PROJECTO MOBILIDADE SUSTENTÁVEL
RELATÓRIO DE DIAGNÓSTICO MUNICÍPIO DE TAVIRA
JUNHO DE 2008
Instituto de Dinâmica do Espaço – FCSH/UNL Av. Berna, 26 C 1069-061 Lisboa Tel. /Fax: +351 217 908 389 E-mail:
[email protected] http://www.fcsh.unl.pt/ide/ Co-financiado pela União Europeia - FEDER
FICHA TÉCNICA
EQUIPA
COORDENAÇÃO João Figueira de Sousa EQUIPA TÉCNICA André Fernandes Ana Márcia Ferreira Carlos Pita Rua Hélder Ferreira Michael Rodrigues Ricardo Malhão Rita Marquito INTERLOCUTOR C. M. TAVIRA Francisco Carvalho
JUNHO DE 2008
Instituto de Dinâmica do Espaço – FCSH/UNL Av. Berna, 26 C 1069-061 Lisboa Tel. /Fax: +351 217 908 389 E-mail:
[email protected] http://www.fcsh.unl.pt/ide/
2
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
ÍNDICE GERAL PÁGINAS Introdução
15
1. Enquadramento Territorial
18
2. Perímetro de Estudo
21
3. Dinâmica e Estrutura Demográfica
24
3.1. Dinâmica Demográfica
24
3.2. Estrutura Demográfica
27
4. Emprego e Actividades Económicas
29
4.1. Emprego
29
4.2. Actividades Económicas
33
4.3. Análise das Localizações
36
5. Rede Urbana e Sistema de Povoamento
42
5.1. Sistema de Povoamento
42
5.1.1. Estrutura do Povoamento
42
5.1.2. Uso do Solo e Parque Habitacional
46
5.2. Serviços de Hierarquia Superior 6. Caracterização da Procura de Transporte 6.1. Identificação e Caracterização das Principais Deslocações 6.1.1. Análise Global das Deslocações Concelhias
51 55 55 55
6.1.1.1. Análise das Deslocações Intra-Concelhias
56
6.1.1.2. Análise das Deslocações Inter-Concelhias
60
6.1.2. Análise das Deslocações por Motivo de Trabalho
63
6.1.2.1. Deslocações Intra-Concelhias
63
6.1.2.2. Deslocações Inter-Concelhias
65
6.1.3. Análise das Deslocações por motivo de Estudo
68
6.1.3.1. Deslocações Intra-Concelhias
68
6.1.3.2. Deslocações Inter-Concelhias
70
6.1.4. Destinos das Deslocações Inter-Concelhias por Motivo de Trabalho e Estudo 6.1.5. Deslocações Inter-Concelhias com Destino no Concelho de Tavira 6.1.6. Evolução dos Modos de Transporte Utilizados pela População Empregada e Estudantes 6.1.6.1. Deslocações Intra-Concelhias da População Empregada e Estudantes por Modo de Transporte 6.1.6.2. Deslocações Inter-Concelhias da População Empregada e Estudantes por Modo de Transporte 6.1.7. Duração das Deslocações
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
72 74 75
78
79
3 79
6.1.8. Evolução da Motorização 6.2. Identificação e Caracterização dos Principais Pólos Atractores de Tráfego 6.2.1. Principais Pólos Atractores 6.2.1.1. Equipamentos Colectivos
81 83 83 83
6.2.1.1.1. Equipamentos de Educação
84
6.2.1.1.2. Equipamentos de Saúde
89
6.2.1.1.3. Equipamentos de Solidariedade e Seg. Social 6.2.1.1.4. Equipamentos Desportivos 6.2.1.1.5. Equipamentos Culturais 6.2.1.2. Outros Pólos Atractores 6.2.2. Principais Pólos Geradores 6.3. Avaliação dos Problemas Associados às Pessoas com Mobilidade Reduzida 7. Caracterização da Oferta de Transporte 7.1. Identificação e Caracterização da Oferta de Transporte por Modo 7.1.1. Rede Rodoviária
91 96 99 103 105 106 111 111 111
7.1.1.1. Caracterização da Rede Rodoviária
111
7.1.1.2. Indicadores da Rede Rodoviária
119
7.1.1.3. Congestionamentos de Tráfego
121
7.1.1.4. Pontos Negros em Termos de Sinistralidade
124
7.1.2. Rede Ferroviária
128
7.1.3. Principais Percursos Pedonais
129
7.1.4. Pistas Cicláveis
133
7.1.5. Serviço de Transporte de Passageiros
135
7.1.5.1. Transportes Colectivos Rodoviário
135
7.1.5.1.1 Empresa de Viação do Algarve (EVA)
135
7.1.5.1.2 Transportes Urbanos de Tavira
151
7.1.5.1.3 Rede Nacional de Expressos
152
7.1.5.1.4 RENEX
153
7.1.5.2. Transporte Escolar
156
7.1.5.3. Transporte Ferroviário de Passageiros
177
7.1.5.4. Serviço de Táxis
185
7.1.5.5. Transporte Fluvial
185
7.1.5.6 Outros Serviços
187
7.2. Estacionamento em Parque e em Zonas Tarifadas
189
7.2.1. Parques de Estacionamento
189
7.2.2. Estacionamento Tarifado
193
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
4
7.2.3. Estacionamento Condicionado 7.3. Principais Projectos Previstos para o Sistema de Transportes
197 199
7.3.1. Antecedentes
199
7.3.2. Principais Projectos Previstos para o Sistema de Transportes
202
8. Impactes dos Transportes no Ambiente
205
8.1. Qualidade do Ar
205
8.2. Ruído
211
9. Diagnóstico
218
Referências Bibliográficas
222
Anexos
226
5
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
ÍNDICE DE FIGURAS PÁGINAS Figura 1. Enquadramento territorial do concelho de Tavira
18
Figura 2. Freguesias do concelho de Tavira
19
Figura 3. Perímetro de estudo na Cidade de Tavira
22
Figura 4. Perímetro de estudo alargado – Concelho de Tavira
23
Figura 5. Evolução da população residente no concelho de Tavira, por freguesia (1991-2001)
27
Figura 6. Número de empresas por freguesia (2005)
38
Figura 7. Número de estabelecimentos por freguesia (2005)
39
Figura 8. Pessoal ao serviço nas empresas e estabelecimentos por freguesia (2005)
41
Figura 9. Densidade populacional por freguesia (2001)
43
Figura 10. Densidade populacional por freguesia (1991)
44
Figura 11. População residente por lugar (1991 e 2001)
46
Figura 12. Núcleo urbano consolidado e áreas de expansão urbana na Cidade de Tavira
47
Figura 13. Edifícios construídos por período de construção, por freguesia
49
Figura 14. Sistema Urbano do Algarve
53
Figura 15. Deslocações a Hospitais Centrais na Região do Algarve
54
Figura 16. Deslocações intra e inter-concelhias por freguesia (%) – 1991
57
Figura 17. Deslocações intra e inter-concelhias por freguesia (%) – 2001
58
Figura 18. Origem das deslocações intra-concelhias por freguesia (1991-2001)
60
Figura 19. Origem das deslocações inter-concelhias por freguesia (1991-2001)
63
Figura 20. Destinos das deslocações inter-concelhias (2001)
73
Figura 21. Origem das deslocações com destino no concelho de Tavira (2001)
75
Figura 22. Distribuição espacial dos equipamentos de ensino (ano lectivo 2007/2008)
87
Figura 23. Distribuição espacial dos equipamentos de saúde
90
Figura 24. Distribuição espacial dos equipamentos de segurança social (2007)
93
Figura 25. Distribuição espacial dos equipamentos desportivos
98
Figura 26. Distribuição espacial dos equipamentos culturais na Cidade de Tavira
102
Figura 27. Outros pólos atractores na Cidade de Tavira
104
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
6
Figura 28. Principais pólos geradores na Cidade de Tavira
106
Figura 29. Rede Rodoviária
112
Figura 30. Rede rodoviária do concelho de Tavira
114
Figura 31. Tempo de deslocação relativamente à Sede de Concelho (Rede Rodoviária)
116
Figura 32. Tempo de deslocação relativamente à Sede de Concelho (área circundante à Rede Rodov 118 Figura 33. Principais “pontos”/”zonas” de conflito
123
Figura 34. Acidentes com mortos ou feridos graves no concelho de Tavira (2004-2006)
126
Figura 35. Rede ferroviária no concelho de Tavira
129
Figura 36. Principais percursos pedonais na Cidade de Tavira
130
Figura 37. Principais percursos pedonais a implementar em Santa Luzia
132
Figura 38. Principais percursos pedonais a implementarem em Cabanas
132
Figura 39. Percurso da Ecovia do Algarve Figura 40. Troço urbano da Ecovia do Litoral no Concelho de Tavira Figura 41. Rede de Transportes Colectivos Rodoviário no Concelho de Tavira – Operador EVA Transportes Figura 42. Tempo de deslocação relativamente à Sede de Concelho (Transporte Colectivo de Passageiros)
133 134 136 142
Figura 43. Rota da Ria Formosa – EVA Transportes
147
Figura 44. Circuito dos Transportes Urbanos de Tavira
152
Figura 45. Transporte Escolar – Percursos assegurados pela Câmara Municipal de Tavira (1.º Percurso – 5.º Percurso) Figura 46. Transporte Escolar – Percursos assegurados pela Câmara Municipal de Tavira (6.º Percurso – 10.º Percurso) Figura 47. Transporte Escolar – Percursos assegurados pela Câmara Municipal de Tavira (11.º Percurso – 15.º Percurso)
159 160 161
Figura 48. Serviços fluviais de transporte de passageiros
186
Figura 49. Circuito efectuado pelo Comboio Rodoviário Turístico
189
Figura 50. Parques de Estacionamento na Cidade de Tavira
190
Figura 51. Situação do Parque de Estacionamento das traseiras do Mercado Municipal relativamente 192 ao Eixo Comercial Figura 52. Estacionamento Tarifado na Cidade de Tavira
193
Figura 53. Estacionamento Tarifado na Cidade de Tavira – Duração do Estacionamento
195
Figura 54. Área de intervenção do Plano de Mobilidade e Acessibilidade
200
Figura 55. Principais projectos previstos
203
7
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Figura 56. Zona de Estacionamento a tarifar
204
Figura 57. Mapa de ruído do concelho de Tavira – Período diurno
212
Figura 58. Mapa de ruído do concelho de Tavira – Período nocturno
213
Figura 59. Mapa de ruído da aglomeração urbana de Tavira – Períodos diurno e nocturno
214
Figura 60. Mapa de ruído das aglomerações urbanas de Conceição e Cabanas de Tavira – Períodos 215 diurno e nocturno Figura 61. Mapa de ruído da aglomeração urbana de Santa Luzia – Períodos diurno e nocturno
216
8
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
ÍNDICE DE QUADROS PÁGINAS Quadro 1. Evolução da população residente em Tavira, NUT III Algarve e Portugal (1991-2001)
25
Quadro 2. Estrutura etária da população residente no concelho de Tavira (1991 e 2001)
28
Quadro 3. Evolução da taxa de actividade (%) – 1991 e 2001
29
Quadro 4. Estrutura do emprego por sector de actividade económica (%) – 2001
30
Quadro 5. População empregada por situação na profissão (2001)
31
Quadro 6. Evolução da taxa de desemprego (1991 e 2001)
32
Quadro 7. Número de desempregados (2001)
32
Quadro 8. Número de empresas e estabelecimentos e pessoal ao serviço nas empresas e estabelecimentos (1995, 2000 e 2005)
33
Quadro 9. Estrutura produtiva do concelho de Tavira (2005)
35
Quadro 10. Número de empresas e estabelecimentos por escalão dimensional no concelho de Tavira (1995, 2000 e 2005)
36
Quadro 11. Número de empresas e estabelecimentos por freguesia (2005)
37
Quadro 12. Pessoal ao serviço nas empresas e estabelecimentos por freguesia (2005)
40
Quadro 13. Evolução da densidade populacional no concelho de Tavira, por freguesia (1991-2001)
42
Quadro 14. População residente segundo a dimensão dos lugares (2001)
45
Quadro 15. Edifícios construídos por período de construção, por freguesia
48
Quadro 16. Número de famílias clássicas, alojamentos familiares e edifícios por freguesia (2001)
50
Quadro 17. Número de fogos licenciados e fogos concluídos para habitação familiar, por tipologia de fogo (2006)
55
Quadro 18. Evolução do total das deslocações no Concelho de Tavira (1991-2001)
56
Quadro 19. Evolução das deslocações intra-concelhias no concelho de Tavira (1991-2001)
59
Quadro 20. Origem das deslocações intra-concelhias por freguesia (1991 e 2001)
60
Quadro 21. Origem das deslocações inter-concelhias no Concelho de Tavira (1991 e 2001)
61
Quadro 22. Origem das deslocações inter-concelhias por freguesia (1991 e 2001)
62
Quadro 23. Evolução das deslocações intra-concelhias por motivo de trabalho (1991- 2001)
64
Quadro 24. Origem das deslocações intra-concelhias por motivo de trabalho por freguesia (19912001)
65
Quadro 25. Evolução das deslocações inter-concelhias por motivo de trabalho (1991-2001)
67
Quadro 26. Origem das deslocações inter-concelhias por motivo de trabalho por freguesia (1991 e 2001)
68
Quadro 27. Evolução das deslocações intra-concelhias por motivo de estudo (1991- 2001)
69
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
9
Quadro 28. Origem das deslocações intra-concelhias por motivo de estudo por freguesia (1991 e 2001)
70
Quadro 29. Evolução das deslocações inter-concelhias por motivo de estudo (1991-2001)
71
Quadro 30. Origem das deslocações inter-concelhias por motivo de estudo por freguesia (19912001)
72
Quadro 31. Deslocações por motivo de trabalho e estudo por modo de transporte (1991 e 2001)
76
Quadro 32. Duração das deslocações por motivo de trabalho ou estudo (1991)
80
Quadro 33. Duração das deslocações por motivo de trabalho ou estudo (2001)
81
Quadro 34. Número de veículos ligeiros, ciclomotores, motociclos e veículos mistos (2001 e 2006) e taxa de motorização (2001 e 2006)
82
Quadro 35. Número de veículos automóveis vendidos por 1.000 habitantes (2005)
83
Quadro 36. Estabelecimentos de Ensino por freguesia (ano lectivo 2007/2008) Quadro 37. Projecção da população escolar para o período 2008/2011, por nível de ensino Quadro 38. Distribuição dos equipamentos de saúde por freguesia Quadro 39. Instituições que prestam serviços de apoio a idosos (2007) Quadro 40. Ocupação dos equipamentos/serviços de apoio aos idosos (2007) Quadro 41. Centros de actividades de tempos livres Quadro 42. Equipamentos desportivos no Concelho de Tavira Quadro 43. Principais equipamentos culturais do concelho de Tavira
86 88 89 92 94 95 96 100
Quadro 44. Edifícios, segundo o número de pavimentos, por acessibilidade a pessoas com mobilidade condicionada (2001)
110
Quadro 45. Índice de Permeabilidade
119
Quadro 46. Índice de densidade e veículos por quilómetro da rede viária em Tavira e Portugal Continental Quadro 47. Número de acidentes, mortos e feridos graves no concelho de Tavira (2004-2006)
120
Quadro 48. Acidentes com mortos ou feridos graves em 2006
127
Quadro 49. Natureza dos acidentes envolvendo mortos e feridos graves (2004-2006)
127
Quadro 50. Índice de gravidade de acidentes (2005)
128
Quadro 51. Carreira Cabanas/Tavira e Tavira/Cabanas
137
Quadro 52. Carreira Brejos/Tavira
138
Quadro 53. Carreira Esteiramantes/Tavira
138
Quadro 54. Carreira Cachopo/Tavira
139
Quadro 55. Carreia Pedras D’El Rei/Tavira e Tavira/ Pedras D’El Rei
140
125
10
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Quadro 56. Carreira Tavira/ S. Brás de Alportel e S. Brás de Alportel/Tavira
140
Quadro 57. Carreira Tavira / Quatro Águas e Quatro Águas/Tavira
141
Quadro 58. Duração das deslocações utilizando o transporte público colectivo rodoviário
144
Quadro 59. Número de carreiras diárias
145
Quadro 60. Tavira/Faro (Rota da Ria Formosa)
148
Quadro 61. Tarifas entre Tavira e Faro (Rota da Ria Formosa)
149
Quadro 62. Carreira Tavira/Vila Real de Santo António (Rota da Ria Formosa) Quadro 63. Tarifas entre Tavira e Vila Real de Santo António (Rota da Ria Formosa)
150 150 151
Quadro 64. Carreira Tavira/Sevilha 151 Quadro 65. Tarifas entre Tavira e Sevilha 153 Quadro 66. Serviços diários da Rede Expressos Quadro 67. Serviços assegurados pelo operador RENEX
155 156
Quadro 68. Dados relativos aos transportes escolares (1998/2005) Quadro 69. Distâncias em quilómetros entre as sedes de freguesia
157 158
Quadro 70. Distâncias em minutos entre sedes de freguesia 162 Quadro 71. Transporte em circuitos municipais – Circuito n.º 1 163 Quadro 72. Transporte em circuitos municipais – Circuito n.º 2 164 Quadro 73. Transporte em circuitos municipais – Circuito n.º 3 165 Quadro 74. Transporte em circuitos municipais – Circuito n.º 4 166 Quadro 75. Transporte em circuitos municipais – Circuito n.º 5 167 Quadro 76. Transporte em circuitos municipais – Circuito n.º 6 168 Quadro 77. Transporte em circuitos municipais – Circuito n.º 7 169 Quadro 78. Transporte em circuitos municipais – Circuito n.º 8 170 Quadro 79. Transporte em circuitos municipais – Circuito n.º 9 171 Quadro 80. Transporte em circuitos municipais – Circuito n.º 10 172 Quadro 81. Transporte em circuitos municipais – Circuito n.º 11 173 Quadro 82. Transporte em circuitos municipais – Circuito n.º 12 Quadro 83. Transporte em circuitos municipais – Circuito n.º 13 Quadro 84. Transporte em circuitos municipais – Circuito n.º 14 Quadro 85. Transporte em circuitos municipais – Circuito n.º 15
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
174 175 176
11
Quadro 86. Serviço ferroviário Tavira – Lisboa Quadro 87. Tempo de deslocação entre paragens no percurso Tavira – Lisboa: combinação Regional / Alfa – Pendular
178 178 179
Quadro 88. Serviço Tavira – Lisboa (combinação Serviço Regional – Serviço Inter – Cidades) 180 Quadro 89. Serviço ferroviário Lisboa – Tavira 181 Quadro 90. Serviço Lisboa – Tavira (combinação Serviço Alfa-Pendular - Serviço Regional) 182 Quadro 91. Serviços Regional Faro – Tavira 183 Quadro 92. Serviço Regional Tavira – Faro 183 Quadro 93. Tempo de Deslocação entre estações de referência no Serviço Regional 184 Quadro 94. Custo da viagem entre estações de referência no Serviço Regional 184 Quadro 95. Número de passageiros por Estação/Apeadeiro (2005). 187 Quadro 96. Serviço fluvial prestado pela Safari Boat 197 Quadro 97. Estacionamento dedicado exclusivamente a Entidades Oficiais/Serviços Públicas 197 Quadro 98. Estacionamento para Táxis 198 Quadro 99. Estacionamento dedicado exclusivamente a operações de cargas e descargas 199 Quadro 100. Estacionamento reservado a pessoas portadoras de deficiência motora 202 Quadro 101. Acções e medidas realizadas no âmbito do Plano de Mobilidade e Acessibilidade
12
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
ÍNDICE DE GRÁFICOS PÁGINAS Gráfico 1. Evolução da população residente no concelho de Tavira (1950-2001)
24
Gráfico 2. População residente no concelho de Tavira, por freguesia (2001)
26
Gráfico 3. População residente por grupos etários (2001)
28
Gráfico 4. Estrutura do emprego por sector de actividade económica no concelho de Tavira (%) – 2001 Gráfico 5. Distribuição dos sectores de actividade económica por sexo (%) – 2001
30 31
Gráfico 6. Evolução do número de empresas e estabelecimentos no concelho de Tavira
33
Gráfico 7. Deslocações por motivo de trabalho e estudo por modo de transporte (1991 e 2001)
76
Gráfico 8. Modos de transporte utilizados pela população empregada e estudante (2001)
77
Gráfico 9. Deslocações intra-concelhias por modo de transporte (2001)
78
Gráfico 10. Deslocações inter-concelhias por modo de transporte (2001)
79
Gráfico 11. Estacionamento Tarifado na Cidade de Tavira – Número de Lugares e Taxa de Utilização (2000-2004) Gráfico 12. Evolução das concentrações médias horárias de CO durante o período de estudo na
196 205
Cidade de Tavira Gráfico 13. Evolução das concentrações médias horárias de monóxido de carbono
206
Gráfico 14. Evolução das concentrações médias horárias de monóxido de carbono durante o período de estudo na Cidade de Tavira
207
Gráfico 15. Evolução das concentrações médias horárias de dióxido de azoto
207
Gráfico 16. Variação da concentração média diária de PM10 durante o período de estudo na Cidade de Tavira
208
Gráfico 17. Evolução das concentrações médias horários de partículas em suspensão (PM10)
208
Gráfico 18. Evolução das concentrações médias horárias de O3 durante o período de estudo na Cidade de Tavira Gráfico 19. Evolução das concentrações médias horárias de ozono
209
Gráfico 20. Níveis de concentração dos poluentes monitorizados, comparando o período sem carros e o mesmo período no dia de referência
210
210
13
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
ÍNDICE DE IMAGENS PÁGINAS Imagem 1. Biblioteca Municipal de Tavira
100
Imagem 2. Centro Coordenador de Transportes
103
Imagem 3. Passagem de nível – acesso EN125
109
Imagem 4. Marginal de Cabanas
109
Imagem 5. Estação Ferroviária de Tavira
129
Imagem 6. Rua da Liberdade (antes da intervenção)
131
Imagem 7. Rua da Liberdade (depois da intervenção)
131
Imagem 8. Rua pedonalizada no Centro Histórico da Cidade de Tavira
131
Imagem 9. Troço da Ecovia do Litoral no concelho de Tavira
134
Imagem 10. Troço da Ecovia do Litoral em Cabanas
135
Imagem 11. Comboio turístico Pedras D’El Rei-Praia do Barril
188
Imagem 12. Comboio rodoviário turístico
190
14
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
INTRODUÇÃO O presente documento, elaborado pelo Instituto de Dinâmica do Espaço (IDE) da Universidade Nova de Lisboa, constitui o Relatório de Diagnóstico do Estudo de mobilidade do Município de Tavira, enquadrado no âmbito do “Projecto Mobilidade Sustentável” promovido pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA). Este Projecto tem como objectivo a concretização dos Planos de Mobilidade
Sustentável
em
cerca
de
40
municípios,
previamente
seleccionados, desenvolvendo-se em três fases:
ႀ A – Diagnóstico da Situação Actual ႀ B – Objectivos e Conceito de Intervenção ႀ C – Propostas
O Relatório que agora se apresenta incide sobre a caracterização da situação actual e culmina com um diagnóstico síntese, no qual se evidenciam os pontos fortes e fracos, oportunidades e ameaças ao sistema concelhio,
e
que
influenciam
directa
e/ou
indirectamente
no
desenvolvimento de uma mobilidade sustentável. O diagnóstico constitui o ponto de partida para que, nas fases posteriores do estudo, se defina um conjunto de propostas e acções que visem a optimização das diferentes componentes do sistema de transportes mobilidade e transportes. O Relatório estrutura-se nos seguintes grandes domínios analíticos:
ႀ Dinâmica e Estrutura Demográfica; ႀ Emprego e Actividades Económicas; ႀ Rede Urbana e Sistema de Povoamento; ႀ Caracterização da Procura de Transporte; ႀ Caracterização da Oferta de Transporte;
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
15
ႀ Impactes dos Transportes no Ambiente; ႀ Diagnóstico.
Na elaboração e estruturação do Relatório procurou-se seguir, tanto quanto possível, a metodologia indicada pela APA e subscrita no plano de trabalhos apresentado pela equipa do IDE, procedendo-se, contudo, a adaptações por forma a adaptá-la à realidade do concelho e à abordagem adoptada, nomeadamente no que se refere à delimitação das escalas de análise e de intervenção do Estudo. O trabalho de caracterização e diagnóstico envolveu a recolha e sistematização de um grande volume da informação, nomeadamente:
ႀ Estudos
e
projectos
elaboração/implementação
já com
desenvolvidos influência
no
ou
em
sistema
de
mobilidade e transportes, bem como de elementos cartográficos e fotografia aérea junto da Câmara Municipal de Tavira;
ႀ Trabalho de campo – identificação de pontos de conflito na rede rodoviária; levantamento da oferta de transporte fluvial;
ႀ Informação
estatística,
nomeadamente
informação
socio-
económica e dados demográficos junto do Instituto Nacional de Estatística;
ႀ Dados relativos à oferta de transportes públicos colectivos rodoviários de passageiros junto dos Operadores de Transportes Rodoviários.
Os trabalhos desenvolvidos nesta fase decorreram em colaboração com a Câmara Municipal de Tavira, tendo sido disponibilizada informação e realizadas reuniões com os responsáveis técnicos da autarquia para definição dos perímetros de intervenção e objectivos de estudo, assim como para a recolha de informação e realização de trabalho de campo.
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
16
Neste sentido, importa destacar a disponibilidade da Câmara Municipal de Tavira desde o início dos trabalhos, através do interlocutor nomeado para acompanhar a elaboração do estudo, Eng.º Francisco Carvalho, e da Eng.ª Carla Taveira, responsável do Departamento de Obras Municipais, Equipamentos e Ambiente.
17
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
1. ENQUADRAMENTO TERRITORIAL Com uma área de 607,0 km2, o concelho de Tavira insere-se na NUT III Algarve – Figura 1. Para além do concelho de Tavira, fazem parte desta
O concelho de Tavira insere-se na NUTIII Algarve.
NUT III os concelhos de Albufeira, Alcoutim, Aljezur, Castro Marim, Faro, Lagoa, Lagos, Loulé, Monchique, Olhão, Portimão, São Brás de Alportel, Silves, Vila do Bispo e Vila Real de Santo António
Figura 1. Enquadramento territorial do concelho de Tavira ! CASTELO !
LEIRIA
BRANCO
! !
A
SANTARÉM !!
L e zi r i a d o Te j o
39°N
l e Al n t o t e jo
PORTALEGRE
! !
LISBOA !!
A l en t ej o Lit o r al
38°N
Ce n t r a l
A l e n t e j o
SETÚBAL!!
! ÉVORA !
BEJA ! !
Ba i x o A l e n t e j o
Norte
(i
0
20 km
e a rv A l g FARO
TAVIRA !
! !
37°N 9°W
8°W
7°W
Fonte: Elaboração própria, 2007
Sendo o terceiro concelho da Região do Algarve com maior extensão territorial, apenas superado pelos municípios de Loulé e Silves, o concelho de Tavira é constituído por 9 freguesias (Cabanas, Cachopo, Conceição,
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
O concelho de Tavira é constituído por 9 freguesias.
18
Luz de Tavira, Santa Catarina da Fonte do Bispo, Santo Estêvão, Santa Luzia, Santa Maria e Santiago – Figura 2) e 109 lugares.
Figura 2. Freguesias do concelho de Tavira !
Barrada
!
7°50'W
Santa Justa
7°40'W
Vaqueiros
!
Vale de Odre
!
Fonte Zambujo
Zambujal
!
Corte João Marques
!
Furnazinhas !
!
Amoreira
!
Redonda
!
Cachopo
! ! Catraia Currais
37°20'N
!
!
Corte Velha
Garcia
!
!
!
Estrada Corujos !
!
Fortim
!
Funchosa
!
Feiteira Montes Novos Besteirinhos !
!
Cortelha
Beliche de Cima
Pedralva
Castelão
!
!
!
!
!
Água dos Fusos
Lages
!
Pomar
!
!
Casa Queimada Estorninhos
!
!
Cova da Muda
!
Úmbria Porto Carvalhoso Santa Catarina
Eira da Palma
!
Alportel
!
!
!
da Fonte do Bispo
Santa Alhos Rita !
! ! !
!
Palheirinhos Picota !
!
37°10'N São Brás de Gralheira Alportel
!
!
Conceição Tavira !! (Santa !! Cabanas de Tavira Maria) Tavira (Santiago) !! !
Santo Estevão ! ! !
!
! !
!
!
Estoi
Luz
!
! !
!
!
Moncarapacho !
Santa Luzia !!
Livramento
! !
!
Conceição !
Quelfes
Pechão
!
!
Concelho de Tavira
Fuseta
Norte
(i
!
Faro (Sé)
Olhão !
Sede de Freguesia
0
5 km
!
Fonte: elaboração própria, 2007
19
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Importa ainda referir que o concelho de Tavira situa-se geograficamente entre a serra algarvia e o parque natural da Ria Formosa, sendo delimitado a Norte pelo Concelho de Alcoutim, a Este por Vila Real de Santo António,
Tavira situa-se entre a serra algarvia e o Parque Natural da Ria Formosa.
a Oeste pelos concelhos de Loulé, S. Brás de Alportel e Olhão e a Sul pelo Oceano Atlântico.
20
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
2. PERÍMETRO DE ESTUDO A delimitação dos perímetros de estudo objecto das propostas de intervenção a delinear no âmbito do Plano teve por base o trabalho exploratório realizado no concelho de Tavira e as reuniões de trabalho com os interlocutores da autarquia. Partindo deste trabalho exploratório e do trabalho preparatório desenvolvido com os interlocutores, foi possível tipificar as principais condicionantes à mobilidade no concelho, concluindo-se pela necessidade de adopção de uma abordagem que contemplasse várias escalas espaciais. Desta forma, definiram-se duas escalas de trabalho (um perímetro urbano e um perímetro alargado), que terão enfoques diferenciados ao nível do diagnóstico, do conceito de intervenção e das propostas de intervenção:
Definiram-se duas escalas de trabalho: Cidade de Tavira e Perímetro alargado correspondente ao concelho de Tavira.
ႀ Cidade de Tavira (Figura 3) ႀ Perímetro alargado correspondente ao concelho de Tavira (Figura 4).
Esta abordagem foi explanada nos vários workshops de apresentação do ponto da situação dos trabalhos, organizados pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA).
21
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Figura 3. Perímetro de estudo na Cidade de Tavira 7°40'W
7°39'W
7°38'W
Norte
(i
0
200 m
37°8'N
37°8'N
37°7'N
37°7'N
7°40' W
7°39' W
7°38'W
Fonte: elaboração própria, 2007
22
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Figura 4. Perímetro de estudo alargado – Concelho de Tavira
7°50'W
7°40'W
7°30'W
Vaqueiros
! !
Cachopo
! !
37°20'N
37°10'N
Altura
Santa Catarina da Fonte do Bispo
São Brás de Alportel !
Vila Nova de Cacela
! !
!
Conceição
Santo Estevão
! !
Estoi
! !
Moncarapacho
Tavira (Santa Maria) ! !
Tavira!! (Santiago) ! Santa ! Luz Luzia ! !
Norte
0 Conceição
Pechão
! !
Quelfes
! !
! !
! !
! !
! !
! !
(i
5 km
Fuseta
! !
Fonte: elaboração própria, 2007
23
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
3. DINÂMICA E ESTRUTURA DEMOGRÁFICA 3.1. DINÂMICA DEMOGRÁFICA Entre 1950 e 2001 ocorreu um declínio do efectivo populacional.
A análise da dinâmica demográfica do concelho de Tavira na segunda metade do século XX (tendo por base os recenseamentos de 1950, 1960, 1970, 1981, 1991 e 2001) permite aferir de um declínio do efectivo populacional, materializado numa perda de 5.635 habitantes entre 1950 e 2001 (passando o efectivo populacional de 30.632 habitantes, em 1950, para 24.997 habitantes em 2001) – Gráfico 1.
Gráfico 1. Evolução da população residente no concelho de Tavira (1950-2001)
30000 25000
Hab.
20000 15000 10000 5000 0 1950
1960
1970
1981
1991
2001
Ano
Fonte: INE, Recenseamentos Gerais da População
No período censitário 1991-2001, a população residente no concelho sofreu uma variação positiva de 0,6%, passando de 24.857 para 24.997 habitantes. Não obstante a tendência evolutiva ser semelhante, certo é que
No período censitário 1991-2001, a população residente sofreu uma variação de 0,6%.
este aumento é inferior ao cômputo da NUT III Algarve (15,8%) – Quadro 1.
24
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Quadro 1. Evolução da população residente em Tavira, NUT III Algarve e Portugal (1991-2001) População Residente
Taxa de Variação
1991
2001
1991-2001
Portugal
9.867.147
10.356.117
5,0
Algarve
341.404
395.218
15,8
Tavira
24.857
24.997
0,6
Cachopo
1.420
1.026
-27,7
Conceição
2.640
1.446
-45,2
Luz
4.081
3.778
-7,4
Santa Catarina da Fonte do Bispo
2.359
2.085
-11,6
Santa Maria
6.054
6.672
10,2
Santiago
5.224
5.904
13,0
Santo Estêvão
1.242
1.287
3,6
Santa Luzia
1.837
1.729
-5,9
(a)
1.070
(a)
Cabanas
(a) Freguesia criada em 1997, não sendo por isso possível apresentar dados referentes ao ano de 1991 e consequentemente não ser também possível efectuar o cálculo da variação da população residente entre 1991 e 2001. Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001
Quanto à distribuição da população (Quadro 1, Gráfico 2 e Figura 5), a freguesia de Santa Maria concentrava, em 2001, 6.672 habitantes (26,7% da população residente no concelho). Seguiam-se as freguesias de Santiago e Luz, com 5.904 e 3.778 habitantes (respectivamente 23,6% e 15,1% da população residente). A freguesia de Cachopo apresentava o menor efectivo populacional – 1.026 habitantes (4,1% da população residente). Em termos de população residente por lugar, Tavira registava o maior efectivo, com 10.434 habitantes, seguido de Santa Luzia, com 1.603 habitantes.
A cidade de Tavira registava o maior efectivo populacional do concelho (10.434 habitantes).
25
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Gráfico 2. População residente no concelho de Tavira, por freguesia (2001) 8000 6672
7000
5904
6000 5000 3778
4000 3000
2085 2000
1729
1446 1070
1287
1026
1000
Stº .E ste vão
Sa n tia go
Ma ria Stª .
Luz ia Stª .
.B is p o Stª .
Ca t. F
Luz
Co nc e iç ã o
Ca c ho po
Ca ban as
0
Fonte: INE, XIV Recenseamento Geral da População, 2001
26
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Figura 5. Evolução da população residente no concelho de Tavira, por freguesia (1991-2001) Vaqueiros
!
7°50'W
7°40'W
7°30'W
Odeleite !
Cachopo
37°20'N
!
Norte
1420 1026 0
(i
5 km
2359 2085 6054 6672 2640 1446 5224 5904 37°10'N
São Brás de Alportel
!
Santa Maria
!
! !
!
Estói
!
Moncarapacho !
Conceição
Conceição
Vila Nova de Cacela !
!
!
Santo Estevão
!
Altura
Santa Catarina da Fonte do Bispo 1242 1287 !
Pechão
!
Quelfes
!
!
Luz
Cabanas de Tavira
População Residente
1991 2001
Santiago Santa Luzia
4081 3778 1837 1729
Tx. Variação
Fuseta
!
Sem Informação para 1991 (Freguesia Criada em 1997)
-45,2 -27,7 -27,6 -10,0 -9,9 0,0 0,1 13,0
Fonte estatística: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001
3.2. ESTRUTURA DEMOGRÁFICA A tendência de envelhecimento verificada no conjunto do território nacional é também observável na evolução da estrutura etária da população residente no concelho de Tavira, assim como na NUT III Algarve. Com
Entre 1991 e 2001, o índice de envelhecimento aumentou no concelho de Tavira.
efeito, o índice de envelhecimento aumentou no concelho de Tavira, registando, em 2001, um valor de 187,3, quando em 1991 era de 121,8. Esta evolução decorre da conjugação de uma diminuição da população com menos de 15 anos (-4,1%) e do aumento da população com mais de 65 anos (3,1%) no mesmo período.
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
27
Gráfico 3. População residente por grupos etários (2001)
14000 12900 12000
10000
8000
6000
4000
3121
3284
3130
2562 2000
0 0-14
15-24
25-64
65-74
75 e +
Fonte: INE, XIV Recenseamento Geral da População, 2001
Verifica-se ainda que o grupo etário dos 0-14 anos era aquele que, em 2001, averbava menor representatividade, ao contrário do grupo dos 25-64 anos, claramente o grupo com maior preponderância, representando 51,6%
O grupo etário dos 0-14 anos averbava, em 2001, a menor representatividade.
da população residente. Em 1991, o grupo etário com menor peso no efectivo populacional era o grupo com 75 e mais anos, com 8,8% da população residente. Por sua vez, o grupo com maior número de efectivos compreendia a população dos 2564 anos, com 12.353 indivíduos (49,7% da população residente).
Quadro 2. Estrutura etária da população residente no concelho de Tavira (1991 e 2001) 1991
0-14
2001
N.º
%
N.º
%
4 122
16,6
3 121
12,5
15-24
3 359
13,5
3 130
12,5
25-64
12 353
49,7
12 900
51,6
65-74
2 842
11,4
3 284
13,1
75+
2 181
8,8
2 562
10,2
Total
24 857
100
24 997
100
Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
28
4. EMPREGO E ACTIVIDADES ECONÓMICAS 4.1. EMPREGO O mercado de trabalho desempenha um papel determinante nas dinâmicas socio-económicas de qualquer território, facto que, conjugado com os padrões de deslocação que a distribuição territorial das actividades económicas induzem, justificam e relevam a análise do emprego e
O mercado de trabalho desempenha um papel determinante nas dinâmicas socioeconómicas de qualquer território.
actividades económicas no âmbito do presente estudo.
Com efeito, no que concerne à taxa de actividade (Quadro 3), verifica-se que entre 1991 e 2001 este indicador aumentou 3,6 p.p. no concelho de Tavira, passando de 40,1% para 43,7%. Ainda assim, permanece aquém
A taxa de actividade em Tavira ficou aquém dos valores do Algarve e de Portugal.
dos valores ostentados pela NUT III Algarve (48,7%) e por Portugal (48,2%). A evolução registada neste concelho ficou a dever-se, essencialmente, ao aumento da taxa de actividade feminina (8,2%), enquanto que a taxa de actividade masculina evoluiu negativamente, com um decréscimo 1,1%.
Quadro 3. Evolução da taxa de actividade (%) – 1991 e 2001 1991
2001
HM
H
M
HM
H
M
Portugal
46,6
54,3
35,5
48,2
54,8
42,0
Algarve
43,3
54,2
32,7
48,7
55,1
42,4
Tavira
40,1
53,4
26,9
43,7
52,3
35,1
Fonte: INE, XIV Recenseamento Geral da População, 2001
À semelhança do país e da NUT III Algarve, também em Tavira, em 2001, o maior número de empregados exercia a sua actividade no sector terciário
O sector terciário é aquele que regista maior número de empregos.
(61,5%), tendo este sector averbado, entre 1991 e 2001, um aumento de 11,7% no seu peso relativo, passando de 49,8% para 61,5%.
29
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Quadro 4. Estrutura do emprego por sector de actividade económica (%) – 2001 Primário
Secundário
Terciário
Portugal
5,0
35,1
59,9
Algarve
6,1
22,5
71,4
Tavira
12,3
26,2
61,5
Fonte: INE, XIV Recenseamento Geral da População, 2001
Por sua vez, o sector secundário representava 26,2% da população empregada, valor que embora sendo inferior ao peso deste sector no cômputo do território nacional (35,1%), é superior ao registado pela NUT III Algarve (22,5%). O sector primário apresentava-se como o sector com menor capacidade de criação de emprego no concelho de Tavira (12,3%), ainda que em termos relativos averbasse maior representatividade que na NUT III Algarve (6,1%) e em Portugal (5,0%).
