Plano de Mobilidade Sustentável do Município de Mértola: Relatório de Diagnóstico

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Descrição do Produto

PROJECTO MOBILIDADE SUSTENTÁVEL

RELATÓRIO DE DIAGNÓSTICO MUNICÍPIO DE MÉRTOLA

NOVEMBRO DE 2007

Instituto de Dinâmica do Espaço – FCSH/UNL Av. Berna, 26 C 1069-061 Lisboa Tel. /Fax: +351 217 942 044 E-mail: [email protected] http://www.fcsh.unl.pt/ide/

Co-financiado pela União Europeia - FEDER

FICHA TÉCNICA

EQUIPA

COORDENAÇÃO João Figueira de Sousa

EQUIPA TÉCNICA André Fernandes Ana Márcia Ferreira Carlos Pita Rua Hélder Ferreira Michael Rodrigues Ricardo Malhão Rita Marquito

INTERLOCUTOR C. M. MÉRTOLA Guilherme Machado

NOVEMBRO DE 2007

Instituto de Dinâmica do Espaço – FCSH/UNL Av. Berna, 26 C 1069-061 Lisboa Tel. /Fax: +351 217 942 044 E-mail: [email protected] http://www.fcsh.unl.pt/ide/

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

2

ÍNDICE GERAL PÁGINAS Índice de Figuras

5

Índice de Quadros

7

Índice de Gráficos

10

Índice de Imagens

11

Introdução

12

1. Enquadramento Territorial

15

2. Perímetro de Estudo

18

3. Dinâmica e Estrutura Demográfica

21

3.1. Dinâmica Demográfica

21

3.2. Estrutura Demográfica

24

4. Emprego e Actividades Económicas

26

4.1. Emprego

26

4.2. Actividades Económicas

30

4.3. Análise das Localizações

34

5. Rede Urbana e Sistema de Povoamento

38

5.1. Sistema de Povoamento

38

5.1.1. Estrutura do Povoamento

38

5.1.2. Uso do Solo e Parque Habitacional

43

5.2. Serviços de Hierarquia Superior 6. Caracterização da Procura de Transporte 6.1. Identificação e Caracterização das Principais Deslocações 6.1.1. Análise Global das Deslocações Concelhias

49 55 55 55

6.1.1.1. Análise das Deslocações Intra-Concelhias

56

6.1.1.2. Análise das Deslocações Inter-Concelhias

60

6.1.2. Análise das Deslocações por Motivo de Trabalho

62

6.1.2.1. Deslocações Intra-Concelhias

62

6.1.2.2. Deslocações Inter-Concelhias

64

6.1.3. Análise das Deslocações por motivo de Estudo

66

6.1.3.1. Deslocações Intra-Concelhias

66

6.1.3.2. Deslocações Inter-Concelhias

68

6.1.4. Destinos das Deslocações Inter-Concelhias por Motivo de Trabalho e Estudo 6.1.5. Deslocações Inter-Concelhias com Destino no Concelho de Mértola 6.1.6. Modos de Transporte Utilizados pela População Empregada e Estudantes 6.1.6.1. Deslocações Intra-Concelhias da População Empregada e Estudantes por Modo de Transporte

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

70 72 74

3 77

6.1.6.2. Deslocações Inter-Concelhias da População

78

Empregada e Estudantes por Modo de Transporte 6.1.7. Duração das Deslocações

79

6.1.8. Evolução da Motorização

81

6.2. Identificação e Caracterização dos Principais Pólos Geradores e Atractores de

83

Tráfego 6.2.1. Principais Pólos Atractores 6.2.1.1. Equipamentos Colectivos

83 83

6.2.1.1.1. Equipamentos de Educação

84

6.2.1.1.2. Equipamentos de Saúde

90

6.2.1.1.3. Equipamentos Desportivos

93

6.2.1.1.4. Equipamentos de Solidariedade e Seg. Social

96

6.2.1.2. Outros Pólos Atractores 6.2.2. Principais Pólos Geradores 6.3. Avaliação dos Problemas Associados às Pessoas com Mobilidade Reduzida 7. Caracterização da Oferta de Transporte 7.1. Identificação e Caracterização da Oferta de Transporte por Modo 7.1.1. Rede Rodoviária

99 101 101 106 106 106

7.1.1.1. Caracterização da Rede Rodoviária

106

7.1.1.2. Indicadores da Rede Rodoviária

114

7.1.1.3. Vias e Percursos Congestionados

115

7.1.1.4. Pontos Negros em Termos de Sinistralidade

116

7.1.2. Principais Percursos Pedonais

121

7.1.3. Pistas Cicláveis

122

7.1.4. Transporte Fluvial

124

7.1.5. Serviço de Transporte de Passageiros

129

7.1.5.1. Transportes Colectivos Rodoviário

129

7.1.5.1.1 Rodoviária do Alentejo

129

7.1.5.1.2 Rede Nacional de Expressos

138

7.1.5.2. Transporte Escolar

139

7.1.5.3. Serviço de Táxis

150

7.2. Parques de Estacionamento Urbanos e na Via Pública

152

7.2.1. Principais Áreas de Estacionamento

152

7.2.2. Estacionamento Tarifado

155

7.2.3. Estacionamento Condicionado

156

7.3. Projectos Previstos para a Rede de Transportes

158

8. Diagnóstico

161

Referências Bibliográficas

165

Anexos

169

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

4

ÍNDICE DE FIGURAS PÁGINAS Figura 1. Enquadramento territorial do concelho de Mértola

15

Figura 2.Freguesias do concelho de Mértola

16

Figura 3. Perímetros de estudo na Vila de Mértola

19

Figura 4. Perímetro de estudo alargado – Concelho de Mértola

20

Figura 5. Evolução da população residente no concelho de Mértola, por freguesia (1991-2001)

24

Figura 6. Número de empresas por freguesia (2005)

35

Figura 7. Número de estabelecimentos por freguesia (2005)

36

Figura 8. Pessoal ao serviço nas empresas e estabelecimentos por freguesia (2005)

37

Figura 9. Densidade populacional por freguesia (2001)

39

Figura 10. Densidade populacional por freguesia (1991)

40

Figura 11. População residente por lugar (1991 e 2001)

42

Figura 12. “Vila Velha” e “Vila Nova”

43

Figura 13. Eixo Comercial da Vila de Mértola

46

Figura 14. Edifícios construídos por período de construção, por freguesia

47

Figura 15. Proposta de Hierarquia Urbana para o concelho de Mértola

50

Figura 16. Modelo Territorial do Sistema Urbano da Região Alentejo

52

Figura 17. Modelo Territorial do Sistema Urbano da Região Alentejo

53

Figura 18. Deslocações a Hospitais Centrais na Região Alentejo

54

Figura 19. Deslocações intra e inter-concelhias por freguesia (%) – 1991

57

Figura 20. Deslocações intra e inter-concelhias por freguesia (%) – 2001

58

Figura 21. Origem das deslocações intra-concelhias por freguesia (1991 e 2001)

59

Figura 22. Distribuição das deslocações inter-concelhias por freguesia (1991 e 2001)

62

Figura 23. Destinos das deslocações inter-concelhias (2001)

72

Figura 24. Origem das deslocações com destino no concelho de Mértola (2001

74

Figura 25. Distribuição espacial dos equipamentos de ensino (ano lectivo 2005/2006)

86

Figura 26. Distribuição espacial dos equipamentos de saúde

91

Figura 27. Distribuição dos equipamentos desportivos no concelho de Mértola

95

5

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

Figura 28. Distribuição espacial dos equipamentos de segurança social (2006)

98

Figura 29. Localização de outros pólos atractores na Vila de Mértola

100

Figura 30. Rede Rodoviária

107

Figura 31. Rede Rodoviária do concelho de Mértola

108

Figura 32. Tempo de deslocação relativamente à Sede de Concelho (Rede Rodoviária)

111

Figura 33. Tempo de deslocação relativamente à Sede de Concelho (área circundante à Rede Rodoviária)

113

Figura 34. Pontos de congestionamento no Eixo Comercial da Vila de Mértola

116

Figura 35. Acidentes com mortos ou feridos graves no concelho de Mértola (2004-2006)

118

Figura 36. Principais percursos pedonais na Vila de Mértola

122

Figura 37. Percurso da Ecovia do Minério

123

Figura 38. Carreira de transporte regular de passageiros entre Mértola e Vila Real de Santo António

125

Figura 39. Rede de Transportes Colectivos Rodoviários de Passageiros do concelho de Mértola

130

Figura 40. Tempo de deslocação relativamente à Sede de Concelho (Transporte Colectivo de

136

Passageiros) Figura 41. Principais Áreas de Estacionamento na Vila de Mértola

153

Figura 42. Estacionamento Tarifado na Vila de Mértola

156

Figura 43. Estacionamento Condicionado na Vila de Mértola

157

Figura 44. Localização dos parques de estacionamento previstos para a Vila de Mértola

159

Figura 45. Proposta de novo traçado para o IC27

160

6

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

ÍNDICE DE QUADROS PÁGINAS Quadro 1. Evolução da população residente no concelho de Mértola, NUT III Baixo Alentejo e Portugal (1991-2001) Quadro 2. Estrutura etária da população residente no concelho de Mértola (1991 e 2001) Quadro 3. Taxa de actividade no concelho de Mértola, NUT III Baixo Alentejo e Portugal (%) – 1991 e 2001 Quadro 4. População Empregada por sector de actividade económica no concelho de Mértola, NUT

22 26 27 27

III Baixo Alentejo e Portugal (%) – 2001 Quadro 5. População empregada segundo a situação na profissão (2001) Quadro 6. Evolução da taxa de desemprego no concelho de Mértola, NUT III Baixo Alentejo e Portugal (1991 e 2001) Quadro 7. Número de desempregados no concelho de Mértola, NUT III Baixo Alentejo e Portugal (2001) Quadro 8. Número de empresas e estabelecimentos e pessoal ao serviço nas empresas e

29 29 30 30

estabelecimentos (1995, 2000 e 2005) Quadro 9. Estrutura produtiva do concelho de Mértola (2005) Quadro 10. Número de empresas e estabelecimentos por escalão dimensional no concelho de Mértola (1995, 2000 e 2005)

33 34

Quadro 11. Número de empresas e estabelecimentos por freguesia (2005

34

Quadro 12. Pessoal ao serviço nas empresas e estabelecimentos por freguesia (2005)

37

Quadro 13. Evolução da densidade populacional no concelho de Mértola, por freguesia (1991-2001)

38

Quadro 14. População residente segundo a dimensão dos lugares (2001)

41

Quadro 15. Edifícios construídos por período de construção, por freguesia

47

Quadro 16. Número de famílias clássicas, alojamentos familiares e edifícios por freguesia (2001)

48

Quadro 17. Número de fogos licenciados e fogos concluídos para habitação familiar, por tipologia de

49

fogo (2006) Quadro18. Evolução do total das deslocações no concelho de Mértola (1991-2001)

56

Quadro 19. Evolução das deslocações intra-concelhias no concelho de Mértola (1991 e 2001)

56

Quadro 20. Origem das deslocações intra-concelhias por freguesia (1991 e 2001)

59

Quadro 21. Evolução das deslocações inter-concelhias no concelho de Mértola (1991 e 2001)

60

Quadro 22. Origem das deslocações inter-concelhias por freguesia (1991 e 2001)

61

Quadro 23. Evolução das deslocações intra-concelhias por motivo de trabalho (1991-2001)

63

Quadro 24. Origem das deslocações intra-concelhias por motivo de trabalho por freguesia (1991 e

64

7

2001) Quadro 25. Evolução das deslocações inter-concelhias por motivo de trabalho (1991-2001)

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

65

Quadro 26. Origem das deslocações intra-concelhias por motivo de trabalho por freguesia (1991 e

66

2001) Quadro 27. Evolução das deslocações intra-concelhias por motivo de estudo (1991-2001) Quadro 28. Origem das deslocações intra-concelhias por motivo de estudo por freguesia (1991 e 2001) Quadro 29. Evolução das deslocações inter-concelhias por motivo de estudo (1991 e 2001) Quadro 30. Origem das deslocações inter-concelhias por motivo de estudo por freguesia (1991 e

67 68 69 70

2001) Quadro 31. Deslocações por motivo de trabalho e estudo por modo de transporte (1991 e 2001)

75

Quadro 32. Duração das deslocações por motivo de trabalho ou estudo (1991)

80

Quadro 33. Duração das deslocações por motivo de trabalho ou estudo (2001)

80

Quadro 34. Número de veículos ligeiros, ciclomotores, motociclos e veículos mistos (2001 e 2006) e taxa de motorização (2001 e 2006)

82

Quadro 35. Número de veículos automóveis vendidos por 1.000 habitantes (2005)

82

Quadro 36. Equipamentos de educação por freguesia (ano lectivo 2005/2006) – Sector Público

85

Quadro 37. Evolução do número de alunos por nível de ensino (1999/2000-2005/2006)

87

Quadro 38. Evolução do número de alunos por estabelecimento (1999/2000-2005/2006)

88

Quadro 39. Reordenamento da Rede Escolar (ano lectivo 2007/2008)

90

Quadro 40. Equipamentos Desportivos do concelho de Mértola

94

Quadro 41. Instituições que prestam serviços de apoio aos idosos (2006)

96

Quadro 42. Ocupação dos Equipamentos de Apoio aos Idosos (2006)

97

Quadro 43. Edifícios, segundo o número de pavimentos, por acessibilidade a pessoas com

105

mobilidade condicionada (2001) Quadro 44. Índice de Permeabilidade Quadro 45. Índice de densidade e veículos por quilómetro da rede viária em Mértola e Portugal Continental

114 115

Quadro 46. Número de acidentes, mortos e feridos graves no IC27/EN122 (2004-2006)

117

Quadro 47. Acidentes com mortos ou feridos graves no concelho de Mértola (2006)

119

Quadro 48. Natureza dos acidentes envolvendo mortos e feridos graves (2004-2006)

119

Quadro 49. Índice de gravidade de acidentes (2005)

120

Quadro 50. Intervenções necessárias à concretização do Cenário 1

127

Quadro 51. Intervenções necessárias à concretização do Cenário 2

128

Quadro 52. Intervenções necessárias à concretização do Cenário 3

128

8

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

Quadro 53. Linha 8632 – Mértola/S. Pedro de Sólis (por Namorados)

131

Quadro 54. Linha 8773 – Mértola/Mosteiro

131

Quadro 55. Linha 8771 – Mértola/Montes Alves

132

Quadro 56. Linha 8772 – Mértola/Monte Fialho (por Álamo)

132

Quadro 57. Linha 8625 – Corte Pequena / Mértola

133

Quadro 58. Linha 8757 – Beja / Mértola

133

Quadro 59. Linha 8757 – Corte Pinto / Mértola

134

Quadro 60. Duração das deslocações entre sedes de freguesia utilizando o transporte público

137

colectivo rodoviário Quadro 61. Número de carreiras diárias com ligação às sedes de freguesia

138

Quadro 62. Serviços diários da Rede Nacional Expressos (2007)

139

Quadro 63. Transporte em carreiras públicas – Circuito n.º 1 (ano lectivo 2007/2008) Quadro 64. Transporte em carreiras públicas – Circuito n.º 2 (ano lectivo 2007/2008) Quadro 65. Transporte em carreiras públicas – Circuito n.º 3 (ano lectivo 2007/2008) Quadro 66. Transporte em carreiras públicas – Circuito n.º 4 (ano lectivo 2007/2008) Quadro 67. Transporte em carreiras públicas – Circuito n.º 5 (ano lectivo 2007/2008) Quadro 68. Transporte em carreiras públicas – Circuito n.º 6 (ano lectivo 2007/2008) Quadro 69. Transporte em carreiras públicas – Circuito n.º 7 (ano lectivo 2007/2008) Quadro 70. Transporte em circuitos municipais – Circuito n.º 1 (ano lectivo 2007/2008) Quadro 71. Transporte em circuitos municipais – Circuito n.º 2 (ano lectivo 2007/2008) Quadro 72. Transporte em circuitos municipais – Circuito n.º 3 (ano lectivo 2007/2008) Quadro 73. Transporte em circuitos municipais – Circuito n.º 4 (ano lectivo 2007/2008) Quadro 74. Transporte em circuitos municipais – Circuito n.º 5 (ano lectivo 2007/2008) Quadro 75. Transporte em circuitos municipais – Circuito n.º 6 (ano lectivo 2007/2008) Quadro 76. Transporte em circuitos municipais – Circuito n.º 7 (ano lectivo 2007/2008) Quadro 77. Transporte em circuitos municipais – Circuito n.º 8 (ano lectivo 2007/2008) Quadro 78. Transporte escolar no concelho de Mértola (ano lectivo 2006/2007 e 2007/2008) Quadro 79. Número de habitantes por táxi (2007)

140 140 141 141 142 142 143 143 144 144 145 145 146 147 148 149 151

9

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

ÍNDICE DE GRÁFICOS PÁGINAS Gráfico 1. Evolução da população residente no concelho de Mértola (1900-2001)

21

Gráfico 2. População residente no concelho de Mértola, por freguesia (2001)

23

Gráfico 3. População residente por grupos etários (2001)

25

Gráfico 4. População empregada por sector de actividade económica no concelho de Mértola (%)

28

– 2001 Gráfico 5. Distribuição dos sectores de actividade económica por sexo (%) – 2001

28

Gráfico 6. Evolução do número de empresas e estabelecimentos no concelho de Mértola (199531

2005 Gráfico 7. Deslocações por motivo de trabalho e estudo por modo de transporte (%) – 1991 e 2001

75

Gráfico 8. Modos de transporte utilizados pela população empregada e estudante (2001)

76

Gráfico 9. Deslocações intra-concelhias por modo de transporte (2001)

78

Gráfico 10. Deslocações inter-concelhias por modo de transporte (2001)

79

10

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

ÍNDICE DE IMAGENS PÁGINAS Imagem 1. Construção Vernácula

44

Imagem 2. Construção Erudita

44

Imagem 3. Construção dos Anos 30/40

44

Imagem 4. Pavimento no Casco Histórico

45

Imagem 5. Pavimento no Casco Histórico

45

Imagem 6. Pavimento no Casco Histórico

45

Imagem 7. Unidade Móvel Médico-Social

92

Imagem 8. Estação dos Correios sem acesso em rampa

104

Imagem 9. Lugar de estacionamento para pessoas portadoras de deficiência delimitado por muro no lado do condutor

104

Imagem 10. Dimensionamento e desnível dos passeios

104

Imagem 11. Passadeira conducente a lugar de estacionamento

104

Imagem 12. Delimitação da via no Eixo Comercial (Rua Dr. Serrão Martins)

121

Imagem 13. Estacionamento de veículos em zona reservada a operações de cargas e descargas (Rua Dr. Serrão Martins)

121

Imagem 14. Condicionantes à circulação pedonal no Casco Histórico

121

Imagem 15. Porto do Pomarão

124

Imagem 16. Rua José Carlos Ary dos Santos

154

Imagem 17. Rua Dr. Afonso Costa

154

Imagem 18. Rua Cândido dos Reis

154

Imagem 19. Estacionamento ordenado para pesados

155

Imagem 20. Estacionamento ordenado para transportes colectivos

155

Imagem 21. Praça de Táxis

155

11

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

INTRODUÇÃO O presente documento, elaborado pelo Instituto de Dinâmica do Espaço (IDE) da Universidade Nova de Lisboa, constitui o Relatório de Diagnóstico do Estudo de mobilidade do Município de Mértola, enquadrado no âmbito do “Projecto Mobilidade Sustentável” promovido pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA). Este Projecto tem como objectivo a concretização dos Planos de Mobilidade

Sustentável

em

cerca

de

40

municípios,

previamente

seleccionados, desenvolvendo-se em três fases:

ႀ A – Diagnóstico da Situação Actual ႀ B – Objectivos e Conceito de Intervenção ႀ C – Propostas

O Relatório que agora se apresenta incide sobre a caracterização da situação actual e culmina com um diagnóstico síntese, no qual se evidenciam os pontos fortes e fracos, oportunidades e ameaças ao sistema concelhio, e que influem directa e/ou indirectamente no desenvolvimento de uma mobilidade sustentável. O diagnóstico constitui o ponto de partida para que, nas fases posteriores do estudo, se defina um conjunto de propostas e acções que visem a optimização das diferentes componentes do sistema de mobilidade e transportes. O Relatório estrutura-se nos seguintes grandes domínios analíticos:

ႀ Dinâmica e Estrutura Demográfica; ႀ Emprego e Actividades Económicas; ႀ Rede Urbana e Sistema de Povoamento; ႀ Caracterização da Procura de Transporte; ႀ Caracterização da Oferta de Transporte;

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

12

ႀ Diagnóstico.

Na elaboração e estruturação do Relatório procurou-se seguir, tanto quanto possível, a metodologia indicada pela APA e subscrita no plano de trabalhos apresentado pela equipa do IDE, procedendo-se, contudo, a adaptações por forma a adaptá-la à realidade do concelho e à abordagem adoptada, nomeadamente no que se refere à delimitação das escalas de análise e de intervenção do Estudo. O trabalho de caracterização e diagnóstico envolveu a recolha e sistematização de um grande volume da informação, nomeadamente:

ႀ Estudos

e

projectos

elaboração/implementação

já com

desenvolvidos influência

no

ou

em

sistema

de

mobilidade e transportes, bem como de elementos cartográficos e fotografia aérea junto da Câmara Municipal de Mértola;

ႀ Trabalho de campo – levantamento de oferta e procura de estacionamento; identificação de pontos de conflito na rede rodoviária; levantamento de barreiras arquitectónicas;

ႀ Informação

estatística,

nomeadamente

informação

socio-

económica e dados demográficos junto do Instituto Nacional de Estatística;

ႀ Dados relativos à oferta de transportes públicos colectivos rodoviários de passageiros junto dos Operadores de Transportes Rodoviários.

Os trabalhos desenvolvidos nesta fase decorreram em estreita colaboração com a Câmara Municipal, bem como com outras entidades e forças vivas do concelho:

ႀ Com a Câmara Municipal de Mértola foram realizadas reuniões regulares com os responsáveis e técnicos para definição dos

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

13

perímetros de intervenção e objectivos do estudo assim como para recolha de informação;

ႀ Com os actores locais foi realizado um workshop para apresentação dos objectivos do projecto e do diagnóstico preliminar;

ႀ Colaboração na Semana Europa da Mobilidade, nomeadamente através da participação no Seminário “Os transportes em áreas de baixa densidade”, realizado na EB 2,3/S de Mértola, com participação de alunos e professores. Este Seminário contou com a moderação e animação do Coordenador do estudo e do Presidente da Câmara Municipal de Mértola.

È importante destacar o grande envolvimento da Câmara Municipal de Mértola desde o início dos trabalhos, quer ao nível político através do Presidente da Câmara Municipal, Dr. Jorge Pulido Valente, quer ao nível técnico através do interlocutor nomeado para acompanhar a elaboração do Estudo, Dr. Guilherme Machado. Esta colaboração foi extensível a todos os serviços técnicos com responsabilidade em áreas relacionadas com transportes e mobilidade.

14

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

1. ENQUADRAMENTO TERRITORIAL Com uma área de 1292,8 km², o concelho de Mértola insere-se na NUT III Baixo Alentejo, pertencente à NUT II Alentejo – Figura 1. Para além do concelho de Mértola, fazem parte desta NUT III os concelhos de Aljustrel,

O concelho de Mértola insere-se na NUT III Baixo Alentejo.

Almodôvar, Alvito, Barrancos, Ferreira do Alentejo, Moura, Ourique, Serpa e Vidigueira. Figura 1. Enquadramento territorial do concelho de Mértola ! CASTELO !

LEIRIA

BRANCO

! !

A

SANTARÉM !!

Lezi r i a d o Te j o

39°N

le Al n t o t e jo

PORTALEGRE

! !

LISBOA !!

A l en t ej o

SETÚBAL!

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A l en t ej o Lit o r al

38°N

BEJA ! !

Ba ix o A len t ej o MÉRTOLA ! !

Norte

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0

Cen t r al ! ÉVORA !

20 km

e arv A l g FARO ! !

37°N 9°W

8°W

7°W

Fonte: elaboração própria, 2007

O concelho de Mértola é constituído por 9 freguesias: Alcaria Ruiva, Corte do Pinto, Espírito Santo, Mértola, Santana de Cambas, São João Caldeireiros, São Miguel do Pinheiro, São Pedro de Sólis e São Sebastião

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

O concelho de Mértola é constituído por 9 freguesias.

15

dos Carros (Figura 2). Apenas a freguesia de Mértola apresenta um aglomerado populacional de cariz urbano – a Vila de Mértola –, sendo o restante território concelhio predominantemente rural. Figura 2. Freguesias do concelho de Mértola

(i

0

! ! ! Cabeça !

7°50'W

Gorda

Aldeia Nova de !! São Bento

7°30'W

Santa Iria

S. Brás

!

!

Vale de Rolins

! ! ! !

7°40'W

5

Trindade km

! !

! !

Serpa !! Serpa (Santa (Salvador) Maria)

Salvada

Norte

!

Sede de Freguesia

Albernoa

Monte da Carolina

Concelho de Mértola 37°50'N

!

Azinhalinho

!

Amendoeira do Campo

Vales Mortos

!

!

Amendoeira

!

Montalvo

Corte Pequena

!

!

Salto

Algodor

!

!

São Marcos da Ataboeira

! !

!

!

! !

Corte Gafo de Baixo

Mina de S. Domingos

!

!

Monte dos Corvos

Viseus

!

!

Penilhos

Mértola

!

Romeiras

São João dos Caldeireiros

!

Caiada

Sapos

! !

!

Fernandes

!

Semblana

Picoitos

!

Espírito Santo

!

! !

!

Mesquita

! !

!

Besteiros Alcaria dos Javazes

Diogo Vargens Martins

São Pedro Viúvas 37°30'N de Solis

!

!

!

!

Santa Afonso Marta Vicente

!

! !

! !

!

Brites Gomes

São Sebastião São Miguel dos Carros do Pinheiro!!

Alcaria Longa

Santana de Cambas

! !

!

!

Espragosa

!

!

! !

!

!

37°40'N

Corte do Pinto

Corte Sines

João Serra

Guerreiro

!

Corte Gafo de Cima

Alcaria Ruiva

!

Roncão

Giões

!

!

Clarines

!

Alcoutim

! !

Santa Cruz

!

Martim Longo

! !

Pereiro

!

! ! Monte do Romba

Santa Justa

! ! Pessegueiro Barrada

!

Marim

!

!

!

! !

Balurco de Baixo

Fonte Zambujo

!

Guerreiros do Rio

!

!

Vaqueiros Zambujal

Corte João Marques

! !

Vale de Odre

!

!

Redonda

!

Corte Velha Furnazinhas !

Amoreira

Tenência

!

!

!

!

!

Fonte: elaboração própria, 2007

Importa ainda referir que Mértola é um concelho fronteiriço, fazendo ligação, a Este, com a Comunidade Autónoma da Andaluzia e com a Província de Huelva. Esta situação geográfica, conjugada com a crescente integração da economia ibérica e com o recrudescimento da cooperação 16

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

transfronteiriça às escalas regional e local1, colocam em evidência as limitações inerentes a uma análise das relações indutoras de fluxos de pessoas e bens que não equacione as interdependências operadas no quadro de um sistema regional alargado. Isto é, ponderando as relações transfronteiriças

e

as

ameaças

e

oportunidades

decretadas

A análise deverá equacionar as interdependências operadas no quadro nacional/peninsular.

pelo

posicionamento no quadro territorial nacional/peninsular.

1

Materializada, no caso vertente, em projectos como: GUAD21 – Baixo Guadiana 21;

IBERTUR – Valorização Turística do Património Transfronteiriço; RECIAGRO II – Promoção e Valorização dos Recursos Endógenos das Zonas Raianas - 2.ª Fase; HUBAAL 1 – Conexões Viárias entre Huelva, Baixo Alentejo e Algarve; HUBAAL 2 – Conexões Viárias entre Huelva, Baixo Alentejo e Algarve - 2.ª Fase; HUBAAL 3 – Conexões Viárias entre Huelva, Baixo Alentejo e Algarve - 3.ª Fase; INCUBE – Rede Transfronteiriça de Viveiros de Empresas.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

17

2. PERÍMETROS DE ESTUDOS A delimitação dos perímetros de estudo objecto das propostas de intervenção a delinear no âmbito do Plano teve por base o trabalho exploratório realizado no concelho de Mértola e as reuniões de trabalho com os interlocutores da autarquia. Partindo deste trabalho exploratório e do trabalho preparatório desenvolvido com os interlocutores, foi possível tipificar as principais condicionantes à mobilidade no concelho, concluindo-se pela necessidade de adopção de uma abordagem que contemplasse várias escalas espaciais. Desta forma, definiram-se três escalas de trabalho (dois perímetros no núcleo urbano de Mértola e um perímetro alargado) – Figuras 3 e 4 –, que terão enfoques diferenciados ao nível do diagnóstico, do conceito de

Definiram-se três escalas de trabalho: dois perímetros no núcleo urbano de Mértola e um perímetro alargado.

intervenção e das propostas de intervenção:

ႀ Casco Histórico ou ”Vila Velha” (Figura 3); ႀ “Vila Nova” (Figura 3); ႀ Perímetro alargado correspondente ao concelho de Mértola (Figura 4).

Tendo sido validadas pelos interlocutores da autarquia, estas escalas de trabalho foram também apresentadas e validadas num seminário alargado, com a participação de stakeholders locais, organizado pela Câmara Municipal de Mértola e pela Equipa Técnica do Instituto de Dinâmica do Espaço. Esta abordagem foi também explanada nos vários workshops de apresentação do ponto da situação dos trabalhos, organizados pela Agência Portuguesa do Ambiente.

18

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

Figura 3. Perímetros de estudo na Vila de Mértola 37°38' 20"N

37°38'40"N 7°40'W

7°39'40"W

Norte

(i

"Vila Nova" "Vila Velha"/Casco Histórico

0

7°39'20"W

100 m

Fonte: elaboração própria, 2007

19

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

Figura 4. Perímetro de estudo alargado – Concelho de Mértola

7°50'W

7°40'W

7°30'W

37°50'N Amendoeira do Campo

! ! ! Vale Açor !

Mosteiro ! !

de Cima

Amendoeira da Serra

! !

Corte Pequena

! !

Algodor

! !

Corte Gafo de Baixo

Alcaria Ruiva

Monte da Légua

Corte Sines

! !

! !

Corte do Pinto

! !

! !

! !

Corte da Velha

João Serra

Mina de São Domingos

! !

! !

! !

37°40'N

Corvos

Tacões

! !

Penilhos

! ! ! !

!

! Quintã !

Namorados !

Romeiras

! ! ! ! São João dos Ledo Brites Caldeireiros ! ! Gomes ! ! ! !

Mértola

Fernandes

! !

Moreanes

! !

Santana de Cambas ! Montes ! Alves

! !

Álamo

Alcaria Longa

São Sebastião dos Carros

! !

Góis

! ! ! ! São Miguel

! !

! !

Diogo Martins

Corredoura

São Pedro de Solis

! ! ! !

Quintã

! !

São Bartolomeu de Via Glória

do Pinheiro

! !

! !

Moinhos de Vento de Cima

Boisões

! !

! !

37°30'N

Penedos

! !

Santana de Cima ! ! Roncão !! Fialho

! !

Norte

! Monte !

Corcha

0

(i

5 km

Fonte: elaboração própria, 2007

20

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

3. DINÂMICA E ESTRUTURA DEMOGRÁFICA 3.1. DINÂMICA DEMOGRÁFICA A análise da dinâmica demográfica do concelho de Mértola na segunda metade do século XX (tendo por base os recenseamentos gerais da

A partir da década de 60 ocorreu um forte declínio do efectivo populacional.

população de 1950, 1960, 1970, 1981, 1991 e 2001) permite aferir de um forte declínio do efectivo populacional, materializado numa perda de 20.641 habitantes entre 1950 e 2001 (passando o efectivo populacional do concelho de 29.353 habitantes, em 1950, para 8.712 habitantes em 2001) – Gráfico 1. Gráfico 1. Evolução da população residente no concelho de Mértola (1900-2001)

30000 25000

Hab.

20000 15000 10000 5000 0 1900

1911

1920

1930

1940

1950

1960

1970

1981

1991

2001

Ano

Fonte: INE, Recenseamentos Gerais da População

Alargando a escala temporal de análise ao cômputo do século XX (Gráfico 1), evidenciam-se dois períodos caracterizados por dinâmicas demográficas distintas. Num primeiro período, que se prolonga desde os anos 20 até à década de 40, assiste-se a um crescimento populacional suportado, em grande medida, pela expansão das actividades agrícolas e pela exploração de minério na Mina de S. Domingos. O segundo período (desde 1950), cuja génese conjuntural é fortemente impulsionada pelo declínio e encerramento da actividade extractiva na Mina de S. Domingos no decorrer da década de

O declínio e encerramento da actividade extractiva na Mina de S. Domingos decretaram o início do declínio populacional.

60, é caracterizado por uma inversão do comportamento demográfico, com um decréscimo do efectivo populacional em todo o território concelhio. No período 1991-2001, a população residente no concelho sofreu uma variação negativa de -11,1%, passando de 9.805 habitantes para 8.712

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

21

habitantes. Não obstante a tendência evolutiva ser semelhante, certo é que este declínio é superior ao registado na NUT III Baixo Alentejo (-5,5%) – Quadro 1. Quadro 1. Evolução da população residente no concelho de Mértola, NUT III Baixo Alentejo e Portugal (1991-2001) População Residente 1991

2001

Taxa de Variação 1991-2001

Portugal

9.867.147

10.356.117

5,0

Baixo Alentejo

143.020

135.105

-5,5

Mértola

9.805

8.712

-11,1

Alcaria Ruiva

1201

1013

-15,7

Corte do Pinto

1260

1080

-14,3

Espírito Santo

542

437

-19,4

Mértola

3166

3093

-2,3 -14,5

Santana de Cambas

1009

863

S. João dos Caldeireiros

803

728

-9,3

S. Miguel do Pinheiro

1041

880

-15,5

S. Pedro de Sólis

377

318

-15,6

S. Sebastião dos Carros

406

300

-26,1

Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001

Quanto à distribuição territorial da população (Quadro 1, Gráfico 2 e Figura 5), a freguesia de Mértola concentrava, em 2001, 3.093 habitantes (35,5% da população residente no concelho). Seguiam-se as freguesias de Corte do Pinto e Alcaria Ruiva, com 1.080 e 1.013 habitantes (respectivamente 12,4% e 11,6% da população residente). A freguesia de S. Sebastião dos Carros apresentava o menor efectivo populacional – 300 habitantes (3,4% da população residente no concelho). Face a 1991, todas as freguesias contabilizaram declínios do efectivo populacional, os quais foram mais acentuados em S. Sebastião dos Carros (-26,1%) e Espírito Santo (-19,4%). Por sua vez, as freguesias de Mértola (-2,3%) e S. João dos Caldeireiros (-9,3%) averbaram as menores perdas relativas. Em termos de população residente por lugar, Mértola registava o maior efectivo, com 1.451 habitantes, seguido da Mina de S. Domingos (freguesia de Corte do Pinto), com 664 habitantes.

A vila de Mértola regista o maior efectivo populacional do concelho (1.451 habitantes).

22

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

Gráfico 2. População residente no concelho de Mértola, por freguesia (2001)

3500

3093 3000

2000 1500

1080

1013

863

1000

880

728

437

500

318

300

eb as tiã o

S. S

ed ro

do s

de

C

S

ar r

os

ól is

in he i ro P S. P

S. M

C do s oã o

S. J

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am

M ér to la Sa nt an a

S Es pí rit o

C

or te

do

R

P

ui va

in to

an to

0

Al ca ri a

Hab.

2500

Freguesias

Fonte: INE, XIV Recenseamento Geral da População, 2001

23

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

Figura 5. Evolução da população residente no concelho de Mértola, por freguesia (1991-2001)

7°50'W

7°40'W

7°30'W 37°50'N

1201 1013 3166 3093

1260 1080

São Marcos da Ataboeira !

Alcaria Ruiva

!

!

1009 863

Corte do Pinto 37°40'N

803 728

Mértola

! ! !

!

São João dos Caldeireiros

São Miguel do Pinheiro

Santana de Cambas

São Sebastião dos Carros

542 437

! !

!

Espírito Santo

406 300

1041 880 São Pedro de Solis

37°30'N

!

Gioes

377 318 Santa Cruz

!

Norte

Martim Longo

!

!

0

(i

Tx. Variação -26,1 -21,2 Pereiro ! -21,1 -15,6 -15,5 -9,4 5 km -9,3 -2,3

Alcoutim

!

População Residente

1991 2001

Fonte estatística: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001

3.2. ESTRUTURA DEMOGRÁFICA A tendência de envelhecimento verificada no conjunto do território nacional é particularmente notável na evolução da estrutura etária da população do concelho de Mértola, assim como da NUT III Baixo Alentejo. Com efeito, o índice de envelhecimento aumentou no concelho de Mértola, registando, em 2001, um valor de 280,5, quando em 1991 era de 180,6. Esta evolução decorre da conjugação de uma diminuição da população com menos de 15

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

Entre 1991 e 2001, o índice de envelhecimento aumentou no concelho de Mértola.

