Plano de ensino Tópicos de Estética: Filosofia da Música

May 26, 2017 | Autor: Rodrigo Canal | Categoria: Philosophy of Music, Filosofia Da Música
Share Embed


Descrição do Produto

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ FACULDADE DE FILOSOFIA CURSO DE FILOSOFIA Professor: Rodrigo Freitas Costa Canal TÓPICOS DE ESTÉTICA: FILOSOFIA DA MÚSICA Ementa: Trata-se de um curso em que se introduz alguns dos problemas, teorias, argumentos, conceitos e objeçoes da discussão contemporânea em filosofia da música. Abordamos o problema filosófico de se definir a (natureza da) música, e o problema filosófico do status ontológico das obras musicais. PROGRAMA: BREVE INTRODUCAO À ESTÉTICA FILOSOFIA DA MÚSICA ANALITICA A Estética como disciplina filosófica A filosofia da musica como um programa de pesquisa em filosofia analítica Introdução a problemas em filosofia analítica da musica Discussões sobre a natureza da música e sua relação com a filosofia. Quais características um dado evento sonoro tem de exemplificar para ser classificado como música?  O conceito de música: a questão filosófica mais básica acerca da musica é o problema de conceituar a musica, perguntando “o que é a musica?” O que faz algo ser um exemplo de musica? Qual a distinção entre musica e o que não é musica?  Definição de musica: sabemos dizer que os sons que ouvimos, e quais destes, são musica? O projeto de definir o termo “musica” consiste na tentativa de tornar explicitas as fronteiras deste conceito: em termos de condições necessárias e suficientes para algo ser, e somente ser, musica. Introdução à ontologia musical Que tipo (ou tipos) de coisas (ou entidades) são as obras musicais?  O debate em ontologia musical é tanto sobre quais são as categorias ontológicas a que as obras musicais pertencem quanto acerca do tipo de propriedades que fixam a identidade das obras musicais: assim é o estudo dos géneros de coisas musicais que há, e das relações que se verificam entre elas.  Um dos problemas estudados é o problema filosófico das condições de individuação das obras musicais, em outras palavras, o problema de quais as circunstâncias em que dois eventos sonoros distintos contam como instâncias genuínas da mesma obra. O CURSO É DIVIDO LINEARMENTE, AO LONGO DO SEMESTRE, COMO SE SEGUE, E DE ACORDO COM A LEITURA DOS SEGUINTES TEXTOS: PARTE 1: Estética e filosofia da musica: uma abordagem em filosofia analítica TEXTO 5 - Estética de Simon Blackburn, Dicionário Oxford de Filosofia. TEXTO 6 - Filosofia da música, de Paul Griffiths TEXTO 7 - Filosofia da música, de Peter Kivy 1

