Plano de curso – Aprendendo a escrever com os Clássicos

July 3, 2017 | Autor: Ygor Belchior | Categoria: Classical rhetoric, Oratory, Online Learning, Rethoric
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1 Odisseu Consultoria Acadêmica Oferta de Curso sob a responsabilidade do Professor Curso de Verão – Aprendendo a escrever com os Clássicos Dias 19 de Janeiro a 02 de Fevereiro de 2015 Atividades diárias: 2hrs; Carga Horária Total – 30 horas. Prof. Me. Ygor Klain Belchior

1. Resumo do curso: Este curso voltado ao ensino da escrita será basicamente um curso de Retórica Clássica e estratégias de argumentação. Sendo assim, partiremos das principais definições desta ratione, ou área do conhecimento, para os retores Clássicos (dentre eles, Aristóteles e Cícero), na tentativa de desestruturar esse campo e expor para os alunos quais ferramentas discursivas podem empregadas na composição de um discurso visível para os ouvintes. Para tanto, ao longo das nossas atividades, iremos sempre debater a composição de textos dentro das três finalidades da de um discurso, a saber, delectare (deleitar), docere (ensinar) e mouere (mobilizar

para uma ação), só que nunca perdendo contato com os exemplos que podemos extrair das leituras de obras da literatura Clássica. 2. Objetivos Nosso principal objetivo com esse curso é o de proporcionar aos novos estudantes de retórica clássica uma perspectiva ampla sobre as principais técnicas de composição de um discurso. Acreditamos que através destas reflexões poderemos na auxiliar na capacitação dos estudantes em relação às possibilidades de composição que um texto pode oferecer. Além desse objetivo, também pretendemos indiretamente compreender as sociedades clássicas, em nosso caso Grécia e Roma, por meio do debate historiográfico e da leitura de documentos de referência que irão situar os alunos na “realidade histórica” pela qual a Retórica Clássica era ensinada. 3. Conteúdo I.

O que é Retórica Clássica? Definição de conceitos introdutórios para a sua compreensão e de suas fontes;

II. O momento do silêncio – o que fazer antes de abrir a boca? III. O que são, quais são e para quê servem os Gêneros Discursivos; IV. Como atingir o Sublime com um discurso; V. Um exemplo de análise de Gênero Discursivo Antigo: historia x poesia; VI. A Retórica como Psicologia Social: a observação de pessoas e de situações; VII. Descrição discursiva – Fazer ver com os ouvidos; VIII.

Atividade final e em grupo: A composição de um romance.

4. Metodologia de Ensino O curso será ministrado através da plataforma on-line e iremos disponibilizar o acesso após a matrícula do aluno ser efetivada. Não será necessário instalar nada no computador, a plataforma de ensino está disponível através de um site (http://www.ensineonline.com.br/professor/) e lá você poderá efetuar o seu cadastro. Após a realização deste, o aluno deverá enviar um e-mail para [email protected], informando o seu nome de usuário. O desenvolvimento

2 das aulas será através de conferências expositivas gravadas pelo professor e disponibilizadas na plataforma para os alunos. Estas serão acompanhadas de textos escritos pelo próprio professor e de outros materiais em PDF que serão essenciais para aqueles que quiserem complementar as atividades do curso. Em algumas aulas, os alunos terão o contato com fontes da Antiguidade Greco-romana que também serão disponibilizadas para download. 5. Atividades Após cada atividade do dia, o aluno terá que comentar em nosso fórum algumas perguntas que faremos. Lembrando que esse tipo de atividade não será avaliativa, mas participativa, pois exigirá que o aluno coloque suas ideias “no papel” e que também posso ler e compartilhar com os outros matriculados. Ao final do curso, todos os alunos terão a tarefa de escrever um pequeno romance em conjunto, aplicando as técnicas de composição de discurso (como de personagens e situação) aprendidas durante o curso.