24

anos (-3,8%) e de um aumento da população com mais de 64 anos (5,6%) no mesmo período. Gráfico 3. População residente por grupos etários (2001) 3938

4000

3500

3000

2500

2000

1522

1500

1000

1298 1005

949

0-14

15-24

500

0 25-64

65-74

75e+

Fonte: INE, XIV Recenseamento Geral da População, 2001

Verifica-se ainda que o grupo etário dos 15-24 anos, era aquele que, em 2001, averbava menor representatividade, ao contrário do grupo dos 25-64 anos, claramente o grupo com maior preponderância, correspondendo a

O grupo etário dos 15-24 anos averbava, em 2001, a menor representatividade.

45,2% da população residente. Em 1991, o grupo etário com menor peso no efectivo populacional era o grupo com 75 e mais anos, com 11,5% da população residente. Por sua vez, o grupo com maior número de indivíduos era o dos 25-64 anos, com 4.423 indivíduos (45,1% da população residente). De salientar ainda que, tanto em 1991 como em 2001, a freguesia de Mértola foi aquela que

A freguesia de Mértola foi aquela que apresentou o maior efectivo em todos os grupos etários.

apresentou o maior efectivo em todos os grupos etários considerados.

25

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

Quadro 2. Estrutura etária da população residente no concelho de Mértola (1991 e 2001) 1991

2001

N.º

%

N.º

%

0-14

1497

15,3

1005

11,5

15-24

1254

12,8

949

10,9

25-64

4423

45,1

3938

45,2

65-74

1501

15,3

1522

17,5

75+

1130

11,5

1298

14,9

Total

9805

100,0

8712

100,0

Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001

4. EMPREGO E ACTIVIDADES ECONÓMICAS 4.1. EMPREGO O mercado de trabalho desempenha um papel determinante nas dinâmicas socio-económicas de qualquer território, facto que, conjugado com os padrões de deslocação que a distribuição territorial das actividades

O mercado de trabalho desempenha um papel determinante nas dinâmicas socio-económicas de qualquer território.

económicas induzem, justificam e relevam a análise do emprego e actividades económicas no âmbito do presente estudo. Com efeito, no que concerne à taxa de actividade (Quadro 3), verifica-se que entre 1991 e 2001 este indicador aumentou 6,8 p.p. no concelho de Mértola, passando de 29,1% para 35,9%. Ainda assim, permanece aquém dos valores ostentados pela NUT III Baixo Alentejo (42,5%) e por Portugal

A taxa de actividade em Mértola fica aquém dos valores do Baixo Alentejo e Portugal.

(48,2%). A evolução registada neste concelho ficou a dever-se, essencialmente, ao aumento da taxa de actividade feminina (superior a 10%), embora a taxa de actividade masculina tivesse também evoluído positivamente, com um acréscimo de 2,2%.

26

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

Quadro 3. Taxa de actividade no concelho de Mértola, NUT III Baixo Alentejo e Portugal (%) – 1991 e 2001 1991

2001

HM

H

M

HM

H

M

Portugal

46,6

54,3

35,5

48,2

54,8

42,0

Baixo Alentejo

38,8

51,5

26,5

42,5

50,2

35,0

Mértola

29,1

43,5

15,0

35,9

45,7

26,1

Fonte: INE, XIV Recenseamento Geral da População, 2001

À semelhança do país e da NUT III Baixo Alentejo, também em Mértola, em 2001, o maior número de empregados exercia a sua actividade no sector

O sector terciário é aquele que registava o maior número de empregados.

terciário (57,7%), tendo este sector averbado, entre 1991 e 2001, um aumento de 14,5% no seu peso relativo, passando de 43,2% para 57,7%.

Quadro 4. População Empregada por sector de actividade económica no concelho de Mértola, NUT III Baixo Alentejo e Portugal (%) – 2001 Sector Primário

Sector Secundário

Sector Terciário

Portugal

5,0

35,1

59,9

Baixo Alentejo

14,9

22,7

62,4

Mértola

18,9

23,5

57,7

Fonte: INE, XIV Recenseamento Geral da População, 2001

Por sua vez, o sector secundário representava 23,5% da população empregada, valor que embora sendo inferior ao peso deste sector no cômputo do território nacional (35,1%), é ligeiramente superior ao registado pela NUT III Baixo Alentejo (22,7%). O sector primário apresentava-se como o sector com menor capacidade de criação de emprego no concelho de Mértola (18,9%), ainda que em termos relativos averbasse maior representatividade que na NUT III Baixo Alentejo

O sector primário apresentava a menor capacidade de criação de emprego.

(14,9%) e em Portugal (5,0%).

27

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

Gráfico 4. População empregada por sector de actividade económica no concelho de Mértola (%) – 2001

Fonte: INE, XIV Recenseamento Geral da População, 2001

Relativamente à repartição por sexos (Gráfico 5), o sexo masculino predominava em todos os sectores de actividade, embora no sector

O sexo masculino predominava em todos os sectores de actividade.

terciário a presença feminina ascendesse a 47,6% da população empregada.

Gráfico 5. Distribuição dos sectores de actividade económica por sexo (%) – 2001

28 Fonte: INE, XIV Recenseamento Geral da População, 2001

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

Quanto à situação da população na profissão (Quadro 5), em 2001, a maioria dos empregados exercia a sua actividade por conta de outrem

A maioria dos empregados exercia a sua actividade por conta de outrem.

(2.026 empregados – 73,9%), sendo que destes, 62,0% concentrava-se no sector terciário. Seguiam-se os empregadores (com 13,3% da população empregada) e os trabalhadores por conta própria (com 319 empregados nesta situação – 11,6% do total da população empregada).

Quadro 5. População empregada segundo a situação na profissão (2001)

Total

Empregador

Trabalhador por conta própria

Trab. Familiar. não Rem.

Trabalhador por conta de outrem

Membro Activo Coop.

Outra Situação

Portugal

4650947

478804

294103

35939

3793992

3216

44893

Baixo Alentejo

50818

5202

4753

406

39773

77

607

Mértola

2741

364

319

14

2026

-

18

Fonte: INE, XIV Recenseamento Geral da População, 2001

No que respeita à taxa de desemprego (Quadro 6), esta sofreu um ligeiro decréscimo no concelho de Mértola no período 1991-2001, passando de 12,8% para 12,3%. Verifica-se, contudo, um aumento de 2,0% no valor da

A taxa de desemprego sofreu um ligeiro decréscimo entre 1991 e 2001.

taxa de desemprego masculina. No caso do sexo feminino, a taxa de desemprego diminui 12,9 p.p. no período em análise, passando de 32,6% para 19,7%. Certo é que mesmo perante esta evolução, a taxa de desemprego total, masculina e feminina averbadas pelo concelho de Mértola permanecem superiores aos valores registados pela NUT III Baixo

A taxa de desemprego é superior à registada pela NUT III Baixo Alentejo e por Portugal.

Alentejo e por Portugal.

Quadro 6. Evolução da taxa de desemprego no concelho de Mértola, NUT III Baixo Alentejo e Portugal (1991 e 2001) 1991 HM

H

2001 M

HM

H

M

Portugal

6,1

4,2

8,9

6,8

5,2

8,7

Baixo Alentejo

14,3

7,9

26,3

11,5

7,0

17,7

Mértola

12,8

6,0

32,6

12,3

8,0

19,7

Fonte: INE, XIV Recenseamento Geral da População, 2001

29

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

Em termos gerais, estes valores representavam, no concelho de Mértola, 384 pessoas desempregadas, das quais 87 procuravam o primeiro

Eram os indivíduos dos grupos etários mais jovens que enfrentavam maiores dificuldades em encontrar emprego.

emprego (Quadro 7). Eram os indivíduos dos grupos etários mais jovens (entre os 20 e os 34 anos) que enfrentavam maiores dificuldades em encontrar emprego.

Quadro 7. Número de desempregados no concelho de Mértola, NUT III Baixo Alentejo e Portugal (2001) HM

H

M

Portugal

339261

142947

196314

Baixo Alentejo

6572

2347

4225

Mértola

384

159

225

Fonte: INE, XIV Recenseamento Geral da População, 2001

4.2. ACTIVIDADES ECONÓMICAS No que se refere à dinâmica empresarial, no período 1995-2005, Mértola

Entre 1995 e 2005, o número de empresas sedeadas no concelho de Mértola aumentou.

registou um aumento do número de empresas sedeadas no concelho (+123 empresas) e do número de estabelecimentos (+131 estabelecimentos), verificando-se assim uma expansão do parque empresarial (Quadro 8 e Gráfico 6). Em 2005, o concelho de Mértola contava com 249 empresas e 271 estabelecimentos, as quais geravam 1066 e 1112 empregos, respectivamente.

Quadro 8. Número de empresas e estabelecimentos e pessoal ao serviço nas empresas e estabelecimentos (1995, 2000 e 2005)

1995

2000

2005

1995

2000

2005

Pessoal ao Serviço – Empresas 1995 2000 2005

Baixo Alentejo

2527

3387

4224

2987

4047

4950

13336

16843

20986

16061

20612

24530

Mértola

126

168

249

140

188

271

449

575

1066

548

683

1112

N.º Empresas

N. Estabelecimentos

Pessoal ao Serviço – Estabelecimentos 1995 2000 2005

Fonte: DGEEP/Gabinete de Estratégia e Planeamento – Ministério do Trabalho e Solidariedade Social, Quadros de Pessoal.

30

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

No contexto da estrutura produtiva do Baixo Alentejo, o tecido empresarial de Mértola representava, em 2005, 5,9% das empresas e 5,5% dos estabelecimentos desta NUT III. Ao nível do emprego criado, os

O concelho de Mértola representava 5,9% das empresas da NUT III Baixo Alentejo.

estabelecimentos e empresas localizados no concelho de Mértola representavam 4,5 % e 5,1% do emprego da NUT III Baixo Alentejo.

Gráfico 6. Evolução do número de empresas e estabelecimentos no concelho de Mértola (1995-2005)

300 250 200

Nº 150 100 50 0 1995

2000 Nº Em presas

2005

Nº Estabelecim entos

Fonte: DGEEP/Gabinete de Estratégia e Planeamento – Ministério do Trabalho e Solidariedade Social, Quadros de Pessoal.

Relativamente à distribuição sectorial da estrutura produtiva concelhia (Quadro 9), o sector terciário representava 42,6% das empresas e 44,7%

O sector terciário representava 42,6% das empresas e 44,7% dos estabelecimentos.

dos estabelecimentos, sendo o principal criador de emprego em empresas (53,2%) e estabelecimentos (52,8%). O sector secundário representava 26,9% das empresas e 25,1% dos estabelecimentos, criando 25,6% do emprego nas empresas e 24,9% nos estabelecimentos. O sector primário apresentava uma representatividade intermédia face aos demais sectores, tanto no número de empresas como de estabelecimentos (30,5% e 30,3%, respectivamente). Contudo, constituia-se como o sector com menor capacidade de criação de emprego: 21,2% do emprego nas empresas e 22,3% do emprego nos estabelecimentos.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

31

No seio destes sectores de actividade afere-se da predominância de 3 ramos de actividade no concelho de Mértola: Agricultura, Produção Animal, Caça, Silvicultura (30,5% das empresas, 30,3% dos estabelecimentos, 21,2%

do

emprego

nas

empresas

e

22,3%

do

emprego

nos

estabelecimentos), o Comércio por Grosso e a Retalho, Reparação de Veículos Automóveis, Motociclos e de Bens de Uso Pessoal e Doméstico

Predominavam três ramos de actividade: Agricultura, Produção Animal, Caça, Silvicultura; o Comércio por Grosso e a Retalho, Reparação de Veículos Automóveis, Motociclos e de Bens de Uso Pessoal e Doméstico; e a Construção.

(18,9% das empresas, 17,0% dos estabelecimentos, 13,2% do emprego nas empresas e 11,6% do emprego nos estabelecimentos) e o ramo da Construção (18,1% das empresas, 17,0% dos estabelecimentos, 16,7% do emprego nas empresas e 16,2% do emprego nos estabelecimentos). No seu conjunto, estes ramos de actividade perfaziam cerca de 2/3 das empresas e estabelecimentos existentes no concelho e cerca de metade do emprego gerado. Embora com um menor peso relativo, destacavam-se ainda os seguintes ramos de actividade:

ႀ Alojamento e Restauração (11,2% das empresas, 11,1% dos estabelecimentos, 8,4% do emprego nas empresas e 7,7% do emprego nos estabelecimentos);

ႀ Indústrias Transformadoras (8,8% das empresas, 8,1% dos estabelecimentos, 8,9% do emprego nas empresas e 8,7% do emprego nos estabelecimentos).

32

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

Quadro 9. Estrutura produtiva do concelho de Mértola (2005)

CAE

Actividade

2

Empresas

Estabelecimentos

Pessoal ao Serviço – Empresas N.º %

Pessoal ao Serviço – Estabelecimentos N.º %

N.º

%

N.º

%

Agric., P. Animal, Caça, Silv.

76

30,5

82

30,3

226

21,2

248

22,3

Sector Primário

76

30,5

82

30,3

226

21,2

248

22,3

D

Indústrias Transformadoras

22

8,8

22

8,1

95

8,9

97

8,7

F

Construção

45

18,1

46

17,0

178

16,7

180

16,2

A

Sector Secundário

67

26,9

68

25,1

273

25,6

277

24,9

G

Comércio Gros. e Ret.; Repar.

42

18,9

46

17,0

141

13,2

129

11,6

H

Alojamento e Restauração

28

11,2

30

11,1

89

8,4

86

7,7 1,3

I

Transp., Armaz. e Comunic.

7

2,8

9

3,2

10

0,9

14

J

Actividades Financeiras

1

0,4

4

1,5

2

0,2

22

2,0

K

Act. Imob., Alug. Serv. P. Emp.

7

2,8

8

3,0

12

1,1

13

1,2

L

Adm.Púb., Defesa e Seg.Social

7

2,8

7

2,6

72

6,8

73

6,6

M

Educação

0

0

1

0,4

0

0

8

0,7

N

Saúde e Acção Social

4

1,6

6

2,2

212

19,9

213

19,2

O

Out. Act. Serv. Colec., Soc. Pes.

10

4,0

10

3,7

29

2,7

29

2,6

Sector Terciário

106

42,6

121

44,7

567

53,2

587

52,8

TOTAL

249

100

271

100

1066

100

1112

100

Fonte: DGEEP/Gabinete de Estratégia e Planeamento – Ministério do Trabalho e Solidariedade Social, Quadros de Pessoal.

No que se refere à estrutura dimensional das empresas e estabelecimentos (Quadro 10), predominavam, em Mértola, as pequenas e muito pequenas empresas (microempresas – 1 a 9 trabalhadores), representativas de 92,8%

No concelho de Mértola predominavam as pequenas e muito pequenas empresas.

das empresas e de 93,0% dos estabelecimentos, valor que se encontra acima daquele que este escalão apresenta na NUT III Baixo Alentejo (91,2% e 90,5%, respectivamente).

33

2

Ver a designação das Actividades Económicas por extenso (Lista das Secções e sua Designação, segundo a CAE-Rev.2) no Anexo I.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

Quadro 10. Número de empresas e estabelecimentos por escalão dimensional no concelho de Mértola (1995, 2000 e 2005) 1995

2000

2005

Est.

Emp.

Est.

Emp.

Est.

Emp.

1a4

113

107

155

130

216

196

5a9

18

13

21

14

36

35

10 a 19

7

5

9

23

14

13

20 a 49

1

1

2

-

3

3

50 a 99

1

-

1

1

1

1

100 a 149

-

-

-

-

-

-

150 a 199

-

-

-

-

1

1

Total

140

126

188

168

271

249

Fonte: DGEEP/Gabinete de Estratégia e Planeamento – Ministério do Trabalho e Solidariedade Social, Quadros de Pessoal.

4.3. ANÁLISE DAS LOCALIZAÇÕES Analisando a implantação territorial das empresas e estabelecimentos localizados no concelho de Mértola (Quadro 11 e Figuras 6 e 7), observa-se que é a freguesia de Mértola aquela que averbava a maior concentração de empresas

e

estabelecimentos

(55,8%

e

61,8%,

respectivamente),

A freguesia de Mértola averbava a maior concentração de empresas e estabelecimentos.

seguindo-se a freguesia de Santana de Cambas (8,0% das empresas e 8,4%

dos

estabelecimentos).

No

seu

conjunto,

estas

freguesias

concentravam 63,8% das empresas e 70,2% dos estabelecimentos localizados no concelho de Mértola. Quanto às demais freguesias, o seu contributo para a actividade económica do município de Mértola era relativamente reduzido. Quadro 11. Número de empresas e estabelecimentos por freguesia (2005) Empresas

Alcaria Ruiva

Estabelecimentos

N.º

%

N.º

%

19

7,6

22

0,8

Corte do Pinto

13

5,2

12

4,8

Espírito Santo

13

5,2

13

5,2

Mértola

139

55,8

155

61,8

Santana de Cambas

20

8,0

21

8,4

S. João Caldeireiros

18

7,2

18

7,2

S. Miguel Pinheiro

13

5,2

14

5,6

S. Pedro de Sólis

9

3,6

11

4,4

S. Sebastião dos Carros

5

2,0

5

2,0

Fonte: DGEEP/Gabinete de Estratégia e Planeamento – Ministério do Trabalho e Solidariedade Social, Quadros de Pessoal.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

34

Figura 6. Número de empresas por freguesia (2005) ! Albernoa !

7°50'W

7°40'W

7°30'W

37°50'N

São Marcos da Ataboeira

! Alcaria Ruiva !

! !

! Corte do Pinto !

37°40'N

Mértola

! !

! Santana de Cambas !

! ! São

João dos Caldeireiros São Sebastião dos ! Carros! São Miguel do Pinheiro ! !

! !

Espírito Santo

37°30'N ! São Pedro ! de Solis

Santa Cruz

! !

Giões

! !

Martim Longo

! !

EmpresasAlcoutim (Nº) ! !

Norte

(

i Pereiro

0

! !

5 km

21 - 139 16 - 20 11 - 15 5 - 10

Fonte estatística: DGEEP/Gabinete de Estratégia e Planeamento – Ministério do Trabalho e Solidariedade Social, Quadros de Pessoal.

35

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

Figura 7. Número de estabelecimentos por freguesia (2005) ! ! Albernoa

7°50'W

7°40'W

7°30'W

37°50'N

São Marcos da Ataboeira ! !

! ! Alcaria

! !

Ruiva

Corte do Pinto

37°40'N

! !

Mértola ! !

São Miguel do Pinheiro ! !

! Santana de Cambas !

São João dos Caldeireiros

São Sebastião ! ! dos Carros

! ! Espírito Santo

37°30'N ! o Pedro de Solis!

Giões ! !

Santa Cruz ! !

Estabelecimentos Alcoutim (Nº) ! !

Norte

(

51 - 155

i Pereiro ! !

Martim Longo ! !

0

21 - 50 7 - 20 2-6

5 km

Al

i

L

j i

Fonte estatística: DGEEP/Gabinete de Estratégia e Planeamento – Ministério do Trabalho e Solidariedade Social, Quadros de Pessoal.

No

que

diz

respeito

ao

pessoal

ao

serviço

nas

empresas

e

estabelecimentos localizados no concelho (Quadro 12 e Figura 8), verificase que a maioria exercia a sua actividade na freguesia de Mértola (64,8% do pessoal ao serviço nas empresas e 66,5% do pessoal ao serviço nos

A maioria do pessoal ao serviço exercia a sua actividade na freguesia de Mértola.

estabelecimentos), a qual constituía-se assim como o principal pólo gerador de emprego no concelho. Importa ainda destacar a freguesia de Santana de Cambas, com 9,1% do pessoal ao serviço das empresas e 8,7% do pessoal ao serviço nos estabelecimentos.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

36

Quadro 12. Pessoal ao serviço nas empresas e estabelecimentos por freguesia (2005) Pessoal ao serviço

Pessoal ao serviço

nas empresas

nos estabelecimentos

N.º

%

N.º

%

Alcaria Ruiva

52

4,9

59

5,3

Corte do Pinto

44

4,1

38

3,4

Espírito Santo

36

3,4

35

3,1

Mértola

691

64,8

740

66,5 8,7

Santana de Cambas

97

9,1

97

S. João Caldeireiros

53

5,0

51

4,6

S. Miguel Pinheiro

34

3,2

35

3,1

S. Pedro de Sólis

39

3,7

41

3,7

S. Sebastião dos Carros

20

1,9

16

1,4

Fonte: DGEEP/Gabinete de Estratégia e Planeamento – Ministério do Trabalho e Solidariedade Social, Quadros de Pessoal.

Figura 8. Pessoal ao serviço nas empresas e estabelecimentos por freguesia (2005)

7°50'W

37°50'N

7°40'W

A

A A

Alcaria Ruiva

!

37°40'N

São Miguel do Pinheiro

São João dos Caldeireiros

!

!

37°30'N

A A

A A

!

Santana de Cambas

Norte São Sebastião dos Carros

A A

A A

0

A

(i

5 km

Espírito Santo

Nos Estabelecimentos (Nº)

!

A

Corte do Pinto

!

!

!

São Pedro de Solis

A A

Mértola

A !

7°30'W

A

Nas Empresas (Nº) A

A

A

A

20 - 25 26 - 50 51 - 100 101 - 691

A

A

A

16 - 20 21 - 60

61 - 100

101 - 740

Fonte estatística: DGEEP/Gabinete de Estratégia e Planeamento – Ministério do Trabalho e Solidariedade Social, Quadros de Pessoal.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

37

5. REDE URBANA E SISTEMA DE POVOAMENTO 5.2. SISTEMA DE POVOAMENTO 5.2.1. ESTRUTURA DO POVOAMENTO A densidade populacional constitui-se como um indicador que transmite uma leitura de enquadramento necessária ao entendimento da ocupação do território do concelho de Mértola. Neste sentido, refira-se que a densidade populacional neste concelho é relativamente reduzida, com 6,7 hab/km2, quando no cômputo do território continental de Portugal ascende a 110,8 hab/km2 e no Baixo Alentejo a 15,8

A densidade populacional no concelho de Mértola é de 2 6,7 hab/km .

hab/km2 (2001). Ao nível das freguesias (Quadro 13 e Figuras 9 e 10), Corte Pinto, com 15,2 hab/km2, apresentava a densidade mais elevada, ainda assim bastante inferior à média do Continente, embora próxima da densidade da NUT III Baixo Alentejo. Por sua vez, Espírito Santo (3,2 hab/km2), São Sebastião dos Carros (4,1 hab/km2) e Alcaria Ruiva (4,7 hab/km2) apresentavam as densidades populacionais mais baixas.

Quadro 13. Evolução da densidade populacional no concelho de Mértola, por freguesia (1991-2001) Densidade Populacional (hab/km²)

Taxa de Variação (%)

Continente

1991 105,3

2001 110,8

1991-2001 5,2

NUT III Baixo Alentejo

16,7

15,8

-5,4

Mértola

7,6

6,7

-11,8

Alcaria Ruiva

5,6

4,7

-16,1

Corte do Pinto

17,7

15,2

-14,1

Espírito Santo

4,0

3,2

-20,0

Mértola

9,8

9,6

-2,0

Santana de Cambas

6,1

5,2

-14,8

S. João dos Caldeireiros

7,7

7,0

-9,1

S. Miguel do Pinheiro

7,5

6,4

-14,7

S. Pedro de Sólis

5,9

5,0

-15,3

S. Sebastião dos Carros

5,6

4,1

-26,8

Fonte estatística: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001

Face a 1991, em virtude do declínio da população residente na generalidade das freguesias do concelho de Mértola, a densidade populacional apresentou variações negativas em todas estas unidades (a

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

38

qual cifrou-se em -11,8% no cômputo do município), sendo as freguesias de S. Sebastião dos Carros (-26,8% – menos 1,5 hab/km2) e Espírito Santo (-20,0% – menos 0,8 hab/km2) aquelas em que, em termos relativos, se registou o declínio mais acentuado.

Figura 9. Densidade populacional por freguesia (2001) 7°50'W

7°40'W

7°30'W 37°50'N

São Marcos da Ataboeira

Alcaria Ruiva

!

Corte do Pinto

!

!

37°40'N

Mértola

!

Santana de Cambas

São João dos Caldeireiros

!

!

São Miguel do Pinheiro !

São Sebastião dos Carros

Espírito Santo

!

!

São Pedro de Solis

37°30'N

!

Gioes

!

Santa Cruz

!

Densidade Pop.

Norte

Martim Longo

!

0

(i

Pereiro

!

5 km

1,5 - 3,5 3,6 - 5,6 5,7 - 7,6 7,7 - 9,6

Alcoutim

(hab/km2) !

Mértola: Baixo Alentejo: Continente:

6,7 15,8 10,8

Fonte estatística: INE, XIV Recenseamento Geral da População, 2001

39

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

Figura 10. Densidade populacional por freguesia (1991)

7°50'W

7°40'W

7°30'W 37°50'N

São Marcos da Ataboeira

Alcaria Ruiva !

!

Corte do Pinto

!

37°40'N

Mértola

! !

Santana de Cambas

São João dos Caldeireiros !

São Miguel do Pinheiro

!

São Sebastião dos Carros

Espírito Santo !

!

!

São Pedro de Solis

37°30'N

!

Gioes

!

Santa Cruz !

Densidade Pop.

Norte

Martim Longo ! 0

(i

Pereiro

!

5 km

4,0 - 5,9 6,0 - 6,3 6,4 - 8,2 8,3 - 17,7

Alcoutim

(hab/km2) !

Mértola: Baixo Alentejo: Continente:

7,6 16,7 105,3

Fonte estatística: INE, XIII Recenseamento Geral da População, 1991

Quanto à estrutura do povoamento propriamente dita, esta é caracterizada pela concentração da população em aglomerados de pequena dimensão dispersos pelo território concelhio, sendo o aglomerado sede de concelho o único a apresentar um efectivo superior a 1.000 habitantes (1.451 habitantes, em 2001) – Quadro 14 e Figura 11. Para além deste

A Vila de Mértola é o único aglomerado do concelho com população superior a 1000 habitantes.

aglomerado populacional, importa referir os aglomerados da Mina de S. Domingos (665 habitantes), Monte Fernandes (345 habitantes) e Corte do Pinto (330 habitantes), pois são os únicos núcleos que apresentam uma

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

40

dimensão intermédia (aproximadamente entre os 300 e 650 habitantes) na estrutura de povoamento concelhia.

Quadro 1. População residente segundo a dimensão dos lugares (2001) População Residente

Número de Lugares

N.º

%

Menos de 100

2995

34,4

85

De 100 a 199

2051

23,5

16

De 200 a 499

929

10,7

3

De 500 a 999

665

7,6

1

De 1000 a 1999

1451

16,7

1

Mais de 2000

0

0,0

0

População Isolada

621

7,1

-

Total

8712

100,0

106

Fonte: INE, XIV Recenseamento Geral da População, 2001

A concentração da população em pequenos aglomerados, anteriormente referida, é confirmada pelo facto de 80,2% dos lugares existentes no

80,2% dos lugares do concelho têm menos de 100 habitantes.

concelho terem menos de 100 habitantes, nos quais residia 34,3% da população. À semelhança da estrutura de povoamento que caracteriza a região em que este concelho se insere, a população isolada é pouco representativa (7,1% da população residente). Quanto à evolução da população residente no período 1991-2001, importa assinalar o crescimento registado pelo principal núcleo urbano do concelho – a Vila de Mértola –, assim como os declínios dos efectivos populacionais

Destaca-se o crescimento da população residente na Vila de Mértola no período 1991-2001.

dos aglomerados de Mina de S. Domingos e Moreanes.

41

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

Figura 11. População residente por lugar (1991 e 2001)

Fonte: GesSystem, PDM de Mértola – Relatórios Sectoriais: Rede Urbana e Equipamentos Colectivos, 2007

Nota também para o facto de “no concelho de Mértola encontramos ainda a particularidade de, na maioria das freguesias, não ser o lugar «sede de freguesia» aquele que possui maior dimensão demográfica, facto que não é muito comum no contexto dos espaços rurais de Portugal Continental. Alguns exemplos claros deste fenómeno são as freguesias de Alcaria Ruiva, Corte do Pinto, Espírito Santo, Santana de Cambas e S. Miguel do Pinheiro. Em termos espaciais, também é possível encontrar uma certa diferenciação intra-concelhia, com o sector centro e nordeste (de um modo

O sector Centro e Nordeste acolhe os principais núcleos urbanos.

geral, as freguesias de Mértola, Santana de Cambas e Corte do Pinto) a acolher os principais núcleos urbanos e a registar uma menor dispersão da população por pequenos núcleos, por oposição à relativa atomização de lugares no restante território concelhio” (GesSystem, 2007b: 26).

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

42

5.1.2. USO DO SOLO E PARQUE HABITACIONAL Centrando a análise inerente ao presente ponto do diagnóstico no núcleo urbano de Mértola, importa referir que este é constituído pela “Vila Velha” ou Casco Histórico e pela “Vila Nova” – Figura 12. A estas “duas vilas”

A vila de Mértola possui duas unidades urbanísticas distintas – a “Vila Velha” e a “Vila Nova”.

correspondem unidades urbanísticas com características distintas, que influem nos níveis e padrões de mobilidade urbana. Figura 12. “Vila Velha” e “Vila Nova”

“Vila Velha” “Vila Nova”

Fonte: elaboração própria, 2007

No Casco Histórico, os arruamentos apresentam um traçado irregular, “quase labiríntico”, com uma topografia declivosa e vias estreitas. A

A “Vila Velha” possui um traçado irregular e uma topografia declivosa.

orientação dominante dos arruamentos e fachadas dos edifícios é voltada a Nascente,

paralela

ao

rio

Guadiana.

“Perpendicularmente

a

esta

orientação, sentido Sul/Norte, a sinuosidade é mais marcante, um vez que os arruamentos cortam ortogonalmente a linearidade definida pelos socalcos constituindo-se mais íngremes” (Câmara Municipal de Mértola, 1999: 9).

43

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

Nesta “vila” intramuros identificam-se, essencialmente, três tipos de morfologias construtivas (cfr. Câmara Municipal de Mértola, 1999: 11-12):

ႀ Construções Vernáculas (casas de um único piso, com apenas uma ou duas janelas, dispostas de forma simétrica) – Imagem 1;

ႀ Construções Eruditas (geralmente casas apalaçadas, pertencentes, noutros tempos, a uma classe social mais abastada) – Imagem 2;

ႀ Construções dos anos 30/40 (construções de

um

ou

dois

pisos,

tendo

por

característica principal a existência de uma barra horizontal, bem como a utilização da cal como “resguardo” para a casa) – Imagem 3.

Quanto à pavimentação no Casco Histórico, esta caracteriza-se pela prevalência de materiais e técnicas

tradicionais,

facto

que

lhe

confere

homogeneidade (Imagens 4, 5 e 6). Todavia, a “topografia declivosa do terreno tem forte expressão na irregularidade dos percursos, a circulação desenrola-se morfologicamente num encadeamento de planos que se sucedem aleatoriamente” (Câmara Fonte: Câmara Municipal de Mértola, 1999

Municipal de Mértola, 1999: 27). Imagem 1. Construção Vernácula

Por sua vez, a “Vila Nova” corresponde à área de

Imagem 2. Construção Erudita

expansão urbana mais recente, desenvolvendo-se a Norte do Casco Histórico. É nesta área que se

Imagem 3. Construção dos Anos 30/40

localiza grande parte dos serviços públicos e equipamentos colectivos, ainda que alguns preservem a sua localização no Casco Histórico (como é o caso do edifício dos Paços do Concelho, embora esteja prevista a sua transferência para um novo edifício a construir junto ao Palácio da Justiça).

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

Os principais serviços públicos e equipamentos colectivos localizam-se na “Vila Nova”.

44

Em relação aos estabelecimentos comerciais, estes concentram-se

ao

longo

do

Eixo

Comercial,

constituído pela Rua Dr. Afonso Costa, Rua Dr. Serrão Martins, Largo Vasco da Gama e Rua Alves Redol – Figura 13.

Fonte: Câmara Municipal de Mértola, 1999

Imagem 4. Pavimento no Casco Histórico Imagem 5. Pavimento no Casco Histórico Imagem 6. Pavimento no Casco Histórico

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

45

Figura 13. Eixo Comercial da Vila de Mértola

Fonte: Câmara Municipal de Mértola

No que diz respeito ao exame do parque habitacional do concelho de Mértola, este tem por objectivo a provisão do quadro evolutivo da construção de edifícios, permitindo perceber as principais áreas de expansão urbana e respectiva capacidade de alojamento, e assim as áreas em que a procura de transportes poderá estar a sofrer alterações, tanto qualitativa como quantitativamente. Desta forma, constata-se que no período 1991-2001 foram construídos 1.347 novos edifícios no concelho de Mértola, sendo as freguesias de Corte do Pinto (395 edifícios), Espírito Santo (260 edifícios), Mértola (256 edifícios) e S. Miguel do Pinheiro (156 edifícios) aquelas que registaram a

A freguesia de Corte do Pinto regista o maior número de edifícios construídos no período 1991-2001.

maior expansão absoluta do parque edificado (Quadro 15 e Figura 14).

46

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

Quadro 15. Edifícios construídos por período de construção, por freguesia Edifícios Construídos Antes de 1919

de 1919 a 1945

de 1946 a 1970

de 1971 a 1990

de 1991 a 2001

Alcaria Ruiva

498

332

62

71

50

Corte do Pinto

531

340

121

447

395

Espírito Santo

57

168

169

271

260

Mértola

978

582

95

335

256

4

804

106

88

83

S. João dos Caldeireiros

224

115

129

123

41

S. Miguel do Pinheiro

251

124

144

214

156

S. Pedro de Sólis

45

34

37

78

47

Santana de Cambas

S. Sebastião dos Carros Total

5

20

70

150

71

2593

2519

933

1777

1359

Fonte: INE, XIV Recenseamento Geral da População/IV Recenseamento Geral da Habitação, 2001

Figura 14. Edifícios construídos por período de construção, por freguesia 7°50'W

7°40'W

7°30'W

37°50'N

Alcaria Ruiva

!

Corte do Pinto

!

37°40'N

Mértola

!

Santana de Cambas

!

São Miguel do Pinheiro

!

São João dos Caldeireiros

!

São Sebastião dos Carros

!

São Pedro de Solis

!

Espírito Santo

!

37°30'N

Antes de 1919

Norte

0

(i

de 1919 a 1945 de 1946 a 1970 5 km

de 1971 a 1990 de 1991 a 2001

Fonte estatística: INE, XIV Recenseamento Geral da População/IV Recenseamento Geral da Habitação, 2001

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

47

Contudo, foi no vinténio precedente (1971-1990) que se registou o maior crescimento no número de edifícios da segunda metade do século XX na

55,8% do parque edificado do concelho é anterior a 1946.

generalidade das freguesias, contabilizado em 1.777 novas construções. Ainda assim, 55,7% do parque edificado do concelho é anterior a 1946. Em 2001, as freguesias de Mértola (2.246 edifícios), Corte do Pinto (1.834 edifícios), Santana de Cambas (1.085 edifícios) e Alcaria Ruiva (1.013 edifícios) eram aquelas que contavam com o maior parque edificado. Inversamente, S. Pedro de Sólis (241 edifícios) e S. Sebastião dos Carros

As freguesias de Mértola, Corte do Pinto, Santana de Cambas e Alcaria Ruiva apresentavam o maior parque edificado.

(316 edifícios) registavam o menor número de edifícios (Quadro 16). Esta distribuição apresenta correspondência com o número de alojamentos familiares e famílias clássicas residentes (Quadro 16), sendo igualmente as freguesias de Mértola (2.364 alojamentos e 1.154 famílias), Corte do Pinto (1.844 alojamentos e 485 famílias), Santana de Cambas (1.090 alojamentos e 362 famílias) e Alcaria Ruiva (1.017 alojamentos e 414 famílias) as mais representativas em ambos os indicadores. As freguesias de S. Pedro de Sólis (241 alojamentos e 132 famílias) e S. Sebastião dos Carros (317 alojamentos e 126 famílias) contabilizam o menor número de alojamentos familiares e de famílias clássicas.

Quadro 16. Número de famílias clássicas, alojamentos familiares e edifícios por freguesia (2001) Famílias Clássicas

Alojamentos Familiares

Edifícios

Alcaria Ruiva

414

1017

1013

Corte do Pinto

485

1844

1834

Espírito Santo

206

924

925

Mértola

1154

2364

2246

Santana de Cambas

362

1090

1085

S. João dos Caldeireiros

290

632

632

S. Miguel do Pinheiro

386

893

889

S. Pedro de Sólis

132

241

241

S. Sebastião dos Carros

126

317

316

Total

3555

9322

9181

Fonte: INE, XIV Recenseamento Geral da População/IV Recenseamento Geral da Habitação, 2001

Dados mais recentes (2006), relativos às licenças concedidas pela autarquia para a construção de novas habitações familiares no concelho (Quadro 17), mostram o licenciamento de 39 novos fogos, sendo as tipologias T2 (12 fogos) e T3 (13 fogos) as predominantes.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

Nas licenças concedidas a partir de 2006 predominam os T2 e T3.

