Pesquisa de audiências na rádio

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Pesquisa de Audiências na Rádio
Pesquisa de Audiências na Rádio
Universidade de CoimbraFaculdade de LetrasLicenciatura em JornalismoPrincipios e Práticas Jornalismo Radiofónico I1ºSemestreAna Margarida Galveia Queirós
Universidade de Coimbra
Faculdade de Letras
Licenciatura em Jornalismo
Principios e Práticas Jornalismo Radiofónico I
1ºSemestre
Ana Margarida Galveia Queirós























Índice
Introdução 2
1 Caracterização internacional do sector da rádio 3
1.1 Mercado Americano – Audiências 3
1.2 Mercado Europeu - Espanha, Reino Unido. França 3
Contexto Nacional 4
1.2.1 Evolução das audiências, distribuição geográfica e caracterização dos ouvintes 4
1.2.2 Share de audiências das rádios nacionais 5
2. Programação 6
Conclusão 7
Bibliografia 8
Internet 8










Introdução

Com o objetivo de estudar a pesquisa de audiências na rádio, decidimos explicitar primeiro a relação entre audiência e investimentos publicitários. Depois, achamos necessário pesquisar e tirámos algumas conclusões acerca das audiências do mercado americano, europeu, e seguidamente do contexto nacional. Por fim definimos que a segunda metade do trabalho iria incidir sobre a programação e as suas tendências, de forma a perceber como se ''joga'' com a programação com o objetivo de ter mais audiências.
1 Caracterização internacional do sector da rádio
Relação entre audiências e investimentos publicitários
O share de audiências é a variável mais utilizada pelos anunciantes na tomada de decisão quanto aos seus investimentos. Então, o comportamento das audiências é ainda mais importante durante a transmissão dos anúncios. Esta, baixa 63% (ROSE, GENERALI e COLEMAN 2006:12) quando os anúncios começam, pois a maior parte das pessoas ouve rádio no carro (que é considerado um sítio fácil para mudar de estação).
1.1 Mercado Americano – Audiências

O mercado americano caracteriza-se por uma utilização do rádio positiva sendo que, 64% dos americanos utilizam o rádio (Change Partners e ESCS 2009:30). As audiências das rádios online tem aumentado, 23% em Agosto de 2008 (ibidem:31), no entanto, estes utilizadores não deixam de ouvir rádio
AM/FM.
1.2 Mercado Europeu - Espanha, Reino Unido. França

Em Espanha, com 20,72 milhões de ouvintes, a rádio continua a ser o 2º sector com mais audiência. Também no Reino Unido, as audiências continuam estáveis: 45 milhões de ouvintes. Por fim, e mostrando-se também dentro da média, 84% da população francesa com mais de 13 anos ouve rádio.
Conclui-se que, apesar do lento e já antigo declínio da rádio, as audiências tem-se mantido a par dos novos meios de comunicação.
Contexto Nacional
1.2.1 Evolução das audiências, distribuição geográfica e caracterização dos ouvintes

As audiências da rádio tem-se mantido estáveis desde 1994, sendo que em 2007 cerca de 55% dos portugueses ouvia rádio habitualmente (Change Partners e ESCS 2009:50). Ouvir rádio no trabalho é um dos padrões de escuta mais firme, com uma percentagem que ronda os 10 pontos percentuais (ibidem), ao contrário da percentagem de ouvintes que o fazem em casa, que caiu 39% (ibidem). Os padrões de escuta que sofreram aumentos percentuais são: a escuta de rádio no carro, que subiu 65% entre 1993 e 2003; e a escuta de rádio através da internet - que tem vindo, desde o aparecimento destas rádios online, a aumentar – em 2004 tinha uma expressão de 4,7%, em 2005 a percentagem aumentava para os 6,9%, e em 2006 atingiu o valor de 9,1% (ibidem).
O Porto é o distrito com mais ouvintes de rádio, com uma audiência acumulada de véspera de 60,2%. Na tabela seguinte, retirada do estudo Bareme Rádio 2007, da Marktest, dá-se conta das percentagens dos restantes distritos.

Porto
60,20%
Braga
59,70%
Aveiro
56,50%
Castelo Branco
56,20%
Leiria
55,60%
Lisboa
55,20%
Viana do Castelo
55,20%
Coimbra
55,10%
Portalegre
43,10%
Fonte: Marktest, Bareme Rádio, 2007

Também com o apoio do estudo Bareme Rádio 2007, da Marktest, caracterizamos o ouvinte português: este é um homem entre os 25 e os 34 anos, que trabalha em quadros médios superiores, de classe alta e que reside no grande Porto.






Fonte: Marktest, Bareme Rádio, 2007

1.2.2 Share de audiências das rádios nacionais
Indicadores de audiênciaReach Semanal Número ou percentagem de indivíduos que escutaram uma estação de rádio, no período de uma semana (sete dias), independentemente do tempo despendido.Audiência Acumulada de Véspera Número ou percentagem de indivíduos que escutaram uma estação, no período de um dia, independentemente do tempo despendido. Share de Audiência Percentagem de tempo despendido, por um conjunto de indivíduos, na escuta de uma estação, relativamente ao tempo total de audição de Rádio, num dado período.No que diz respeito as rádios, em todos os indicadores de audiência, e como se pode verificar na tabela em baixo, quem lidera os valores mais altos é a Rádio Comercial: 30,7% no reach semanal, 15,8% na audiência acumulada de véspera, e 23% no share de audiência; a rádio com menos percentagens, também em todos os indicadores de audiência, é a Antena 2, com 1,3% no reach semanal, 0,5% na audiência acumulada de véspera, e 0,6% no share de audiência.
Indicadores de audiência

