Perfil dos autores de pesquisa em Educação Ambiental nos trabalhos apresentados na ANPEDSUL (2002 a 2006)

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Rev. eletrônica Mestr. Educ. Ambient. ISSN 1517-1256, v. 27, julho a dezembro de 2011.

Universidade Federal do Rio Grande - FURG Revista Eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental

Revista do PPGEA/FURG-RS

ISSN 1517-1256

Programa de Pós-Graduação em Educação Ambiental PERFIL DOS AUTORES DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL NOS TRABALHOS APRESENTADOS NA ANPEDSUL (2002 A 2006)

Adriano Charles Ferreira1*, Edvanderson Ramalho dos Santos2**; Ademir José Rosso3***;

RESUMO O artigo apresenta pesquisa meta-analítica sobre o perfil dos autores presentes nos trabalhos de Educação Ambiental (EA) da ANPEDSUL nas edições de 2002 a 2006. Foram analisados 54 trabalhos completos, com 97 autores. A análise e a tabulação dos autores partem da Plataforma Lattes, que possibilitou traçar o perfil do pesquisador com base no currículo, formação acadêmica, gênero dos trabalhos e coautoria, suas produções antes e depois do evento. A análise revelou que há predominância de autores doutores e doutorandos/as (45,4%) e de mestres e mestrandos/as (43,3%), prevalece o gênero feminino, com 72%, e 80% dos trabalhos possuem coautoria. Em relação ao Currículo Lattes, apenas 65% apresentam atualização e, em média, 85% produziram antes e depois do evento, indicando dinamismo e inserção acadêmica. De outro lado, pode-se destacar que a análise diacrônica aponta para a ligação da produção acadêmica com os processos formativos. Palavras-chave: Autoria, Educação Ambiental, Currículo Lattes.

ABSTRACT The article presents meta-analytic research on the profile of the authors present the work of Environmental Education (EE) of ANPEDSUL the issues from 2002 to 2006. We analyzed 54 research papers with 97 authors. The analysis and tabulation of the authors the Plataforma lattes, which made it possible to profile the researcher from the curriculum, academic background, gender, work and co-author, his productions before and after the event. The analysis revealed a predominance of authors doctors and doctoral as (45.4%) and master's students (43.3%), the prevailing female with 72% and 80% of works are co-authors. For the Curriculum Lattes only 65% have updated and on average 85% produced before and after the event indicating dynamism and academic 1

Licenciado em Geografia da Universidade Estadual de Ponta Grossa. [email protected]. Licenciado em Geografia da Universidade Estadual de Ponta Grossa. Mestrando do Programa de Pós Graduação em Educação da Universidade Estadual de Ponta Grossa. [email protected]. 3 Licenciado em Ciências e Biologia. Doutor em Educação pela UFSC. Professor da Licenciatura de Biologia e do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Estadual de Ponta Grossa. [email protected]. 2

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integration. On the other hand can be noted that the diachronic analysis points to the connection of academic and training processes. Keywords: Authorship, Environmental Education, Currículo Lattes.

