março 2012
ministração moderna e o artístico consistente, Minas Gerais colhe os eto bem-sucedido que, anos, fez dela um dos pos sinfônicos do país.”
Ministério da Cultura e Governo de Minas apresentam
20h30
1 março série allegro Grande Teatro do Palácio das Artes
Fabio Mechetti Eduardo Monteiro L. van BEETHOVEN
REGente PIANO
Sinfonia nº 8 em Fá maior, op. 93 [26 min] Allegro vivace e con brio Allegretto scherzando Tempo di Menuetto Allegro vivace
S. PROKOFI EFF
Concerto para Piano e Orquestra nº 1, op. 10 [16 min] Allegro brioso Andante Allegro scherzando
Eduardo Monteiro
Solista
I NTERVALO M. RAVEL P. I. TCHAI KOVSKY
Valsas Nobres e Sentimentais [16 min] Abertura 1812, op. 49 [15 min]
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20h30
13 março série VIVACE Grande Teatro do Palácio das Artes
Fabio Mechetti
REGente
Rachel Bar ton Pine
VIOLINO
Leopoldo MIGU EZ E. W. Korngold
Ave, Libertas!, op. 18 [20 min] Concerto para Violino e Orquestra, op. 35 [24 min] Moderato nobile Romanze Allegro assai vivace
Rachel Bar ton Pine Solista
I NTERVALO
George Gershwin
Brasiliana [17 min] Porgy and Bess: Retrato Sinfônico [24 min]
Versão de concerto por Robert Russell Bennett
foto | Eugênio Sávio
ilustrações compositores | Mariana Simões
Camargo GUARN I ERI
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sÉRIE ALLEGRO 1 março
Piotr Ilitch
TCHAIKOVSKY Rússia, 1840–1893 O diretor dos Concertos da Sociedade Imperial Russa, Nikolai Rubinstein, convidou Tchaikovsky para compor uma obra sinfônica em 1880. Embora criticado por mesclar a cultura folclórica russa com a tradição europeia ocidental, numa relação ambígua com o Grupo dos Cinco, Tchaikovsky era um compositor reconhecido. Rubinstein tinha em vista três eventos: a consagração da Catedral de Cristo Salvador, a comemoração dos 25 anos do reinado de Alexandre II ou a abertura da Exposição Industrial e Artística de 1881. Tchaikovsky optou pelo terceiro, declarando em carta a Nadezhda von Meck, sua protetora, a repugnância que sentia por esse tipo de composição: “nada me é mais antipático que compor em função de festividades e afins. Imagine, cara amiga! O que se poderia por exemplo escrever por ocasião da abertura de uma exposição senão banalidades e passagens quase sempre barulhentas?”. A abertura é hoje uma de suas obras mais conhecidas e gravadas.
O ano de 1812: Abertura solene em mi bemol maior, op. 49
Tchaikovsky concebeu a Abertura 1812 para que fosse estreada com orquestra, banda de metais, coro e canhões na Praça Vermelha. Para ouvir
CD O ano de 1912 – Abertura Solene, op. 49* – Minneapolis Symphony Orchestra – Antal Doráti, regente – Mercury Living Presence/ Phillips – gravação de 1954
O ano de 1812 marca o início da derrocada do império napoleônico. A Grande Armada Francesa de Napoleão I, até então invencível, invade a Rússia para dominar toda a Europa continental. Sua vitória na Batalha de Borodino e a invasão de Moscou, em setembro, parecem confirmar 20
a vitória francesa. Napoleão não esperava que, como os antigos cavaleiros citas, os russos deixassem Moscou completamente devastada e em chamas, usando a tática da terra arrasada. Sem mantimentos e sem capacidade de se recuperar, as tropas napoleônicas batem em retirada, destruídas pelo frio intenso e por milícias ligadas à Armada Imperial Russa.
e franceses. Sinos, canhões e Deus salve o Czar expulsam A Marselhesa na apoteose final. Igor Reyner
Pianista, Mestre em Música pela Universidade Federal de Minas Gerais.