Reach Semanal
Número ou percentagem de indivíduos que escutaram uma estação de rádio, no período de uma semana (sete dias), independentemente do tempo despendido.
Audiência Acumulada de Véspera
Número ou percentagem de indivíduos que escutaram uma estação, no período de um dia, independentemente do tempo despendido.
Share de Audiência
Percentagem de tempo despendido, por um conjunto de indivíduos, na escuta de uma estação, relativamente ao tempo total de audição de Rádio, num dado período.
Vamos agora explicitar qual a expressão dos grupos de radiodifusão portugueses no que toca a audiências.
Em relação ao reach semanal, quem lidera as audiências, com 46,7%, é o Grupo r/com, sendo que mais de metade desta percentagem deve-se a RFM; o grupo com menos expressão é a Controlinveste, na tabela representado pela rádio TSF. Mais uma vez, mas no que toca a audiência acumulada de véspera, é também o Grupo r/com que tem mais audiências (23,3%) e a Controlinveste que tem menos audiências (4,7%). Por fim, analisando agora o share de audiência: o grupo que tem mais expressão é o Grupo Media Capital Rádios, com 33,5% de audiência, sendo que 23% desta audiência corresponde a audiência da rádio Comercial. O grupo com menos audiência, é mais uma vez a Controlinveste, com 4,9%.









Fonte (de ambas as caixas de texto): Bareme Rádio (Setembro de 2013) da Marktest.
2. Programação

Nos anos 50 inicia-se a modernização da rádio, e é introduzido o radiojornalismo. Na década de 60, este, conjuntamente com a programação musical formam a base da programação na rádio. A partir dos anos 70, verifica-se uma segmentação de conteúdos e de programação, fenómeno que permanece até aos dias de hoje – e que, se deve essencialmente a uma vontade das rádios de "marcar pela diferença".
A programação radiofónica é uma "variável" em constante mudança, pois a evolução das tecnologias de informação assim o exige.


Tendências de programação (Rádios regionais/locais)
De acordo com o inquérito nacional da Entidade Reguladora da Comunicação Social em colaboração com a Escola Superior de Comunicação Social, atualmente, existem dois grandes tipos de programação: temática e informativa (Change Partners e ESCS 2009: 70-113).
No que diz respeito à programação temática, 86% dos "operadores licenciados de radiodifusão sonora" (ibidem:70) inquiridos apontam para a cultura na escolha dos seus conteúdos temáticos; programas dedicados a crenças religiosas continuam a ter alguma expressão (47%); e, finalmente o tema com menos expressão é a programação dedicada às comunidades portuguesas no estrangeiro.
No que se refere à programação informativa, 91%, a esmagadora maioria dos operadores, tem-na como conteúdo programático. As maiores apostas são feitas ao desporto (79%) e à informação sobre a região (70%). Do lado contrário, estão os negócios e a economia com uma percentagem de apenas 30%.
De acordo com o inquérito referido em cima, as temáticas ligadas à cultura superam as temáticas ligadas à música portuguesa; os programas dedicados ao ambiente, ao público mais jovem, e às crenças religiosas são "referidos por mais de 40% dos operadores". (ibidem 113)
É, ainda, de referir o seguinte facto: existe uma forte componente noticiosa na rádio (mais de 80% emitem mais de cinco noticiários por dia), ainda que 70% dos inquiridos referirem ter um baixo número de profissionais jornalistas ao seu serviço, sendo que, estes empregam, no máximo, dois profissionais.
Conclusão

Com este trabalho concluímos que apesar do aparecimento de novos meios, e das rádios na internet, a rádio tradicional não perdeu muita audiência, e que o sitio onde se ouve rádio influência bastante as audiências.
Outro fator que influência é, como já foi dito, a programação. Sobre esta, ficámos a conhecer melhor a sua ''história'' e o seu presente: os temas que são alvo de mais atenção são a cultura, as crenças religiosas e os programas direcionados para o público jovem.


Bibliografia

Change Partners e Escola Superior de Comunicação Social (2009) ''Caracterização do sector da rádio difusão local''
ROSE, GENERALI E COLEMAN, Bill, Philippe e Jon (2006) ''What happens when the spots come on, the impact of commercials on the radio audience'' disponível em: http://www.colemaninsights.com/cms/wp-content/uploads/2013/07/The-Impact-of-Commercials-on-the-Radio-Audience-September-2006.pdf
BLANCH, Margarita (2000) ''Cómo se miden las audiencias en radio''
LEITE, Renato Costa (2008) ''Antecedentes da liderança de audiências da rádio Portuguesa: estudo exploratório das fontes de vantagem competitiva''
HENRIQUES, Artur Franco (2004) ''Comunicar com audiências: segredo de especialistas?''

Internet
http://www.erc.pt/documentos/Relatorios/5.pdf
http://www.marktest.com/wap/private/images/news2013/856/Bareme.pdf
http://www.colemaninsights.com/cms/wp-content/uploads/2013/07/The-Impact-of-Commercials-on-the-Radio-Audience-September-2006.pdf
http://pt.wikipedia.org/wiki/Programa%C3%A7%C3%A3o_radiof%C3%B4nica




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