Introdução As funções de ensino, pesquisa e extensão da universidade são deslocadas progressivamente do plano institucional para o de atuação docente. A atividade de pesquisa tornou-se uma atividade constitutiva, comprovada e avaliada pelas publicações científicas da comunidade acadêmica, e a quantidade de publicações torna-se a prova e o fator distintivo da pesquisa de seus atores. Com isso, torna-se comum associar o desempenho e a qualidade do pesquisador ao número de trabalhos e ao veículo a que submetem suas publicações (PETROIANU, 2002). Dentre as principais formas de se publicarem trabalhos estão os artigos em periódicos científicos e, em algumas áreas de conhecimento, os livros e capítulos de livro. Dos âmbitos formativos temos os trabalhos de conclusão de curso, dissertações e teses. Outra forma diferenciada de divulgação e debate das pesquisas são os eventos científicos, que expõem e promovem o debate dessas produções (ROSSO et al., 2007, p. 3). Um evento que recebe pesquisadores de Educação Ambiental (EA) é o Seminário de Pesquisa em Educação da Região Sul (ANPEDSUL). No evento são apresentadas pesquisas realizadas nos programas de pós-graduação em educação da região Sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul), representando, assim, um campo de diálogo e debate interdisciplinar para os pesquisadores que dele participam. A ANPEDSUL é uma instituição regionalizada da ANPED que tem como objetivo a “busca do desenvolvimento e da consolidação do ensino de pós-graduação e da pesquisa na área da educação no Brasil” (ANPED, 2009). Artigos que analisam os eventos regionais vêm sendo publicados por Ferreira, Santos e Rosso (2010a), Santos, Rosso e Ferreira (2010b), Rosso, Ferreira, Santos, Machado e Vieira (2009). Os trabalhos desse grupo de pesquisa vêm mostrando que o aumento quantitativo de pesquisas em EA não vem seguido de um aumento qualitativo dessas produções. No primeiro artigo citado, Ferreira, Santos e Rosso (2010a) apresentam pesquisa documental sobre os títulos e palavras-chave derivados dos trabalhos de EA do Encontro Paranaense de Educação Ambiental (EPEA-PR) nas edições de 2006 e 2007, no qual foram analisados 160 trabalhos completos. Com base na análise, verificaram que muitos trabalhos 154

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apresentam problemas na formulação dos títulos e palavras-chave, podendo vir a dificultar o processo de pesquisa e divulgação científica, bem como sua indexação. No segundo trabalho, Santos, Rosso e Ferreira (2010b) enfocam o suporte bibliográfico utilizado nos artigos de EA publicados no I, II e III ANPEDSUL. No total, constituíram-se em 35 trabalhos de EA, com 560 referências bibliográficas analisadas. Observou-se que nos seminários da ANPEDSUL os livros compõem o principal sustentáculo das pesquisas, com 70%; por outro lado, apenas 20% utilizam como fontes artigos, trabalhos de eventos, dissertações e teses. A baixa utilização da literatura acadêmica nas pesquisas acaba afastando a área de contribuições que poderiam colaborar para o acréscimo do potencial transformador da EA no Brasil. Finalmente, Rosso, Ferreira, Santos, Machado e Vieira (2009) analisam o VII Encontro de Educação Ambiental do Estado do Rio de Janeiro (VII EEA-RJ, 2003) e o IX Encontro Paranaense de Educação Ambiental (IX EPEA-PR, 2006). Neste trabalho, abordamse a origem, a natureza e os objetivos dos artigos diante da intenção de se fazer pesquisa em EA. Foram documentados 139 trabalhos, disponibilizados por meio eletrônico ou CD-ROM. Com as análises, os autores concluem que é necessário desenvolver orientações para a apresentação dos textos; divulgação dos discernimentos de avaliação dos trabalhos; previsão de modalidades e espaços diferenciados de comunicação, dentre outras iniciativas que possam contribuir para a qualificação das produções nos encontros. A pesquisa em EA surge a partir das questões ambientais que se tornam alvo de incessantes debates e produções em eventos específicos ligados às diferentes áreas de origem ou de formação dos pesquisadores. Ao se instaurar a discussão sobre os aspectos e atores envolvidos no campo da EA, podem-se trazer reflexões para o seu crescimento. Dessa forma, a análise das pesquisas contribui para avaliação e crítica da produção do seu campo. No atual contexto, os atores de pesquisa das instituições de ensino superior (IES), sejam graduandos, sejam pós-graduandos ou pesquisadores, possuem cadastro na Plataforma Lattes. Essa iniciativa do CNPq permite que se disponibilize o currículo via web, identificando tanto qualitativa como quantitativamente os pesquisadores, além de mostrar suas produções, sua instituição de origem e temáticas dominantes. O Currículo Lattes está disponível on-line e possibilita o rastreamento das temáticas e dos pesquisadores brasileiros. A Plataforma Lattes é uma base de dados de currículos e de instituições da área de Ciência e Tecnologia (C&T) compilados num único sistema de informações. Tal currículo registra a vida pregressa e recente dos pesquisadores, sendo elemento indispensável à análise de mérito e competência dos pleitos apresentados à agência. Com base no Currículo Lattes, o 155