A Abertura solene 1812 foi composta entre setembro e novembro de 1880. O adiamento da Exposição deu a Tchaikovsky mais um ano para trabalhar na peça. Ele a concebeu para que fosse estreada com orquestra, banda de metais, coro e canhões na Praça Vermelha. Uma salva de 16 tiros de canhão encerraria a obra ao repique dos sinos do Kremlin e da Catedral de Cristo Salvador. Mas a primeira execução, regida por Ippolit Al’tani em agosto de 1882, ocorreu num pavilhão. Supostamente programática, a abertura expõe nas cordas – os russos? – o coral ortodoxo Deus, salva teu povo. Segue-se nas madeiras a dança folclórica No meu portão, no meu portão. Os metais anunciam o hino francês. No desenvolvimento, o tema russo nas cordas duela com o francês nos metais. O folclore russo reaparece entrecortando com nostálgicas melodias populares o embate entre russos 21
sÉRIE VIVACE 13 março
Erich Wolfgang
KORNGOLD Morávia, 1897 EUA, 1957 Filho do eminente crítico musical Julius Korngold, sucessor de Eduard Hanslick na Neue freie Presse, o austríaco Erich Korngold já era notável na Europa quando partiu para Hollywood em 1934. Criança ainda, impressionara Richard Strauss, Puccini, Sibelius, Bruno Walter, Nikisch e outros grandes músicos da época.
Concerto para Violino e Orquestra em Ré maior, op. 35 Korngold passa a desenvolver um gênero próprio – a composição sinfônica cinematográfica – que o tornaria reconhecido como um dos fundadores da música para cinema.
Quando Gustav Mahler ouviu o menino de nove anos tocar ao piano sua própria cantata Gold, recomendou-o a Alexander von Zemlinsky, renomado professor, compositor e regente com quem Schoenberg e Alban Berg se relacionaram. Zemlinsky foi praticamente o único mestre de Korngold, e mesmo assim por um curto período. Tinha quatorze anos de idade quando escreveu a Schauspiel Ouverture, sua primeira obra orquestral.
Para ouvir
CD Erich Korngold – Concerto para Violino em Ré maior – London Symphony Orchestra – André Previn, regente – Anne-Sophie Mutter, violino – Deutsche Grammophon – 2003
No ano de 1913, em Viena, enquanto a Academia de Literatura e Música divulga novas pequenas peças de Webern, o célebre Felix Weingartner dirige a Sinfonieta de Korngold. Internacionalmente aclamado pela ópera Die tote Stadt, torna-se reconhecido operista aos vinte e três anos. No final dos anos 1920, já lecionava composição e ópera na Academia Estatal de Música de Viena. Quando Max Reinhardt – o gran-
Para visitar
www.korngold-society.org
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de diretor e produtor teatral que revolucionou a cenografia e exerceu forte influência na cinematografia europeia – necessita adaptar Mendelssohn para o filme Sonho de uma noite de verão, chama Erich Korngold para Hollywood. O convite muda a direção da vida do compositor. Passa a desenvolver um gênero próprio – a composição sinfônica cinematográfica – que o tornaria reconhecido como um dos fundadores da música para cinema. Concebe cada filme como uma “ópera sem canto”, desejando que a música possa ser executada em salas de concerto, sem o filme. Conquista Oscars de melhor trilha sonora com Adversidades em 1936 e com As aventuras de Robin Hood, de Michael Curtiz, em 1938. Enquanto trabalha em Hollywood mantém-se ligado à Europa pelo trabalho e pela família.
parcialmente paralisado, vindo falecer em novembro de 1957. Hoje, numerosas gravações e apresentações ao vivo vêm assegurando a memória de suas obras. O Concerto para Violino em Ré maior, iniciado em 1937 por incentivo do amigo Bronislaw Huberman (ilustre violinista emigrado também) e dedicado a Alma Mahler, foi revisado em 1945. Jascha Heifetz estreou-o com a Saint Louis Symphony Orchestra, sob a batuta de Vladimir Golschmann, em 1947. No moderato nobile o violino apresenta um tema do filme Outra Aurora (1937), o segundo tema vem de Juarez (1939), Adversidades fornece a melodia da romanze. O finale, um virtuosístico allegro assai vivace, leva dos staccati do primeiro tema aos legati da melodia inspirada em O príncipe e o mendigo (1937). Composto “mais para um Caruso que para um Paganini” e impregnado de melodias de cinema, o Concerto para Violino em Ré maior tipifica a ópera sem canto de Erich Korngold.