Gráfico 4. Estrutura do emprego por sector de actividade económica no concelho de Tavira (%) – 2001
12,3%
Prim ário 26,2% 61,5%
Secundário Terciário
Fonte: INE, XIV Recenseamento Geral da População, 2001
Relativamente à repartição por sexos (Gráfico 5), o sexo masculino predominava nos sectores de actividade primário e secundário (com 69,9%
O sexo feminino predominava no sector terciário.
e 91,0% respectivamente), enquanto que o sexo feminino predominava no sector terciário com 53,0% da população empregada no sector.
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
30
Gráfico 5. Distribuição dos sectores de actividade económica por sexo (%) – 2001
100,0 91,0 86,9
90,0
Portugal 76,5
80,0 70,0
67,1
69,9
69,8
Algarve
60,0
Tavira
53,2 54,2 53,0 46,8 45,8 47,0
50,0 40,0
32,9
30,0
30,1
30,2
23,5
20,0
13,1 8,9
10,0 0,0 Primário
Secundário
Terciário
Fonte: INE, XIV Recenseamento Geral da População, 2001
Quanto à situação da população na profissão (Quadro 5), em 2001, a
A maioria dos empregados exercia a sua actividade por conta de outrem.
maioria dos empregados exercia a sua actividade por conta de outrem (74,8%), sendo que destes 64,8% concentrava-se no sector terciário. Seguiam-se os empregadores (com 13,1% da população empregada) e os trabalhadores por conta própria (com 1.006 empregados nesta situação na profissão – 9,8% do total da população empregada).
Quadro 5. População empregada por situação na profissão (2001)
Total
Empregador
Trab. por conta própria
Trab. Familiar não Rem.
Trabalhador por conta de outrem
Membro Activo Coop.
Outra Situação
Portugal
4 650 947
478 804
294 103
35 939
3 793 992
3 216
44 893
Algarve
180 395
22 382
15 433
1 046
139 796
113
1 625
Tavira
10 221
1 342
1 006
92
7 650
5
126
Fonte: INE, XIV Recenseamento Geral da População, 2001
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
31
No que respeita à taxa de desemprego no concelho de Tavira (Quadro 6), esta sofreu um ligeiro acréscimo no período 1991-2001, passando de 6,2% para 6,4%. Verifica-se, também, um aumento de 1,2% no valor da taxa de
A taxa de desemprego sofreu um ligeiro acréscimo entre 1991 e 2001.
desemprego masculino. No caso do sexo feminino, a taxa de desemprego diminuiu 3,0 p.p. no período em análise, passando de 13,1% para 10,1%. Perante esta evolução, a taxa de desemprego total, averbada pelo concelho de Tavira apresenta um valor superior ao registado pela NUTIII Algarve, embora inferior ao de Portugal. Por sua vez, e não obstante o acréscimo registado, a taxa de desemprego masculina permanece inferior à registada naquelas unidades territoriais, enquanto que no caso feminino os valores permanecem superiores.
Quadro 6. Evolução da taxa de desemprego (1991 e 2001) 1991
2001
HM
H
M
HM
H
M
Portugal
6,1
4,2
8,9
6,8
5,2
8,7
Algarve
5,1
3,5
7,7
6,2
4,8
8,1
Tavira
6,2
2,7
13,1
6,4
3,9
10,1
Fonte: INE, XIV Recenseamento Geral da População, 2001
Em termos gerais, estes valores representavam, no concelho de Tavira, 698 pessoas desempregadas, das quais 141 procuravam o primeiro
Em 2001 existiam 698 desempregados no concelho de Tavira.
emprego (Quadro 7).
Quadro 7. Número de desempregados (2001) HM
H
M
Portugal
339.261
142.947
196.314
Algarve
11.953
5.143
6.810
Tavira
698
254
444
Fonte: INE, XIV Recenseamento Geral da População, 2001
32
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
4.3. ACTIVIDADES ECONÓMICAS Entre 1995 e 2005, o número de empresas sedeadas no concelho de Tavira aumentou.
No que se refere à dinâmica empresarial, no período 1995-2005, Tavira registou um aumento do número de empresas sedeadas no concelho (+558 empresas) e do número de estabelecimentos (+750 estabelecimentos), verificando-se assim uma expansão do parque empresarial (Quadro 8 e Gráfico 6). Em 2005, o concelho contava com 975 empresas e 1.135 estabelecimentos, que geravam 4.847 e 5.820 empregos, respectivamente.
Quadro 8. Número de empresas e estabelecimentos e pessoal ao serviço nas empresas e estabelecimentos (1995, 2000 e 2005) N.º Empresas
N. Estabelecimentos
Pessoal ao Serviço – Empresas 1995 2000 2005
Pessoal ao Serviço – Estabelecimentos 1995 2000 2005
1995
2000
2005
1995
2000
2005
Algarve
8.996
13.159
18.907
10.985
15.981
22.555
58. 611
82 521
114 459
73 174
Tavira
417
641
975
385
748
1 135
1 916
2 982
4 847
2 400
100 632 137 728 3 617
5 820
Fonte: DGEEP/Gabinete de Estratégia e Planeamento – Ministério do Trabalho e Solidariedade Social, Quadros de Pessoal
No contexto da estrutura produtiva da NUT III Algarve, o tecido empresarial de Tavira representava, em 2005, 5,2% das empresas e 5,0% dos estabelecimentos. Ao nível do emprego criado, os estabelecimentos e
O concelho de Tavira representava 5,2% das empresas da NUTIII Algarve.
empresas localizados no concelho de Tavira representavam 4,2 % e 4,2% do emprego desta NUT III.
Gráfico 6. Evolução do número de empresas e estabelecimentos no concelho de Tavira
1200 1000 800 Nº 600 400 200 0 1995 Nº Em presas
2000
2005
Nº Estabelecim entos
Fonte: DGEEP/Gabinete de Estratégia e Planeamento – Ministério do Trabalho e Solidariedade Social, Quadros de Pessoal
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
33
Relativamente à distribuição sectorial da estrutura produtiva concelhia (Quadro 9), o sector terciário representava 64,5% das empresas e 66,5% dos estabelecimentos, sendo o principal criador de emprego em empresas
O sector terciário representava 64,5% das empresas e 66,5% dos estabelecimentos.
(57,3%) e estabelecimentos (60,1%). O sector secundário apresentava uma representatividade intermédia face aos demais sectores, tanto no número de empresas e estabelecimentos (26,4% e 24,8%, respectivamente), como ao nível da capacidade de criação de emprego: 35,7% do emprego nas empresas e 33,5% do emprego nos estabelecimentos. O sector primário representava 9,1% das empresas e 8,6% dos estabelecimentos, sendo o sector com menor capacidade de criação de emprego nas empresas (7,0%) e estabelecimentos (6,4%). No seio destes sectores de actividade afere-se da predominância de 3 ramos de actividade no concelho de Tavira: Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos Automóveis, Motociclos e Bens de Uso Pessoal e Doméstico (23,9% das empresas, 25,7% dos estabelecimentos, 17,6%
do
emprego
nas
empresas
e
17,7%
do
emprego
nos
estabelecimentos), o ramo da Construção (21,3% das empresas, 19,7%
Predominavam 3 ramos de actividade: Comércio por Grosso e a Retalho, Reparação de Veículos Automóveis, Motociclos e Bens de Uso Pessoal e Doméstico; Construção; Alojamento e Restauração.
dos estabelecimentos, 29,0% do emprego nas empresas e 27,0% do emprego nos estabelecimentos) e o ramo do Alojamento e Restauração (16,2% das empresas e estabelecimentos, 15,2% do emprego nas empresas e 19,3% do emprego nos estabelecimentos). No seu conjunto, estes ramos de actividade perfaziam cerca de 6/10 das empresas, estabelecimentos e emprego gerado. Embora com um menor peso relativo, destacam-se ainda os seguintes ramos de actividade:
ႀ Actividades Imobiliárias, alugueres e serviços prestados às empresas (10,6% das empresas, 10,2% dos estabelecimentos, 9,0% do emprego nas empresas e 6,3% do emprego nos estabelecimentos);
ႀ Agricultura (6,9% das empresas, 6,5% dos estabelecimentos, 4,3% do
emprego
nas
empresas
e
4,0%
do
emprego
nos
estabelecimentos).
34
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
ႀ Indústrias Transformadoras (4,7% das empresas, 4,4% dos estabelecimentos, 5,3% do emprego nas empresas e 4,5% do emprego nos estabelecimentos).
Quadro 9. Estrutura produtiva do concelho de Tavira (2005)
CAE
Actividade
1
Empresas
Estabelecimentos
N.º
%
N.º
%
Pessoal ao Serviço – Empresas N.º %
Pessoal ao Serviço – Estabelecimentos N.º %
A
Agric., P. Animal, Caça, Silv.
67
6,9
74
6,5
210
4,3
235
4,0
B
Pesca
22
2,3
24
2,1
130
2,7
139
2,4
Sector Primário
89
9,1
98
8,6
340
7,0
374
6,4
C
Indústrias Extractivas
2
0,2
4
0,4
13
0,3
35
0,6
D
Indústrias Transformadoras Produção e Distribuição de Elec. Gás e Água Construção
46
4,7
50
4,4
259
5,3
264
4,5
1
0,1
4
0,4
52
1,1
80
1,4
208
21,3
224
19,7
1 408
29,0
1 571
27,0
Sector Secundário
257
26,4
282
24,8
1 732
35,7
1 950
33,5
G
Comércio Gros. E Ret.; Repar.
233
23,9
292
25,7
853
17,6
1 030
17,7
H
Alojamento e Restauração
164
16,2
184
16,2
738
15,2
1 122
19,3
I
Transp., Armaz. e Comunic.
25
2,6
29
2,6
55
1,1
132
2,3
J
Actividades Financeiras
K
Act. Imob., Alug. Serv. P. Emp.
L M
E F
4
0,4
18
1,6
82
1,7
119
2,0
103
10,6
116
10,2
434
9,0
367
6,3
Adm.Púb., Defesa e Seg.Social
7
0,7
7
0,6
42
0,9
42
0,7
Educação
12
1,2
14
1,2
94
1,3
96
1,6
N
Saúde e Acção Social
29
3,0
37
3,3
319
6,6
411
7,1
O
Out. Act. Serv. Colec., Soc. Pes.
52
5,3
58
5,1
158
3,3
177
3,0
Sector Terciário
629
64,5
755
66,5
2 775
57,3
3 496
60,1
TOTAL
975
100
1 135
100
4 847
100
5 820
100
Fonte: DGEEP/Gabinete de Estratégia e Planeamento – Ministério do Trabalho e Solidariedade Social, Quadros de Pessoal
No que se refere à estrutura dimensional das empresas e estabelecimentos (Quadro 10), predominavam, em Tavira, as pequenas e muito pequenas empresas (micro-empresas – 1 a 9 trabalhadores), representativas de
No concelho de Tavira predominavam as pequenas e muito pequenas empresas.
90,8% das empresas e de 90,4 % dos estabelecimentos, valor que se encontra relativamente abaixo, no caso do número de empresas, daquele que este escalão apresentava para o total da NUT III Algarve (91,2%). No caso do número de estabelecimentos com esta dimensão, o concelho de Tavira apresentava um valor superior ao da Região do Algarve (87,7%).
1
Ver a designação, das Actividades Económicas por extenso (Lista das Secções e sua
Designação, segundo a CAE-Rev.2) no Anexo I.
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
35
Quadro 10. Número de empresas e estabelecimentos por escalão dimensional no concelho de Tavira (1995, 2000 e 2005) 1995
2000
2005
Est.
Emp.
Est.
Emp.
Est.
Emp.
1A4
346
304
543
467
821
703
5A9
30
80
141
128
205
182
10 A 19
5
20
41
30
61
56
20 A 49
4
10
20
8
36
24
50 A 99
-
2
3
8
10
8
100 A 149
-
1
-
-
2
2
Total
385
417
748
641
1.135
975
Fonte: DGEEP/Gabinete de Estratégia e Planeamento – Ministério do Trabalho e Solidariedade Social, Quadros de Pessoal.
4.3. ANÁLISE DAS LOCALIZAÇÕES Analisando a implantação territorial das empresas e estabelecimentos localizados no concelho de Tavira (Quadro 11 e Figuras 6 e 7), observa-se que era nas freguesias que compreendem a cidade de Tavira (Santa Maria e Santiago) que localizava o maior número de unidades. A freguesia de Santa
Maria
averbava
a
maior
concentração
de
empresas
As freguesias de Santa Maria e Santiago averbavam a maior concentração de empresas e estabelecimentos.
e
estabelecimentos com 36,3% e 37,1% (respectivamente), seguindo-se a freguesia de Santiago com 25,9% das empresas e 25,7% dos estabelecimentos. No seu conjunto, estas freguesias concentravam 62,2% das empresas e 62,8% dos estabelecimentos localizados no concelho de Tavira. Quanto às demais freguesias, o seu contributo para a actividade económica do município de Tavira era menos significativo, embora relevando-se a freguesia da Luz com 10,8% das empresas e 10,2% dos estabelecimentos.
36
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Quadro 11. Número de empresas e estabelecimentos por freguesia (2005) Estabelecimentos
Empresas
N.º
%
N.º
%
Cachopo
14
1,2
14
1,4
Conceição
52
4,6
44
4,5
Luz
116
10,2
105
10,8
Santa Catarina da Fonte do Bispo
61
5,4
56
5,7
Santa Maria
421
37,1
354
36,3
Santiago
292
25,7
253
25,9
Santo Estêvão
51
4,5
49
5,0
Santa Luzia
62
5,5
55
5,6
Cabanas de Tavira
66
5,8
45
4,6
Fonte: DGEEP/Gabinete de Estratégia e Planeamento – Ministério do Trabalho e Solidariedade Social, Quadros de Pessoal
37
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Figura 6. Número de empresas por freguesia (2005)
7°50'W
7°40'W
!
7°30'W
Vaqueiros
37°20'N
!
!
Odeleite
Cachopo
!
37°10'N !
!
São Brás de Alportel
Santa Catarina da Fonte do Bispo Santo Estevão
Altura
Conceição ! !
Santa Maria
!
! !
Vila Nova de Cacela
Cabanas de Tavira
Santiago !
261 - 354 101 - 260 51 - 100 14 - 50
!
Estói
!
Santa Luzia
Moncarapacho !
Conceição
Empresas (Nº)
!
Luz
Norte
!
!
Pechão
Quelfes
!
Fuseta
0
(i
5 km
Fonte estatística: DGEEP/Gabinete de Estratégia e Planeamento – Ministério do Trabalho e Solidariedade Social, Quadros de Pessoal
38
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Figura 7. Número de estabelecimentos por freguesia (2005)
7°50'W
7°40'W
!
7°30'W
Vaqueiros
37°20'N
!
!
Odeleite
Cachopo
!
37°10'N !
!
São Brás de Alportel
Altura
Santa Catarina da Fonte do Bispo Santo Estevão
Conceição
!
!
Santiago
Santa Maria
!
! !
Vila Nova de Cacela
Cabanas de Tavira
Estabelecimentos (Nº) !
Luz !
Santa Luzia
!
Moncarapacho !
Conceição
301 - 421 101 - 300 61 - 100 14 - 60
!
Estói
Norte
(i
!
!
Quelfes
Pechão
!
Fuseta
0
5 km
Fonte estatística: DGEEP/Gabinete de Estratégia e Planeamento – Ministério do Trabalho e Solidariedade Social, Quadros de Pessoal
No
que
diz
respeito
ao
pessoal
ao
serviço
nas
empresas
e
estabelecimentos localizados no concelho, verifica-se que a maioria exercia sua actividade na freguesia de Santa Maria (42,7% do pessoal ao serviço
A maioria do pessoal exercia a sua actividade na freguesia de Santa Maria.
nas empresas e 44,2% do pessoal ao serviço nos estabelecimentos), a qual constituía-se assim como a principal geradora de emprego no concelho. Importa ainda destacar a freguesia de Santiago, com 22,6% do pessoal ao serviço
das
empresas
e
21,0%
do
pessoal
ao
serviço
nos
estabelecimentos.
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
39
Quadro 12. Pessoal ao serviço nas empresas e estabelecimentos por freguesia (2005) Pessoal ao serviço nos estabelecimentos
Pessoal ao serviço nas empresas
N.º
%
N.º
%
Cachopo
56
1,0
58
1,2
Conceição
267
4,6
207
4,3
Luz
524
9,0
487
10,0
Santa Catarina da Fonte do Bispo Santa Maria
261
4,5
255
5,3
2.574
44,2
2.069
42,7
Santiago
1.222
21,0
1.097
22,6
Santo Estêvão
156
2,7
148
3,1
Santa Luzia
317
5,4
283
5,8
Cabanas de Tavira
443
7,6
243
5,0
Fonte: DGEEP/Gabinete de Estratégia e Planeamento – Ministério do Trabalho e Solidariedade Social, Quadros de Pessoal
40
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Figura 8. Pessoal ao serviço nas empresas e estabelecimentos por freguesia (2005) Vaqueiros
!
7°50'W
7°40'W
7°30'W
Odeleite !
Cachopo
37°20'N
!
A A
A A
A A
37°10'N
Santa Catarina da Fonte do Bispo !
São Brás de Alportel
!
A A
!
Conceição
Pechão
!
Quelfes
!
A A
!
Santa Maria !
A A
Luz
Nas Empresas (Nº) 1098 - 2069 488 - 1097 149 - 487 58 - 148
A A !
Santa Luzia
Fuseta
!
0
!
Cabanas de Tavira
!
Santiago
!
Moncarapacho
!
!
A A
Estói
Altura
Vila Nova de Cacela !
Conceição
Santo Estevão
!
A A
A A A A A A A
Norte
(i
5 km
Nos Estabelecimentos (Nº) 1223 - 2574 525 - 1222 157 - 524 56 - 156
A
Fonte estatística: DGEEP/Gabinete de Estratégia e Planeamento – Ministério do Trabalho e Solidariedade Social, Quadros de Pessoal
41
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
5. REDE URBANA E SISTEMA DE POVOAMENTO 5.1. SISTEMA DE POVOAMENTO 5.1.1. ESTRUTURA DO POVOAMENTO A densidade populacional constitui-se como um indicador que transmite uma leitura de enquadramento necessária ao entendimento da ocupação
A densidade populacional do concelho de Tavira é 2 de 41,1 hab/km .
do território. Neste sentido, refira-se que a densidade populacional neste território é de 41,1 hab/km², quando no cômputo do território continental de Portugal ascendia a 110,8 hab/km2 e no Algarve a 79,1 hab/km² (2001). Ao nível das freguesias (Quadro 13 e Figuras 9 e 10), Santiago (com 278,6 hab/km²), Santa Luzia (com 225 hab/km2) e Luz (com 129,2 hab/km2) apresentavam as densidades mais elevadas, superior à média do Continente e da NUT III Algarve. Por sua vez, Cachopo (5,2 hab/km²), Santa Catarina da Fonte do Bispo (17,6 hab/km²) e Conceição (24,1 hab/km²) apresentavam as densidades populacionais mais baixas.
Quadro 13. Evolução da densidade populacional no concelho de Tavira, por freguesia (1991-2001)
1991
2001
Taxa de Variação (%) 1991-2001
Continente
105,3
110,8
5,2
NUT III Algarve
68,4
79,1
15,6
Tavira
40,8
41,1
0,7
Cachopo
7,1
5,2
-26,8
Conceição
24,5
24,1
-1,6
Luz
129,2
119,6
-7,4
Santa Catarina da Fonte do Bispo
19,9
17,6
-11,6
Santa Maria
45,4
50,0
10,1
Santiago
246,5
278,6
13,0
Santo Estêvão
43,3
44,9
3,7
Santa Luzia
222,5
209,4
-5,8
Cabanas de Tavira
151,7
138,9
-8,4
Densidade Populacional (hab/km²)
Fonte estatística: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001
Face a 1991, registaram-se evoluções díspares da densidade de ocupação do território nas diferentes freguesias. Com declínios de densidade,
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
42
associados à redução dos respectivos efectivos populacionais, surgem as freguesias de Cachopo (-26,8%), Santa Catarina da Fonte do Bispo (11,6%), Cabanas de Tavira (-8,4%), Luz (-7,4%), Santa Luzia (-5,8%) e Conceição (-1,6%). Por sua vez, nas freguesias de Santiago (13,0%), Santa Maria (10,1%) e Santo Estêvão (3,7%) ocorreram acréscimos da densidade populacional. No cômputo do concelho de Tavira, verificou-se um ligeiro aumento deste indicador, cifrado em 0,7%.
Figura 9. Densidade populacional por freguesia (2001) Vaqueiros
!
7°50'W
7°30'W
Odeleite
Cachopo
37°20'N
37°10'N
7°40'W
!
!
Altura
Santa Catarina da Fonte do Bispo
São Brás de Alportel
Vila Nova de Cacela
!
!
Conceição
!
!
Santo Estevão
Santa Maria
!
Santiago
!
Norte
Cabanas de Tavira
!
0 Estói
Luz
!
!
Moncarapacho
Pechão
!
Quelfes
!
(i
5 km
!
Santa Luzia
!
Conceição !
!
Densidade Pop. (hab/km2) Fuseta
!
Tavira: Algarve: Continente:
41,1 79,1 10,8
5,2 - 42,0 42,1 - 94,7 94,8 - 170,3 170,4 - 278,6
Fonte estatística: INE, XIV Recenseamento Geral da População, 2001
43
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Figura 10. Densidade populacional por freguesia (1991) Vaqueiros
!
7°50'W
7°30'W
Odeleite !
Cachopo
37°20'N
37°10'N
7°40'W
!
Altura
Santa Catarina da Fonte do Bispo !
São Brás de Alportel !
Conceição
Vila Nova de Cacela !
!
Santo Estevão!
Santa Maria
Santiago
!
Norte
Cabanas de Tavira
!
0 Estói !
Luz ! Moncarapacho
Conceição
Pechão
!
Quelfes
!
(i
5 km
!
Santa Luzia
!
!
!
Densidade Pop. (hab/km2) Tavira: Algarve: Continente:
Fuseta !
40,8 68,4 105,3
7,1 - 24,5 24,6 - 45,4 45,5 - 151,7 151,8 - 246,5
Fonte estatística: INE, XIV Recenseamento Geral da População, 2001
Quanto à estrutura do povoamento propriamente dita, verifica-se que 41,7% da população residente no concelho concentrava-se em aglomerados com
A cidade de Tavira é o único aglomerado com mais de 2.000 habitantes.
mais de 2.000 habitantes, o que corresponde à aglomeração urbana de Tavira (10.434 habitantes). Importa também referir o aglomerado de Santa Luzia, com 1.603 habitantes (6,4% da população residente). Para além destes
lugares,
destacam-se
também
os
seguintes
aglomerados
populacionais (com mais de 300 habitantes):
ႀ Freguesia de Conceição: Conceição (341 hab.); 44
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
ႀ Freguesia da Luz: Amaro Gonçalves (710 hab.), Arroio (305 hab.), Arroteia (752 hab.), Campina (324 hab.), Palmeira (344 hab.) e Pinheiro (452 hab.);
ႀ Freguesia de Santa Catarina da Fonte do Bispo: Santa Catarina (385 hab.);
ႀ Freguesia de Santo Estêvão: Igreja (410 hab.); ႀ Freguesia de Santiago: Bernardinheiro (543 hab.) e Santa Margarida (340 hab.).
É ainda notória a concentração da população em aglomerados de pequena dimensão (com população residente inferior a 100 habitantes) dispersos pelo sector Norte do concelho (correspondente à freguesia de Cachopo). Notese, contudo, que a população residente em lugares com menos de 100 habitantes não indo além 11,4%, distribuía-se por 80 lugares, facto que importa considerar tendo em conta o âmbito do presente estudo. Quanto à população isolada, esta representava 5,2% da população residente no
A população isolada representa 5,2% da população residente.
concelho de Tavira.
Quadro 14. População residente segundo a dimensão dos lugares (2001) População Residente
Número de Lugares
N.º
%
Menos de 100
2.843
11,4
80
De 100 a 199
1.855
7,4
11
De 200 a 499
3.484
13,9
11
De 500 a 999
3.474
13,9
5
De 1000 a 1999
1.603
6,4
1 1
Mais de 2000
10.434
41,7
População Isolada
1.304
5,2
-
Total
24.997
100
109
Fonte: INE, XIV Recenseamento Geral da População, 2001
Quanto à evolução da população residente no período 1991-2001, importa assinalar o crescimento registado pelos núcleos de Tavira, Amaro
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
45
Gonçalves e Conceição, assim como os declínios dos efectivos populacionais de Santa Luzia e Cachopo.
Figura 11. População residente por lugar (1991 e 2001)
7°50'W
Mealha 90 65 37°20'N
Cachopo
7°40'W
Vale de Odre
Casas 39 26 Baixas
268 212
7°30'W
Amoreira 48 32
39 19 Grainho 67 49
Currais 54 49 Feiteira 87 63
80 71 Carrapateira Nora 44 32 Estorninhos 109 84
26 16 Eira da São Marcos Palma 46 43 Conceição Malhão
37°10'N
Monte 78 193 Agudo 148 205 Tavira Amaro Gonçalves
Norte
240 341 8892 10434
0
(i
5 km
516 710
1707 1603 Santa Luzia
População Residente 1991 2001 Fonte estatística: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001
5.1.2. USO DO SOLO E PARQUE HABITACIONAL Centrando a análise inerente ao presente ponto do diagnóstico no aglomerado urbano de Tavira, verifica-se a existência de três áreas distintas,
em
função
das
suas
características
e
período
de
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
46
desenvolvimento:
áreas
urbanas
consolidadas,
áreas
recentemente
urbanizadas e áreas com processos de urbanização em curso (Figura 12).
Figura 12. Núcleo urbano consolidado e áreas de expansão urbana na Cidade de Tavira 7°40'W
7°39'W
7°38'W
Norte
(i
0
200 m
Expansão Urbana a Decorrer Expansao Urbana Recente Núcleo Urbano Consolidado
37°8'N
37°8'N
37°7'N
37°7'N 7°40'W
7°39'W
7°38'W
Fonte: Elaboração própria, 2007
As áreas de expansão urbana recente e as principais áreas com novas frentes de urbanização localizam-se, sobretudo, a Norte da ER125, embora verifique-se também a existência de novas urbanizações na envolvência do núcleo urbano consolidado.
As áreas de expansão urbana recente e as principais áreas com novas frentes de urbanização localizam-se, sobretudo, a Norte da ER125.
No que diz respeito ao exame do parque habitacional do concelho de Tavira, este tem por objectivo a provisão do quadro evolutivo da construção de edifícios, permitindo perceber as principais áreas de expansão urbana e respectiva capacidade de alojamento, e assim as áreas em que a procura de transportes poderá estar a sofrer alterações, tanto qualitativa como quantitativamente.
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
47
Desta forma, constata-se que no período 1991-2001 foram construídos No período 1991-2001 foram construídos 2.075 novos edifícios no concelho de Tavira.
2.075 novos edifícios no concelho de Tavira, sendo as freguesias de Santa Maria (493 edifícios), Santiago (366 edifícios) e Luz (273 edifícios) aquelas que registavam a maior expansão absoluta do parque edificado (Quadro 15 e Figura 13). Quadro 15. Edifícios construídos por período de construção, por freguesia Edifícios Construídos Antes de 1919
de 1919 a 1945
De 1946 a 1970
de 1971 a 1990
de 1991 a 2001
Cabanas de Tavira
99
43
47
887
176
Cachopo
229
126
142
166
78
Conceição
134
137
70
286
224
Luz
129
334
522
683
273
Santa Catarina da Fonte do Bispo Santa Luzia
345
239
182
280
190
9
35
382
631
105
Santo Estêvão
118
117
84
257
170
Santa Maria
295
425
618
744
493
Santiago
131
305
320
460
366
1.489
1.761
2.367
4.394
2.075
Total
Fonte: INE, XIV Recenseamento Geral da População/IV Recenseamento Geral da Habitação, 2001
Contudo, foi no vinténio precedente (1971-1990) que se registou o maior crescimento no número de edifícios da segunda metade do século XX no concelho de Tavira, contabilizado em 4.394 novas construções.
Foi no vinténio 1971-1990 que se registou o maior crescimento no número de edifícios da segunda metade do século XX.
48
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Figura 13. Edifícios construídos por período de construção, por freguesia Vaqueiros
!
7°50'W
7°40'W
7°30'W
Odeleite !
Cachopo
37°20'N
!
Conceição 37°10'N
São Brás de Alportel
!
!
Santa Catarina da Fonte do Bispo Santo Estevão
!
!
Santa Maria
!
Estói
Cabanas de Tavira
Edifícios Construídos
!
!
Moncarapacho
Antes de 1919
!
Conceição !
Pechão
!
Quelfes
!
Fuseta
!
!
Santiago
Luz !
Altura
Vila Nova de Cacela !
de 1919 a 1945
Norte
Santa Luzia
!
0
(i
de 1946 a 1970 de 1971 a 1990 5 km
de 1991 a 2001
Fonte estatística: INE, XIV Recenseamento Geral da População/IV Recenseamento Geral da Habitação, 2001
Em 2001, as freguesias de Santa Maria (2.575 edifícios), Luz (1.941 edifícios) e Santiago (1.582 edifícios) eram aquelas que contavam com o maior parque edificado. Inversamente, Cachopo (741 edifícios) e Santo
Em 2001, as freguesias de Santa Maria, Luz e Santiago eram as que contavam com o maior parque edificado.
Estêvão (746 edifícios) registavam o menor número de edifícios (Quadro 16). Esta distribuição, apresenta correspondência com o número de alojamentos familiares e famílias clássicas residentes (Quadro 16), sendo igualmente as freguesias de Santa Maria (4.189 alojamentos e 2.494 famílias), Luz (2.190 alojamentos e 1.446 famílias) e Santiago (3.026 alojamentos e 2.098
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
49
famílias) as mais representativas em ambos os indicadores. As freguesias de Cachopo (744 alojamentos e 467 famílias) e Santo Estêvão (789 alojamentos e 502 famílias) contabilizam o menor número de alojamentos familiares e de famílias clássicas. De realçar ainda que a freguesia de Cabanas de Tavira registava 387 famílias clássicas residentes (o valor mais baixo registado a nível concelhio), contudo o número de alojamentos familiares ascendia a 1.614. Quadro 16. Número de famílias clássicas, alojamentos familiares e edifícios por freguesia (2001) Famílias
Alojamentos
Clássicas
Familiares
Cabanas de Tavira
387
1.614
1.252
Cachopo
467
744
741
Conceição
547
1.171
851
1.446
2.190
1.941
Luz
Edifícios
Santa Catarina da Fonte do Bispo Santa Luzia
814
1.278
1.236
611
1.687
1.162
Santo Estêvão
502
789
746
Santa Maria
2.494
4.189
2.575
Santiago
2.098
3.026
1.582
Total
9.366
16.688
12.086
Fonte: INE, XIV Recenseamento Geral da População/IV Recenseamento Geral da Habitação, 2001
Dados mais recentes (2006), relativos às licenças concedidas pela autarquia para a construção de novas habitações familiares no concelho (Quadro 17), mostram o licenciamento de 1.221 novos fogos, sendo as
Em 2006 foram licenciados 1.221 novos fogos no concelho de Tavira.
tipologias T2 (659 fogos) e T3 (300 fogos) as predominantes.
Quadro 17 Número de fogos licenciados e fogos concluídos para habitação familiar, por tipologia de fogo (2006) Tipologia do Fogo
Nº de fogos licenciados
Nº de fogos concluídos
T0 ou T1
146
130
T2
659
207
T3
300
213
T4 ou mais
116
68
Total
1.221
618
Fonte: INE, Estatísticas da Construção e Habitação – 2006, 2007.
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
50
Neste mesmo ano (2006), foram concluídos 618 fogos para habitação familiar, 34,5% dos quais de tipologia T3 e 33,5% da tipologia T2.
5.2. SERVIÇOS DE HIERARQUIA SUPERIOR Tendo em conta que um lugar central se apresenta como “um centro urbano que presta funções centrais para a sua área periférica” (INE, 2004), a qual também se denomina de área de influência, a cidade de Tavira, assume-se como núcleo central e polarizador de todo o concelho, em resultado da localização dos principais equipamentos e funções públicas e privadas. De facto, a cidade de Tavira apresenta-se como o principal núcleo numa rede urbana pautada pela existência de apenas mais um aglomerado com dimensão e funções significativas (Santa Luzia). Relativamente aos principais equipamentos e funções públicas e privadas que se constituem como pólos atractores, e que reforçam a posição da cidade de Tavira na rede urbana concelhia, importa destacar:
ႀ A Nível Escolar: Escola Básica 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico/Escola Secundária;
ႀ A Nível Administrativo/Serviços Públicos: serviços municipais, tribunal, repartição de finanças;
ႀ A Nível Económico: empresas e estabelecimentos localizados na sede de concelho;
ႀ A Nível Desportivo: Complexo Desportivo Municipal.
Ao nível da Região do Algarve, “de um modelo territorial polarizado caminha-se progressivamente para um modelo territorial polinucleado e policêntrico [através da aposta] num sistema em que as especializações funcionais de cada centro se traduzam em complementaridades na rede urbana regional, por sua vez integrada nas redes regional, ibérica e
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Na Região do Algarve caminha-se progressivamente para um modelo territorial polinucleado e policêntrico.
51
nacional” (CCDRA, 2007:75). A rede urbana do Algarve estrutura-se nas centralidades:
ႀ Faro – Loulé – Olhão, com interligações com S. Brás de Alportel, Quarteira/Vila Moura e Almancil;
ႀ Portimão – Lagos – Lagoa, com interligações com Silves; ႀ Albufeira – Guia, em articulação com as duas polinucleações anteriores;
ႀ Vila Real de Santo António – Castro Marim, com interligação com a Andaluzia;
ႀ Tavira, na articulação do conjunto anterior com o conjunto centrado em Faro (CCDRA, 2007:75).
Com
efeito,
Tavira
posiciona-se
no
arco
metropolitano
entre
as
aglomerações urbanas constituídas pelos pólos de Faro, Olhão, Loulé e por Vila Real de Santo António-Castro Marim.
Tavira posiciona-se no arco metropolitano entre as aglomerações de Faro, Olhão, Loulé e de Vila Real de Santo AntónioCastro Marim.
Esta estruturação, patente na hierarquia de centros urbanos apresentada na Figura 14, reflecte, entre outros factores, o espectro das funções prestadas pelos núcleos urbanos. Atendendo a que os centros de ordem superior prestam funções mais especializadas, é expectável a indução de deslocações para estes centros a partir dos centros de ordem inferior, de modo a aceder a estes serviços.
52
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Figura 14. Sistema Urbano do Algarve
Fonte: CCDR Algarve, Plano Regional de Ordenamento do Território do Algarve, 2007
Neste sentido, e face à dificuldade de captar e interpretar a complexidade das relações e dependências funcionais deste sistema urbano, optou-se por enfocar apenas as deslocações motivadas pela necessidade de recurso aos serviços prestados pelo Hospital Distrital de Faro visto que, como observável na Figura 15, o concelho encontra-se na área de influência desta unidade. Esta opção decorre do entendimento acerca da importância em assegurar as condições de transporte que permitam o acesso de toda a população aos serviços clínicos (nas várias especialidades e unidades) aí prestados.
53
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Figura 15. Deslocações a Hospitais Centrais na Região do Algarve
Fonte: INE, Carta de Equipamentos e Serviços de Apoio à População, 2003
54
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
6. CARACTERIZAÇÃO DA PROCURA DE TRANSPORTE 6.1. IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DAS PRINCIPAIS DESLOCAÇÕES A análise dos padrões de mobilidade da população emprega e estudante baseia-se nos resultados do XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População (1991 e 2001, respectivamente). O desenvolvimento desta análise, no contexto do presente estudo, decorre da necessidade de:
ႀ Perceber a dimensão e direcção dos movimentos originados e atraídos pelo concelho de Tavira;
ႀ Identificar os modos de transporte utilizados nas deslocações; ႀ Conhecer os tempos médios de deslocação.
6.1.1. ANÁLISE GLOBAL DAS DESLOCAÇÕES CONCELHIAS Face a 1991, as deslocações no concelho de Tavira apresentaram uma variação positiva de 19,5% (Quadro 18), decorrente de um aumento do
Entre 1991 e 2001, as deslocações no concelho de Tavira apresentaram uma variação positiva.
número de deslocações cifrado em 2.109 deslocações. Com a excepção da freguesia de Cachopo que registou uma variação negativa (-2,8%), nas restantes freguesias ocorreu um aumento significativo das deslocações. Destaca-se a freguesia de Santiago com um aumento de 35,7%.
Quadro 18. Evolução do total das deslocações no Concelho de Tavira (1991-2001) Total de Deslocações
Tavira Cachopo Conceição
Taxa de Variação 1991/2001
1991
2001
10.843
12.952
19,5
409
275
-32,8
562
713
26,9
1.811
1.962
8,3
905
920
1,7
Santa Maria
2.768
3.549
28,2
Santiago
2.502
3.396
35,7
Luz Santa Catarina da Fonte do Bispo
Santo Estêvão
578
666
15,2
Santa Luzia
784
908
15,8
Cabanas de Tavira
524
563
7,4
Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
55
Em 2001, as freguesias que geravam maiores fluxos eram Santa Maria (3.549
deslocações),
Santiago
(3.396
deslocações)
e
Luz
(1.962
deslocações). As freguesias de Cachopo (275 deslocações) e Cabanas de
Em 2001 a freguesia de Santa Maria era a que gerava o maior número de deslocações.
Tavira (563 deslocações) apresentavam o menor número de deslocações no conjunto das freguesias do concelho de Tavira.
6.1.1.1. ANÁLISE DAS DESLOCAÇÕES INTRA-CONCELHIAS As deslocações intra-concelhias (Quadro 19) representavam, em 2001, 80,6% das deslocações com origem no concelho de Tavira.
As deslocações intraconcelhias representavam 80,6% do total de deslocações.
Comparativamente com 1991, verifica-se um decréscimo da importância relativa destas deslocações (passando de 85,4% para 80,6% do total de deslocações), embora em termos absolutos se verifique um acréscimo de 1.186 com origem e destino no próprio concelho.
Quadro 19. Evolução das deslocações intra-concelhias no concelho de Tavira (1991-2001) Total de deslocações
Deslocações
% Deslocações
Intra-concelhias
Intra-concelhias
1991
2001
1991
2001
1991
2001
10.843
12.952
9.254
10.440
85,4
80,6
Cachopo
409
275
364
235
89,0
85,5
Conceição
562
713
457
572
81,3
80,2
1.811
1.962
1356
1.383
74,9
70,5
Tavira
Luz
905
920
712
620
78,7
67,4
Santa Maria
2.768
3.549
2.493
3.019
90,1
85,1
Santiago
2.502
3.396
2.217
2.824
88,6
83,2
Santo Estêvão
578
666
495
554
85,6
83,2
Santa Luzia
784
908
669
736
85,3
81,1
Cabanas de Tavira
524
563
491
497
93,7
88,3
Stª. Cat. da Fonte do Bispo
Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001
Ao nível das freguesias (Quadro 19 e Figuras 16 e 17), Cachopo (85,5%), Santa Maria (85,1%) e Cabanas de Tavira (88,3%) apresentavam, em 2001, a maior proporção de deslocações intra-concelhias, relativamente ao total das deslocações geradas pela freguesia. Ainda assim, face a 1991 a representatividade destas deslocações diminui em todas as freguesias.