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órgão de fomento CNPq desenvolveu um formato-padrão para coleta de informações curriculares, hoje adotado não só pela agência, mas pela maioria das instituições de fomento, universidades e institutos de pesquisa do país. A adoção de um padrão nacional de currículos, sua utilização compulsória a cada solicitação de financiamento e a disponibilização pública dos dados na internet possibilitaram a busca nesta pesquisa (PLATAFORMA LATTES, 2011). Neste artigo é apresentado um perfil dos autores EA, construído com base no Currículo Lattes dos participantes que apresentaram trabalhos no Seminário de Pesquisa em Educação da Região Sul, correspondentes às edições do evento nos anos de 2002, 2004 e 2006. A partir dessa base de dados é possível avaliar a atualização do Currículo Lattes dos autores e, consequentemente, a continuidade da pesquisa; analisar a formação acadêmica dos seus participantes (graduação, mestrado, doutorado e pós-doutorado), o gênero e as coautorias das produções. Portanto, o artigo pretende responder a algumas das questões: os autores apresentam suas pesquisas apenas para cumprir obrigações institucionais ou continuam produzindo depois de seus processos formativos? Qual o gênero dos pesquisadores que se sobressai em tal evento? Qual a titulação predominante dos pesquisadores participantes? Nesse sentido, tornase importante delinear um perfil de quem faz pesquisas no campo científico da EA, objetivando contribuir para o seu debate e fortalecimento como um campo científico perante pesquisadores de outras áreas.

Pesquisa e o Campo da Educação Ambiental A pesquisa em sentido lato “é uma indagação que conduz ao argumento cuidadosamente elaborado, e está em incessante inquietação na busca do conhecimento”. Possibilita revelar o novo, descobrir e se surpreender. Os critérios de análise dos trabalhos de um evento contemplam a produção de novo conhecimento ou consolidação; o rigor e objetividade de sua condição; o diálogo com diferentes marcos teóricos e metodológicos; dar provas claras de responsabilidade de rigor; reflexão teórica generalizável e dialogante com as singularidades; validação teórica e metodológica; filiação em uma corrente histórica ou investigativa de seus resultados (SATO e SANTOS, 2003, p. 255, apud SAUVÉ, 1998-1999). Além de apresentar produtos, a pesquisa é um processo que deve estar presente em todo o meio educativo, servindo de porta de entrada na base formativa (DEMO, 1996). Por isso, muitas pesquisas, antes de serem publicadas em periódicos, são apresentadas em eventos científicos. Esse procedimento cumpre tal função, pois desencadeia o debate, frequentemente acompanhado de