48

Quadro 17. Número de fogos licenciados e fogos concluídos para habitação familiar, por tipologia de fogo (2006) Tipologia do fogo

Nº de fogos licenciados

Nº de fogos concluídos

T0 ou T1

10

4

T2

12

13

T3

13

6

T4 ou mais

4

2

Total

39

25

Fonte: INE, Estatísticas da Construção e Habitação – 2006, 2007.

Neste mesmo ano (2006), foram concluídos 25 fogos para habitação familiar, 52,0% dos quais de tipologia T2 e apenas 8,0% de tipologia T4 ou superior.

5.2. SERVIÇOS DE HIERARQUIA SUPERIOR Tendo em conta que um lugar central se apresenta como “um centro urbano que presta funções centrais para a sua área periférica” (INE, 2004), a qual também se denomina de área de influência, a Vila de Mértola, assume-se como núcleo central e polarizador de todo o concelho, em resultado da localização dos principais equipamentos e funções públicas e privadas. Corroborando este entendimento, o Relatório Sectorial do PDM de Mértola relativo à rede urbana refere que “Mértola é um concelho paradigmático enquanto espaço de baixa densidade demográfica (mas também funcional) onde, à excepção da sede de concelho, não existem aglomerados com capacidade de polarizar de forma intensa o espaço envolvente, de modo que a «rede urbana» é bastante débil e está constituída essencialmente por

Com a excepção da sede concelho, não existem aglomerados com capacidade de polarizar de forma intensa o espaço envolvente.

uma proliferação de núcleos de baixo nível hierárquico ao longo do território concelhio. Mesmo assim, esta distribuição não é uniforme e existem extensos sectores do Concelho desprovidos de qualquer tipo de núcleo urbano de nível intermédio” (GesSystem, 2007a: 21). Este documento acrescenta ainda que “numa tentativa de descrever os elementos da hierarquia urbana que podem alimentar a definição de um modelo territorial temos claramente, em primeiro lugar, Mértola como o núcleo central e vertebrador de todo o Concelho. Para além deste,

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

49

podemos destacar ainda, por concentrarem um número relevante de aglomerados de nível intermédio, o sector Nordeste (Corte do Pinto, Mina de São Domingos, Santana de Cambas, Moreanes e Corvos) e o eixo Sudoeste da Nacional 122 (Vale de Açor de Baixo, Azinhal, Algodôr, Alcaria

O sector Nordeste do concelho, concentra alguns aglomerados de nível intermédio.

Ruiva e Corte da Velha)” (GesSystem, 2007a: 21) – Figura 15.

Figura 15. Proposta de Hierarquia Urbana para o concelho de Mértola

Fonte: GesSystem, PDM de Mértola – Relatórios Sectoriais: Rede Urbana e Equipamentos Colectivos, 2007

Relativamente aos principais equipamentos e funções públicas e privadas que se constituem como pólos atractores, e que reforçam a posição da Vila de Mértola na rede urbana concelhia, importa destacar:

50

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

ႀ A nível escolar: Escola 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico/Ensino Secundário;

ႀ A nível da saúde: Centro de Saúde de Mértola, Farmácias; ႀ A nível administrativo: Serviços Municipais, Tribunal, Repartição de Finanças;

ႀ A nível cultural: Biblioteca Municipal; ႀ A nível desportivo: Piscina Coberta; Pavilhões/Salas de Desporto. ႀ A nível económico: empresas e estabelecimentos localizados na sede de concelho, Zona Industrial de Mértola.

Ao nível regional, o “sistema urbano [do Alentejo] enquadra-se num território rural extenso de fraca densidade, constituindo uma estrutura fundamental de organização territorial e de resistência ao processo de recessão demográfica. É uma estrutura urbana débil, constituída por um número reduzido de centros urbanos de dimensão média (10 a 50 mil

O sistema urbano do Alentejo é uma estrutura débil, constituída por um número reduzido de centros urbanos de dimensão média.

habitantes)” (CCDRA, 2007: 64). O concelho de Mértola, território de charneira relativamente às regiões da Andaluzia (Espanha) e do Sotavento Algarvio, insere-se no sistema urbano estruturado por Beja, núcleo que se assume como o principal centro urbano do Baixo Alentejo (centro urbano regional) – Figura 16.

Mértola insere-se no sistema urbano estruturado por Beja, núcleo que se assume como o principal centro urbano do Baixo Alentejo.

Esta estruturação, patente na hierarquia de centros urbanos apresentada na Figura 17, reflecte, entre outros factores, o espectro das funções que os mesmos prestam. Atendendo a que os centros de ordem superior prestam funções mais especializadas, é expectável a indução de deslocações para estes centros a partir dos centros de ordem inferior, de modo a aceder a estes serviços.

É expectável a indução de deslocações para centros de ordem superior, a partir dos centros de ordem inferior, de modo a aceder a serviços especializados.

51

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

Figura 16. Modelo Territorial do Sistema Urbano da Região Alentejo

Fonte: CCDRA, Plano Regional de Ordenamento do Território do Alentejo, 2007

52

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

Figura 17. Modelo Territorial do Sistema Urbano da Região Alentejo

Fonte: CCDRA, Plano Regional de Ordenamento do Território do Alentejo, 2007

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

53

Neste sentido, e face à dificuldade de captar e interpretar a complexidade das relações e dependências funcionais deste sistema urbano, optou-se por considerar apenas as deslocações motivadas pela necessidade de recurso aos serviços prestados pelo Hospital José Joaquim Fernandes

O concelho encontra-se na área de influência do Hospital José Joaquim Fernandes em Beja (Centro Hospitalar do Baixo Alentejo).

(Centro Hospitalar do Baixo Alentejo), visto que, como observável na Figura 18, o concelho encontra-se na área de influência desta unidade. Esta opção decorre do entendimento acerca da importância em assegurar as condições de transporte que permitam o acesso de toda a população aos serviços clínicos (nas várias especialidades e unidades) aí prestados.

Figura 18. Deslocações a Hospitais Centrais na Região Alentejo

Fonte: INE, Carta de Equipamentos e de Serviços de Apoio à População – Região do Alentejo, 2002

54

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

6. CARACTERIZAÇÃO DA PROCURA DE TRANSPORTE 6.1. IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DAS PRINCIPAIS DESLOCAÇÕES A análise dos padrões de mobilidade da população empregada e estudante baseia-se nos resultados do XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População (1991 e 2001, respectivamente). O desenvolvimento desta análise, no contexto do presente estudo, decorre da necessidade de:

ႀ Perceber a dimensão e direcção dos movimentos originados e atraídos pelo concelho de Mértola;

ႀ Identificar os modos de transporte utilizados nas deslocações; ႀ Conhecer os tempos médios de deslocação.

6.1.1. ANÁLISE GLOBAL DAS DESLOCAÇÕES CONCELHIAS Face a 1991, as deslocações no concelho de Mértola apresentaram uma variação positiva de 33,5% (Quadro 18). Com a excepção das freguesias de Espírito do Santo e S. Sebastião dos Carros, que registaram uma

Entre 1991 e 2001, as deslocações no concelho de Mértola apresentaram uma variação positiva.

variação negativa (-5,1% e -2,0%, respectivamente), nas restantes freguesias ocorreu um aumento do número de deslocações. Destaca-se a freguesia de S. João dos Caldeiros com um aumento de 143,2%. Em 2001, as freguesias que geravam maiores fluxos eram Mértola (1.494 deslocações), Alcaria Ruiva (442 deslocações) e Corte do Pinto (360 deslocações). As freguesias de S. Sebastião dos Carros (96 deslocações),

Em 2001 a freguesia de Mértola era a que gerava o maior número de deslocações.

S. Pedro de Sólis (116 deslocações) e Espírito Santo (130 deslocações) apresentavam o menor número de deslocações no conjunto das freguesias do concelho de Mértola.

55

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

Quadro 18. Evolução do total das deslocações no concelho de Mértola (1991-2001) Total de Deslocações

Taxa de Variação

1991

2001

1991-2001

Mértola

2591

3459

33,5

Alcaria Ruiva

298

442

48,3

Corte do Pinto

289

360

24,6

Espírito Santo

137

130

-5,1

Mértola

1077

1494

38,7

Santana de Cambas

240

289

20,4

S. João dos Caldeireiros

111

270

143,2

S. Miguel do Pinheiro

245

262

6,9

S. Pedro de Sólis

96

116

20,8

S. Sebastião dos Carros

98

96

-2,0

Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001

6.1.1.1. ANÁLISE DAS DESLOCAÇÕES INTRA-CONCELHIAS As deslocações intra-concelhias (Quadro 19) representavam, em 2001, 90,0% do total de deslocações com origem no concelho de Mértola. Comparativamente

com

1991,

estas

deslocações

As deslocações intraconcelhias representavam 90,0% do total de deslocações.

mantêm

aproximadamente a mesma importância relativa (embora em termos absolutos se verifique um acréscimo de 789 deslocações com origem e destino no próprio concelho), não se registando assim alterações significativas na distribuição relativa do destino dos fluxos.

Quadro 19 Evolução das deslocações intra-concelhias no concelho de Mértola (1991 e 2001) Total de

Deslocações Intra-

Deslocações

concelhias

% Deslocações Intra-concelhias

1991

2001

1991

2001

1991

2001

Mértola

2591

3459

2325

3114

89,7

90,0

Alcaria Ruiva

298

442

244

358

81,9

81,0

Corte do Pinto

289

360

270

329

93,4

91,4

Espírito Santo

137

130

128

130

93,4

100,0

Mértola

1077

1494

1014

1400

94,2

93,7

Santana de Cambas

240

289

217

264

90,4

91,4

S. João dos Caldeireiros

111

270

100

223

90,1

82,6

S. Miguel do Pinheiro

245

262

171

218

69,8

83,2

S. Pedro de Sólis

96

116

91

102

94,8

87,9

S. Sebastião dos Carros

98

96

90

90

91,8

93,8

Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001

56

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

Ao nível das freguesias (Quadro 19 e Figuras 19 e 20), Espírito Santo (100,0%),

S.

Sebastião

dos

Carros

(93,8%)

e

Mértola

(93,7%)

apresentavam, em 2001, a maior proporção de deslocações intraconcelhias relativamente ao total de deslocações geradas pela freguesia.

As freguesias de Espírito Santo, S. Sebastião dos Carros e Mértola apresentavam a maior proporção de deslocações intra-concelhias.

Ainda assim, face a 1991, a representatividade destas deslocações aumentou apenas em quatro freguesias (Espírito Santo, Santana de Cambas, S. Miguel do Pinheiro e S. Sebastião dos Carros), registando-se decréscimos relativos nas restantes.

Figura 19. Deslocações intra e inter-concelhias por freguesia (%) – 1991 7°50'W

7°40'W

7°30'W

37°50'N

Alcaria Ruiva

!

Corte do Pinto

!

37°40'N

Mértola

!

Santana de Cambas

!

São Miguel do Pinheiro

!

São João dos Caldeireiros

!

São Sebastião dos Carros

!

São Pedro de Solis

!

Espírito Santo

!

37°30'N

Norte

Deslocações Intra-Concelhias Deslocações Inter-Concelhias

0

(i

5 km

Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001

57

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

Figura 20. Deslocações intra e inter-concelhias por freguesia (%) – 2001

7°50'W

7°40'W

7°30'W

37°50'N

Alcaria Ruiva

!

Corte do Pinto

!

37°40'N

Mértola

!

Santana de Cambas

!

São Miguel do Pinheiro

!

São João dos Caldeireiros

!

São Sebastião dos Carros

!

São Pedro de Solis

!

Espírito Santo

!

37°30'N

Norte

Deslocações Intra-Concelhias Deslocações Inter-Concelhias

0

(i

5 km

Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001

Quanto à origem destas deslocações (Quadro 20 e Figura 21), os principais fluxos eram gerados, em 2001, pelas freguesias de Mértola (1400

Os principais fluxos são gerados pela freguesia de Mértola (45,0%).

deslocações – 45,0% do total de deslocações), Alcaria Ruiva (358 deslocações – 11,5% do total de deslocações) e Corte do Pinto (10,6% – 329 deslocações), representativas de 67,1% das deslocações intraconcelhias. Por sua vez, S. Sebastião dos Carros (90 deslocações – 2,9% do total de deslocações), Espírito Santo (130 deslocações – 4,2% do total de deslocações) e S. Pedro de Sólis (102 deslocações – 3,3% do total de deslocações), constituíam-se como as freguesias com menor importância

58

nestes fluxos.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

Quadro 20. Origem das deslocações intra-concelhias por freguesia (1991 e 2001) % Deslocações 1991

2001

Alcaria Ruiva

10,5

11,5

Corte do Pinto

11,6

10,6

Espírito Santo

5,5

4,2

Mértola

43,6

45,0

Santana de Cambas

9,3

8,5

S. João dos Caldeireiros

4,3

7,2

S. Miguel do Pinheiro

7,4

7,0

S. Pedro de Sólis

3,9

3,3

S. Sebastião dos Carros

3,9

2,9

Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001

Figura 21. Origem das deslocações intra-concelhias por freguesia (1991 e 2001) Albernoa

!

7°50'W

7°40'W

7°30'W 37°50'N

10,5 11,5 São Marcos da Ataboeira

11,6 10,6 Alcaria Ruiva

!

!

!

Corte do Pinto

43,6 45

37°40'N

4,3 7,2

Mértola

!

9,3 8,5 !

!

Senhora da Graça de Padrões !

São João dos Caldeireiros

Santana de Cambas

São Sebastião dos Carros

São Miguel do Pinheiro

5,5 4,2

! !

!

Espírito Santo

3,9 2,9

7,4 7 3,9 3,3 São Pedro de Solis

Santa Cruz

!

37°30'N

!

Giões

Alcoutim

!

Martim Longo

!

Pereiro

!

!

0

Norte

(i

Deslocações (%) 1991 5

2001 km

59 Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

6.1.1.2. ANÁLISE DAS DESLOCAÇÕES INTER-CONCELHIAS As deslocações inter-concelhias (Quadro 21) cifraram-se, em 2001, em apenas 345 deslocações, sofrendo um ligeiro aumento, em termos absolutos, face a 1991 – um acréscimo de 76 deslocações. Embora tendose registado um acréscimo absoluto do número de deslocações interconcelhias,

em

termos

relativos,

ocorreu

uma

ligeira

perda

da

representatividade destes fluxos em relação a 1991 (-0,3%). Conclui-se, portanto, que as deslocações com origem em Mértola tinham como destino preferencial, em 1991, o próprio concelho, sendo esta tendência reforçada

As deslocações com origem em Mértola tinham como destino preferencial, em 1991, o próprio concelho, sendo esta tendência reforçada em 2001.

em 2001.

Quadro 21. Evolução das deslocações inter-concelhias no concelho de Mértola (1991 e 2001) Total de

Deslocações Inter-

% Deslocações

Deslocações

concelhias

Inter-concelhias

1991

2001

1991

2001

1991

2001

Mértola

2591

3459

266

345

10,3

10,0

Alcaria Ruiva

298

442

54

84

18,1

19,0

Corte do Pinto

289

360

19

31

6,6

8,6

Espírito Santo

137

130

9

0

6,6

0,0

Mértola

1077

1494

63

94

5,9

6,3

Santana de Cambas

240

289

23

25

9,6

8,7

S. João dos Caldeireiros

111

270

11

47

9,9

17,4

S. Miguel do Pinheiro

245

262

74

44

30,2

16,8

S. Pedro de Sólis

96

116

5

14

5,2

12,1

S. Sebastião dos Carros

98

96

8

6

8,2

6,3

Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001

Ao nível das freguesias, e com a excepção de Espírito Santo, S. Miguel do Pinheiro e S. Sebastião dos Carros, que registaram uma diminuição das deslocações inter-concelhias, nas restantes freguesias houve um aumento do número de deslocações que tiveram como destino outros concelhos.

No período 1991-2001 ocorreu um decréscimo da representatividade das deslocações interconcelhias na maior parte das freguesias.

Contudo, como se observa no Quadro 21 e nas Figuras 19 e 20, para além das freguesias que registaram uma redução do fluxo inter-concelhio, também

em

Santana

de

Cambas

estas

deslocações

perderam

representatividade (passando de 9,6% em 1991 para 8,7% em 2001). Certo é que Espírito Santo, S. Miguel do Pinheiro e S. Sebastião dos Carros foram as freguesias que maior pressão exerceram para a ocorrência de um decréscimo da representatividade das deslocações inter-concelhias no concelho de Mértola.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

60

Quanto à origem das deslocações inter-concelhias (Quadro 22 e Figura 22), os principais fluxos eram gerados, em 2001, pelas freguesias de Mértola (94 deslocações – 27,2% do total de deslocações), Alcaria Ruiva (84 deslocações - 24,3% do total de deslocações) e S. João dos Caldeireiros

A maioria das deslocações inter-concelhias tinha origem nas freguesias de Mértola, Alcaria Ruiva e S. João dos Caldeireiros.

(47 deslocações – 13,6% do total de deslocações), representativas de 65,1% das deslocações inter-concelhias. Por outro lado, Espírito Santo (sem qualquer deslocação), S. Sebastião dos Carros (6 deslocações – 1,7% das deslocações) e S. Pedro Sólis (14 deslocações – 4,1% do total de deslocações) representavam apenas 5,8% (20 deslocações) do total de deslocações para o exterior do concelho.

Quadro 22. Origem das deslocações inter-concelhias por freguesia (1991 e 2001) % Deslocações 1991

2001

Alcaria Ruiva

20,3

24,3

Corte do Pinto

7,1

9,0

Espírito Santo

3,4

0,0

Mértola

23,7

27,2

Santana de Cambas

8,6

7,2

S. João dos Caldeireiros

4,1

13,6

S. Miguel do Pinheiro

27,8

12,8

S. Pedro de Sólis

1,9

4,1

S. Sebastião dos Carros

3,0

1,7

Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001

61

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

Figura 22. Distribuição das deslocações inter-concelhias por freguesia (1991 e 2001) Albernoa

!

7°50'W

7°40'W

7°30'W 37°50'N

20,3 24,3 São Marcos da Ataboeira

7,1 9 Alcaria Ruiva

!

!

!

Corte do Pinto

23,7 27,2 4,1 13,6

37°40'N

Mértola

!

8,6 7,2 !

!

Senhora da Graça de Padrões !

São João dos Caldeireiros

Santana de Cambas

São Sebastião dos Carros

São Miguel do Pinheiro

3,4 0

! !

!

Espírito Santo

3,0 1,7

27,8 12,8 1,9 4,1 São Pedro de Solis

Santa Cruz

!

37°30'N

!

Giões

Alcoutim

!

Martim Longo

!

Pereiro

!

!

0

Norte

(i

Deslocações (%) 1991 5

2001 km

Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001

6.1.2. ANÁLISE DOS FLUXOS POR MOTIVO DE TRABALHO 6.1.2.1. DESLOCAÇÕES INTRA-CONCELHIAS As deslocações intra-concelhias por motivo de trabalho (Quadro 23) representavam, em 2001, 88,4% do total das deslocações por motivo de trabalho com origem no concelho de Mértola. Atentando na proporção de deslocações intra-concelhias por motivo de trabalho por freguesia, observa-se que, em 2001, os valores mais elevados eram ostentados por Mértola (93,6%), Santana de Cambas (93,6%) e S.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

As freguesias de Mértola, Santana de Cambas e S. Sebastião dos Carros apresentavam as maiores proporções de deslocações intra-concelhias.

62

Sebastião dos Carros (93,3%). As freguesias em que as deslocações intraconcelhias

averbavam

menor

preponderância

eram

S.

João

dos

Caldeireiros (78,4%), S. Miguel do Pinheiro (78,2%) e Alcaria Ruiva (77,3%). Face a 1991, os maiores acréscimos relativos nas deslocações com origem e destino no concelho de Mértola foram registados por S. João dos Caldeireiros, Alcaria Ruiva e Mértola (com 91,0%, 31,3% e 15,0%, respectivamente), enquanto que em Espírito Santo (-10,9%), S. Pedro de Sólis (-7,3%) e S. Sebastião dos Carros (-6,7%) esta evolução foi declinante.

Quadro 23. Evolução das deslocações intra-concelhias por motivo de trabalho (1991-2001) Total de

Deslocações Intra-

% Deslocações Intra-

Deslocações por

concelhias por

concelhias por motivo

motivo de trabalho

motivo de trabalho

de trabalho 1991

2001

Taxa de Variação

1991

2001

1991

2001

1991-2001

Mértola

2112

2462

1895

2176

89,7

88,4

14,8

Alcaria Ruiva

229

331

195

256

85,2

77,3

31,3

Corte do Pinto

213

243

200

221

93,9

90,9

10,5

Espírito Santo

107

99

101

90

94,4

90,9

-10,9

Mértola

912

1054

858

987

94,1

93,6

15,0

Santana de Cambas

197

203

181

190

91,9

93,6

5,0

S. João dos Caldeireiros

88

190

78

149

88,6

78,4

91,0

S. Miguel do Pinheiro

212

193

140

151

66,0

78,2

7,9

S. Pedro de Sólis

86

89

82

76

95,3

85,4

-7,3

S. Sebastião dos Carros

68

60

60

56

88,2

93,3

-6,7

Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001

No que se refere à origem dos fluxos intra-concelhios por motivo de trabalho (Quadro 24), os principais contributos advinham, em 2001, das freguesias de Mértola (987 deslocações – 45,4% do total de deslocações), Alcaria Ruiva (256 deslocações – 11,8% do total de deslocações) e Corte

A freguesia de Mértola apresentava-se como a principal geradora de deslocações intraconcelhias por motivo de trabalho (45,4%).

do Pinto (221 deslocações – 10,2% do total de deslocações). Por sua vez, Espírito Santo (90 deslocações – 4,1% do total de deslocações), S. Pedro de Solis (76 deslocações – 3,5% do total de deslocações) e S. Sebastião dos Carros (56 deslocações – 2,6% do total de deslocações), eram as freguesias que menos deslocações geravam com destino no concelho de

63

Mértola.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

Comparativamente com 1991, não se registaram, em termos relativos, alterações significativas na origem das deslocações, destacando-se contudo S. João dos Caldeireiros que, passando de 4,1% para 6,8%, vê reforçado o seu peso no cômputo das deslocações intra-concelhias. Quanto às freguesias com os fluxos mais representativos em 2001 – Alcaria Ruiva e Mértola – verifica-se que estas acabam por reforçar, ainda que ligeiramente, a importância que detinham em 1991, isto em resultado de um aumento de 61 e 129 deslocações, respectivamente.

Quadro 24. Origem das deslocações intra-concelhias por motivo de trabalho por freguesia (1991 e 2001) % Deslocações 1991

2001

Alcaria Ruiva

10,3

11,8

Corte do Pinto

10,6

10,2

Espírito Santo

5,3

4,1

Mértola

45,3

45,4

Santana de Cambas

9,6

8,7

S. João dos Caldeireiros

4,1

6,8

S. Miguel do Pinheiro

7,4

6,9

S. Pedro de Sólis

4,3

3,5

S. Sebastião dos Carros

3,2

2,6

Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001

6.1.2.2. DESLOCAÇÕES INTER-CONCELHIAS As deslocações inter-concelhias por motivo de trabalho com origem no município de Mértola (Quadro 25) registaram, entre 1991 e 2001, um acréscimo de 31,8%, aumentando a sua representatividade em 1,3% no conjunto das deslocações por motivo de trabalho geradas pelo concelho (passando de 10,3% em 1991 para 11,6% em 2001). Verifica-se assim que apenas uma pequena parte dos residentes em Mértola desloca-se para fora do concelho para exercer a sua actividade profissional. Numa primeira

Apenas uma pequena parte dos residentes em Mértola deslocava-se para fora do concelho para exercer a sua actividade profissional.

análise, estes dados são indiciadores da capacidade do concelho em reter internamente os fluxos da população, através da oferta de postos de trabalho, visto que apenas uma pequena parte das deslocações é exercida para fora do mesmo. Importa, contudo, ponderar a situação geográfica e extensão territorial do município como factores condicionadores das

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

64

deslocações inter-concelhias, assim como as acessibilidades e qualidade da oferta dos transportes públicos.

Quadro 25. Evolução das deslocações inter-concelhias por motivo de trabalho (1991-2001) Total de

Deslocações Inter-

% Deslocações Inter-

Deslocações por

concelhias por

concelhias por motivo

motivo de trabalho

motivo de trabalho

de trabalho

Taxa de Variação

1991

2001

1991

2001

1991

2001

1991-2001

Mértola

2112

2462

217

286

10,3

11,6

31,8

Alcaria Ruiva

229

331

34

75

14,8

22,7

120,6

Corte do Pinto

213

243

13

22

6,1

9,1

69,2

Espírito Santo

107

99

6

9

5,6

9,1

50,0

Mértola

912

1054

54

67

5,9

6,4

24,1

Santana de Cambas

197

203

16

13

8,1

6,4

-18,8

S. João dos Caldeireiros

88

190

10

41

11,4

21,6

310,0

S. Miguel do Pinheiro

212

193

72

42

34,0

21,8

-41,7

S. Pedro de Sólis

86

89

4

13

4,7

14,6

225,0

S. Sebastião dos Carros

68

60

8

4

11,8

6,7

-50,0

Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001

Atentando na proporção de deslocações inter-concelhias por freguesia (Quadro 25), observa-se que, em 2001, os valores mais elevados eram ostentados pelas freguesias de Alcaria Ruiva (22,7%), S. Miguel do Pinheiro (21,8%), S. João dos Caldeireiros (21,6%) e S. Pedro de Sólis

Nas deslocações interconcelhias por freguesia, os valores mais elevados eram ostentados pelas freguesias do sector Oeste do concelho.

(14,6%), isto é, as freguesias do sector Oeste do concelho de Mértola. As freguesias em que as deslocações inter-concelhias averbavam menor peso relativo eram S. Sebastião dos Carros (6,7%), Mértola (6,4%) e Santana de Cambas (6,4%). No referente à origem dos fluxos inter-concelhios (Quadro 26), as freguesias que, em 2001, mais contribuíram para o fluxo exógeno por motivo de trabalho foram Alcaria Ruiva (75 deslocações – 26,2% do total de deslocações), Mértola (67 deslocações – 23,4% do total de deslocações), S. Miguel do Pinheiro (42 deslocações - 14,7% do total de deslocações) e

Quanto à origem dos fluxos inter-concelhios, as freguesias que, em 2001, mais contribuíram para o fluxo exógeno por motivo de trabalho foram Alcaria Ruiva, Mértola, S. Miguel do Pinheiro e S. João dos Caldeireiros.

S. João dos Caldeireiros (41 deslocações – 14,3% do total de deslocações). Por sua vez, São Pedro Sólis (13 deslocações – 4,5% do total de deslocações), Espírito Santo (9 deslocações – 3,1% do total de deslocações) e S. Sebastião dos Carros (4 deslocações – 1,4% do total de

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

65

deslocações) eram as freguesias que menos deslocações geravam para fora do concelho de Mértola.

Quadro 26. Origem das deslocações intra-concelhias por motivo de trabalho por freguesia (1991 e 2001) % Deslocações 1991

2001

Alcaria Ruiva

15,7

26,2

Corte do Pinto

6,0

7,7

Espírito Santo

2,8

3,1

Mértola

24,9

23,4

Santana de Cambas

7,4

4,5

S. João dos Caldeireiros

4,6

14,3

S. Miguel do Pinheiro

33,2

14,7

S. Pedro de Sólis

1,8

4,5

S. Sebastião dos Carros

3,7

1,4

Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001

Comparativamente com 1991, destaca-se a perda de importância relativa dos fluxos gerados pela freguesia de S. Miguel do Pinheiro (de 33,2% para 14,7%) e o reforço das deslocações com origem em S. João dos Caldeireiros (de 4,6% para 14,3%) e Alcaria Ruiva (de 15,7% para 26,2%). Quanto às freguesias com os fluxos mais representativos em 2001 – Alcaria Ruiva e Mértola –, verifica-se que estas acabam por reforçar a importância relativa que detinham em 1991, isto em resultado de um aumento de 41 e 13 deslocações, respectivamente.

6.1.3. ANÁLISE DAS DESLOCAÇÕES POR MOTIVO DE ESTUDO 6.1.3.1. DESLOCAÇÕES INTRA-CONCELHIAS As deslocações intra-concelhias por motivo de estudo no município de Mértola sofreram, entre 1991 e 2001, um acréscimo de 115,8% (498 deslocações), aumentando a sua representatividade de 89,8% para 93,1% no total de deslocações por motivo de estudo (Quadro 27). Verifica-se assim que, em 2001, a maioria dos estudantes (93,1%) residentes no concelho de Mértola deslocava-se no interior do concelho para frequentar um estabelecimento de ensino.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

Em 2001, 93,1% dos estudantes residentes no concelho de Mértola deslocava-se no interior do concelho para frequentar um estabelecimento de ensino.

66

Ao nível das freguesias (Quadro 27), S. João dos Caldeireiros (236,4%), S. Pedro de Sólis (188,9%) e Mértola (164,7%) apresentaram, no período em estudo, a maior variação das deslocações no interior do concelho. Contudo, eram as freguesias de Espírito Santo (96,8%), S. Miguel do Pinheiro (97,1%), S. Pedro de Sólis (96,3%) e S. Sebastião dos Carros (94,4%) aquelas que ostentavam a maior proporção de deslocações por motivo de estudo no interior do concelho relativamente ao total de deslocações por A freguesia de Mértola era a que mais contribuía para o fluxo intra-concelhio de estudantes.

motivo de estudo geradas pela freguesia. Importa ainda referir que era a freguesia de Mértola (413 deslocações) aquela que mais contribuía para o fluxo intra-concelhio de estudantes. Face a 1991, registou-se um acréscimo, em todas as freguesias do concelho, do número de estudantes que se deslocava internamente, salientando-se contudo o caso de S. Miguel do Pinheiro em que a quase totalidade dos estudantes (97,1%) se deslocava no interior do concelho.

Quadro 27. Evolução das deslocações intra-concelhias por motivo de estudo (1991-2001) Total de deslocações por motivo de estudo 1991

Deslocações intra-

% Deslocações intra-

concelhias por

concelhias por

motivo de estudo

motivo de estudo

2001

1991

1991

2001

2001

Taxa de Variação 1991-2001

Mértola

479

997

430

928

89,8

93,1

115,8

Alcaria Ruiva

69

111

49

102

71,0

91,9

108,2

Corte do Pinto

76

117

70

108

92,1

92,3

54,3

Espírito Santo

30

31

27

30

90,0

96,8

11,1

Mértola

165

440

156

413

94,5

93,9

164,7 105,6

Santana de Cambas

43

86

36

74

83,7

86,0

S. João dos Caldeireiros

23

80

22

74

95,7

92,5

236,4

S. Miguel do Pinheiro

33

69

31

67

93,9

97,1

116,1

S. Pedro de Sólis

10

27

9

26

90,0

96,3

188,9

S. Sebastião dos Carros

30

36

30

34

100,0

94,4

13,3

Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001

Quanto à origem destas deslocações (Quadro 28), os principais fluxos eram gerados, em 2001, pelas freguesias de Mértola (413 deslocações – 44,5% do total de deslocações), Corte do Pinto (108 deslocações – 11,6% do total de deslocações) e Alcaria Ruiva (102 deslocações – 11,0% do total de

A freguesia de Mértola apresentava o maior fluxo de deslocações intraconcelhias por motivo de estudo (44,5% do total de deslocações).

deslocações), representativas de 67,1% das deslocações. Por sua vez, S. Sebastião dos Carros (34 deslocações – 3,7% do total de deslocações), Espírito Santo (30 deslocações – 3,2% do total de deslocações) e S. Pedro

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

67

Sólis (26 deslocações – 2,8% do total de deslocações) constituíam-se como as freguesias com menor importância nestes fluxos.

Quadro 28. Origem das deslocações intra-concelhias por motivo de estudo por freguesia (1991 e 2001) % Deslocações 1991

2001

Alcaria Ruiva

11,4

11,0

Corte do Pinto

16,3

11,6

Espírito Santo

6,3

3,2

Mértola

36,3

44,5

Santana de Cambas

8,4

8,0

S. João dos Caldeireiros

5,1

8,0

S. Miguel do Pinheiro

7,2

7,2

S. Pedro de Sólis

2,1

2,8

S. Sebastião dos Carros

7,0

3,7

Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001

6.1.3.2. DESLOCAÇÕES INTER-CONCELHIAS As deslocações inter-concelhias por motivo de estudo com origem no concelho de Mértola (Quadro 29) registaram, em 2001, um acréscimo, em termos absolutos, de 20 deslocações, tendo, todavia, sofrido uma quebra em termos relativos (de 10,2% para 6,9%) no cômputo das deslocações efectuadas por estudantes. Verifica-se, portanto, que o número de estudantes que saía do concelho para frequentar um estabelecimento de ensino era relativamente reduzido (69 estudantes – 6,9% do total de deslocações efectuadas por estudantes).

O número de estudantes que saía do concelho para frequentar um estabelecimento de ensino era relativamente reduzido (6,9%).

Analisando a proporção de deslocações inter-concelhias no total das deslocações por motivo de estudo geradas por freguesia (Quadro 29), observa-se que, em 2001, Santana de Cambas (14,0%), Alcaria Ruiva (8,1%) e Corte do Pinto (7,7%) ostentavam os valores mais elevados – freguesias do sector Norte do concelho de Mértola. Por sua vez, S. Pedro

A freguesia de Santana de Cambas ostentava a maior percentagem de deslocações interconcelhias no total das deslocações por motivo de estudo.

de Sólis (3,7%), Espírito Santo (3,2%) e S. Miguel do Pinheiro (2,9%) apresentavam-se como as freguesias com menor peso das deslocações inter-concelhias.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

68

Face a 1991, com a excepção das freguesias de Mértola, S. João dos Caldeireiros e S. Sebastião dos Carros, que registaram um acréscimo relativo no que concerne às deslocações inter-concelhias, as restantes freguesias averbaram diminuições, mais ou menos significativas, das deslocações para o exterior do concelho.

Quadro 29. Evolução das deslocações inter-concelhias por motivo de estudo (1991 e 2001) Total de deslocações por motivo de estudo 1991

2001

Deslocações inter-

% Deslocações inter-

concelhias por

concelhias por

motivo de estudo

motivo de estudo

1991

2001

1991

2001

Mértola

479

997

49

69

10,2

6,9

Alcaria Ruiva

69

111

20

9

29,0

8,1

Corte do Pinto

76

117

6

9

7,9

7,7

Espírito Santo

30

31

3

1

10,0

3,2

Mértola

165

440

9

27

5,5

6,1

Santana de Cambas

43

86

7

12

16,3

14,0

S. João dos Caldeireiros

23

80

1

6

4,3

7,5

S. Miguel do Pinheiro

33

69

2

2

6,1

2,9

S. Pedro de Sólis

10

27

1

1

10,0

3,7

S. Sebastião dos Carros

30

36

0

2

0,0

5,6

Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001

No respeitante à origem dos fluxos inter-concelhios (Quadro 30), em 2001, Mértola (39,1%) e Santana de Cambas (17,4%) foram as freguesias que mais deslocações geraram para o exterior do concelho de Mértola. Por sua

As freguesias de Mértola e Santana de Cambas eram as que mais deslocações geravam para o exterior do concelho.

vez, S. Miguel do Pinheiro (2,9%), S. Sebastião dos Carros (2,9%), S. Pedro de Sólis (1,4%) e Espírito Santo (1,4%) foram as freguesias que menos contribuíram para as deslocações inter-concelhias por motivo de estudo. Comparativamente com 1991, destaca-se a perda de importância relativa dos fluxos gerados pela freguesia de Alcaria Ruiva (de 40,8% para 13,0%) e o reforço das deslocações com origem em Mértola (de 18,4% para 39,1%) e Santana de Cambas (de 14,3% para 17,4%). Com efeito, as freguesias com os fluxos mais representativos em 2001 – Mértola e Santana de Cambas – vêem a sua influência relativa reforçada face a 1991, consubstanciando um acréscimo de 18 e 5 deslocações, respectivamente.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

69

Quadro 30. Origem das deslocações inter-concelhias por motivo de estudo por freguesia (1991 e 2001) % Deslocações 1991

2001

Alcaria Ruiva

40,8

13,0

Corte do Pinto

12,2

13,0

Espírito Santo

6,1

1,4

Mértola

18,4

39,1

Santana de Cambas

14,3

17,4

S. João dos Caldeireiros

2,0

8,7

S. Miguel do Pinheiro

4,1

2,9

S. Pedro de Sólis

2,0

1,4

S. Sebastião dos Carros

0,0

2,9

Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001

6.1.4 DESTINOS

DAS

DESLOCAÇÕES INTER-CONCELHIAS

POR

MOTIVO

DE

TRABALHO E ESTUDO Na análise dos destinos dos fluxos inter-concelhios, considerou-se a população activa e a estudante que se deslocava para o exterior do concelho de Mértola para o exercício da sua actividade laboral ou frequência de um estabelecimento de ensino. Esta análise permite avaliar a capacidade de atracção dos concelhos limítrofes ou outros mais afastados sobre a população residente no concelho de Mértola. Considerando a Figura 23 que apresenta as deslocações inter-concelhias com origem em Mértola, em 2001, atesta-se da forte capacidade de atracção dos concelhos de Beja (129 deslocações), Castro Verde (65 deslocações) e Serpa (26 deslocações). A atractividade exercida por estes concelhos deve-se não apenas à existência de importantes pólos atractores

Os concelhos de Beja, Castro Verde e Serpa exerciam a maior atractividade sobre a população residente no concelho de Mértola.

pela sua capacidade de criação de emprego e de captação de população escolar, mas também à proximidade territorial relativamente a Mértola (note-se que estes concelhos são concelhos limítrofes de Mértola) e às acessibilidades existentes. Para além destas deslocações, importa ainda assinalar, pela sua dimensão, os fluxos destinados ao concelho de Almodôvar (11 deslocações) e aos concelhos algarvios de Alcoutim (19 deslocações), Faro (17 deslocações) e Loulé (13 deslocações). Refira-se também a polarização exercida pela

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

70

cidade de Lisboa que, não obstante a distância, atrai 14 deslocações por motivo de trabalho e estudo. Face a 1991 – ver Anexo II – verifica-se, em 2001, a manutenção ou reforço de grande parte dos fluxos mais representativos. Atentando no fluxo quantitativamente mais relevante (Mértola – Beja), este acabou por registar

Entre 1991 e 2001, verificou-se um acréscimo das deslocações entre Mértola e Beja.

o acréscimo mais significativo, consubstanciado em 56 deslocações. No conjunto dos fluxos mais representativos, os concelhos de Faro (-23 deslocações) e Loulé (-13 deslocações) são aqueles que registam maiores perdas de atractividade. Com a excepção de Almodôvar que registou um decréscimo das deslocações provenientes de Mértola – de 15 deslocações em 1991 para 11 deslocações em 2001 –, os restantes concelhos limítrofes registaram um acréscimo das mesmas. É ainda importante referir que as deslocações com destino a Lisboa foram reforçadas em 2001, contando com um acréscimo de duas deslocações (de 12 para 14 deslocações), sendo estes dados ilustrativos da capacidade de

As deslocações com destino em Lisboa foram reforçadas em 2001.

atracção da capital do país.