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
As freguesias de Cachopo, Santa Maria e Cabanas apresentavam a maior proporção de deslocações intraconcelhias.
56
Figura 16. Deslocações intra e inter-concelhias por freguesia (%) – 1991
7°50'W
37°20'N
7°40'W
Cachopo
Santa Maria
Conceição
37°10'N Santa Catarina da Fonte do Bispo
Santo Estevão
Santiago
Cabanas de Tavira
Luz
Deslocações Intra-Concelhias
Santa Luzia
Norte
Deslocações Inter-Concelhias 0
(i
5 km
Fonte estatística: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001
57
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Figura 17. Deslocações intra e inter-concelhias por freguesia (%) – 2001 7°50'W
37°20'N
7°40'W
Cachopo
Santa Maria
Conceição
37°10'N Santa Catarina da Fonte do Bispo
Santo Estevão
Cabanas de Tavira
Santiago Luz
Deslocações Intra-Concelhias
Santa Luzia
Norte
Deslocações Inter-Concelhias 0
(i
5 km
Fonte estatística: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001
Quanto à origem destas deslocações (Quadro 20 e Figura 18), em 2001, os principais fluxos eram gerados pelas freguesias de Santa Maria (3.019 deslocações - 28,9% do total de deslocações) e Santiago (2.824 deslocações - 27% do total de deslocações) e Luz (1.383 deslocações -
Os principais fluxos eram gerados pela freguesia de Santa Maria.
13,2% do total de deslocações) representativas de 69,2% do total de deslocações intra-concelhias. Por sua vez, Conceição (572 deslocações – 5,5% do total de deslocações), Santo Estêvão (554 deslocações - 5,3% do total de deslocações), Cabanas de Tavira (497 deslocações – 4,8% do total de deslocações) e Cachopo (235 deslocações – 2,3% do total de deslocações) constituíam-se como as freguesias com menor importância nestes fluxos.
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
58
Quadro 20. Origem das deslocações intra-concelhias por freguesia (1991 e 2001) % Deslocações 1991
2001
Cachopo
3,9
2,3
Conceição
4,9
5,5
Luz
14,7
13,2
Santa Catarina da Fonte do Bispo
7,7
5,9
Santa Maria
26,9
28,9
Santiago
24,0
27,0
Santo Estêvão
5,3
5,3
Santa Luzia
7,2
7,0
Cabanas de Tavira
5,3
4,8
Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001
59
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Figura 18. Origem das deslocações intra-concelhias por freguesia (1991-2001) Vaqueiros
!
7°50'W
7°40'W
7°30'W
Odeleite
Cachopo
37°20'N
!
!
3,9 2,3 Azinhal !
26,9 28,9 24,0 27
7,7 5,9 37°10'N
Altura
Santa Catarina ! da Fonte 5,3 5,3 do Bispo
São Brás de Alportel
!
Santo ! Estevão
!
Conceição
!
Pechão
!
Quelfes
!
5,3 4,8
Santiago
!
Luz
Vila Nova de Cacela !
!
Conceição !
!
Estói
!
Moncarapacho
4,9 5,5
!
Santa Maria
Deslocações (%) Cabanas de Tavira
1991 2001
!
7,2 7 Santa
14,7 13,2
Luzia
Fuseta !
Norte
0
(i
5 km
Olhão !
Fonte estatística: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001
6.1.1.2. ANÁLISE DAS DESLOCAÇÕES INTER-CONCELHIAS As deslocações inter-concelhias (Quadro 21) cifraram-se, em 2001, em 2.512 deslocações, registando um acréscimo em termos absolutos e relativos face a 1991 (com mais 923 deslocações, passando a representar
As deslocações interconcelhias registaram um acréscimo em termos absolutos e relativos face a 1991.
19,4% do total de deslocações).
60
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Conclui-se, portanto, que as deslocações com origem em Tavira tinham como destino preferencial, em 1991, o próprio concelho, tendência atenuada em 2001.
As deslocações com origem em Tavira tinham como destino preferencial o próprio concelho.
Quadro 21. Origem das deslocações inter-concelhias no Concelho de Tavira (1991 e 2001) Total de
Deslocações Inter-
% Deslocações
deslocações
concelhias
Inter-concelhias
1991
2001
1991
2001
1991
2001
10.843
12.952
1.589
2.512
14,65
19,39
Cachopo
409
275
45
40
11,00
14,55
Conceição
562
713
105
141
18,68
19,78
1.811
1.962
455
579
25,12
29,51
905
920
193
300
21,33
32,61
Santa Maria
2.768
3.549
275
530
9,93
14,93
Santiago
2.502
3.396
285
572
11,39
16,84
Santo Estêvão
578
666
83
112
14,36
16,82
Santa Luzia
784
908
115
172
14,67
18,94
Cabanas
524
563
33
66
6,30
11,72
Tavira
Luz Stª. Cat. da Fonte do Bispo
Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001
Ao nível das freguesias, registou-se um acréscimo relativo das deslocações inter-concelhias em todas as freguesias do concelho de Tavira, sendo as freguesias de Santa Catarina da Fonte do Bispo (32,6%), Luz (29,5%) e Conceição (19,8%) aquelas que apresentaram, em 2001, a maior proporção deste tipo de deslocação. Inversamente, as freguesias de Santa Maria (14,6%), Cachopo (14,6%) e Cabanas de Tavira (11,7%) ostentaram a menor representatividade de deslocações inter-concelhias face ao total de deslocações geradas pela freguesia. Com a excepção de Cachopo (-5 deslocações), verificaram-se aumentos absolutos
das
deslocações
inter-concelhias
na
generalidade
das
freguesias. Os valores mais expressivos foram registados, em 2001, pelas freguesias de Luz (579 deslocações), Santiago (572 deslocações) e Santa Maria (530 deslocações). Quanto à origem das deslocações inter-concelhias (Quadro 22 e Figura 19), os principais fluxos eram gerados, em 2001, pelas freguesias da Luz (579 deslocações - 23% do total de deslocações), Santiago (572 deslocações 22,8% do total de deslocações) e Santa Maria (530 deslocações - 21,1% do total de deslocações), representativas de 66,9% das deslocações inter-
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
A maioria das deslocações interconcelhias tinha origem nas freguesias de Luz, Santiago e Santa Maria.
61
concelhias. Por seu turno, Santo Estêvão (112 deslocações - 4,5% do total de deslocações), Cabanas de Tavira (66 deslocações - 2,6% do total de deslocações) e Cachopo (40 deslocações - 1,6% do total de deslocações) representavam apenas 8,7% das deslocações efectuadas para o exterior do concelho.
Quadro 22. Origem das deslocações inter-concelhias por freguesia (1991 e 2001) % Deslocações 1991
2001
Cachopo
2,8
1,6
Conceição
6,6
5,6
Luz
28,6
23,0
Santa Catarina da Fonte do Bispo
12,1
11,9
Santa Maria
17,3
21,1
Santiago
17,9
22,8
Santo Estêvão
5,2
4,5
Santa Luzia
7,2
6,8
Cabanas de Tavira
2,1
2,6
Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001
62
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Figura 19. Origem das deslocações inter-concelhias por freguesia (1991-2001) Vaqueiros
!
7°50'W
7°40'W
7°30'W
Odeleite
Cachopo
37°20'N
!
!
2,8 1,6 Azinhal !
17,3 21,1 17,9 22,8
12,1 11,9 37°10'N
Santa Catarina ! da Fonte 5,2 4,5 do Bispo
São Brás de Alportel !
Santo Estevão
!
Moncarapacho Conceição
!
Pechão
!
Quelfes
!
2,1 2,6
!
Estói
Luz
28,6 23
Altura
Conceição Santa Maria ! Santiago
!
!
!
6,6 5,6
Vila Nova de Cacela !
!
!
Deslocações (%) Cabanas de Tavira
1991 2001
!
7,2 6,8 Norte
Santa Luzia
Fuseta
!
0
(i
5 km
Olhão !
Fonte estatística: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001
6.1.2. ANÁLISE DAS DESLOCAÇÕES POR MOTIVO DE TRABALHO 6.1.2.1. DESLOCAÇÕES INTRA-CONCELHIAS As deslocações intra-concelhias por motivo de trabalho (Quadro 23) representavam, em 2001, 79,1% do total das deslocações por motivo de trabalho com origem no concelho de Tavira, sofrendo um ligeiro acréscimo de 1,1% face a 1991. Ainda assim, observa-se que, estas deslocações perderam representatividade no cômputo das deslocações por motivo de
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
63
trabalho, dado revelador de um incremento importante das deslocações destinadas a outros concelhos.
Quadro 23. Evolução das deslocações intra-concelhias por motivo de trabalho (1991- 2001) Total de deslocações por motivo de trabalho
Tavira
Deslocações Intra-
% Deslocações Intra-
concelhias por
concelhias por motivo
motivo de trabalho
de trabalho
Taxa de variação 1991-2001
1991
2001
1991
2001
1991
2001
9.125
9.834
7.689
7.775
84,3
79,1
1,1 -38,6
Cachopo
342
218
303
186
88,6
85,3
Conceição
497
539
398
420
80,1
77,9
5,5
1.538
1.531
1.128
1.054
73,3
68,8
-6,6
805
717
625
465
77,6
64,9
-25,6
Santa Maria
2.355
2.658
2.111
2.229
89,6
83,9
5,6
Santiago
2.022
2.537
1.766
2.088
87,3
82,3
18,2
Santo Estêvão
498
502
419
402
84,1
80,1
-4,1
Santa Luzia
646
696
544
548
84,2
78,7
0,7
Cabanas de Tavira
422
436
395
383
93,6
87,8
-3,0
Luz Stª. Cat. da Fonte do Bispo
Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001
Atentando na proporção de deslocações intra-concelhias, por motivo de trabalho por freguesia, observa-se que, em 2001, os valores mais elevados eram ostentados por Cabanas de Tavira (87,8%), Cachopo (85,3%) e Santa Maria (83,9%). As freguesias em que as deslocações intra-concelhias
A freguesia de Santa Maria apresentava-se como a principal geradora de deslocações intraconcelhias por motivo de trabalho (28,7%).
averbavam menor preponderância eram Santa Catarina da Fonte do Bispo (64,9%), Luz (68,8%), Conceição (77,9%) e Santa Luzia (78,7%). Face a 1991, os maiores acréscimos relativos nas deslocações com origem e destino no concelho de Tavira foram registados pelas freguesias de Santiago (18,2%), Santa Maria (5,6%) e Conceição (5,5%), enquanto que em Cachopo (-38,6%), Santa Catarina da Fonte do Bispo (-25,6%), Luz (6,6%), Santo Estêvão (-4,1 %) e Cabanas (-3%) esta evolução foi declinante. No que se refere à origem dos fluxos intra-concelhios por motivo de trabalho (Quadro 24), os principais contributos advinham, em 2001, das freguesias de Santa Maria (2.229 deslocações - 28,7% do total de deslocações), Santiago (2.088 deslocações - 26,9% do total de deslocações) e Luz (1054 deslocações - 13,6% do total de deslocações). Por sua vez, Santo Estêvão (402 deslocações - 5,2% do total de
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
64
deslocações), Cabanas de Tavira (383 deslocações - 4,9% do total de deslocações) e Cachopo (187 deslocações - 2,4% do total de deslocações) eram as freguesias que menos deslocações geravam com destino no concelho de Tavira.
Quadro 24. Origem das deslocações intra-concelhias por motivo de trabalho por freguesia (1991- 2001) % Deslocações 1991
2001
Cachopo
3,9
2,4
Conceição
5,2
5,4
Luz
14,7
13,6
Santa Catarina da Fonte do Bispo
8,1
6,0
Santa Maria
27,5
28,7
Santiago
23,0
26,9
Santo Estêvão
5,4
5,2
Santa Luzia
7,1
7,0
Cabanas de Tavira
5,1
4,9
Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001
Comparativamente com 1991 registou-se, em termos relativos, um ligeiro decréscimo nas deslocações com origem e destino no concelho de Tavira. Com a excepção de Conceição, Santiago, Santa Maria e Santa Luzia que registaram um acréscimo das deslocações efectuadas pela população activa (de 5,2% para 5,4%, de 23,0% para 26,9% e de 27,5% para 28,7%, respectivamente), as restantes freguesias contabilizaram reduções do fluxo por motivo de trabalho com destino no próprio concelho, destacando-se as freguesias de Cachopo e Santa Catarina da Fonte do Bispo, com quebras de -38,6% e -25,6% respectivamente.
6.1.2.2. DESLOCAÇÕES INTER-CONCELHIAS As deslocações inter-concelhias, por motivo de trabalho, com origem no município de Tavira (Quadro 25) registaram, entre 1991 e 2001, um acréscimo de 43,4%, aumentando a sua representatividade em 5,2 p.p., no conjunto das deslocações por motivo de trabalho geradas no concelho (passando de 15,7% em 1991 para 20,9% em 2001). Verifica-se assim que uma parcela crescente dos residentes em Tavira desloca-se para fora do concelho para exercer a sua actividade profissional, embora este fluxo
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
65
represente cerca de 1/5 do total das deslocações por motivo de trabalho. Numa primeira análise, estes dados são indiciadores da capacidade do concelho em reter internamente os fluxos da população, através da oferta
Cerca de 1/5 das deslocações por motivo de trabalho ocorria para o exterior do concelho de Tavira.
de postos de trabalho, visto que apenas uma parte comparativamente reduzida das deslocações é exercida para fora do concelho. Importa, contudo, não descurar o reforço destas deslocações no período 1991-2001, assim como, ponderar a situação e a extensão territorial do município, acessibilidades e nível de serviço dos transportes públicos, como factores condicionadores das deslocações inter-concelhias. Atentando na proporção de deslocações inter-concelhias por freguesia (Quadro 25), observa-se que, em 2001, os valores mais elevados eram ostentados pelas freguesias de Santa Catarina da Fonte do Bispo (35,1%)
Nas deslocações interconcelhias por freguesia, os valores mais elevados eram ostentados por Santa Catarina da Fonte do Bispo e Luz.
e Luz (31,2%). As freguesias em que as deslocações inter-concelhias averbavam menor peso relativo eram Cabanas de Tavira (12,2%), Cachopo (14,7%), Santa Maria (16,1%) e Santiago (17,7%). Com a excepção da freguesia de Cachopo que registou uma variação negativa do número de deslocações inter-concelhias (-17,9%), nas restantes freguesias ocorreram variações positivas em relação a 1991, sendo as freguesias de Cabanas de Tavira, Santa Maria e Santiago aquelas que registaram os acréscimos relativos mais importantes (96,3%, 75,8% e 75,4%, respectivamente).
66
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Quadro 25. Evolução das deslocações inter-concelhias por motivo de trabalho (1991-2001) Total de deslocações por motivo de trabalho
Tavira
Deslocações Intra-
% Deslocações Intra-
concelhias por
concelhias por motivo
motivo de trabalho
de trabalho
1991
2001
1991
2001
1991
2001
Taxa de variação 1991-2001
9.125
9.834
1.436
2.059
15,7
20,9
43,4
Cachopo
342
218
39
32
11,4
14,7
-17,9
Conceição
497
539
99
119
19,9
22,1
20,2
1.538
1531
410
477
26,7
31,2
16,3
805
717
180
252
22,4
35,1
40,0
Santa Maria
2.355
2.658
244
429
10,4
16,1
75,8
Santiago
75,4
Luz Stª. Cat. da Fonte do Bispo
2.022
2.537
256
449
12,7
17,7
Santo Estêvão
498
502
79
100
15,9
19,9
26,6
Santa Luzia
646
696
102
148
15,8
21,3
45,1
Cabanas de Tavira
422
436
27
53
6,4
12,2
96,3
Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001
No referente à origem dos fluxos inter-concelhios (Quadro 26), as freguesias que em 2001 mais contribuíram para o fluxo exógeno por motivo de trabalho foram Luz (477 deslocações - 23,2% do total de deslocações), Santiago (449 deslocações - 21,8% do total de deslocações) e Santa Maria (429 deslocações - 20,8% do total de deslocações). Por sua vez, Santo Estêvão (100 deslocações - 4,9% do total de deslocações), Cabanas de Tavira (53 deslocações - 2,6% do total de deslocações) e Cachopo (32 deslocações - 1,6% do total de deslocações) eram as freguesias que
Quanto à origem dos fluxos inter-concelhios, as freguesias que, em 2001, mais contribuíram para este fluxo foram Luz, Santiago e Santa Maria.
menos deslocações geravam para fora do concelho de Tavira. Comparativamente com 1991, destaca-se a perda de importância relativa do fluxo gerado pela freguesia da Luz (de 28,6% para 23,2%) e o reforço das deslocações com origem em Santa Maria (de 17% para 20,8%) e Santiago (de 17,8% para 21,8%).
67
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Quadro 26. Origem das deslocações inter-concelhias por motivo de trabalho por freguesia (1991 e 2001) % Deslocações 1991
2001
Cachopo
2,7
1,6
Conceição
6,9
5,8
Luz
28,6
23,2
Santa Catarina da Fonte do Bispo
12,5
12,2
Santa Maria
17,0
20,8
Santiago
17,8
21,8
Santo Estêvão
5,5
4,9
Santa Luzia
7,1
7,2
Cabanas de Tavira
1,9
2,6
Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001
6.1.3. ANÁLISE DAS DESLOCAÇÕES POR MOTIVO DE ESTUDO 6.1.3.1. DESLOCAÇÕES INTRA-CONCELHIAS As deslocações intra-concelhias por motivo de estudo no município de Tavira, sofreram entre 1991 e 2001, um acréscimo de 70,3% (1.100 deslocações), embora a sua representatividade no total de deslocações por motivo de estudo tenha diminuído, cifrando-se este declínio em 5,6 p.p. (Quadro 27). Verifica-se ainda assim que, em 2001, a maioria dos estudantes (85,5%) residentes no concelho deslocava-se no interior do mesmo para frequentar um estabelecimento de ensino. Ao nível das freguesias (Quadro 27), Luz (157,6%), Santa Maria (106,8%) e Santo Estêvão (100,0%) apresentaram, no período em estudo, a maior variação das deslocações no interior do concelho. Contudo, eram as freguesias de Santo Estêvão (92,7%), Cabanas de Tavira (89,8%), Santa Maria (88,7%) e Santa Luzia (88,7%) aquelas que, em 2001, ostentavam a maior proporção de deslocações por motivo de estudo no interior do concelho relativamente ao total de deslocações por motivo de estudo geradas pela freguesia. Com efeito, face a 1991, com a excepção de Cachopo que apresentou uma diminuição do número de estudantes que se deslocava internamente, nas restantes freguesias registou-se um acréscimo das deslocações por motivo de estudo, embora em termos relativos estas deslocações tenham perdido
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
68
importância em virtude do aumento do número total de deslocações por motivo de estudo (intra e inter-concelhias).
Quadro 27. Evolução das deslocações intra-concelhias por motivo de estudo (1991- 2001) Total de deslocações por motivo de estudo
Tavira
Deslocações Intra-
% Deslocações
concelhias por
Intra-concelhias por
motivo de estudo
motivo de estudo
Taxa de variação
1991
2001
1991
2001
1991
2001
1991-2001
1.718
3.118
1.565
2.665
91,1
85,5
70,3
Cachopo
67
57
61
49
91,0
86,0
-19,7
Conceição
65
174
59
152
90,8
87,4
157,6
Luz
273
431
228
329
83,5
76,3
44,3
Stª. Cat. da Fonte do Bispo
100
203
87
155
87,0
76,4
78,2
Santa Maria
413
891
382
790
92,5
88,7
106,8
Santiago
480
859
451
736
94,0
85,7
63,2
Santo Estêvão
80
164
76
152
95,0
92,7
100,0
Santa Luzia
138
212
125
188
90,6
88,7
50,4
Cabanas de Tavira
102
127
96
114
94,1
89,8
18,8
Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001
Quanto à origem destas deslocações (Quadro 28), os principais fluxos eram gerados, em 2001, pelas freguesias de Santa Maria (790 deslocações 29,6% do total de deslocações) e Santiago (736 deslocações - 27,6% do total de deslocações), representativas de 57,3% das deslocações. Por sua
A freguesia de Santa Maria apresentava o maior fluxo de deslocações intraconcelhias por motivo de estudo (29,6% do total de deslocações).
vez, Cabanas de Tavira (114 deslocações - 4,3% do total de deslocações), Cachopo (49 deslocações - 1,8% do total de deslocações), constituíam-se como as freguesias com menor importância nestes fluxos.
69
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Quadro 28. Origem das deslocações intra-concelhias por motivo de estudo por freguesia (1991 e 2001) % Deslocações 1991
2001
Cachopo
3,9
1,8
Conceição
3,8
5,7
Luz
14,6
12,3
Santa Catarina da Fonte do Bispo
5,6
5,8
Santa Maria
24,4
29,6
Santiago
28,8
27,6
Santo Estêvão
4,9
5,7
Santa Luzia
8,0
7,1
Cabanas de Tavira
6,1
4,3
Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001
6.1.3.2. DESLOCAÇÕES INTER-CONCELHIAS As deslocações inter-concelhias por motivo de estudo com origem no concelho de Tavira (Quadro 29) registaram, em 2001, um acréscimo em termos absolutos de 300 deslocações, o qual apresentou, em termos relativos, uma variação de 196,1% face a 1991. Verifica-se contudo, que o número de estudantes que saía do concelho para frequentar um estabelecimento de ensino era relativamente reduzido (453 deslocações – 14,5 % do total de deslocações), atendendo ao fluxo total por motivo de
14,5% dos estudantes deslocavam-se para o exterior do concelho para frequentar um estabelecimento de ensino.
estudo. Analisando a proporção de deslocações inter-concelhias no total das deslocações por motivo de estudo geradas por freguesia (Quadro 29) observa-se que, em 2001, Luz (23,7%) e Santa Catarina da Fonte do Bispo (23,6%) ostentam o maior peso destas deslocações. Por seu turno, Santo Estêvão (7,3%), Cabanas de Tavira (10,2%), Santa Luzia (11,3%) e Santa Maria (11,3%) apresentavam-se como as freguesias com menor peso relativo destas deslocações.
As Freguesias de Luz e Santa Catarina da Fonte do Bispo apresentavam os valores mais significativos de deslocações interconcelhias.
Face a 1991, a totalidade das freguesias averbou aumentos no peso das deslocações inter-concelhias por motivo de estudo, embora destacando-se as freguesias de Santiago (324,1%), Santa Catarina da Fonte do Bispo (269,2%) e Conceição (266,8%) por ostentaram as mais altas taxas de variação das deslocações inter-concelhias por motivo de estudo, entre1991
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
70
e 2001. Note-se que neste período apenas Cachopo (33,3%) e Santa Luzia (84,6%) registaram variações inferiores a 100%.
Quadro 29. Evolução das deslocações inter-concelhias por motivo de estudo (1991-2001) Total de deslocações por motivo de estudo
Tavira
Deslocações Intra-
% Deslocações Intra-
concelhias por
concelhias por
motivo de estudo
motivo de estudo
1991
2001
1991
2001
2001
Taxa de variação
1991
1991-2001 196,1
1.718
3.118
153
453
8,9
14,5
Cachopo
67
57
6
8
9,0
14,0
33,3
Conceição
65
174
6
22
9,2
12,6
266,7
Luz
273
431
45
102
16,5
23,7
126,7
Stª. Cat. da Fonte do Bispo
100
203
13
48
13,0
23,6
269,2
Santa Maria
413
891
31
101
7,5
11,3
225,8
Santiago
480
859
29
123
6,0
14,3
324,1 200,0
Santo Estêvão
80
164
4
12
5,0
7,3
Santa Luzia
138
212
13
24
9,4
11,3
84,6
Cabanas de Tavira
102
127
6
13
5,9
10,2
116,7
Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001
No respeitante à origem dos fluxos inter-concelhios (Quadro 30), em 2001, Santiago (123 deslocações - 27,2% do total de deslocações), Luz (102 deslocações - 22,5% do total de deslocações) e Santa Maria (101 deslocações - 22,3% do total de deslocações) eram as freguesias que mais
As Freguesias de Santiago, Luz e Santa Maria eram as que mais deslocações geravam para o exterior do concelho.
deslocações geraram para fora do concelho. Por sua vez, Cabanas de Tavira (13 deslocações - 2,9% do total de deslocações), Santo Estêvão (12 deslocações - 2,6% do total de deslocações) e Cachopo (8 deslocações 1,8% do total de deslocações) eram as freguesias que menos contribuíam para o fluxo de deslocações inter-concelhias por motivo de estudo. Comparativamente com 1991, evidencia-se a perda de importância relativa dos fluxos gerados pelas freguesias de Luz (de 29,4% para 22,5%), Santa Luzia (de 8,5% para 5,3%) e Cabanas de Tavira (de 3,9% para 2,9%). Com a excepção de Luz, as freguesias com os fluxos mais representativos em 2001 viram a sua importância relativa reforçada face a 1991.
71
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Quadro 30. Origem das deslocações inter-concelhias por motivo de estudo por freguesia (1991- 2001) % Deslocações 1991
2001
Cachopo
3,9
1,8
Conceição
3,9
4,9
Luz
29,4
22,5
Santa Catarina da Fonte do Bispo
8,5
10,6
Santa Maria
20,3
22,3
Santiago
19,0
27,2
Santo Estêvão
2,6
2,6
Santa Luzia
8,5
5,3
Cabanas de Tavira
3,9
2,9
Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001
6.1.4 DESTINOS
DAS
DESLOCAÇÕES INTER-CONCELHIAS
POR
MOTIVO
DE
TRABALHO E ESTUDO Na análise dos destinos dos fluxos inter-concelhios, considerou-se a população activa e a estudante que se desloca para o exterior do concelho de Tavira para o exercício da sua actividade laboral ou frequência de um estabelecimento de ensino. Esta análise permite avaliar a capacidade de atracção dos concelhos limítrofes ou outros mais afastados sobre a população residente no concelho de Tavira. Considerando a Figura 20, que apresenta as deslocações inter-concelhias com origem no concelho de Tavira, atesta-se da forte capacidade de atracção de vários concelhos pertencentes à NUT III Algarve. Com efeito,
O concelho de Faro constituía-se como o principal atractor dos fluxos gerados pelo concelho de Tavira.
Faro assumia-se como o principal destino deste fluxo, reforçando mesmo a sua importância face a 1991 em 439 deslocações – passando de 559 para 998 deslocações. Destacam-se também Vila Real de Santo António (268 deslocações), Castro Marim (69 deslocações), São Brás de Alportel (112 deslocações), Olhão (542 deslocações), Loulé (192 deslocações) e Albufeira (42 deslocações), enquanto concelhos com forte capacidade de atracção das deslocações por motivo de estudo e trabalho em 2001. Para além destas deslocações, importa ainda assinalar os fluxos destinados aos concelhos
algarvios
de
Silves
(20
deslocações)
e
Portimão
(27
deslocações), assim como aos concelhos de Beja (14 deslocações) e Setúbal (12 deslocações).
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
72
É ainda importante referir que as deslocações com destino a Lisboa foram reforçadas em 2001, verificando-se um acréscimo de 52 deslocações face a 1991 (passando de 43 para 95 deslocações)
Figura 20. Destinos das deslocações inter-concelhias (2001) SINTRA (8) VILA FRANCA DE XIRA (5)
Deslocações
COIMBRA (4) VILA REAL (3) CONSTÂNCIA (3)
SETÚBAL (12) LISBOA (95)
ÉVORA (8)
3 - 70 BEJA (14)
71 - 270
ALMADA (6)
FRONTEIRA (3)
271 - 540 SANTARÉM (4) 541 - 998 PORTALEGRE (4) Norte
(
! ALMODOVAR! (3)
i
0
37°30'N
! !
10 km
SILVES (20)
PORTIMÃO LAGOS (27) ! ! (5)
! !
LAGOA (7) ALBUFEIRA (42) ! !
! !
! !
!
! !
!
! !
8°30' W
CASTRO MARIM (69)
SÃO BRÁS DE ALPORTEL (112)
LOULÉ ! (192) !
FARO (998)
9°W
ALCOUTIM (10)
PORTO (3)
8°W
! !
TAVIRA
! !
VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO (268)
! !
OLHÃO (542)
37°N 7°30' W
Fonte: INE, XIV Recenseamento Geral da População, 2001
Face a 1991 – ver Anexo II – verificam-se, em 2001, evoluções similares neste conjunto de fluxos mais significativos, todas elas pautadas por acréscimos no número de deslocações. Para além dos acréscimos já referidos, as variações mais significativas ocorreram nos fluxos com destino nos concelhos de Loulé (+87 deslocações), Olhão (+18 deslocações) e Vila Real de Santo António (+51 deslocações).
73
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
6.1.5. DESLOCAÇÕES INTER-CONCELHIAS
COM
DESTINO
NO
CONCELHO
DE
TAVIRA Em relação à análise da origem das deslocações por motivo de trabalho ou estudo que, em 2001, tinham como destino o concelho de Tavira (Figura 21) optou-se, por considerar apenas os fluxos mais significativos, isto é, cujo total era igual ou superior a 5 deslocações. Pretende-se assim avaliar a capacidade de atracção regional deste concelho, tanto em função da sua capacidade de criação de emprego (deslocações por motivo de trabalho) como da polarização exercida pelos estabelecimentos de ensino existentes (deslocações por motivo de estudo). Com efeito, era Vila Real de Santo António o concelho sobre o qual era exercida maior atracção, representando o fluxo daí proveniente um total de 355 deslocações. Seguiam-se os concelhos de Olhão (309 deslocações), Faro (140 deslocações), Castro Marim (73 deslocações), São Brás de Alportel (47 deslocações) e Loulé (44 deslocações). Tratando-se das deslocações mais significativas, verifica-se que a capacidade de atracção do
concelho
de
Tavira
é
exercida,
sobretudo,
sobre
concelhos
territorialmente próximos.
74
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Figura 21. Origem das deslocações com destino no concelho de Tavira (2001) BARREIRO (9) LISBOA (5)
Deslocações
PAÇOS DE FERREIRA (8)
SINTRA (11) 5 - 15
LAMEGO (8)
16 - 70
AMADORA (9)
BENAVENTE (5)
71 - 140
LEIRIA (5)
141 - 355
Norte
0
(i
ALCOUTIM (14)
ALMADA (7) 10 km
CASTRO MARIM (73)
SILVES (8) PORTIMÃO !! (7)
! !
SÃO BRÁS DE ALPORTEL (47)
LOULÉ (44) !!
! !
! !
ALBUFEIRA (6) ! !
! !
TAVIRA
! !
VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO (355)
OLHÃO FARO (309) (140) ! ! ! !
9°W
37°30'N
! !
8°30'W
8°W
37°N 7°30'W
Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001
Importa ainda salientar, não obstante a menor dimensão do fluxo, os concelhos Portimão, Almada (ambos com 7 deslocações), Albufeira (6 deslocações), Leiria, Lisboa e Benavente (todos com 5 deslocações).
6.1.6. EVOLUÇÃO DOS MODOS DE TRANSPORTE UTILIZADOS PELA POPULAÇÃO EMPREGADA E ESTUDANTES
A análise da evolução dos modos de transporte afigura-se de grande importância no âmbito do presente estudo, pois possibilita o conhecimento dos modos de transporte utilizados nas deslocações motivadas por trabalho e estudo, tanto no interior como para o exterior do concelho de Tavira. Com efeito, constata-se que em 1991, o modo pedonal era o modo mais representativo (Quadro 31 e Gráfico 7), correspondendo a 46,2% das deslocações por motivo de trabalho ou estudo, seguindo-se o automóvel
Em 1991, o modo pedonal era o mais utilizado no concelho de Tavira.
ligeiro2 (20,5%) e o motociclo/bicicleta (17,8%). O autocarro assegurava 8,8% das deslocações. Com menor expressão encontrava-se o transporte 2
Os valores referem-se às deslocações em automóvel ligeiro como condutor ou passageiro.
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
75
colectivo/veículo da empresa/escola (5,9% das deslocações), o comboio (3,4%) e “outros modos” (0,9%).
Quadro 31. Deslocações por motivo de trabalho e estudo por modo de transporte (1991 e 2001)
1991
2001
1991
2001
1991
2001
1991
2001
1991
2001
1991
2001
Transporte Colectivo da Empresa/ Escola 1991 2001
Tavira
919
757
2150
5885
361
337
1861
1032
4846
4073
91
112
615
756
Intra-concelhias
790
665
1560
4209
46
30
1630
931
4827
4014
84
84
317
507
Inter-concelhias
129
92
590
1676
315
307
231
101
19
59
7
28
298
249
Automóvel Ligeiro
Autocarro
Motociclo ou Bicicleta
Comboio
Pedonal
Outro
Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001
Gráfico 7. Deslocações por motivo de trabalho e estudo por modo de transporte (1991 e 2001)
50,0
46,2
45,4
40,0 31,4 30,0 20,5 17,8
20,0
10,0
8,8
8,0 5,8
5,9 3,4
2,6
0,9
5,8
0,9
0,0 Autocarro
Automóvel ligeiro
Comboio
Motociclo ou Bicicleta
1991
Penonal
Outro
Transporte Colectivo/Veículo da empresa/escola
2001
Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001
Em 2001 (Gráfico 8), assistiu-se a uma significativa alteração na utilização dos modos de transporte, sendo que o automóvel ligeiro afirmou-se como o principal modo de transporte nas deslocações geradas pelo concelho de
Em 2001, o automóvel tornou-se o modo de transporte mais utilizado (45,4% das deslocações).
Tavira – passando de 20,5% para 45,4% do total de deslocações de empregados e estudantes (com um acréscimo de 3.735 deslocações). Tendo sofrido uma forte queda no período 1991-2001 (-773 deslocações), o
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
76
modo pedonal passou a assegurar 31,4% das deslocações, seguido do motociclo/bicicleta (8,0%), autocarro (5,8%) e transporte colectivo/veículo da empresa/escola (3,8%), modos que também perderam importância absoluta (exceptuando o transporte colectivo/veículo da empresa/escola) e relativa no conjunto dos modos que asseguravam a mobilidade da população empregada e estudante residente no concelho.
Gráfico 8. Modos de transporte utilizados pela população empregada e estudante (2001)
0,9% 5,8% 5,8% Autocarro Automóvel Ligeiro Comboio
31,4% Motociclo ou Bicicleta
45,4% Pedonal Outro
8,0%
Transporte Colectivo/ Veículo da Empresa/Escola
2,6%
Fonte: INE, XIV Recenseamentos Gerais da População, 2001
À semelhança da tendência de generalização do uso do automóvel ligeiro a nível nacional, também no concelho de Tavira registou-se, em 2001, uma clara preponderância do uso deste modo de transporte face aos demais – 45,4% das deslocações (Gráfico 8). Considerando o âmbito deste estudo, é de relevar a perda de importância 3
dos modos suaves (pedonal e bicicleta/motociclo ) e do transporte público colectivo rodoviário (leia-se autocarro). No período em análise, estes modos
Os modos suaves e o transporte público colectivo rodoviário perderam importância no período 1991-2001.
mostraram-se incapazes de captar “novos utilizadores” decretados num contexto de aumento de mobilidade da população residente por motivo de trabalho ou estudo, com uma clara perda de competitividade face ao automóvel, que se tornou o modo de eleição. Ainda assim importa relevar a
77 3
Os dados do recenseamento geral da população agregam o motociclo e a bicicleta.
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
evolução positiva, em termos absolutos, do transporte colectivo/veículo da empresa/escola, com um incremento de 141 deslocações.
6.1.6.1. DESLOCAÇÕES
INTRA-CONCELHIAS DA POPULAÇÃO EMPREGADA E
ESTUDANTES POR MODO DE TRANSPORTE
Ao nível das deslocações intra-concelhias verifica-se, através da análise do Gráfico 9, que, em 2001, os residentes no concelho de Tavira optavam, preferencialmente, pelo automóvel (40,3%), seguindo-se o modo pedonal, o qual averbava um peso significativo nas deslocações com origem e destino
Em Tavira, o automóvel era o modo de transporte mais utilizado nas deslocações intraconcelhias.
no próprio concelho – 38,4% das deslocações. O motociclo/bicicleta (8,9%), autocarro (6,4%) e o transporte colectivo/veículo da empresa/ escola (4,9%) apresentavam-se como modos menos utilizados nas deslocações intraconcelhias. Não obstante a existência de uma estação (Tavira) e vários apeadeiros (Livramento, Luz, Porta Nova e Conceição) as deslocações em comboio representavam apenas 0,8% do total de deslocações, facto indissociável da própria vocação deste modo de transporte.
Gráfico 9. Deslocações intra-concelhias por modo de transporte (2001)
0,8% 4,9%
6,4% Autocarro Automóvel Ligeiro Comboio
38,4%
40,3%
Motociclo ou Bicicleta Pedonal Outro Transporte Colectivo/Veículo da Empresa/Escola
8,9% 0,3%
Fonte: INE, XIV Recenseamentos Gerais da População, 2001
78
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
6.1.6.2. DESLOCAÇÕES INTER-CONCELHIAS DA POPULAÇÃO EMPREGADA E ESTUDANTES POR MODO DE TRANSPORTE
As deslocações inter-concelhias (Gráfico 10) evidenciam uma distribuição modal com algumas diferenciações relativamente à distribuição observada para as deslocações intra-concelhias. Neste sentido, constata-se que 66,7% das deslocações realizadas efectuam-se em automóvel ligeiro. O comboio e o transporte colectivo/veículo da empresa/escola assumiam,
66,7% das deslocações inter-concelhias eram realizadas em automóvel.
também, alguma relevância, neste contexto, isto apesar de registarem apenas 12,2% e 9,9%, das preferências neste tipo de deslocações. O motociclo/bicicleta (4,0%), o autocarro (3,7%) e o modo pedonal (2,3%) registavam uma expressão reduzida nestas deslocações.
Gráfico 10. Deslocações inter-concelhias por modo de transporte (2001)
1,1% 3,7%
2,3% 9,9%
Autocarro
4,0%
Automóvel Ligeiro Comboio 12,2% Motociclo ou Bicicleta 66,7%
Pedonal Outro Transporte Colectivo/Veículo da Empresa/Escola
Fonte: INE, XIV Recenseamentos Gerais da População, 2001
6.1.7. DURAÇÃO DAS DESLOCAÇÕES A análise da duração das deslocações permite-nos aferir o tempo despendido na realização de deslocações pendulares por parte da população activa e estudante.
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
79
Neste sentido, verifica-se que, em 2001, predominavam as deslocações Em 2001 predominavam as deslocações até 15 minutos.
com duração até 15 minutos (56,0% do total das deslocações), tendo a representatividade destas deslocações registado uma variação de 36,0% face a 1991. Também as deslocações com duração compreendida entre os 16 e 30 minutos, 31 e 60 minutos e superior a 1 hora aumentaram em termos absolutos neste período, sendo que no primeiro caso as deslocações com tal duração passaram a representar 22,1%, no segundo caso 9,3% e no terceiro 2,7% (a redução do peso relativo das deslocações com duração superior a 1 hora, não obstante observar-se um acréscimo em termos absolutos, deve-se ao maior aumento, em termos proporcionais, do número total de deslocações). Relativamente às deslocações que não implicavam o dispêndio de tempo na sua realização, registaram um decréscimo de 629 deslocações, passando a representar 10,0% das deslocações, quando em 1991 ascendiam a 17,7%. Em termos globais, no ano de 2001, 88,1% das deslocações tinham uma duração inferior a 30 minutos.
