrevivência, os jovens podem tornar-se propensos a escolher aquelas profissões tidas como mais seguras e rentáveis. Quando a sobrevivência é tomada como ponto norteador do processo de decisão, o jovem pode ficar distante de experimentar as diferentes possibilidades profissionais ou mesmo a produção do desejo, possibilidades estas cada vez mais diversificadas, conforme atenta Oliveira (2006) querendo chamar a atenção para o fato de que a partir do ano de 1997 vem ocorrendo uma explosão na oferta de cursos de nível superior por mantenedores de iniciativa privada.

2. reviso de literatura Nascimento (2006, apud Nascimento, 1999 e 2002a) afirma que embora não exista um modelo único de formação profissional que permita uma caracterização absoluta das intervenções de formação, existe um melhor reconhecimento social da formação profissional obtida no ensino superior universitário. Lemos (2001) verificou em seu estudo que a maioria dos adolescentes por ela analisados têm a escolha profissional mais centrada em referenciais externos, tais como reconhecimento social e ganhos financeiros, afirmando prevalecer o que ela chama de modelo narcísico de trabalho, o qual é oferecido pela sociedade de consumo, baseado na imagem, na autopromoção e no acúmulo de bens materiais, por conta da ausência de parâmetros definidos, tornando o adolescente cada vez mais despreparado e confuso em relação à escolha profissional. Ao optar pelo curso superior de Educação Física, parece evidente o fato de ser uma escolha ainda mais “complicada”, uma vez que o indivíduo tem as opções de Bacharelado e/ou Licenciatura, tornando-se profissional e/ou professor de Educação Física, respectivamente, condição estabelecida a partir de mudança na legislação educacional em 1987, além de escolher uma profissão que não figura entre as mais socialmente reconhecidas

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e tampouco com os maiores rendimentos financeiros, pelo menos inicialmente. Segundo Oliveira (2006), embora as questões acerca do processo histórico da Educação Física brasileira estejam bem embasadas pelas discussões no âmbito científico, ainda há muito que se discutir e analisar quanto ao processo formativo desta área. A partir da promulgação do Decreto-Lei 1212 de 1939 “a formação profissional em Educação Física passou a ter um caráter civil”, pela qual eram adquiridos durante o período de dois anos conhecimentos relativos ao corpo humano, ginástica e esportes. Em 1969, por meio da Resolução CFE 69/69 e com a Resolução CFE 09/69, foi acrescentado a este período mais um ano de duração, totalizando três anos (com no mínimo 1.800 horas-aula) para a conclusão da referida formação. Posteriormente, em 1987, houve a promulgação da Resolução CFE 03/87 e “a área de Educação Física foi a primeira área de formação universitária em nosso país a gozar da possibilidade de ter uma formação sem a necessidade de atendimento a um currículo mínimo em nível nacional” (Oliveira, 2006). As principais mudanças decorrentes da Resolução CFE 03/87 referem-se à duração do curso (de três para quatro anos), quantidade de horasaula (de 1.880 para 2.880), opções de carreira (Licenciatura e Bacharelado), iniciação à pesquisa, introdução de monografia para conclusão de curso e ampliação da área de atuação profissional. Conforme destacado por Carneiro e Silva (2006), ainda que a distinção dos cursos de Bacharelado e Licenciatura existisse em tese, a mesma fora passível de críticas quanto a prática do desenvolvimento curricular, uma vez que muitas Instituições de Ensino Superior (IES) apenas ajustaram sua grade curricular às novas exigências mantendo, porém, uma formação eclética e pouco produtiva, não configurando um profissional preparado para o ensino da Educação Física na educação básica, tampouco para as atividades não escolares (Gonçalves Junior et. Al, 2001). Decorridos quase 10 anos após a mudança na legislação educacional, em 1996 ocorre a regulamentação da profissão, definida por Barros (2006)

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como uma atividade humana especializada oriunda de uma necessidade social e para ela deve estar voltada com a missão de colaborar para o bemestar coletivo, significando, sua regulamentação, o reconhecimento, pela sociedade e autoridades governamentais, da importância desse serviço para o bem-estar da população. Tal regulamentação possibilitou a regularização da situação tanto de profissionais quanto de provisionados (leigos que atuavam há pelo menos cinco anos na área quando a profissão foi regulamentada), esclarecendo as principais diferenças entre bacharéis e licenciados por conta das discussões levantadas e abordadas pela comunidade científica da área, embora esta distinção ainda não esteja suficientemente clara para o público em geral e para aqueles que se candidatam aos cursos de formação profissional nas Universidades (Carneiro e Silva, 2006). Consequentemente à dinamicidade da profissão, tendo inclusive sido reconhecida como parte integrante da área da Saúde, em 1997, cada vez mais se discute sobre a formação profissional em Educação Física e os aspectos relativos às áreas e maneiras de intervenção. Barros (1995) defendeu a criação dos cursos de Bacharelado por acreditar que isto contribuiu para a busca de definição do objeto de estudo dessa área, permitindo um melhor atendimento dos interesses dos alunos e do mercado de trabalho, destacando que fazer pesquisa é atividade acadêmica e preparar equipes esportivas é uma atividade profissional. O graduado em Educação Física possui um amplo campo de intervenção, mesmo havendo restrição ao âmbito educacional (destinado aos Licenciados), com possibilidade de uma formação mais generalista para atuação/intervenção fora do setor educacional, porém sem perder o foco da formação de um sujeito crítico, contextualizado e ciente da sua condição de educador (Oliveira, 2006). Cabe ao Bacharel em Educação Física a produção do conhecimento, a intervenção profissional por meio de suas capacidades investigativas e, numa postura cidadã, lutar por condições mais justas e igualitárias (Martins, 2003). As discussões sobre os cursos de formação de professores