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sugestões úteis ao enriquecimento da pesquisa e do seu manuscrito. Assim, as pesquisas podem ser ao mesmo tempo avaliadas e enriquecidas pelo debate. Novos estudos na mesma linha também podem ser criados em consequência de tais discussões (PETROIANU, 2002). Os objetos de estudo da EA, “mais do que uma educação ‘a respeito do, para o, no, pelo ou em prol do’ meio ambiente”, dizem respeito às atitudes, valores, compreensões e ações dos seres humanos “na relação com o meio ambiente” (SAUVÉ, 2005, p. 317). Isso a torna multifacetada e complexa, ultrapassando a “conscientização dos cidadãos e a inserção de componentes de capacitação dentro de projetos de gestão ambiental orientados por critérios de rentabilidade econômica” (LEFF, 2002, p. 223). Essa singularidade exige no trabalho de seus pesquisadores rigor teórico para o fortalecimento do campo científico da EA (FERREIRA, SANTOS, ROSSO, 2010a). A promoção do debate crítico no campo da EA entre as diferentes tendências evidenciaria as possíveis fragilidades e lacunas, estimularia uma competição-cooperação positiva, gerando outras propostas, hegemonias ou consensos no campo da EA (ROMANCINI, 2006). Assim, observa-se que, quanto maior for o debate dentro de um campo, maiores serão o seu grau de autonomia e a produção de conhecimento. Na ciência moderna é a disputa entre os agentes de um campo que permite os avanços no conhecimento, num processo de “revolução permanente”, em que, se há uma verdade, é que a verdade é um objeto de luta (BOURDIEU, 1983). Para análise da pesquisa notou-se que muitos dos programas de pós-graduação e diversas IES proporcionam cursos que se inserem diretamente na área ambiental e, dessa forma, permitem o desenvolvimento e ampliação das pesquisas em EA. Isso leva a que, evidentemente, cresça o número de pesquisadores e pesquisas nesta área. No Brasil, as pesquisas na área de EA realizadas em cursos de pós-graduação de diferentes IES têm sido produzidas em diferentes programas, acoplados a diferentes áreas de conhecimento, tais como Agronomia, Arquitetura e Urbanismo, Biologia, Ciências Sociais, Direito, Educação, Engenharias, Geociências, Geografia, História, Medicina, Meio Ambiente e diversos outros (FRACALANZA, 2004). Diversos autores preocuparam-se com a estruturação do campo científico da EA, como Hilário Fracalanza (2004), Marcos Reigota (2007), Teixeira et al. (2007) e Carvalho e Schmidt (2008).

Fracalanza (2004) delineou um panorama das pesquisas realizadas no Brasil no período de 1974 a 2002, apresentando importantes considerações e dados qualitativos sobre o perfil da produção acadêmica em teses e dissertações. O autor notou uma série de problemas relacionados à concepção de EA nos trabalhos analisados, observando, de modo amplo, problemas que persistem no ambiente escolar. Cita entre esses “a metodologia e as práticas de ensino utilizadas pelos professores; a organização e o funcionamento das escolas” (p.15). Por sua vez, Marcos Reigota (2007) analisa a produção acadêmica brasileira em EA no período compreendido entre 1984 e 2002. O autor verificou que muitos trabalhos abordam 157

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temáticas das relações entre natureza e cultura, crise ambiental urbana e ecossistemas específicos. No enfoque pedagógico, considera que a EA é um método que pode ser aplicado em todos os espaços de aprendizagem e estar presente no currículo de todas as disciplinas escolares. Percebe a necessidade de uma vasta e maior compreensão da EA pelas IES e agências de fomento e aponta para uma possível intensificação nos intercâmbios internacionais, para que os pesquisadores brasileiros possam dialogar com os demais pares internacionais, de modo a vivenciar outros contextos ecológicos, políticos, sociais, culturais e educacionais (REIGOTA, 2007, p. 56). Já Carvalho e Schmidt (2008) avaliaram o decurso das pesquisas apresentadas nos principais eventos de EA (ANPPAS, ANPED e EPEA), verificando que a maioria dos trabalhos é apresentada por pesquisadores de IES públicas. Ao final do artigo, as autoras oferecem subsídios teórico-analíticos para que outros pesquisadores possam retomar esses dados e, mesmo, lançar outras hipóteses. Segundo as autoras, isso ajudaria a ver no decorrer de um tempo mais amplo mudanças e tendências no perfil de pesquisadores e trabalhos, bem como as relações entre o perfil dos trabalhos e as políticas de educação e meio ambiente. Dessa maneira, Carvalho e Schmidt tecem algumas considerações sobre a constituição do campo científico da EA:

(...) a progressiva constituição da educação ambiental enquanto uma área de produção de conhecimento científico tem se produzido principalmente na confluência dos campos da educação e de um segmento das ciências humanas ambientais que poderíamos denominar como o fez a ANPPAS: “ambiente e sociedade” (...) Nesses saberes ambientais da EA, é importante considerar a predominância do corte socioambiental e humanístico e, em menor escala, dos saberes técnicos ambientais, como os provenientes das ciências da Terra e das ciências exatas. (CARVALHO, SCHMIDT 2008, p. 19).