Quadro 32. Duração das deslocações por motivo de trabalho ou estudo (1991) Nenhum
Até 15m
16 a 30m
31 a 60m
+ 1h
Total N.º
%
N.º
%
N.º
%
N.º
%
N.º
%
10843
1922
17,7
5329
49,1
2320
21,4
933
8,6
339
3,1
Cachopo
409
71
17,4
73
17,8
64
15,6
120
29,3
81
19,8
Conceição
562
159
28,3
181
32,2
165
29,4
30
5,3
27
4,8
Luz
1811
249
13,7
835
46,1
501
27,7
192
10,6
34
1,9
Stª. Cat. da Fonte do Bispo
905
331
36,6
258
28,5
223
24,6
90
9,9
3
0,3
Santa Maria
2768
568
20,5
1328
48,0
599
21,6
192
6,9
81
2,9
Santiago
2502
300
12,0
1599
63,9
373
14,9
167
6,7
63
2,5
Santo Estêvão
578
140
24,2
226
39,1
158
27,3
45
7,8
9
1,6
Santa Luzia
784
62
7,9
506
64,5
106
13,5
81
10,3
29
3,7
Cabanas de Tavira
524
42
8,0
323
61,6
131
25,0
16
3,1
12
2,3
Tavira
Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001
80
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Quadro 33. Duração das deslocações por motivo de trabalho ou estudo (2001) Nenhum
Até 15m
16 a 30m
31 a 60m
+ 1h
Total N.º
%
N.º
%
N.º
%
N.º
%
N.º
%
12952
1293
10,0
7250
56,0
2861
22,1
1199
9,3
349
2,7
Cachopo
275
116
42,2
48
17,5
33
12,0
53
19,3
25
9,1
Conceição
713
88
12,3
292
41,0
241
33,8
73
10,2
19
2,7
Luz
1962
236
12,0
857
43,7
580
29,6
232
11,8
57
2,9
Stª. Cat. da Fonte do Bispo
920
81
8,8
343
37,3
386
42,0
90
9,8
20
2,2
Santa Maria
3549
263
7,4
2204
62,1
677
19,1
309
8,7
96
2,7
Santiago
3396
272
8,0
2241
66,0
537
15,8
270
8,0
76
2,2
Santo Estêvão
666
88
13,2
339
50,9
174
26,1
60
9,0
5
0,8
Santa Luzia
908
94
10,4
593
65,3
116
12,8
77
8,5
28
3,1
Cabanas de Tavira
563
55
9,8
333
59,1
117
20,8
35
6,2
23
4,1
Tavira
Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001
Ao nível das freguesias, em 2001, com a excepção de Cachopo (em que a maioria das deslocações não implicava o dispêndio de tempo na sua realização – 42,2% das deslocações) e Santa Catarina da Fonte do Bispo (onde a maioria das deslocações tinha uma duração de 31 a 60 minutos – 42,0% das deslocações), nas restantes freguesias a maioria das
Com a excepção de Cachopo e Santa Catarina da Fonte do Bispo, nas restantes freguesias a maioria das deslocações implicava um dispêndio de tempo inferior a 15 minutos.
deslocações por motivo de trabalho ou estudo implicava um dispêndio de tempo inferior a 15 minutos.
6.1.8. EVOLUÇÃO DA MOTORIZAÇÃO O cálculo da taxa de motorização foi elaborado tendo por base os dados disponibilizados nas seguintes fontes de informação:
ႀ Base de dados relativa ao parque seguro – Instituto de Seguros de Portugal;
ႀ Recenseamento Geral da População e Estimativas da População Residente – Instituto Nacional de Estatística. Consideraram-se, para o efeito, as seguintes categorias de veículos: veículos ligeiros, veículos mistos, ciclomotores e motociclos.
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
81
Quanto aos resultados obtidos (Quadro 34) estes corroboram a tendência verificada nas últimas décadas, observando-se um aumento da taxa de motorização no concelho de Tavira no período 2001-2006. Concretizando, em 2001, o valor da taxa de motorização era de 524 veículos por 1.000 habitantes, aumentando para 559 veículos por 1.000 habitantes em 2006. Este acréscimo teve por base um aumento do número
A taxa de motorização em Tavira era de 559 veículos/1.000 habitantes em 2006.
de veículos materializado em 1.035 veículos. A taxa de motorização do concelho permaneceu assim superior à média nacional (480 veículos por 1.000 habitantes).
Quadro 34. Número de veículos ligeiros, ciclomotores, motociclos e veículos mistos (2001 e 2006) e taxa de motorização (2001 e 2006) Tavira
Categoria
Portugal
2001
2006
2006
Ligeiro
8819
10330
4.206.618
Ciclomotor
2861
1993
318.049
Motociclo
357
584
164.763
Misto
1050
1215
396.500
Total
13.087
14.122
5.085.930
524
559
480
Tx. Motorização (veíc. /1000 hab.)
Fonte: Instituto de Seguros de Portugal, 2007 (tratamento próprio)
Confirmando esta evolução do parque automóvel no concelho de Tavira, o Quadro 35 permite verificar que, no ano de 2005, foram vendidos 23,8 veículos por 1.000 habitantes, valor que sendo significativamente inferior ao registado na NUT III Algarve – 32,8 veículos por 1.000 habitantes, aproxima-se da média de Portugal Continental – 42,1 veículos por 1.000 habitantes. No cômputo da NUT III Algarve, somente os concelhos de Alcoutim (17,3 veículos/1.000 habitantes), Aljezur (20,1 veículos/1.000 habitantes), Monchique (20,3 veículos/1.000 habitantes), Olhão (21,5 veículos/1.000 habitantes) e Vila de Bispo (21,5 veículos/1.000 habitantes) contabilizam uma expansão do parque automóvel inferior à do concelho de Tavira. No concelho de Albufeira o número de veículos automóveis vendidos por 1.000 habitantes ascende a 55,2.
82
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Quadro 35. Número de veículos automóveis vendidos por 1.000 habitantes (2005) N.º veículos automóveis/1.000 hab. Portugal
24,3
Continente
24,1
Algarve Albufeira
32,8 55,2
Alcoutim
17,3
Aljezur
20,1
Castro Marim
25,6
Faro
35,9
Lagoa
34,2
Lagos
39,1
Loulé
38,0
Monchique
20,3
Olhão
21,5
Portimão
30,7
São Brás de Alportel
29,9
Silves
26,5
Tavira
23,8
Vila do Bispo
21,5
V. R. Stº. António
24,1
Fonte: INE, Anuários Estatístico da Região do Algarve, 2006
6.2. IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DOS PRINCIPAIS PÓLOS GERADORES E ATRACTORES DE TRÁFEGO 6.2.1. PRINCIPAIS PÓLOS ATRACTORES 6.2.1.1. EQUIPAMENTOS COLECTIVOS “A distribuição equilibrada das funções de habitação, trabalho, cultura e lazer é um dos objectivos do ordenamento do território e do urbanismo, no qual se enquadram a programação, a criação e manutenção de infraestruturas, de equipamentos colectivos e de espaços verdes, tendo em conta as necessidades específicas das populações, as acessibilidades e a adequação da sua capacidade de utilização” (DGOTDU, 2002: 6). Desta explanação relativamente aos equipamentos colectivos tecem-se duas considerações, atendendo ao âmbito do presente estudo. Por um
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
83
lado, a tónica colocada no papel dos equipamentos colectivos para a superação de necessidades da população releva a imprescindibilidade do seu contributo para a melhoria da sua qualidade de vida, assumindo os serviços aí prestados a classificação de serviços de interesse público,
Os equipamentos colectivos são imprescindíveis à qualidade de vida da população.
podendo estes ser de natureza pública ou privada. Por outro lado, importa reter a questão da acessibilidade a estes equipamentos, a qual depende, entre outros factores, da localização do equipamento e da rede de transportes existente. A programação de equipamentos colectivos deve assim assegurar a implementação e consolidação de uma rede de equipamentos que garanta o acesso de toda a população aos serviços neles prestados, sendo para tal necessário articular os níveis administrativos central e local na provisão da
A programação de equipamentos colectivos deve assegurar uma rede que garanta o acesso de toda a população ao serviços neles prestados.
oferta de equipamentos públicos (através de instrumentos específicos, designadamente as cartas municipais de equipamentos4), assim como a oferta privada5. Feito este preâmbulo, examina-se de seguida a rede de equipamentos colectivos do concelho de Tavira, considerando os equipamentos que se constituem como pólos atractores de fluxos com dimensão relevante6.
6.2.1.1.1. EQUIPAMENTOS DE EDUCAÇÃO A análise da rede de equipamentos de educação tem por base a “Carta Educativa do Concelho de Tavira”, dado constituir um documento recente (datado de 2006) cujos dados não sofreram alterações significativas.
4
“Esta carta define a localização, função e capacidade dos equipamentos deste tipo que no
horizonte da carta irão ser necessários ao município, bem como a sua forma de financiamento” (DGOTDU, 2002: 6). 5
Dado que “as disponibilidades financeiras públicas não permitem a expansão da rede de
forma a que toda a população tenha acesso a essa actividade”, é possível “que a oferta privada supra as necessidades de alguns estratos da população (…) diminuindo assim a população para a qual a existência da rede pública é imprescindível” (DGOTDU, 2002: 8). 6
São analisados os equipamentos de educação, equipamentos de saúde, equipamentos
desportivos, equipamentos de solidariedade e segurança social e equipamentos culturais.
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
84
Com efeito, ao nível do ensino pré-escolar, o município de Tavira possui 4 jardins-de-infância da rede pública, com uma capacidade total de 200 alunos. Relativamente à rede privada de equipamentos de apoio à infância, esta é composta por 8 estabelecimentos, com capacidade para cerca de 300 crianças ao nível do pré-escolar. Ao nível da taxa de cobertura destes equipamentos, segundo a Carta Educativa, “os equipamentos públicos detêm 29% e os privados 43% o que perfaz uma cobertura concelhia de cerca de 72%” (Câmara Municipal de Tavira, 2006). Quanto aos estabelecimentos de ensino do 1º Ciclo denota-se um aumento progressivo da população escolar, o qual ocorre, sobretudo, no sector litoral do concelho. Este facto, aliado à redução do número de alunos no sector interior
do
concelho,
tem
levado
ao
encerramento
de
alguns
estabelecimentos de ensino neste sector. Os estabelecimentos existentes neste sector são frequentados por um número reduzido de alunos enquanto
Os estabelecimentos localizados no sector interior do concelho são frequentados por um número reduzido de alunos.
que nos estabelecimentos situadas na sede de concelho, verificam-se algumas carências devido às elevadas taxas de ocupação. Ao nível do 2º e 3º Ciclos, o concelho de Tavira possui 2 estabelecimentos, tendo-se verificado, nos últimos três anos, um ligeiro acréscimo do número de alunos que frequentam estes ciclos de ensino. Este aumento tem
Ao nível do 2.º e 3.º Ciclos, o concelho de Tavira possui 2 estabelecimentos de ensino.
originado alguns problemas nalguns estabelecimentos, sobretudo naqueles cujas
instalações
se
encontram
desajustadas
relativamente
às
necessidades actuais. Acresce que o encerramento de estabelecimentos de ensino nas áreas rurais coloca a necessidade de assegurar o serviço de transporte escolar a um número acrescido de alunos, com repercussões em termos de alargamento da rede de transporte escolar. Quanto ao Ensino Secundário, registou-se um ligeiro aumento da população escolar a frequentar este nível de ensino, sendo este aumento
Verificou-se um ligeiro aumento da população escolar a frequentar o Ensino Secundário.
mais significativo no 12º ano de escolaridade.
85
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Quadro 36. Estabelecimentos de Ensino por freguesia (ano lectivo 2007/2008) Freguesia
Estabelecimento de ensino
Tipologia
Cachopo
EB 1º Ciclo JI do Centro de Animação Infantil
Público Particular/Cooperativo
EB 1º Ciclo de Corte António Martins
Público
EB 1º Ciclo nº1 de Conceição
Público
Conceição
Luz
Santa Catarina da Fonte do Bispo
Santa Maria
Santiago
Santo. Estêvão
Santa Luzia
Cabanas
JI de Conceição
Público
EB 1º Ciclo de Amaro Gonçalves
Público
EB 1º Ciclo Pinheiro/Livramento
Público
EB 1º Ciclo Luz de Tavira
Público
JI Luz de Tavira
Público
EB 1º Ciclo de Santa Catarina JI do Centro Social N. Sr.ª das Dores
Público Particular/Cooperativo
EB 2,3 D. Paio Peres Correia
Público
EB 1º Ciclo n.º 2 de Tavira
Público
JI de Tavira
Público
Academia de Música de Tavira
Privado/Cooperativo
JI do Núcleo da Cruz Vermelha
Privado/Cooperativo
JI “O Pimpão”
Privado/Cooperativo
EB 2,3 D. Manuel I
Público
ES/3º Ciclo Dr. Jorge Augusto Correia
Público
EB 1º Ciclo n.º 1 de Tavira
Público
EB 1º Ciclo de Santo Estêvão
Público
JI Santo Estêvão
Público
JI “O Pinóquio”
Privado/Cooperativo
EB 1º Ciclo n.º 1 Stª. Luzia
Público
EB 1º Ciclo n. º 2 Stª. Luzia
Público
JI S.C.M. de Tavira – O Girassol
Privado/Cooperativo
JI Associação Âncora
Privado/Cooperativo
EB 1º Ciclo n.2 de Cabanas
Público
JI S.C.M de Tavira – A Boneca
Privado/Cooperativo
Total 2
3
4
2
6
3
3
4
2
Fonte: Direcção Regional de Educação do Algarve, 2007
86
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Figura 22. Distribuição espacial dos equipamentos de ensino (ano lectivo 2007/2008) Vaqueiros
!
7°50'W
7°40'W
7°30'W
Odeleite !
Cachopo
37°20'N
!
! ! X "
! ! # ! ! X ! " ! ! X X
! ! X " 37°10'N
Santa Catarina da Fonte do Bispo !
São Brás de Alportel
! X ! " Santo ! X Estevão
!
!
" ! #$
Estói Moncarapacho
!
Conceição
!
Quelfes
Pechão
!
!
Fuseta
!
!
" ! " ! ! X " !
Luz
!
Santa Maria !
!
! X ! "
Norte
(i
Cabanas de Tavira
!
0
" ! X ! ! X " !
Santa Luzia
Altura
!
Vila Nova de Cacela !
Conceição
!
!
Santiago
!
! ! " ! " X
5 km
!
Estabelecimento de ensino
Tipologia !
Privado/Cooperativo
!
Público
! X " # $
Academia de Música JI EB 1º Ciclo EB 2,3 ES 3º Ciclo
Fonte: Elaboração própria, 2007
Tendo por base a análise do Quadro 36 e da Figura 22, verifica-se que a distribuição espacial dos estabelecimentos de ensino do município de Tavira é pautada pela existência do 1º Ciclo do Ensino Básico em todas a s
Existem estabelecimentos do 1.º Ciclo do Ensino Básico em todas as freguesias.
freguesias, sendo que os restantes níveis existem apenas nas freguesias em que se localiza a sede de concelho – os 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico e Ensino Secundário existem apenas nas freguesias de Santa Maria e Santiago.
87 Atendendo à evolução da população escolar estimada pelas projecções elaboradas no âmbito da “Carta Educativa do Concelho de Tavira” (Quadro
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
37), não são expectáveis variações significativas do número de alunos por ciclo de ensino no período 2008-2011 (-21 alunos no 1º Ciclo, +33 alunos no 2º Ciclo, -12 alunos no 3º Ciclo, -34 alunos no Ensino Secundário). Em
Não são expectáveis variações significativas do número de alunos no período 2008-2011.
termos globais, este documento prevê um declínio da população escolar do município de Tavira cifrado em 35 alunos (de 2.798 alunos em 2008 para 2.763 em 2011).
Quadro 37. Projecção da população escolar para o período 2008/2011, por nível de ensino Ano 2008
1º ciclo 898
2º ciclo 467
3º ciclo 671
Secundário 762
Total 2.798
2009
892
477
661
752
2.782
2010
880
498
656
738
2.772
2011
877
500
659
728
2.763
Fonte: Câmara Municipal de Tavira, Carta Educativa do Concelho de Tavira, 2006
Note-se ainda que os níveis de escolaridade mais baixos ocorrem nas freguesias rurais do concelho. Com efeito, a freguesia de Cachopo apresentava a taxa de analfabetismo mais elevada do concelho (com 38%
Os níveis de escolaridade mais baixos verificam-se nas freguesias rurais do concelho.
da população sem saber ler nem escrever), seguindo-se Santa Catarina da Fonte do Bispo com 27% da população residente sem qualquer nível instrução. Importa também referir a existência de uma Escola Fixa de Trânsito no município de Tavira, em funcionamento desde 1 de Junho de 2002. Tratase de um equipamento que tem como população-alvo as crianças (embora sejam também efectuadas acções de sensibilização acerca da segurança rodoviária junto da população em geral), sendo o seu objectivo principal desenvolver e sensibilizar para atitudes e comportamentos correctos de segurança no trânsito. Esta sensibilização é efectuada através de acções
A Escola Fixa de Trânsito tem como principal objectivo desenvolver e sensibilizar para atitudes e comportamentos correctos de segurança no trânsito.
pedagógicas e actividades lúdicas. A escola funciona de Segunda a Sexta-feira, das 09h00-12h00 e 14h0017h30, onde três funcionários municipais prestam formação a crianças dos 3 aos 11 anos, a qual consiste em acções teóricas e acções pedagógicas a nível prático, com simulação de situações de trânsito. As suas infra-estruturas são constituídas por uma sala de aula, um gabinete de trabalho para os monitores e uma arrecadação-oficina. Na Escola Fixa
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
88
de Trânsito existe uma ainda pista de circulação que, pelas suas características de traçado e de sinalização, permite reproduzir situações de trânsito reais. A Escola Fixa de Trânsito estabeleceu protocolos de colaboração com várias entidades, permitindo que um maior número de crianças beneficie desta valência. Entre estas entidades encontram-se várias escolas do
A Escola Fixa de Trânsito estabeleceu protocolos de colaboração com várias entidades, nomeadamente escolas do concelho.
concelho. Pretende-se deste modo, que num futuro próximo os conhecimentos adquiridos venham a ser colocados em prática, actuando de forma preventiva, contribuindo para a diminuição da sinistralidade rodoviária.
6.2.1.1.2. EQUIPAMENTOS DE SAÚDE A rede de equipamentos de saúde do concelho de Tavira é constituída por um Centro de Saúde – localizado na sede de concelho – e seis Extensões, localizadas nas freguesias de Cachopo, Luz, Santa Catarina da Fonte do Bispo, Santa Luzia, Santo Estêvão e Cabanas (Quadro 38).
A rede de equipamentos de saúde é constituída por um Centro de Saúde e seis Extensões do Centro de Saúde.
Quadro 38. Distribuição dos equipamentos de saúde por freguesia Tipo de equipamento
Centro de Saúde de Tavira
Localização (freguesia)
Centro de Saúde
Santiago
Extensão
Cabanas
Extensão
Cachopo
Extensão
Luz de Tavira
Extensão
Santa Catarina Fonte do Bispo
Extensão
Santa Luzia
Extensão
Santo Estêvão
Fonte: Administração Regional de Saúde do Algarve, 2007
Quanto às áreas de influência destas unidades (Figura 23), o Centro de Saúde de Tavira serve as freguesias de Santiago e Santa Maria e a Extensão localizada em Cabanas serve as freguesias de Cabanas e Conceição, sendo que as restantes Extensões têm como área de influência a freguesia em que se localizam.
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
A Extensão do Centro de Saúde localizada em Cabanas serve as freguesias de Cabanas e Conceição.
89
Figura 23. Distribuição espacial dos equipamentos de saúde
7°50'W
7°40'W
7°30'W
Cachopo
$ I
37°20'N
Odeleite
Norte
!
0
!
(i
5 km !
Azinhal
Altura
Santa Catarina da Fonte do Bispo
37°10'N
São Brás de Alportel
$ I
Vila Nova de Cacela
!
!
!
!
Conceição
!
Santo Estevão
Santiago
$ I !
Estói
$ I
Moncarapacho
$ I !
$ I
Cabanas de Tavira
$ I
Santa Luzia
!
!
!
!
Luz
!
Santa Maria
Área de Influência (Freg.) Cabanas de Tavira, Conceição Santa Maria, Santiago
Quelfes
Pechão
!
!
Cachopo Fuseta
!
!
Olhão
Tipo de Equipamento
$ I $ I
Centro de Saúde Extensão
Luz Santa Catarina da Fonte do Bispo Santa Luzia Santo Estevão
Fonte: Elaboração própria, 2007
O Centro de Saúde de Tavira presta serviço de ambulatório, internamento, serviço de atendimento complementar, vacinação, centro de diagnóstico pneumológico, assim como apoio domiciliário com enfermeiro. As várias
As Extensões do Centro de Saúde possuem apenas o serviço de ambulatório e enfermagem.
Extensões do Centro de Saúde de Tavira possuem apenas o serviço de ambulatório e enfermagem. Importa ainda referir que o Hospital Distrital de Faro é o equipamento de referência para todo o sotavento algarvio, servindo assim o município de Tavira.
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
90
Quanto a farmácias, existem 10 estabelecimentos no concelho, sendo que, com a excepção da freguesia de Cachopo, todas as outras freguesias
A oferta de farmácias é constituída por 10 estabelecimentos.
possuem pelo menos uma farmácia. Nas duas freguesias que integram a Cidade de Tavira (Santa Maria e Santiago), existem dois estabelecimentos em cada uma das freguesias. Desta forma, apenas a freguesia de Cachopo não dispõe de qualquer estabelecimento. Perante as dificuldades de deslocação evidenciadas pela população residente, em virtude de se tratar de uma população
No concelho de Tavira apenas a freguesia de Cachopo não possui farmácia.
envelhecida, com repercussões no acesso aos estabelecimentos supra referidos para aquisição de medicamentos, tornam-se evidentes as dificuldades da população desta freguesia em aceder a este tipo de equipamento.
6.2.1.1.3. EQUIPAMENTOS DE SOLIDARIEDADE E SEGURANÇA SOCIAL Os equipamentos de solidariedade e segurança social desempenham um papel de grande relevo no sentido da promoção da melhoria da qualidade de vida da população com necessidades especificas, nomeadamente população idosa, contribuindo para reduzir o isolamento, para promover a sua autonomia ou para assegurar a satisfação de um conjunto de necessidades básicas. No concelho de Tavira, a oferta de equipamentos de solidariedade e segurança social é disponibilizada por 8 entidades, sendo que apenas Conceição e Cabanas não possuem qualquer entidade a operar a partir do
A oferta de equipamentos de solidariedade e segurança social é disponibilizada por 8 entidades.
território da freguesia. Esta oferta é constituída por 4 lares de idosos, 6 centros de dia e serviço de apoio domiciliário a operar a partir de 6 freguesias (Cachopo, Luz, Santa Catarina da Fonte do Bispo, Santa Luzia, Santo Estêvão e Santa Maria) – Quadro 39 e Figura 24.
91
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Quadro 39. Instituições que prestam serviços de apoio a idosos (2007) Valências Centro de Dia Centro Paroquial de Cachopo Casa do Povo da Luz de Tavira Centro Social da Nossa Senhora das Dores Centro Comunitário de Santa Luzia Centro Social Paroquial de Santa Maria Santa Casa da Misericórdia de Tavira
Libânia Alexandrino Unipessoal
Lar para Idosos
Serviço de Apoio Domiciliário
Cruz Vermelha Portuguesa Centro Social de Santo Estêvão
Fonte: Gabinete de Estratégia e Planeamento, Carta Social, 2007
92
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Figura 24. Distribuição espacial dos equipamentos de segurança social (2007)
Vaqueiros
7°50'W
!
7°40'W
7°30'W
Odeleite !
Cachopo
37°20'N
!
! !
! ! ! 37°10'N
! ! ! !
Santa Catarina da Fonte do Bispo !
São Brás de Alportel !
Altura
Conceição
Vila Nova de Cacela !
!
Santo Estevão!
! !!
Santiago
Santa Maria !
Norte
Cabanas de Tavira
!
0 Estói
Luz
!
!
Moncarapacho
!
Conceição
!
Pechão !
!
Quelfes !
! ! !
!
Santa Luzia
! !
(i
5 km
Valências
Fuseta
!
! ! !
Centro de Dia Lar para Idosos Serviço de Apoio Domiciliário
Fonte: Elaboração própria a partir de Gabinete de Estratégia e Planeamento, Carta Social, 2007
Esta oferta é disponibilizada pelas seguintes instituições:
ႀ Centro Paroquial de Cachopo: 1 centro de dia (Cachopo); serviço de apoio domiciliário;
ႀ Casa do Povo da Luz de Tavira: 1 centro de dia (Luz de Tavira); serviço de apoio domiciliário;
ႀ Centro Social da Nossa Senhora das Dores: 1 centro de dia (Santa Catarina da Fonte do Bispo); serviço de apoio domiciliário;
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
93
ႀ Centro Comunitário de Santa Luzia: 1 centro de dia (Santa Luzia); serviço de apoio domiciliário;
ႀ Centro Social Paroquial de Santa Maria: 1 centro de dia (Santa Maria – Tavira); 1 lar de idosos (Santa Maria – Tavira); serviço de apoio domiciliário;
ႀ Santa Casa da Misericórdia de Tavira: 1 centro de dia (Santiago – Tavira); 2 lares de idosos (Santiago – Tavira);
ႀ Libânia Alexandrino Unipessoal: 1 lar de idosos (Luz de Tavira); ႀ Cruz Vermelha Portuguesa (Núcleo de Tavira)7: serviço de apoio domiciliário;
ႀ Centro Social de Santo Estêvão: serviço de apoio domiciliário.
Através da análise do Quadro 40, verifica-se que a oferta de lares de idosos é insuficiente, sendo a taxa de ocupação dos equipamentos existentes de
A taxa de ocupação de lares de idosos acende a 102,9%.
102,9%. Ainda que o regime de utilização dos equipamentos desta natureza minimize as necessidades de deslocação dos seus utentes, estando o recurso a transportes relacionado, sobretudo, com deslocações a equipamentos de saúde, importa ter em conta a dependência/autonomia dos idosos institucionalizados.
Quadro 40. Ocupação dos equipamentos/serviços de apoio aos idosos (2007) N.º Unidades
N.º Utentes
Capacidade
Taxa de ocupação
Lar de Idosos
5
177
172
102,9%
Centro de Dia
6
95
213
44,6%
Apoio Domiciliário
7
257
262
98,1%
Fonte: Gabinete de Estratégia e Planeamento, Carta Social, 2007
7
94 Esta entidade disponibiliza ainda as seguintes respostas sociais: apoio domiciliário integrado,
atendimento/acompanhamento social e refeitório/cantina social.
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Relativamente à valência centro de dia, a taxa de ocupação é de apenas A valência Centro de Dia é disponibilizada em 6 freguesias.
44,6%. Ainda assim, importa notar que esta valência é disponibilizada em 6 freguesias, sendo que duas delas compreendem a cidade de Tavira. Esta distribuição espacial da oferta é tanto mais relevante quanto a questão da autonomia/dependência dos idosos ganha maior relevância, visto que nesta valência os utentes não pernoitam no equipamento, necessitando de transporte
na
deslocação
residência-equipamento
e
equipamento-
residência. No serviço de apoio domiciliário a taxa de ocupação ascende a 98,1%. As
A taxa de ocupação do serviço de apoio domiciliário ascende a 98,1%.
instituições que disponibilizam esta valência operam a partir de 6 freguesias: Cachopo, Luz, Santa Catarina da Fonte do Bispo, Santa Luzia, Santo Estêvão e Santa Maria. Em relação à oferta de equipamentos sociais vocacionados para a infância,
A valência ATL é disponibilizada apenas na sede de concelho.
importa destacar a existência de 4 centros de actividades de tempos livres (ATL), todos localizados na cidade de Tavira (Quadro 41).
Quadro 41. Centros de actividades de tempos livres Equipamento
Instituição
Localização
N.º Utentes
Capacidade
Taxa de Ocupação
Centro Infantil “A Semente”
Cruz Vermelha Portuguesa
Santa Maria (Tavira)
43
76
56,6%
Infantário de Tavira “O Pimpão”
JI de Tavira “O Pimpão”
40
40
100%
27
40
67,5%
27
60
45,0%
Centro Infantil “O Pinóquio” ATL “Um-Dó-Li-Tá”
Instituto de Segurança Social “Um-Dó-Li-Tá” – Actividades de tempos livres
Santa Maria (Tavira) Santiago (Tavira) Santiago (Tavira)
Fonte: Gabinete de Estratégia e Planeamento, Carta Social, 2007
Nos equipamentos existentes a taxa de ocupação atinge os 100% em apenas um deles, leitura que permite aferir da inexistência de carências desta valência na Cidade de Tavira. Note-se contudo que, de acordo com os dados disponibilizados pela “Carta Social”, o restante território concelhio encontra-se desprovido desta oferta.
95
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
6.2.1.1.4. EQUIPAMENTOS DESPORTIVOS A rede de equipamentos desportivos do concelho de Tavira inclui as tipologias de equipamentos apresentadas no Quadro 42 e Figura 25.
Quadro 42. Equipamentos desportivos no Concelho de Tavira Freguesia Cachopo
Conceição Cabanas
Proprietário/Gestor
Designação Específica
Tipologia de Equipamento
Câmara Municipal de Tavira
Campo de Futebol
Grande Campo de Jogos
Câmara Municipal de Tavira
Polidesportivo
Pavilhão/Sala de Desporto
Junta de Freguesia
Sala/Ginásio
Pavilhão/Sala de Desporto
Casa do Povo
Espaço Exterior
Equip. de Base Recreativo
Câmara Municipal de Tavira
Polidesportivo
Pavilhão/Sala de Desporto
Câmara Municipal de Tavira
Polidesportivo
Pavilhão/Sala de Desporto
Câmara Municipal de Tavira
Polidesportivo
Pavilhão/Sala de Desporto
Pátio Coberto
Equip. de Base Recreativo
Sociedade Recreativa Luz
Luzense Inatel – Câmara Municipal de Tavira
Sala 1
Pavilhão/Sala de Desporto
Sala 2
Pavilhão/Sala Desportiva
Campo de Futebol
Grande Campo de Jogos
Santa Catarina da
Câmara Municipal de Tavira
Polidesportivo
Pavilhão/Sala de Desporto
Fonte do Bispo
Particular
Campo de Tiro aos Pratos
Espaços Adaptados
Câmara Municipal de Tavira
Polidesportivo
Pavilhão/Sala de Desporto
Santa Luzia
Câmara Municipal de Tavira Santa Maria
Parque de Serviços Sociais dos Pezinhos
Fundação Irene Rolo
Escola D. Paio Peres Correia
Campo de Futebol
Grande Campo de Jogos
Campo de Futebol 5
Pequeno Campo de Jogos
Piscina
Piscina
Tanque de Aprendizagem
Piscina
Sala
Pavilhão/Sala de Desporto
Piscina
Piscina
Polidesportivo
Pavilhão/Sala de Desporto
Pavilhão
Pavilhão/Sala de Desporto
Sala de Ginástica
Pavilhão/Sala de Desporto
Ginásio Clube Tavira –
Pista de Ciclismo
Pista de Ciclismo
Protocolo Câmara Municipal
Polidesportivo
Pavilhão/Sala de Desporto
de Tavira
Campo de Futebol 11
Grande Campo de Jogos
Câmara Municipal de Tavira
Circuito de Manutenção
Espaços Adaptados
Pavilhão – nave 1
Pavilhão/Sala de Desporto
Câmara Municipal de Tavira – Pavilhão Municipal
Câmara Municipal de Tavira
Pavilhão nave 2
Pavilhão/Sala de Desporto
Sala de Musculação
Pavilhão/Sala de Desporto
Campo de Futebol
Grande Campo de Jogos
Campos de Ténis
Pequeno Campo de Jogos
Sala de Tiro
Pavilhão/Sala de Desporto
Sala de Ballet
Pavilhão/Sala de Desporto
Piscinas Municipais
Piscina
Polidesportivo de Mato de Santo Espírito
Pavilhão/Sala Desportiva
96
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Carreira de tiro de S. Marcos Escola Secundária
Santiago
Escola D. Manuel I
Câmara Municipal de Tavira Câmara Municipal de Tavira Santo Estêvão
Casa do Povo Santo Estêvão
Tiro desportivo com pistola
Espaços Adaptados
Pavilhão
Pavilhão/Sala de Desporto
Pavilhão
Pavilhão/Sala de Desporto
Polidesportivo
Pavilhão/Sala de Desporto
Pista de Atletismo
Pista de Atletismo
Polidesportivo da Atalaia
Pavilhão/Sala de Desporto
Polidesportivo da Bela Fria
Pavilhão/Sala de Desporto
Polidesportivo
Pavilhão/Sala de Desporto
Carreira de tiro ar comprimido
Espaços Adaptados
Fonte: Câmara Municipal de Tavira
97
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Figura 25. Distribuição espacial dos equipamentos desportivos !
7°50'W
7°40'W
7°30'W
Odeleite !
Cachopo
37°20'N
!
2 1 ! !
!
11 4 ! 2 ! ! 2 ! 1 ! 2 !
1 ! 1 ! Santa Catarina da Fonte do Bispo !
37°10'N
São Brás de Alportel
!
! 5 ! 1 ! ! Santiago
Conceição
!
Santo 1 Estevão! 1
Estói
!
Moncarapacho
!
Quelfes
Pechão
!
!
! 1 ! 3 ! 1
Luz
!
!
Santa Luzia
1 1 ! !
Santa Maria ! !
1 !
Cabanas de Tavira
1 ! 1 ! Norte
Fuseta
!
0
(i
5 km
!
Altura
Vila Nova de Cacela !
!
Tipologia de Equipamento
! ! ! ! ! ! ! ! 1
Equip. de Base Recreativo Espaços Adaptados Grande Campo de Jogos Pavilhão/Sala de Desporto Pequeno Campo de Jogos Piscina Pista de Atletismo Pista de Ciclismo Nº de Equipamentos
Fonte: Elaboração própria, 2007
A importância de cada um destes equipamentos enquanto pólos atractores de deslocações depende da sua tipologia e da sua área de influência. Acresce que, em função do tipo de equipamento, a motivação da
A importância dos equipamentos desportivos enquanto pólos atractores depende da sua tipologia e área de influência.
deslocação e tipo de utilização são também variáveis, aspectos que se repercutem na natureza dos fluxos atraídos e na eventual necessidade de reajustamento da oferta de transporte para assegurar o acesso aos mesmos por parte de populações especificas (e.g. população escolar). Analisando a distribuição espacial dos equipamentos desportivos (Quadro 42 e Figura 25), verifica-se que a freguesia de Santa Maria apresenta a
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
98
maior e mais diversificada oferta, contabilizando 2 grandes campos de jogos, 11 pavilhões/salas desportivas, 4 piscinas, 2 pequenos campos de jogos, 2 espaços adaptados e uma pista de ciclismo. Acresce que os
A freguesia de Santa Maria apresenta a maior e mais diversificada oferta de equipamentos desportivos,
pavilhões/salas desportivas e piscinas municipais localizados na Cidade de Tavira estão dotados de todas as condições para a prática de diversas modalidades de alta competição, estando ainda preparadas para acolher estágios de equipas/selecções nacionais e internacionais. Face às condições propiciadas por estes equipamentos desportivos, considera-se necessário a ponderação da criação de condições à sua utilização por parte das população residente no concelho, atribuindo especial atenção à acessibilidade dos habitantes do sector Norte do concelho, designadamente da população residente na freguesia de Cachopo. As freguesias de Cabanas (1 pavilhão/sala de desporto), Conceição (1 pavilhão/sala de desporto e 1 equipamento de base recreativo), Santa Catarina da Fonte do Bispo (1 pavilhão/sala de desporto e 1 espaço adaptado), Santa Luzia (1 pavilhão/sala de desporto e 1 grande campo de jogos) e Santo Estêvão (1 pavilhão/sala de desporto e 1 espaço adaptado) apresentam a oferta menos diversificada. Note-se, todavia, que todas as freguesias do concelho dispõem de um pavilhão/sala de desporto, facto que
Todas as freguesias do concelho dispõem de um pavilhão/sala de desporto.
minimiza as necessidades de deslocação para fruição desta tipologia de equipamento (geralmente de utilização polivalente).
6.2.1.1.5. EQUIPAMENTOS CULTURAIS A capacidade de atracção dos equipamentos culturais, assim como a natureza das deslocações induzidas por estes equipamentos, depende, entre outros aspectos (e.g. localização, qualidade e diferenciação da oferta cultural realização de eventos) da sua tipologia. Desta forma, tendo em consideração os objectivos do estudo, consideramse os equipamentos com maior potencial de atracção de deslocações ou cuja utilização seja relevante enquanto parâmetro essencial na promoção do desenvolvimento pessoal e social, determinando a ponderação do acesso aos mesmo por parte da população residente em aglomerados desprovidos de oferta.
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
99
Quadro 43. Principais equipamentos culturais do concelho de Tavira Equipamento
Freguesia
Biblioteca Municipal
Santiago
Cineteatro António Pereira
Santa Maria
Núcleo Museológico de Cachopo
Cachopo
Observatório Astronómico de Tavira
Santo Estêvão
Centro de Ciência Viva de Tavira
Santa Maria
Torre de Tavira
Santa Maria
Palácio da Galeria
Santa Maria
Casa das Artes
Santa Maria
Núcleo Museológico da Pesca do Atum
Santa Maria
Núcleo Museológico de Cachopo
Cachopo
Núcleo Expositivo da Cooperativa agrícola dos Produtores de Azeite
Santa Catarina da Fonte do Bispo
Fonte: Direcção Regional de Cultura do Algarve, 2007; Câmara Municipal de Tavira, 2007
A Biblioteca Municipal Álvaro de Campos (Imagem 1), localizada na Cidade de Tavira (freguesia
de
Santiago)
é
um
destes
equipamentos, assegurando “a qualidade de vida da comunidade nos aspectos culturais, educativos e científicos, fomentando a ideia de uma sociedade aberta e participativa” (Câmara Municipal de Tavira). Fonte: Câmara Municipal de Tavira
Com uma programação regular em matéria de exposições de artes plásticas8, o Palácio da
Imagem 1. Biblioteca Municipal de Tavira
Galeria apresenta-se como outro importante equipamento cultural do concelho de Tavira. Neste espaço é ainda disponibilizado um serviço educativo, no qual se incluem visitas guiadas e oficinas de expressão plástica. Também neste âmbito enquadra-se o Centro Ciência Viva de Tavira (localizado na freguesia de Santa Maria), equipamento vocacionado para a promoção do contacto da população do concelho e visitantes, com principal destaque para a população em idade escolar, patente nas várias
8
No ano de 2006 este equipamento contou com as seguintes exposições: “Póparte, sardinhas
e outras aventuras “ - Carlos Barroco; “50 Anos de Gravura Portuguesa” – Sociedade Nacional de Belas-Artes, Casa das Artes de Tavira, Fundação Cupertino de Miranda; “ Retratos e Ficções – Júlio Pomar e a Literatura” – Júlio Pomar; “Tríptico” – Jason Berger, Miguel Andrade, Zé ventura.
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
100
actividades disponibilizadas às escolas e professores, com actividades relacionadas com as ciências, de desenvolvimento pessoal e cultural. Tratase de um espaço que pretende atrair o interesse pelas ciências, apresentando-as de uma forma simples e lúdica. Da mesma forma, o Observatório Astronómico (sito em Malhão, freguesia de Santo Estêvão) encontra-se especialmente vocacionado para o desenvolvimento de actividades educativas e de divulgação científica, promovendo sessões interactivas e visitas de estudo no seu domínio temático de actividade. Outro equipamento com potencial de atracção de deslocações, sobretudo por parte de turistas e visitantes é a Torre de Tavira, localizada nas proximidades do Castelo (freguesia de Santa Maria). A oferta deste equipamento baseia-se num princípio óptico relativamente simples que possibilita uma vista singular sobre a cidade de Tavira, num ângulo de 360º. No que diz respeito à distribuição espacial destes equipamentos, verifica-se uma forte concentração na sede de concelho (Figura 26).