71

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

Figura 23. Destinos das deslocações inter-concelhias (2001)

! PORTALEGRE ! (4)

39°N

LISBOA (14) !! ! REDONDO !

SETÚBAL (3)

(3)

ÉVORA ! ! (7)

! !

Nort e

0

(i

20 km

! !

GRÂNDOLA (3)

BEJA (129) ! !

38°N

SERPA (26) ! !

ALJUSTREL ! ! (7) CASTRO VERDE (65) ! ! OURIQUE ! (3) !

Deslocações

MÉRTOLA ! !

3 - 10 ALMODOVAR ! ! (11)

11 - 30

! !

ALCOUTIM (19)

31 - 60 61 - 129

PORTIMÃO (5) ! !

LOULÉ (13) !!

FARO OLHÃO (3) (17) ! ! ! !

37°N 9°W

8°W

Fonte estatística: INE, XIV Recenseamentos Gerais da População, 2001

6.1.5. DESLOCAÇÕES INTER-CONCELHIAS

COM

DESTINO

NO

CONCELHO

DE

MÉRTOLA Em relação à análise da origem das deslocações por motivo de trabalho ou estudo que, em 2001, tinham como destino o concelho de Mértola (Figura 24), optou-se por considerar apenas os fluxos mais significativos, isto é, cujo total era igual ou superior a 5 deslocações. Pretende-se assim avaliar a capacidade de atracção regional deste concelho, tanto em função da sua capacidade de criação de emprego (deslocações por motivo de trabalho)

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

72

como da polarização exercida pelos estabelecimentos de ensino existentes (deslocações por motivo de estudo). Com efeito, é Beja o concelho sobre o qual é exercida maior atracção, representando o fluxo daí proveniente um total de 83 deslocações.

Beja era o concelho sobre o qual Mértola exercia maior atracção.

Seguem-se os concelhos de Serpa (21 deslocações), Alcoutim (20 deslocações) e Almodôvar (16 deslocações). Tratando-se das deslocações mais significativas, verifica-se que a capacidade de atracção do concelho de Mértola é exercida, essencialmente, sobre os concelhos limítrofes. Não obstante a menor dimensão dos fluxos, importa ainda assinalar as deslocações que os concelhos de Évora (11 deslocações) e Castro Verde (10 deslocações), assim como os concelhos algarvios de Portimão (7 deslocações) e Loulé (5 deslocações) geravam com destino no concelho de Mértola.

73

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

Figura 24. Origem das deslocações com destino no concelho de Mértola (2001)

39°N LOURES SINTRA (8) ! ! (10) ! ! LISBOA (6) ! !

! BARREIRO !

ÉVORA (11)

(7)

! !

Norte

0

(i

20 km

BEJA (83)

SERPA (21)

! !

38°N

! !

CASTRO VERDE (10) ! !

Deslocações

MÉRTOLA ! !

5 - 10

ALMODOVAR ! (16) !

11 - 15

! !

ALCOUTIM (20)

16 - 20 21 - 83

PORTIMÃO ! (7) !

! !

LOULÉ (5)

37°N 9°W

8°W

Fonte estatística: INE, XIV Recenseamento Geral da População, 2001

6.1.6. MODOS DE TRANSPORTE UTILIZADOS PELA POPULAÇÃO EMPREGADA E ESTUDANTES

A análise da evolução dos modos de transporte afigura-se de grande importância no âmbito do presente estudo, pois possibilita o conhecimento dos meios de transporte utilizados nas deslocações motivadas por trabalho e estudo, tanto no interior como para o exterior do concelho de Mértola.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

74

Com efeito, constata-se que, em 1991, o modo pedonal era o mais Em 1991, o modo podo pedonal era o mais utilizado no concelho de Mértola.

representativo (Quadro 31 e Gráfico 7), correspondendo a 45,1% das deslocações por motivo de trabalho ou estudo, seguindo-se o autocarro (utilizado em 15,7% das deslocações), o automóvel ligeiro3 (14,6% das deslocações) e o motociclo ou bicicleta (14,4% das deslocações). O transporte colectivo/veículo da empresa/escola assegurava 7,1% das deslocações. Com menor expressão encontram-se as deslocações realizadas em comboio (0,2%).

Quadro 31. Deslocações por motivo de trabalho e estudo por modo de transporte (1991 e 2001) Automóvel

Autocarro 1991

Ligeiro

2001

1991

Motociclo ou

Comboio

2001

1991

2001

Pedonal

Bicicleta 1991

2001

1991

Outro

2001

1991

2001

Transporte Colectivo da empresa/ escola 1991 2001

Mértola

406

410

378

1275

5

13

372

147

1169

1152

76

46

185

416

Intra-concelhias

325

385

312

1046

3

0

338

138

1160

1143

72

41

115

351

Inter-concelhias

81

25

66

229

2

13

34

9

9

9

4

5

69

65

Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001

Gráfico 7. Deslocações por motivo de trabalho e estudo por modo de transporte (%) – 1991 e 2001

100,0

80,0

60,0 45,1 36,9

40,0

20,0

33,3 15,7 11,9

14,6

14,4 0,2

12,0 4,2

0,4

2,9 1,3

7,1

0,0 Aut ocarro

Aut omóvel Ligeiro

Comboio

Mot ociclo ou Biciclet a

Pedonal

Out ro

(como condut or / passageir o)

empresa/ escola

1991

2001

Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001 3

Tr ansport e Colect ivo/ Veí culo da

Os valores referem-se às deslocações em automóvel ligeiro como conductor ou passageiro.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

75

Na década seguinte assistiu-se a uma significativa alteração na utilização dos modos de transporte, sendo que o automóvel ligeiro afirmou-se como o principal modo de transporte nas deslocações – passando de 14,6% para 36,9% do total de deslocações de empregados e estudantes (com um acréscimo

de

897

deslocações).

De

igual

forma,

o

Em 2001, o automóvel era o modo de transporte mais utilizado (36,9%).

transporte

colectivo/veículo da empresa/escola viu reforçado o seu peso nas deslocações por motivo de trabalho ou estudo, passando a representar 12,0% das deslocações. Apesar de ter sofrido uma ligeira quebra face a 1991, o modo pedonal constituía-se, em 2001, como o segundo modo de deslocação (com 33,3% das deslocações, sendo a freguesia da sede de concelho aquela que apresentava o maior peso relativo deste modo – 40,5%). À semelhança da tendência de generalização do uso do automóvel a nível nacional, também no concelho de Mértola registou-se, em 2001, uma clara preponderância do uso deste modo de transporte face aos demais – 36,9% das deslocações (Gráfico 8).

Gráfico 8. Modos de transporte utilizados pela população empregada e estudante (2001)

Autocarro, Eléctrico ou M etro 12,0%

11,9%

1,3%

Automóvel Ligeiro (como condutor/passageiro) Comboio M otociclo ou Bicicleta 33,3%

36,9%

Pedonal Outro Transporte Colectivo/Veículo da empresa/ escola

4,2% 0,4%

Fonte: INE, XIV Recenseamentos Gerais da População, 2001

76

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

Com

menor

relevância

surgem

as

deslocações

em

transporte

colectivo/veículo da empresa/escola (12,0%), autocarro (11,9%) e motociclo ou bicicleta, eleitos em 4,2% das deslocações. Não obstante um ligeiro acréscimo (de 0,2% para 0,4%), as deslocações em comboio mantêm um cariz residual, justificado, essencialmente, pela inexistência de serviço de transporte de passageiros neste modo no concelho de Mértola. Considerando o âmbito do estudo, é de relevar a perda de importância relativa dos modos suaves (pedonal e bicicleta/motociclo4) e do transporte público colectivo rodoviário (leia-se autocarro), não acompanhando o aumento global das deslocações5. Estes modos mostram-se assim

Os modos suaves (pedonal e bicicleta/motociclo) e o transporte público colectivo (autocarro) perderam importância relativa.

incapazes de captar “novos utilizadores” decretados num contexto de aumento da mobilidade da população residente por motivo de trabalho ou estudo, com uma clara perda de competitividade face ao automóvel, que se torna o modo de eleição. Importa ainda atentar na evolução positiva do transporte colectivo/veículo da empresa/escola, com um incremento de 231 deslocações.

6.1.6.1. DESLOCAÇÕES INTRA-CONCELHIAS

DA POPULAÇÃO EMPREGADA E

ESTUDANTES POR MODO DE TRANSPORTE

Ao nível das deslocações intra-concelhias verifica-se, através da análise do Gráfico 9, que, em 2001, os residentes no concelho de Mértola optavam, preferencialmente, pelo modo pedonal (36,8%), seguindo-se o automóvel (33,7%), o autocarro (12,4%) e o transporte colectivo/veículo da

Em Mértola, o automóvel era o modo de transporte mais utilizado nas deslocações intraconcelhias.

empresa/escola (11,3%). O motociclo ou bicicleta (4,4%) eram os modos de transporte menos utilizados pela população de Mértola nas deslocações por motivo de trabalho ou estudo no interior do concelho.

4

5

Os dados do Recenseamento Geral da População agregam o motociclo e a bicicleta. Note-se que as perdas de importância relativa dos modos pedonal e autocarro são

justificadas pelo aumento do número total de deslocações com origem no concelho de Mértola e não pela redução absoluta das deslocações recorrendo a estes modos, pois as perdas registadas são pouco significativas (-17 e -4 deslocações, respectivamente).

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

77

Gráfico 9. Deslocações intra-concelhias por modo de transporte (2001)

1,3% 11,3%

12,4% Autocarro, Eléctrico ou Metro Automóvel Ligeiro (como condutor/passageiro) Motociclo ou Bicicleta 33,7% Pedonal

36,8%

Outro Transporte Colectivo da empresa/ escola 4,4%

Fonte: INE, XIV Recenseamentos Gerais da População, 2001

6.1.6.2. DESLOCAÇÕES INTER-CONCELHIAS

DA POPULAÇÃO EMPREGADA E

ESTUDANTES POR MODO DE TRANSPORTE

As deslocações inter-concelhias (Gráfico 10) espelham uma realidade distinta daquela anteriormente analisada, pressupondo deslocações mais

64,5% das deslocações inter-concelhias eram realizadas de automóvel.

longas. Neste sentido, constata-se que 64,5% das deslocações realizadas efectuavam-se em automóvel ligeiro, o qual constituía-se como o modo de transporte mais utilizado neste tipo de deslocações. O transporte colectivo/veículo da empresa/escola assumia, também, alguma relevância neste contexto (18,3% das deslocações). O comboio (3,7% das deslocações), o motociclo ou bicicleta (2,5% das deslocações) e o modo pedonal (2,5%) registavam uma expressão reduzida nestas deslocações.

78

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

Gráfico 10. Deslocações inter-concelhias por modo de transporte (2001)

7,0% 18,3% 1,4%

Autocarro, Eléctrico ou Metro

2,5% Automóvel Ligeiro (como condutor/passageiro) Comboio

2,5% 3,7%

Motociclo ou Bicicleta Pedonal 64,5%

Outro Transporte Colectivo da empresa/ escola

Fonte: INE, XIV Recenseamentos Gerais da População, 2001

6.1.7. DURAÇÃO DAS DESLOCAÇÕES A análise da duração das deslocações permite-nos aferir do tempo dispendido na realização de deslocações pendulares por parte da população activa e estudante. Neste sentido, verifica-se que, em 2001, predominavam as deslocações até 15 minutos (50,5% do total de deslocações), tendo a representatividade destas deslocações registado uma variação de 58,1% face a 1991.

Em 2001, predominavam as deslocações até 15 minutos (50,5% do total de deslocações).

Também as deslocações com duração compreendida entre os 16 e 30 minutos e os 31 e 60 minutos aumentaram neste período, registando uma variação de 54,5% e 38,6%, respectivamente – passando de 21,0% para 24,3% e de 8,1% para 8,4%). As deslocações com duração superior a 1 hora averbaram um declínio de 54,5% no período em análise (-120 deslocações) – o seu peso no total das deslocações diminui de 8,5% para 2,9%. Relativamente às deslocações que não implicavam o dispêndio de tempo na sua realização, registavam um decréscimo de 31 deslocações, passando a representar 13,9% das deslocações, quando em 1991 ascendiam a 19,8%. Em termos globais, no ano de 2001, 88,7% das deslocações tinham uma duração inferior a 30 minutos.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

79

Quadro 32. Duração das deslocações por motivo de trabalho ou estudo (1991) Nenhum

Total

Até 15m

16 a 30m

31 a 60m

+ 1h

N.º

%

N.º

%

N.º

%

N.º

%

N.º

%

19,8

1105

42,6

543

21,0

210

8,1

220

8,5

Mértola

2591

513

Alcaria Ruiva

298

83

27,9

59

19,8

112

37,6

17

5,7

27

9,1

Corte do Pinto

289

69

23,9

114

39,4

35

12,1

54

18,7

17

5,9

Espírito Santo

137

63

46,0

20

14,6

40

29,2

12

8,8

2

1,5

Mértola

1077

164

15,2

718

66,7

96

8,9

28

2,6

71

6,6

Santana de Cambas

240

56

23,3

54

22,5

77

32,1

36

15,0

17

7,1

S. João dos Caldeireiros

111

14

12,6

11

9,9

75

67,6

6

5,4

5

4,5

S. Miguel do Pinheiro

245

47

19,2

49

20,0

41

16,7

44

18,0

64

26,1

S. Pedro de Sólis

96

14

14,6

37

38,5

22

22,9

9

9,4

14

14,6

S. Sebastião dos Carros

98

3

3,1

43

43,9

45

45,9

4

4,1

3

3,1

Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001

Quadro 33. Duração das deslocações por motivo de trabalho ou estudo (2001) Total

Nenhum

Até 15m

16 a 30m

31 a 60m

+ 1h

N.º

%

N.º

%

N.º

%

N.º

%

N.º

%

13,9

1747

50,5

839

24,3

291

8,4

100

2,9

Mértola

3459

482

Alcaria Ruiva

442

90

20,4

140

31,7

151

34,2

42

9,5

19

4,3

Corte do Pinto

360

55

15,3

164

45,6

85

23,6

48

13,3

8

2,2

Espírito Santo

130

25

19,2

53

40,8

36

27,7

12

9,2

4

3,1

Mértola

1494

126

8,4

1071

71,7

200

13,4

65

4,4

32

2,1

Santana de Cambas

289

75

26,0

91

31,5

87

30,1

24

8,3

12

4,2

S. João dos Caldeireiros

270

34

12,6

103

38,1

113

41,9

13

4,8

7

2,6

S. Miguel do Pinheiro

262

23

8,8

81

30,9

89

34,0

57

21,8

12

4,6

S. Pedro de Sólis

116

33

28,4

34

29,3

26

22,4

19

16,4

4

3,4

S. Sebastião dos Carros

96

21

21,9

10

10,4

52

54,2

11

11,5

2

2,1

Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001

Ao nível das freguesias, em 2001, Mértola (1071 deslocações – 71,7% do total de deslocações da freguesia), Corte do Pinto (164 deslocações – 45,6% do total de deslocações da freguesia), Santana de Cambas (91 deslocações – correspondendo a 31,5% do total de deslocações da freguesia), S. Pedro de Sólis (34 deslocações – 29,3% do total de deslocações da freguesia) e Espírito Santo (53 deslocações – 40,8% do total de deslocações da freguesia) eram aquelas em que maioria das deslocações por motivo de trabalho ou estudo realizadas por residentes na freguesia ocorria em menos de 15 minutos. Por sua vez, a maioria das deslocações tinha a duração de 16 a 30 minutos nas freguesias de Alcaria Ruiva (151 deslocações – 34,2% do total de deslocações da freguesia), S.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

80

João dos Caldeireiros (113 deslocações – 41,9% do total de deslocações da freguesia), S. Miguel do Pinheiro (89 deslocações – 34,0% do total de deslocações da freguesia) e S. Sebastião dos Carros (52 deslocações – 54,2% do total de deslocações da freguesia).

As deslocações com duração entre 16 e 30m tinham um maior valor relativo na freguesia de S. Sebastião dos Carros (54,2%).

6.1.8. EVOLUÇÃO DA MOTORIZAÇÃO O cálculo da taxa de motorização foi elaborado tendo por base os dados disponibilizados nas seguintes fontes de informação:

ႀ Base de dados relativa ao parque seguro – Instituto de Seguros de Portugal;

ႀ Recenseamento Geral da População e Estimativas Anuais da População Residente – Instituto Nacional de Estatística.

Consideraram-se, para o efeito, as seguintes categorias de veículos: veículos ligeiros, veículos mistos, ciclomotores e motociclos. Quanto aos resultados obtidos (Quadro 34), estes corroboram a tendência verificada nas últimas décadas, observando-se um aumento da taxa de motorização no concelho de Mértola no período 2001-2006. Concretizando, em 2001, o valor da taxa de motorização era de 409 veículos por 1.000 habitantes, aumentando para 465 veículos por 1.000 habitantes em 2006. Este aumento decorre, sobretudo, da redução do

A taxa de motorização em Mértola era de 465 veículos/1000 hab. em 2006.

efectivo populacional no período considerado (de 8.712 habitantes em 2001 para 7.685 habitantes em 2006), pois o aumento do número de veículos é relativamente reduzido (+14 veículos). Ainda assim, a taxa de motorização do concelho permanece inferior à média nacional (480 veículos por 1.000 habitantes).

81

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

Quadro 34. Número de veículos ligeiros, ciclomotores, motociclos e veículos mistos (2001 e 2006) e taxa de motorização (2001 e 2006) Mértola

Categoria

Portugal

2001

2006

2006

2.328

2.473

4.206.618

Ciclomotor

714

477

318.049

Motociclo

101

111

164.763

Misto

416

512

396.500

Total

3.559

3.573

5.085.930

409

465

480

Ligeiro

Tx. Motorização (veíc. /1000 hab.)

Fonte: Instituto de Seguros de Portugal, 2007 (tratamento próprio)

Confirmando esta evolução do parque automóvel do concelho de Mértola, o Quadro 35 permite verificar que, no ano de 2005, foram vendidos apenas 18,5 veículos por 1.000 habitantes, quando no Baixo Alentejo este valor foi de 24,0 e em Portugal Continental de 24,1. No cômputo da NUT III Baixo Alentejo, somente os concelhos de Barrancos (14,4 veículos/1.000 hab.), Moura (15,1 veículos/1.000 hab.) e Vidigueira (18,4 veículos/1.000 hab.) contabilizaram uma expansão do parque automóvel inferior à do concelho de Mértola. No concelho de Beja o número de veículos automóveis vendidos por 1.000 habitantes ascendeu a 34,7.

Quadro 35. Número de veículos automóveis vendidos por 1.000 habitantes (2005) N.º veículos automóveis/1.000 hab. Portugal

24,3

Continente

24,1

Baixo Alentejo

24,0

Aljustrel

21,6

Almodôvar

21,9

Alvito

20,3

Barrancos

14,4

Beja

34,7

Castro Verde

23,0

Cuba

23,3

Ferreira do Alentejo

24,1

Mértola

18,5

Moura

15,1

Ourique

20,8

Serpa

20,6

Vidigueira

18,4

Fonte: INE, Anuários Estatístico da Região Alentejo, 2006

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

82

6.2. IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DOS PRINCIPAIS PÓLOS GERADORES E ATRACTORES DE TRÁFEGO 6.2.1. PRINCIPAIS PÓLOS ATRACTORES 6.2.1.1. EQUIPAMENTOS COLECTIVOS “A distribuição equilibrada das funções de habitação, trabalho, cultura e lazer é um dos objectivos do ordenamento do território e do urbanismo, no qual se enquadram a programação, a criação e manutenção de infraestruturas, de equipamentos colectivos e de espaços verdes, tendo em conta as necessidades específicas das populações, as acessibilidades e a adequação da sua capacidade de utilização” (DGOTDU, 2002: 6). Desta explanação relativamente aos equipamentos colectivos tecem-se duas considerações, atendendo ao âmbito do presente estudo. Por um lado, a tónica colocada no papel dos equipamentos colectivos para a superação de necessidades da população releva a imprescindibilidade do seu contributo para a melhoria da sua qualidade de vida, assumindo os serviços aí prestados a classificação de serviços de interesse público,

Os equipamentos colectivos são imprescindíveis à qualidade de vida da população.

podendo estes ser de natureza pública ou privada. Por outro lado, importa reter a questão da acessibilidade a estes equipamentos, a qual depende, entre outros factores, da localização do equipamento e da rede de transportes existente. A programação de equipamentos colectivos deve assim assegurar a implementação e consolidação de uma rede de equipamentos que garanta o acesso de toda a população aos serviços neles prestados, sendo para tal necessário articular os níveis administrativos central e local na provisão da oferta de equipamentos públicos (através de instrumentos específicos, designadamente as cartas municipais de equipamentos6), assim como a oferta privada7.

6

“Esta carta define a localização, função e capacidade dos equipamentos deste tipo que no

horizonte da carta irão ser necessários ao município, bem como a sua forma de financiamento (DGOTDU, 2002: 6). 7

Dado que “as disponibilidades financeiras públicas não permitem a expansão da rede de

forma a que toda a população tenha acesso a essa actividade”, é possível “que a oferta privada supra as necessidades de alguns estratos da população (…) diminuindo assim a população para a qual a existência da rede pública é imprescindível” (DGOTDU, 2002: 8).

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

83

Feito este preâmbulo, examina-se de seguida a rede de equipamentos colectivos do concelho de Mértola, considerando os equipamentos que se constituem como pólos atractores de fluxos com dimensão relevante8.

6.2.1.1.1. EQUIPAMENTOS DE EDUCAÇÃO A análise da rede de equipamentos de educação tem por base a Carta Educativa do Concelho de Mértola, dado constituir um documento recente (datado de 2006) cujos dados não sofreram alterações significativas. Com efeito, verifica-se que em Mértola existem todos os níveis de ensino, num total de 23 estabelecimentos de ensino. Apenas o nível superior não tem

qualquer representatividade no concelho no

que respeita a

Em Mértola existem todos os níveis de ensino, num total de 23 estabelecimentos de ensino.

9

equipamentos . Nos últimos anos, em resultado da redução do número de alunos e das orientações de reordenamento e requalificação do parque escolar determinadas pelo Ministério da Educação (pautadas no período mais recente por uma aposta na qualificação infraestrutural e no combate ao isolamento dos alunos, tendo por base critérios como o encerramento dos estabelecimentos com menos de 10 alunos ou com menos de 20 alunos e uma taxa de aproveitamento inferior à média nacional), o número de estabelecimentos de ensino tem vindo a diminuir, tendo-se registado o encerramento de 23 estabelecimentos nos últimos cinco anos. O Quadro 36 apresenta a distribuição espacial dos equipamentos escolares existentes no concelho.

8

São analisados os equipamentos de educação, equipamentos de saúde, equipamentos

desportivos e equipamentos de solidariedade e segurança social. 9

Sob responsabilidade da Faculdade de Economia da Universidade do Algarve, em parceria

com o Instituto Politécnico de Beja, Associação do Património de Mértola e Campo Arqueológico de Mértola, é leccionado um Mestrado nas instalações da Associação de Defesa do Património de Mértola.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

84

Quadro 36. Equipamentos de educação por freguesia (ano lectivo 2005/2006) – Sector Público JI

CEPE

EB1

EB1+JI

EB 2/3 ES.

EP

Total

Alcaria Ruiva

-

-

2

1

-

-

3

Corte do Pinto

-

-

-

2

-

-

2

Espírito Santo

-

-

-

-

-

-

0

Mértola

2

-

3

1

1

1

8

Santana de Cambas

-

1

2

-

-

-

3

S. João dos Caldeireiros

1

-

2

-

-

-

3

S. Miguel do Pinheiro

-

1

1

-

-

-

2

S. Pedro de Sólis

-

-

1

-

-

-

1

S. Sebastião dos Carros Total

-

-

1

-

-

-

1

3

2

12

4

1

1

23

Legenda: JI – Jardim-de-infância; CEPE – Centro de Educação Pré-Escolar; EB1 – 1º ciclo do ensino básico; EB23/ES – 2º e 3º ciclos do ensino básico com ensino secundário. Fonte: Escola Superior de Educação de Beja, Carta Educativa do Concelho de Mértola, 2006

Através da análise deste Quadro e da Figura 25, verifica-se a inexistência de qualquer estabelecimento de ensino na freguesia de Espírito Santo. Nas

A freguesia de Espírito Santo não possui qualquer estabelecimento de ensino.

freguesias de S. Pedro de Sólis e S. Sebastião dos Carros existem apenas estabelecimentos do 1.º Ciclo do Ensino Básico. Em relação ao 2º e 3º Ciclos e Ensino Secundário, o único estabelecimento existente localiza-se na freguesia de Mértola (mais precisamente na Vila de Mértola),

agrupando

os

três

níveis

de

ensino.

Tal

traduz-se

O único estabelecimento de ensino do 2 e 3º Ciclos e Secundário localiza-se na Vila de Mértola.

necessariamente na necessidade de deslocação diária dos alunos que frequentam estes níveis de ensino para a sede de concelho, tanto em transporte assegurado por veículos da autarquia, como em transporte público.

85

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

Figura 25. Distribuição espacial dos equipamentos de ensino (ano lectivo 2005/2006)

Fonte: GesSystem, PDM de Mértola – Relatórios Sectoriais: Rede Urbana e Equipamentos Colectivos, 2007

Quanto ao número total de alunos (Quadro 37 e Quadro 38), após um declínio da população escolar até ao ano lectivo 2002/2003, inicia-se no ano lectivo seguinte (2003/2004) uma recuperação, interrompida por um ligeiro decréscimo em 2004/2005. No ano lectivo 2005/2006 a população

No ano lectivo 2005/2006 a população escolar ascendeu a 944 alunos.

escolar ascendeu a 944 alunos, um número próximo do verificado em 2001/2002 (948 alunos).

86

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

Quadro 37. Evolução do número de alunos por nível de ensino (1999/2000-2005/2006) Ano Lectivo 1999/00

2000/01

2001/02

2002/03

2003/04

2004/05

2005/06

Educação Pré-Escolar

139

121

132

129

135

159

144

1º Ciclo

281

286

280

254

253

245

237

2º Ciclo

192

160

150

157

151

148

133

3º Ciclo

293

275

227

190

214

178

208

Ensino Secundário (inclui EP)

269

273

263

202

216

226

222

Total

1071

1009

948

841

881

869

944

Fonte: Escola Superior de Educação de Beja, Carta Educativa do Concelho de Mértola, 2006

Tendo em conta a concentração espacial do 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico, Ensino Secundário e Ensino Profissional em estabelecimentos localizados na sede de concelho, importa aferir da evolução do número de alunos a frequentar tais níveis, uma vez que a concentração espacial da oferta determina a deslocação diária de alunos residentes noutros aglomerados populacionais para a sede de concelho. Com efeito, no cômputo destes níveis de ensino, observa-se, à semelhança da evolução da população escolar, uma inversão da tendência de declínio no ano lectivo 2003/2004 (581 alunos), ainda que interrompida por uma ligeira quebra no ano lectivo seguinte (-29 alunos). No ano lectivo 2005/2006, o número de alunos com frequência dos níveis de ensino em análise ascendeu a 563 alunos, uma parte dos quais com necessidade de transporte entre o local de residência e o estabelecimento de ensino (apenas em transporte municipal, apenas em transporte público ou combinando ambos). Importa ainda referir que em função do elevado número de alunos a transportar, ocorre um condicionamento do horário escolar, não havendo lugar a actividades extra-curriculares no final do período da tarde, por forma

Devido ao elevado número de alunos a transportar, ocorre um condicionamento do horário escolar.

a assegurar o não prolongamento do transporte escolar (escola-casa) por horas pouco adequados à população em causa.

87

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

Quadro 38. Evolução do número de alunos por estabelecimento (1999/2000-2005/2006) Estabelecimento

Mértola

Espírito Santo

S. Sebastião dos Carros

Alcaria Ruiva

Corte do Pinto

S. Pedro de Sólis

Ano Lectivo 2002/03 2003/04

1999/00

2000/01

2001/02

JI SCMM

48

48

48

41

JI Mértola

48

34

27

35

2004/05

2005/06

35

32

24

42

45

46

JI de Corte Gafo

10

10

-

-

-

-

-

CEPE Corte Sines

7

8

9

8

8

5

-

EB Corte Sines

13

7

7

7

9

13

12

EB1 Fernandes

6

9

7

6

7

6

9

EB1 Mértola

92

88

90

89

88

83

81

EB1 Corte Gafo

15

12

-

-

-

-

-

EB1 Corte da Velha

4

5

4

-

-

-

-

EB1 Corvos

0

3

3

-

-

-

-

EB1/JI Corte Gafo

Pré-Esc.

0

0

12

10

8

6

6

1º ciclo

0

0

10

14

11

10

8

EB2.3/ES

2º ciclo

132

121

118

121

137

148

133

3º ciclo

293

275

227

190

214

178

208

ES

214

215

207

152

163

171

178

Total

882

835

769

673

722

697

705

EB1 Álamo

6

5

5

3

-

-

-

Total

6

5

5

3

-

-

-

EB1 S. Seb. Carros

5

3

-

-

-

-

-

EB1 SB Via Glória

9

8

8

7

6

5

5

Total

14

11

8

7

6

5

5

EB1 João da Serra

4

5

3

-

-

-

-

EB1 Alcaria Ruiva

5

9

8

8

9

6

6

EB1 Vale de Açor

17

14

13

14

21

19

17

EB1 Algodôr

6

7

14

-

-

-

-

Pré-Esc.

0

0

20

18

19

18

19

1º ciclo

0

0

0

13

10

11

8

EB1/JI Algodôr

EBM Algodôr

5

-

-

-

-

-

-

EBM Vale de Açor

12

12

12

10

4

-

-

Total

49

47

70

63

63

54

50

JI Mina S. Domingos

8

7

-

-

-

-

-

JI Corte do Pinto

13

10

-

-

-

-

-

EB1Mina S.Domingos

21

28

-

-

-

-

-

EB1 Corte do Pinto

7

14

-

-

-

-

-

EB1/JI Mina S. Doming.

Pré-Esc.

-

-

7

9

10

10

9

1º ciclo

-

-

24

15

17

17

16

EB1/JI Corte do Pinto

Pré-Esc.

-

-

9

8

13

14

11

1º ciclo

-

-

14

14

17

18

19

EBM Mina S. Dom.

11

7

12

13

14

-

-

Total

60

66

66

59

61

59

55

EB1 Monte da Corcha

3

6

5

-

-

-

-

EB1 S. Pedro

3

4

4

6

5

6

5

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

88

S. Miguel do Pinheiro

S. João dos Caldeireiros

Santana de Cambas

EBM Monte Corcha

7

4

-

-

-

-

-

Total

13

14

9

6

5

6

5

CEPE de Penedos

-

-

-

-

-

9

5

EB1 de Penedos

3

3

2

-

-

-

-

EB1 Espargosa

2

2

-

-

-

-

-

EB1 S. Miguel

10

8

9

9

12

14

14

EBM Penedos

9

6

-

-

-

-

-

EBM S. Miguel

8

5

8

13

6

-

-

Total

32

24

19

22

18

23

19

JI Penilhos

12

12

9

8

8

12

9

EB1 Penilhos

15

13

15

16

17

10

12

EB1 Ledo

4

3

-

-

-

-

-

EB1 S. João Caldeir.

3

7

8

6

5

6

6

Total

35

35

32

30

30

28

27

EB1 Vale Formoso

6

6

4

4

-

-

-

EB1 Picoitos

9

6

6

-

-

-

-

EB1 Santana de Cambas

6

7

11

10

8

8

5

EB1/

Pré-Esc.

3

8

9

6

9

8

15

CEPE Moreanes

1º ciclo

7

4

6

13

11

13

14

EBM Sant. Cambas

8

5

-

-

-

Total

88

83

106

96

91

83

84

Fonte: GesSystem, PDM de Mértola – Relatórios Sectoriais: Rede Urbana e Equipamentos Colectivos, 2007

Atentando nas orientações estabelecidas na Carta Educativa, a rede escolar do concelho de Mértola irá sofrer um processo de reordenamento no ano lectivo 2007/2008, estando ainda programadas intervenções de

É importante garantir a convergência entre o transporte municipal e o transporte público.

melhoramento nos estabelecimentos existentes. Este reordenamento prevê o

encerramento

de

vários

estabelecimentos,

com

a

consequente

transferência dos alunos em estabelecimentos de maior dimensão (Quadro 39). A análise cuidada da nova rede escolar será importante de modo a garantir a convergência do transporte assegurado por veículos da autarquia e

transporte

público

com

as

novas

exigências

colocadas

pela

reconfiguração desta rede de equipamentos.

89

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

Quadro 39. Reordenamento da Rede Escolar (ano lectivo 2007/2008) Estabelecimento Centro Educativo de Algodôr Centro Educativo de Mértola

Centro Educativo de Santana de Cambas

Centro Educativo de Penilhos

Centro Educativo de S. Miguel do Pinheiro

EB1/JI Mina de S. Domingos EB1/JI Corte do Pinto

Estabelecimentos de origem Alcaria Ruiva Algodôr Vale de Açor Mértola Fernandes Corte Gafo de Cima

Freguesia Alcaria Ruiva

Mértola

Santana de Cambas Moreanes

Santana de Cambas

Corte Sines

Mértola

Penilhos S. João dos Caldeireiros

S. João dos Caldeireiros

S. Miguel do Pinheiro Penedos

S. Miguel do Pinheiro

S. Pedro de Sólis

S. Pedro de Sólis

São Bartolomeu de Via Glória

S. Sebastião dos Carros

Mina de S. Domingos

Corte do Pinto

Corte do Pinto

Corte do Pinto

Fonte: Escola Superior de Educação de Beja, Carta Educativa do Concelho de Mértola, 2006

6.2.1.1.2. EQUIPAMENTOS DE SAÚDE A rede de equipamentos de saúde do concelho de Mértola é constituída por um Centro de Saúde – localizado na sede de concelho – e uma Extensão

O Centro de Saúde de Mértola possui uma extensão na Mina de S.Domingos.

deste Centro de Saúde – localizada na Mina de S. Domingos (freguesia de Corte do Pinto)10. O Centro de Saúde presta cuidados de prevenção primários, secundários (diagnóstico e tratamento) e terciários (reabilitação), prestados em regime ambulatório e de internamento. Servindo um total de 8.546 utentes, o Centro de Saúde de Mértola e a Extensão da Mina de S. Domingos apresentam áreas de influência próprias. A extensão serve a freguesia de Corte do Pinto (com 1.035 inscritos – 12,1% do total de utentes), funcionando em três períodos semanais: Terças-feiras, Quintas-feiras à tarde e Sextas-feiras de manhã. A área de influência do Centro de Saúde corresponde às restantes freguesias

10

A rede de serviços de prestação de cuidados de saúde primários do concelho de Mértola

chegou a contar com 14 extensões, cujo encerramento se deveu, essencialmente, à redução do efectivo populacional e carência de recursos (cfr. GesSystem, 2007a: 44)

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

90

do concelho de Mértola (7.511 inscritos – 87,9% do total de utentes) – Figura 26. Figura 26. Distribuição espacial dos equipamentos de saúde

Fonte: GesSystem, PDM de Mértola – Relatórios Sectoriais: Rede Urbana e Equipamentos Colectivos, 2007

Dada a área de influência do Centro de Saúde, a extensão territorial do concelho e a estrutura etária da população residente, colocam-se dificuldades de acesso à rede de prestação de cuidados de saúde primários, as quais devem ser tidas em consideração. Neste sentido, importa referir que, não obstante a disponibilização de serviço de atendimento domiciliário, “o número de domicílios efectuados, quer na valência médica quer na enfermagem, apresenta números muito reduzidos, principalmente na vertente médica (95 domicílios médicos e

O Centro de Saúde de Mértola disponibiliza serviço de atendimento domiciliário, embora apresentando números reduzidos

1.542 domicílios de enfermagem) face à tipologia de população do concelho (população envelhecida, dispersa e com dificuldades de deslocação). No entanto, e de acordo com o Director do Centro de Saúde, essa lacuna é de difícil colmatação, por se estar na presença de recursos limitados. A própria dispersão geográfica das populações é um factor limitante à concretização deste tipo de serviço” (GesSystem, 2007a: 45).