Carvalho e Schmidt ainda sugerem que o campo ambiental passa por crises de identidade. As autoras se perguntam sobre o pesquisador em EA: “Um profissional educador ambiental ou um pesquisador que adota a educação ambiental como uma temática interdisciplinar na qualidade de seu objeto de pesquisa?” (p. 19). E concluem focalizando a importância de se observarem a evolução histórica deste campo e a continuidade de pesquisas que procurem monitorar o perfil dos pesquisadores em EA. Nesse contexto, surge a necessidade de avaliar as produções de EA pela pesquisa meta-analítica. As pesquisas meta-analíticas permitem a apreciação crítica do conhecimento produzido, incidindo sobre a qualidade e os processos da produção; seu exercício permite

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repensar os produtos apresentados e tomar atitudes para melhorar a qualidade das próximas pesquisas (LAROCCA et al., 2005).

Quem é o Autor na Educação Ambiental? Nos livros, artigos científicos e diversos outros documentos o autor é o responsável pelo conteúdo da obra, e suas ideias apresentam-se em forma de texto. O autor é a pessoa que contemporiza seus conceitos e pensamentos na forma escrita, para que possa ser lido e apreciado pelos leitores. Foucault (1971) indica que o autor é a referência principal para se falar e pensar sobre um texto. Salienta que a noção de autor é discursiva: a identidade do autor é de alguma forma construída a partir de um conjunto de textos ligados a seu nome, considerado um conjunto de critérios, dentre os quais sua responsabilidade sobre o que põe a circular e que se extrai da obra. A questão de autoria e coautoria de trabalhos científicos é problemática e delicada, como consta nos trabalhos de Montenegro (1999), Castiel et al. (2007), Monteiro et al. (2004) e Lovisolo (2003). Quando as universidades passaram a priorizar a produção científica, aumentaram os trabalhos científicos, porém nem sempre priorizando a qualidade. Isso porque a maneira pela qual se deram o incentivo e o controle sobre a produção científica para com os pesquisadores teve “como o critério principal para admissão e promoção de seu pessoal, a preocupação sendo voltada para o número, sem que se desse grande ênfase à qualidade. Entramos na era do publish or perish” (MONTENEGRO, 1999, p.159). Assim, para evitar perecer, passou-se a publicar muitas vezes tendo como preocupação principal a obtenção do sucesso acadêmico, em detrimento da possível relevância e aplicabilidade dos produtos de pesquisa. Outra ideia de Montenegro (1999, p. 160) é elencar algumas contribuições substanciais para definir quem é o autor de um trabalho, em detrimento de possíveis colaboradores. Assim, esclarece que se é um autor quando se considera quanto à “concepção e desenho ou análise e interpretação dos resultados”; segundo a sua “redação do trabalho ou revisão crítica com importante contribuição intelectual” e, por último, ter participado da “aprovação final da versão a ser publicada”. Cada um dos coautores deve ser capaz de participar das contribuições explicitadas. Quanto aos principais padrões utilizados para caracterizar as irregularidades de autoria e coautoria, segundo Monteiro et al. (2004), podem ser descritos como: Autoria e/ou co159