A distribuição espacial dos equipamentos culturais evidencia uma forte concentração na sede de concelho.
101
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Figura 26. Distribuição espacial dos equipamentos culturais na Cidade de Tavira
7°39'10"W
h J
7°39'W
7°38'50"W
Casa das Artes
37°7'40"N
= I
Centro de Ciência Viva de Tavira 37°7'40"N
Palácio da Galeria
37°7'30"N
Torre de Tavira
M J
S J
37°7'30"N
Cineteatro António Pereira
[ J
37°7'20"N
37°7'20"N
Norte
Biblioteca Municipal
7°39'10"W
7°39'W
c I
0 7°38'50"W
(i
100 m
Fonte: Elaboração própria, 2007
Outros equipamentos com oferta/programações culturais são: Casa das Artes de Tavira; Cineteatro António Pinheiro e Sede da Companhia de Teatro e Artes do Espectáculo “Al Masram”. Todos estes equipamentos culturais localizam-se na Cidade de Tavira. Quanto a espaços museológicos, o concelho de Tavira dispõe de três núcleos (Câmara Municipal de Tavira, 2007):
ႀ Núcleo Museológico da Pesca do Atum (Quatro Águas): descreve a captura do atum, a vida dos pescadores e suas famílias.
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
O concelho de Tavira dispõe de 3 núcleos museológicos.
102
ႀ Núcleo Museológico de Cachopo (Cachopo): situado na antiga casa dos cantoneiros, o núcleo insere-se no plano de intervenção museológica do concelho de Tavira. Retrata a cultura e os costumes do povo da serra.
ႀ Núcleo Expositivo da Cooperativa agrícola dos Produtores de Azeite (Santa Catarina da Fonte do Bispo).
6.2.1.2. OUTROS PÓLOS ATRACTORES Para além dos equipamentos colectivos existem ainda outros pólos atractores que pela sua capacidade de polarização de deslocações devem ser tidos em conta. Destacam-se os seguintes pólos:
ႀ Câmara Municipal; ႀ Centro
Coordenador
de
Transportes
(Imagem 2);
ႀ Estação Ferroviária de Tavira; ႀ Mercado Municipal; ႀ Superfícies Comerciais (supermercados); ႀ Centro de Comércio;
Imagem 2. Centro Coordenador de Transportes
103
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Figura 27. Outros pólos atractores na Cidade de Tavira
7°39'20"W
Norte
(i
0
100 m
Superfície Comercial (Supermercado)
7°39'W
7°38'40"W
37°8'N
37°8'N
Centro Coordenador de Transportes
37°7'40"N
!
!
37°7'40"N
Câmara Municipal
!
Ce nt
ro de Comércio Mercado Municipal
!
37°7'20"N
Estação Ferroviária de Tavira
! ! Superfície Comercial 7°39'20"W (Supermercado)
7°39'W
37°7'20"N
7°38'40"W
Fonte: Elaboração própria, 2007
Importa ainda ter em consideração que o centro comercial projectado para Tavira constituir-se-á como outro importante pólo atractor de tráfego. Também o parque industrial, previsto para Santa Margarida, irá atrair importantes fluxos de veículos ligeiros e pesados para uma área servida por uma infra-estrutura cujas características técnicas evidenciam algumas limitações para suportar tais fluxos, sendo por isso incontornável que o desenvolvimento daquele projecto seja acompanhado por uma intervenção na rede.
104
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Dada a sua capacidade de atracção de tráfego, sobretudo durante o período estival, importa também destacar as praias de:
ႀ Quatro Águas ႀ Santa Luzia ႀ Cabanas ႀ Pedras D’El Rei
6.2.2. PRINCIPAIS PÓLOS GERADORES A análise dos principais pólos geradores opera-se a duas escalas:
ႀ Escala concelhia – consideram-se as deslocações geradas ao nível
A análise dos principais pólos geradores opera-se às escalas concelhia e urbana.
da freguesia;
ႀ Escala urbana – consideram-se os pólos geradores na Cidade de Tavira.
Com efeito, à escala concelhia destacam-se como principais pólos geradores as freguesias de Santa Maria e de Santiago, responsáveis por 53,6% (27,4% e 26,2%, respectivamente) das deslocações por motivo de trabalho ou estudo geradas no concelho (3.549 e 3.396 deslocações,
À escala concelhia destacam-se como principais pólos geradores as freguesias de Santa Maria e Santiago.
respectivamente) em 2001. Para além destas freguesias importa ainda destacar, pela dimensão do fluxo gerado, a freguesia de Luz (15,1% do total de deslocações por motivo de trabalho ou estudo – 1.962 deslocações). À escala urbana – Cidade de Tavira – os principais pólos geradores correspondem às áreas de expansão urbana recente, identificadas na Figura 28.
À escala urbana, os principais pólos geradores correspondem às áreas de expansão urbana recente.
105
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Figura 28. Principais pólos geradores na Cidade de Tavira
37°9'N 7°40'W
7°39'W
7°38'W
37°9'N
Norte
( i
0
200 m
37°8'N
37°8'N
7°40'W
7°39'W
7°38'W
Fonte: Elaboração própria, 2007
6.3. AVALIAÇÃO
DOS
PROBLEMAS ASSOCIADOS
ÀS
PESSOAS
COM
MOBILIDADE
REDUZIDA “A promoção da acessibilidade constitui um elemento fundamental na qualidade de vida das pessoas, sendo um meio imprescindível para o exercício dos direitos que são conferidos a qualquer membro de uma sociedade democrática, contribuindo decisivamente para um maior reforço dos laços sociais, para uma maior participação cívica de todos aqueles que a integram e, consequentemente, para um crescente aprofundamento da
A acessibilidade contribui para um maior reforço dos laços sociais, para uma maior participação cívica de todos.
solidariedade no estado social de direito” (Decreto-Lei n.º 163/2006 de 8 de Agosto).
106
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Desta forma, a acessibilidade aos edifícios e na via pública apresenta-se como um aspecto incontornável na avaliação dos problemas associados às pessoas com mobilidade reduzida. Estes problemas manifestam-se de diferentes formas, contudo adquirindo maior expressividade quando condicionam a mobilidade no espaço público e o acesso a estabelecimentos e equipamentos de utilização pública, nomeadamente aqueles aos quais são aplicadas as normas técnicas sobre acessibilidade, indicadas no Decreto-Lei n.º 163/2006 de 8 de Agosto, a saber:
ႀ Passeios e outros percursos pedonais pavimentados; ႀ Espaços de estacionamento marginal à via pública ou em parques de estacionamento público;
ႀ Equipamentos sociais de apoio a pessoas idosas e ou com deficiência, designadamente lares, residências, centros de dia, centros de convívio, centros de emprego protegido, centros de actividades ocupacionais e outros equipamentos equivalentes;
ႀ Centros de saúde, centros de enfermagem, centros de diagnóstico, hospitais, maternidades, clínicas, postos médicos em geral, centros de reabilitação, consultórios médicos, farmácias e estâncias termais;
ႀ Estabelecimentos de educação pré-escolar e de ensino básico, secundário e superior, centros de formação, residenciais e cantinas;
ႀ Estações ferroviárias e de metropolitano, centrais de camionagem, gares marítimas e fluviais, aerogares de aeroportos e aeródromos, paragens dos transportes colectivos na via pública, postos de abastecimento de combustível e áreas de serviço;
ႀ Passagens de peões desniveladas, aéreas ou subterrâneas, para travessia de vias-férreas, vias rápidas e auto-estradas;
ႀ Estações de correios, estabelecimentos de telecomunicações, bancos e respectivas caixas multibanco, companhias de seguros e estabelecimentos similares;
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
107
ႀ Parques de estacionamento de veículos automóveis; ႀ Instalações sanitárias de acesso público; ႀ Igrejas e outros edifícios destinados ao exercício de cultos religiosos;
ႀ Museus, teatros, cinemas, salas de congressos e conferências e bibliotecas públicas, bem como outros edifícios ou instalações destinados a actividades recreativas e sócio-culturais;
ႀ Estabelecimentos prisionais e de reinserção social; ႀ Instalações desportivas, designadamente estádios, campos de jogos e pistas de atletismo, pavilhões e salas de desporto, piscinas e centros de condição física, incluindo ginásios e clubes de saúde;
ႀ Espaços de recreio e lazer, nomeadamente parques infantis, parques de diversões, jardins, praias e discotecas;
ႀ Estabelecimentos comerciais cuja superfície de acesso ao público ultrapasse 150 m2, bem como hipermercados, grandes superfícies, supermercados e centros comerciais;
ႀ Estabelecimentos hoteleiros, meios complementares de alojamento turístico, à excepção das moradias turísticas e apartamentos turísticos dispersos, conjuntos turísticos e ainda cafés e bares cuja superfície de acesso ao público ultrapasse 150 m2;
ႀ Edifícios e centros de escritórios.
Os próprios edifícios habitacionais apresentam, muitas vezes, barreiras arquitectónicas que se constituem como obstáculos às pessoas com mobilidade reduzida, agravando a sua condição neste domínio. No que diz respeito ao município de Tavira, identificaram-se algumas situações de barreiras à mobilidade pedonal no espaço público (e.g. barreiras físicas, descontinuidade dos circuitos pedonais), as quais constituem-se como entraves à circulação de pessoas com mobilidade
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
No município de Tavira identificaram-se algumas barreiras à mobilidade pedonal no espaço público.
108
reduzida, assim como da população em geral. Indicam-se algumas das situações identificadas:
ႀ Passagem de nível Rua Álvaro de Campos;
ႀ Rua dos Pelames/Rua Gonçalo Velho; ႀ Passagem de nível – acesso ER125 (Imagem 3);
ႀ Entroncamento da Avenida D. Manuel I com a Rua Almirante Cândido dos Reis;
ႀ Rua Almirante Cândido dos Reis; ႀ Alguns arruamentos do aglomerado de Conceição;
ႀ Marginal de Cabanas (Imagem 4); ႀ Acessos a Quatro Águas. Imagem 3.Passagem de nível – acesso EN125
Importa, contudo, ter presente que em muitos
Imagem 4. Marginal de Cabanas
dos arruamentos onde se colocam problemas relacionados com os constrangimentos físicos à mobilidade pedonal, as vias não apresentam perfis que permitam a duplicação de passeios. Noutros casos (e.g. marginal de Cabanas), os problemas identificados serão brevemente ultrapassados através de intervenções projectadas pela autarquia. Refira-se também que alguns dos constrangimentos ocorrem junto à ER125, sendo que nestes casos impõe-se a intervenção da Estradas de Portugal. Nas áreas mais centrais do aglomerado urbano de Tavira, tem-se assistido a uma acção gradual de requalificação do espaço público, resultando os principais constrangimentos à deslocação de pessoas com mobilidade reduzida da invasão dos passeios por automóveis, assim como de
Nas áreas mais centrais do aglomerado urbano de Tavira tem-se assistido a uma acção gradual de requalificação do espaço público.
situações relacionadas com a reduzida largura dos arruamentos que acabam por condicionar a implementação de faixas pedonais com as dimensões mínimas regulamentares.
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
109
Em relação aos edifícios habitacionais (Quadro 44), os dados do último Recenseamento Geral da Habitação mostram que 77,8% dos edifícios existentes no concelho, ainda que não possuindo rampas, eram acessíveis. O número de edifícios com rampas de acesso é de 412 edifícios (3,4% do total de edifícios), enquanto que 2.272 edifícios (18,8% do total de edifícios) não
eram
considerados
acessíveis
a
pessoas
com
mobilidade
condicionada.
Quadro 44. Edifícios, segundo o número de pavimentos, por acessibilidade a pessoas com mobilidade condicionada (2001) Edifícios, segundo o Número de Pavimentos
Total Tem rampas de acesso
Total
Com 1
Com 2
Com 3
Com 4
Com 5
Com 6
Com 7 ou +
12.086
7.009
3.810
851
306
85
18
7
412
266
108
23
8
7
-
-
Com elevador
3
-
-
3
-
-
-
-
Sem elevador
409
266
108
20
8
7
-
-
9.402
5.619
3.002
550
168
46
10
7
54
-
5
1
5
26
10
7
9.348
5.619
2.997
549
163
20
-
-
2.272
1.124
700
278
130
32
8
-
Não tem rampas de acesso e é acessível Com elevador Sem elevador Não tem rampas de acesso e não é acessível Com elevador
16
-
-
1
2
5
8
-
Sem elevador
2.256
1.124
700
277
128
27
-
-
Fonte: INE, XIV Recenseamento Geral da População/IV Recenseamento Geral da Habitação, 2001
110
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
7. CARACTERIZAÇÃO DA OFERTA DE TRANSPORTE 7.1. IDENTIFICAÇÃO
E
CARACTERIZAÇÃO
DA
OFERTA
DE
TRANSPORTE
POR
MODO 7.1.1. REDE RODOVIÁRIA 7.1.1.1. CARACTERIZAÇÃO DA REDE RODOVIÁRIA A caracterização da rede viária tem por base o Plano Rodoviário Nacional de 2000 (Decreto-Lei nº 222/98 com as alterações introduzidas pela Lei nº 98/99 de 26 de Julho, pela Declaração de rectificação nº 19-D/98 e pelo Decreto-Lei nº 182/2003 de 16 de Agosto). Este Plano define a rede rodoviária nacional, que desempenha funções de interesse nacional ou internacional, constituída pela rede nacional fundamental e pela rede nacional complementar. Tendo em consideração o âmbito do presente estudo, consideram-se as seguintes vias que atravessam o município, assim como as vias de ligação entre os principais aglomerados, fazendo-se uma breve análise das suas funções. Com efeito, o concelho de Tavira é servido pela rede rodoviária nacional fundamental (que integra os itinerários principais9 - IP), mais precisamente por um IP com perfil de auto-estrada:
O concelho de Tavira é servido pela rede nacional fundamental.
ႀ IP1/A22 – É a principal via rodoviária que atravessa o município de Tavira, assegurando a ligação entre o barlavento e o sotavento algarvio até à fronteira em Castro Marim. Trata-se de uma via com perfil de auto-estrada, sem custos para o utilizador, sendo fundamental nas ligações inter-concelhias e supra-regionais do município de Tavira.
9
De acordo com o PRN2000, os IP são as vias de comunicação de maior interesse nacional,
servindo de base de apoio a toda a rede rodoviária nacional, e assegurando a ligação entre os centros urbanos com influência supra-distrital e destes com os principais portos, aeroportos e fronteiras. A rede nacional de auto-estradas é formada pelos elementos da rede rodoviária nacional especialmente projectados e construídos para o tráfego motorizado, que não servem as propriedades limítrofes.
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
111
Figura 29 – Rede Rodoviária ! !
IC36
LEIRIA
IP1
IC8
IP6 - IP2
IC9
IC9
IP6 IC3
IC1 IP6
IP6
IP2 IC9
IP1 - IP6
PORTALEGRE
! !
SANTARÉM IC2
! !
IC13
IC11 IC3 IC1
IP2
IP1
39°N IC13 IC10 IC18
IC30 IC15
! !
IC17
IC2
IC11
LISBOA IP7
IC32
IC20
IC21
IP7
ÉVORA
IP1 - IP7
! !
SETÚBAL! !
IP2
IP2 IC33 IC1
IP2
IP8
IP8
38°N
BEJA
! !
IP8 IP2 IC1
Norte
0
(i
IC4
IC27
IP1
20 km IC27
IC1
TAVIRA! !
IC4
IP2
! !
37°N 9°W
FARO
8°W
7°W
Fonte: elaboração própria 2007
Ao nível da rede nacional complementar10, o concelho de Tavira é servido pelas seguintes vias:
10
A rede nacional complementar é formada pelos itinerários complementares (IC) e pelas
estradas nacionais (EN), assegurando a ligação entre a rede nacional fundamental e os centros urbanos de influência concelhia e supraconcelhia, mas infradistrital. Os IC são as vias
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
O concelho de Tavira é servido, ao nível da rede nacional complementar, pela EN397 e EN124.
112
ႀ EN397 – É a principal ligação da freguesia de Cachopo, localizada na serra algarvia, à sede de município e ao restante território litoral do concelho de Tavira.
ႀ EN124 – Faz a ligação da freguesia de Cachopo aos o municípios de Alcoutim e de São Brás de Alportel através da ligação com a N2.
As comunicações públicas rodoviárias com interesse supramunicipal e complementar à rede rodoviária nacional são asseguradas por estradas regionais (ER). As ER asseguram o desenvolvimento e serventia das zonas fronteiriças, costeiras e outras de interesse turístico, a ligação entre agrupamentos de concelhos constituindo unidades territoriais e a continuidade de estradas regionais nas mesmas condições de circulação e segurança. O concelho de Tavira é servido por duas estradas regionais:
O concelho de Tavira é servido por duas estradas regionais: ER125/EN125 e ER270.
ႀ ER125 – Corresponde a um troço EN125, classificada como Estrada Regional no PRN2000 entre Olhão e o nó da Pinheira com a A22. Com um traçado aproximadamente paralelo ao da A22 e à linha de costa, esta via é fundamental para as ligações interconcelhias, a nível regional, assim como para algumas ligações intra-concelhias. É a principal ligação das freguesias de Luz, Santa Luzia, Conceição e Cabanas à sede de município.
ႀ ER270 – esta infra-estrutura rodoviária liga Boliqueime a Tavira, funcionando como a principal via de ligação aos municípios de São Brás de Alportel e de Loulé, sendo ainda a principal via que serve a freguesia de Santa Catarina da Fonte do Bispo. A ligação da Cidade de Tavira à A22 é também assegurada por um troço desta via, sendo o mesmo classificado como Estrada Nacional no PRN2000.
113 que estabelecem as ligações de maior interesse regional, bem como as principais vias envolventes e de acesso nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto.
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Figura 30. Rede rodoviária do concelho de Tavira Barroso
Monte Do Argil
!
Pão Duro
!
!
Corte João Marques
!
Azinhal ! dos ! Mouros
!
Corte Serrano
!
Mealha
Corte Do Ouro
!
Zambujal
Corte de São Tomé
!
N506 !
Preguiças
!
Furnazinhas
!
Vale de Odre
Corte Nova
N122 !
!
Casas Baixas!
Vale Do Pereiro
Amoreira
Montinho
!
Bentos
!
!
Vale Do João ! Farto
!
Fonte Corcho
!
N505
!
!
37°20'N! Besteiros
Palmeira
Soudes
Vaqueiros ! !
ER124 !
Cachopo
!
!
Garcia
Passa Frio
Várzea
!
Fernandilho
!
Preguiça
!
Grainho
!
Currais
Taipas
!
Alcarias
!
!
Casas
!
Choça Queimada
Corte Pequena
!
!
N2
!
N508
Malfrade
!
Ameixial
!
Alcaria Queimada !
N506
!
Arrizada
!
Corujos
Cerro
!
Alta Mora
!
Figueirinha
!
Fortim
!
Magoito
Quebradas!
!
Cabaços
!
!
! !
Vale da Rosa
Corte Gago
Feiteira !
ER124 !
!
Montes Novos
Cortelha!
Cabeça Do Velho
Parises
!
!
Barranco Velho
!
N512
!
Traviscosa !
Portela Alta de Baixo
Alcarias Grandes
!
Cortelha
Monte Do Cerro !
N397
! !
!
Carrapateira
Nora
ER124
M509 !
!
Eira Pelada
Estorninhos
N396
Corte Garcia !
Carricos
N2
Amendoeira
!
37°10'N
ER270
!
Pedragosa
!
!
Eira da Palma
Alportel
Cerro de Alportel !
! !
ER270
!
Bengado
ER270
Velha
São Marcos
! ER125 ! Conceição
Malhão Monte Agudo !
!
ER125 N398
Santo Estêvão
M520
!
A22/IP1 N2
! !
A22/IP1
A22/IP1
A22/IP1
!
Amaro Gonçalves
N516
ER125
! !
Tavira Norte
(i
! !
!
Caliços
N270
Poco Do Vale
N398
Estói São João da Venda
N514-3
Santa Luzia
! !
Moncarapacho
M520-4
N398 Conceição
! !
ER125 N518
N2-6
Cascalho !
N518
0
N516-2
5 km
N516-2
Pechão
! !
N125-10
M1248 ! ! Cacela
!
Machados
! !
Santa Rita
ER125 M1248
Santa Catarina da Fonte Do Bispo
Alportel
!
!
!
!
!
!
! !
Curral Boeiros
!
Almargens
Campina ! Farrobo ! Mesquita Fonte Do Mealhas! Alta São ! Touro Gralheira Romão Vilarinhos ! ! ! ! ! Calçada ! São Brás de Corotelo N2
Santa Bárbara de Nexe
!
Brancanes
!
7°50'W
ER125
Belo ! Bias Do Norte Romão Bias ! ! Quatrim Do Sul Do Sul !
!
ER125
Fuseta
!
7°40'W
Fonte: elaboração própria, 2007
De acordo com o PRN2000, as estradas não incluídas no plano integrarão as redes municipais, mediante protocolos a celebrar entre a EP - Estradas de Portugal e as Câmaras Municipais. Para além do previsto no PRN2000, as estradas municipais serão também alvo de regulamentação por diploma próprio.
114
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Para além das vias de âmbito nacional e regional, a rede rodoviária do concelho de Tavira é constituída por um conjunto de estradas municipais que embora possuam um nível de serviço inferior às de âmbito nacional e regional, desempenham uma função essencial na acessibilidade intra-
Para além da rede rodoviária de âmbito nacional e regional, a rede rodoviária do concelho de Tavira é constituída por um conjunto de estradas municipais.
concelhia, assegurando a ligação dos aglomerados de menor dimensão à sede de concelho. Através da análise da Figura 30 verifica-se ainda que a rede rodoviária municipal apresenta algumas disparidades territoriais entre os sectores interior e litoral.
A rede rodoviária municipal apresenta algumas disparidades territoriais entre os sectores interior e litoral.
De forma a percepcionar a cobertura territorial alargada da rede rodoviária, procedeu-se à análise da distância em minutos relativamente à sede de concelho11, utilizando-se as seguintes isócronas: 5 minutos; 10 minutos; 15 minutos; 20 minutos e 30 minutos. O resultado deste exercício (Figura 31) permite verificar que os níveis de acessibilidade à sede de concelho apresentam uma incidência territorial em coroa (com aumento da distânciatempo no sentido centrífugo), com deformações induzidas por vias como a ER125 ou a EN397, estando a maioria dos aglomerados populacionais a menos de 20 minutos da cidade de Tavira. A Figura 31 permite também constatar que a quase totalidade do território concelhio encontra-se a menos de 30 minutos da sede de concelho, exceptuando-se algumas áreas da freguesia de Cachopo.
11
A quase totalidade do território concelhio encontrase a menos de 30 minutos da sede de concelho.
Foram calculadas as isócronas para os 5, 10, 15, 20 e 30 minutos em relação à sede de
concelho. Este cálculo teve por base as principais vias de cada concelho. O tempo dispendido em relação à sede de concelho foi calculado tendo por base a tipologia da rede viária, com os valores de velocidade máximos estabelecidos no código da estrada. Deste modo, consoante a extensão do eixo da via é contabilizado o tempo necessário para percorrer cada troço, sendo de seguida o tempo acumulado em cada nó onde existe uma intersecção com outro troço, continuando a análise a realizar-se até que seja atingido o limite dos 30 minutos de deslocação previamente estabelecido. Apresentam-se os resultados de acordo com duas metodologias diferentes. A primeira apresenta as isócronas a englobarem as vias dentro dos intervalos de tempo definidos, sendo de seguida à área entre as vias atribuído o valor de tempo alocado à via mais próxima (Figura 31). O segundo método utilizado executa a análise tendo apenas em conta uma determinada área circundante às vias, sendo que na análise realizada foi definida uma margem de 400 metros em relação aos eixos das vias. Deste modo a área que não é servida pela rede viária e que se encontra fora da margem de 400 metros é considerada inacessível (Figura 32).
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
115
Figura 31. Tempo de deslocação relativamente à Sede de Concelho (Rede Rodoviária) Barroso
N508
Pão Duro
Corte Serrano
Corte João Marques
Palmeira
Alcaria Queimada
Monte Do Argil Arrizada
Soudes
Vaqueiros
Zambujal
N506
Corte de São Tomé
Malfrade
ER124
Preguiças
Ameixial Azinhal dos Mouros
Mealha
Corte Do Ouro
N505 Furnazinhas
Vale de Odre Casas Baixas
Corte Nova
N122
Vale Do Pereiro
Amoreira
Montinho Bentos
Vale Do João Farto
37°20'N Besteiros
Garcia
Passa Frio
Várzea
Fernandilho
Grainho
Currais
Fonte Corcho
N2
Cachopo
Taipas
Preguiça
Choça Queimada
Corte Pequena
Casas Alcarias
Alta Mora
Figueirinha
Magoito
Quebradas
Fortim Traviscosa
N512
Cabaços Corte Gago
Vale da Rosa
Portela Alta de Baixo
Corujos
Cerro
Alcarias Grandes
Feiteira
ER124
Cortelha
Montes Novos Cortelha
Cabeça Do Velho
Parises
Monte Do Cerro
N397
Carrapateira Nora
Barranco Velho
ER124
M509
Eira Pelada
Estorninhos
Corte Garcia
N396
Carricos
N2
Eira da Palma
Alportel Amendoeira
37°10'N São Romão
Cerro de Alportel
ER270
Campina
São Brás de Alportel
ER125 M1248
Santa Catarina da Fonte Do Bispo
Mealhas Mesquita Alta
Calçada Corotelo
ER125
Malhão
Conceição
Monte Agudo
N398
Santo Estêvão
N508 N514
N270
Poco Do Vale
M520 N2 N516
Caliços
Estói
! ! !
Nº Habitantes (2001)
Tavira
Amaro Gonçalves
A22/IP1
São João da Venda
Cacela Velha
São Marcos
ER270
Bengado
Machados
Santa Bárbara de Nexe
Santa Rita
Almargens
Farrobo Fonte Do Touro Gralheira Vilarinhos
Pedragosa
Curral Boeiros
N514-3
Santa Luzia
!
Moncarapacho
M520-4
N398 Conceição
ER125
Cascalho
Pechão
N518 N125-10
Norte
N516-2
(i
N2-6
Brancanes
7°50'W
Belo Bias Do Norte Romão Bias Quatrim Do Sul Do Sul
ER125
Fuseta
0 7°40'W
1601 - 10434 701 - 1600 201 - 700 16 - 200
Tempo (min.) 0-5 5 - 10 10 - 15
2
15 - 20
km
20 - 30
Fonte: elaboração própria, 2007
116
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
A maior densidade da rede rodoviária no sector Sul do concelho, constatável na Figura 30, é também observável na Figura 32, sendo este aspecto indissociável da ocupação do território concelhio, caracterizada pela “concentração” da população neste sector. Como se pode observar na Figura 32 (que apresenta a distância em minutos da áreas circundante às vias relativamente à sede de concelho), a maior densidade da rede rodoviária no sector Sul permite uma maior acessibilidade à sede de concelho, visto que a quase totalidade do território deste sector se encontra a menos de 15 minutos da Cidade de Tavira, enquanto nos sectores Centro e Norte apenas a envolvente imediata às vias que garantem a ligação aos principais aglomerados populacionais deste sectores (EN397 e ER124), têm uma cobertura que possibilita uma ligação à Cidade de Tavira inferior a 30 minutos.
Nos sectores Centro e Norte apenas a envolvente imediata às vias têm uma cobertura que possibilita uma ligação à Cidade de Tavira inferior a 30 minutos.
117
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Figura 32. Tempo de deslocação relativamente à Sede de Concelho (área circundante à Rede Rodoviária) Barroso Arrizada
N508
Pão Duro
Corte Serrano
Corte João Marques
Palmeira
Alcaria Queimada
Monte Do Argil
Soudes
Vaqueiros
Zambujal
Corte de São Tomé
N506 Malfrade
ER124
Preguiças
Ameixial Azinhal dos Mouros
Mealha
Corte Do Ouro
N505 Furnazinhas
Vale de Odre Casas Baixas
Corte Nova
N122
Vale Do Pereiro
Amoreira
Montinho Bentos
Vale Do João Farto
37°20'N Besteiros
Garcia
Passa Frio
Várzea
Fernandilho
Grainho
Currais
Fonte Corcho
N2
Cachopo
Taipas
Preguiça
Choça Queimada
Corte Pequena
Casas Alcarias
Alta Mora
Figueirinha
Magoito
Quebradas
Fortim Traviscosa
N512
Cabaços Alcarias Grandes
Corte Gago
Vale da Rosa
Portela Alta de Baixo
Corujos
Cerro
Feiteira
ER124
Cortelha
Montes Novos Cortelha
Cabeça Do Velho
Parises
Monte Do Cerro
N397
Carrapateira Nora
Barranco Velho
ER124
M509
Eira Pelada
Estorninhos
Corte Garcia
N396
Carricos
N2
Eira da Palma
Alportel Amendoeira
Cerro de Alportel
37°10'N São Romão
Campina
Farrobo Fonte Do Touro Gralheira Vilarinhos
ER270
Calçada Corotelo
Pedragosa
São Brás de Alportel
Cacela Velha
São Marcos
ER270
Bengado
ER125
Malhão
Conceição
Monte Agudo
N398
Santo Estêvão
N508 N514
N270
N2
Tavira
Amaro Gonçalves
A22/IP1
N516
Caliços
Estói
! ! !
Nº Habitantes (2001)
Poco Do Vale
M520
São João da Venda
Santa Rita
ER125 M1248
Santa Catarina da Fonte Do Bispo
Mealhas Mesquita Alta
Machados
Santa Bárbara de Nexe
Curral Boeiros
Almargens
N514-3
Santa Luzia
!
Moncarapacho
M520-4
N398 Conceição
ER125
Cascalho
Pechão Brancanes
N518 N125-10
N516-2
Norte
(i
N2-6
7°50'W
Belo Bias Do Norte Romão Bias Quatrim Do Sul Do Sul
ER125
Fuseta
0 7°40'W
1601 - 10434 701 - 1600 201 - 700 16 - 200
Tempo (min.) 0-5 5 - 10 10 - 15 15 - 20
2 km
20 - 30
Fonte: elaboração própria, 2007
Finalmente, importa referir que do trabalho realizado resultou clara a necessidade de corrigir o traçado de algumas vias (nomeadamente TaviraCachopo – EN397) e de melhorar a rede viária entre alguns aglomerados populacionais interiores e com o litoral.
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
118
7.1.1.2. INDICADORES DA REDE RODOVIÁRIA Através da análise de indicadores da rede rodoviária que serve o concelho de Tavira pretende-se aferir o nível de acessibilidade existente. Para tal, consideraram-se os seguintes índices:
ႀ Índice de permeabilidade12 (km de estrada/km2 de área); ႀ Índice de densidade (km de estrada/1.000 hab.); ႀ Número de veículos por km de rede viária.
A rede rodoviária tem uma extensão total de aproximadamente 555,9 km no
A rede rodoviária do concelho de Tavira tem uma extensão aproximada de 555,9 km.
município de Tavira, da qual resulta uma permeabilidade de 0,92 km de rede viária por km2 de área, valor inferior ao registado no cômputo do território nacional (2,08 km/ km2).
Quadro 45. Índice de Permeabilidade
419,3
0,69
555,9
Extensão/
0,09
Área (km/km2)
57,6
Extensão (km)
0,01
Extensão/
Extensão (km)
3,6
Total Área (km/km2)
Extensão/
Área (km/km2)
0,09
Extensão (km)
56,2
Extensão/
0,03
EM*
Área (km/km2)
Extensão/
19,2
ER
Extensão (km)
Extensão (km)
Área (km/km2)
Extensão/
EN
Área (km/km2)
Tavira
IC
Extensão (km)
IP
0,92
* Inclui as estradas nacionais desclassificadas. Fonte: Elaboração própria, 2007
No que diz respeito à rede rodoviária nacional, mais precisamente no que se refere aos IP, o concelho de Tavira apresenta um índice de permeabilidade de 0,03 km/km2, sendo que no caso dos IC e EN estes valores são de 0,09 km/km2 e 0,01 km/km2, respectivamente. Tratando-se de valores relativamente reduzidos, os mesmos devem ser analisados à luz 12
Tratando-se de uma densidade, propõe-se a designação de índice de permeabilidade na
medida em que este indicador permite aferir da cobertura territorial da rede rodoviária, diferenciando-se assim do índice de densidade que avalia a relação entre a extensão da rede e o número de habitantes.
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
119
da natureza e função destas vias (integrantes da rede fundamental – IP – e da rede complementar – IC e EN). Quanto às ER, a permeabilidade da rede é de 0,09 km/km2, resultante da existência de 57,6 km de estradas regionais no concelho. No cômputo da rede consignada no PRN2000 (IP, IC, EN e ER), o índice de permeabilidade é de 0,22 km/km2. Por sua vez, a rede municipal apresenta uma extensão de 419,3 km, sendo 2
a sua permeabilidade relativamente elevada (0,69 km/km ), o que em parte
A rede municipal apresenta uma extensão de 419,3 km.
reflecte as exigências decorrentes do tipo de povoamento do concelho (concentração da população em pequenos aglomerados populacionais e população dispersão no sector norte do território concelhio). Esta análise é corroborada pelo índice de densidade da rede (extensão da rede viária por habitante), o qual cifra-se em 22,2 km por 1.000 habitantes, quando em Portugal Continental este indicador não ultrapassa os 18,2 km por 1.000 habitantes.
Quadro 46. Índice de densidade e veículos por quilómetro da rede viária em Tavira e Portugal Continental
Índice de Densidade
Veículos por km de Rede Viária
(km/1.000 hab.)
(veículos/km)
Tavira
22,2
27,4
Portugal Continental
18,2
28,9
Fonte: Elaboração própria, 2007
Enfocando o número de veículos por quilómetro da rede viária, verifica-se que o valor ostentado por Tavira é de 27,4 veículos por quilometro da rede viária, valor ligeiramente inferior ao verificado no cômputo do território
Em Tavira, o número de veículos por km de rede viária é de 27,4.
continental nacional, que ascende a 28,9 veículos/km.
120
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
7.1.1.3. CONSTRANGIMENTOS DE TRÁFEGO Os principais constrangimentos de tráfego no concelho de Tavira ocorrem na Cidade de Tavira e nos acessos a este aglomerado urbano, os quais prendem-se com a existência de “zonas”/”pontos” de conflito. Através do trabalho de campo realizado e da informação cedida pelos serviços técnicos da Câmara Municipal de Tavira, identificaram-se as seguintes “zonas”/”pontos” de conflito (Figura 33):
ႀ Rotunda da Nora; ႀ Passagem de nível junto ao acesso à ER125; ႀ Entroncamento da Rua Álvaro de Campos com a Avenida Dr. Eduardo Mansinho;
ႀ Rua Álvaro de Campos; ႀ Cruzamento da Ponte de Santiago (sul); ႀ Cruzamento da Ponte de Santiago (norte); ႀ Rotunda da Rua Alto dos Canos/Rua dos Mouros; ႀ Largo de Santo Amaro; ႀ Cruzamento do Centro Coordenador de Transportes; ႀ Travessa Zacarias Guerreiro; ႀ Rua Dr. Marcelino Franco; ႀ Rotunda junto à esquadra da PSP; ႀ Rotunda do mercado; ႀ Entroncamento da avenida D. Manuel I com a Rua Almirante Cândido dos Reis;
ႀ Rotunda junto ao posto de abastecimento da Avenida Eduardo Mansinho com a Rua almirante Cândido dos Reis;
121
ႀ Rotunda de acesso à ER125 (junto ao Gran Plaza Tavira);
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
ႀ Entroncamento da Rua Luís de Camões com a Rua Dr. Fausto Cansado;
ႀ Acesso Quinta do Perogil; ႀ Acesso Urbanização Quinta da Barra.
122
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
0
7°39'20"W
Cruzamento Ponte de Santiago / Sul
Travessa Z. Guerreiro
Rotunda Mercado
Rotunda BP
Entroncamento Avª. D. Manuel I / Rua Almirante Cândido dos Reis
7°38'40"W
Entroncamento Rua Luís de Camões / Rua Dr. Fausto Cansado
Rotunda PSP
Rua Dr. Marcelino Franco
Cruzamento Centro Coordenador Transportes
Passagem Nível Acesso EN 125
Rotunda Nora
Entroncamento Rua Álvaro de Campos / Avª. Dr. Eduardo Mansinho
7°38'40"W
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
7°39'20"W
Acesso Urb. Quinta da Barra
Rua Álvaro de Campos
Cruzamento Ponte Santiago / Norte
Largo de Santo Amaro
Rotunda Rua Alto dos Canos / Rua dos Mouros
Acesso Quinta do Perogil
200 m
Fonte: Elaboração própria, 2007
37°7'20"N
37°8'N
(i
Norte
Figura 33. Principais “pontos”/”zonas” de conflito
37°7'20"N
Rotunda Acesso EN 125
37°8'N
123
7.1.1.4. PONTOS NEGROS EM TERMOS DE SINISTRALIDADE Relativamente aos pontos negros, a sua identificação baseou-se na análise dos Boletins Estatísticos de Acidentes de Viação da Direcção Geral de Viação/Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, enfocando os acidentes com vítimas mortais ou feridos graves13 no período 2004-2006. Não obstante o aumento do número de acidentes e de feridos graves de 2004 para 2006 (ainda que face a 2005 se registe um aumento do número de feridos graves e de acidentes), verifica-se uma diminuição do número de vítimas mortais face a 2005. Os acidentes rodoviários mais graves no município de Tavira ocorrem sobretudo na ER125, onde o número de ocorrências é maior (32,1% do
Não obstante o aumento do número de acidentes e de feridos graves de 2004 para 2006, verifica-se uma diminuição do número de vítimas mortais face a 2005.
Os acidentes rodoviários mais graves ocorrem, sobretudo, na EN125.
total) entre os km 124,4 e 142,3. Estes acidentes devem-se em parte às características da via (em muitos locais com pouca visibilidade, sem separador central e sem faixa de emergência) e também devido ao facto de atravessar várias aglomerados urbanos. Tais resultados não devem ainda ser dissociados do facto de se tratar da estrada alternativa ao IP1/A22 (constituindo-se como o segundo principal eixo rodoviário entre o Sotavento e o Barlavento Algarvio), tendo por isso uma grande procura em termos de tráfego rodoviário.
O número de acidentes na EN125 não deve ser dissociado do facto de se tratar da estrada alternativa ao IP1/A22, com elevado volume de tráfego.
Importa também referir o elevado tráfego no período estival, assim como o facto de esta via ligar alguns locais de diversão nocturna com elevada procura, associada à qual ocorrem, por vezes, situações de consumo excessivo de álcool que culminam, nalguns casos, em despistes e colisões.
13
São contabilizadas como vítimas mortais os óbitos ocorridos no local do acidente ou a
caminho do hospital, enquanto que os feridos graves respeitam a acidentados que necessitam de hospitalização por um período superior a 24 horas.
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
124
Quadro 47. Número de acidentes, mortos e feridos graves no concelho de Tavira (2004-2006) Acidentes
Mortos
Feridos Graves
4
4
16
3
3
5
1
1
2
1
1
1
1
5
9 14
10 19
5 15
23 50
2004
2005
2006
ER 125
12
2
ER 270
1
1
EN397
1
IP/A 22
4
Outras Vias Total
5 23
Fonte: Direcção Geral de Viação/Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária
Centrando a análise no ano mais recente (2006) – Quadro 48 –, constatase que os acidentes ocorridos no concelho de Tavira provocaram 4 mortos e 17 feridos graves.
