Pesquisa em História e dimensões da política (Pós-Graduação, 2017-1)

Share Embed


Descrição do Produto

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO PRÓ-REITORIA DE ENSINO DE PÓS-GRADUAÇÃO PLANO DE ENSINO 1) IDENTIFICAÇÃO

Disciplina: Seminário de Linha de Pesquisa: territórios, sociedades e dimensões da política. Curso: Mestrado e doutorado em História (PPGHIS-UFMT) Professor: Leandro Rust Carga Horária: 60h 2) EMENTA A disciplina tem como eixo condutor o tema “dimensões da política”. Apresentará um panorama de possibilidades conceituais e metodológicas a partir de diferentes fundamentos teóricos e historiográficos. Busca oferecer ao aluno material para subsidiar uma investigação sobre a política, considerada em sua historicidade, possibilidades antropológicas e diversidade social face aos fenômenos do poder. 3) OBJETIVOS 1. Analisar os fundamentos da política como história, proporcionando um debate a respeito de sua irredutibilidade como fenômeno no tempo, além de debater os principais modelos teóricos sobre o alcance e a dinâmica desta. 2. Situar relevantes questões historiográficas como objetos de estudo da política, entre os quais as instituições, o direito, a dominação, o rito, a estética e a narrativa. 3. Debater a fundamentação metodológica da análise dos sujeitos e das relações sociais como fenômenos políticos. 4) CONTÉÙDO PROGRAMÁTICO Unidade 1: Unidade 1: É a política uma coisa em si? Sobre os fundamentos da ação política ou um acerto de contas entre Platão, Maquiavel e Ballandier. Unidade 2: Em que medida a política é um fenômeno da Modernidade? Sobre o Estado como realidade social ou a polêmica de uma mitologia política da racionalização de Hobbes a Weber. Unidade 3: Como pensar a historicidade da política sem reduzi-la ao símbolo? Sobre a caracterização política dos sujeitos históricos ou a medida das experiências de poder em La Boétie, Castoriadis e Margaret Somers. Unidade 4: Dimensões da política ou Reducionismos mascarados? Sobre tempo histórico e secularização ou a gramática do eurocentrismo de Hegel a Koselleck e Löwith. Unidade 5: Que referencial histórico instrui nossa busca pela política? Sobre dilemas da pós-

modernidade ou o nominalismo temperado de Georges Duby a Alun Munslow. 5) BIBLIOGRAFIA ANKERSMIT, F. R. Aesthetic Politics: political philosophy beyond fact and value. Stanford: Stanford University Press, 1996. ARENDT, Hannah. O que é política? Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2011. AZEVEDO, Célia et alii (Org.). Cultura política, memória e historiografia. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2009. BAUMAN, Zygmunt. Em busca da política. Rio de Janeiro: J. Zahar, 2000. BERSTEIN, Serge. A cultura política. In: RIOUX, Jean-Pierre; SIRINELLI, Jean-François (Org.). Para uma história cultural. Lisboa: Estampa, 1998, p. 349-363. CASTORIADIS, Cornelius. A instituição imaginária da sociedade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1995. CERTEAU, Michel. A Invenção do Cotidiano. 1: Artes de fazer. Petrópolis: Vozes, 1994. COELHO, Maria Filomena. Revisitando o problema da centralização do poder na Idade Média. Reflexões historiográficas. In: NEMI, A.; ALMEIDA, N.; PINHEIRO, R. (Org.). A construção da narrativa histórica (séc. XIX-XX). Campinas: Ed.Unicamp/ FAP-UNIFESP, 2014, p. 39-62. COUTINHO, Nelson. De Rousseau a Gramsci. Rio de Janeiro: Boitempo, 2011. DAVIS, Kathleen. Periodization & Sovereignty: how ideas of feudalism & secularization govern the politics of time. Philadelphia: University of Pennsylvania Press, 2008. FERES JÚNIOR, João (Org.). Léxico da história dos conceitos políticos do Brasil. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2009. FOUCAULT, Michel. História da Sexualidade. Vol. 1: a vontade de saber. São Paulo: Graal, 2005. FOUCAULT, Michel. Segurança, Território, População. São Paulo: Martins Fontes, 2008. GAUCHET, Marcel. El Desencantamiento del mundo: una historia política de la religion. Madrid: Editorial Trotta, 2005. GELLNER, Ernest. Antropologia e política: revoluções no bosque sagrado. Rio de Janeiro: Zahar, 1997. GERTZ, René E. Como é possível continuar escrevendo história política? Anos 90. Porto Alegre, v. 13, n. 23/24, 2006, p.105-131. GIRARDET, Raoul. Mitos e mitologias políticas. São Paulo: Cia das Letras, 1987. GRAMSCI, Antonio. Maquiavel, a politica e o estado moderno. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1989. GROSSI, Paolo. A Ordem Jurídica Medieval. São Paulo: Martins Fontes, 2008. HEINZ, Flávio (Org.). Por outra história das elites. Rio de Janeiro: FGV, 2006. HESPANHA, António Manuel. Caleidoscópio do Antigo Regime. São Paulo: Alameda, 2012. HOBSBAWM, Eric & RANGER, Terence. A Invenção das Tradições. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2008. KUSCHNIR, Karina; CARNEIRO, Leandro Piquet. As dimensões subjetivas da política: cultura