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autoria convidada – pela qual os indivíduos têm os nomes incluídos em trabalhos dos quais não participaram; Autoria e/ou coautoria pressionada - incide quando o responsável por uma equipe estabelece a inclusão de seu nome em todos os trabalhos elaborados pelos componentes de seu grupo, mesmo naqueles em que nem ao menos leu a composição final; Autoria e/ou coautoria fantasma – não inserção de pessoas que compartilharam e colaboraram em fases importantes do estudo. As Diretrizes Éticas Da Sociedade Brasileira De Física (DESBF) também esclarecem e discutem a problemática da autoria nos trabalhos científicos. Apesar de serem direcionadas especificamente ao campo da física, seu conteúdo ético pode ser transposto para outros campos científicos. De acordo com as diretrizes, a autoria deve ser creditada apenas aos indivíduos que contribuíram significativamente na concepção, projeto, execução e interpretação da pesquisa, os quais devem ter a oportunidade de constar como autores. Ainda segundo as DESBF, “nenhum outro nome deve ser incluído entre os autores com a finalidade de enriquecer currículos. Outras pessoas, pesquisadores ou técnicos, que de alguma forma contribuíram para o trabalho, devem constar de uma lista de agradecimentos.” Quanto à responsabilidade pelos artigos, as DESBF explicam que deve ser dada oportunidade a todos os coautores para que releiam o artigo completo antes de ser submetido a publicação. Em relação aos colaboradores que realizaram algumas contribuições restringidas e exclusivas, assumem responsabilidade apenas por essas.

Metodologia Trata-se de pesquisa meta-analítica (LUIZ, 2002). A meta-análise permite que o pesquisador reúna resultados e conclusões de outros pesquisadores e chegue a novas conclusões. A pesquisa metaanalítica caracteriza-se como “pesquisa-avaliação” (LAROCCA; ROSSO; SOUZA, 2005), por permitir apreciação crítica qualitativa e quantitativa do conhecimento produzido.

Para a coleta de dados e análise dos resultados, realizou-se uma pesquisa de caráter bibliográfico, cujo objetivo foi mapear e discutir certa produção acadêmica em diferentes campos do conhecimento, tentando responder a que aspectos e dimensões estão sendo produzidos em diferentes épocas e lugares, de que formas e em que condições têm sido produzidas certas dissertações de mestrado, teses de doutorado, publicações em periódicos e comunicações em anais de congressos e de seminários (FERREIRA, 2002). Os trabalhos pesquisados são constituintes do IV, V, VI Seminário da ANPEDSUL. O quarto seminário, realizado na UFSC, em Florianópolis, contou com a participação de 19 programas de pós-graduação (PPG); o quinto (2004), com 19 PPG e realizou-se na Pontifícia 160

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Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) em Curitiba; o sexto (2006) ocorreu no Rio Grande do Sul, na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), com o total de 21 PPG. Até 2000 os eventos foram realizados anualmente; a partir de 2002 passaram a ser bianuais. Os trabalhos são disponibilizados em meio digital (CD-ROMs), distribuídos aos programas de pós-graduação em educação e aos participantes do evento. A Plataforma Lattes foi utilizada para a análise e tabulação dos autores, pois possibilita a identificação do autor citado no trabalho analisado. Também se utilizou o resumeé (breve resumo, descrição gerada pelo programa ou explicitada pelos próprios autores) para análise do perfil do pesquisador. Com base nisso, tabularam-se as informações coletadas em uma tabela, estruturando-a de acordo com a atualização do Currículo Lattes, produções antes e depois do evento, formação acadêmica, gênero dos trabalhos e coautorias do pesquisador. Essa ação resultou em um banco de dados com informações que podem ser trabalhadas em pesquisas meta-analíticas. Ao final foram analisados 54 trabalhos, com um total de 97 autores. Por meio de pesquisas meta-analíticas, a ciência busca sua coerência, debruçando-se sobre aquilo mesmo que produz, não exclusivamente visando traçar o tradicional estado da arte de determinado conhecimento, mas para que, utilizando-se de procedimentos científicos qualitativos e/ou quantitativos, venha a se conhecer melhor a produção científica em seus vários aspectos (LAROCCA; ROSSO; SOUZA 2005).