Os acidentes ocorridos no concelho de Tavira em 2006 provocaram 4 mortos e 17 feridos graves.
125
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Figura 34. Acidentes com mortos ou feridos graves no concelho de Tavira !
7°50'W ER124 !Arrizada
(2004-2006)
!
Monte Do Argil !
N508
7°40'W
Pão Duro
Corte Serrano !
Corte João Marques
14
! !
Soudes
!
Vaqueiros
Zambujal
N506
Malfrade
N505
!
!
Mealha
!
!
Preguiças
Vale de Odre
[
!
Corte Do Ouro
!
!
!
!
Garcia
Cachopo
37°20'N
!
Amoreira
Casas Baixas
2006
Vale Do João Farto ! !
!
Passa Frio
Bentos
!
!
Várzea
!
Fernandilho
!
Preguiça
Corte Pequena
!
Grainho
Currais
Fonte Corcho
Corte de São Tomé ! Corte Nova Furnazinhas !
!
!
!
Taipas
!
!
!
Casas
!
Alcarias
!
Corujos
Cerro
Magoito
!
!
Fortim
!
N512
!
Alta Mora
!
Figueirinha
!
Traviscosa !
Cabaços
!
N2 !
!
Vale da Rosa
ER124 !
Û
Montes Novos
!
2006
Cabeça Do Velho
Parises
!
! !
N397
Nora
Cortelha
Monte Do Cerro Carrapateira
! !
!
Barranco Velho
M509
Eira Pelada
Estorninhos
!
!
X X
2004 N2
!
37°10'N
! " # $ %
X h Û
[
!
Carricos
!
Eira da Palma
Curral Boeiros
!
Cerro de Alportel !
Almargens
Mealhas
!
!
! Mesquita ! São Brás Alta c/ Fuga
! !
!
Bengado
Monte Agudo !
Atropelamento de Peões
A22/IP1
Malhão
São Marcos
Machados Poco Do Vale
X[ ! !
Colisão Frontal
2004
Desp. c/ Capotamento ! ! Desp. c/ Transpos. Disp. Ret. Lateral
A22/IP1
!
!
Caliços ! !
Desp. s/ Dispo. Retenção
Moncarapacho
M520-4
Amaro Gonçalves
N516
2004
N398 N516-2
N2-6 !
Brancanes
!
2004
2004
Estói
Cascalho ! Com Vítimas Mortais Pechão ! ! Com Feridos Graves ! N518-1 N518
Santo N270 ! Estêvão !
!
Col. Tras. c/ Veic. em Mov.
#
Belo ! Romão Bias Do Norte Fuseta ! ! Quatrim Do Sul Bias ! Do Sul !
!
2004
!
2006
Col. Lat. c/ Veic. em Mov.
Conceição
2006
!
h
ER270
de Alportel
Despiste Simples
Santa Rita
ER125
Santa Catarina da Fonte Do Bispo
Campina
!
!
!
!
2006
! !
Fonte Do Touro Gralheira ! ! ! Vilarinhos ! Atropelamento Calçada ! Corotelo
! !
2005
Alportel
Farrobo São Romão
Corte Gago
Feiteira !
X %#
[X
$ "
ER125
!
Cacela Velha
! !
Conceição
2004
Tavira
2004 Norte
! !
Santa Luzia
2006 2006 0
2004 2005
2004
"
N508
$ #
! !
%
2004
(i
2 km
2005
2006
A22
Mortos Feridos Graves 1 5
Fonte estatística: Direcção Geral de Viação/Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária
14
Representam-se apenas os acidentes para os quais existia informação suficiente à sua geo-
referenciação (e.g. nalguns casos os dados estatísticos dos acidentes não apresentavam o quilómetro de ocorrência dos mesmos).
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
126
Quadro 48. Acidentes com mortos ou feridos graves em 2006 Mês
Mortos
Feridos Graves
Via
km
Março
0
1
ER125
138,8
Col. traseira c/ veic. em mov.
Natureza
Abril
0
1
IP1/A22
111,2
Col. traseira c/ veic. em mov. Despiste simples
Abril
0
1
EM
-
Abril
1
0
EN397
17,0
Maio
0
2
Rua 25 Abril
-
Atropelamento peões
Junho
1
0
ER270
65,0
Atropelamento c/ fuga
Desp. s/ dispos. retenção
Junho
0
1
EM516
-
Atropelamento c/ fuga
Junho
0
1
EM1238
-
Atropelamento c/ fuga
Julho
1
0
EM540
Julho
0
1
ER270
2,0
Julho
0
1
ER125
126,7
Desp. c/ capotamento
Julho
0
2
ER270
57,2
Desp.c/ transpos. disp. ret. lateral
Agosto
0
1
EN508
-
Desp. s/ dispos. retenção
Setembro
0
1
R. Álvaro Campos
-
Colisão frontal
Outubro
0
1
ER125
134,3
Outubro
0
1
Largo da Igreja
-
Despiste simples
Outubro
0
1
EM
-
Desp.c/ transpos. disp. ret. lateral
Outubro
1
0
ER124
96,6
Despiste simples
Outubro
0
1
ER125
132,9
Atropelamento peões
TOTAL
4
17
---
---
Colisão frontal Desp.c/ transpos. disp. ret. lateral
Desp. c/ capotamento
---
Fonte: Direcção Geral de Viação/Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária
Quanto à natureza dos acidentes, das 19 ocorrências registadas em 2006, 10 decorreram de despistes e 5 estão associados a atropelamentos, tipologias de acidentes que representavam ainda 52,6% e 26,3% dos acidentes com mortos ou feridos graves contabilizados em 2006 (Quadro 49). Nota ainda para o facto de terem ocorrido 3 atropelamentos com fuga em 2006.
Quadro 49. Natureza dos acidentes envolvendo mortos e feridos graves (2004-2006) N.º Acidentes
Atropelamentos
Colisões
Despistes
Mortos
Feridos Graves
2004
23
2
11
10
4
23
2005
14
1
5
8
7
11
2006
19
5
4
10
4
17
Total
56
8
20
28
15
51
Fonte: Direcção Geral de Viação/Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária
127
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Refira-se também que, em 2005, o índice de gravidade de acidentes15 era de 6,3 no concelho de Tavira, valor mais elevado que o verificado no
O índice de gravidade de acidentes no concelho de Tavira era de 6,3 em 2005.
cômputo da NUT III Algarve (que regista, em média, um índice de gravidade de 3,1) – apenas superado pelo concelho de Alcoutim (11,8) – e bastante superior ao registado no território continental de Portugal (3,0).
Quadro 50. Índice de gravidade de acidentes (2005) Índice de gravidade dos acidentes Continente
3,0
Algarve
3,1
Albufeira
3,7
Alcoutim
11,8
Aljezur
2,0
Castro Marim
2,0
Faro
1,9
Lagoa
0,8
Lagos
5,6
Loulé
3,2
Monchique
3,6
Olhão
1,0
Portimão
2,8
S. Brás Alportel
-
Silves
5,2
Tavira
6,3
Vila de Bispo V. R. Stº. António
4,1
Fonte: INE, Anuário Estatístico da Região do Algarve, 2006
7.1.2. REDE FERROVIÁRIA O município de Tavira é servido pela Linha do Algarve (Figura 35). Com uma extensão de 139,9 km, esta Linha liga Lagos a Vila Real de Santo
O município de Tavira é servido pela Linha do Algarve.
António. A Linha não se encontra electrificada no troço Faro-Tavira-Vila Real de Santo António, sendo utilizada para serviço de passageiros e mercadorias. 15
O índice de gravidade de acidentes pondera o número de vítimas mortais de acidentes de
viação no total de acidentes de viação com vítimas (índice de gravidade de acidentes: vítimas mortais de acidentes de viação / número de acidentes de viação com vítimas x 100).
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
128
Figura 35. Rede ferroviária no concelho de Tavira
Linha do Sul Linha do Algarve 37°30' N Norte
(i
0
10 km
TAVIRA
! ! Tunes
Lagos ! !
Faro ! ! 9°W
8°30' W
Vila Real de Santo António ! !
8°W
Olhão ! !
! !
! !
! ! ! ! ! !
Conceição
Porta Nova Tavira Luz
Livramento
37°N 7°30' W
Fonte: Elaboração própria, 2007
Para além dos concelhos de Tavira, Lagos e Vila Real de Santo António, a Linha do Algarve serve também os concelhos de Portimão, Lagoa, Silves, albufeira, Loulé, Faro, Olhão e Castro Marim. A estação de Tunes (localizada no concelho de Silves) desempenha um papel importante na acessibilidade ferroviária regional, pois faz a ligação da Linha do Algarve com a Linha do Sul. No concelho de Tavira, para além da estação de Tavira (Imagem 5), efectuam-se paragens nos apeadeiros de Livramento, Luz, Porta Nova e Conceição.
7.1.3. PRINCIPAIS PERCURSOS PEDONAIS No concelho de Tavira, a principal zona pedonal
Imagem 5. Estação Ferroviária de Tavira
consolidada corresponde à área central da Cidade de Tavira (Figura 36), delimitada pela Praça da República, Rua Alexandre Herculano, Rua Guilherme Gomes Fernandes, Travessa D. Brites e Rua do Cais, com extensão na Ponte Romana (embora não sendo de descurar os
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
129
importantes fluxos pedonais existentes na área do Centro de Saúde de Tavira e dos estabelecimentos de ensino).
Figura 36. Principais percursos pedonais na Cidade de Tavira
´
Fonte: Elaboração própria, 2007
A melhoria da circulação pedonal nesta área resultou das intervenções integradas no âmbito do “Plano de Mobilidade e Acessibilidade” (Imagens 7 e 8) e que contemplaram as seguintes acções:
A melhoria da circulação pedonal na área central da Cidade de Tavira resultou das intervenções integradas no Plano de Mobilidade e Acessibilidade.
ႀ Passadeiras e rampeamento de lancis: adaptação do existente; deslocação para locais mais apropriados; introdução de novas passadeiras.
ႀ Passeios: alargamento; regularização e repavimento; nivelamento das passadeiras à cota dos passeios; nivelamento dos passeios à cota
do
arruamento;
reajuste
em
situações
das
entradas
particulares; rampas para vencer desníveis.
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
130
ႀ Arruamentos: nivelamento com o passeio (permitindo uma circulação mista peão/veículo); restringir a circulação viária. (Câmara Municipal de Tavira, 2006b)
Face aos resultados alcançados com esta intervenção no que concerne à melhoria da circulação pedonal, considera-se que será de equacionar o alargamento da zona pedonal implementada. Atentando nas características urbanísticas do Centro Histórico de Tavira, esta extensão poderá integrar não apenas arruamentos contíguos à zona consolidada, mas também outras áreas do Centro Histórico (designadamente na margem esquerda do Rio Gilão). Para além da zona pedonal consolidada do centro da Cidade de Tavira, importa salientar a intervenção de requalificação da frente ribeirinha de Santa Luzia, actualmente em curso, a qual prevê a requalificação de faixas pedonais (complementando a instalação de novo mobiliário urbano) – Avenida Eng. Duarte Pacheco –, embora sem exclusão da circulação de veículos automóveis. Desta intervenção
é,
contudo,
expectável
a
promoção e melhoria das condições de circulação pedonal na área de intervenção (Figura 37). Também no aglomerado de Cabanas, a
Fonte: Câmara Municipal de Tavira
requalificação da frente ribeirinha contempla
Imagem 6. Rua da Liberdade (antes da intervenção)
um conjunto de acções que visam a melhoria
Imagem 7. Rua da Liberdade (depois da intervenção)
das condições de circulação pedonal na
Imagem 8. Rua pedonalizada no Centro Histórico da
Avenida da Ria Formosa e Rua Capitão Jorge
Cidade de Tavira
Ribeiro (Figura 38).
131
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Figura 37. Principais percursos pedonais a implementar em Santa Luzia
´
Fonte: Elaboração própria, 2007
Figura 38. Principais percursos pedonais a implementarem em Cabanas
´ Fonte: Elaboração própria, 2007
132
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
7.1.4. PISTAS CICLÁVEIS Integrada na Rede Europeia de Vias Verdes, o projecto Ecovia do Algarve surge “no quadro do modelo de desenvolvimento que se deseja para a região do Algarve, aliado aos crescentes níveis de exigência ambiental, social e cultural por parte das populações, residente e visitante, [do qual] emerge uma procura de novas soluções de mobilidade que contribuam para a adopção de um modelo regional mais sustentável” (AMAL/CCDRA, 2006). Este projecto inclui a Ecovia da Costa Vicentina, a Ecovia do Interior, a Ecovia do Guadiana e a Ecovia do Litoral (Figura 39). A Ecovia do Litoral ligará o Cabo de S. Vicente a Vila Real de Santo António, percorrendo toda
A Ecovia do Litoral ligará o Cabo de S. Vicente a Vila Real de Santo António.
a faixa litoral meridional do Algarve, numa extensão de 214 km, atravessando 12 municípios, entre eles, o município de Tavira – Figura 39.
Figura 39. Percurso da Ecovia do Algarve
Fonte: Ecovias – Área Metropolitana do Algarve, 2007
Quanto ao enquadramento financeiro, a Ecovia do Litoral é apoiada pelo PROAlgarve (Programa Operacional da Região do Algarve – Eixo II – Medida I), pelo PIPITAL (Programa de Investimentos Públicos de Interesse para o Algarve) e Interreg III – A. Esta Ecovia “caracteriza-se por um conjunto de troços distintos, desde extensões de circulação exclusiva a veículos não motorizados a outros de tráfego misto em estrada e caminhos de reduzidos volumes de circulação” (AMAL/CCDRA, 2006).
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
A Ecovia do Litoral caracteriza-se por um conjunto de troços distintos.
133
No caso do troço que atravessa o concelho de Tavira (Figura 40), este possui uma extensão de 23 km, ligando o Livramento (na freguesia da Luz)
O troço que atravessa o concelho de Tavira tem uma extensão de 23 km.
à freguesia de Cabanas de Tavira.
Figura 40. Troço urbano da Ecovia do Litoral no Concelho de Tavira Norte
( i
0
200 m
7°39'W
7°38'W
Ecovia - Troço Urbano
37°8'N
37°8'N
37°7'N
37°7'N 7°39'W
7°38'W
Fonte: adaptado de Câmara Municipal de Tavira, Projecto Mobilidade Sustentável, 2007
A implementação deste troço teve início no segundo semestre de 2006, tendo sido inaugurado no final de Junho de 2007. Quanto às características técnicas desta infraestrutura, importa referir a existência de troços de tipologias diferenciadas:
ႀ Via reservada exclusivamente a veículos não motorizados;
ႀ Percurso em via de utilização mista, sem segregação
física
entre
Imagem 9. Troço da Ecovia do Litoral no concelho de
veículos
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Tavira
134
motorizados e não motorizados, sendo o trajecto da ecovia indicado por sinalização horizontal;
ႀ Percursos em caminhos com volume de tráfego muito reduzido.
Imagem 10. Troço da Ecovia do Litoral em Cabanas
7.1.5. SERVIÇO DE TRANSPORTE DE PASSAGEIROS 7.1.5.1. TRANSPORTES COLECTIVOS RODOVIÁRIOS A oferta de transportes colectivos rodoviários de passageiros no concelho de Tavira é assegurada pela EVA Transportes, Transportes Urbanos de Tavira (parceria entre a Câmara Municipal de Tavira e a EVA Transportes), Rede Nacional de Expressos e RENEX, que disponibilizam serviços diferenciados em função da sua tipologia e das áreas em que operam. Seguidamente analisa-se a oferta disponibiliza por estes operadores.
7.1.5.1.1. EVA TRANSPORTES A EVA Transportes16 é o principal operador rodoviário do concelho de Tavira, disponibilizando 8 carreiras com origem, destino ou passagem neste
A EVA Transportes é o principal operador rodoviário do concelho de Tavira.
concelho (Figura 41).
16
A EVA Transportes tem como principal área de serviço a região do Algarve, disponibilizando
vários tipos de serviços, destacando-se o serviço de alta qualidade, EVA Mundial Turismo que liga diariamente o Algarve, Lisboa, Porto e Évora.
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
135
Figura 41 – Rede de Transportes Colectivos Rodoviário no Concelho de Tavira – Operador EVA Transportes
7°50'W
7°40'W
7°30'W
Cachopo ! !
37°20'N
Mercador ! !
Peralva ! !
Portela da Corcha ! !
Alcaria do Cume ! !
Vale da ! ! Murta
Vila Real de Sto. António Altura ! ! Picota ! !
37°10'N
Santa Catarina da Fonte Do Bispo ! !
São Brás de Alportel ! !
Senhora da Saúde (Cruztº) ! !
! ! Monte Gordo
Cacela ! ! Velha ! Conceição !
Cabanas ! !
Santo Estevão ! ! Esteiramantens ! ! Brejos (Cruzamento) ! ! Luz de ! ! Tavira Amaro ! ! Gonçalves
! ! Tavira ! ! ! ! Pedras D'el Rei
Quatro Águas ! !
Cabanas - Tavira Brejos - Tavira Pedras D'el Rei - Tavira
Santa Luzia
Tavira - Quatro Águas Tavira - S. Brás de Alportel
Norte
! ! Alfandanga
Faro
0
(i
Cachopo - Tavira Esteiramantens - Tavira
5 km
Faro - Vila Real de Sto. António
Fonte: Elaboração própria, 2007
Das 8 carreiras existentes, 6 asseguram ligações intra-concelhias (Quadro 51 a Quadro 58), uma liga a Cidade de Tavira a São Brás de Alportel (Quadro 57) e outra Faro a Vila Real de Santo António com paragem no município de Tavira (Quadro 55). A carreira apresentada no Quadro 51 serve apenas os aglomerados de Cabanas e Tavira, sendo uma ligação com grande procura no período estival, em função de assegurar o acesso à praia de Cabanas. Durante o fim-de-semana a oferta é reduzida, havendo apenas 3 circulações aos Sábados e não havendo qualquer oferta aos Domingos e feriados, situação
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
136
que importa ponderar na medida em que é neste dias que se verifica a maior afluência às praias. A melhoria da oferta nestes dias da semana poderia induzir a uma redução do volume de tráfego e minimização dos problemas de estacionamento no aglomerado de Cabanas. Quadro 51. Carreira Cabanas/Tavira e Tavira/Cabanas A
A
B
A
C
A
B
A
A
A
A
Cabanas
8:00
8:30
8:45
9:55
11:10
12:45
13:35
14:30
16:50
17:53
18:42
Tavira
8:12
8:42
8:57
10:07
11:22
12:57
13:47
14:42
17:02
18:05
18:54
A
A
B
A
C
A
B
A
A
A
A
Tavira
7:45
8:15
8:30
9:40
10:55
12:30
13:20
13:30
165:35
17:40
18:30
Cabanas
7:57
8:27
8:42
9:52
11:07
12:42
13:32
13:42
16:47
17:52
18:42
A) Excepto Sábados, domingos e Feriados; B) Aos sábados excepto se feriado; C) Excepto Domingos e Feriados. Fonte: EVA Transportes, 2007
A carreira que liga Brejos a Tavira (Quadro 52) possibilita deslocações ao início da manhã, no período de almoço e ao final da tarde.
137
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Quadro 52. Carreira Brejos/Tavira A
B
C
A
C
Brejos Cruzamento
7:15
-
-
-
-
Amaro Gonçalves
7:20
8:00
8:40
13:40
16:50
Luz de Tavira
7:23
8:03
8:43
13:43
16:53
Tavira
7:35
8:15
8:55
13:55
17:05
C
A
B
C
E
D
Tavira
-
13:25
13:50
16:30
18:25
19:20
Luz de Tavira
8:32
13:37
14:02
16:42
18:37
19:32
Amaro Gonçalves
8:35
13:40
14:05
16:45
18:40
19:35
Brejos Cruzamento
-
-
-
-
18:45
19:40
A) Excepto Sábados, Domingos e Feriados; B) Aos Sábados, excepto Feriados; C) Nos dias escolares, excepto Sábados; D) Excepto Sábados, Domingos e Feriados, de 1 de Julho a 15 de Setembro; E) Excepto Sábados, Domingos e Feriados, de 16 de Setembro a 30 a Junho. Fonte: EVA Transportes, 2007
A ligação entre Esteiramantes e Tavira (Quadro 53) apresenta como principais carências, o facto de fora do período escolar apenas se realizar uma circulação ao início da manhã e outra ao final da tarde e não ser disponibilizado qualquer serviço durante o fim-de-semana.
Quadro 53. Carreira Esteiramantes/Tavira A
B
Localidades
B
A
7:25
14:20
Esteiramantes
14:20
19:05
7:31
14:26
Santo Estêvão
14:14
18:59
7:45
14:40
Tavira
14:00
18:45
A) Excepto Sábados, Domingos e Feriados; B) Às Quartas e Sextas-feiras escolares. Fonte: EVA Transportes, 2007
Estando Cachopo localizado na serra algarvia, o serviço de transporte público colectivo rodoviário de passageiros apresenta-se como o único modo de transporte para uma parte significativa da população (sobretudo idosos e população sem acesso a transporte individual), sendo fundamental
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
A localização de Cachopo leva a que o transporte público rodoviário apresente-se como o único modo de transporte para uma parte significativa da população.
138
para a deslocação dos residentes nesta área até à sede do município. Contudo, como se pode constatar no Quadro 54, a oferta é relativamente reduzida, havendo apenas uma circulação Cachopo-Tavira ao início da manhã e uma circulação Tavira-Cachopo ao final da tarde.
Quadro 54. Carreira Cachopo/Tavira Localidades 7:05
Cachopo
19:05
7:23
Mercador
18:47
7:26
Peralva
18:44
7:33
Alcaria do Cume
18:37
7:39
Portela da Corcha
18:31
7:48
Vale da Murta
18:22
7:57
Picota
18:13
8:02
Senhora da Saúde (cruzamento)
18:08
8:10
Tavira
18:00
Fonte: EVA Transportes, 2007
A carreira Pedras D´El Rei/Tavira (Quadro 55), assegura a ligação entre a sede de município e a freguesia de Santa Luzia, na qual efectua paragens em Santa Luzia e Pedras D´El Rei, sendo neste último local que se situa a praia do Barril.
139
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Quadro 55. Carreira Pedras D’El Rei/Tavira e Tavira/ Pedras D’El Rei A
B
C
-
-
8:35
Santa Luzia
7:75
8:25
8:40
8:40
9:30
Tavira
7:50
8:30
8:45
8:45
9:35
Pedras D’El Rei
A
A
B
A
B
A
A
E
A
A
A
A
10:40
-
12:50
13:15
-
-
15:55
17:30
18:20
9:50
10:45
11:35
12:55
13:20
13:25
14:50
16:00
17:35
18:25
9:55
10:50
11:40
13:00
13:25
13:30
14:55
16:05
17:40
18:30
9:25
A
D
B
A
C
A
B
A
B
A
A
E
A
A
A
A
Tavira
7:35
8:15
8:20
8:25
8:25
9:05
9:45
10:25
11:30
12:35
13:05
13:20
14:45
15:45
17:10
18:10
Santa Luzia
7:40
8:20
8:25
8:30
8:30
9:10
9:50
10:30
11:35
12:40
13:10
13:25
14:50
15:50
17:15
18:15
-
8:25
-
-
8:35
9:15
-
13:35
-
12:45
13:15
-
-
15:55
17:20
18:20
Pedras D’El Rei
A) Excepto Sábados, Domingos e Feriados; B) Aos Sábados, excepto feriados; C) Excepto Sábados, Domingos e Feriados, de 01 de Julho a 15 de Setembro; D) Nos dias escolares; E) Às Quartas-feiras escolares. Fonte: EVA Transportes, 2007
Quanto à ligação entre a Cidade de Tavira e a sede do município de S. Brás de Alportel (Quadro 56), esta efectua paragens nas freguesias de Santo Estêvão e Santa Catarina da Fonte do Bispo, havendo três ligações diárias (em dias úteis).
Quadro 56. Carreira Tavira/ S. Brás de Alportel e S. Brás de Alportel/Tavira A
D/E
A
D
E
B
A
Tavira
8:50
8:50
13:30
13:30
16:10
17:45
18:55
Prego
9:00
9:00
13:40
13:40
16:20
17:55
19:05
Santa Catarina
9:10
9:10
13:50
13:50
16:30
18:05
19:15
S. Brás de Alportel
-
9:30
-
14:10
16:50
-
-
A
C
D/E
C/E
D
E
B
S. Brás de Alportel
-
-
9:30
-
14:10
16:50
-
Santa Catarina
7:20
9:15
9:50
14:05
14:30
17:10
18:05
Prego
7:30
9:25
10:00
14:15
14:40
17:20
18:15
Tavira
7:40
9:35
10:10
14:25
14:50
17:30
18:25
A) Excepto Sábados, Domingos e Feriados; B) Nos dias escolares, excepto às quartas-feiras; C) Às 3ªs., 5ª.s e 6ª.s feiras, excepto feriados. D) Às 2ª.s feiras, excepto feriados; E) Às 4ª.s feiras, excepto feriados. Fonte: EVA Transportes, 2007
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
140
A carreira Tavira/Quatro Águas (Quadro 57) garante a ligação entre a Cidade de Tavira e o cais de Quatro Águas, a partir do qual é efectuada ligação por via fluvial à Ilha de Tavira, muito procurada por turistas e veraneantes. Durante o período estival, esta ligação é assegurada apenas em dias úteis. Quadro 57. Carreira Tavira / Quatro Águas e Quatro Águas/Tavira Partidas de Tavira 7:50
9:05
10:20
13:05
15:05
16:35
17:50
18:50
19:35
18:00
19:00
19:45
Partidas de Quatro Águas 8:00
9:15
10:30
13:15
15:15
16:45
Nota: Não se efectuam aos sábados, domingos e feriados (de 1 de Julho a 15 de Setembro). Fonte: EVA Transportes, 2007
Tal como referido anteriormente, fora dos períodos escolares, aos fins-desemana e nos feriados a oferta de transportes é reduzida, condicionando a mobilidade da população dependente deste modo de transporte.
Fora dos períodos escolares, aos fins-desemana e nos feriados a oferta de transportes é reduzida.
Importa também referir que todas as carreiras que servem o município têm origem ou destino na sede de concelho. Desta forma apenas Tavira possui ligação a todas as outras sedes de freguesia. A Figura 42 apresenta a distância-tempo relativamente à sede de concelho tendo
como
referência
os
tempos
de
percurso
das
carreiras
17
disponibilizadas pelo operador em análise .
17
O mapa foi calculado por meio de uma interpolação, em que se tomou como referência o
tempo dispendido nos percursos para chegar a uma dada localidade a partir da sede de concelho. De seguida os resultados foram reclassificados em classes de intervalos de tempo para a realização do mapa.
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
141
Figura 42. Tempo de deslocação relativamente à Sede de Concelho (Transporte Colectivo de Passageiros)
7°50'W
7°40'W
7°30'W
Cachopo ! !
37°20'N
Mercador ! !
Peralva ! !
Portela da Corcha ! !
Alcaria do Cume ! !
Vale da ! ! Murta
Vila Real de Sto. António Altura ! ! Picota ! !
37°10'N
Santa Catarina da Fonte Do Bispo ! !
São Brás de Alportel ! !
Senhora da Saúde (Cruztº) ! !
! ! Monte Gordo
Cacela ! ! Velha ! Conceição !
Esteiramantens ! !
Brejos (Cruzamento) ! ! Luz de ! ! Tavira Amaro ! ! Gonçalves
Tempo (min.) < 10
Cabanas ! !
Santo Estevão ! !
! ! Tavira ! ! ! ! Pedras D'el Rei
Quatro Águas ! !
Cabanas - Tavira Brejos - Tavira Pedras D'el Rei - Tavira
Santa Luzia
Tavira - Quatro Águas
10 - 20
Tavira - S. Brás de Alportel
Norte
20 - 40
! ! Alfandanga
40 - 60
Faro
> 60
0
(i
Cachopo - Tavira Esteiramantens - Tavira 5 km
Faro - Vila Real de Sto. António
Fonte: Elaboração própria, 2007
Quanto aos residentes noutras sedes de freguesia, que pretendam deslocar-se para outras sedes de freguesia, que não a sede de concelho, terão, em grande parte dos casos, que fazer um transbordo em Tavira.
A deslocação entre sedes de freguesia implica, em grande parte dos casos, um transbordo em Tavira.
Como se observa no Quadro 58, o tempo dispendido nestas deslocações é relativamente elevado, sendo o tempo de viagem das ligações entre o litoral e o interior do concelho desincentivador para a utilização do transporte público colectivo de passageiros, com tempo de viagem superiores a 40 minutos. Refira-se, a título de exemplo, que o tempo de viagem entre
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
142
Cachopo e Tavira é de 75 minutos (contabilizando apenas o tempo de viagem), isto não obstante os aglomerados distarem cerca de 40 km entre si. Note-se, contudo, que a necessidade de transbordo acaba por inviabilizar parte das ligações entre sedes de freguesia pois pressupõe, em muitos casos, tempos de espera que ascendem a várias horas.
A necessidade de transbordo acaba por inviabilizar parte das ligações entre sedes de freguesia.
Quanto à frequência das carreiras, o Quadro 59 apresenta o número de circulações diárias entre aglomerados, verificando-se que, com a excepção dos aglomerados localizados ao longo do eixo Faro-Vila Real de Santo António, o número de ligações à Cidade de Tavira é reduzido, resumindose apenas a uma ligação diária (dias úteis), geralmente no início da manhã e ao final da tarde (importa ainda assinalar que, como referido anteriormente, algumas destas circulações não se realizam fora do período escolar).
143
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
65
73
60
67
75
85
93
100
Conceição
Cacela
Altura Monte Gordo
V. R. Sº. António
-
-
-
-
-
35
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
65
58
50
40
32
25
10
15
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
3
8
-
-
-
-
-
-
-
55
48
40
30
22
15
10
25
45
Luz
8
23
32
41
47
54
57
75
14
20
15
20
12
5
40
20
10
5
10
40
33
25
15
7
12
25
40
60
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
33
26
18
8
7
22
32
47
67
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
25
18
10
8
15
30
40
55
75
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
15
8
10
18
25
40
50
65
85
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
7
8
18
26
33
48
58
73
93
Tavira Conceição Cacela Altura M.Gordo
Fonte: EVA Transportes, 2007 (tratamento próprio)
* Ligações que necessitam de transbordo. Apenas contabilizado o tempo de viagem, não inclui tempo de espera.
Picota Srª. da Saúde (Cruz.)
-
-
-
Alcaria do Cume
-
-
-
-
Peralva
Portela da Corcha Vale da Murta
-
-
Mercador
-
-
-
-
-
Cachopo
-
-
-
-
-
Amaro Gonçalves
Esteirantes Stº. Estêvão
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
80
55
47
Cabanas Brejos (Cruz.)
S. Brás de Alportel Quatro Águas
Prego Stª. Catarina
Pedras D´El Rei Santa Luzia
25
45
Tavira
40
15
35
Alfandanga Luz de Tavira
20
20
Olhão
Faro
Faro Olhão Alfandanga
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
7
15
25
33
40
55
65
80
100
V. R. Sº. António
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
5
-
-
-
-
-
10
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
30
10
-
-
-
-
-
-
-
10
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
20
10
-
-
-
-
-
-
-
20
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
20
30
-
-
-
-
-
-
-
40
-
-
-
-
S. B. Alportel
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
5
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
12
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
5
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
20
8
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
5
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
15
3
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
6
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
20
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
6
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
14
-
-
-
-
67
52
43
34
28
21
18
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
75
-
-
-
-
49
34
25
16
10
3
18
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
57
-
-
-
-
46
31
22
13
7
3
21
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
54
-
-
-
-
Quatro Brejos Amaro Stº. Cabanas Esteirantes Cachopo Mercador Peralva Águas (Cruz.) Gonçalves Estêvão
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
5
-
-
-
-
-
5
-
-
-
-
Pedras Santa Stª. D´El Prego Luzia Catarina Rei
Quadro 58. Duração das deslocações utilizando o transporte público colectivo rodoviário
39
24
15
6
7
10
28
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
47
-
-
-
-
Alcaria do Cume
33
18
9
6
13
16
34
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
41
-
-
-
-
Portela da Corcha
24
9
9
15
22
25
43
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
32
-
-
-
-
Vale da Murta
15
9
18
24
31
34
52
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
23
-
-
-
-
Picota
15
24
33
39
46
49
67
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
8
-
-
-
-
Srª. Da Saúde (Cruz.)
144
9
9
9
9
9
Altura Monte Gordo
V. R. Sº. António
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
9
9
9
9
9
11
11
16
16
1
1
-
1
1
1
1
1
1
1
1
4
2
9
9
-
3
3
12
9
10
10
10
10
10
16
12
12
12
-
-
-
-
-
-
-
-
-
5
2
-
-
-
-
-
-
-
9
9
9
9
9
15
16
16
16
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
10
10
10
10
10
10
10
10
10
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
10
10
10
10
10
10
10
10
10
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
10
10
9
9
9
9
9
9
9
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
10
9
9
9
9
9
9
9
9
Luz Monte Tavira Conceição Cacela Altura de Gordo Tavira
Fonte: EVA Transportes, 2007 (tratamento próprio)
Picota Srª. da Saúde (Cruz.)
-
-
Alcaria do Cume
-
-
-
-
Peralva
Portela da Corcha Vale da Murta
-
-
Mercador
-
-
-
-
Cachopo
-
-
-
-
Amaro Gonçalves
Esteirantes Stº. Estêvão
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
9
9
9
Cabanas Brejos (Cruz.)
S. Brás de Alportel Quatro Águas
Prego Stª. Catarina
Pedras D´El Rei Santa Luzia
9
9
Cacela
11
Conceição
11
11
11
Tavira
11
Alfandanga Luz de Tavira
11
16
11
Olhão
Faro
Faro Olhão Alfandanga
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
9
9
9
9
9
9
9
9
9
V. R. Sº. António
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
8
-
-
-
-
-
8
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
3
-
-
-
-
-
-
-
1
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
1
-
-
-
-
-
-
-
1
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
S. Brás de Alportel
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
9
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
9
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
1
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
1
1
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
2
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
4
4
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
1
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
1
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
1
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
1
-
-
-
-
1
1
1
1
1
1
1
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
1
-
-
-
-
1
1
1
1
1
1
1
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
1
-
-
-
-
1
1
1
1
1
1
1
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
1
-
-
-
-
Quatro Brejos Amaro Stº. Cabanas Esteirantes Cachopo Mercador Peralva Águas (Cruz.) Gonçalves Estêvão
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
9
-
-
-
-
-
11
-
-
-
-
Pedras Santa Stª. Prego D´El Luzia Catarina Rei
Quadro 59. Número de carreiras diárias
1
1
1
1
1
1
1
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
1
-
-
-
-
Alcaria do Cume
1
1
1
1
1
1
1
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
1
-
-
-
-
Portela da Corcha
1
1
1
1
1
1
1
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
1
-
-
-
-
Vale da Murta
1
1
1
1
1
1
1
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
1
-
-
-
-
Picota
1
1
1
1
1
1
1
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
1
-
-
-
-
145
Srª. Da Saúde (Cruz.)
Não obstante as limitações da oferta existente, trata-se de um serviço com um papel fundamental no sentido de assegurar a mobilidade da população residente no concelho de Tavira, especialmente para aqueles que não dispõem de transporte individual. Acresce que a concentração espacial dos
Não obstante as limitações da oferta existente, trata-se de um serviço fundamental no sentido de assegurar a mobilidade da população residente.
equipamentos e funções públicas e privadas na sede de concelho reforçam a necessidade de deslocação regular da população residente noutros aglomerados populacionais à Cidade de Tavira.
Ao nível das infra-estruturas de apoio, verifica-se a existência de um conjunto de plataformas de abrigo incompatíveis com a criação de condições à prestação de um serviço de qualidade. Para além dos reduzidos
níveis
de
conforto
e
comodidade
proporcionados
aos
passageiros, denota-se a inexistência de informação prestada aos mesmos,
Verificam-se reduzidos níveis de conforto e comodidade ao nível das infra-estruturas de apoio.
designadamente no que se refere a horários e percursos das carreiras. Com efeito, todas estas limitações acabam por se constituir como factores desincentivadores da utilização dos transportes colectivos rodoviários de passageiros.
Para além dos serviços interurbanos, a EVA Transportes assegura outros tipos de serviços, nomeadamente a Rota da Ria Formosa (Figura 43, Quadro 60 e Quadro 62) e ligações para Espanha (com destino a Sevilha), com origem em Lagos e efectuando paragens em Portimão, Albufeira, Faro, Tavira, Vila Real de Santo António, Ayamonte e Huelva.
146
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Figura 43. Rota da Ria Formosa – EVA Transportes
Castro Marim ! Aldeia Nova!
São Brás de Alportel
!
! !
Loulé
Vila Real De Santo António !
Conceição!
! !
Altura ! Manta ! Cacela Rota Velha
37°10'N
! !
Tavira
!
Luz De Livramento! Tavira Quatrim Do Sul! ! Fuseta Faro !
! !
Olhão 37°N
Norte
0 8°W
(i
10 km
7°40'W
7°20'W
Fonte: Elaboração própria, 2007
147
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Quadro 60. Tavira/Faro (Rota da Ria Formosa) Origem
Destino
Partida
Chegada
Frequência
Tavira
Faro
06:50
07:55
2as, 3as, 4as, 5as, 6as excepto feriados
Tavira
Faro
07:40
08:50
Diariamente
Tavira
Faro
08:15
09:20
2as, 3as, 4as, 5as, 6as excepto feriados
Tavira
Faro
08:55
09:55
Diariamente
Tavira
Faro
10:45
11:50
2as, 3as, 4as, 5as, 6as excepto feriados
Tavira
Faro
12:00
13:00
Diariamente
Tavira
Faro
12:55
13:55
Diariamente
Tavira
Faro
15:10
16:10
Diariamente
Tavira
Faro
17:10
18:10
Diariamente
Tavira
Faro
18:10
19:10
2as, 3as, 4as, 5as, 6as excepto feriados
Tavira
Faro
19:10
20:10
Diariamente
Faro
Tavira
07:15
08:15
Diariamente
Faro
Tavira
08:00
09:00
2as, 3as, 4as, 5as, 6as excepto feriados
Faro
Tavira
09:00
10:00
Diariamente
Faro
Tavira
11:00
12:00
Diariamente
Faro
Tavira
12:15
13:15
2as, 3as, 4as, 5as, 6as excepto feriados
Faro
Tavira
13:25
14:25
Diariamente
Faro
Tavira
15:15
16:15
Diariamente
Faro
Tavira
16:35
17:35
Faro
Tavira
17:40
18:40
Faro
Tavira
18:20
19:20
Diariamente
Faro
Tavira
19:30
20:30
Diariamente
2as, 3as, 4as, 5as, 6as excepto feriados 2as, 3as, 4as, 5as, 6as excepto feriados
Fonte: EVA Transportes, 2007
148
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
No Quadro 61 são apresentadas as tarifas praticadas entre Faro e Tavira na Rota da Ria Formosa, para cada tipo de bilhete.
Quadro 61. Tarifas entre Tavira e Faro (Rota da Ria Formosa) Bilhete
Simples
Ida/Volta
Inteiro
€ 2,88
€ 5,76
Meio
€ 1,44
€ 2,88
Fonte: EVA Transportes, 2007
Para além das ligações interurbanas com Vila Real de Santo António, anteriormente referidas, a Rota da Ria Formosa efectua dez circulações com origem e nove circulações com destino no concelho de Tavira, ligandoo aquele concelho (Quadro 62).