Após a anexação da Áustria, exila-se nos Estados Unidos tornando-se cidadão norte-americano em 1943. Retorna à Áustria ao final da guerra com a intenção de retomar a música de concerto e afastar-se do cinema. A criação do Concerto para Violino marca esse retorno, mas toma de empréstimo música composta para Hollywood. Decepcionado e sentindo-se esquecido, Korngold volta para a América onde, em 1956, sofre um acidente cardiovascular que o deixa
Igor Reyner
Pianista, Mestre em Música pela Universidade Federal de Minas Gerais.
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ORQUESTRA FILARMÔNICA DE MINAS GERAIS Março 2012
Flautas
Cássia Lima* Renata Xavier ** Alexandre Braga Oboés
DIRETOR ARTíSTICO e REGENTE TITULAR
Fabio Mechetti
Alexandre Barros * Ravi Shankar ** Israel Silas Muniz Moisés Pena
REGENTE ASSISTENTE
Clarinetes
Marcos Arakaki
Primeiros Violinos
Anthony Flint spalla Eliseu Martins de Barros concertino Rommel Fernandes assistente de spalla Ana Zivkovic Arthur Vieira Terto Bojana Pantovic Jovana Trifunovic Marcio Cecconello Martha de Moura Pacífico Mateus Freire Rodolfo Marques Toffolo Rodrigo de Oliveira Tiago Ellwanger Elias Martins de Barros **** Dyhan Toffolo **** Anderson Pequeno **** Segundos Violinos
Frank Haemmer * Eri Lou Miyake Nogueira Gláucia de Andrade Borges José Augusto de Almeida Leonardo Ottoni Luka Milanovic Marija Mihajlovic Radmila Bocev Rodrigo Bustamante Valentina Gostilovitch Luiza de Castro **** Pedro Della Rolle **** Simone Martins **** Violas
João Carlos Ferreira * Cleusa de Sana Nébias Gerry Verona Gilberto Paganini Glaúcia Martins de Barros Marcelo Nébias Nathan Medina Katarzyna Druzd William Martins Diego Silva **** Violoncelos
Elise Pittenger *** Ana Zorro Camila Pacífico Camilla Ribeiro Lina Radovanovic Matthew Ryan-Kelzenberg Pedro Bielschowsky Robson Fonseca Contrabaixos
Colin Chatfield * Brian Fountain Hector Manuel Espinosa Marcelo Cunha Nilson Bellotto Valdir Claudino
Dominic Desautels * Marcus Julius Lander ** Ney Campos Franco Alexandre Silva Fagotes
Catherine Carignan * Ariana Pedrosa Andrew Huntriss Romeu Rabelo Fábio Cury **** Saxofones
Emiliano Garcia Bolla alto **** Fabiano Zan alto **** Bernardo Fabris tenor **** Trompas
Evgueni Gerassimov * Gustavo Garcia Trindade ** José Francisco dos Santos Lucas Filho **** Trompetes
Marlon Humphreys * Erico Oliveira Fonseca ** Daniel Leal Paulo Ribeiro **** Trombones
Assistentes
Klênio Carvalho Yan Vasconcellos Rodrigo Castro MONTADORES
Carlos Natanael Felix de Senna Matheus Luiz Ferreira
Instituto Cultural Filarmônica Diretoria Executiva Diretor Presidente
Diomar Silveira
Diretor Administrativo-financeiro
Tiago Cacique Moraes Diretora de Comunicação
Jacqueline Guimarães Ferreira Diretor de Marketing e Relacionamento
Thiago Nagib Hinkelmann Diretor de Produção Musical
Marcos Souza
Equipe Técnica Gerente de Comunicação
Merrina Godinho Delgado Gerente de Produção Musical
Claudia Guimarães Produtora
Carolina Debrot Produtor
Luis Otávio Amorim
Mark John Mulley * Wagner Mayer ** Renato Lisboa
Produtor
Tuba
Analista de Comunicação
Eleilton Cruz *
Narren Felipe
Analista de Comunicação
Andréa Mendes Marcela Dantés
Tímpanos
Patrício Hernandéz * Percussão
Rafael Costa Alberto * Daniel Lemos ** Werner Silveira Sérgio Aluotto John Boudler **** Fernando Rocha **** Harpas
Mareike Burdinski * Jennifer Campbell ****
Analista de Marketing de Relacionamento
Mônica Moreira
Analista de Marketing e Projetos
Mariana Theodorica
Assistente de Comunicação
Mariana Garcia
Auxiliar de Produção
Lucas Paiva
Equipe Administrativa Analista de Recursos Humanos
Quézia Macedo Silva Analista Financeiro
Thais Boaventura
Teclados
Analista Administrativo
