Personalismo e Patrimonialismo em Sérgio Buarque de Holanda e Raymundo Faoro na constituição da sociedade brasileira

June 6, 2017 | Autor: Ana Ávila | Categoria: Max Weber, Pensamento Social Brasileiro, Sérgio Buarque De Holanda
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Introdução O processo de institucionalização das Ciências Sociais no Brasil, surgido nos anos 30, ocorreu em primeira instância como forma de rotinização e sistematização do saber sociológico, elaborado em formato de manuais de estudo. Este período foi um marco por fazer parte de um momento na história nacional em que a sociologia brasileira surge como uma resposta intelectual ao mundo em transformação, especialmente no que se refere ao cotidiano político do Brasil e ao seu processo histórico de colonização. Foi com o intuito de se promover a formação de uma elite intelectual técnica-incorporada inicialmente pela tradição francesa e o positivismo – que as Ciências Sociais se firmaram enquanto campo de estudo no Brasil. Durante os primeiros anos, o ensino superior de Sociologia se manteve polarizado entre São Paulo e Rio de Janeiro, sendo que ambas as escolas apresentavam características diferentes uma da outra: enquanto os acadêmicos da USP (Universidade de São Paulo) eram reconhecidos como mais engajados na produção científica do conhecimento e estavam mais hierarquicamente estruturados, predominavam entre os acadêmicos da ISEB carioca (Instituto Superior de Estudos Brasileiros) os interesses relacionados a militância política de jovens de famílias mais abastadas. Sérgio Buarque de Holanda e Raimundo Faoro se propuseram a analisar a sociedade brasileira e a forma como ela se constituiu, perpassando pela história do país em seu período de colônia, império e república. Ambos foram intensamente influenciados pelo pensamento clássico de Max Weber para formular suas análises e compreender o Brasil, embora cada um o tenha feito de maneiras distintas.
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