política e antropologia. Estudos Históricos, Rio de Janeiro: CPDOC-FGV, v. 13, n. 24, 1999, p. 227-250. LENCLUD, Gérard. A tradição não é mais o que era... In: História, histórias. Brasília, vol. 1, n. 1, 2013, p. 148-163. MOTTA, Rodrigo Patto Sá (Org.). Cultura política na história: novos estudos. Belo Horizonte: Argumentum, 2009. PALTI, Elías. El Tiempo de la Política: el siglo XIX reconsiderado. México: Siglo Veinteuno, 2003. POCOCK, John Greville Agard. Linguagens do ideário político. São Paulo: Edusp, 2003. PRODI, Paolo. Cristianismo, modernidade política e historiografia. Revista de História, n. 160, vol. 1, 2009, p. 107-130. RÉMOND, René. (Org.). Por uma história política. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2003. RIOUX, Jean-Pierre & SIRINELLI, Jean-François (Dir.). Para uma História Cultural. Lisboa: Estampa, 1998. RIVIÈRE, Claude. As liturgias políticas, Rio de Janeiro: Imago, 1989. ROSANVALLON, Pierre. Por uma história do político. São Paulo: Alameda, 2010. SADEK, Maria Tereza; QUIRINO, Célia Galvão. O Pensamento Político Clássico. São Paulo: Martins Fontes, 2003. SANTOS, Boaventura de Sousa. Pela mão de Alice: o social e o político na pós-modernidade. São Paulo: Cortez, 1997. SCATTOLA, Merio. Teologia Política. Lisboa: Edições 70, 2009. SENELLART, Michel. As Artes de Governar. São Paulo: Editora 34, 2006. SILVA, Marcelo Cândido. A Idade Média e a nova história política. Revista Signum, vol. 14, n. 1, 2013, p. 92-102. SOHIET, Rachel; BICALHO, Maria Fernanda; GOUVÊA, Maria de Fátima. (Org.). Culturas políticas: ensaios de história cultural, história política e ensino de história. Rio de Janeiro: Mauad, 2005. SOUKI, Nádia. Hannah Arendt e a banalidade do mal. Belo Horizonte: EdUFMG, 2006 STONE, Lawrence. Prosopografia. Revista de Sociologia e Política, Curitiba, v. 19, n. 39, 2011, p. 115-137. UHNG HUR, Domenico & LACERDA JR., Fernando (Org.). Psicologia Política Crítica: insurgências na América Latina. Campinas: Alínea, 2016. VERNANT, Jean-Pierre. Entre Mito & Política. São Paulo: EdUSP, 2009. VOEGELIN, Eric. Anamnese: da teoria da história e da política. São Paulo: É Realizações, 2009. WEBER, Max. On charisma and institution building. Chicago: The University of Chicago Press, 1968.

2. Planejamento de Aulas

Aula 01 07 de março

Apresentação da disciplina

Aula 02 14 de março

Aula expositiva: Unidade 1: É a política uma coisa em si? Sobre os fundamentos da ação política ou um acerto de contas entre Platão, Maquiavel e Ballandier.