TEXTO 8 - Musica e filosofia, de Theodore Gracyk e Andrew Kania TEXTO 9 - Que tem a musica a ver com filosofia?, de Vítor Guerreiro TEXTO 10 - Musica, de Robert Sharpe PARTE 2: Será que é possível definir a musica? Como podemos definir música? TEXTO 12 - O conceito de música, de Jerrold Levinson. TEXTO 13 – Definição, Andrew Kania. PARTE 3: Será que é possível fazer metafísica sobre a arte musical? Qual é o estatuto ontológico das obras de artes musicais? TEXTO 14 - Obras musicais e cor orquestral, de Stephen Davies. TEXTO 15 - Confissões de um sonicista tímbrico impenitente, Julian Dodd. PROCEDIMENTOS DIDÁTICOS: As aulas terão como procedimentos padrões a) aulas expositivas e dialógicas, b) leituras de textos e c) perguntas, sendo que estas serão dirigidas aos alunos para estimular seu envolvimento no tratamento dos problemas, teorias e argumentos filosóficos estudados na disciplina bem como uma forma de facilitar e tornar natural o esclarecimento de pontos que não forem suficientemente compreendidos em sala de aula. AVALIAÇÃO Presença e participação: Os alunos são avaliados, em relação ao seu desempenho desde o início até o final do semestre/disciplina, continua e diariamente, em sala de aula: discutindo com o professor os problemas e as teorias apresentadas na disciplina, fazendo contribuições próprias através de observações e/ou críticas, tirando dúvidas sobres os textos ou as ideias discutidas, e outras coisas mais. Isto quer dizer que a presença e participação é uma condição necessária, embora não suficiente, do bom desempenho na disciplina; e assim também o aluno reforça seu entendimento do programa da disciplina e o que contribui para a realização das avaliações da disciplina. Faltas não serão abonadas sem justificativa por meio de documentação oficial, e o mínimo de presença prevê 75% de participação para que não fique de reprovação (ou seja no máximo 25% de faltas). Nota e avaliação Serão realizadas duas formas de avaliação para julgar o desempenho dos estudantes. Uma é a entrega de uma resenha crítica, sobre um dos capítulos estudados e discutidos em sala de aula, do livro organizado por Vitor Guerreiro Filosofia da Musica: uma antologia. A resenha poderá ser feita em dupla, e deve estar de acordo com as normas da ABNT, e deve conter no mínimo 05 e no máximo 08 páginas no total, devendo-se produzir a mesma como se fosse realizar a sua publicação. É OBRIGATÓRIO ao estudante destacar e elucidar os seguintes elementos básicos na sua resenha, quais sejam, a) o objetivo da resenha, b) o problema tratado no capítulo resenhado, c) a tese defendida pelo filósofo, d) apresentar o argumento utilizado pelo filósofo para sustentar sua tese. A segunda forma de avaliação é a apresentação, pelos estudantes, de uma parte do texto que será discutido em cada uma das aulas que ocorrerá, e tal tarefa (a parte do texto a ser discutida) será atribuída pelo professor com pelo menos uma semana de antecedência à realização da aula. Tanto a resenha como a apresentação testam a capacidade de apropriação dos estudantes sobre o que são os conceitos, problemas, teorias, argumentos e objeções de cunho filosófico e a saber reconhecer isso em sua leitura do capítulo a ser resenhado e na escrita de sua resenha, além de testar sua capacidade para redigir um ensaio filosófico descritivo articulado e claro. A nota final é a média ponderada das duas avaliações transformadas em conceito. 2

LITERATURA OBRIGATÓRIA BLACKBURN, Simon. Estética. IN: Dicionário Oxford de Filosofia (versão online disponível em: http://criticanarede.com/estetica.html). DAVIES, Stephen. Obras musicais e cor orquestral. IN: GUERREIRO, Vítor. Filosofia da Música: Uma Antologia. Lisboa: Dinalivro, 2014. DODD, Julian. Confissões de um sonicista tímbrico impenitente. IN: GUERREIRO, Vítor. Filosofia da Música: Uma Antologia. Lisboa: Dinalivro, 2014. GRACYK,

Theodore;

KANIA,

Andrew.

Musica

e

filosofia.

Disponível

em:

http://criticanarede.com/kania.html. GRIFFITHS,

Paul.

Filosofia

da

música.

Disponível

em:

http://criticanarede.com/filosofiadamusica.html. GUERREIRO, Vítor. Que tem a musica a ver com filosofia? Disponível em: http://criticanarede.com/filosofiaemusica.html. KANIA, Andrew. Definição. IN: GUERREIRO, Vítor. Filosofia da Música: Uma Antologia. Lisboa: Dinalivro, 2014. KANIA,

Andrew.

Novas

tendências

em

ontologia

musical.

Disponível

em:

http://criticanarede.com/ontologiamusical.html. KIVY, Peter. Filosofia da música. Disponível em: http://criticanarede.com/fildamusica.html. LEVINSON, Jerrold. O conceito de música. IN: GUERREIRO, Vítor. Filosofia da Música: Uma Antologia. Lisboa: Dinalivro, 2014. SHARPE, Robert. Musica. Disponível em: http://criticanarede.com/musicaefilosofia.html.

3

Lihat lebih banyak...

Comentários

Copyright © 2017 DADOSPDF Inc.