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

91

O concelho de Mértola possui ainda uma unidade móvel médico-social, adquirida pela autarquia em 2002, estando a sua gestão a cargo desta entidade (Imagem 7). Trata-se de uma viatura

equipada

equipamento

com

médico,

mobiliário

e

vocacionada,

de

acordo com a Câmara Municipal de Mértola, para

a

prestação

de

cuidados

de

enfermagem e de cariz social à população mais idosa e com maiores dificuldades de acesso ao Centro de Saúde, contando com uma equipa técnica constituída por um

Fonte: Câmara Municipal de Mértola

enfermeiro, um psicólogo, um assistente

Imagem 7. Unidade Móvel Médico-Social

social e um animador social. A unidade móvel médico social tem como objectivos:

ႀ Informar e sensibilizar a população para a importância da prevenção e saúde;

ႀ Prestar cuidados de enfermagem à população mais idosa e com maiores dificuldades de acesso à sede do Centro de Saúde, nomeadamente na prevenção e controlo da doença e de acompanhamento de situações de cariz social;

ႀ “Aliviar” a afluência e pressão dos utentes nas salas de espera do Centro de Saúde;

ႀ Reduzir as deslocações dos utentes ao Centro de Saúde e simultaneamente o custo com as mesmas;

ႀ Prestar um serviço personalizado aos utentes, através de campanhas de sensibilização e informação acerca da saúde;

ႀ Prestar cuidados de enfermagem e de apoio social sempre que solicitados. (Câmara Municipal de Mértola)

Desde a sua entrada ao serviço, esta unidade conta com cerca de 5.400 atendimentos e 29 campanhas/acções de sensibilização.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

92

Quanto a farmácias, existem dois estabelecimentos no concelho, ambos localizados na Vila de Mértola. Esta concentração espacial da oferta, conjugada com o sistema de povoamento e estrutura etária da população

Existem duas farmácias no concelho, ambas localizadas na Vila de Mértola.

(trata-se de uma população envelhecida, tendencialmente com consumo regular de medicamentos e com dificuldades de deslocação, sobretudo em transportes colectivos) condicionam o acesso a estes estabelecimentos. Trata-se, pois, de um aspecto a equacionar no âmbito do presente estudo

6.2.1.1.3. EQUIPAMENTOS DESPORTIVOS A rede de equipamentos desportivos do concelho de Mértola inclui as seguintes tipologias de equipamentos: pequeno campo de jogos; grande campo de jogos; piscina coberta; pavilhão e sala de desporto (Quadro 40). A importância de cada um destes equipamentos enquanto pólos atractores de deslocações depende da sua tipologia e, bem assim, da sua área de influência. Acresce que, em função do tipo de equipamento, a motivação da deslocação e tipo de utilização são também variáveis, aspectos que se repercutem na natureza dos fluxos atraídos e na eventual necessidade de reajustamento da oferta de transporte para assegurar o acesso aos mesmos por parte de populações específicas (e.g. população escolar).

93

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

Quadro 40. Equipamentos Desportivos do concelho de Mértola Tipologia

Designação

Grandes Campos de Jogos Grandes Campos de Jogos Grandes Campos de Jogos Grandes Campos de Jogos Grandes Campos de Jogos Grandes Campos de Jogos Grandes Campos de Jogos Grandes Campos de Jogos Grandes Campos de Jogos Pequenos Campos de Jogos Pequenos Campos de Jogos Pequenos Campos de Jogos Pequenos Campos de Jogos Pequenos Campos de Jogos Pequenos Campos de Jogos Pavilhões e Salas de Desporto

Campo de Futebol de 11 de Alcaria Ruiva Campo de Futebol de 11 de Corte Gafo Campo de Futebol de 11 de Corte do Pinto Campo de Futebol de 11 de Corte Sines Campo de Futebol de 11 de A. dos Fernandes Campo de Futebol Municipal Campo de Jogos Cross Brown Campo de Futebol de 11 de Moreanes Campo de Futebol de 11 de S. João dos Caldeireiros Campo de Futebol de Penilhos Campo de Futebol de Penilhos Campo de Futebol de S. Miguel do Pinheiro/ S. Miguel do Pinheiro Campo de Futebol da EB1 de Santana de Cambas Campo de Futebol da EB1 de Vale de Açor Campo de Futebol de Via Glória Polidesportivo de Mértola

Local

Freguesia

Alcaria Ruiva

Alcaria Ruiva

Corte Gafo

Mértola

Corte do Pinto

Corte do Pinto

Corte Sines

Mértola

A. dos Fernandes

Mértola

Mértola

Mértola

Mina S. Domingos

Corte do Pinto

Moreanes

Santana de Cambas

S. João dos Caldeireiros

S. João dos Caldeireiros

Penilhos

S. João dos Caldeireiros

Penilhos

S. João dos Caldeireiros

S. Miguel do Pinheiro

S. Miguel do Pinheiro

Santana de Cambas

Santana de Cambas

Vale de Açor

Alcaria Ruiva

Via Glória

S. Sebastião dos Carros

Mértola

Mértola

Mina de S. Domingos

Corte do Pinto

Penedos

S. Miguel do Pinheiro

Pavilhões e Salas de Desporto

Polidesportivo da Mina de S. Domingos

Pavilhões e Salas de Desporto

Polidesportivo de Penedos

Pavilhões e Salas de Desporto

Polidesportivo da Escola EB 2,3 S S. Sebastião

Mértola

Mértola

Pavilhões e Salas de Desporto

Pavilhão Desportivo Municipal

Mértola

Mértola

Pavilhões e Salas de Desporto

Ginásio do Pavilhão Desportivo

Mértola

Mértola

Pavilhões e Salas de Desporto

Ginásio do Clube Náutico de Mértola

Mértola

Mértola

Pavilhões e Salas de Desporto

Sala de Desporto do Clube Náutico de Mértola

Mértola

Mértola

Piscinas Cobertas

Piscina Coberta

Mértola

Mértola

Fonte: Adaptado de GesSystem, PDM de Mértola – Relatórios Sectoriais: Rede Urbana e Equipamentos Colectivos, 2007

Analisando a distribuição espacial dos equipamentos desportivos (Quadro 40 e Figura 27), verifica-se que apenas as freguesias de S. Pedro de Sólis e Espírito Santo não dispõem de qualquer equipamento. Por seu turno, a freguesia de Mértola apresenta a maior e mais diversificada oferta,

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

94

contabilizando 4 grandes campos de jogos, 6 pavilhões/salas de desporto e uma piscina coberta. Com a excepção de Corte do Pinto e S. Miguel do

A freguesia de Mértola apresenta a maior oferta de equipamentos desportivos.

Pinheiro (para além de Mértola), a oferta de equipamentos desportivos das restantes freguesias é composta apenas por pequenos e/ou grandes campos de jogos. Figura 27. Distribuição dos equipamentos desportivos no concelho de Mértola

Fonte: GesSystem, PDM de Mértola – Relatórios Sectoriais: Rede Urbana e Equipamentos Colectivos, 2007

Ainda que aferindo-se do ajustamento da rede de equipamentos para o desporto à população base11, a sua distribuição espacial, pautada pela concentração dos pavilhões e salas de deporto e piscinas cobertas na Vila de Mértola, conjugada com a extensão territorial e tipo de povoamento do

11

De acordo com os relatórios sectoriais do PDM de Mértola, “pode-se afirmar que,

relativamente às tipologias de equipamentos desportivos existentes no concelho, o número de instalações existentes é suficiente, permitindo uma taxa de cobertura total da população, havendo mesmo casos em que o número real é largamente superior ao indicado pela norma de programação, como é o caso dos Grandes Campos de Jogos e Pavilhões e Salas de Desporto” (GesSystem, 2007a: 50-51).

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

95

concelho, colocam algumas dificuldades à sua utilização por parte da população residente noutras freguesias ou em aglomerados distantes da sede de concelho, mesmo que localizados na mesma freguesia.

6.2.1.1.4. EQUIPAMENTOS DE SOLIDARIEDADE E SEGURANÇA SOCIAL No concelho de Mértola, a oferta de equipamentos de solidariedade e segurança social é constituída 2 Lares de Idosos, 3 Centros de Dia, 3 serviços de apoio domiciliário (num total de 4 núcleos de apoio), 1 Unidade de Apoio Integrado, 1 Centro de Convívio e 1 Centro de Noite (em fase de construção) – Quadro 41.

Quadro 41. Instituições que prestam serviços de apoio aos idosos (2006) Serviços Prestados Lar de Idosos

Centro de Dia

Santa Casa da Misericórdia Mértola

„

„

Centro Social de Montes Altos

„

„

Centro de Apoio a Idosos de Moreanes

„

Centro de Noite

Centro de Convívio

Apoio Domiciliário

Internamento Temporário

„ „ „*

„ „

Unidade de Apoio Integrado de Mértola**

„

* - Em fase de construção, prevendo-se a sua abertura em Novembro de 2007 ** - A Santa Casa da Misericórdia é a entidade responsável pela Unidade de Apoio Integrado (UAI), a qual localiza-se no Centro de Saúde, designando-se actualmente por Unidade de Longa Duração, e enquadrando-se na Rede Nacional de Cuidados Integrados. Fonte: GesSystem, PDM de Mértola – Relatórios Sectoriais: Rede Urbana e Equipamentos Colectivos, 2007

Esta oferta é disponibilizada pelas seguintes instituições:

ႀ Santa Casa da Misericórdia: 1 Lar de Idosos; 1 Centro de Dia; 1 Serviço de Apoio Domiciliário desconcentrado em três núcleos (Mértola, Corte Gafo e Via Glória);

ႀ Centro Social de Montes Altos: Lar de Idosos; Centro de Dia; Centro de Convívio; Serviço de Apoio Domiciliário;

96

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

ႀ Centro de Apoio de Idosos de Moreanes: 1 Centro de Dia; Serviço de Apoio Domiciliário; 1 Centro de Noite (em fase de construção). Ao nível do número de utentes, a Santa Casa da Misericórdia é a instituição com maior número de utilizadores, sendo também a única que cobre a totalidade do município. Através da análise do Quadro 42, verifica-se ainda que a oferta de Lares de Idosos

é

insuficiente,

com

tendência

a

agravar-se

devido

A oferta de lares de idosos é insuficiente.

ao

envelhecimento da população.

Quadro 42. Ocupação dos Equipamentos de Apoio aos Idosos (2006) N.º de unidades

N.º de Utentes

Capacidade

Taxa de Ocupação

Lar de Idosos

2

106

106

100%

Centro de Dia

3

29

120

24%

Centro de Convívio

1

15

100

15%

Apoio Domiciliário

3

307

395

78%

Internamento Temporário

1

variável

27

*

* - Inexistência de dados. Fonte: GesSystem, PDM de Mértola – Relatórios Sectoriais: Rede Urbana e Equipamentos Colectivos, 2007

Em relação à oferta de equipamentos sociais vocacionados para a infância (Creches/Jardins de Infância e ATL), existe apenas uma creche, propriedade da Santa Casa da Misericórdia, com 47 utentes e uma capacidade para 56 (as vagas existentes respeitam à valência berçário). Existem também dois ATL, propriedade da Santa Casa da Misericórdia, localizados na Vila de Mértola (com 70 crianças) e na Mina de S. Domingos (com 50 crianças), embora estando previsto o encerramento deste último, devido ao prolongamento dos horários das escolas do ensino básico. Analisando a distribuição destes equipamentos no território concelhio (Figura 28), verifica-se a sua concentração nas freguesias de Mértola e Santana de Cambas, não existindo qualquer equipamento nas restantes

Apenas nas freguesias de Mértola e S. de Cambas existem equipamentos solidariedade e segurança social.

freguesias, o que pressupõe a necessidade de deslocação da população para a sua utilização (exceptuando-os casos das valências Lar de Idosos e Serviço de Apoio Domiciliário). Tal facto é particularmente relevante na

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

97

medida em que os utentes destes equipamentos (crianças e idosos) apresentam um elevado grau de dependência nas suas deslocações.

Figura 28. Distribuição espacial dos equipamentos de segurança social (2006)

Fonte: GesSystem, PDM de Mértola – Relatórios Sectoriais: Rede Urbana e Equipamentos Colectivos, 2007

98

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

6.2.1.2. OUTROS PÓLOS ATRACTORES Para além dos equipamentos colectivos existem ainda outros pólos atractores que pela sua capacidade de polarização de deslocações devem ser tidos em conta. Destacam-se os seguintes pólos (todos com localização na Vila de Mértola):

ႀ Câmara Municipal; ႀ Estação dos Correios; ႀ Parque da Feira; ႀ Tribunal; ႀ Eixo Comercial; ႀ Mercado Municipal; ႀ Zona Industrial de Mértola.

99

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

Figura 29. Localização de outros pólos atractores na Vila de Mértola

1 – Câmara Municipal 2 – Estação dos Correios (Eixo Comercial) 3 – Parque/Largo da Feira 4 – Tribunal 5 – Eixo Comercial 6 – Zona Industrial de Mértola 7 – Mercado Municipal

Fonte: elaboração própria, 2007

6.2.2. PRINCIPAIS PÓLOS GERADORES A análise dos principais pólos geradores opera-se a duas escalas:

ႀ Escala concelhia – consideram-se as deslocações geradas ao nível da freguesia;

ႀ Escala urbana – consideram-se os pólos gerados na Vila de Mértola.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

100

Com efeito, à escala concelhia destaca-se como principal pólo gerador a freguesia de Mértola, responsável por 43,2% das deslocações geradas no concelho (1.494 deslocações) em 2001. Para além desta freguesia importa

À escala concelhia, a freguesia de Mértola constitui o principal pólo gerador.

ainda destacar, pela dimensão dos fluxos gerados, as freguesias de Alcaria Ruiva (12,8% do total de deslocações – 442 deslocações) e Corte do Pinto (10,4% do total de deslocações – 360 deslocações). À escala urbana – Vila de Mértola – o principal pólo gerador é formado pela “Vila Nova”, isto é, pela área de expansão urbana mais recente do

À escala urbana, o principal pólo gerador é a “Vila Nova”.

aglomerado urbano de Mértola.

6.3. AVALIAÇÃO

DOS

PROBLEMAS ASSOCIADOS

ÀS

PESSOAS

COM

MOBILIDADE

REDUZIDA “A promoção da acessibilidade constitui um elemento fundamental na qualidade de vida das pessoas, sendo um meio imprescindível para o exercício dos direitos que são conferidos a qualquer membro de uma sociedade democrática, contribuindo decisivamente para um maior reforço dos laços sociais, para uma maior participação cívica de todos aqueles que a integram e, consequentemente, para um crescente aprofundamento da solidariedade no estado social de direito” (Decreto-Lei n.º 163/2006 de 8 de

A acessibilidade contribui para um maior reforço dos laços sociais, para uma maior participação cívica de todos.

Agosto). Desta forma, a acessibilidade aos edifícios e na via pública apresenta-se como um aspecto incontornável na avaliação dos problemas associados às pessoas com mobilidade reduzida. Estes problemas manifestam-se de diferentes formas, contudo adquirindo maior expressividade quando condicionam a mobilidade no espaço público e o acesso a estabelecimentos e equipamentos de utilização pública, nomeadamente aqueles aos quais são aplicadas as normas técnicas sobre acessibilidade, indicadas no Decreto-Lei n.º 163/2006 de 8 de Agosto, a saber:

ႀ Passeios e outros percursos pedonais pavimentados; ႀ Espaços de estacionamento marginal à via pública ou em parques de estacionamento público;

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

101

ႀ Equipamentos sociais de apoio a pessoas idosas e ou com deficiência, designadamente lares, residências, centros de dia, centros de convívio, centros de emprego protegido, centros de actividades ocupacionais e outros equipamentos equivalentes;

ႀ Centros de saúde, centros de enfermagem, centros de diagnóstico, hospitais, maternidades, clínicas, postos médicos em geral, centros de reabilitação, consultórios médicos, farmácias e estâncias termais;

ႀ Estabelecimentos de educação pré-escolar e de ensino básico, secundário e superior, centros de formação, residenciais e cantinas;

ႀ Estações ferroviárias e de metropolitano, centrais de camionagem, gares marítimas e fluviais, aerogares de aeroportos e aeródromos, paragens dos transportes colectivos na via pública, postos de abastecimento de combustível e áreas de serviço;

ႀ Passagens de peões desniveladas, aéreas ou subterrâneas, para travessia de vias-férreas, vias rápidas e auto-estradas;

ႀ Estações de correios, estabelecimentos de telecomunicações, bancos e respectivas caixas multibanco, companhias de seguros e estabelecimentos similares;

ႀ Parques de estacionamento de veículos automóveis; ႀ Instalações sanitárias de acesso público; ႀ Igrejas e outros edifícios destinados ao exercício de cultos religiosos;

ႀ Museus, teatros, cinemas, salas de congressos e conferências e bibliotecas públicas, bem como outros edifícios ou instalações destinados a actividades recreativas e sócio-culturais;

ႀ Estabelecimentos prisionais e de reinserção social; ႀ Instalações desportivas, designadamente estádios, campos de jogos e pistas de atletismo, pavilhões e salas de desporto, piscinas e centros de condição física, incluindo ginásios e clubes de saúde;

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

102

ႀ Espaços de recreio e lazer, nomeadamente parques infantis, parques de diversões, jardins, praias e discotecas;

ႀ Estabelecimentos comerciais cuja superfície de acesso ao público ultrapasse 150 m2, bem como hipermercados, grandes superfícies, supermercados e centros comerciais;

ႀ Estabelecimentos hoteleiros, meios complementares de alojamento turístico, à excepção das moradias turísticas e apartamentos turísticos dispersos, conjuntos turísticos e ainda cafés e bares cuja superfície de acesso ao público ultrapasse 150 m2;

ႀ Edifícios e centros de escritórios.

Os próprios edifícios habitacionais apresentam, muitas vezes, barreiras arquitectónicas que se constituem como obstáculos às pessoas com mobilidade reduzida, agravando a sua condição neste domínio. No que diz respeito ao município de Mértola, identificaram-se algumas situações de barreiras arquitectónicas que condicionam o acesso a

No concelho de Mértola identificaram-se algumas barreiras arquitectónicas.

estabelecimentos e equipamentos de utilização pública, nomeadamente:

ႀ estação dos correios (Imagem 8); ႀ parque de estacionamento de veículos ligeiros (Imagem 9); ႀ dimensionamento e desnível de passeios (Imagem 10); ႀ passadeiras

sem

rampa

e

conducentes

a

lugares

de

estacionamento (Imagem 11).

103

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

Imagem 8. Estação dos Correios sem acesso em rampa Imagem 10. Dimensionamento e desnível dos passeios

Imagem 9. Lugar de estacionamento para pessoas portadoras de deficiência delimitado por muro no lado do condutor Imagem 11. Passadeira conducente a lugar de estacionamento

Em relação aos edifícios habitacionais (Quadro 43), os dados do último Recenseamento Geral da Habitação mostram que 92,3% dos edifícios existentes no concelho, ainda que não possuindo rampas, eram acessíveis. O número de edifícios com rampas de acesso é de 345 edifícios (3,8% do

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

104

total de edifícios), enquanto que 358 edifícios (3,9% do total de edifícios) não

eram

considerados

acessíveis

a

pessoas

com

mobilidade

condicionada.

Quadro 43. Edifícios, segundo o número de pavimentos, por acessibilidade a pessoas com mobilidade condicionada (2001) Edifícios, segundo o Número de Pavimentos

Mértola Tem rampas de acesso

Total

Com 1

Com 2

Com 3

Com 4

9 181

8 741

422

17

1

345

328

16

1

-

Com elevador

-

-

-

-

-

Sem elevador

345

328

16

1

-

Não tem rampas de acesso e é acessível

8 478

8 078

386

13

1

Com elevador

-

-

-

-

-

Sem elevador

8 478

8 078

386

13

1

358

335

20

3

-

Não tem rampas de acesso e não é acessível Com elevador

-

-

-

-

-

Sem elevador

358

335

20

3

-

Fonte: INE, XIV Recenseamento Geral da População/IV Recenseamento Geral da Habitação, 2001

105

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

7. CARACTERIZAÇÃO DA OFERTA DE TRANSPORTE 7.1. IDENTIFICAÇÃO

E

CARACTERIZAÇÃO

DA

OFERTA

DE

TRANSPORTE

POR

MODO 7.1.1. REDE RODOVIÁRIA 7.1.1.1. CARACTERIZAÇÃO DA REDE RODOVIÁRIA A caracterização da rede viária tem por base o Plano Rodoviário Nacional de 2000 (Decreto-Lei nº 222/98 com as alterações introduzidas pela Lei nº 98/99 de 26 de Julho, pela Declaração de rectificação nº 19-D/98 e pelo Decreto-Lei nº 182/2003 de 16 de Agosto). Este Plano define a rede rodoviária nacional, que desempenha funções de interesse nacional ou internacional, constituída pela rede nacional fundamental e pela rede nacional complementar. Tendo em conta o âmbito do presente estudo, consideram-se as vias que atravessam o município, assim como as vias de ligação entre os principais aglomerados, fazendo-se uma breve análise das suas funções. Com efeito, o concelho de Mértola é servido pela rede nacional complementar, formada pelos itinerários complementares (IC) e pelas estradas nacionais (EN). A rede nacional complementar assegura a ligação

O concelho de Mértola é servido pela rede nacional complementar

entre a rede nacional fundamental e os centros urbanos de influência concelhia ou supraconcelhia, mas infradistrital. Os IC estabelecem as ligações de maior interesse regionais, bem como as principais vias envolventes e de acesso nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto. O município de Mértola é servido pelo IC27/EN122:

O IC27/EN122 serve o concelho de Mértola.

ႀ IC27/EN122 – Via de âmbito nacional e principal via de acesso ao município de Mértola, desempenhando um papel de relevo nas relações inter-concelhias e regionais. Atravessa o município de Mértola sensivelmente de Noroeste para Sudeste, fazendo a ligação entre Beja, onde liga ao IP2, e Castro Marim onde liga à A22 (Via do Infante).

106

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

Figura 30. Rede Rodoviária ! !

IC36

LEIRIA

IP1

IC8

IP6 - IP2

IC9

IC9

IP6 IC3

IC1 IP6

IP6

IP2 IC9

IP1 - IP6

PORTALEGRE

! !

SANTARÉM IC2

! !

IC13

IC11 IC3 IC1

IP2

IP1

39°N IC13 IC10 IC30

IC18

IC15

IC17

! !

IC2

IC11

LISBOA IP7

IC32

IC20

IC21

IP7

ÉVORA

IP1 - IP7

! !

SETÚBAL! !

IP2

IP2 IC33 IC1

IP2

IP8

IP8

38°N

BEJA

! !

IP8 IP2 IC1 IC27

Norte

(

IC4

MÉRTOLA !

IP1

i

0

20 km IC27

IC1

IC4 IP2

! !

37°N 9°W

FARO

8°W

7°W

Fonte: elaboração própria, 2007

107

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

Figura 31. Rede Rodoviária do concelho de Mértola ! ! Albernoa

7°50'W

7°40'W

N511

7°30'W

N1085

N514 N1097

IP2 N392

Vale de Camelos

Monte das Figueiras

!

Vales Mortos

!

Amendoeira do Campo !

!

!

37°50'N

Corte Cobres

!

Vale Açor de Cima ! Viegas Mosteiro

Vale Açor ! de Baixo

!

M1218

!

M514

Amendoeira da Serra

IC27 Azinhal

! !

Salto

!

!

M509 Corte Pequena

Algodor !

N510 Corte Gafo de Baixo

N540

N392 São Marcos da Ataboeira

!

N123 Alcaria ! ! Ruiva

! !

João Serra

N1138 Monte do Guerreiro !

!

Rolão

M1096

!

Corte Gafo de Cima

!

!

Corte Sines

!

Corte da Velha

ER265

!

N1147

Maceares

!

N509

Corte PequenaMértola

! N505 ! Corte do

IC27

!

Tacões

M1142 !

N1140

!

!

!

!

!

A-doCorvo

N1168

!

Alcaria ! Longa

Senhora da Graça

N1169

Monte da Vinha

!

Gato

!

Boisões!

Manuel Galo !

!

São Bartolomeu de Vargens Via Glória

N1170 !

Monte das Viúvas ! !

!

Guedelhas Monte João ! Dias

N506

Fialho

Monte do Dogueno Romba ! !

N2

Picoitos

!

Alcaria dos Javazes

!

Salgueiros

Pomarão

!

N514

0

!

Santa Marta !

N507

!

N507-1 !

!

! ! Pessegueiro ! Zorrinhos de Cima !

Tremelgo de Baixo

Diogo Dias

!

!

!

Clarines Farelos

!

Giões

Martim ! ! Longo

N506

N124

Azinhal Barrada !

Laborato

N1039

N1042 N1040

Serro da Vinha de N507 Baixo ! ! Tesouro

!

N1043

Alcaria ! Santa Alta Justa

!

!

37°30'N

Cortes Pereiras

Pereiro

N1045 N1046 N508

! !

Corte do Tabelião

Coito

Alcoutim

!

N507

Velhas!

Lutão

Afonso Vicente !

N507 !

! !

Castelhanos!

5 km

Monte Vascão !

N1054

Penedos

Santana de Monte ! Cima ! Roncão ! Negas Lobato ! Santana ! ! Corcha de Baixo

(i

!

Mesquita

IC27

Diogo Martins

N1175

Norte

Sedas

!

Besteiros

!

ER265-1

!

São Pedro de Solis

N1001

Santa Cruz

Bens

!

!

N506

N506-1

Alves

!

!

N1180

Carros

N506-1

Santana de Cambas

!

Álamo

Montes Altos

! !

Roncão de Cima Boavista ! ! !! Roucanito Roncão ! M1178 do Meio Roncão Moinhos de Baixo Moinhos de Espírito de Vento Vento de Baixo de Cima ! Santo ! ! ! ! Vicentes

Góis

São Miguel do Pinheiro

!

N1170

!

!

Moreanes

Monte Alto !! Fernandes

Lombardos

!

!

! !

Semblana

!

! !

N1171

Além Rio

N1153

Bicada

São Sebastião dos Carros

Caiada

!

Brites Gomes

!

!

Neves da Graça ! !

!

Monte do Belo

N506-1

Castanhos

!

!

IC27

!

Monte Costa !

N514-1

M1151

!

Ledo Vasco Simões ! Rodrigues

!

ER267

Namorados

Sapos!

! !

!

N514

Mértola!!

N509 São João dos Caldeireiros

Espragosa

Sete

!

!

Corte Pão E Água

Penilhos

Figueirinha ! Martinhanes

N1142

N1140

37°40'N

SaposSantana de ! Cambas

Corvos

! !

Mina de São Domingos

!

Viseus!

N508

Pinto

N505

N514

Alvares

N508

Lombador

Vale do Poço

! !

N122-1

Vicentes

!

!

N124

! !

Tacões !

!

Balurco de Cima

Pêro Dias

Marmeleiro Corte da Seda

!

Torneiro

Balurco de Baixo

!

Fonte: elaboração própria, 2007

As comunicações públicas rodoviárias, com interesse supramunicipal e complementar à rede rodoviária nacional, são asseguradas por estradas regionais (ER). As ER asseguram o desenvolvimento e serventia das zonas fronteiriças, costeiras e outras de interesse turístico, a ligação entre agrupamentos de concelhos constituindo unidades territoriais e a continuidade de estradas regionais nas mesmas condições de circulação e segurança. O concelho de Mértola é servido por três estradas regionais:

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

108

ႀ ER123 – Principal ligação ao município de Casto Verde, ligando ao IC27 na freguesia de Alcaria Ruiva.

ႀ ER265 – Faz a ligação entre o IP8 e o IC27, entre Serpa e Mértola. É através desta via que os residentes nas freguesias de Corte Pinto e Santana de Cambas têm acesso à sede do município e ao segundo maior núcleo urbano do concelho, a Mina de São Domingos.

ႀ ER267 – É a principal via de acesso ao município de Almodôvar, assim como a principal infra-estrutura rodoviária para as ligações intra e inter-concelhias dos residentes na freguesia de São João dos Caldeireiros.

De acordo com o PRN 2000, as estradas não incluídas neste Plano integrarão as redes municipais, mediante protocolos a celebrar entre a EP – Estradas de Portugal e as câmaras municipais. Para além do previsto no

As estradas não incluídas no plano rodoviário nacional integrarão as redes municipais.

PRN 2000, as estradas municipais serão também alvo de regulamentação por diploma próprio. Para além das vias de âmbito nacional e regional, a rede rodoviária do concelho de Mértola é constituída por um conjunto de estradas municipais e estradas nacionais desclassificadas que embora possuam um nível de serviço inferior às de âmbito nacional e regional, desempenham uma função essencial na acessibilidade intra-concelhia, assegurando

a

ligação

aos

aglomerados

de

pequena

dimensão,

apresentando algumas destas vias capacidade de serviço reduzida. Por forma a percepcionar a cobertura territorial alargada da rede rodoviária, procedeu-se à análise da distância em minutos relativamente à sede de concelho12, utilizando-se as seguintes isócronas: 5 minutos; 10 minutos; 15

12

Foram calculadas as isócronas para os 5, 10, 15, 20 e 30 minutos em relação à sede de

concelho. Este cálculo teve por base as principais vias de cada concelho. O tempo dispendido em relação à sede de concelho foi calculado tendo por base a tipologia da rede viária, com os valores de velocidade máximos estabelecidos no código da estrada. Deste modo, consoante a extensão do eixo da via é contabilizado o tempo necessário para percorrer cada troço, sendo de seguida o tempo acumulado em cada nó onde existe uma intersecção com outro troço, continuando a análise a realizar-se até que seja atingido o limite dos 30 minutos de deslocação previamente estabelecido. Apresentam-se os resultados de acordo com duas

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

109

minutos; 20 minutos; 30 minutos. O resultado deste exercício (Figura 32) permite verificar que os níveis de acessibilidade à sede de concelho em distância-tempo apresentam uma incidência territorial em coroa (com aumento da distância-tempo no sentido centrífugo), com deformações induzidas por vias com níveis de serviço superiores, estando a larga maioria dos aglomerados populacionais a menos de 15 minutos da Vila de Mértola.

metodologias diferentes. A primeira apresenta as isócronas a englobarem as vias dentro dos intervalos de tempo definidos, sendo de seguida à área entre as vias atribuído o valor de tempo alocado à via mais próxima (Figura 32). O segundo método utilizado executa a análise tendo apenas em conta uma determinada área circundante às vias, sendo que na análise realizada foi definida uma margem de 400 metros em relação aos eixos das vias. Deste modo a área que não é servida pela rede viária e que se encontra fora da margem de 400 metros é considerada inacessível (Figura 33).

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

110

Figura 32. Tempo de deslocação relativamente à Sede de Concelho (Rede Rodoviária) 7°50'W

Albernoa

7°40'W

N511

7°30'W

N1085

N514 N1097

IP2 Vale de Camelos Corte Cobres

37°50'N

N392

Monte das Figueiras Vale Açor de Cima Vale Açor de Baixo

Vales Mortos

Amendoeira do Campo Viegas Mosteiro

M514

Amendoeira da Serra

IC27 M509

Vale do Poço

Azinhal

Corte Pequena

Salto

Algodor

N510 N540

N392

M1096 Corte Gafo de Cima

N123

São Marcos da Ataboeira

Corte Gafo de Baixo

Alcaria Ruiva

N1138

João Maceares Serra

Monte do Guerreiro

Rolão

ER265

Corte Sines

N505

Corte PequenaMértola

Corte da Velha

Mina de São Domingos

IC27 N509

Corte do Pinto

N514

37°40'N

Alvares

Viseus

Corvos

N508

M1142

Tacões

Corte Pão E Água

Penilhos

Mértola

Figueirinha

N1140 N1142

Montes Altos

Namorados Martinhanes Sapos

São João dos Caldeireiros

Espragosa

Sete

SaposSantana de Cambas

Moreanes

N514-1

Ledo Vasco Rodrigues

Lombador Simões

Santana de Cambas

Monte Alto

M1151

Brites Gomes

N1153

Alves

Bens

Picoitos

ER267

A-doCorvo Neves da Graça

N1168

Castanhos

Caiada

N1169 Semblana

São Miguel do Pinheiro

Moinhos Moinhos de de Vento Vento de Baixo de Cima

Carros

N1001

Monte do Romba

N2

N507-1

Castelhanos

Fialho

Laborato Tremelgo de Baixo Pessegueiro Zorrinhos de Cima

N1039 Diogo Dias Martim Longo

N124

Azinhal Barrada

N506 Pêro Dias

Cortes Pereiras

Serro da Vinha de Baixo Tesouro

! ! !

N122-1

Vicentes

N1042 Santa Justa

N1043 Alcaria Alta

N124 N1046 N508

601 - 1451 251 - 600 37°30'N 81 - 250 7 - 80

(min.)

0-5

5 - 10

Pereiro

N1045

!

Tempo Alcoutim

Corte do Tabelião

Coito

Velhas

Lutão

N1040

Afonso Vicente

N507

Giões

Roncão

Nº Habitantes (2001)

Monte Vascão

IC27

Santa Marta Clarines Farelos

2 km

Mesquita

N1054

N507

Santa Cruz Dogueno

Alcaria dos Javazes

Penedos

Santana Lobato de Cima Santana de Monte Negas Corcha Baixo

N514 Sedas

Diogo Martins

N1175

(i

Pomarão

Vargens

N506

N506-1

N506

Norte

0

N1180

Besteiros

Guedelhas Monte João Dias

Roncão de Baixo

Espírito Santo

São Bartolomeu de Via Glória

Monte da Vinha

São Pedro de Solis

ER265-1

Vicentes

N1170 Monte das Viúvas

Salgueiros

Lombardos

M1178

Boisões Góis Manuel Galo Gato

Álamo

Roncão de Cima

São Sebastião dos Carros

Alcaria Longa

Senhora da Graça

Monte Bicada do Belo

N506-1

Tacões Balurco de Cima Balurco de Baixo

Marmeleiro Corte da Seda Torneiro

10 - 15 15 - 20 20 - 30

Fonte: elaboração própria, 2007

Através da análise da Figura 31, verifica-se ainda que a rede rodoviária municipal apresenta maior densidade no sector Sul do concelho, aspecto

A rede rodoviária municipal apresenta maior densidade no sector Sul do concelho.

indissociável da ocupação do território concelhio, caracterizada pela existência de um maior número de aglomerados populacionais neste sector.

111

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

A maior densidade da rede rodoviária no sector Sul do território concelhio é também constatável na Figura 33, que apresenta a distância em minutos da área circundante às vias relativamente à sede de concelho. Como se pode observar, a rede rodoviária neste sector permite uma maior acessibilidade à sede de concelho, visto que a quase totalidade do território encontra-se a menos de 30 minutos daquele núcleo urbano, enquanto no sector Norte/Nordeste/Este apenas a envolvente imediata às vias que garantem a ligação aos principais aglomerados populacionais tem um cobertura que possibilita uma ligação à Vila de Mértola inferior a 30 minutos. O sector Oeste apresenta igualmente bons níveis de acessibilidade à sede de concelho, em resultado da permeabilidade propiciada pelo IC27/N123 e ER267 (em função do seu nível de serviço, permitem um alargamento dos perímetros territoriais que se encontram a menos de 5 minutos e entre 5-10 minutos da Vila de Mértola) e pelas vias da rede municipal que asseguram a ligação a estes eixos.

112

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

Figura 33. Tempo de deslocação relativamente à Sede de Concelho (área circundante à Rede Rodoviária) 7°50'W

Albernoa

7°40'W

N511

7°30'W

N1085

N514 N1097

IP2 Vale de Camelos Corte Cobres

37°50'N

N392

Monte das Figueiras Vale Açor de Cima Vale Açor de Baixo

Vales Mortos

Amendoeira do Campo Viegas Mosteiro

M514

Amendoeira da Serra

IC27 M509

Vale do Poço

Azinhal

Corte Pequena

Salto

Algodor

N510 N540

N392

M1096 Corte Gafo de Cima

N123

São Marcos da Ataboeira

Corte Gafo de Baixo

Alcaria Ruiva

N1138

João Maceares Serra

Monte do Guerreiro

Rolão

ER265

Corte Sines

N505

Corte PequenaMértola

Corte da Velha

N514

Mina de São Domingos

IC27 N509

Corte do Pinto

37°40'N

Alvares

Viseus

Corvos

N508

M1142

Tacões

Corte Pão E Água

Penilhos

Mértola

Figueirinha

N1140 N1142

Montes Altos

Namorados Martinhanes Sapos

São João dos Caldeireiros

Espragosa

Sete

SaposSantana de Cambas

Moreanes

N514-1

Ledo Vasco Rodrigues

Lombador Simões

Santana de Cambas

Monte Alto

M1151

Brites Gomes

N1153

Alves

Bens

Picoitos

ER267

A-doCorvo Neves da Graça

N1168

Castanhos

Caiada

Senhora da Graça Semblana

São Miguel do Pinheiro

ER265-1

Moinhos Moinhos de de Vento Vento de Baixo de Cima

Carros

N1001

Fialho

Monte do Romba

N507-1

Castelhanos Laborato

N1039

Tremelgo de Baixo Pessegueiro Zorrinhos de Cima

Diogo Dias Martim

Longo

N124

Azinhal Barrada

N506 Pêro Dias

Cortes Pereiras

Serro da Vinha de Baixo Tesouro

! ! !