Aula 03 21 de março

Debate dos textos: 1. ARENDT, Hannah. O que é política? Fragmentos das obras póstumas compilados por Ursula Ludz. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2011, p. 21-134 (Primeira Parte: textos de Hannah Arendt).

Aula 04 28 de março

Debate dos textos: 1. GRAMSCI, Antonio. Maquiavel, a politica e o estado moderno. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1989, p. 3-62 (Cadernos do Cárcere, vol. 3.).

2. SOUKI, Nádia. Hannah Arendt e a banalidade do mal. Belo Horizonte: EdUFMG, 2006, p. 15-38.

2. COUTINHO, Nelson. De Rousseau a Gramsci. Rio de Janeiro: Boitempo, 2011, p. 107-138. Aula 05 04 de abril

Aula 06 11 de abril

Aula 07 18 de abril

Aula 08 25 de abril

Aula 09 02 de maio

Aula expositiva: Unidade 2: Em que medida a política é um fenômeno da Modernidade? Sobre o Estado como realidade social ou a polêmica de uma mitologia política da racionalização de Hobbes a Weber. Debate dos textos: 1. GROSSI, Paolo. Mitologias jurídicas da modernidade. Florianópolis: Boiteux, 2007, p. 21-46. 2. HESPANHA, António Manuel. Caleidoscópio do Antigo Regime. São Paulo: Alameda, 2012, p. 7-94. Debate dos textos: 1. HOBSBAWM, Eric & RANGER, Terence. A Invenção das Tradições. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2008, p. 9-23, p. 271-316. 2. LENCLUD, Gérard. A tradição não é mais o que era... In: História, histórias. Brasília, vol. 1, n. 1, 2013, p. 148-163. Aula expositiva: Unidade 3: Como pensar a historicidade da política sem reduzi-la ao símbolo? Sobre a caracterização política dos sujeitos históricos ou a medida das experiências de poder em La Boétie, Castoriadis e Margaret Somers. Debate dos textos: 1. FOUCAULT, Michel. Segurança, Território, População. São Paulo: Martins Fontes, 2008, p. 117-180. 2. FOUCAULT, Michel. História da Sexualidade. Vol. 1: a vontade de saber. São Paulo: Graal, 2005, p. 53-97.

Debate dos textos: 1. BERSTEIN, Serge. Culturas Políticas e historiografia. In: AZEVEDO, Célia et alii (Org.). Cultura política, memória e historiografia. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2009, p. 29-46. Aula 10 09 de maio

2. MOTTA, Rodrigo Patto Sá. “Desafios e possibilidades na apropriação de cultura política pela historiografia”. In: MOTTA, Rodrigo Patto Sá (Org.). Cultura política na história: novos estudos. Belo Horizonte: Argumentum, 2009, p. 13-37. 3. MENEZES, Ulpiano T. Bezerra. Cultura política e lugares de memória. In: AZEVEDO, Célia et alii (Org.). Cultura política, memória e historiografia. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2009, p. 445-464.

Aula 11 16 de maio

Aula expositiva: Unidade 4: Dimensões da política ou Reducionismos mascarados? Sobre tempo histórico e secularização ou a gramática do eurocentrismo de Hegel a Koselleck e Löwith.

Aula 12 23 de maio

Debate do texto: 1. RIVIÈRE, Claude. As liturgias políticas. Rio de Janeiro: Imago, 1989, p. 143-217.

Aula 13 30 de maio

Debate dos textos: 1. PALTI, Elías. El Tiempo de la Política: el siglo XIX reconsiderado. México: Siglo Veinteuno, 2003, p. 21-56. 2. UHNG HUR, Domenico & LACERDA JR., Fernando (Org.). Psicologia Política Crítica: insurgências na América Latina. Campinas: Alínea, p. 548.

Aula 14 06 de junho

Aula expositiva: Unidade 5: Que referencial histórico instrui nossa busca pela política? Sobre dilemas da pós-modernidade ou o nominalismo temperado de Georges Duby a Alun Munslow.

Aula 15 13 de junho

Debate do texto: 1. GERTZ, René E.. Como é possível continuar escrevendo história política? Anos 90. Porto Alegre, v. 13, n. 23/24, 2006, p.105-131.

3. Avaliação Observação: a definir em sala de aula.

Lihat lebih banyak...

Comentários

Copyright © 2017 DADOSPDF Inc.