Resultados A organização dos dados mostra que há predominância de doutorandos e doutores (45,3%) e mestrandos e mestres (43,2 %) nas publicações; graduandos e graduados (7,2%) e pós-doutores (4,1%) também figuram nos 54 trabalhos apresentados nos eventos da ANPEDSUL (Tabela 1). Isso pode ser um indicador de que se publica a pesquisa para cumprir normas institucionais, para se obterem titulações e ascendência acadêmica. Tal realidade advém do fato de o pesquisador sofrer pressões de instituições financiadoras para publicar, pelo fato de exercerem controle sobre seu financiamento e a publicação do artigo científico. Nesse contexto, a publicação seria a resposta favorável, ou seja, a prestação de contas do financiamento utilizado. Dessa forma, o pesquisador não publica apenas para contribuir para o progresso da ciência, mas para cumprir metas institucionais e burocráticas. Barricelli (2009) argumenta sobre algumas das razões que envolvem o publicar:

O discurso acadêmico em circulação exige de todo pesquisador publicação de diferentes textos como artigos, ensaios, resenhas etc. Um olhar desatento nos levaria

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a acreditar que essa tarefa se justifica pela necessidade de divulgar sua pesquisa para outros pesquisadores de modo a contribuir para o ‘progresso da ciência’ nos mais diversos campos. No entanto, sabemos que escrever e publicar artigos acadêmicos envolve políticas e fatores financeiros diretamente ligados à produtividade e avaliação de desempenho dos pesquisadores e dos programas de pós-graduação (p.15).

Tabela 1 – Formação acadêmica dos autores da ANPEDSUL de 2002 a 2006 Titulação Graduação Mestrado Doutorado Pós-doutorado Total

2002 4 8 6 0 18

2004 1 20 23 2 46

2006 2 14 15 0 21

Total 7 42 44 2 97

% 7,2 43,3 45,4 4,1 100

O gênero prevalente nas autorias da ANPEDSUL é o feminino, com 72% dos trabalhos (Tabela 2). Vale ressaltar os possíveis significados dessa predominância de gênero de pesquisadores em EA nos eventos pesquisados. O estudo que vem sendo trabalhado está densamente ligado à educação, que tem sido durante a história um campo marcadamente feminino. Um estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico revelou que de cada 100 docentes brasileiros, 83 são mulheres (OCDE, 2004). Deve-se considerar o perfil das relações de gênero na sociedade, onde, de modo geral, as mulheres têm avançado na ocupação de cargos no mercado de trabalho, embora essa ocupação se distribua de modo diferente segundo o gênero e apareça mais relacionada a atividades de educação e serviços sociais. Outro dado relevante da Tabela 2 é quanto ao grande número de trabalhos produzidos em coautoria (80 %). Esses dados nos fazem compartilhar da mesma dúvida levantada por Castiel et al. (2007) sobre o aumento da autoria em artigos publicados, que poderia revelar a prática do “escambo autoral”:

As questões éticas da pesquisa científica não são de forma alguma negligenciáveis. Em termos mais específicos, pode haver vários tipos de má conduta e fraudes no meio científico (...) Ademais, há um crescente aumento de autores por artigo, significando mais do que o suposto aumento dos integrantes dos grupos de pesquisa, mas sim a possível prática de “escambo autoral” ( meu nome no teu artigo, teu nome no meu artigo, etc.) (p. 3042).

Esse processo se dá em razão das “regras do jogo” científico de publicar ou perecer, ou seja, para se conseguir financiamento de instituições é necessária a demonstração da produtividade dos grupos de pesquisa. Assim, instaura-se uma competição entre os autores, que se traduz numa luta ferrenha entre quem consegue publicar mais artigos nos espaços 162

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editoriais. Dessa maneira, Castiel et al. afirmam que esse processo acaba por gerar uma série de problemas éticos na pesquisa científica, como a referida prática do escambo autoral. Tabela 2 - Trabalhos apresentados na ANPEDSUL de 2002 a 2006 segundo o gênero e co-autoria dos autore/ as Gênero

Feminino

Masculino

Total

Coautoria

Autoria individual

Total



70

27

97

78

19

97

%

72

28

100

80,4

19,6

100

Na Tabela 3, com base nos dados levantados no Currículo Lattes dos pesquisadores, percebe-se que 87,6% produzem trabalhos antes do evento analisado e 85,5% dão continuidade às pesquisas. Isso mostra a importância que a ANPEDSUL tem para as pesquisas acadêmicas, sinalizando que os pesquisadores produzem antes do evento e após, ou seja, dá-se continuidade aos trabalhos e pesquisas. Tabela 3 – Produções antes e depois da ANPEDSUL 2002 a 2006 e atualização do Currículo Lattes ANPEDSUL