6. Bibliografia AGNOLON, Alexandre. O catálogo das mulheres: Os epigramas misóginos de Marcial. São Paulo: Humanitas, 2010 (Coleção Letras Clássicas). BELCHIOR, Ygor Klain. A história como um romance? Uma discussão da contribuição teórica da vertente pósmodernista para os estudos sobre a historiografia Taciteana. Revista Ágora (Vitória), v. 7, p. 1-22, 2011a. CHIAPPETTA, Angélica. “Não Diferem o Historiador e o Poeta: o texto Histórico como Instrumento e Objeto de Trabalho”. Língua e Literatura, v. 22, p. 15-34, 1996. FINLEY, M. I. Os Gregos Antigos. Lisboa: Edições 70, 1987. (Coleção “Lugar da História”). FINLEY, Moses. História Antiga: Testemunhos e Modelos. Tradução de Valter Lellis Siqueira. São Paulo, Martins Fontes, 1994. Pp. 27 – 67. FINLEY, M. I. Uso e Abuso da História. São Paulo: Martins Fontes, 1989. FINLEY, Moses I. O mundo de Homero. Tradução de Armando Cerqueira. Lisboa: Editorial Presença, 1982. FUNARI, P.P. A Antiguidade Clássica – A História e a Cultura a partir dos Documentos. Campinas: Editora da Unicamp, 1995. GINZBURG, Carlo. “Ekphrasis e citação”. In: GINZBURG, Carlo. A micro-história e outros ensaios. Tradução de António Narino. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1989, p. 215-232. GINZBURG, Carlo. Relações de força: História, Retórica e Prova. Tradução de Jônatas Batista Neto. São Paulo: Companhia das letras, 2002. GUARINELLO, Norberto Luiz. Uma Morfologia da História: as formas da História Antiga. Politeia, Vitória da Conquista, v. 3, n. 1, p. 41-62. 2003. HARTOG, François (org.). A História de Homero a Santo Agostinho. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2001. MARINCOLA, John. A companion to Greek and Roman historiography. Volume I. Oxford: Blackwell Publishing Ltd, 2007. REBOUL, Olivier. Introdução à Retórica. São Paulo: Martins Fontes, 1998. VERNANT, J.P. As Origens do pensamento Grego. Tradução de Ísis Borges B. da Fonseca. 4ª edição. São Paulo: Difel, 1986. VERNANT, J.P.; VIDAL-NAQUET, P., Mito e tragédia na Grécia Antiga, São Paulo: Brasiliense, 1991. VEYNE, Paul. “O Império Romano” In: DUBY, G. & ARIÈS, P. (eds.). História da Vida Privada. São Paulo: Cia das Letras, 1990. FONTES IMPRESSAS QUE ESTARÃO DISPONÍVEIS PARA AS ATIVIDADES ARISTÓTELES. Retórica. Tradução de Manuel Alexandre Junior, Paulo Farmhouse Alberto e Abel do Nascimento Pena. Lisboa: Biblioteca de autores clássicos, 2005. CÍCERO. De oratore. In: SCATOLIN, Adriano. A invenção no Do Orador de Cícero: Um estudo à luz de Ad Familiares I, 9, 23. 2009. Tese (Doutorado em Letras Clássicas) – Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, 2009. [CÍCERO] Retórica a Herênio. Tradução de Ana Paula Celestino Faria e Adriana Seabra. São Paulo: Hedra, 2005. HOMERO. Odisséia: Telemaquia. Volume I. Tradução do grego, introdução e análise de Donaldo Schüler. Porto Alegre: L&PM, 2010. HOMERO. Odisséia: Regresso. Volume II. Tradução do grego, introdução e análise de Donaldo Schüler. Porto Alegre: L&PM, 2010.

3 HOMERO. Odisséia: Ítaca. Volume III. Tradução do grego, introdução e análise de Donaldo Schüler. Porto Alegre: L&PM, 2010. LUCIANO, de Samósata. Como se deve escrever a história. Tradução de Jacytntho Lins Brandão. Belo Horizonte: Tessitura, 2009. LONGINO. Do Sublime. Introdução Roberto de Oliveira Brandão; Tradução do grego e do latim de Jaime Bruna. 7ª edição. São Paulo: Cultrix, 1997. SÓFOCLES. Édipo Rei. Tradução de Paulo Naves. Porto Alegre: L&PM Editores, 2011. (Coleção L&PM Pocket) QUINTILIANO. “Educação oratória” (Livro X). In: RESENDE, Antônio Martinez de. Rompendo o silêncio: a construção do discurso em Quintiliano. Tradução de Antônio Martinez de Resende. Belo Horizonte: Crisálida, 2010.

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