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ao longo do tempo deram origem a importantes documentos que visavam apontar falhas e correções relativas a este processo, dentre eles pareceres e resoluções, a exemplo do Parecer CNE-CP 09/2001 que trata das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica (educação infantil, ensinos fundamental e médio), apresentando uma análise categórica da situação do ensino brasileiro. No atual processo, as idéias básicas apontam para uma formação voltada para as questões gerais da educação, práticas pedagógicas desde o início do curso, superação do entendimento da prática pela prática e atuação única e exclusiva nos aspectos educacionais (Oliveira, 2006). Diante do exposto, considerando os aspectos deste período tido como turbulento e as pressões geralmente sofridas durante a escolha profissional, ocorreu-nos a idéia em pesquisar o perfil dos ingressantes do curso de Educação Física da Universidade São Judas Tadeu – Campus Mooca, para constatar de fato quem são estas pessoas, o que elas procuram no referido curso, quais foram as pressões sofridas e por quem foram realizadas, quais as influências de terceiros (família, mídia, escola e mercado de trabalho) na escolha da carreira, qual o grau de conhecimento prévio que se tem sobre a grade curricular do curso, as áreas de atuação e intervenção profissional e ainda, produzir um estudo que possa eventualmente ser utilizado pela universidade como uma ferramenta para entender qual é a visão que seus alunos têm sobre o curso, o que dele esperam e, a partir daí, promover possíveis adaptações na grade curricular e/ou desenvolver estratégias para melhor orientá-los. Considerando, também, ser muito pequena a quantidade de estudos voltados para traçar o perfil de alunos ingressantes do curso de Educação Física e a amplitude de tal discussão, esta pesquisa vem sendo construída no intuito não só de responder, mas também de levantar questões, sendo um convite para novos estudos neste âmbito de conhecimento.

3. objetivo da pesquisa O presente estudo tem por objetivo identificar o perfil dos alunos ingressantes nos anos 2004,

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2005, 2006 e 2007 no curso de Educação Física da Universidade São Judas Tadeu, instituição privada localizada na Zona Leste do município de São Paulo, e as influências para a escolha profissional destes alunos.

4. material e mtodos A fenomenologia pressupõe que, por meio da fala ou da escrita, é possível ter acesso aos significados das experiências subjetivas dos sujeitos pesquisados tendo sido, portanto, por nós escolhida para dar fundamentação a este estudo. Trata-se de uma pesquisa exploratória, de caráter qualitativo e quantitativo, realizada em 2004, por meio de questionário composto por 11 questões, sendo 10 fechadas e 1 aberta. As 10 questões fechadas foram destinadas a coletar informações referentes à idade, gênero, opção pela carreira e ingresso acadêmico, escola de origem (pública e/ ou privada), influência de terceiros na escolha da profissão, participação nas aulas de Educação Física durante os ensinos Fundamental e Médio e área de atuação pretendida, informações estas consideradas fundamentais para traçar o perfil da população estudada. A questão aberta foi: Por que você escolheu cursar Educação Física? Por meio dessa questão, buscou-se o “discurso ingênuo” (Martins; Bicudo, 2003) e, para tanto, a questão foi elaborada de maneira a não influenciar as respostas, isto é, direcioná-las. Só foi possível definir as categorias de análise posteriormente à coleta dos discursos, tendo sido denominadas de categoria “a posteriori” (Carneiro e Silva, 2006). O referido questionário foi aplicado aos ingressantes no curso de Educação Física da Univ. São

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Judas Tadeu – Campus Mooca, no período matutino e noturno, nos anos 2004, 2005, 2006 e 2007. Participaram da amostra 439 alunos do sexo masculino e 287 do sexo feminino, totalizando 726 indivíduos, distribuídos da seguinte forma, ver Tabela 1. O tratamento dos dados se deu via cálculos percentuais no tocante às questões fechadas e análise de conteúdo na questão aberta. Nas questões fechadas os dados foram tabulados e os resultados apontados em gráficos, ao passo que na questão aberta utilizou-se uma orientação fenomenológica, extraindo das respostas as unidades significativas referentes ao objetivo de identificar as razões da escolha do curso.