Banjo
Secretária Executiva
Ayumi Shigeta * Rogério Delayon **** Gerente
Jussan Fernandes
PRóximos
Supervisor de Montagem
concertos Março
Abril
Série Vivace 13 de março terça-feira, 20h30 Palácio das Artes Fabio Mecheti regente Rachel Barton Pine violino L. MIGUEZ KORNGOLD GUARNIERI GERSHWIN
Série Vivace 3 de abril terça-feira, 20h30 Palácio das Artes Francesco La Vecchia regente Fabio Martino piano ROSSINI MEDTNER PETRASSI CASELLA
Turnê Estadual 16 a 18 de março Pouso Alegre, Santa Rita do Sapucaí, Varginha Marcos Arakaki regente Elise Pittenger violoncelo BERNSTEIN TCHAIKOVSKY GUERRA-PEIXE FAURÉ MARQUEZ J. WILLIAMS
Série Allegro 12 de abril quinta-feira, 20h30 Palácio das Artes Fabio Mechetti regente Conrad Tao piano KORSAKOV RACHMANINOFF TCHAIKOVSKY
Concertos para a Juventude 25 de março domingo, 11h Sesc Palladium Marcos Arakaki regente Djavan Caetano violino GUARNIERI SAINT-SAËNS BRAHMS BERNSTEIN
Série Vivace 24 de abril terça-feira, 20h30, Palácio das Artes Marcos Arakaki regente Antonio Lauro Del Claro violoncelo
COPLAND SANTORO BRAHMS
Eliana Salazar
Flaviana Mendes
Auxiliares Administrativos
Cristiane Reis, João Paulo de Oliveira e Vivian Figueiredo Recepcionista
Inspetora
Lizonete Prates Siqueira
Karolina Lima Assistente Administrativo
Débora Vieira
Auxiliar de Serviços Gerais
Ailda Conceição Mensageiro
Jeferson Silva
Arquivista
Sergio Almeida
Menor Aprendiz
Pietro Tayrone
*chefe de naipe **assistente de chefe de naipe ***chefe/assistente substituto ****músico convidado
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Aparelhos Celulares
Confira e não se esqueça, por favor, de desligar o seu celular ou qualquer outro aparelho sonoro. Tosse
Perturba a concentração dos músicos e da plateia. Tente controlá-la com a ajuda de um lenço ou pastilha. Aplausos
PatrocÍNIO
Aplauda apenas no final das obras, que, muitas vezes, se compõem de dois ou mais movimentos. Veja no programa o número de movimentos e fique de olho na atitude e gestos do regente. Pontualidade
Apoio Cultural
Uma vez iniciado um concerto, qualquer movimentação perturba a execução da obra. Seja pontual e respeite o fechamento das portas após o terceiro sinal. Se tiver que trocar de lugar ou sair antes do final da apresentação, aguarde o término de uma peça. Crianças
Divulgação
Caso esteja acompanhado por crianças, escolha assentos próximos aos corredores. Assim, você consegue sair rapidamente se ela se sentir desconfortável. Fotos e gravações em áudio e vídeo
Não são permitidos na sala de concertos. APOIO INSTITUCIONAL
Comidas e bebidas
Seu consumo não é permitido no interior da sala de concerto.
w w w. i n c o n f i d e n c i a . c o m . b r
REALIZAÇÃO
CUIDE DO SEU PROGRAMA DE CONCERTOS O programa mensal impresso é elaborado com a participação de diversos especialistas e objetiva oferecer uma oportunidade a mais para se conhecer música, compositores e intérpretes. Desfrute da leitura e estudo. Solicitamos a todos que evitem o desperdício, pegando apenas um programa por mês. Se você vier a mais de um concerto no mês, traga o seu programa ou, se o esqueceu em casa, use o programa entregue pelas recepcionistas, depositando-o em uma das caixas colocadas à saída do Grande Teatro. O programa se encontra também disponível em nosso site: www.filarmonica.art.br.
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“Com adm um trabalho a Filarmônica de louros de um proje em apenas quatro principais grup www.filarmonica.art.br R. Paraíba, 330 | 120 andar | Funcionários CEP 30130-917 | Belo Horizonte | MG Tel. 31 3219 9000 | Fax 31 3219 9030
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REALIZAÇÃO
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