N122-1

Vicentes

N1042 Santa Justa

N1043 Alcaria Alta

N124 N1046 N508

601 - 1451 251 - 600 37°30'N 81 - 250 7 - 80

(min.)

0-5

5 - 10

Pereiro

N1045

!

Tempo Alcoutim

Corte do Tabelião

Coito

Velhas

Lutão

N1040

Afonso Vicente

N507

Giões

Roncão

Nº Habitantes (2001)

Monte Vascão

IC27

Santa Marta Clarines Farelos

2 km

Mesquita

N1054

N507

Santa Cruz

N2

Alcaria dos Javazes

Penedos

Santana Lobato de Cima Santana de Monte Negas Corcha Baixo

N514 Sedas

Diogo Martins

N1175

(i

Pomarão

Vargens

N506

N506-1

N506

Norte

0

N1180

Besteiros

Guedelhas Monte João Dias

Dogueno

Espírito Santo

São Bartolomeu de Via Glória

Monte da Vinha

São Pedro de Solis

Roncão de Baixo

Vicentes

N1170 Monte das Viúvas

Salgueiros

Lombardos

M1178

Boisões Góis Manuel Galo Gato

Álamo

Roncão de Cima

São Sebastião dos Carros

Alcaria Longa

N1169

Monte Bicada do Belo

N506-1

Tacões Balurco de Cima Balurco de Baixo

Marmeleiro Corte da Seda Torneiro

10 - 15 15 - 20 20 - 30

Fonte: elaboração própria, 2007

Finalmente, importa referir que do trabalho realizado resultou clara a necessidade de corrigir o traçado de algumas vias e melhorar a rede viária entre localidades de menor dimensão e entre estas e as estradas da rede rodoviária fundamental e complementar que dão acesso à sede de concelho e sedes de freguesia.

113

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

7.1.1.2. INDICADORES DA REDE RODOVIÁRIA Através da análise de indicadores da rede rodoviária que serve o concelho de Mértola pretende-se aferir do nível de acessibilidade existente. Para tal, consideraram-se os seguintes índices:

ႀ Índice de permeabilidade13 (km de estrada/km2 de área); ႀ Índice de densidade (km de estrada/1.000 hab.); ႀ Número de veículos por km de rede viária.

A rede rodoviária tem uma extensão de 632,4 km no concelho de Mértola.

A rede rodoviária tem uma extensão total de aproximadamente 632,4 km no município de Mértola, da qual resulta uma permeabilidade de 0,49 km de rede viária por km2 de área, valor bastante inferior à média nacional (2,08 km2).

Quadro 44. Índice de Permeabilidade

IC

Mértola

ER Extensão/

EM*

Extensão/

Total

Extensão/

Extensão/

Extensão (km)

Área (km/km )

Extensão (km)

Área (km/km )

Extensão (km)

Área (km/km )

Extensão (km)

Área (km/km )

51,3

0,04

67,3

0,05

513,7

0,40

632,4

0,49

2

2

2

2

* Inclui as estradas nacionais desclassificadas. Fonte: elaboração própria, 2007

No que diz respeito à rede rodoviária nacional, mais precisamente no que se refere aos IC, o concelho de Mértola apresenta um índice de permeabilidade de 0,04 km/km2. Tratando-se de um valor relativamente reduzido, o mesmo deve ser analisado à luz da extensão territorial do concelho de Mértola, visto que a extensão da rede é de 51,3 km. Quanto às ER, a densidade da rede ascende a 0,05 km/km2, valor ligeiramente 13

Tratando-se de uma densidade, propõe-se a designação de índice de permeabilidade na

medida em que este indicador permite aferir da cobertura territorial da rede rodoviária, diferenciando-se assim do índice de densidade que avalia a relação entre a extensão da rede e o número de habitantes.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

114

superior ao ostentado pela rede de IC, resultante da existência de 67,3 km de estradas regionais no concelho. No cômputo da rede consignada no PRN 2000 (IC e ER), o índice de permeabilidade é de 0,09 km/km2. Por sua vez, a rede municipal apresenta uma extensão de 513,7 km, sendo 2

a sua permeabilidade relativamente elevada (0,40 km/km ), reflectindo as

A rede rodoviária municipal tem uma extensão de 513,7 km.

exigências decorrentes do tipo de povoamento do concelho (concentração da população em pequenos aglomerados populacionais dispersos pelo território concelhio) e da sua extensão territorial. Esta análise é corroborada pelo índice de densidade da rede (extensão da rede viária por habitante) – Quadro 45 –, o qual cifra-se em 72,6 km por 1.000 habitantes, quando em Portugal Continental não ultrapassa os 18,2 km por 1.000 habitantes. Quadro 45. Índice de densidade e veículos por quilómetro da rede viária em Mértola e Portugal Continental

Índice de Densidade

Veículos por km de Rede Viária

(km/1.000 hab.)

(veículos/km)

Mértola

72,58

6,3

Portugal Continental

18,24

28,9

Fonte: elaboração própria, 2007

Enfocando o número de veículos por quilómetro de rede viária, observa-se que o valor ostentado por Mértola é relativamente reduzido – 6,3 veículos

Em Mértola existiam 6,3 veículos por km da rede.

por km de rede viária –, quando no cômputo do território continental nacional ascende a 28,9 veículos por km.

7.1.1.3. VIAS E PERCURSOS CONGESTIONADOS Os principais problemas de congestionamento de vias/percursos ocorrem no Eixo Comercial da Vila de Mértola (Figura 34), em função da realização de operações de cargas e descargas na via. Tal deve-se ao impedimento

Os principais problemas de congestionamento ocorrem no Eixo Comercial da Vila de Mértola.

de estacionamento nas áreas reservadas a este tipo de operações, motivado pela sua ocupação por veículos particulares.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

115

Tratando-se de um condicionamento à normal fluidez do tráfego numa das principais artérias da Vila de Mértola, o mesmo deverá ser entendido e interpretado no contexto do volume de tráfego existente neste aglomerado. Acresce que a resolução deste problema é expectável no curto/médio prazo, através da intervenção de requalificação do Eixo Comercial.

Figura 34. Pontos de congestionamento no Eixo Comercial da Vila de Mértola

´

Fonte: elaboração própria, 2007

7.1.1.4. PONTOS NEGROS EM TERMOS DE SINISTRALIDADE Relativamente aos pontos negros, a sua identificação baseou-se na análise dos Boletins Estatísticos de Acidentes de Viação da Direcção Geral de Viação/Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, enfocando os acidentes com vítimas mortais ou feridos graves14 no período 2004-2006.

14

São contabilizadas como vítimas mortais os óbitos ocorridos no local do acidente ou a

caminho do hospital, enquanto que os feridos graves respeitam a acidentados que necessitam de hospitalização por um período superior a 24 horas.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

116

Para além do aumento do número de acidentes e de mortos e feridos graves neste período, esta análise possibilita a constatação de que mais de 60% dos acidentes ocorreram no IC27/EN122 (Quadro 46 e Figura 35).

Entre 2004 e 2006 verificouse um aumento do número de acidentes e de mortos e feridos graves.

Destes, 70% foram despistes, sendo os restantes colisões. Tais resultados não devem ser dissociados do facto de se tratar da estrada que tem maior procura em termos de tráfego rodoviário no concelho, em função de ser o eixo Norte-Sul situado mais a Nascente e próximo da fronteira. Acresce que as boas condições do pavimento induzem velocidades elevadas

face

às

características

da

infra-estrutura

rodoviária

(nomeadamente bermas de reduzida dimensão ou inexistentes) originando, por vezes, despistes. No cômputo da rede viária existente no concelho, denota-se ainda alguma concentração de acidentes na área envolvente à Vila de Mértola, assim como a ocorrência da totalidade dos acidentes no período diurno,

Denota-se uma concentração de acidentes na área envolvente à sede de concelho.

especialmente no período da tarde.

Quadro 46. Número de acidentes, mortos e feridos graves no IC27/EN122 (2004-2006) Acidentes 2004

3

2005

1

2006

7

Mortos

Feridos Graves

5

9

Fonte: Direcção Geral de Viação/Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária

Centrando a análise no ano mais recente (2006) – Quadro 47 –, constatase que dos acidentes ocorridos no concelho de Mértola resultaram 5 mortos e 6 feridos graves, sendo que 3 das vítimas mortais e a totalidade dos feridos graves resultaram de acidentes registados no IC27/EN122.

117

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

15

Figura 35. Acidentes com mortos ou feridos graves no concelho de Mértola (2004-2006) ! ! Albernoa

! Col. Lat. c/ Veic. em Mov. " Colisão Frontal # Desp. c/ CapotamentoN1097 37°50'N c/ Col. c/ Veic. Imob ou Obst. $ Desp.N392 Desp. s/ Dispo. Retenção X Vales Mortos

N511 N1085

N514

2005

!

IP2 Vale de Camelos

Monte das Figueiras ! Corte ! Cobres

!

2006

2006

" #

!

[

Amendoeira do Campo

Vale Açor de Cima ! Viegas

!

Mosteiro

Vale Açor ! de Baixo

!

M1218

!

!

Despiste Simples

! !

M514

Amendoeira da Serra

IC27 !

!

!

Salto

Azinhal

2003

Corte Pequena

N510

! !

!

N123 Alcaria ! ! Ruiva

!

Monte do Guerreiro !

!

!

N508

!

João Serra

!

N509

Alvares

! !

!

N1140

!

!

N1140

!

!

Lombador

Brites Gomes ! Vasco Rodrigues Ledo

!

!

N506-1 N1168

!

!

!

Caiada

Castanhos

! Senhora da Graça

Alcaria ! Longa

N1169

São Sebastião dos Carros

! !

N1171

Monte da Vinha

!

Monte das Viúvas

São Pedro de Solis

N1001

! !

Guedelhas Monte João ! Dias

N506

!

Monte do Dogueno Romba !

Santa Cruz

! ! Pessegueiro

!

Zorrinhos de Cima !

N2

!

Martim Longo

7°50'W

!

N124

!

Laborato

! !

N506

!

Azinhal

!

! Giões!

Pêro Barrada Dias

Sedas

N507-1

!

Serro da Vinha de ! N507 Baixo ! Tesouro

N1042

N1043

Alcaria ! Santa Alta Justa !

!

0

2006

!

Coito

Pereiro

N1045 N1046 N508 7°40'W

5 km

Monte Vascão ! Afonso Vicente !

N1054

IC27

37°30'N

!

Cortes Pereiras ! Alcoutim !

Corte do Tabelião

!

N507

Velhas!

Lutão

N1040

Clarines Farelos

!

(i

Pomarão

N507

N507

Diogo Tremelgo de Dias ! Baixo

!

Santa Marta !

Castelhanos!

!

Salgueiros

Mesquita

$#

Penedos

Santana de Monte ! Cima ! Roncão ! ! Santana Negas Lobato ! Corcha de Baixo

!

Norte

2006

Diogo Martins

!

Fialho

!

!

!

Bens

!

N514 !

Montes Altos

ER265-1

!

Alcaria dos Javazes

!

Santana de Cambas

Alves

!

!

N1180

37°40'N

! !

Roncão de Cima Boavista ! ! !! Roucanito Roncão ! M1178 do Meio Roncão Moinhos de Baixo Moinhos de Espírito de Vento Vento de Baixo de Cima ! Santo ! Vicentes !

São Bartolomeu de Via ! Besteiros Vargens Glória

N1175

2004

Lombardos

Mina de São Domingos

Moreanes

Picoitos

!

!

N506

$

N1153

!

N506-1

!

Monte Alto !! Fernandes

Bicada ! ! Álamo

Carros

N506-1

!

Monte Costa !

Além Rio

2006

!

Manuel Galo

Gato

!

N1170 !

!

Corvos

N514

!

Góis

São Miguel do Pinheiro

!

N1170

Boisões!

!

! !

Semblana

!

Monte do Belo

! Corte do !

N505 Pinto

SaposSantana de ! Cambas

2004

Simões!

ER267

Neves da Graça !

!

N514-1

! 2004 $

!

A-doCorvo

$

Namorados

Sapos!

!

!

IC27

Mértola!!

N509 ! !

Espragosa !

Sete

# !

2006

São João dos Caldeireiros

2006

N514

!

Penilhos

Figueirinha Martinhanes!

N1142

Corte PequenaMértola

X

Corte Pão E Água

Tacões

M1142

ER265

!

Corte Sines

!

Corte da Velha

Viseus!

N508

M1096

!

Corte Gafo de Cima

N1147

Maceares

N1138 Rolão

Corte Gafo de Baixo

N540

$

Vale do Poço

!

2005 São Marcos da Ataboeira

Com Feridos Graves

[

M509

N392

!

Com Vítimas Mortais

! !

!

N122-1 Vicentes

N124

!

! !

Tacões !

Balurco de Cima ! Balurco de Baixo

Marmeleiro Corte da Seda

!

Torneiro

7°30'W

!

Fonte estatística: Direcção Geral de Viação/Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária

15

Representam-se apenas os acidentes para os quais existia informação suficiente à sua geo-

referenciação (e.g. nalguns casos os dados estatísticos dos acidentes não apresentavam o quilómetro de ocorrência dos mesmos).

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

118

Quadro 47. Acidentes com mortos ou feridos graves no concelho de Mértola (2006) Mortos

Feridos Graves

Via

km

Março

-

1

IC27/EN122

71,6

Desp. c/ capotamento

Abril

1

-

EM514

-

Desp. c/ capotamento

Abril

1

1

IC27/EN122

23

Julho

-

1

IC27/EN122

52,1

Desp.c/ col. c/ veic. imob. ou obst.

Julho

-

1

IC27/EN122

33,1

Despiste simples

Agosto

2

-

IC27/EN122

23,2

Desp. c/ capotamento

Outubro

1

0

ER265

50,2

Desp. c/ capotamento

Dezembro

-

1

IC27/EN122

45,5

Desp. s/ dispos. retenção

Dezembro

0

1

IC27/EN122

71

Desp.c/ col. c/ veic. imob. ou obst.

Total

5

6

---

---

---

Mês

Natureza

Colisão frontal

Fonte: Direcção Geral de Viação/Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária

Quanto à natureza dos acidentes (Quadro 48), das 9 ocorrências registadas, uma decorreu de uma colisão frontal e as restantes resultaram Os despistes representam 76,5% dos acidentes com mortos ou feridos graves.

de despistes, tipologia de acidente que representava ainda 76,5% dos acidentes com mortos ou feridos graves contabilizados entre 2004 e 2006. Nota ainda para o facto de, neste período, não se terem registado atropelamentos com mortos ou feridos graves.

Quadro 48. Natureza dos acidentes envolvendo mortos e feridos graves (2004-2006) N.º Acidentes

Atropelamentos

Colisões

Despistes

Mortos

Feridos Graves

2004

5

0

1

4

2

4

2005

3

0

2

1

1

3

2006

9

0

1

8

5

6

Total

17

0

4

13

7

13

Fonte: Direcção Geral de Viação/Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária

Refira-se também que, em 2005, o índice de gravidade de acidentes16 era de 4,2 no concelho de Mértola, valor abaixo do averbado pela NUT III em que o mesmo se insere (5,1), embora superior ao registado no território

O índice de gravidade de acidentes era de 4,2 no concelho de Mértola, em 2005.

continental de Portugal (3,0). Neste mesmo ano, o índice de gravidade dos acidentes ocorridos no concelho de Ourique ascendia a 11,9.

16

O índice de gravidade de acidentes pondera o número de vítimas mortais de acidentes de

viação no total de acidentes de viação com vítimas (índice de gravidade de acidentes: vítimas mortais de acidentes de viação / número de acidentes de viação com vítimas x 100).

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

119

Quadro 49. Índice de gravidade de acidentes (2005)

Índice de gravidade dos acidentes Continente

3,0

Baixo Alentejo

5,1

Aljustrel

7,1

Almodôvar

2,1

Alvito

-

Barrancos

-

Beja

1,7

Castro Verde

9,8

Cuba

-

Ferreira do Alentejo

2,4

Mértola

4,2

Moura

3,6

Ourique

11,9

Serpa

9,3

Vidigueira

4,2

Fonte: INE, Anuário Estatístico da Região do Alentejo, 2006

Em 2006, o índice de gravidade dos acidentes rodoviários mais elevado do distrito de Beja registou-se em Mértola, com 14,7 (Direcção Geral de Viação/Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, 2007).

O maior índice de gravidade de acidentes no distrito de Beja foi registado Mértola em 2006.

120

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

7.1.2. PRINCIPAIS PERCURSOS PEDONAIS Na Vila de Mértola, os principais percursos pedonais correspondem ao Eixo Comercial e ao perímetro do Casco Histórico (Figura 36), verificando-se em ambos a partilha de uso com o automóvel. No Eixo Comercial, a implementação do sentido único permitiu o estreitamento da via de trânsito através da introdução de pilaretes (Imagem 12). Todavia, esta solução não se repercutiu numa melhoria significativa do trânsito de peões, pois para além do estreitamento da via não ter sido acompanhado passeios

por

(nem

um

alargamento

alteração

do

seu

dos perfil,

designadamente no que se refere à inclinação), observam-se

descontinuidades

na

área

delimitada, relacionadas com as zonas de estacionamento para operações de cargas e descargas (ocupadas, com regularidades, por veículos ligeiros de particulares) – Imagem 13. Trata-se, contudo, de uma solução provisória, estando

projectada

pela

autarquia

uma

intervenção de requalificação desta artéria (Eixo Comercial), da qual é expectável a melhoria das condições de circulação pedonal. No que respeita ao Casco Histórico, não obstante o forte potencial de atractividade pedonal, verifica-se o uso partilhado com o automóvel, exceptuando-se os arruamentos

Imagem 12. Delimitação da via no Eixo Comercial

cujo traçado impossibilita a circulação destes

(Rua Dr. Serrão Martins)

veículos.

Esta

partilha,

conjugada

com a

Imagem 13. Estacionamento de veículos em zona

irregularidade do pavimento e a topografia

reservada a operações de cargas e descargas

declivosa acabam por condicionar a circulação pedonal (Imagem 14).

(Rua Dr. Serrão Martins) Imagem 14. Condicionantes à circulação pedonal no Casco Histórico

121

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

Figura 36. Principais percursos pedonais na Vila de Mértola

´ Eixo Comercial "Vila Velha"/Casco Histórico

Fonte: elaboração própria, 2007

7.1.3. PISTAS CICLÁVEIS No concelho de Mértola não existe, presentemente, qualquer faixa ou pista ciclável. Embora estando prevista a criação de uma ecopista no âmbito do Projecto “Vias Verdes do Alentejo” (Rede Verde do Alentejo), esta assume

No concelho de Mértola não existe, presentemente, qualquer faixa ou pista ciclável.

uma vertente essencialmente turística e de lazer, patente nos objectivos do projecto e no percurso. Trata-se de um projecto que assume os pressupostos do Programa Europeu das Vias Verdes, visando a constituição de seis ecopistas (Linha de Montemor-o-Novo – Torre da Gadanha, Ramal de Mora, Ramal de Reguengos, Ramal de Moura, Troço das Minas de S. Domingos – Pomarão, Troço das Minas do Lousal), uma das quais localizada no concelho de Mértola, ligando a Mina de S. Domingos (freguesia de Corte do Pinto) ao Pomarão (freguesia de Santana de Cambas), constituindo a “Ecovia do Minério” – Figura 37.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

122

Figura 37. Percurso da Ecovia do Minério 7°40'W

7°30'W

7°20'W

37°50' N

37°40' N

Ecopista

Norte

0

(i

5 km

Fonte: adaptado de MACHADO et. al., 2005

Para tal, a ecovia irá reaproveitar a linha de caminho-de-ferro que ligava a Mina de S. Domingos ao porto do Pomarão (desactivada em 1996), num

Está prevista a construção de uma ecopista entre Mina e Pomarão.

percurso com 16,5 km, com passagem por: Mina de S. Domingos, Moitinha, Achada do Gamo, Telheiro, Santana de Cambas, Bens, Estação dos Salgueiros e Pomarão. Esta ecopista constitui, assim, uma aposta relevante no desenvolvimento de uma rede verde de circulação destinada ao transporte não motorizado, integrada num circuito contínuo ao longo de todo o eixo mediterrânico europeu. A implementação da ecopista encontra-se, contudo, condicionada por alguns entraves de natureza processual, sendo expectável a sua resolução através da Fundação Martins Serrão, constituída pela Câmara Municipal de Mértola e pela entidade empresarial proprietária da plataforma do antigo caminho-de-ferro. Com a celebração dos acordos entre as entidades

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

123

envolvidas, será possível a conclusão do projecto no período de vigência do QREN 2007-2013.

7.1.4. TRANSPORTE FLUVIAL O transporte fluvial no Rio Guadiana representou, durante o século XX, um papel de relevo no contexto da dinâmica socio-económica induzida pela exploração de minério na Mina de S. Domingos. Com ligação ferroviária a este complexo mineiro, o porto do Pomarão assegurava o escoamento via fluvial

do

minério

extraído

por

meio

de

embarcações de grande porte, tirando partido das condições de navegabilidade então existentes. Nesse período, o porto de Mértola foi revitalizado, beneficiando de dragagens que permitiram a navegabilidade de cargueiros de pequeno porte. Tal permitiu que este porto assumisse alguma relevância como local de abastecimento, mas também como ponto estratégico de comunicação entre o Alentejo, o Algarve e a Costa Ocidental.

Fonte: www.geocaching.com

Imagem 15. Porto do Pomarão

Para além do transporte de mercadorias, existiu também uma carreira de transporte regular de passageiros entre Mértola e Vila Real de Santo António, com paragens em Pomarão, Alcoutim e Guerreiros do Rio (Figura 38).

No passado existiu uma carreira de transporte regular de passageiros entre Mértola e Vila Real de Santo António.

124

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

Figura 38. Carreira de transporte regular de passageiros entre Mértola e Vila Real de Santo António

!

Alcaria Ruiva

7°40'W

!

Corte do Pinto

7°20'W

37°40'N

MÉRTOLA

!

São João dos Caldeireiros

Santana de Cambas

!

!

São Sebastião dos Carros

POMARÃO

!

Espiríto Santo

!

!

Giões

!

!

Martim Longo

ALCOUTIM

Pereiro

!

!

GUERREIROS DO RIO

!

Vaqueiros

!

Odeleite

37°20'N

!

Azinhal !

Castro Marim !

Monte Gordo

Santa Catarina da Fonte do Bispo

!

Santo Estevão !

Tavira (Santa Tavira Maria) (Santiago) !

Vila Nova de Cacela Conceição !

Altura

!

VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO

! !

Norte

!

!

!

0

(i

5 km

Fonte: elaboração própria, 2007

Mais recentemente, o transporte fluvial tem sido potenciado para actividades de turismo, recreio e lazer. Note-se, contudo, que as condições de navegabilidade do rio impedem a chegada de embarcações turísticas de maior porte à Vila de Mértola. Acresce que a promoção e desenvolvimento desta actividade implicaria o desenvolvimento de serviços de apoio e a criação de condições de acostagem.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

As condições de navegabilidade impedem a chegada de embarcações turísticas de maior porte a Mértola.

125

Desta forma, não obstante o grande valor paisagístico das margens do Rio Guadiana no troço entre Pomarão e Mértola, os entraves à navegabilidade levam a que veleiros e outras embarcações com calado superior a 2 metros

Embarcações de calado superior a 2m têm dificuldade em fazer a travessia entre Pomarão e Mértola.

não arrisquem a travessia, excepção feita a navegadores com profundo conhecimento da dinâmica fluvial. Isto porque existem cinco locais de grande perigosidade para a navegação em função do seu assoreamento regular, a saber: vaus da Pedra, Vaqueira, Bombeira e ainda a Areia Gorda e o Pomarão. O restabelecimento das condições de navegabilidade até ao Pomarão ou até à Vila de Mértola desde Vila Real de Santo António pressupõe várias acções, as quais dependem do tipo embarcações cuja navegabilidade se

O restabelecimento das condições de navegabilidade pressupõe várias acções.

pretende assegurar. Num estudo recentemente elaborado para o Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos (Setembro de 2004), definiram-se três cenários em função da ligação (navegabilidade do rio até Pomarão ou até Mértola) e da classe das embarcações17, apontando-se as intervenções necessárias à sua viabilização (Quadros 50, 51 e 52). Descrevem-se seguidamente os objectivos subjacentes aos três cenários delineados:

ႀ Cenário 1: Entendida como uma acção de dimensão pouco intensa, visa assegurar a navegabilidade do rio até ao Pomarão por todas as classes de embarcações consideradas em qualquer situação de maré (embora condicionada a Classe 8);

ႀ Cenário 2: Compreende um conjunto de intervenções adicionais às previstas no cenário anterior e que assegurarão a prática da navegação até Mértola para as embarcações das classe 1 a 7 e a criação de condições de acostagem e desembarque em dois locais – Alcoutim e Pomarão – para o navio de cruzeiro (classe 8). A limitação do acesso deste último a Mértola fica a dever-se à exiguidade da largura do rio nas aproximações da vila e consequente impossibilidade da criação de uma bacia de manobra para o navio virar (inverter o sentido da navegação);

17

Classe 1 – Remo e vela ligeira; Classe 2 – Pesca fluvial local; Classe 3 – Motorizados

“radicais”; Classe 4 – Veleiros com motor auxiliar; Classe 5 – Embarcações tradicionais transformadas; Classe 6 – Marítimo-turísticos ligeiros; Classe 7 – Lanchas motorizadas de recreio; Classe 8 – Marítimo-turísticos pesados (ver descrições no Anexo III).

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

126

ႀ Cenário 3: Tem como objectivo adicional, relativamente ao cenário anterior, criar as condições necessárias ao navio de grande turismo para atingir Mértola com a garantia de trânsito e de atracação segura e de fácil inversão de rota. Para tal, há necessidade de criar um plano de água mais amplo, e à cota necessária, o mais próximo possível a jusante da vila, o que apenas poderá ser concretizado com a construção de uma retenção mais a jusante. (Hidroprojecto, 2004)

Quadro 50. Intervenções necessárias à concretização do Cenário 1 Estabelecimento

Descrição da intervenção

Dragagens

Necessárias ao estabelecimento de um canal de navegação a uma cota de 3 metros abaixo do Zero Hidrográfico (ZH), constituído por troços rectilíneos de largura variável, de modo a aproveitar ao máximo a actual hidrografia do leito.

Sinalização do canal

Balizagem adequada nos vértices dos troços e intercalarmente sobre os lados de maior extensão, de forma a garantir uma navegação clara e sem equívocos; a balizagem poderá vir a ser materializada por bóias, por estacas ou pelo recurso a ambas, de acordo com as condições físicas do local onde venham a situar-se. Serão previstas as ajudas julgadas necessárias para assegurar a navegação nocturna ou com visibilidade reduzida, assim como o assinalamento dos cais e das bacias de manobra.

Melhoramento e beneficiação das estruturas de embarque, desembarque e acostagem

Melhoramento e beneficiação das estruturas de embarque, desembarque e de acostagem existentes, criando a capacidade de fornecimento de água e de energia eléctrica nas mais importantes; análise da capacidade estrutural de cada uma delas para suportar picos de corrente e de níveis de água (cheias), reforço ou alteração dos sistemas de fixação daquelas em que tal se justifique. Melhoramento das plataformas dos cais e das vias que lhes dão acesso, de modo a criar maior apetência à visita das povoações ribeirinhas.

Regulamentar a actividade da pesca artesanal

Regulamentar a actividade da pesca artesanal ao longo do rio de modo a que o seu exercício, designadamente as artes fundeadas, não interfiram com o canal de navegação. Esta acção, que visa disciplinar essa prática, será traduzida não apenas pela criação de documentos legais regulamentadores, como também pela consciencialização das comunidades piscatórias no sentido da sua aceitação para a preservação das espécies e para a utilização colectiva e participada do rio.

Fonte: Hidroprojecto, 2004

127

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

Quadro 51. Intervenções necessárias à concretização do Cenário 2 Estabelecimento

Descrição da intervenção

Abertura do canal entre o Pomarão e Mértola

Abertura do canal entre o Pomarão e Mértola, com requisitos semelhantes ao troço inicial, mas necessariamente mais estreito na sua generalidade e estrangulado, mesmo, em alguns locais correspondentes aos antigos vaus de atravessamento. As operações de desobstrução serão substancialmente mais pesadas, envolvendo não apenas dragagem de sedimentos, como o desmonte de pedra (rocha natural de fundo e alguns enrocamentos colocados no passado).

Balizagem e sinalização

Balizagem e sinalização do novo troço do canal com especificações idênticas às do troço anterior.

Instalação de equipamento flutuante

Instalação de equipamento flutuante para acostagem e estacionamento em Mértola, assim como das respectivas infra-estruturas.

Criação de condições para a atracação do navio em Alcoutim e Pomarão

A criação das condições para a atracação do navio em Alcoutim e no Pomarão poderá assumir duas opções que passa, qualquer delas, pela intervenção nos cais de alvenaria existentes nesses locais. A primeira constituirá uma adaptação desses cais à articulação com pontões flutuantes suficientemente robustos para a atracação de navios com cerca de mil toneladas, sujeitos a correntes significativas; a segunda e, provavelmente, a mais eficaz e mais económica, contemplará a verificação das condições estruturais dos cais (aparentemente ainda conservando a robustez necessária), o seu equipamento com acessórios para atracação e amarração, assim como a instalação de infra-estruturas para embarque e desembarque cómodo e seguro de passageiros

Dragagem da barra do estuário

Estabelecer um canal amplo à cota de 4,50 metros abaixo do ZH e estudo da localização e dimensionamento das estruturas a construir com a finalidade de optimizar a sua manutenção natural.

Fonte: Hidroprojecto, 2004

Quadro 52. Intervenções necessárias à concretização do Cenário 3 Estabelecimento

Descrição da intervenção

Construção de um dique

A construção de um dique ou barragem o mais a jusante que for possível em face das condicionantes, munido de eclusa para a passagem do navio (e da restante navegação, evidentemente), com o objectivo de aumentar as sondas (profundidades) e alargar um pouco o leito, de forma a que o navio possa efectuar com segurança o trânsito e a manobra de inversão de sentido; deverá ser construída, igualmente, a necessária escada de peixes

Construção de um cais

A construção de um cais adequado para a acostagem do navio, equipado com as respectivas infra-estruturas para desembarque e possível “transfer” dos passageiros para autocarros, situado na margem direita, entre as ruínas da ponte romana e a foz da ribeira. Esta necessidade advém da falta de comprimento e de condições do cais da vila e da impossibilidade de o navio manobrar com a indispensável segurança nos estrangulamentos que se situam entre aquele e a foz da ribeira.

Criação de infra-estruturas de apoio ao turismo nos cais intermédios de Alcoutim e do Pomarão

Criação de infra-estruturas de apoio ao turismo nos cais intermédios de Alcoutim e do Pomarão, assim como de outros que venham eventualmente a ser construídos através de projectos previstos.

Fonte: Hidroprojecto, 2004

128

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

Tais intervenções são essenciais para assegurar o estabelecimento de viagens fluviais regulares até e a partir do concelho de Mértola, em condições de segurança e sem dependência das marés, potenciando-se a dinamização de actividades turísticas e recreativas conciliáveis com os recursos endógenos. As potencialidades existentes no concelho para a exploração do transporte fluvial na vertente turística e de lazer estão patentes no interesse que tem vindo a ser demonstrado por algumas empresas (e.g. Douro Azul, Vila

No concelho existem potencialidade para a exploração do transporte fluval turistico.

Galé, Transtróia, entre outras). Ao nível do transporte regular de passageiros, destaca-se a disponibilidade demonstrada pelos Ayuntamientos espanhóis de El Granado e Paymogo

Existe disponibilidade para restabelecer duas ligações transfronteiriças.

para restabelecer pelo menos duas ligações transfronteiriças com o concelho de Mértola: Pomarão/El Granado e Corto do Pinto/Paymogo.

7.1.5. SERVIÇO DE TRANSPORTE DE PASSAGEIROS 7.1.5.1. TRANSPORTES COLECTIVOS RODOVIÁRIOS A oferta de transporte colectivo rodoviário de passageiros no concelho de Mértola é disponibilizada por dois operadores – a Rodoviária do Alentejo e a Rede Nacional de Expressos –, os quais apresentam serviços diferenciados em função da sua tipologia e da área em que estas empresas

A oferta de transporte colectivo rodoviário de passageiros é disponibilizada por dois operadores.

operam. Seguidamente analisa-se a oferta destes operadores.

7.1.5.1.1. RODOVIÁRIA DO ALENTEJO A Rodoviária do Alentejo18 é o principal operador rodoviário do concelho de Mértola, sendo a única empresa a assegurar o transporte colectivo de passageiros à escala intra-concelhia. A oferta existente é constituída por 7 carreiras com origem, destino ou passagem neste concelho (Figura 39).

18

A Rodoviária do Alentejo tem como principal área de serviço a Região Alentejo, possuindo

431 trabalhadores, 296 viaturas e transportando anualmente cerca de 8 milhões de passageiros. Presta serviços urbanos, interurbanos e de aluguer de autocarros.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

129

Figura 39. Rede de Transportes Colectivos Rodoviários de Passageiros do concelho de Mértola

7°50'W

7°40'W

Beja

7°30'W 37°50'N

! ! Vale Açor ! !

Amendoeira do Campo Mosteiro ! !

de Cima

Amendoeira da Serra

! !

Corte Pequena

! !

Algodor

! !

Corte Gafo de Baixo

Corte Sines

! !

Monte da ! Légua ! João Serra

! !

Mina de São

! Domingos !

Corte da Velha

! Quintã !

Penilhos ! ! ! !

! !

Ledo ! !

! !

São Sebastião dos Carros

! !

! !

! !

! !

! !

Mértola !! Fernandes

Brites ! Gomes !

São João dos Caldeireiros

Góis

! !

Namorados

Romeiras

37°40'N

Corvos

Tacões

! !

! !

Alcaria Ruiva

! !

Alcaria Longa

Corte do Pinto

! !

! !

! !

Moreanes Santana de Cambas

! Montes ! Alves

! !

! !

Álamo

Moinhos de Vento de Cima Boisões ! ! !

São Miguel do Pinheiro

!

! São Bartolomeu !

de Via Glória

Corredoura São Pedro de Solis Quintã ! !

Fialho

! !

! !

! ! Diogo

Santana de ! ! ! ! PenedosMartins Cima R oncão ! !! ! ! Monte ! Corcha

37°30'N

Mértola - Monte Fialho Mértola - Beja Mértola - Corte Pequena

Norte

Mértola - Montes Alves Mértola - Mosteiro Mértola - S. Pedro de Sólis

Mértola - Corte Pinto

0

(i

5 km

Fonte: elaboração própria, 2007

De um modo geral, as carreiras existentes (Quadro 53 a Quadro 59) realizam-se ao início da manhã e ao final da tarde, sendo o número de circulações entre estes períodos muito reduzido

De um modo geral, as carreiras existentes realizam-se ao início da manhã e ao final da tarde.