Produções antes

%

Produções depois

%

Currículo Lattes

%

Currículo atualizado

%

Sim

85

87,6

83

85,5

94

97

65

67

Não

12

12,4

14

14,5

3

3

32

33

Total

97

100

97

100

97

100

97

100

Por sua vez, os currículos não atualizados (33%) denotam a interrupção das produções, pois alguns pesquisadores apenas apresentam trabalhos no evento, mas não prosseguem com suas pesquisas. Assim, como já comentado, questiona-se se essas publicações cumprem apenas as exigências dos programas de pós-graduação e da avaliação da CAPES, ou se são realizadas objetivando contribuições e a transformação da área.

Algumas Considerações Apesar de o universo selecionado para esta pesquisa ser restrito, algumas considerações podem ser destacadas. A primeira diz respeito à polêmica da “mercantilização da pesquisa” (CHAMAS, 1996) e da “transformação do artigo em mercadoria acadêmica” (CASTIEL et al., 2007), na medida em que órgãos de fomento e PPG lançam e incentivam uma verdadeira e conturbada corrida por produções, avaliando o pesquisador pela quantidade

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de trabalhos em detrimento de uma série de outras questões relacionadas à produção científica. Em grande parte, a IES a que o pesquisador é filiado é responsável por isso, pois permite e lança vantagens/bolsas de contrapartida para pesquisadores “mais produtores”, o que acarreta a busca pelos autores por produzir apenas por números, deixando a qualidade de lado. É comum assim, como se observou nos dados, o grande número de parcerias nas produções registradas, pois 78 delas foram realizadas em coautoria. Em consequência disso, pode-se indagar: estes trabalhos foram realmente produzidos em parceria? Outro interessante ponto a se destacar é que a maioria dos autores continua a produzir após o evento analisado (83%), podendo-se concluir, já que o evento da ANPEDSUL é destinado a pós-graduandos, que continuam sua produção mesmo após o término de seus cursos institucionais, denotando dinamismo e inserção acadêmica potencializada pela ANPEDSUL. Quanto ao Currículo Lattes, importante ferramenta para divulgar a produção de um pesquisador à comunidade científica, é deixado em segundo plano por quem não o mantém atualizado (33%). Isso pode revelar que esses pesquisadores não efetivaram o principal objetivo dos programas de pós-graduação, que é formar profissionais qualificados para a pesquisa, pois, pelo que indicam os dados, deixaram de divulgar suas pesquisas perante seus pares ou não as estão realizando. Lembra-se ainda que a publicação de produtos de pesquisa é fundamental para a ciência. O pesquisador deve publicar tanto para atender a requisitos institucionais quanto para divulgar suas novas descobertas. Porém, essa publicação deve visar a produtos de qualidade, potencializando processos de modificação social e aplicabilidade, não apenas para atender a aspectos quantitativos. Contudo, a reviravolta nesse quadro pode ser efetivada se as universidades e demais órgãos financiadores revirem seus critérios de classificação de pesquisadores, contemplando outras variáveis, que não apenas as quantitativas, para inferir sobre a qualidade e o potencial de dado pesquisador. A importância deste trabalho assenta-se no fato de ter delineado um pequeno quadro do perfil da pesquisa em EA na região Sul, podendo servir de base para a estruturação do campo ambiental, já que visou a uma crítica construtiva, além de alimentar este campo na apresentação de novos dados e criar uma série histórica e relevante para o evento da ANPEDSUL. Assim, pretendeu-se auxiliar na análise da trajetória, tendências, lacunas e controvérsias da pesquisa na área da EA e dar apoio a outras pesquisas neste campo, o que 164

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facilitará o trabalho de outros pesquisadores, professores e demais interessados no estudo da Educação Ambiental.

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