149
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Quadro 62. Carreira Tavira/Vila Real de Santo António (Rota da Ria Formosa) Origem
Destino
Partida
Chegada
Frequência
Tavira
V. R. Stº. António
06:55
07:55
2as, 3as, 4as, 5as, 6as excepto feriados
Tavira
V. R. Stº. António
08:15
08:55
Diariamente
Tavira
V. R. Stº. António
09:00
09:40
2as, 3as, 4as, 5as, 6as excepto feriados
Tavira
V. R. Stº. António
10:00
10:40
Diariamente
Tavira
V. R. Stº. António
12:00
12:40
Diariamente
Tavira
V. R. Stº. António
13:15
13:55
2as, 3as, 4as, 5as, 6as excepto feriados
Tavira
V. R. Stº. António
14:25
15:05
Diariamente
Tavira
V. R. Stº. António
16:15
16:55
Diariamente
Tavira
V. R. Stº. António
17:35
18:15
2as, 3as, 4as, 5as, 6as excepto feriados
Tavira
V. R. Stº. António
19:20
20:00
Diariamente
V. R. Stº. António
Tavira
07:00
07:40
Diariamente
V. R. Stº. António
Tavira
08:15
08:55
V. R. Stº. António
Tavira
10:00
10:45
V. R. Stº. António
Tavira
11:20
12:00
Diariamente
V. R. Stº. António
Tavira
12:15
12:55
Diariamente
V. R. Stº. António
Tavira
14:30
15:10
Diariamente
V. R. Stº. António
Tavira
16:30
17:10
Diariamente
V. R. Stº. António
Tavira
17:30
18:10
2as, 3as, 4as, 5as, 6as excepto feriados
V. R. Stº. António
Tavira
18:30
19:10
Diariamente
2as, 3as, 4as, 5as, 6as, Sábados 2as, 3as, 4as, 5as, 6as excepto feriados
Fonte: EVA Transportes, 2007
Os tipos de bilhetes são idênticos aos bilhetes da ligação Tavira/Faro (Quadro 63).
Quadro 63. Tarifas entre Tavira e Vila Real de Santo António (Rota da Ria Formosa) Bilhete
Simples
Ida/Volta
Inteiro
€ 2,73
€ 5,46
Meio
€ 1,37
€ 2,73
Fonte: EVA Transportes, 2007
150 A EVA Transportes assegura ainda duas ligações (em dias úteis com o país vizinho, as quais têm como destino Sevilha – Quadro 64).
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Quadro 64. Carreira Tavira/Sevilha Origem
Destino
Partida
Chegada
Sevilha
Tavira
7h30m
9h25m
Sevilha
Tavira
16h15m
18h10m
Tavira
Sevilha
09:05
13:00
Tavira
Sevilha
16:20
20:15
Frequência 2as, 3as, 4as, 5as, 6as excepto feriados 2as, 3as, 4as, 5as, 6as excepto feriados 2as, 3as, 4as, 5as, 6as excepto feriados 2as, 3as, 4as, 5as, 6as excepto feriados
Fonte: EVA Transportes, 2007
Relativamente às tarifas, para além dos bilhetes simples e de ida/volta existem ainda bilhetes para portadores de cartão-jovem a preços mais reduzidos (Quadro 65).
Quadro 65. Tarifas entre Tavira e Sevilha Bilhete
Simples
Ida/Volta
Inteiro
€ 14,00
€ 25,20
Meio
€ 7,00
-
C. Jovem
€ 11,20
-
Fonte: EVA Transportes, 2007
7.1.5.1.2. TRANSPORTES URBANOS DE TAVIRA Outro serviço de transporte colectivo rodoviário a operar no concelho de Tavira são os Transportes Urbanos de Tavira (TUT). Este serviço é desenvolvido numa parceira entre a Câmara Municipal de Tavira e a EVA Transportes, consistindo num circuito urbano restrito (Figura 44), realizado numa viatura de 15 lugares, que assegura a ligação a locais como o Centro
Os TUT asseguram um circuito urbano restrito, realizado numa viatura de 15 lugares.
de Saúde, Mercado Municipal, Cemitério, Escolas e Terminal Rodoviário. Na hora de ponta da manhã (8h00) são transportados neste serviço cerca de 120 passageiros por percurso.
151
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Figura 44. Circuito dos Transportes Urbanos de Tavira Norte
( i
0
200 m
7°39'W
7°38'W
Transportes Urbanos de Tavira De 2ª a Sábado 4ª e Sábado 37°8'N
37°8'N
37°7'N
37°7'N 7°39'W
7°38'W
Fonte: adaptado de Câmara Municipal de Tavira, Projecto Mobilidade Sustentável, 2007
7.1.5.1.3. REDE NACIONAL DE EXPRESSOS A empresa Rede Nacional de Expressos, surgida em 1995, tem como objectivo assegurar o transporte público de passageiros em ligação expresso, servindo cerca de 300 localidades. A sua frota era constituída, em 2001, por aproximadamente 200 viaturas. Quanto ao serviço disponibilizado por este operador no concelho de Tavira, verifica-se que a diversidade de destinos com ligação directa a partir da Cidade de Tavira é pouco significativa (Setúbal e Lisboa). Importa, ainda assim, salientar a existência de 10 circulações diárias Lisboa/Tavira e 9
A diversidade de destinos com ligação directa a partir da Cidade de Tavira é pouco significativa (Setúbal e Lisboa).
circulações diárias Tavira/Lisboa. O Quadro 66 apresenta os dados relativos às ligações diárias directas com origem/destino em Tavira.
152
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Quadro 66. Serviços diários da Rede Expressos Origem
Destino
Partida
Chegada
Duração
Preço (€)
km´s
Tavira
Lisboa
5h30m
9h30m
4h
17,5
329
Tavira
Lisboa
7h30m
11h45
4h15m
17,5
329
Tavira
Lisboa
10h00m
14h45m
4h45m
17,5
329
Tavira
Lisboa
11h20m
16h40m
5h20m
17
329
Tavira
Lisboa
15h30m
19h45m
4h15m
17,5
329
Tavira
Lisboa
16h20m
21h50m
5h30m
17
329
Tavira
Lisboa
18h00m
22h15m
4h15m
17,5
329
Tavira
Lisboa
18h50m
23h30m
4h40m
17
329
Tavira
Lisboa
23h50m
5h30m
5h40m
17
329
Lisboa
Tavira
1h00m
5h30m
4h30m
17
329
Lisboa
Tavira
7h00m
11h30m
4h30m
17
329
Lisboa
Tavira
8h15m
12h30m
4h15m
17,5
329
Lisboa
Tavira
10h30m
14h45m
4h15m
17,5
329
Lisboa
Tavira
12h30m
16h40m
4h10m
17,5
329
Lisboa
Tavira
14h15m
19h35m
5h20m
17
329
Lisboa
Tavira
15h15m
19h30m
4h15m
17,5
329
Lisboa
Tavira
18h30m
22h45m
4h15m
17,5
329
Lisboa
Tavira
19h30m
0h30m
5h
17
329
Lisboa
Tavira
20h30m
1h15m
4h45m
17,5
329
Tavira
Setúbal
16h20m
21h00m
4h40m
15,7
297
Setúbal
Tavira
15h05m
19h35m
4h30m
15,7
297
Fonte: Rede Nacional de Expressos (tratamento próprio)
7.1.5.1.4 RENEX O operador RENEX explora várias linhas no território nacional, sendo o concelho de Tavira servido pela linha Lisboa-Vila Real de Santo AntónioLisboa. Este serviço assegura a ligação de Tavira a Lisboa, V. Paraíso,
O concelho de Tavira é servido pela Linha LisboaVila Real de Santo AntónioLisboa.
Almansil, Faro, Olhão, Nora Velha, P. Rainha, Altura, Monte Gordo e Vila Real de Santo António (Quadro 67).
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
153
Quanto às tarifas praticadas, para além dos bilhetes simples (€ 16,50) e ida/volta (€ 30,00), existem ainda tarifas específicas para portadores de cartão-jovem (€ 14,50), militares e terceira idade (€ 14,50). Os menores (entre os 4 e os 11 anos) beneficiam de um desconto de 50% relativamente ao preço do bilhete simples.
154
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
10h30
10h45m
11h00m
11h30m
11h45m
11h50m
11h55m
12h00m
12h10m
12h10m
08h30m
09h15m
09h45m
10h00m
10h15m
10h20m
10h25m
10h30m
10h40m
10h45m
17h45m
17h40m
17h30m
17h25m
17h20m
17h15m
17h00m
16h45m
16h15m
16h00m
13h00m
19h45m
19h40m
19h30m
19h25m
19h20m
19h15m
19h00m
18h45m
18h15m
18h00m
15h00m
20h45m
20h40m
20h30m
20h25m
20h20m
20h15m
20h00m
19h45m
19h15m
19h00m
16h00m
A
Fonte: RENEX, 2007
A – Diários excepto 6ª e Domingos B – Diário excepto noite de Sábado para Domingo C – Só 6ª feira e Domingo V. Paraíso (excepto feriado)
7h30m
05h30m
C
01h45m
01h40m
01h30m
01h25m
01h20m
01h15m
01h00m
00h45m
00h15m
00h00m
21h00m
V. R. Stº. Ant.
Montegordo
Altura
P. Rainha
Nora Velha
Tavira
Olhão
Faro
Almansil
V. Paraíso
Lisboa
00h15m
00h20m
00h25
00h35m
00h40m
00h45m
01h00m
01h15m
01h30m
02h00m
05h00m
B
07h00m
07h05m
07h10m
07h20m
07h25m
07h30m
07h45m
08h00m
08h15m
09h00m
12h00m
10h00m
10h05m
10h10m
10h20m
10h25m
10h30m
10h50m
11h05m
11h25m
12h00m
15h00m
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
23h45m
23h40m
23h30m
23h25m
23h20m
23h15m
23h00m
22h45m
22h15m
22h00m
19h00m
Localidades
Quadro 67. Serviços assegurados pelo operador RENEX
13h00m
13h05m
13h10m
13h20m
13h25m
13h30m
13h50m
14h05m
14h25m
15h00m
18h00m
15h45m
15h50m
15h55m
16h05m
16h10m
16h15m
16h30m
16h45m
17h00m
17h45m
20h45m
19h00m
19h05m
19h10m
19h20m
19h25m
19h30m
19h45m
20h00m
20h15m
20h45m
23h45m
155
7.1.5.2. TRANSPORTE ESCOLAR No concelho de Tavira, o transporte escolar é realizado pelo operador EVA
O transporte escolar é realizado pelo operador EVA Transportes, pela CP e pela Câmara Municipal de Tavira.
Transportes, pela CP e pela Câmara Municipal de Tavira nos casos em que a população escolar não tem acesso à rede de transportes públicos. O plano de transportes escolares do município engloba não apenas os alunos residentes no concelho de Tavira como também alunos que, residindo noutros concelhos, frequentam estabelecimentos de ensino localizados em Tavira. Analisando os dados relativos aos transportes escolares no período 1998 – 2005 (Quadro 68) verifica-se que, não obstante algumas oscilações, o
O número de alunos transportados pela autarquia aumentou.
número de alunos transportados pela autarquia aumentou. Por sua vez, o número de alunos cujo transporte é assegurado pela EVA Transportes tem vindo a diminuir, registando-se, contudo, um acréscimo entre os anos lectivos 2003/2004 e 2004/2005. No caso da CP, têm-se registado algumas oscilações no número de alunos transportados, sendo que em 2004/2005 este número foi de 51 alunos. Também o número de quilómetros percorridos diminuiu (de 2.511 km em 1998/1999 para 1.762 km em 2004/2005).
Quadro 68. Dados relativos aos transportes escolares (1998/2005) 1998/99
2000/01
2001/02
2002/03
2003/04
2004/05
Alunos transportados pela CMT
431
457
468
536
447
549
Alunos transportados pela EVA
921
702
670
495
409
487
Alunos transportados pela CP
45
71
35
31
49
51
Circuitos da CMT
28
29
51
52
39
39
km realizados pela CMT (dia)
2511
2520
2585
3127
1744
1762
Escolas 1º CEB abrangidas
16
16
24
12
9
8
Estabelecimentos de Ensino abrangidos
21
20
18
19
18
14
Fonte: Câmara Municipal de Tavira, 2006
No ano de 2006, o plano de transportes da Câmara Municipal de Tavira incluía 15 percursos assegurados por: 1 autocarro de 40 lugares; 1
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
No ano de 2006 o plano de transportes da Câmara Municipal de Tavira incluía 15 circuitos.
156
autocarro de 27 lugares; 2 autocarros de 19 lugares; 15 carrinhas de 9 lugares. Os serviços realizados em transportes disponibilizados pela autarquia realizam percursos entre as freguesias dos locais de residência e de estudo dos alunos. Importa salientar que, segundo os dados disponibilizados pela Câmara Municipal de Tavira, alguns alunos realizam diariamente 84 km (Cachopo), 50 km (Beliche) e 30 km (freguesia de Santa Catarina da Fonte do Bispo) para frequentarem um estabelecimento de ensino (Quadro 69).
Quadro 69. Distâncias em quilómetros entre as sedes de freguesia Santiago Santiago
Stª. Maria
Stª. Luzia
Luz
Stº. Estêvão
Conceição
Cabanas
Stª. Catarina
Cachopo
1
3
5
5
7
9
15
42
4
6
6
6
8
15
42
2
8
8
12
18
45
Stª. Maria Stª. Luzia
3
3
Luz
4
4
2
Stº. Estêvão
3
6
8
4
Conceição
3
6
8
9
12
Cabanas
8
8
12
12
15
4
9
12
19
47
12
15
12
48
2
24
48
26
50
2
Stª.Catarina
15
15
18
19
12
24
26
Cachopo
42
42
45
47
48
48
50
35 35
Fonte: Elaboração própria, 2007
Para além dos circuitos assegurados pela Câmara Municipal, EVA Transportes e CP, também a Cruz Vermelha transporta alunos com
A Cruz Vermelha assegura o transporte de alunos com necessidades especiais.
necessidades especiais. Devido às distâncias percorridas, o tempo de deslocação é também elevado, sendo que alguns circuitos têm duração aproximada de 50/60 minutos (Quadro 70). Os casos mais problemáticos prendem-se com os alunos provenientes de pequenos aglomerados localizados na freguesia de Cachopo.
157
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Quadro 70. Distâncias em minutos entre sedes de freguesia. Santiago Santiago
Stª. Maria
Stª. Luzia
Luz
2
4
7
9
11
13
20
50
5
8
10
10
12
20
50
3
15
10
10
25
60
6
11
16
20
60
15
20
15
60
3
30
60
30
70
Stª. Maria Stª. Luzia
5
5
Luz
10
10
3
Stº. Estêvão
Stº. Estêvão
5
10
15
6
Conceição
5
10
10
11
15
Conceição
Cabanas
Cabanas
12
12
10
16
20
3
Stª. Catarina
20
20
25
20
15
30
30
Cachopo
50
50
60
55
60
60
60
Stª. Catarina
Cachopo
45 45
Fonte: Elaboração própria, 2007
Relativamente ao ano lectivo de 2006/2007, a Câmara Municipal disponibilizou 15 percursos (Figuras 45, 46 e 47), realizando diariamente
No ano lectivo 2006/2007, a Câmara Municipal de Tavira assegurou 15 circuitos.
vários circuitos. Nalguns casos, as viaturas efectuam também o transporte de idosos e de pessoal docente para as escolas das diversas freguesias.
158
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Figura 45. Transporte Escolar – Percursos assegurados pela Câmara Municipal de Tavira (1.º Percurso – 5.º Percurso) Barroso
Monte Do Argil
!
Pão Duro
!
!
Soudes Corte de São Tomé
!
Malfrade Preguiças
Vale de Odre
Mealha
!
Furnazinhas
!
!
Vale Do João Farto
Cachopo ! !
Cerro Currais ! Fonte! do Ouro Corcho ! Medronheira Cerro ! ! do Gato
Figueirinha
Montinho
!
!
!
Cerro das Serralhas !
!
!
Passa Frio
Bentos
!
!
Garcia
Várzea
!
Fernandilho
!
Cerro das Foias
Preguiça
!
!
Azinhosa Taipas !
!
Alcarias
!
!
Casas
!
Choça Queimada
Corte Pequena
!
Grainho !
Corujos
Cerro
!
Alta Mora
!
Magoito
Quebradas
!
!
Fortim ! Traviscosa ! Cabaços
Portela
Cerro da Portela da Bica
Vale da Rosa
!
Corte Nova Vale Do Pereiro
Casas !Amoreira Baixas
!
37°20'N!Besteiros
!
!
!
Corte Do Ouro
Palmeira
!
Zambujal
!
!
!
Ameixial
!
Azinhal ! dos Mouros
!
Vaqueiros
! !
!
Corte Serrano
!
Corte João Marques
Alcaria Queimada
!
!
Arrizada
!
!
!
Alcarias Grandes
!
Feiteira
Mercador
!
!
Porto da Peralva
!
!
Montes Novos
!
Corte Gago
!
!
Portela Alta de Baixo
!
Cortelha
Umbrias de Camacho
Beliche de Cima
Tafe
!
!
!
!
Ebros
Cortelha
!
!
Cabeça Do Velho
Parises
Barranco Velho
Alcaria do Cume
Amendoeira
!
!
!
Cerro Alto
Monte Do Cerro
Borracheira
!
!
!
!
!
Pereira
Casas Novas
Nora
! !
!
Carrapateira
!
!
Malhada do Judeu
Eira Pelada
Corte de Besteiros Estorninhos!
Casas Altas
!
!
Champana
!
!
Corte Garcia
!
Vale de Rosados
Casa Queimada !
!
Carricos
Umbria
!
!
Pé do Gato
Eira da Palma
!
!
Alportel
! !
37°10'N
Mesquita Fonte Do ! Alta Bengado São Gralheira São Mealhas ! Touro ! Romão ! ! ! ! Brás de Alportel Vilarinhos ! Calçada Corotelo !
!
!
Pedragosa
!
Curral Boeiros Solteiras
Machados
Bodega Fazenda ! Grande
Valverde
!
Santa Catarina da Fonte Do Bispo
Monte ! Agudo
!
São Marcos
!
! !
!
Santa Rita Valongo!
!
!
!
!
!
Palmeiras Queimadas
Cerro de Alportel !Almargens ! Farrobo Campina
Amendoeira
Cacela Velha
! !
Cativa ! Montalegre!
!
! ! Conceição
Malhão Santa Margarida
!
!
Poco Do Vale !
Santa Bárbara de Nexe
! !
!
Caliços
! !
Amaro Gonçalves
!
! Calvário
Santo Estêvão
! !
Estói
Flandres! !
5º Percurso
Tavira
4º Percurso
Santa Luzia
Palmeira
!
3º Percurso
! !
2º Percurso
!
Moncarapacho
! ! São João da Venda
!
Conceição
! !
Cascalho
!
Pechão
! !
Brancanes
!
7°50'W
1º Percurso
Norte
Bias Do Belo Norte Romão ! Bias ! ! Quatrim Do Sul ! Do Sul
Fuseta
! !
0
(i
7°40'W
5 km
Fonte: Elaboração própria, 2007
159
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Figura 46. Transporte Escolar – Percursos assegurados pela Câmara Municipal de Tavira (6.º Percurso – 10.º Percurso) Barroso
Monte Do Argil
!
Pão Duro
!
Soudes Corte de São Tomé
!
Malfrade Preguiças
Vale de Odre
Mealha
!
Furnazinhas
!
!
Vale Do João Farto
Cachopo ! !
Cerro Currais ! Fonte! do Ouro Corcho ! Medronheira Cerro ! ! do Gato
Figueirinha
Montinho
!
!
!
Cerro das Serralhas !
!
!
Passa Frio
Bentos
!
!
Garcia
Várzea
!
Fernandilho
!
Cerro das Foias
Preguiça
!
Azinhosa Taipas !
!
Alcarias
!
!
Casas
!
Choça Queimada
Corte Pequena
!
Grainho
!
!
Corujos
Cerro
!
Alta Mora
!
Magoito
Quebradas
!
Feiteira
Mercador
!
!
Porto da Peralva
!
!
Alcarias Grandes
!
!
Montes Novos
!
Corte Gago
!
!
Portela Alta de Baixo
!
!
!
Fortim ! Traviscosa ! Cabaços
Portela
Cerro da Portela da Bica
Vale da Rosa
!
Corte Nova Vale Do Pereiro
Casas !Amoreira Baixas
!
37°20'N!Besteiros
!
!
!
Corte Do Ouro
Palmeira
!
Zambujal
!
!
Ameixial
Azinhal ! ! dos Mouros
!
!
!
Corte João Marques
Alcaria Queimada
Vaqueiros
! !
!
Corte Serrano
!
!
!
Arrizada
!
Cortelha
Umbrias de Camacho
Beliche de Cima
Tafe
!
!
!
!
Ebros
Cortelha
!
!
Cabeça Do Velho
Parises
!
!
Barranco Velho
Alcaria do Cume
Amendoeira
!
Cerro Alto
Monte Do Cerro
Borracheira
!
!
!
!
!
Pereira
Casas Novas
Nora
! !
!
Carrapateira
!
Eira Pelada
Corte de Besteiros
Casas Altas
Malhada do Judeu
!
!
!
Estorninhos
Champana
!
!
! !
Corte Garcia
Vale de Rosados Casa ! Queimada Carricos
!
Umbria
!
!
Pé do Gato
Eira da Palma
!
!
Alportel
!
!
Cerro de Alportel !Almargens ! Farrobo Campina
Amendoeira
!
37°10'N
!
Santa Catarina da Fonte Do Bispo
!
!
Mesquita Alta Bengado
Fonte Do ! São Gralheira São Mealhas ! Touro ! Romão ! ! ! ! Brás de Alportel Vilarinhos ! Calçada Corotelo
Pedragosa
Bodega !
!
! !
!
! !
Valverde
!
!
Monte Agudo
!
Poco Do Vale
Santo Estêvão
! !
Amaro Gonçalves
Estói
!
Caliços
! !
!
Cacela Velha
! !
Cativa
!
Santa Margarida
!
10º Percurso
Flandres ! !
! !
Montalegre !
!
! !
!
Santa Bárbara de Nexe
!
São Marcos
Calvário
Tavira
9º Percurso
Santa Luzia
!
8º Percurso
! ! Palmeira
7º Percurso
Moncarapacho
! ! São João da Venda
!
Conceição
! !
Cascalho
!
Pechão
! !
Brancanes
!
7°50'W
6º Percurso
Norte
Bias Do Belo Norte Romão ! Bias ! ! Quatrim Do Sul ! Do Sul
Santa Rita
!
!
! Conceição !
Malhão !
Machados
Valongo
Solteiras
Palmeiras Queimadas
Fazenda ! Grande
Curral Boeiros
Fuseta
! !
0
(i
7°40'W
5 km
Fonte: Elaboração própria, 2007
160
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Figura 47. Transporte Escolar – Percursos assegurados pela Câmara Municipal de Tavira (11.º Percurso – 15.º Percurso) Barroso
Monte Do Argil
!
Pão Duro
!
!
Soudes Corte de São Tomé
!
Malfrade Preguiças
Vale de Odre
Mealha
!
Furnazinhas
!
!
Vale Do João Farto
Montinho
!
Cerro das Serralhas !
!
! Cachopo ! !
!
Passa Frio
Bentos
!
!
Garcia
Várzea
!
Fernandilho
!
Preguiça
Figueirinha
Grainho ! Azinhosa Taipas
!
Vale da Rosa
!
!
Feiteira !
!
!
Cerro da Portela da Bica
Alcarias
!
!
Casas
!
Choça Queimada
Corte Pequena
!
Cerro do ! ! Cerro das Ouro Fonte! Currais Foias Corcho ! Medronheira ! Cerro do Gato !
!
Corte Nova Vale Do Pereiro
Casas !Amoreira Baixas
!
37°20'N!Besteiros
!
!
!
Corte Do Ouro
Palmeira
!
Zambujal
!
!
!
Ameixial
Azinhal ! ! dos Mouros
!
Vaqueiros
! !
!
Corte Serrano
!
Corte João Marques
Alcaria Queimada
!
!
Arrizada
!
Corujos
Cerro
Quebradas
Magoito
Portela Alta de Baixo
!
!
!
Fortim ! Traviscosa ! Cabaços
Portela
!
Alta Mora
!
!
Corte Gago
!
!
!
Alcarias Grandes
!
Mercador !
!
Montes Novos
Porto da Peralva
!
Umbrias de Camacho
Beliche de Cima
Tafe
!
Cortelha
!
!
!
Ebros
Cortelha
!
!
Cabeça Do Velho
Parises
Amendoeira
!
!
!
Barranco Velho
Cerro Alto
Alcaria do Cume !
Borracheira
!
!
!
Monte Do Cerro Carrapateira ! Nora ! !
Pereira
!
Casas Novas
!
Corte de Besteiros
Casas Altas
Malhada do Judeu
!
!
Eira Pelada
Estorninhos
!
!
!
Champana
!
Vale de Rosados Casa ! Queimada
Corte Garcia
!
!
Carricos
Umbria
!
!
Pé do Gato
Eira da Palma
!
!
Alportel
Amendoeira
!
!
37°10'N
Cerro de Alportel !Almargens Farrobo Campina
!
Santa Catarina da Fonte Do Bispo
!
!
Mesquita Fonte Do ! Alta Bengado São Gralheira São Mealhas ! Touro ! Romão ! ! ! ! ! Brás de Alportel Vilarinhos ! Calçada Corotelo !
Pedragosa
!
!
Machados
!
Poco Do Vale
Santo Estêvão
! !
Santa Bárbara de Nexe
Conceição
! ! Santa Margarida
!
Flandres!
!
!
Calvário
! !
15º Percurso
Tavira
14º Percurso
!
! !
Amaro Gonçalves
Estói
!
Caliços
! !
!
Palmeira
!
13º Percurso
! !
Santa Luzia
12º Percurso
Moncarapacho
! ! São João da Venda
!
Conceição
! !
Cascalho
!
Pechão
! !
Brancanes
!
7°50'W
11º Percurso
Norte
Bias Do Belo Norte Romão ! Bias ! ! Quatrim Do Sul ! Do Sul
! !
!
Fazenda Grande
Monte Malhão Agudo !
Cacela Velha
Montalegre Cativa !
São Marcos
Santa Rita
!
!
!
!
!
Valongo Solteiras
Palmeiras Queimadas
Bodega
! !
! !
Valverde
Curral Boeiros
!
!
Fuseta
! !
0
(i
7°40'W
5 km
Fonte: Elaboração própria, 2007
Nos quadros seguintes apresentam-se os vários percursos e circuitos assegurados pela Câmara Municipal de Tavira.
161
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Quadro 71. Transporte em circuitos municipais – Percurso n.º 1
3º Circuito (2ª e 4ª feira)
Nº de Alunos
Caiana
1
Valongo
2
Carapeto
2
Cativa
3
Cumeada
1
Alvisquer
1
Alhos
2
Almargem
2
Covas Gesso
1
Esc. D. Paio _ alunos PIEF
5
Escola
D. Paio e Secundária
D. Paio e Secundária
Locais de estágio (EFT, Rádio Gilão, Espaço Internet, …..)
Regresso de alunos da escola D. Paio e escola Secundária Regresso de alunos da escola D. Paio e escola Secundária
5º Circuito
16.00h às 17.30h
4º Circuito
Local de Embarque
Regresso de alunos da escola D. Paio e escola Secundária
6º Circuito
18.00h às 19.00h
SAÍDAS
3º Circuito
7.50h às 8.30h
2º Circuito
14.45h 13.00h às 8.30h às às 14.00h 9.00h) 15.30h
ENTRADAS
1º Circuito
7.00h às 7.50h
Hora
Regresso de alunos da escola Secundária
Km efectuados (aprox.): 150 Alunos Transportados: 21
Fonte: Câmara Municipal de Tavira
162
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Quadro 72. Transporte em circuitos municipais – Percurso n.º 2
ENTRADAS
1º Circuito
7.00h às 8.30h
Hora
Local de Embarque
Nº de Alunos
Corte A. Martins (Cacela)
1
Nora
1
Carrapateira
1
D. Paio
Fazfato
1
Secundária
2 3
D. Paio Secundária
2
D. Paio
Alfarrobeira
5º Circuito
8.45h às 9.45h 18.00h às 15.00h às 13.00h às 19.00h 16.00h 14.00h
SAÍDAS
4º Circuito
D. Paio
1
Vale Ebros
1
D. Paio Secundária
Casas Baixas
1
Secundária
Solteiras
3
Secundária
Castelos
1
Valongo
1
Carapeto
1
Quinta de Cima
1 1
Caiana 3º Circuito
D. Paio
Bemparece
1
2º Circuito
Escola
D. Paio
Centro Infantil da Conceição
Regresso de alunos da escola Secundária
Regresso de alunos da escola Secundária e escola D. Paio
Regresso de alunos da escola Secundária
Km efectuados (aprox.): 150 Alunos Transportados: 18 Fonte: Câmara Municipal de Tavira
163
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Quadro 73. Transporte em circuitos municipais – Percurso n.º 3
ENTRADAS
1º Circuito
7.00h às 8.30h
Hora
Local de Embarque
Nº de Alunos
Escola
Eirões
2
Secundária
3
D. Paio
1
EB1 Nº 2
4
Secundária
5
D. Paio
2
Secundária
2
D. Paio
1
Secundária
2
D. Paio
21
EB1 e C. Infantil S. Estêvão
Estorninhos
Curral Boeiros
Fonte Salgada
2º Circuito
8.30h às 9.30h
Monte Agudo Estiramanténs Butoque Meia Arraia Sinagoga/Baleeira
4º Circuito
5º Circuito
6º Circuito
18.00h 17.00 às 16.00h às às 18.00 17.00h 19.30h
SAÍDAS
3º Circuito
13.00h às 14.30h
Sitio da Igreja Regresso dos alunos da escola Secundária
Regresso dos alunos da escola D. Paio
Regresso dos alunos da escola EB1 e C. Infantil de S. Estêvão Regresso de alunos da escola EB1 Nº 2 TVR, escola D. Paio e escola Secundária
Km efectuados (aprox.): 300 Alunos Transportados: 40 Fonte: Câmara Municipal de Tavira
O percurso n.º 4 (Quadro 74), para além do transporte de alunos efectua também o transporte quinzenal de idosos: de Alcaria do Cume às Segundas-feiras e às Terças-feiras das localidades de Alcaria Fria, Funchal, Malhada Judeu, Alcurvel, Malhada de Santa Maria, Casas Novas, Corte das Noivas, Casas Altas.
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Para além do transporte de alunos, o circuito n.º 4 assegura o transporte quinzenal de idosos.
164
Quadro 74. Transporte em circuitos municipais – Percurso n.º 4
2º Circuito
3º Circuito
5º Circuito
17.30 às 18.10h
6 º Circuito
18.15 às 19.15 h
SAÍDAS
4º Circuito
6.30h às 8.00h
1º Circuito
16.30h às 8.00h às 13.25h às 14.00h 17.30 9.00h
ENTRADAS
Hora
Local de Embarque
Nº de Alunos
Escola
Amendoeira
1
D. Manuel
1
D. Manuel
1
Secundária
Casas Altas
1
Secundária
Eira do Lobo
2
D. Manuel
Morenos
2
D. Manuel
Brejo
2
Fundo
3
Belmonte
1
Carvalhal
EB1 Luz
Regresso dos alunos da escola D. Manuel - 2ª feira os do 5º ano, à 6º feira os do 6º ano, à 4º feira os do 5º e 6º anos
Regresso dos alunos da escola D. Manuel (à 3ª, 5ª e 6ª)
Regresso de alunos da escola EB1 Luz
Regresso de alunos da escola Secundária e de alunos residentes em S. Catarina, evitando que esperem até às 19.00h pelo autocarro da EVA
Km efectuados (aprox.): 300 Alunos Transportados: 14 Fonte: Câmara Municipal de Tavira
No Quadro 75 é apresentado o percurso n.º 5 que também efectua o transporte quinzenal de idosos: às Segundas-feiras de Carneiros e às Terças-feiras de Alcaria Fria, Funchal, Malhada Judeu, Alcurvel, Malhada de Santa Maria, Casas Novas, Corte das Noivas, Casas Altas, Ceroles.
165
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Quadro 75. Transporte em circuitos municipais – Percurso n.º 5
SAÍDAS
4º Circuito
5ª Circuito
6º Circuito
7º Circuito
7.30h às 8.00h 8.30h às 9.00h
3º Circuito
16.00h 13.25h às às 14.00h 17.00h
2º Circuito
18.15h às 17.00h às 19.00h 18.00h
ENTRADAS
1º Circuito
6.50h às 7.20h
Hora
Local de Embarque
Nº de Alunos
Escola
Malhada do Nobre
1
Secundária
Porto Carvalhoso
3
Secundária
Bengado
1
Secundária
Espartosa
1
Carrasqueira
2
D. Manuel
Boavista
1
D. Manuel
Eiras Altas
1
D. Manuel
Várzeas Vinagre
2
D. Manuel
Corte Peso
2
4 Estradas
2
Várzeas Vinagre
1
Fonte do Bispo
1
Malhada do Nobre
1
EB1 S. Catarina
Regresso dos alunos da escola D. Manuel - 2ª feira os do 5º ano, à 6º feira os do 6º ano, à 4º feira os do 5º e 6º anos
Regresso de alunos da escola D. Manuel e Secundária
Regresso de alunos da escola EB1 S. Catarina
Regresso de alunos da escola D. Manuel (residentes em S. Catarina para não esperarem pelo autocarro EVA às 19.00h) e Secundária
Km efectuados (aprox.): 300 Alunos Transportados: 19 Fonte: Câmara Municipal de Tavira
Também o percurso n.º 6 (Quadro 76) realiza o transporte quinzenal de idosos: às Segundas-feiras de Garrobo e às Terças-feiras Alcaria Fria,
O circuito n.º 6 realiza o transporte quinzenal de idosos.
Funchal, Malhada Judeu, Alcurvel, Malhada de Santa Maria, Casas Novas, Corte das Noivas, Casas Altas.
166
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Quadro 76. Transporte em circuitos municipais – Percurso n.º 6
3º Percurso
4º Circuito
5º Circuito
SAÍDAS
6º Circuito
7º Percurso
8º Circuito
8º e 9º Circuitos
8.30h às9.30h
ENTRADAS
2º Circuito
18.15h 17.30h 16.15h 13.15h 12.30h às às às às às 18.45h 18.15h 17.15h 14.00h 13.15h
1º Circuito
8.00h às 7.45h às 7.20h às 7.45h 8.30h 8.00h
Hora
Local de Embarque
Nº de Alunos
Escola
Fojo
1
Secundária
Poço do Álamo S.Margarida
5
D. Manuel
Asseca
1
D. Manuel
S. Margarida
4
D. Manuel
Alto/Bernardinheiro
7
Almiranta
2
Rua Montalvão
1
Avª. Dr. Mateus Teixeira de Azevedo
1
Atalaia
1
Poço do Álamo
1
Bernardinheiro
1
Campina da Luz
2
Campina da Luz
2
Secundária e D. Manuel
EB1 Luz
Secundária
Regresso de alunos da escola EB1 Nº 1, D. Manuel e escola Secundária Regresso de alunos da escola D. Manuel I
Regresso dos alunos da escola EB1 Luz Regresso de alunos da Secundária e das escolas EB1 Nº1 e Nº 2
Km efectuados (aprox.): 150 Alunos Transportados: 29 Fonte: Câmara Municipal de Tavira
167
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Quadro 77. Transporte em circuitos municipais – Percurso n.º 7
4º Circuito
SAÍDAS
4º Circuito
6º Circuito
8º Circuito
7.50h às 8.15h 8.15h às 9.30h 12.40h às 13.00h
3º Circuito
13.00h às 13.30h
2º Circuito
17.30h às 16.30h às 18.30h 17.30h
ENTRADAS
1º Circuito
7.25h às 7.50h
Hora
Local de Embarque Picota/Vale Junco Barranco da Nora Asseca
Vale Formoso
Nº de Alunos
Escola
1
Secundária
2
D. Paio
1
Secundária
4
D. Manuel
3
D. Paio
3
Secundária
1
D. Paio EB1 Nº 2 Tavira
1 Carapeto/Cativa
4
S. Rita
1
Quinta da Ria
1
Asseca
1
Vale Formoso
1
EB1 Conceição
EB1 Nº 2 Tavira
Regresso de alunos da escola EB1 Nº 2 e Secundária
Regresso de alunos da escola. D. Paio e D. Manuel
Regresso de alunos da escola EB1Conceição
Km efectuados (aprox.): 130 Alunos Transportados: 24 Fonte: Câmara Municipal de Tavira
168
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Quadro 78. Transporte em circuitos municipais – Percurso n.º 8 Hora
Local de Embarque
Nº de Alunos 8
D. Manuel
3
Secundária EB1 Nº 2 Tavira D. Paio
1
D. Manuel
5
Secundária
8
D. Paio
4
EB1 Nº 2 Tavira
4
EB1 Nº 2 Tavira
Quinta das Salinas
2
Mato S. Espírito
1
8.15h às 8.30h 8.45h às 9.15h
Quinta das Salinas e Mato S. Espírito
4º Circuito (6ª feira)
9.30h às 10.00h
Quinta das Salinas e Mato S. Espírito
EB1 Nº 2 Tavira
6º Circuito
16.30h às 17.00h
Regresso de alunos da escola EB1 Nº2 Tavira
Regresso de alunos da escola. D. Paio
8º Circuito
18.00h às 18.30h
SAÍDAS
3
4
3º Circuito (2ª e 5ª feira)
4º Circuito
EB1 Nº 2 Tavira D. Paio
Mato S. Espírito
Atalaia (junto à P.S.P.)