130

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

Quadro 53. Linha 8632 – Mértola/S. Pedro de Sólis (por Namorados) A*

B

Localidades

A*

B

17:00

17:15

Mértola

7:47

8:00

17:07

17:22

Namorados

7:40

7:53

17:10

17:25

Brites Gomes

7:37

7:50

17:22

17:37

S. Sebastião dos Carros

7:25

7:38

17:26

17:39

Boizões

7:21

7:35

17:30

17:42

S. Sebastião dos Carros

7:17

7:33

17:36

17:47

Góis

7:11

7:28

17:41

17:52

S. Miguel do Pinheiro

7:06

7:23

17:47

17:57

Alçaria Longa

7:00

7:18

17:53

18:02

S. Miguel do Pinheiro

6:54

7:13

18:01

18:09

Corredora

6:46

7:06

18:06

18:14

Quintã

6:41

7:01

18:12

18:20

S. Pedro de Sólis

6:35

6:55

A – Períodos Escolares, excepto Sábados, Domingos e Feriados B – Períodos não Escolares: 3ª, 4ª e 6ª, excepto feriados * - Serve Monte do Gato e Manuel Galo Fonte: Rodoviária do Alentejo, 2007

Quadro 54. Linha 8773 – Mértola/Mosteiro B

A

Localidades

A

B

17:00

17:10

Mértola

8:55

8:50

17:20

17:30

C.Gafo de Baixo

8:35

8:30

-

17:44

Amendoeira da Serra

8:21

-

-

17:50

Mosteiro

8:15

-

A – Períodos Escolares: excepto Sábado, Domingos e Feriados B – Períodos não escolares: às 2ª, excepto Feriados. Fonte: Rodoviária do Alentejo, 2007

131

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

Quadro 55. Linha 8771 – Mértola/Montes Alves B

A

Localidades

A

B

16:10

17:00

Mértola

7:48

8:53

16:18

17:08

Fernandes

7:40

16:23

17:13

Moreanes

7:35

16:26

17:16

Quinta

7:32

16:38

17:28

Corte Sines

7:20

16:45

17:35

Corvos

7:13

16:49

17:39

Moreanes

7:09

8:42

17:10

18:00

Santana de Cambas

6:48

8:21

17:13

18:03

Montes Alves

6:45

8:18

A – Períodos escolares: excepto Sábados, Domingos e Feriados. B – Períodos não Escolares: às 3ª, 4ª e 6ª, excepto Feriados. Fonte: Rodoviária do Alentejo, 2007

Quadro 56. Linha 8772 – Mértola/Monte Fialho (por Álamo) B

A

Localidades

A

B

18:15

18:15

Mértola

7:55

8:00

18:25

18:25

Álamo

7:45

7:50

18:30

18:30

Moinhos de Vento

7:40

7:45

18:35

18:35

S. Bartolomeu de Via

7:35

7:40

18:45

18:45

Diogo Martins

7:25

7:30

18:54

18:55

Penedos

7:15

7:21

18:56

19:00

Roncão

7:10

7:19

18:58

19:03

Monte Santana

7:08

7:17

18:59

19:05

Monte da Corcha

7:05

7:16

19:01

19:07

Quinta

7:03

7:14

19:06

19:14

S. Pedro Sólis

6:56

7:09

19:20

19:30

Monte Fialho

6:40

6:55

A – Períodos Escolares, excepto Sábados, Domingos e Feriados B – Períodos não Escolares: às 2ª e 5ª, excepto feriados Fonte: Rodoviária do Alentejo, 2007

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

132

Quadro 57. Linha 8625 – Corte Pequena / Mértola B

C

B

Localidades

6:55

-

17:07

7:03

-

17:15

7:20

17:22

7:10

B

B

A

6:55

17:07

-

Monte da Légua

6:47

16:59

-

João Serra

6:49

16:52

Tacões

-

16:43

Corte Pequena

7:19

18:50

7:23

7:26

17:28

Penilhos

-

16:39

18:44

7:30

7:33

17:35

Romeiras

-

16:32

18:37

7:34

7:37

1739

S. João dos Caldeireiros

-

16:28

18:33

7:39

7:42

17:44

Aldeia do Ledo

-

16:23

18:28

7:45

7:48

17:50

Namorados

-

16:17

18:22

7:52

7:55

17:57

Mértola

-

16:10

18:15

B

A

A

A

7:28

10:15

12:12

18:30

A – Excepto Sábados, Domingos e Feriados. B – Períodos Escolares, excepto Sábados, Domingos e Feriados C – Períodos não Escolares: excepto Sábados, Domingos e Feriados Fonte: Rodoviária do Alentejo, 2007

Quadro 58. Linha 8757 – Beja / Mértola A

A

A

B

7:30

13:45

17:00

18:35

7:38

13:53

17:08

18:43

Boavista

7:20

10:07

12:04

18:22

7:49

14:04

17:19

-

Trindade

-

9:56

11:53

18:11

17:32

-

Amendoeira do Campo

-

9:43

8:02

Localidades Beja

17:58

8:05

14:17

17:35

-

Vale D´Açor

-

9:40

11:40

17:55

8:14

14:26

17:44

-

Algodor

-

9:31

11:31

17:46

8:20

14:32

17:50

-

Alçaria ruiva

-

9:25

11:25

17:40

8:28

14:40

17:58

-

Corte Velha

-

9:17

11:17

17:32

8:45

14:57

18:15

-

Mértola

-

9:00

11:00

17:15

A – Excepto Sábados, Domingos e Feriados. B – Períodos Escolares, excepto Sábados, Domingos e Feriados Fonte: Rodoviária do Alentejo, 2007

133

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

Quadro 59. Linha 8757 – Corte Pinto / Mértola B

D

C

B

F

E

B

7:30

7:40

7:40

-

12:00

13:35

16:45

7:37

7:47

7:47

-

12:07

13:42

16:52

7:47

7:52

7:52

-

12:17

13:52

16:58

7:54

7:59

-

12:24

8:01

8:06

-

8:08

8:13

8:05

-

8:17

-

Localidades

F

E

B

A

11:59

13:34

16:45

19:14

Mina S. Domingos

11:52

13:27

16:40

19:07

Moreanes

11:42

13:17

16:30

18:57

13:59

Santana de Cambas

11:35

13:10

18:50

12:31

14:06

Moreanes

11:28

13:03

18:43

12:38

14:13

11:21

12:56

18:36

18:32

Corte Pinto

Corvos Corte Sines

8:12

8:17

8:31

-

12:42

14:17

Quinta

11:17

12:52

8:19

8:24

8:38

8:45

12:49

14:24

Fernandes

11:10

12:45

16:20

18:25

8:29

8:34

8:48

8:55

12:59

14:34

Mértola

11:00

12:35

16:10

18:15

17:10

A – Excepto Sábados e Domingos. B – Períodos Escolares, excepto Sábados e Domingos. C – Períodos não Escolares: às 3ª, 4ª e 6ª. D – Períodos não Escolares: às 2ª e 5ª. E – Às 2ª e 5ª, excepto Feriados. F – Às 3ª, 4ª e 6ª, excepto Feriados. Fonte: Rodoviária do Alentejo, 2007

A Linha 8757 que liga Beja a Mértola e a Linha 8757 que faz a ligação entre Corte Pinto e Mértola são as que apresentam maior frequência, sendo as únicas que possuem carreiras entre as 12 horas e as 14 horas. Estas

As linhas que ligam Beja e Corte do Pinto a Mértola são as que apresentam maior frequência.

carreiras asseguram a ligação da sede de concelho à capital de distrito (Linha 8757 – Beja-Mértola) e ao segundo maior aglomerado urbano do município de Mértola, a Mina de São Domingos (Linha 8757 – Corte do Pinto-Mértola), ligações que justificam a maior oferta (e procura) nestes percursos.

Como já foi referido, fora dos períodos escolares, ao fim-de-semana e nos feriados a oferta de transportes é reduzida, condicionando a mobilidade da população dependente deste modo de transporte.

Fora dos períodos escolares, ao fim-desemana e nos feriados a oferta de transportes é reduzida.

Importa também referir que todas as carreiras que servem o município têm partida ou chegada na sede de concelho. Desta forma, apenas a sede de concelho possui ligação a todas as outras sedes de freguesia, com a

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

134

excepção de Espírito Santo, facto que deixa os habitantes deste aglomerado sem alternativa ao transporte individual (neste freguesia, apenas a localidade de Álamo é servida pela rede de transportes colectivos) ou serviço de táxi. A Figura 40 apresenta a distância-tempo relativamente à sede de concelho tendo

como

referência

os

tempos

de

percurso

das

carreiras

19

disponibilizadas pelo operador rodoviário .

19

O mapa foi calculado por meio de uma interpolação, em que se tomou como referência o

tempo dispendido nos percursos para chegar a uma dada localidade a partir da sede de concelho. De seguida os resultados foram reclassificados em classes de intervalos de tempo para a realização do mapa.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

135

Figura 40. Tempo de deslocação relativamente à Sede de Concelho (Transporte Colectivo de Passageiros) 7°50'W

7°40'W

Beja

7°30'W 37°50'N

! !

Amendoeira do Campo Mosteiro

! Vale Açor ! de Cima

! !

Amendoeira da Serra

! !

Corte Pequena

! !

Algodor

! !

Corte Gafo de Baixo

Corte Sines

! !

! !

Mina de São

! Domingos !

Corte da Velha ! Quintã !

Tacões

! !

Ledo ! !

! !

Brites

! !

São Miguel do Pinheiro

Corredoura ! ! São Pedro de Solis ! ! Quintã ! !

! !

! !

! !

! Moreanes !

Santana de Cambas

Montes Alves

! !

Tempo (min.)

! !

! !

São Sebastião dos Carros

< 20

Álamo

20 - 40 40 - 50

Boisões

! !

Góis

50 - 60

! Moinhos !

de Vento de Cima ! São Bartolomeu ! de Via Glória

> 60

! ! Diogo

Martins ! ! Penedos R oncão Santana de Cima ! ! !! ! Monte ! Fialho Corcha ! !

37°40'N

Corvos

Mértola !! Fernandes

! ! Gomes

São João dos Caldeireiros

! !

! !

Namorados

Romeiras

! !

Alcaria Longa

! !

Alcaria Ruiva

! !

Penilhos ! ! ! !

Corte do Pinto

! !

! !

Monte da ! Légua ! João Serra

37°30'N

Mértola - Monte Fialho Mértola - Beja Mértola - Corte Pequena

Norte

Mértola - Montes Alves Mértola - Mosteiro Mértola - S. Pedro de Sólis

Mértola - Corte Pinto

0

(i

5 km

Fonte: elaboração própria, 2007

Quanto aos residentes noutras sedes de freguesia que pretendam deslocar-se para outras sedes de freguesia, que não a sede de concelho, terão, em grande parte dos casos, que fazer um transbordo em Mértola.

Os residentes em sedes de freguesia que não a sede de concelho terão, em grande parte dos casos, que fazer um transbordo em Mértola.

Como se observa no Quadro 60, o tempo dispendido nestas deslocações é relativamente elevado. Refira-se, a título de exemplo, que o tempo de viagem entre S. João dos Caldeireiros e S. Sebastião dos Carros ascende a 40 minutos (não contabilizando o tempo de espera devido à necessidade

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

136

de transbordo), quando estes aglomerados distam cerca de 8,8 km entre si.

A necessidade de transbordo acaba por inviabilizar parte das ligações entre sedes de freguesia.

Note-se que a necessidade de transbordo acaba por inviabilizar parte destas ligações entre sedes de freguesia pois pressupõem, em muitos casos, tempos de espera que ascendem a várias horas.

Quadro 60. Duração das deslocações entre sedes de freguesia utilizando o transporte público colectivo rodoviário

Mértola Mértola Alçaria Ruiva Corte do Pinto Espírito Santo Santana de Cambas S.J dos Caldeireiros S. Miguel do Pinheiro S. Pedro de Sólis S. Sebastião dos Carros

Alçaria Ruiva

Corte do Pinto

Espírito Santo

Santana de Cambas

S. João dos Caldeireiros

25

59 84*

-

35 60* 24 -

18 43* 79* -

S. Miguel do Pinheiro 41 66* 100* -

51 76* 110* -

S. Sebastião dos Carros 22 47* 81* -

53*

76*

86*

57*

59*

69*

40*

92*

11

25 59 -

84* -

-

35

60*

24

-

18

43*

79*

-

53*

41

66*

100*

-

76*

59*

51

76*

110*

-

86*

69*

92*

22

47*

81*

-

57*

40*

11

S. Pedro de Sólis

42 42

* Ligações que necessitam de transbordo. Contabiliza-se apenas o tempo de viagem (não inclui tempo de espera). Fonte: Rodoviária do Alentejo, 2007 (tratamento próprio)

Por outro lado, importa destacar a existência de 4 ligações diárias20 entre Santana de Cambas e Mértola (Quadro 61), oferta decorrente de 2 carreiras com passagem pela Mina de S. Domingos, o segundo principal aglomerado populacional do concelho de Mértola21. Também as ligações à sede de concelho a partir de Corte do Pinto e S. Pedro de Sólis são asseguradas por 4 circulações diárias.

20 21

Consideram-se as carreiras com serviço regular em dias úteis no período escolar. Para consultar os tempos de viagem entre os aglomerados populacionais servidos por

carreiras de transporte público colectivo rodoviário ver Anexo IV.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

137

Quadro 61. Número de carreiras diárias com ligação às sedes de freguesia

Mértola Alçaria Ruiva Corte do Pinto Espírito Santo Santana de Cambas S.J dos Caldeireiros S. Miguel do Pinheiro S. Pedro de Sólis S. Sebastião dos Carros

Corte do Pinto 2 -

Alçaria Ruiva

Mértola

3

Espírito Santo -

Santana de Cambas 3 2 -

22

S. João dos Caldeireiros

S. Miguel do Pinheiro

S. Pedro de Sólis

3 -

2 -

4 -

S. Sebastião dos Carros 2 -

-

-

-

-

-

-

-

2

2

3 4 -

-

-

4

-

2

-

3

-

-

-

-

2

-

-

-

-

-

4

-

-

-

-

-

2

2

-

-

-

-

-

2

2 2

Fonte: Rodoviária do Alentejo, 2007 (tratamento próprio)

Não obstante as limitações da oferta existente, trata-se de um serviço com um papel fundamental no sentido de assegurar a mobilidade da população residente no concelho de Mértola, especialmente para aqueles que não dispõem de transporte individual. Ademais, a concentração espacial dos

Não obstante as limitações da oferta existente, trata-se de um serviço fundamente no sentido de assegurar a mobilidade da população residente.

equipamentos e funções públicas e privadas na sede de concelho reforçam a necessidade de deslocação regular da população residente noutros aglomerados à Vila de Mértola, facto tanto mais relevante quando se considera a estrutura etária da população, o tipo de povoamento e a extensão territorial do concelho. Ao nível das infra-estruturas de apoio, verifica-se a existência de um conjunto de plataformas de abrigo incompatíveis com a criação de condições à prestação de um serviço de qualidade. Para além dos reduzidos

níveis

de

conforto

e

comodidade

proporcionados

aos

passageiros, denota-se a inexistência de informação destinada aos

Verificam-se reduzidos níveis de conforto e comodidade ao nível das infra-estruturas de apoio.

mesmos, designadamente no que se refere aos horários e percursos das carreiras. Com efeito, todas estas limitações acabam por se constituir como factores desincentivadores da utilização dos transportes colectivos rodoviários de passageiros.

7.1.5.1.2. REDE NACIONAL DE EXPRESSOS A empresa Rede Nacional de Expressos, surgida em 1995, tem como objectivo assegurar o transporte público de passageiros em ligações 22

Consideram-se as carreiras regulares em dias úteis no período escolar.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

138

expresso, servindo cerca de 300 localidades. A sua frota era constituída, em 2001, por aproximadamente 200 viaturas. Quanto ao serviço disponibilizado por este operador, verifica-se que, em função da posição geográfica do concelho de Mértola (afastado dos principais eixos rodoviários do país), das características da rede urbana em que o mesmo se insere e do reduzido efectivo populacional (com reflexo na procura gerada), a oferta é relativamente reduzida. O Quadro 62 apresenta

A oferta disponibilizada pela Rede Nacional de Expressos é relativamente reduzida.

os dados relativos às ligações diárias directas com origem/destino em Mértola.

Quadro 62. Serviços diários da Rede Nacional Expressos (2007) Origem

Destino

Partida

Chegada

Duração

Custo (€)

km

Mértola

Lisboa

9h25m

13h15m

3h50m

13,40

245

Lisboa

Mértola

17h15m

20h50m

3h35m

13,40

245

Mértola

V. R. Stº. António

20h50m

22h10m

1h20m

8,30

73

V. R. Stº. António

Mértola

8h05m

9h25m

1h20m

8,30

73

Mértola

Setúbal

9h25m

12h25m

3h00m

12,5

195

Setúbal

Mértola

18h00m

20h50m

2h50m

12,5

195

Fonte: Rede Nacional de Expressos (tratamento próprio)

7.1.5.2. TRANSPORTE ESCOLAR No concelho de Mértola, o transporte escolar é realizado pelo operador Rodoviária do Alentejo (Quadros 63 a 69) e pela Câmara Municipal de Mértola nos casos em que a população escolar não tem acesso à rede de

O transporte escolar é realizado pelo operador Rodoviária do Alentejo e pela Câmara Municipal.

transportes públicos. Para o efeito, a autarquia definiu 8 percursos (ano lectivo 2007/2008), descritos nos Quadros 70 a 77.

139

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

Quadro 63. Transporte em carreiras públicas – Circuito n.º 1 (ano lectivo 2007/2008) Localidades

Distância (km)

Tempo de Transporte

36 30 26 25 27 22 18 15 17 16 9 6 4

65

S. Pedro de Sólis Corredoura Monte Gato Alcaria Longa Serranos S. Miguel Pinheiro Monte Góis Boisões Manuel Galo S. Sebastião Carros Brites Gomes Namorados Sapos Mértola

45 45 48 45 30 25 30 25 10 7 5

N.º de alunos a Transportar Básico Secundário Obs. Aluno Obs. Aluno 2

3 a)

Total

Total 2

4 2

1 1 1 1

4 1 5 3

1 1 3 3

1 1 2

1 2 4 5

17

10

27

a) Está incluído um aluno que utiliza viatura municipal entre a sua residência (Monte Marreiros) e S. Miguel do Pinheiro Fonte: Câmara Municipal de Mértola, 2007

Quadro 64. Transporte em carreiras públicas – Circuito n.º 2 (ano lectivo 2007/2008) Localidades

Distância (km)

Tempo de Transporte

39 36 32 30 30 30 29 25 17 14 9 39

75 65 50 45

Monte Fialho S. Pedro Quintã Lobato/Corcha Monte Santana Roncão Penedos Diogo Martins Via Glória Moinhos de Vento Álamo Mértola Total

N.º de alunos a Transportar Básico Secundário Obs. Aluno Obs. Aluno 1

1

45 40 30 20 15 10 75

2 1 1 1 1 2 1 2

1 1 4 1 1 1 9

Total

11

1 0 0 3 1 2 2 1 6 2 3 1 20

Fonte: Câmara Municipal de Mértola, 2007

140

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

Quadro 65. Transporte em carreiras públicas – Circuito n.º 3 (ano lectivo 2007/2008) Localidades

Distância (km)

Alves Picoitos Bens Santana de Cambas Corte Sines Corvos Quintã Mértola

Tempo de Transporte

24 22 18 17 16 10 8

63 59 50 43 30 18 10

Total

N.º de alunos a Transportar Básico Secundário Obs. Aluno Obs. Aluno 3 2 3 9 8 3 1 24

2 3 3

13

Total 5 3 0 11 11 6 1 37

Fonte: Câmara Municipal de Mértola, 2007

Quadro 66. Transporte em carreiras públicas – Circuito n.º 4 (ano lectivo 2007/2008) Localidades

Distância (km)

Tempo de Transporte

21 17 13 7 6 21 17

60 53 29 12 10 60 53

Corte do Pinto Mina S. Domingos Moreanes Fernandes Monte Alto Mértola Corte do Pinto Total

N.º de alunos a Transportar Básico Secundário Obs. Aluno Obs. Aluno 12 a) 1 b) 12 13 c) 8 9 3 1 12 a) 1 b) 12 13 42 17

Total 13 25 8 12 1 13 25 59

a) Está incluído um aluno que utiliza viatura municipal entre a sua residência (Monte da Buzina) e Corte do Pinto. b) Estão incluídos 2 alunos que utilizam viatura municipal entre a sua residência (Montes Altos) e Mina S. Domingos e 3 alunos de Vale do Pereiro. c) Um aluno do Monte Costa. Fonte: Câmara Municipal de Mértola, 2007

141

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

Quadro 67. Transporte em carreiras públicas – Circuito n.º 5 (ano lectivo 2007/2008) Localidades

Distância (km)

Tempo de Transporte

27 26 24 21 17 15 12 10 27

43 40 40 35 31 25 18 17 43

Amendoeira Campo Vale Açor Cima Vale Açor Baixo Azinhal Algodor Alcaria Ruiva Herdade Cela Corte da Velha Mértola Total

N.º de alunos a Transportar Básico Secundário Obs. Aluno Obs. Aluno 1 2 a) 8 a) 3 b) 7 b) 9 2 0 11 1 c) 2 1 1 4 2 1 2 35 19

Total 3 11 16 2 12 3 1 6 3 54

a) Estão incluídos: 1 aluno de Corte Cobres, 3 alunos do Monte Figueiras, 1 aluno do Monte Novo, 1 Cer. do Pinto. b) Estão incluídos: 4 alunos do Monte Viegas, 1 aluno de Monte Novo e de Vale Açor de Baixo. c) Estão incluídos: 3 alunos do Navarro que utilizam transporte municipal entre a sua residência e Alcaria Ruiva. Fonte: Câmara Municipal de Mértola, 2007

Quadro 68. Transporte em carreiras públicas – Circuito n.º 6 (ano lectivo 2007/2008) Localidades

Distância (km)

Tempo de Transporte

25 18 13 11 25

50 44 20 18 50

Mosteiro Amendoeira Serra Corte Gafo Baixo Corte Gafo Cima Mértola Total

N.º de alunos a Transportar Básico Secundário Obs. Aluno Obs. Aluno 2 1 6 7

4 2 6

Total 2 1 10 2 13

Fonte: Câmara Municipal de Mértola, 2007

142

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

Quadro 69. Transporte em carreiras públicas – Circuito n.º 7 (ano lectivo 2007/2008)

Localidades

Distância (km)

Tempo de Transporte

34 23 24 23 21 22 15 12 8

44 40 39

Corte Pequena Aipo João Serra Tacões Penilhos Martinhanes Romeiras S. João Caldeireiros Ledo Mértola

33 35 25 20 14

Total

N.º de alunos a Transportar Básico Secundário Obs. Aluno Obs. Aluno 2 1 2 1 5 1 a) 4 b) 3 4 1 1 6 c) 2 2 2 26 9

Total 2 1 3 6 7 5 1 6 4 2 35

a) Estão incluídos: 3 alunos residentes em Espargosa, 1 residente em Monte Corvo, 9 em Tacões e 6 em Martinhaes que utilizam viaturas municipais entre a sua residência e Penilhos. b) Estão incluídos: 2 alunos residentes em Espargosa, 4 em Tacões e 1 em Martinhaes que utilizam a viatura municipal entre a sua residência e Penilhos. c) Está incluído 1 aluno de Simões.

Fonte: Câmara Municipal de Mértola, 2007

Quadro 70. Transporte em circuitos municipais – Circuito n.º 1 (ano lectivo 2007/2008) Localidades Origem Destino

N.º de alunos a Transportar Pré-escolar Básico Secundário Obs. Aluno Obs. Aluno Obs. Aluno

Distância (km)

Tempo de Transporte

S. Miguel

3

6

Monte Carros

Mértola

21

Roncão

Mértola

Lombardos

Mértola

Manuel Galo

S. Miguel

S. Miguel

Penedos

9

10

1

1

Belo

Penedos

18

20

1

1

Belo

Via Glória

14

15

Total

Alc. Longa Marreiros

a)

1

1

20

1

1

15

20

1

1

12

10

1

1

7

10

3

3

S. Miguel

Mértola

2

2

1

1

Via Glória Penedos Vargens

Penedos

7

10

Vargens

Via Glória

3

5

2

2

Mértola Total

109

4

10

0

14

a) Estes alunos utilizam o transporte público entre S. Miguel do Pinheiro e Mértola. Fonte: Câmara Municipal de Mértola, 2007

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

143

Quadro 71. Transporte em circuitos municipais – Circuito n.º 2 (ano lectivo 2007/2008) Localidades Origem Destino Corcha Mt Neg Zurral Lobato Mt Santana Mt. Ramos Penedos Penedos Monte Gato S. Miguel S. Pedro Mt Fialho Negas Lobato Quintã S. Miguel Hortinha S. Pedro Monte Fialho Negas M. Santana Penedos

Distância (km)

Tempo de Transporte

N.º de alunos a Transportar Pré-escolar Básico Secundário Obs. Aluno Obs. Aluno Obs. Aluno

Mértola Mertola Corcha Estrada Via Glória

3

5

a)

2 2 5

2 5 7

a) a)

S. Miguel S. Miguel

9 2

10 3

3 1

3 1

S. Miguel S. Miguel S. Miguel S. Miguel S. Miguel

15 20 19 10 9

15 20 20 10 10

1 1

1 2 1 1 1

1 2 1 2 2

Penedos Penedos Penedos Penedos Penedos

13 11 16 10 4

10 10 15 10 3

1 1 2 1 1

Total

150

8

3 2 1 1 1

Total

1 1

3 2 2 2 1

1 1 2 1 1 18

2

28

Fonte: Câmara Municipal de Mértola, 2007

Quadro 72. Transporte em circuitos municipais – Circuito n.º 3 (ano lectivo 2007/2008) Localidades Origem Destino Picoitos Pomarão Mértola Mesquita Sedas A. Javazes Alamo Bicada Mértola Pomarão Picoitos Salgueiros Monte Costa Moreanes Santana Alves Picoitos Moreanes Mértola Total

N.º de alunos a Transportar Pré-escolar Básico Secundário Obs. Aluno Obs. Aluno Obs. Aluno

Distância (km)

Tempo de Transporte

Mértola

22

30

1

Mértola Mértola Mértola Mértola Mértola

26 18 17 9 9

35 20 20 10 10

1 2

Moreanes Moreanes Moreanes Moreanes

12 15 16 1

15 15 16 2

1

Moreanes Moreanes Moreanes

4 10 15

4 10 15

2 1 3

149

2

3

1

1 2 1 2 1

2 1 1 1 2 1

6

Total

2 1 2 1 2 1 3

11

4

21

Fonte: Câmara Municipal de Mértola, 2007

144

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

Quadro 73. Transporte em circuitos municipais – Circuito n.º 4 (ano lectivo 2007/2008) Localidades Origem João Serra Tacões Penilhos Martinhanes Penilhos Alvares Mertola Penilhos Cor P. Agua João Serra Mt. Corvo Tacões Penilhos Martinhanes Penilhos Martinhanes Penilhos Mértola

N.º de alunos a Transportar Pré-escolar Básico Secundário Obs. Aluno Obs. Aluno Obs. Aluno

Distância (km)

Tempo de Transporte

Penilhos

1

3

a)

2

Penilhos

1

3

a)

8

8

Penilhos

6

7

3

3

Penilhos Penilhos Penilhos Penilhos

10 8 7 2

10 8 8 3

Penilhos

1

2

3 1 2

1 4 1 2 5 3

1 5 1 5 6 5

Penilhos

1

2

2

Destino

Total

1

37

5

Total

7

2

9

32

5

46

a) Estes alunos utilizam transporte público entre Penilhos e Mértola Fonte: Câmara Municipal de Mértola, 2007

Quadro 74. Transporte em circuitos municipais – Circuito n.º 5 (ano lectivo 2007/2008) Localidades Origem Destino Moreanes Montes Altos Buzina Vale Pereiro Mina Guiso Moreanes M. Esquecidos Vale Pereiro Vale Paredes Cerca Velha Mina Buzina Corte Pinto Monte Costa Moreanes Mértola

Distância (km)

Mina Corte Pinto Mina

Tempo de Transporte

3 3 4

5 5 5

Mértola

15

20

Mina Mina Mina Mina

13 4 16 12

10 3 15 10

Corte Pinto

3

3

Moreanes

1

2

Total

74

N.º de alunos a Transportar Pré-escolar Básico Secundário Obs. Aluno Obs. Aluno Obs. Aluno a) a) a)

Total

2 1 1

2 1 1 0 1

1 1 1

1 2 1

1 2 2 2

1 1

1 0 2

2

6

9

0

15

a) Estes alunos utilizam transporte público entre as localidades de destino e Mértola. Fonte: Câmara Municipal de Mértola, 2007

145

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

Quadro 75. Transporte em circuitos municipais – Circuito n.º 6 (ano lectivo 2007/2008) Localidades Origem Destino Corte Velha Cachopos Pt. Brava Ct. Gafo C. Mértola Corte Velha Ct. Gafo C. Mosteiro Amen. Serra Ct. Gafo B. Ct. Gafo C. Mértola

Distância (km)

Tempo de Transporte

Mértola Mértola Mértola

11 16 11

10 15 10

Ct. Gafo C.

11

10

Ct. Gafo C. Ct. Gafo C. Ct. Gafo C.

14 11 2

15 10 3

Total

N.º de alunos a Transportar Pré-escolar Básico Secundário Obs. Aluno Obs. Aluno Obs. Aluno

76

1 1

1 1 1

2

2

1 1 2

1 2 3

1 a)

1 1

2

Total

8

1

11

a) Este aluno vem de transporte municipal por apresentar problemas de saúde. Fonte: Câmara Municipal de Mértola, 2007

146

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

Quadro 76. Transporte em circuitos municipais – Circuito n.º 7 (ano lectivo 2007/2008) Localidades Origem Algodor Ct. Cobres Mt. Figueiras Amendoeira Campo Vale Açor Monte Viegas Vale A. Baixo Outeiro Eirinha Vale A. Baixo Navarro Alcaria Ruiva Algodor Mértola Vale A. Baixo Monte Novo Viegas Corte João Cinza Vale A. Baixo Vale A. Cima Vale A. Cima Amendoeira Campo Vale A. Cima Outeiro Vale A. Baixo Algodor Corte Pequena Azinhal Algodor M. Novo Venda Benviuda Navarro Alcaria Ruiva Algodor

N.º de alunos a Transportar Pré-escolar Básico Secundário Obs. Obs. Aluno Obs. Aluno Aluno

Distância (km)

Tempo de Transporte

V. Açor C. Vale Açor Vale Açor

6 7 4

10 10 10

a) a) a)

1 1

Vale A.Baixo

4

10

a)

Vale A.Baixo V. Açor B.

1 1

3

Alcaria R.

4

3

Mértola

17

15

Vale Açor Vale Açor Vale Açor Vale Açor

4 4 2 1

3 10 3 3

Alg./V. Açor Algodor Algodor Algodor

12 8 7 8

5 10 10 10

Algodor Algodor

7 3

10 5

Destino

Algodor Algodor Algodor Algodor

3 2

1 4 2

4

3

7

1 2

1

a)

2 2

a)

2

1

2

3 0 2

1 2 2 4

1 2 2 4

4

5 3 1 3

1 3

1 3 1

Total

10 10

116

1 1

1 1 2 3 4

1 10 6

1 10

Total

38

3 5 10

54

a) Um aluno utiliza transporte público entre Vale de Açor e Mértola. Fonte: Câmara Municipal de Mértola, 2007

147

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

Quadro 77. Transporte em circuitos municipais – Circuito n.º 8 (ano lectivo 2007/2008) Localidades Origem Espargosa Espargosa Tacões Mértola Monte Éguas Penha d'Águia Roncão Cima Espírito Santo Lombardos Mértola Além Rio Mértola Corvos Fernandes Mértola Morena Namorados Mértola

Distância (km)

Tempo de Transporte

Penilhos Penilhos

7 3

10 5

2 3

Mértola Mértola Mértola Mértola Mértola

19 18

15 15

14

12

2 1 1 1

Mértola

2

3

1

4

5

Mértola Mértola

10 7

10 7

1 1

1

2 1

Mértola Mértola

8 6

8 6

1 1

1 1

2 2

Destino

N.º de alunos a Transportar Pré-escolar Básico Secundário Obs. Aluno Obs. Aluno Obs. Aluno

1

1

1 1 3

Total

6

a)

17

6

Total

3 3 2 2 2 2 3

29

a) Está incluído 1 aluno que utiliza viatura municipal entre a sua residência (Monte Marreiros) e S. Miguel do Pinheiro. Fonte: Câmara Municipal de Mértola, 2007

No corrente ano lectivo (2007/2008), a Câmara Municipal de Mértola é responsável pelo transporte de 468 alunos, os quais frequentam maioritariamente, o ensino básico e, em menor número, o ensino

No ano lectivo 2007/2008, a Câmara Municipal é responsável pelo transporte de 468 alunos.

secundário. Tem-se assistido ainda a um aumento do número de crianças em idade pré-escolar transportadas pelo serviço municipal de transporte escolar. Para além deste serviço, a autarquia subsidia o transporte de alunos em transportes públicos.

A autarquia subsidia o transporte de alunos em carreiras públicas.

Conforme definido no Decreto-Lei n.º 299/84, que atribui a competência, organização, financiamento e controle do funcionamento dos transportes escolares aos municípios, a Câmara Municipal de Mértola comparticipa os transportes escolares aos alunos do ensino básico e secundário (oficial, particular ou cooperativo) que residem a mais de 3 ou 4 km dos estabelecimentos de ensino ou a alunos fora da área da sua residência. Os alunos que frequentem a escolaridade obrigatória, ou seja, que ainda não tenham atingido os 15 anos de idade, têm direito a transporte gratuito, sendo que a partir de então o transporte é comparticipado em 50% pelo município.

148

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

A Portaria 181/86, de 6 de Maio, estabelece que os alunos do ensino secundário têm uma comparticipação de 50% do valor total do passe social, com base no critério da distância casa/escola. Apresentando o transporte público e o transporte em carreiras municipais características

diferenciadas,

a

autarquia

procura

explorar

complementaridades através da sua articulação. Assim, são vários os

A autarquia procura explorar complementaridades entre o transporte público e o transporte municipal através da sua articulação.

casos em que os veículos municipais transportam os alunos residentes em locais não cobertos pelo transporte público até à paragem mais próxima, integrada no circuito do operador rodoviário, ponto a partir do qual os alunos são transportados em carreiras públicas até ao estabelecimento de ensino. Face ao ano lectivo anterior (Quadro 78), constata-se uma redução significativa do número de alunos transportados em carreiras públicas (-84 alunos) e a um ligeiro aumento do número de alunos que recorrem aos veículos disponibilizados pela autarquia (+14 alunos), devendo-se este

Face ao ano lectivo 2006/2007, constata-se uma redução significativa do número de alunos transportes em carreiras públicas.

último ao recrudescimento da procura por parte de crianças a frequentar estabelecimentos de educação pré-escolar fora do seu local de residência.

Quadro 78. Transporte escolar no concelho de Mértola (ano lectivo 2006/2007 e 2007/2008)

Alunos Transportados

Número de Circuitos

2006/2007

2007/2008

2006/2007

2007/2008

Carreiras Públicas

329

245

7

7

Veículos da Autarquia

209

223

8

8

Total

538

468

15

15

Fonte: Câmara Municipal de Mértola, 2007

Não obstante a diminuição do número de alunos transportados, o número de circuitos acabou por se manter (Quadro 78). Relativamente aos tempos de percurso residência-escola, a análise do percurso realizado por cada aluno que recorre ao transporte escolar permite identificar alguns casos em que, devido à elevada duração, estes deverão ser equacionados.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

Face ao ano lectivo 2006/2007, constata-se uma redução significativa do número de alunos transportes em carreiras públicas.

149

Tais casos reportam-se, essencialmente, a percursos em que os alunos complementam o transporte em carreiras municipais com o transporte em carreiras públicas para se deslocarem dos seus locais de residência até à sede de concelho. Nalgumas situações tais trajectos têm uma duração superior a 1 hora.

7.1.5.3. SERVIÇO DE TÁXIS Num concelho com 8.712 habitantes, concentrados em aglomerados de pequena dimensão dispersos pelo território concelhio, em que a reduzida capacidade de geração e atracção dos principais pólos (geradores e atractores) concelhios condiciona o alargamento da oferta de transportes colectivos de passageiros, o serviço de táxis pode assumir um papel de relevo na melhoria da mobilidade da população residente nas zonas de

O serviço de táxis pode assumir um papel de relevo na melhoria da mobilidade da população residente.

baixa densidade que não recorre ao transporte individual. Com efeito, o contingente de táxis do concelho de Mértola é constituído 7 viaturas, que operam a partir das seguintes freguesias:

ႀ Freguesia de Mértola: 4 táxis; ႀ Freguesia de Alcaria Ruiva: 1 táxi; ႀ Freguesia de Corte do Pinto: 1 táxi; ႀ Freguesia de S. Miguel do Pinheiro: 1 táxi.

No cômputo do concelho de Mértola, este contingente perfaz um rácio de 1244,6 habitantes por táxi. Ao nível das freguesias, os rácios mais baixos

O rácio habitantes por táxi no concelho de Mértola é de 1244,6.

(menor número de habitantes por táxi) são apresentados por Mértola (com 773,3 habitantes por táxi) e S. Miguel do Pinheiro (880,0 habitantes por táxi). Em Alcaria Ruiva o número de habitantes por táxi ascende a 1013,0 e em Corte do Pinto a 1080,0.

150

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

Quadro 79. Número de habitantes por táxi (2007)

Número de habitantes por táxi Mértola

1244,6

Alcaria Ruiva

1013,0

Corte do Pinto

1080,0

Espírito Santo

---

Mértola

773,3

Santana de Cambas

---

S. João dos Caldeireiros

---

S. Miguel do Pinheiro

880,0

S. Pedro de Sólis

---

S. Sebastião dos Carros

---

Fonte: elaboração própria, 2007

A análise da distribuição do contingente concelhio por freguesia coloca em evidência:

ႀ a forte concentração do contingente na freguesia de Mértola, decretada pelo maior quantitativo populacional (e tendencialmente maior procura) da mesma e pela localização dos principais pólos

Verifica-se uma forte concentração do contingente na freguesia de Mértola.

geradores na Vila de Mértola;

ႀ a inexistência de táxis a operar a partir das freguesias de Santana de Cambas, S. João dos Caldeireiros, S. Pedro de Sólis, S. Sebastião dos Carros e Espírito Santo, estando a população residente nestas freguesias dependente da solicitação do serviço

Não existem táxis a operar a partir das freguesias de Santana de Cambas, S. João dos Caldeireiros, S. Pedro de Sólis, S. Sebastião dos Carros e Espírito Santo.

de táxis localizados noutras freguesias. Face à extensão territorial do concelho, a distribuição da oferta acaba por se reflectir num maior tempo de espera por parte da população residente nestas freguesias.