5. resultados e discusso A seguir serão apresentados os resultados relativos às informações obtidas, tais como distribuição por gênero, idade, escola de origem, Educação Física enquanto primeira opção de carreira, cursos superiores cursados anteriormente à opção por Educação Física, influência dos professores de Educação Física escolar e de outras pessoas sobre a escolha da profissão e freqüência dos alunos durante os níveis de Ensino Fundamental e Médio às aulas de Educação Física.

5.1 caracterizao da populao A figura 1 ilustra a distribuição dos pesquisados por ano de ingresso e por gênero. A distribuição das matrículas por gênero têm apresentado semelhança ficando em torno de 60% do sexo masculino e 40% do sexo feminino. Os números revelam que a população masculina sempre se apresentou

Tabela 1

Ano de ingresso

2004

2005

2006

2007

Total

Homens

104

121

117

97

439

Mulheres

69

77

81

60

287 726

Média de idade

19,66

19,70

20,75

19,45

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Em 2006 observa-se a maior quantidade de respostas negativas na população dos dois gêneros, assim como na população feminina de 2005, dados que podem ter relação com a idade, uma vez que estes grupos se encontram concentrados na faixa etária de 19 a 21 anos, podendo indicar que estes indivíduos já tenham freqüentado outro curso de nível superior. Figura 1

predominantemente maior que a feminina nos quatro anos pesquisados, em ambos os períodos (matutino e noturno), sendo que a diferença percentual entre os gêneros ficou em torno de 22% permanecendo a mesma ao longo do período analisado.

5.2 faixa etria Ao analisarmos a figura 2 os quatro anos do estudo é possível perceber que a maior parte dos ingressantes está concentrada na faixa etária de 17 a 21 anos, sendo que este público decresce à medida que se aumenta a idade.

Figura 2

Figura 3

5.4 educao fsica como primeira opo de curso Perguntamos se a Educação Física havia sido a primeira opção de curso superior desde que os alunos pesquisados entraram no Ensino Médio. Quanto à opção precoce pela carreira, em 2004 e 2007 a população masculina apresenta valores superiores aos da população feminina, sendo equivalentes nos anos de 2005 e 2006. O grupo de 2007 foi o que evidenciou maior quantidade de pessoas que não haviam se decidido a cursar Educação Física quando freqüentavam o Ensino Médio, mas o dado não é suficiente para evidenciar uma tendência uma vez que 2004 apresenta situação semelhante.

5.3 educao fsica como primeira graduao Considerando o período da pesquisa tanto para a população masculina quanto para a população feminina, mais da metade dos entrevistados cursavam Educação Física enquanto primeira graduação, sendo 86% em 2004, 67% em 2005, 54% em 2006 e 89% em 2007 do total de cada ano.

Figura 4

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5.5 frequncia s aulas de educao fsica no ensino fundamental Ao analisarmos o gráfico torna-se evidente a freqüência às aulas de Educação Física durante o Ensino Fundamental por parte dos alunos ingressantes, tendo a população masculina maior participação, fato que pode ser explicado por estudos que apontam que o sexo masculino é fisicamente mais ativo que o sexo feminino (Oehlschlaeger et al, 2004; Seabra, 2004; Seabra, 2008).

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5.7 frequncia s aulas de educao fsica no ensino mdio Em torno de 86% do grupo pesquisado freqüentou as aulas de Educação Física no Ensino Médio, com maior participação da população masculina, assim como já apresentado no Ensino Fundamental.

Figura 7

Figura 5

5.6 influncia do professor de educao fsica do ensino fundamental na escolha da carreira Embora tenha sido consistente a freqüência às aulas de Educação Física, os alunos ingressantes declararam, em sua imensa maioria, não terem sido influenciados pelo professor de Educação Física do Ensino Fundamental ao escolher a carreira.

Figura 6

5.8 influncia do professor de educao fsica do ensino mdio na escolha da carreira Embora tenha aumentado a influência quando comparado ao Ensino Fundamental (o que também aconteceu no estudo de Carneiro e Silva, 2006), aproximadamente 70% dos alunos pesquisados declararam não terem sido influenciados por seus professores de Educação Física do Ensino Médio, mesmo tendo freqüentado regularmente as aulas, o que nos permite afirmar que a escolha pela carreira de Educação Física parece

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estar mais relacionada a um sentimento de identificação com a profissão gerado pelos meios de comunicação e pela valorização social do que, propriamente, por influência do meio escolar, que tampouco tem influenciado positivamente os níveis de atividade física em adolescentes, conforme concluem Seabra et al (2008).

6. conclusao Concluímos que o perfil dos alunos ingressantes da instituição na qual a pesquisa foi realizada é composto por uma população jovem, com maior número de indivíduos do sexo masculino, concentrada na faixa etária de 17 a 21 anos, com a maioria dos sujeitos cursando Educação Física como a primeira graduação e tendo escolhido precocemente a carreira (desde o Ensino Médio), sendo assídua a freqüência às aulas de Educação Física escolar e evidente o sentimento da não influência por parte do professor de Educação Física na escolha da profissão. Concluiu-se, ainda, que o perfil dos alunos ingressantes pouco mudou ao longo dos 4 anos analisados, mantendo-se basicamente o mesmo.

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