151

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

7.2. ESTACIONAMENTO EM PARQUE E NA VIA PÚBLICA Atendendo ao âmbito do presente estudo e às especificidades do território em análise, a caracterização da oferta de estacionamento centra-se na Vila de Mértola, enfocando as principais áreas de estacionamento (em zona – na via pública – e em parque) interiores e periféricas à malha urbana, as zonas de estacionamento tarifado e os lugares de estacionamento condicionado.

7.2.1. PRINCIPAIS ÁREAS DE ESTACIONAMENTO A Figura 41 apresenta as principais áreas de estacionamento público gratuito na Vila de Mértola, considerando a oferta em zona de estacionamento,

em

parque

ordenado

e

em

parque/bolsa

de

estacionamento não ordenado. A oferta de estacionamento ordenado para ligeiros totaliza 286 lugares, dos quais 167 (58,4%) localizam-se na área Norte do aglomerado de Mértola

A oferta de estacionamento ordenado para ligeiros totaliza 286 lugares.

(“Vila Nova”), correspondente à área de expansão urbana mais recente. Dependendo da inserção ou proximidade destas áreas de estacionamento relativamente a zonas predominantemente residenciais ou comerciais, verificam-se utilizações diferenciadas quanto à duração do estacionamento, às quais correspondem diferentes tipos de utilizadores preferenciais.

152

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

Figura 41. Principais Áreas de Estacionamento na Vila de Mértola

´

37°38'20" N

37°38'30" N

35

17 4

7°39'50"W

23 3

15

5

9

8

8 12 10

15 7°39'40"W

14 7

24

5

6

8

Áreas de Estac. Não Ordenado

(i

Áreas de Estac. Ordenado - Pesados

0

Áreas de Estac. Ordenado - Transp. Públicos

37

5

Norte

Áreas de Estac. Ordenado - Ligeiros

26

7

50 m 7°39'30"W

Praça de Táxis

Fonte: elaboração própria, 2007

Assim, observa-se a predominância de estacionamento de longa duração nas áreas em que predomina a procura de residentes (e.g. Rua José Carlos Ary dos Santos – Imagem 16), enquanto que nas áreas com maior componente

comercial

e

de

serviços

afere-se

da

existência

de

estacionamento de curta/média duração (motivado por compras/compras rápidas – Imagem 17) e longa duração (procura de residentes e funcionários).

Nas áreas com maior componente comercial e de serviços afere-se da existência de estacionamento de curta/média e longa duração.

153

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

Esta diferenciação é também observável na oferta de estacionamento mais próxima do Casco Histórico, embora aqui com uma menor demarcação espacial dos tipos de utilização em função da duração, captando as

mesmas

áreas

de

estacionamento

diferentes tipos de utilizadores (Imagem 18). A oferta de estacionamento ordenado é complementada por três áreas/bolsas de estacionamento localização

não

periférica

ordenado

com

relativamente

ao

aglomerado urbano, duas nas imediações Casco Histórico – Cais (na frente ribeirinha) e Largo da Feira – e outra junto à Rotunda Norte. No Casco Histórico, as características da rede viária (estreita e de traçado irregular) condicionam o estacionamento, verificandose

nalguns

pontos

a

ocorrência

de

estacionamento desordenado que dificulta a normal fluidez do trânsito (designadamente no Largo da Misericórdia), a circulação pedonal e a acessibilidade de veículos de socorro. Quanto

às

áreas

de

estacionamento

ordenado para pesados, estas totalizam

Imagem 16. Rua José Carlos Ary dos Santos Imagem 17. Rua Dr. Afonso Costa Imagem 18. Rua Cândido dos Reis

uma oferta de 7 lugares em parque, localizado junto à Rotunda Norte (Imagem 19). Existem ainda 6 lugares de estacionamento para veículos de transporte colectivo de passageiros, com localização na Avenida Aurelino Mira Fernandes (Imagem 20). Verifica-se, contudo, a utilização frequente de

Existem 6 lugares de estacionamento para veículos de transporte colectivo de passageiros.

uma parte destes lugares para estacionamento de veículos ligeiros, isto não obstante a oferta existente na envolvente.

154

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

A Praça de Táxis localiza-se igualmente na Avenida Aurelino Mira Fernandes (Imagem 21),

apresentando

capacidade

para

5

veículos.

7.2.2. ESTACIONAMENTO TARIFADO O estacionamento tarifado (Figura 42) na Vila de Mértola distribui-se por três zonas: 6 lugares no Casco Histórico (Largo Luís de Camões);

27

lugares

na

zona

que

compreende a Rua 25 de Abril, o Largo Vasco da Gama e a Rua Alves Redol e 7 lugares junto ao eixo comercial (na intercepção das Ruas Dr. Afonso Costa e Dr. Serrão Martins). A cobrança de tarifa de estacionamento ocorre nos dias úteis, entre as 8h30m e as 18h30,

sendo

a

duração

máxima

de

estacionamento de 2h30m em todas as zonas.

Imagem 19. Estacionamento ordenado para pesados Imagem 20. Estacionamento ordenado para transportes colectivos Imagem 21. Praça de Taxis

155

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

Figura 42. Estacionamento Tarifado na Vila de Mértola

´

Fonte: elaboração própria, 2007

7.2.3. ESTACIONAMENTO CONDICIONADO Na Vila de Mértola, a ocorrência de estacionamento condicionado na via pública resulta das seguintes concessões:

ႀ Estacionamento

para

Entidades

Oficiais/Serviços

Públicos

(designadamente Câmara Municipal, Guarda Nacional Republica, Instituto de Conservação da Natureza e CTT);

ႀ Estacionamento para operações de cargas e descargas; ႀ Estacionamento reservado a pessoas portadoras de deficiência motora;

ႀ Estacionamento para permitir o acesso a utentes de farmácia.

O estacionamento reservado para entidades oficiais/serviços públicos distribui-se por 5 zonas de estacionamento: 2 zonas de estacionamento no

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

156

Casco Histórico afectas ao estacionamento de veículos da autarquia (5 lugares no Largo Luís de Camões e 2 lugares na Rua Dr. António José de Almeida)

e

Instituto

de

Conservação

da

Natureza

(1

lugar

de

estacionamento no Largo Luís de Camões); 1 lugar de estacionamento reservado aos CTT na Rua Alves Redol; 1 zona de estacionamento para veículos da Guarda Nacional Republicana no Eixo Comercial (Rua Dr. Afonso Costa); e, 1 zona reservada a veículos da autarquia na Rua de Beja.

Figura 43. Estacionamento Condicionado na Vila de Mértola

´

Estacionamento dedicado exclusivamente a Operações de Cargas e Descargas Estacionamento dedicado exclusivamente a Entidades Oficiais/Serviços Públicos (ex: Câmara Municipal, GNR, CTT) Estacionamento reservado a pessoas portadoras de deficiência motora Estacionamento reservado a utentes de farmácia

Fonte: elaboração própria, 2007

O estacionamento reservado para operações de cargas e descargas localiza-se ao longo do Eixo Comercial (8 zonas de estacionamento) e junto à Rotunda Norte (1 zona de estacionamento), ocorrendo o condicionamento no período de Segunda-Feira a Sábado, entre as 8h e as 19h. Importa, contudo, assinalar o estacionamento recorrente de veículos particulares nas zonas reservadas a operações de cargas e descargas no Eixo

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

O estacionamento reservado para operações de cargas e descargas localiza-se ao longo do Eixo Comercial e junto à Rotunda Norte.

157

Comercial, verificando-se algumas perturbações à normal fluidez do trânsito nesta via. Relativamente ao estacionamento para pessoas portadoras de deficiência motora, encontram-se reservados 2 lugares de estacionamento nas zonas de estacionamento tarifado localizadas junto ao eixo comercial (na intercepção das Ruas Dr. Afonso Costa e Dr. Serrão Martins) e no Largo Vasco da Gama, estando a duração máxima do estacionamento limitada a 1 hora. O estacionamento reservado a utentes de farmácia tem uma duração máxima

de

15

minutos,

sendo

disponibilizados

2

lugares

de

estacionamento (Rua Dr. Afonso Costa e Rua de Beja), um lugar junto a

O estacionamento reservado a utentes de farmácia tem uma duração máxima de 15 minutos.

cada uma das farmácias existentes na Vila de Mértola.

7.3. PROJECTOS PREVISTOS PARA A REDE DE TRANSPORTES No concelho de Mértola, os principais projectos previstos para a rede de transportes correspondem à criação de novos parques de estacionamento na Vila de Mértola (Figura 44) e a alteração do traçado do IC27 (Figura 45).

Os principais projectos para a rede de transportes correspondem a novos parques de estacionamento e à alteração do traçado do IC27.

Com localização periférica relativamente ao núcleo, os parques de estacionamento previstos visam constituir-se como parques dissuasores, reduzindo o tráfego automóvel e, necessariamente, a procura de estacionamento no interior da malha urbana. A oferta a disponibilizar por estes

parques

totalizará aproximadamente 820 novos

lugares

de

estacionamento, com a seguinte distribuição (Figura 44):

ႀ Parque Oeste/Feira (capacidade: 500 lugares); ႀ Parque da Zona Ribeirinha/Cais (capacidade: 40 lugares); ႀ Parque da Entrada de Mértola (capacidade: 65 lugares); ႀ Parque da Zona Escolar – estacionamento para pesados, substituindo os lugares actualmente existentes no Parque da Entrada de Mértola (capacidade: 150 lugares);

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

158

ႀ Parque Norte (capacidade: 65 lugares).

Figura 44. Localização dos parques de estacionamento previstos para a Vila de Mértola

P1 – Parque Oeste/Feira P2 – Parque da Zona Ribeirinha/Cais P3 – Parque da Entrada de Mértola P4 – Parque da Zona Escolar P5 – Parque Norte

Fonte: elaboração própria, 2007

A alteração ao traçado do IC27 consiste na construção de uma via exterior à Vila de Mértola (Figura 45), por forma a retirar do interior do aglomerado o tráfego automóvel de atravessamento e a melhor as condições de circulação neste troço desta via de interesse regional.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

A alteração ao traçado do IC27 consiste na construção de uma via exterior à Vila de Mértola.

159

Figura 45. Proposta de novo traçado para o IC27

Beja

IC 27

Mértola EN 122

Almodôvar Vila Real de Santo António Fonte: elaboração própria, 2007

160

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

8. DIAGNÓSTICO O presente capítulo corresponde a uma diagnóstico síntese do sistema concelhio, enfocando os elementos que influem directa e/ou indirectamente na promoção e desenvolvimento de uma mobilidade sustentável, e cujas tendências evolutivas determinam a aquidade da sua consideração neste contexto. Sob a forma de uma matriz SWOT (Strenghts, Weaknesses, Oppotunities and Threats) atenta-se não apenas na oferta e procura de transportes, mas também noutros aspectos dos quais depende a evolução da mobilidade à escala concelhia, como sejam a dinâmica e estrutura demográfica, o emprego e as actividades económicas, a rede de equipamentos colectivos ou a rede urbana e o sistema de povoamento. Tendo por base este exercício, será possível (em sede de Relatório de Objectivos e Conceito de Intervenção):

ႀ Delinear cenários de evolução da mobilidade; ႀ Determinar as áreas de intervenção prioritária ao nível do sistema de transportes;

ႀ Definir objectivos específicos no âmbito da promoção de uma mobilidade sustentável;

ႀ Definir um conceito multimodal de deslocações.

161

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

Rede Urbana e Sistema de Povoamento

Estrutura e Dinâmica SócioEconómica

Concentração de estabelecimentos e empresas sedeadas na freguesia da sede de concelho

Diminuição da taxa de desemprego

Concentração da população em aglomerados de pequena dimensão dispersos pelo território concelhio

Política de gestão e conservação do Casco Histórico

Existência de uma Unidade Móvel de Saúde e de serviço de apoio domiciliário ao nível dos cuidados de saúde

Património urbanístico-arquitectónico da Vila de Mértola

Potencialidades decorrentes da proximidade territorial relativamente a Espanha

Reaproveitamento da linha ferroviária para implementação da Ecovia do Minério, numa óptica de promoção de actividades turísticas e de lazer

Empreendedorismo local, patente na expansão recente do parque empresarial

Sensibilização para o desenvolvimento de soluções inovadoras que respondam às necessidades de serviços de transporte de uma população envelhecida

Oportunidades

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

Dificuldade de acesso à rede de prestação de cuidados de saúde primários

Concentração de equipamentos colectivos (saúde, educação, desporto, segurança social) na Vila de Mértola

Concentração da população na sede de concelho

Existência de áreas de expansão urbana planeadas

Existência de todos os níveis de ensino no município, reduzindo a necessidade de deslocação para outros concelhos

Baixa densidade populacional

População isolada pouco representativa

Debilidade e reduzida diferenciação do tecido económico local

Concentração do emprego na freguesia da sede de concelho

Aumento do índice de envelhecimento

Aumento da taxa de actividade

Aumento do número de estabelecimentos e empresas sedeadas no concelho

Declínio populacional

Pontos Fracos

Aumento da população em idade activa

Pontos Fortes

MATRIZ SWOT DO SISTEMA CONCELHIO

Posicionamento funcional do concelho no sistema urbano regional

Perifericidade territorial do concelho no contexto da rede urbana regional

Agravamento da debilidade da estrutura urbana regional

Entraves de natureza processual à implementação da Ecovia do Minério

Falta de capacidade de diferenciação do tecido empresarial local

Desadequação da oferta dos serviços de transporte convencionais para responder às necessidades de uma população envelhecida

Aumento da procura de equipamentos e serviços de segurança social e saúde em resultado do envelhecimento da população

Ameaças

162

Sistema de Transportes

Padrões de Mobilidade

Reduzida distância-tempo (inferior a 15 minutos) da maioria dos aglomerados populacionais relativamente à sede de concelho

Rede de transportes escolares com serviços assegurados directa e indirectamente pela autarquia

Delimitação de zonas de estacionamento para operações de cargas e descargas

Alteração ao traçado do IC27

Implementação do Projecto de Requalificação do Eixo Comercial

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

Elevado custo e complexidade do transporte escolar

Baixo nível de serviço dos transportes públicos rodoviários

Criação de novos parques de estacionamento dissuasores nas imediações do Casco Histórico e “Vila Nova”

Sinistralidade rodoviária elevada no IC27/EN122 Elevado índice de gravidade de acidentes no contexto regional (2006) e sinistralidade rodoviária elevada no IC27/EN122

Reestruturação da oferta de transporte colectivo de passageiros e criação de carreiras turísticas de fim-de-semana

Condicionantes ao nível da rede rodoviária no que se refere ao traçado, ligações entre aglomerados populacionais e à rede rodoviária nacional

Oferta de estacionamento com localização periférica relativamente ao núcleo urbano

Oferta de estacionamento para pessoas portadoras de deficiência motora e para utentes de farmácia

Reabertura da carreira fluvial de transporte regular de passageiros Mértola-Vila Real de Santo António e com Espanha em Pomarão e Corte do Pinto

Existência de condicionantes à mobilidade no espaço público, nomeadamente nos principais percursos pedonais

Melhoria das ligações rodoviárias e estabelecimento de ligações fluviais com Espanha

Potencial de introdução dos modos suaves devido à sobreposição espacial dos principais pólos atractores e geradores e à reduzida extensão dos perímetros dos aglomerados urbanos

Elevado índice de densidade da rede rodoviária e de permeabilidade da rede rodoviária municipal

Predomínio da utilização do transporte individual nas deslocações por motivo de trabalho ou estudo e perda de importância relativa do modo pedonal e transportes públicos

Aumento da utilização do transporte individual nas deslocações por motivo de trabalho e estudo

Forte aumento das deslocações intraconcelhias por motivo de estudo

Importância do modo pedonal nas deslocações intra-concelhias por motivo de trabalho e estudo

Predomínio das deslocações com duração até 15 minutos

Aumento das deslocações inter-concelhias por motivo de trabalho

Predomínio das deslocações intraconcelhias

Perda de atractividade do Casco Histórico caso não sejam resolvidos os problemas de mobilidade

Falta da disponibilidade do operador de transportes públicos rodoviários em melhorar os níveis de serviço

Ausência de financiamentos que possibilitem a realização das intervenções para restabelecer a navegabilidade do Rio Guadiana até Mértola

Manutenção ou agravamento do índice de sinistralidade caso os pontos negros não sejam corrigidos

Maior pressão sobre os transportes escolares em resultado do reordenamento e consequente encerramento de escolas

Agravamento do desequilíbrio na repartição modal, com maior recurso ao transporte individual

163

Sistema de Transportes (continuação)

Maior permeabilidade da rede rodoviária no sector com maior densidade de aglomerados populacionais

Intervenções no Casco Histórico que conduzam ao aumento da sua atractividade

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

Inexistência de pistas cicláveis

Irregularidade do pavimento e topografia declivosa condicionam a circulação pedonal no Casco Histórico

Estacionamento irregular nas zonas de estacionamento para veículos de transporte colectivo de passageiros e para operações de cargas e descargas

Estacionamento desordenado no Casco Histórico

Escassez de sinalização rodoviária e turística

Duração elevada de alguns circuitos de transporte escolar, interferindo com as actividades escolares

164

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Câmara Municipal de Mértola (1999), “Plano de Acção para a Vila de Mértola – A Vila-Museu e o Rio”, Câmara Municipal de Mértola, Mértola, 57 p. CCDRA – Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo

(2007),

“PROT

Alentejo.

Modelo

Territorial:

Opções

Estratégias de Base Territorial. Versão Preliminar”, Documento para apreciação na CMC plenária de 11 de Julho de 2007, Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo, Évora, 99 p. DGOTDU



Direcção-Geral

do

Ordenamento

do

Território

e

Desenvolvimento Urbano (2002), “Normas para a Programação e Caracterização de Equipamentos Colectivos”, Direcção-Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano (Colecção Informação, n.º 6), Lisboa Escola Superior de Educação de Beja (2006), “Carta Educativa do Concelho de Mértola”, Escola Superior de Educação, Beja, 199 p. GesSystem (2007a), “PDM de Mértola – Relatórios Sectoriais: Rede Urbana e Equipamentos Colectivos”, Câmara Municipal de Mértola, Mértola, 76 p. GesSystem (2007b), “PDM de Mértola – Relatórios Sectoriais: Sistema de Povoamento e Demografia”, Câmara Municipal de Mértola, Mértola, 43 p. GesSystem (2007c), “PDM de Mértola – Relatórios Sectoriais: Estrutura Socio-Económica e Condições de Vida”, Câmara Municipal de Mértola, Mértola, 71 p. Hidroprojecto (2004), “Estudo de Navegabilidade do Rio Guadiana entre Vila Real de Santo António e Mértola – Definição das Linhas Orientadoras”, Instituto Portuário e de Transportes Marítimos – Delegação do Sul, s.l. INE – Instituto Nacional de Estatística (2006), “Anuário Estatístico da Região do Alentejo – 2005”, Instituto Nacional de Estatística, Lisboa

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

165

INE – Instituto Nacional de Estatística (2004), “Sistema Urbano: Áreas de Influência e Marginalidade Funcional. Região de Lisboa e Vale do Tejo”, Instituto Nacional de Estatística, Lisboa, 92 p. INE – Instituto Nacional de Estatística – Direcção Regional do Alentejo (2002), “Carta de Equipamentos e Serviços de Apoio à População. Região do Alentejo – 2002”, Instituto Nacional de Estatística, Lisboa, 110 p. MACHADO, João Reis et al. (2005), “Estudo Ambiental e Caracterização das Vias Verdes da Região do Alentejo. Relatório Final”, Volumes I e II, CCDR Alentejo, Associação Portuguesa de Corredores Verdes, Rede Verde Europeia

LEGISLAÇÃO Decreto-Lei nº 163/2006, de 8 de Agosto - Aprova o regime da acessibilidade aos edifícios e estabelecimentos que recebem público, via pública e edifícios habitacionais, revogando o Decreto-Lei n.º 123/97, de 22 de Maio Decreto-Lei nº 222/98 com as alterações introduzidas pela Lei nº 98/99 de 26 de Julho, pela Declaração de rectificação nº 19-D/98 e pelo Decreto-Lei nº 182/2003 de 16 de Agosto Decreto-Lei n.º 299/84 de 5 de Setembro Portaria 181/86, de 6 de Maio

FONTES ESTATÍSTICAS Câmara Municipal de Mértola (2007), “Plano de Transportes Escolares: Transporte Escolar – Número de Alunos Transportados em Carreiras Públicas – Ano Lectivo 2007/2008”, Câmara Municipal de Mértola, Mértola Câmara Municipal de Mértola (2007), “Plano de Transportes Escolares Transporte Escolar – Número de Alunos Transportados em Circuitos

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

166

Municipais – Ano Lectivo 2007/2008”, Câmara Municipal de Mértola, Mértola Direcção-Geral de Viação/Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, “Boletins Estatísticos de Acidentes de Viação, Direcção-Geral de Viação/Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, Lisboa Gabinete de Estratégia e Planeamento, “Quadros de Pessoal – 2005”, Gabinete de Estratégia e Planeamento – Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, Lisboa Gabinete de Estratégia e Planeamento, “Quadros de Pessoal – 2000”, Gabinete de Estratégia e Planeamento – Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, Lisboa Gabinete de Estratégia e Planeamento, “Quadros de Pessoal – 1995”, Gabinete de Estratégia e Planeamento – Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, Lisboa INE – Instituto Nacional de Estatística (2007), “Estatísticas da Construção e Habitação – 2006”, Instituto Nacional de Estatística, Lisboa INE – Instituto Nacional de Estatística (2002), “Censos 2001 – XIV Recenseamento Geral da População/IV Recenseamento Geral da Habitação”, Instituto Nacional de Estatística, Lisboa INE – Instituto Nacional de Estatística (1993), “Censos 1991 – XIII Recenseamento Geral da População/III Recenseamento Geral da Habitação, Instituto Nacional de Estatística, Lisboa

PRINCIPAIS FONTES DA INTERNET Administração Regional de Saúde do Alentejo (2007), www.arsalentejo.minsaude.pt (última consulta 02/10/2007) Câmara Municipal de Mértola (2007), www.cm-mertola.pt (última consulta 17/10/2007) Direcção Regional de Educação do Alentejo (2007), www.drealentejo.pt (última consulta 02/10/2007)

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

167

EP – Estradas de Portugal (2007), www.estradasdeportugal.pt (última consulta 19/10/2007) Geocaching – The Official Global GPS Cache Hunt Site (2007), www.geocaching.com (última consulta 22/10/2007) INE – Instituto Nacional de Estatística (2007), www.ine.pt (última consulta 21/10/2007) Instituto de Seguros de Portugal (2007), “Base de dados relativa ao parque segurado”, www.isp.pt (última consulta 05/09/2007) Rede Nacional de Expressos (2007), www.rede-expressos.pt (última consulta 22/10/2007) Rodoviária do Alentejo (2007), www.rodalentejo.pt (última consulta 09/10/2007)

168

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

ANEXOS

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

Anexo I. Classificação das Actividades Económicas (Lista das Secções e sua Designação segundo a CAE-Rev.2)

Secção

Designação

A

Agricultura, Produção Animal, Caça e Silvicultura

B

Pesca

C

Indústrias Extractivas

D

Indústrias Transformadoras

E

Produção e Distribuição de Electricidade, Gás e Água

F

Construção

G

Comércio por Grosso e a Retalho, Reparação de Veículos Automóveis, Motociclos e Bens de Uso Pessoal e Doméstico

H

Alojamento e Restauração (Restaurantes e Similares)

I

Transportes, Armazenagem e Comunicações

J

Actividades Financeiras

K

Actividades Imobiliárias, Alugueres e Serviços Prestados às Empresas

L

Administração, Defesa e Segurança Social Obrigatória

M

Educação

N

Saúde e Acção Social

O

Outras Actividades e Serviços Colectivos, Sociais e Pessoais

P

Famílias com Empregados Domésticos

Q

Organismos Internacionais e Outras Instituições Extra-Territoriais

170

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

1991 1 16 7 1 15 0 73 4 41 1 1 30 0 4 3 12 26 3 0 0 2 0 0 0 1 1 19 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 266 2325 2591

2001 2 19 7 1 11 1 129 1 65 1 7 17 1 3 1 14 13 0 1 3 3 4 5 3 0 1 26 1 1 1 1 0 1 2 1 1 1 3 1 1 1 0 355 3104 3459

Total 1991 0 2 1 0 4 0 48 1 1 1 1 4 0 2 0 4 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 9 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 81 325 406

2001 0 0 0 0 0 0 15 0 0 0 0 1 0 1 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 25 385 410

Autocarro 1991 0 7 3 0 2 0 8 0 12 0 0 9 0 2 3 4 6 0 0 0 2 0 0 0 0 0 7 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 66 312 378

2001 1 19 3 1 7 1 82 1 44 1 4 12 1 2 1 4 10 0 1 1 3 3 5 0 0 1 13 0 0 1 1 0 0 1 1 0 1 1 1 1 0 0 229 1046 1275

Automóvel Ligeiro 1991 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 3 5

2001 0 0 0 0 0 0 7 0 1 0 2 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 13 0 13

Comboio 1991 1 4 3 0 3 0 2 0 10 0 0 5 0 0 0 1 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 34 338 372

2001 0 0 0 0 0 0 3 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 9 138 147

Motociclo ou Bicicleta 1991 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 2 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 9 1160 1169

2001 0 0 0 0 0 0 4 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 9 1143 1152

Pedonal

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001

Albufeira Alcoutim Aljustrel Almada Almodôvar Barrancos Beja Castro Marim Castro Verde Estremoz Évora Faro Ferreira do Alentejo Grândola Leiria Lisboa Loulé No Estrangeiro Odemira Olhão Ourique Portalegre Portimão Redondo Reguengos de Monsaraz São Brás de Alportel Serpa Sintra Tavira Vendas Novas Vila Franca de Xira Vila Real Lagos Moura Oeiras Portel Seia Setúbal Silves Torres Vedras Viana do Castelo Vila Real de Santo António Total (inter-concelhias) Intra-concelhias TOTAL

Concelho de Destino

Anexo II. Destino das deslocações inter-concelhias com origem no concelho de Mértola (1991 e 2001)

1991 0 0 0 1 0 0 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 72 76

2001 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5 41 46

Outro

Transporte Colectivo da empresa/ escola 1991 2001 0 1 3 0 0 4 0 0 6 4 0 0 12 16 3 0 17 16 0 0 0 0 10 3 0 0 0 0 0 0 3 5 12 1 1 0 0 0 0 2 0 0 0 1 0 0 0 3 0 0 1 0 1 6 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 69 65 115 351 185 416

171

Anexo III. Classes de Embarcações Classe 1 – Remo e vela ligeira – Embarcações essencialmente desportivas, onde se incluem canoas, Kayaks, skiffs e yawls, optimists, vauriens, lasers e windsurf, etc.; comprimentos não superiores a 5 metros e calados diminutos, da ordem dos 30 centímetros; mesmo que à vela, tendo patilhão e leme, estes serão retracteis. Classe 2 – Pesca fluvial local – São chatas, botes ou embarcações de fibra de pequenas dimensões (máx. 4 metros), calando pouco (máx. 40 cm), propulsionados a remos ou com motor fora de borda de escassa potência (até 10 Hp); são geralmente utilizados no lançamento e recolha das artes de captura em rio e, raramente, na pesca à linha (corrico). Classe 3 – Motorizados “radicais” – Motos de água, embarcações de casco semi-rígido ou em fibra, propulsionadas através de motores turbo ou a hélice de elevada potência; procuram a velocidade, por vezes a prática de sky aquático. Dimensão até 5 metros e calado correspondente à coluna do motor (máx. 50 cm). Classe 4 – Veleiros com motor auxiliar – Embarcações de recreio à vela, portanto com mastros elevados e dotadas de motor para propulsão auxiliar ou alternativa, sendo aquele geralmente interior e de média potência (até 40 Hp); estas embarcações já procuram o rio com alguma frequência, podendo chegar a Mértola em determinadas condições de maré; comprimentos variáveis até 18 metros e calados que podem chegar aos 2,5 metros. Classe 5 – Embarcações tradicionais transformadas – Antigas embarcações de pesca ou de transporte que foram transformadas e adaptadas ao recreio ou para transporte de pessoas e pequenas cargas ao longo do rio; comprimentos até 14 metros e calados até 2 metros. Classe 6 – Marítimo – Turísticos ligeiros – Antigas embarcações de atravessamento do rio (tipo ferry ou cacilheiro) que actualmente se dedicam a cruzeiros no rio com duração máxima de 10 horas. Subida até Pomarão e regresso; as maiores (ferries), têm um comprimento de 40 metros, 10 m de boca, calam 2,5 m e deslocam 250 Ton. Classe 7 – Lanchas motorizadas de recreio – Com várias características e dimensões, comprimento até aos 20 metros e calado até aos 2 metros, normalmente propulsionadas a motores de elevada potência. Embora com diferentes funções, incluem-se nesta classe os patrulhas da Armada e da Brigada Fiscal. Classe 8 – Marítimo – Turísticos pesados – Navios mistos, aptos a navegar nos rios e nos estuários; estão projectados para navegar no Guadiana, com as seguintes características: comprimento 80 metros, boca 11,4 m, calado 1,7 m, deslocamento 1 030 Ton, vel. 11 nós (max.). Fonte: Hidroprojecto, 2004.

172

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

-

46

27

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6

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51

22

52

28

13

31

40

S. Pedro de Sólis

S. Sebastião dos Carros

Mina

Corte Sines

Moreanes

Algodor

Penedos

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63

57

49

Mt. Alves

Corte Pequena

Mt Légua

-

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18

15

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48

50

75

43

40

34

40

Mt Santana

Mt Corcha

Mt Fialho

Amendoeira do Campo

Vale D´Açor

Amendoeira da Serra

Mosteiro

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67

60

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34

Espírito Santo -

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3

52

44

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25

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7

32

13

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20

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35

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5

4

24

31

39

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11

15

11

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18

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19

8

6

5

15

31

34

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11

19

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41

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16

9

11

14

19

29

44

49

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8

6

11

25

36

46

62

64

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39

19

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42

19

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51

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36

26

17

6

4

12

15

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42

11

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22

Santana de Cambas S.J.Caldeireir os S.Miguel do Pinheiro S.Pedro de Sólis S.Seb. dos Carros

Fonte: Rodoviária do Alentejo, 2007 (tratamento próprio)

-

-

40

Diogo Martins

45

-

30

Moinhos de Vento

Roncão

-

15

Álamo

Penedos

-

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13

10

Aldeia do Ledo

-

-

8

-

-

-

16

Quintã

Fernandes

42

-

61

Corredora

22

-

47

Alcaria Longa

Romeiras

-

36

Góis

João Serra

-

26

Boizões

-

-

-

7

Tacões

10

-

-

29

33

Penilhos

Namorados

-

35

Corvos

Brites Gomes

-

8

17

Corte da velha

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20

20

S.Bartolomeu

Corte Gafo de Baixo

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7

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-

-

18

41

24

S.J dos Caldeireiros

-

S. Miguel do Pinheiro

-

-

35

-

25

Espírito Santo

59

Corte do Pinto

59

Alçaria Ruiva

-

Corte do Pinto

Santana de Cambas

25

Mértola

Mértola

Alçaria Ruiva

Mina -

-

-

-

-

-

-

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60

53

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-

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-

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-

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-

27

-

6

39

-

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13

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52

Corte Sines -

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-

-

-

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-

35

20

12

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7

-

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-

11

39

-

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-

-

32

-

46

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28

Moreanes -

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24

5

3

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4

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11

6

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-

7

-

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13

Algodor -

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9

12

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14

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6

31

6

14

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23

26

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14

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8

17

Corvos -

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28

27

19

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4

7

27

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25

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34

35

Penilhos -

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16

7

13

20

28

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22

4

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11

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29

Tacões -

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20

11

9

16

24

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26

22

4

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6

15

35

42

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59

54

40

29

19

3

26

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15

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34

11

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Namorados

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15

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33

Brites Gomes -

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50

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56

51

37

26

16

3

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12

62

31

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Boizões -

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-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

40

35

21

10

16

19

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

4

46

15

-

-

-

-

-

-

Góis -

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

30

25

11

-

26

29

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

36

5

-

-

-

-

-

-

alcaria Longa -

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

19

14

-

-

37

40

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

25

6

-

-

-

-

-

-

Corredora -

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

5

-

-

-

51

54

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

11

-

-

-

-

-

-

-

Quintã -

-

-

-

23

2

4

7

12

22

37

42

-

-

-

-

-

50

7

-

-

-

-

56

59

-

-

19

-

32

3

12

53

6

19

-

44

-

60

16

Fernandes -

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

55

7

-

-

-

-

-

-

-

-

27

-

-

-

-

-

5

20

60

-

-

-

-

52

-

67

8

Mt. Alves -

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

55

50

-

-

-

-

-

-

-

-

28

-

-

-

-

-

24

35

-

-

-

-

3

-

-

-

63

Corte Pequena -

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

44

35

15

8

-

-

-

-

-

-

-

-

50

24

28

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

39

-

-

-

-

57

Mt Légua -

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

36

27

7

8

-

-

-

-

-

-

-

-

42

16

20

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

31

-

-

-

-

49

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

29

20

7

15

-

-

-

-

-

-

-

-

35

9

13

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

24

-

-

-

-

42

João Serra

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

-

-

-

-

55

30

28

25

20

10

5

10

-

-

-

-

-

-

-

32

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

20

-

-

-

-

-

39

-

-

-

-

-

-

20

S.Bartolomeu de Via Glória Corte Gafo de Baixo Corte da velha 20

Romeiras -

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

9

20

27

35

-

-

-

-

-

-

-

-

15

11

7

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

4

-

-

-

-

22

Aldeia do Ledo -

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

9

29

36

44

-

-

-

-

-

-

-

-

6

20

16

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

5

-

-

-

-

13

Álamo -

-

-

-

65

40

38

35

30

20

5

-

-

-

-

-

-

-

42

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

10

-

-

-

-

-

-

49

-

-

-

-

-

-

10

Moinhos de Vento -

-

-

-

60

35

33

30

25

15

5

-

-

-

-

-

-

-

37

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

5

-

-

-

-

-

-

44

-

-

-

-

-

-

15

Diogo Martins -

-

-

-

45

20

18

15

10

15

20

-

-

-

-

-

-

-

22

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

10

-

-

-

-

-

-

29

-

-

-

-

-

-

30

-

-

-

-

35

10

8

5

10

25

30

-

-

-

-

-

-

-

12

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

20

-

-

-

-

-

-

19

-

-

-

-

-

-

40

Penedos

Anexo IV – Duração das deslocações entre aglomerados populacionais utilizando o transporte público colectivo rodoviário (em minutos)

Roncão -

-

-

-

30

5

3

8

5

-

-

-

-

27

2

3

18

33

38

-

-

-

-

-

-

-

4

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

28

-

-

-

-

-

-

11

-

-

-

-

-

-

48

Mt Santana

15

30

35

-

-

-

-

-

-

-

7

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

25

-

-

-

-

-

-

14

-

-

-

-

-

-

45

Mt Corcha -

-

-

-

25

2

5

10

20

35

40

-

-

-

-

-

-

-

2

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

30

-

-

-

-

-

-

9

-

-

-

-

-

-

50

Mt Fialho -

-

-

-

25

27

30

45

60

65

-

-

-

-

-

-

-

23

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

55

-

-

-

-

-

-

16

-

-

-

-

-

-

75

Amendoeira do Campo -

-

3

-

-

-

-

-

-

-

-

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-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

26

-

-

-

12

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

18

43

Vale D´Açor -

-

3

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

23

-

-

-

9

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

15

40

Amendoeira da Serra 6

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

14

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

34

6

-

-

-

-

-

-

-

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-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

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-

6

-

-

-

-

-

-

-

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-

40

Mosteiro

173

Anexo V. Índice de Fórmulas Transportes Índice de Permeabilidade 2

IP = km de estrada / área (km )

Índice de Densidade ID = km de estrada / n.º habitantes * 1000

Rácio Habitantes por Táxi Rácio Habitantes por Táxi = n.º habitantes / n.º táxis

Rácio Veículos por km de Rede Viária Rácio Veículos por km de Rede Viária = n.º de veículos / km de estrada Nota: utilizaram-se os dados do Instituto de Seguros de Portugal, tendo-se considerado todos os tipos de veículos segurados.

Taxa de Motorização Taxa de Motorização = n.º veículos / n.º de habitantes * 1000 Nota: utilizaram-se os dados do Instituto de Seguros de Portugal, tendo-se considerado os seguintes tipos de veículos segurados: ligeiros, ciclomotores, motociclos e mistos.

População Taxa de Actividade Taxa de Actividade = população activa / população total * 100

Taxa de Desemprego Taxa de Desemprego = população desempregada (sentido lato) / população activa * 100

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

174

Índice de Envelhecimento Índice de Envelhecimento = população > 64 anos / população 0-14 anos * 100

Densidade Populacional 2

Densidade Populacional = população residente / área (km )

175

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

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