3º Circuito
11
5
2º Circuito
13.00h 12.45h às às 13.00h 13.20h
ENTRADAS
1º Circuito
7.40h às 8.10h
Quinta das Salinas
Escola
Regresso de alunos da escola EB1 Nº 2 e escola Secundária
Km efectuados (aprox.): 60 Alunos Transportados: 59 Fonte: Câmara Municipal de Tavira
169
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Quadro 79. Transporte em circuitos municipais – Percurso n.º 9
SAÍDAS
5º Circuito
6º Circuito
7º Circuito
8.30h às 9.00h 13.00h às 14.30h
4º Circuito
16.30h às 17.30h ou 16.30h às 17.30h 17.30h/18.30h ou 17.30h/18.30h
2º e 3º Circuitos
18.30h às 19.30h
ENTRADAS
1º Circuito
7.00h às 8.15h
Hora
Local de Embarque Campeiros
Nº de Alunos
Escola
1
D.Manuel
1
Berberia
2
Caseta
1
Castelos
4
Malhada do Peres
2
Alfarrobeira
2
Várzea
2
Fazfato
2
Carrapateira
1
Nora
1
Corte A. Martins
3
D. Paio
EB1 Corte A. Martins
Regresso dos alunos da D. Paio, à Quarta e Sexta-feira
Regresso dos alunos da D. Paio e D. Manuel
Regresso dos alunos da EB1 Corte António Martins
Regresso de aluno da D. Paio (2ª, 3ª e 5 feiras)
Km efectuados (aprox.): 200 Alunos Transportados: 22
Fonte: Câmara Municipal de Tavira
170
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Quadro 80. Transporte em circuitos municipais – Percurso n.º 10
Local de Embarque
Nº de Alunos
Escola
Beliche
1
D. Manuel
1
EB1 Nº 2 Tavira
1
F.Irene Rolo
Umbrias de Camacho Umbrias de Camacho Vale Covo
1
D. Paio
Corte Besteiros
1
Secundária
Fonte Salgada
1
EB 1 Nº 2 Tavira
Malhada do Peres
1
Daroeira
1
Eirões
1
Estorninhos
2
Castelos
2
13.00h às 13.45h
Regresso de aluno da EB1 Nº 2 de Tavira (para Umbria de Camacho)
4º Circuito
16.00 h às 17.30h
Regresso de alunos da Esc. D. Paio e D. Manuel
5º Circuito
Regresso de alunos da EB1 da Conceição
6º Circuito
Regresso da Esc. Secundária e F. Irene Rolo
SAÍDAS
3º Circuito
17.45h às 18.30h
EB1 Conceição
18.30h às 19.30h
2º Circuito
8.15h às 9.30h
ENTRADAS
1º Circuito
6.45h às 7.50h
Hora
Km efectuados (aprox.): 200 Alunos Transportados: 13
Fonte: Câmara Municipal de Tavira
171
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Quadro 81. Transporte em circuitos municipais – Percurso n.º 11 Hora
Local de Embarque
Meia Arraia Camuinho Meio Campina Luz
1
Secundária
5
D. Manuel
6
Secundária
2
D. Manuel
5 5
Secundária
15
EB1 S. Luzia 1 e 2
2º Circuito
8.45h às 9.15h
D. Manuel
Rua Dr. Silvestre Falcão (junto ao Tribunal)
3º Circuito
9.15h às 10.30
1
Este percurso é idêntico ao 1º, é realizado para transporte dos alunos que entram a partir das 9.30, evitando assim o excesso de lotação
4º Circuito
13.15h às 14.300h
Secundária
Regresso de alunos da Esc. D. Manuel e Secundária
5º Circuito
15.00h às 15.30h
D. Manuel
5
Regresso de alunos da EB1 S. Luzia 1 e 2
6º Circuito
16.45h às 17.15h
5
Regresso de alunos da EB1 S. Luzia 1 e 2
7º Circuito
17.15h às 18.00h
Bernardinheiro
Escola
Regresso de alunos da D. Manuel I e Secundária
6º e 7º Circuitos
18.00h às 19.00h
SAÍDAS
ENTRADAS
1º Circuito
7.00h às 8.20h
Brejo
Nº de Alunos
Regresso de alunos da Esc. Secundária e dos alunos de S. Estêvão, evitando que esperem até às 19.00h, pelo autocarro da EVA
Km efectuados (aprox.): 200 Alunos Transportados: 44
Fonte: Câmara Municipal de Tavira
172
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Quadro 82. Transporte em circuitos municipais – Percurso n.º 12 Hora
Nº de Alunos
Escola
1
Secundária
1
D. Manuel
Azinhosa
1
D. Manuel
Portela
1
Esc. Martinlongo
1
Secundária
2
D. Manuel
Local de Embarque
Relvais
SAÍDAS
3º Circuito
4º Circuito
4º Circuito
13.00h às 14.30h
2º Circuito
7.50h às 8.30h
Com excepção do aluno para a Esc. Martinlongo que segue para Cachopo, todos ficam no Monte da Ribeira para apanhar o autocarro da EVA
19.00h às 17.00h às 20.00h 18.00h
ENTRADAS
1º Circuito
6.15h às 7.00h
Grainho
Grainho Azinhosa
1
C. Infantil
1
EB1 Cachopo
1
EB1 Cachopo
Regresso de alunos da D. Manuel e Secundária (às 4ª e 6ª feiras)
Regresso de alunos da EB1 Cachopo
Regresso de alunos da D. Manuel e Secundária
Km efectuados (aprox.): 350 Alunos Transportados: 10 Fonte: Câmara Municipal de Tavira
173
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Quadro 83. Transporte em circuitos municipais – Percurso n.º 13 Nº de Alunos
Escola
1
Secundária
2
D. Manuel
Fonte Corcho
2
Secundária
Vale João Farto
1
Secundária
Feiteira
1
Currais
1
Local de Embarque
Currais
Apanham o autocarro da EVA em Cachopo
2º Circuito
7.10h às 7.50h
ENTRADAS
1º Circuito
6.10h às 7.00h
Hora
Esc. Martinlongo
Currais
2
Vale João Farto
2
Regresso de alunos da EB1 Cachopo
4º Circuito
Regresso de alunos da D. Manuel e Secundária
SAÍDAS
4º Circuito
17.00h às 18.00h
EB 1 Cachopo
19.00h às 20.00h
3º Circuito
8.00h às 9.00h
Apanham a viatura da CM Alcoutim em Cachopo
Km efectuados (aprox.): 400 Alunos Transportados: 12 Fonte: Câmara Municipal de Tavira
174
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Quadro 84. Transporte em circuitos municipais – Percurso n.º 14
2º Circuito
6.10h às 7.20h
1º Circuito
7.10h às 7.50h
ENTRADAS
Hora
Local de Embarque Garrobo Alcaria Cume
Nº de Alunos
Escola
1 1 1
Secundária D. Manuel Secundária
Apanham o autocarro da EVA na Portela da Corcha Feiteira
1
Currais
1
Esc. Martinlongo
3º Circuito
13.00h às 14.30h
Regresso de alunos da D. Manuel e Secundária (às 4ª e 6ª feiras)
4º Circuito
17.00h às 18.00h
Regresso de alunos da EB1 Cachopo
4º Circuito
18.30h às 19.30h
SAÍDAS
Apanham a viatura da CM Alcoutim em Cachopo
Regresso de alunos da D. Manuel e Secundária
Km efectuados (aprox.): 400 Alunos Transportados: 5 Fonte: Câmara Municipal de Tavira
175
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Quadro 85. Transporte em circuitos municipais – Percurso n.º 15 Hora
Local de Embarque
ENTRADAS
1º Circuito
6.45h às 7.20h
Carne Serva Eira Chã Tafe
7.40h às 8.15h
Palheirinhos Soalheira Vale Murta
1
Secundária
1
D. Manuel
2
D. Manuel
1
Secundária
2
D. Manuel
2
EB1 Nº 2
1 1
Secundária Secundária
2
D. Manuel
1
Secundária
3º Circuito
13.00h às 14.30h
D. Paio
1
Regresso de alunos da Secundária
4º Circuito
15.30h às 16.30h
2
Regresso de alunos da Esc. D. Paio e D. Manuel
5º Circuito
17.30h às 18.30h
Vale Serva
SAÍDAS
Escola
Apanham o autocarro da EVA na Portela da Corcha Fornalha
2º Circuito (excede 2 alunos)
Nº de Alunos
Regresso de alunos da Secundária e EB1 Nº 2
Km efectuados (aprox.): 350 Alunos Transportados: 18 Fonte: Câmara Municipal de Tavira
Conforme definido no Decreto-Lei n.º 299/84, que atribui a competência, organização, financiamento e controle do funcionamento dos transportes escolares aos municípios, a Câmara Municipal de Tavira comparticipa os transportes escolares aos alunos do ensino básico e secundário (oficial, particular ou cooperativo) que residem a mais de 3 ou 4 km dos estabelecimentos de ensino ou a alunos fora da área da sua residência. Os alunos que frequentem a escolaridade obrigatória, ou seja, que ainda não tenham atingido os 15 anos de idade, têm direito a transporte gratuito,
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
176
sendo que a partir de então o transporte é comparticipado em 50% pelo município. A Portaria 181/86, de 6 de Maio, estabelece que os alunos do ensino secundário têm uma comparticipação de 50% do valor total do passe social, com base no critério da distância casa/escola.
7.1.5.3. TRANSPORTE FERROVIÁRIO DE PASSAGEIROS Em termos de transporte ferroviário, o concelho de Tavira é servido pela CP – Caminhos-de-Ferro Portugueses, EP, sendo disponibilizado apenas o
O concelho de Tavira é servido pela CP – Serviço Regional.
serviço Regional no concelho de Tavira.
ႀ Regional (R) – o serviço regional é oferecido ao longo de toda a Linha do Algarve.
Ainda assim, o serviço prestado possibilita a utilização de outros tipos de serviço, ainda que com necessidade de transbordo:
O serviço prestado possibilita a utilização de outros tipos de serviço através da realização de transbordo.
ႀ Alfa-Pendular (AP) – serviço disponibilizado na Linha do Sul e Linha do Algarve até Faro;
ႀ Inter-cidades (IC) – à semelhança do anterior, este serviço é disponibilizado na Linha do Sul e na Linha do Algarve até Faro.
A ligação a Lisboa, a partir de Tavira é assegurada por 6 serviços, todos eles necessitando de transbordo em Faro. É possível chegar a Lisboa através de duas combinações: Serviço Regional (R) na Linha do Algarve até Faro, ligando com um dos dois serviços Alfa-Pendular (AP) diários ou com o Serviço Inter-Cidades (IC). Como se pode observar no Quadro 86, a combinação R/AP efectua a viagem em menos tempo, (entre 3h43m e 4h15m), devido ao facto de efectuar menos paragens ao longo do seu percurso e de o material
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
177
circulante (Alfa-Pendular) permitir uma maior velocidade de circulação. O preço da viagem varia entre os 21,75€ e os 28,25€ consoante a classe.
Quadro 86. Serviço ferroviário Tavira – Lisboa. Serviço
Partida Tavira
Chegada Lisboa - Entrecampos
Duração
R/AP
9h13m
9h56m
3h43m
R/IC
7h46m
12h56m
5h09m
R/IC
12h13m
16h56m
4h43m
R/AP
13h40m
17h56m
4h15m
R/IC
16h13m
20h56m
4h43m
R/IC
18h13m
22h56m
4h43m
Fonte: CP, 2007
A análise dos Quadros 87 e 88, permite verificar que a combinação R/IC, apresentando
maior
frequência
que
a
combinação
R/AP,
é
substancialmente mais lenta (entre 4h43m e 5h09m), sendo o preço ligeiramente inferior (entre os € 20,25 e os € 25,75).
Quadro 87. Tempo de deslocação entre paragens no percurso Tavira – Lisboa: combinação Regional / Alfa – Pendular Tavira Tavira
Luz
Fuseta- A
Olhão
Bom João
Faro
6m
15m
24m
31m
35m
9m
18m
25m
29m
9m
16m
20m
7m
11m
Pinhal Novo
Lisboa
3h10m
3h43m
3h03m
3h37m
2h55m
3h28m
2h46m
3h19m
2h39m
3h12m
2h35m
3h08m
20m
2h17m
2h50m
8m
2h05m
2h38m
1h57m
2h30m
Loulé
Albufeira
Tunes
53m
1h05m
1h13m
47m
59m
1h07m
38m
50m
58m
29m
41m
49m
22m
34m
49m
18m
30m
38m
12m
Luz
6m
Fuseta – A
15m
9m
Olhão
24m
18m
9m
Bom João
31m
25m
16m
7m
Faro
35m
29m
20m
11m
4m
Loulé
53m
47m
38m
29m
22m
18m
Albufeira
1h05m
59m
50m
41m
34m
30m
12m
Tunes
1h13m
1h07m
58m
49m
42m
38m
20m
Pinhal Novo
3h10m
3h03m
2h55m
2h46m
2h39m
2h35m
2h17m
2h05m
1h57m
Lisboa
3h43m
3h37m
3h28m
3h19m
3h12m
3h08m
2h50m
2h38m
2h30m
4m
8m
Fonte: CP, 2007 (tratamento próprio)
43m 43m
178
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
10m
14m
17m
28m
35m
39m
1h06m
1h18m
1h32m
1h45m
2h33m
3h14m
3h28m
4h00m
4h09m
4h30m
4h43m
Livramento
Fuseta
Fuseta – A
Olhão
Bom João
Faro
Loulé
Albufeira
Tunes
Messines
Funcheira
Grândola
Alcácer do Sal
Setúbal
Pinhal Novo
Pragal
Lisboa
4h37m
4h24m
4h03m
3h54m
3h22m
3h08m
2h27m
1h35m
1h26m
1h12m
1h
33m
29m
22m
11m
8m
4m
6m
Luz
4h33m
4h20m
3h59m
3h50m
3h18m
3h04m
2h23m
1h31m
1h22m
1h08m
56m
29m
25m
18m
7m
4m
4m
10m
Livram ento
Fonte: CP, 2007 (Tratamento próprio)
6m
Luz
Tavira
Tavira
4h29m
4h16m
3h55m
3h46m
3h14m
3h00m
2h19m
1h27m
1h18m
1h04m
52m
25m
21m
14m
3m
4m
8m
14m
Fuseta
4h26m
4h13m
3h52m
3h43m
3h11m
2h57m
2h16m
1h24m
1h15m
1h01m
49m
22m
18m
11m
3m
7m
11m
17m
FusetaA
4h15m
4h02m
3h41m
3h32m
3h00m
2h46m
2h05m
1h13m
1h04m
50m
39m
11m
7m
11m
14m
18m
22m
28m
Olhão
4h04m
3h51m
3h30m
3h21m
2h49m
2h35m
1h54m
1h02m
53m
39m
27m
4m
11m
22m
25m
29m
33m
39m
Faro
3h37m
3h24m
3h03m
2h54m
2h22m
2h08m
1h27m
35m
26m
12m
27m
31m
39m
49m
52m
56m
1h
1h06m
Loulé
3h25m
3h12m
2h51m
2h42m
2h10m
1h56m
1h15m
23m
14m
12m
39m
41m
50m
1h01m
1h04m
1h08m
1h12m
1h18m
Albufeira
3h11m
2h58m
2h37m
2h28m
1h56m
1h42m
1h01m
9m
14m
26m
53m
57m
1h04m
1h15m
1h18m
1h22m
1h26m
1h32m
Tunes
3h02m
2h49m
2h28m
2h19m
1h47m
1h33m
52m
9m
23m
35m
1h02m
1h06m
1h13m
1h24m
1h27m
1h31m
1h35m
1h45m
Messines Alte
2h10m
1h57m
1h36m
1h27m
55m
41m
52m
1h01m
1h15m
1h27m
1h54m
1h58m
2h05m
2h16m
2h19m
2h23m
2h27m
2h33m
Funchei ra
1h29m
1h16m
55m
46m
14m
41m
1h33m
1h42m
1h56m
2h08m
2h35m
2h39m
2h46m
2h57m
3h
3h04m
3h08m
3h14m
Grândola
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
4h08m
3h55m
3h34m
3h25m
2h53m
2h39m
1h58m
01h06m
57m
41m
31m
4m
7m
18m
21m
25m
29m
35m
Bom João
Quadro 88. Serviço Tavira – Lisboa (combinação Serviço Regional – Serviço Inter – Cidades)
1h15m
1h02m
41m
32m
14m
55m
1h47m
1h56m
2h10m
2h22m
2h49m
2h53m
3h00m
3h11m
3h14m
3h18m
3h22m
3h28m
Alcácer do Sal
43m
30m
9m
32m
46m
1h27m
2h19m
2h28m
2h42m
2h54m
3h21m
3h25m
3h32m
3h43m
3h46m
3h50m
3h54m
4h00m
Setúba l
34m
21m
9m
41m
55m
1h36m
2h28m
2h37m
2h51m
3h03m
3h30m
3h34m
3h41m
3h52m
3h55m
3h59m
4h03m
4h09m
P. Novo
13m
21m
30m
1h02m
1h16m
1h57m
2h49m
2h58
3h12m
3h24m
3h51m
3h55m
4h02m
4h13m
4h16m
4h20m
4h24m
4h30m
Pragal
13m
34m
43m
1h15m
1h29m
2h10m
3h02m
3h11m
3h25m
3h37m
4h04m
4h08m
4h15m
4h26m
4h29m
4h33m
4h37m
4h43m
Lisboa
179
Com origem em Lisboa, existem 5 ligações diárias que, com recurso a transbordo em Faro, asseguram a ligação ao município de Tavira. Tal como no percurso inverso, é possível efectuar a viagem Lisboa-Tavira, através de duas combinações: utilizando um dos dois serviços AlfaPendular (AP) diários até Faro ou através do serviço Inter-Cidades (IC),
É possível efectuar a viagem Lisboa-Tavira através de duas combinações.
combinado depois com o serviço Regional (R) Faro – Tavira. Através da análise do Quadro 89, verifica-se que a combinação R/AP é a que efectua a viagem de menor duração (4h02m e 4h16m) pelas razões anteriormente explicitadas.
Quadro 89. Serviço ferroviário Lisboa – Tavira Serviço
Partida Lisboa - Entrecampos
Chegada Tavira
Duração
AP/R
8h51m
13h07m
4h16m
IC/R
10h30m
15h04m
4h34m
IC/R
13h30m
18h08m
4h37m
IC/R
17h30m
22h08m
4h37m
AP/R
18h51m
22h53m
4h02m
Fonte: CP, 2007
Os Quadros 89 e 90, permitem também verificar que a combinação R/IC é substancialmente mais lenta, sendo o preço ligeiramente inferior ao da combinação R/AP (variando os preços entre os € 20,25 e os € 25,75, consoante a classe). Embora este serviço apresente maior frequência, o tempo de duração da viagem é superior (entre 4h34m e 4h37m).
180
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
2h35m
2h42m
2h55m
3h05m
3h34m
3h38m
3h49m
3h58m
4h01m
4h05m
4h10m
4h16m
Tunes
Albufeira
Loulé
Faro
Faro
Bom João
Olhão
Fuseta – A
Fuseta
Livramento
Luz
Tavira
Fonte: CP, 2007 (tratamento próprio)
40m
Pinhal Novo
Lisboa
Lisboa
3h36m
3h30m
3h25m
3h21m
3h18m
3h09m
2h58m
2h54m
2h25m
2h15m
2h02m
1h55m
40m
Pinhal Novo
1h41m
1h35m
1h30m
1h26m
1h23m
1h14m
1h03m
59m
30m
20m
7m
1h55m
2h35m
Tunes
1h21m
1h15m
1h10m
1h06m
1h03m
54m
43m
39m
10m
13m
20m
2h15m
2h55m
Loulé
1h11m
1h05m
1h00m
56m
53m
44m
33m
-
10m
23m
30m
2h25m
3h05m
Faro
42m
36m
31m
27m
24m
15m
4m
-
39m
52m
59m
2h54m
3h34m
Faro
38m
32m
27m
23m
20m
11m
4m
33m
43m
56m
1h03m
2h58m
3h38m
Bom João
27m
21m
16m
12m
9m
11m
15m
44m
54m
1h07m
1h14m
3h09m
3h49m
Olhão
18m
12m
7m
3m
9m
20m
24m
53m
1h03m
1h16m
1h23m
3h18m
3h58m
Fuseta – A
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
1h34m
1h28m
1h23m
1h19m
1h16m
1h07m
56m
52m
23m
13m
7m
2h02m
2h42m
Albufeira
Quadro 90. Serviço Lisboa – Tavira (combinação Serviço Alfa-Pendular - Serviço Regional)
15m
9m
4m
3m
12m
23m
27m
56m
1h06m
1h19m
1h26m
3h21m
4h01m
Fuseta
11m
5m
4m
7m
16m
27m
31m
1h00m
1h10m
1h23m
1h30m
3h25m
4h05m
Livramento
6m
5m
9m
12m
21m
32m
36m
1h05m
1h15m
1h28m
1h35m
3h30m
4h10m
Luz
6m
11m
15m
18m
27m
38m
42m
1h11m
1h21m
1h34m
1h41m
3h36m
4h16m
Tavira
181
Quanto ao serviço Regional, o concelho de Tavira é servido por 16 ligações com origem em Faro e destino final em Vila Real de Santo António (Quadro 91). Para além da estação de Tavira esta ligação regional serve, no
O concelho de Tavira é servido por 16 ligações de Serviço Regional Faro-Vila Real de Santo António.
concelho de Tavira, os apeadeiros de Livramento, Luz, Porta Nova e Conceição. O tempo de deslocação Faro-Tavira varia entre os 37 minutos e os 46 minutos. Quadro 91. Serviços Regional Faro – Tavira Serviço
Partida Faro
Chegada Tavira
Duração
R
7h34
8h15
0h41
R
7h58
8h41
0h43
R
9h25
10h08
0h43
R
10h25
11h08
0h43
R
11h30
12h12
0h42
R
12h25
13h07
0h42
R
13h23
14h09
0h46
R
14h27
15h04
0h37
R
15h25
16h08
0h43
R
16h25
17h08
0h43
R
17h30
18h08
0h38
R
18h25
19h08
0h43
R
19h25
20h08
0h43
R
21h25
22h08
0h43
R
22h15
22h53
0h38
R
23h25
00h03
0h38
Fonte: CP, 2007
No percurso de Vila Real de Santo António-Faro, com paragem em Tavira, existem 15 ligações diárias (Quadro 92). No período da manhã, entre as 7h46 e as 9h13, verifica-se a ausência de ligações, assim como, no período
No percurso Vila Real de Santo António-Faro existem 15 ligações diárias com paragem em Tavira.
da tarde entre as 19h13m e as 21h13m.
182
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Quadro 92. Serviço Regional Tavira – Faro Serviço R R R R R R R R R R R R R R R
Partida Tavira
Chegada Faro
Duração
6h13m
6h48m
35m
6h48m
7h24m
36m
7h46m
8h24m
37m
9h13m
9h51m
38m
10h13m
10h51m
38m
11h19m
11h55m
36m
12h13m
12h52m
39m
13h12m
13h48m
36m
13h40m
14h18m
37m
15h13m
15h51m
38m
16h13m
16h51m
38m
17h11m
17h52m
41m
18h13m
18h51m
38m
19h13m
19h51m
38m
21h13m
21h51m
38m
Fonte: CP, 2007
Através da análise do Quadro 93, relativo aos tempos de deslocação,
O tempo máximo de deslocação entre estações/apeadeiros é de 19 minutos.
verifica-se que o tempo de deslocação máximo entre estações/apeadeiros do concelho é de 19 minutos (Livramento -Conceição).
Quadro 93. Tempo de Deslocação entre estações de referência no Serviço Regional Faro Faro
Olhão
Livramento
Luz
Tavira
Porta Nova
Conceição
V.R. Stº.Ant.
9m
30m
35m
42m
45m
49m
1h11m
19m
24m
31m
34m
38m
1h
5m
12m
15m
19m
41m
7m
10m
14m
36m
3m
7m
29m
4m
26m
Olhão
9m
Livramento
30m
19m
Luz
35m
24m
5m
Tavira
42m
31m
12m
7m
Porta Nova
45m
34m
15m
10m
3m
Conceição
49m
38m
19m
14m
7m
4m
V.R. Stº.Ant.
1h11m
1h
41m
36m
29m
26m
22m 22m
Fonte: CP, 2007
Nas deslocações inter-concelhias as ligações aos concelhos de Olhão e Vila Real de Santo António têm a duração de 31 minutos e 29 minutos,
As ligações a Olhão e Vila Real de Santo António têm a duração de 31 e 29 minutos.
respectivamente. Relativamente a Faro, onde se efectuam os transbordos
183
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
para os comboios Alfa-Pendulares e Inter-Cidades com destino a Lisboa, a duração da viagem é de 42 minutos. Quanto ao custo das viagens (Quadro 94), verifica-se que todas as deslocações intra-concelhias têm um custo de € 1,00 enquanto que, para os municípios da primeira coroa a viagem tem um custo de € 1,55 e para Faro de € 2,25.
Quadro 94. Custo da viagem entre estações de referência no Serviço Regional Percurso
Preço
Tavira – Livramento
€ 1,00
Tavira – Luz
€ 1,00
Tavira – Porta Nova
€ 1,00
Tavira – Conceição
€ 1,00
Tavira – Faro
€ 2,25
Tavira – Olhão
€ 1,55
Tavira – V. R. Stº. António
€ 1,55
Fonte: CP, 2007
A estação de Tavira é a paragem que regista maior volume de passageiros do concelho (Quadro 95). Quanto aos apeadeiros, Luz e Conceição
A estação de Tavira regista o maior volume de passageiros do concelho.
apresentam o maior número de passageiros.
Quadro 95. Número de passageiros por Estação/Apeadeiro (2005). Estação/Apeadeiros
Origem
Destino
Total
Conceição
24.297
25.872
50.169
Porta Nova
11.339
9.200
20.539
Tavira
161.878
160.443
322.321
Luz
24.315
26.110
50.425
Livramento
13.416
12.951
26.367
Total
235.245
234.576
469.821
Fonte: CP, 2007
184
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
7.1.5.4. SERVIÇO DE TÁXIS Num concelho com 24.997 habitantes, concentrados sobretudo no sector litorial,
nomeadamente
no
aglomerado
urbano
de
Tavira
(10.434
habitantes), com forte capacidade de geração e atracção de deslocações, em oposição a um sector interior, pautado pela concentração da população em aglomerados de pequena dimensão e pela sua dispersão territorial, o serviço de táxis pode assumir um papel de relevo na melhoria da mobilidade da população residente nas zonas de baixa densidade (por parte daqueles que não recorrem ao transporte individual), não se descurando a sua relevância nas ligações inter e intra-urbanas. Com efeito, o contingente de táxis do concelho de Tavira é constituído por 25 viaturas (as licenças são atribuídas a nível concelhio, não sendo possível determinar a distribuição do contigente por freguesia). No cômputo do concelho de Tavira, este contigente perfaz um rácio de 999,9 habitantes por táxi.
7.1.5.5. TRANSPORTE FLUVIAL O concelho de Tavira possui três infra-estruturas de acostagem (cais) que servem o transporte fluvial de passageiros, a Sul da Cidade de Tavira (Quatro Águas), na freguesia de Cabanas de Tavira e na freguesia de
O concelho de Tavira possui três infra-estruturas de acostagem que servem o transporte fluvial de passageiros.
Santa Luzia, tratando-se de pequenas infra-estruturas de apoio, sobretudo, à actividade piscatória. Quanto à oferta de transporte fluvial, os serviços são prestados pelas empresas Belarmino Viegas & Jacinto Madeira Lda. e Safari Boat (havendo também oferta informal que assegura várias ligações no município de Tavira), o qual é efectuado em embarcações com diferentes capacidade de transporte de passageiros. Os serviços prestados por estas empresas destinam-se, sobretudo, a
turistas
e
visitantes,
havendo
diversas
actividades lúdicas a bordo. Os serviços têm como principais destinos a Ilha de Tavira e Ilha de Cabanas, cujas praias são muito procuradas durante o período estival. Para além destes serviços, também a unidade hoteleira Vila Galé Albacora disponibiliza transporte fluvial, exclusivo para os seus clientes, assegurando a ligação à Ilha de Tavira.
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
185
Figura 48. Serviços fluviais de transporte de passageiros ,
,
7 38 W
7 36 W
&DEDQDV
,
37 8 N
Ri o
,OKDGH&DEDQDV
G
ilão Tavira
9LOD*DO«$OEDFRU 4XDWURJXDV ,OKDGH7DYLUD
Operador Belemino Viegas & Jacinto Madeira Lda ,
37 6 N
6DQWD/X]LD
Oferta Informal Safari Boat
7HUUD(VWUHLWD
Vila Galé
Norte
0
0.5
1 Km
Fonte: Elaboração própria, 2007
Os serviços com destino à Ilha de Tavira efectuam-se, sobretudo, a partir do cais de Quatro Águas, embora sejam também disponibilizados serviços a partir de Santa Luzia.
Os serviços com destino à Ilha de Tavira efectuam-se a partir de Quatro Águas e Santa Luzia.
A ligação directa entre o cais de Quatro Águas e a Ilha de Tavira é efectuada, mediante concessão, pela empresa Belarmino Viegas & Jacinto Madeira Lda. No período de 1 de Julho a 15 de Setembro, esta ligação é assegurada ininterruptamente entre as 8 horas e as 24 horas. No período de Inverno, as ligações são efectuadas entre as 9 e as 17 horas. No período de maior procura, a ligação é efectuada por um barco com capacidade para 130 pessoas, enquanto que no Inverno (período de menor procura), o serviço é assegurado por uma embarcação com capacidade para 46 passageiros. A Safari Boat efectua viagens a partir de Santa Luzia, realizando um percurso com paragens em Terra Estreita, Quatro Águas, Rio Gilão, Tavira e Cabanas (Quadro 96 e Figura 48).
186
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Quadro 96. Serviço fluvial prestado pela Safari Boat Cais
Partidas
Santa Luzia
8h00m
9h30m
11h00m
12h30m
14h00m
15h30m
Terra Estreita
8h15m
9h45m
11h15m
12h45m
14h15m
15h45m
Quatro águas
8h30m
10h00m
11h30m
13h00m
14h30m
16h00m
Rio Gilão
8h45m
10h15m
11h45m
13h15m
14h45m
16h15m
Tavira
9h00m
10h30m
12h00m
13h30m
15h00m
16h30m
Cabanas
9h15
10h45m
12h15m
13h45m
15h15m
16h45m
Fonte: Safari Boat, 2007
No que se refere ao número de passageiros, nas ligações Tavira/Ilha de Tavira/Tavira e Quatro Águas/Tavira/Quatro Águas foram transportados 456.676 passageiros no ano de 2005, sendo que no período Janeiro – Setembro do ano seguinte este número subiu para os 532.166 passageiros.
Em 2005 foram transportados 532.166 passageiros nas ligações Tavira/Ilha de Tavira/Tavira e Quatro Águas/Ilha/Quatro Aguas.
Acresce que ambas as empresas, assim como algumas pequenas embarcações particulares, efectuam transportes particulares e realizam percursos
turísticos,
desde
que
a
reserva
seja
efectuada
com
antecedência. A Câmara Municipal de Tavira apenas garante o transporte diário dos resíduos sólidos produzidos na Ilha de Tavira, assim como o transporte de mercadorias, em duas embarcações pertencentes à autarquia.
A Câmara Municipal garante o transporte diário dos resíduos sólidos produzidos na Ilha de Tavira.
7.1.5.6. OUTROS SERVIÇOS Para além dos serviços anteriormente caracterizados, existe também um pequeno trajecto efectuado por um comboio turístico (Imagem 11),
A ligação à Praia do Barril é assegurada por um comboio turístico.
concessionado à empresa responsável pelo aldeamento turístico Pedras D´El Rei, donde parte o comboio tendo como destino a praia do Barril. Apresenta-se como um serviço alternativo ao percurso pedonal de acesso a esta praia, pois sendo esta uma área de sapal, em pleno Parque Natural da Ria Formosa, apenas é permitido o acesso à praia a pé ou através deste comboio. O tempo de viagem é de aproximadamente 6 minutos.
187
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
De acordo com os dados disponibilizados pela autarquia, no ano de 2005 foram transportados 300.000 passageiros pelo comboio turístico.
No ano de 2005, o comboio turístico transportou 300.000 passageiros.
Na Cidade de Tavira é ainda disponibilizado um serviço de transporte – comboio rodoviário turístico (Imagem 12) – vocacionado para turistas e visitantes, tratando-se de um serviço que opera mediante um contrato de concessão e exploração. O circuito efectuado por este serviço (Figura 49) passa pelos principais pontos de interesse turístico da Cidade de Tavira (nomeadamente a Ponte Romana, o Castelo e o Centro Histórico), sendo o preço por viagem de € 4,00. Quanto aos horários de funcionamento, no período
Foto: João Caetano Dias (http://galerias.escritacomluz.com)
estival (Junho-Setembro) o serviço é assegurado entre as 10h00 e as 24h00, enquanto que nos restantes meses do ano o comboio rodoviário turístico opera entre as 9h00 e as 18h00 (não se efectuando entre as 14h00 e as 15h00).
Imagem 11. Comboio turístico Pedras D’El Rei-Praia do Barril Imagem 12. Comboio rodoviário turístico
188
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Figura 49. Circuito efectuado pelo Comboio Rodoviário Turístico 7°39'20"W 37°8'N
Norte
( i
0
7°38'40"W
200 m
37°8'N
37°7'20"N
37°7'20"N
7°39'20"W
7°38'40"W
Fonte: adaptado de Câmara Municipal de Tavira, Projecto Mobilidade Sustentável, 2007
7.2. ESTACIONAMENTO EM PARQUE E EM ZONAS TARIFADAS Atendendo ao âmbito do presente estudo, a análise da oferta de estacionamento
na
Cidade
de
Tavira
centra-se
nos
parques
de
estacionamento periféricos e nas zonas de estacionamento tarifado na área central da cidade, enquanto soluções indutoras da redução da circulação automóvel no interior da malha urbana, incentivadoras da circulação pedonal e promotoras do ordenamento do trânsito.
7.2.1. PARQUES DE ESTACIONAMENTO A Figura 50 apresenta a oferta de estacionamento público em parque na Cidade de Tavira, considerando os parques existentes, provisórios, em execução e em projecto.
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
189
Figura 50. Parques de Estacionamento na Cidade de Tavira
R = 1000m
Parques de Estacionamento na Cidade de Tavira e Quatro Águas: 367 lugares
Existente - 615 lugares Em execução - 122 lugares
106 lugares
Em Projecto - 764 lugares
78 lugares
44 lugares
Centro
43 lugares 194 lugares
35 lugares
13 lugares
350 lugares
23 lugares
248 lugares
Fonte: adaptado de Câmara Municipal de Tavira, 2007
A oferta existente é constituída por 615 lugares de estacionamento repartidos por quatro parques:
A oferta de estacionamento em parque é constituída por 615 lugares.
ႀ 23 lugares junto à Estação da CP (Largo de Santo Amaro); ႀ 13 lugares nas imediações do Centro Histórico (junto ao Quartel da Atalaia – Rua 25 de Abril);
ႀ 194 lugares no parque localizado a nascente do Centro Histórico (Rua das Salinas);
ႀ 350 lugares no parque localizado nas traseiras do Mercado Municipal de Tavira.
190
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
ႀ 35 lugares no parque localizado na Rua Carlos Rocha ( junto à rotunda da Vela na ER 125)
Com a conclusão dos parques em execução, localizados na Rua dos Bombeiros Municipais, 44 lugares e na Rua Chefe António Afonso 78 lugares, a oferta em parques será aumentada em 122 lugares de estacionamento. Encontram-se ainda projectados 516 lugares distribuídos da seguinte forma:
ႀ 106 lugares em parque periférico junto à Ponte de Santiago na margem esquerda do Rio Séqua/Rio Gilão;
ႀ 43 lugares num parque paralelo ao Rio Gilão, na Rua Dr. José Pires Padinha;
ႀ 367 lugares no parque projectado para o Largo da Feira, junto ao Complexo Desportivo Municipal.
A este valor acrescem 248 lugares em dois parques localizados em Quatro Águas, portanto fora do perímetro urbano da Cidade de Tavira. Considerando os lugares em parques existentes, provisórios, em execução e em projecto (incluindo o parque em Quatro Águas), a oferta de estacionamento totaliza aproximadamente 1500 lugares. No que respeita ao modo de utilização, os parques são de utilização gratuita, não existindo limitações quanto à duração do estacionamento, exceptuando-se as restrições inerentes ao estacionamento considerado abusivo, tal como referenciado no Artigo 55.º do Regulamento de Trânsito do Concelho de Tavira. Quanto à ocupação dos parques existentes, importa assinalar a subocupação do parque localizado nas traseiras do Mercado Municipal de Tavira, facto que denota a prevalência de algumas resistências à utilização desta “bolsa de estacionamento” por parte da procura de curta e média
191
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
duração gerada pelo Eixo Comercial “Rua Marcelino Franco/Rua 1.º de Maio” (essencialmente por motivo de compras) – Figura 51.
Figura 51. Situação do Parque de Estacionamento das traseiras do Mercado Municipal relativamente ao Eixo Comercial
´
300m
Parque de Estacionamento (traseiras do Mercado Municipal) Eixo Comercial Fonte: Elaboração própria, 2007
Com efeito, no período da manhã verifica-se a existência de algumas perturbações à normal fluidez do trânsito nesta via, em resultado do congestionamento provocado por estacionamento desordenado, pela redução da velocidade de circulação motivada pela procura de lugar de
No período da manhã verificam-se algumas perturbações à normal fluidez do trânsito no eixo Rua Marcelino Franco/Rua 1.º de Maio.
estacionamento e pelo atravessamento da via por peões. Refira-se ainda que a área a ocupar pelos parques projectados pela autarquia é actualmente utilizada como área de estacionamento não ordenado, apresentando sensivelmente a mesma capacidade daquela que é indicada para os parques projectados.
192
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
7.2.2. ESTACIONAMENTO TARIFADO As zonas de estacionamento tarifado (Figura 52) localizam-se nos
As zonas de estacionamento tarifado localizam-se na área central da Cidade de Tavira e na Avenida Dr. Mateus Teixeira de Azevedo e sua envolvente.
seguintes arruamentos: Rua da Liberdade, Rua D. Marcelino Franco, Rua Dr. José Pires Padinha (Curta Duração); Rua Jacques Pessoa, Largo Trem, Rua Borda d’Água de Aguiar, Rua do Cais, Rua Dr. Augusto Palma, Rua Dr. Silvestre Falcão, Rua Montalvão, Largo Tabira Pernanbuco, Beco da Alfeição, Praceta Teixeira Gomes, Rua Guilherme Gomes Fernandes, Rua Dr. Parreira, Largo Dr. José Pires Padinha, Rua 1º de Maio, Rua Terreiro do Garção, Rua da Silva, Rua 4 de Outubro, Rua Padre Evaristo Guerreiro do Rosário, Travessa Padre Evaristo Guerreiro do Rosário, Rua da Palmeira, Rua dos Pelames, Avenida Dr. Mateus Teixeira de Azevedo, Praça Zacarias Guerreiro, Praceta Marcelino Galhardo, Praceta Félix Franco (Média Duração); Rua Dr. José Pires Padinha (a partir do Largo Dr. José Pires Padinha até à Rua das Salinas) (Longa Duração).
Figura 52. Estacionamento Tarifado na Cidade de Tavira
´
Fonte: elaborado a partir do Projecto de Alteração do Regulamento de Trânsito do Concelho de Tavira, publicado em Diário da República, 2.ª série – N.º 59 – 25 de Março de 2008
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
193
O período de estacionamento tarifado nestas zonas divide-se nas seguintes fases:
ႀ Dias úteis – entre as 9 e as 19 horas; ႀ Sábados – entre as 9 e as 14 horas.
No que se refere à duração máxima do estacionamento (Figura 53), esta decorre da zona, dividindo-se em:
ႀ Curta duração – estacionamento com um período máximo de duas horas;
ႀ Média duração – estacionamento com um período máximo de quatro horas;
ႀ Longa duração – estacionamento durante o período diário anteriormente indicado, sem limitação de permanência.
194
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Figura 53. Estacionamento Tarifado na Cidade de Tavira – Duração do Estacionamento
´
Curta Duração Média Duração Longa Duração
Fonte: elaborado a partir do Projecto de Alteração do Regulamento de Trânsito do Concelho de Tavira, publicado em Diário da República, 2.ª série – N.º 59 – 25 de Março de 2008
Nestas zonas de estacionamento estão isentos de pagamento os veículos de residentes, aos quais a autarquia atribui credenciais que possibilitam o estacionamento gratuito na rua de residência. Em 2005, existiam 567 residentes com credencial de estacionamento. Para além destes veículos o novo Regulamento de Trânsito (publicado em Diário da República, 2.ª série – N.º 59 – 25 de Março de 2008) isenta ainda de pagamento:
ႀ Veículos em missão urgente de socorro ou de segurança, quando em serviço;
ႀ Veículos autorizados pela Câmara Municipal, designadamente de deficientes motores e as operações de carga e descarga dentro dos
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
195
horários estabelecidos e nas áreas e lugares demarcados para esse fim;
ႀ Veículos
propriedade
da
Câmara
Municipal,
devidamente
identificados.
Quanto à taxa de utilização dos lugares de estacionamento tarifado (Gráfico
A taxa de utilização dos lugares de estacionamento tarifado apresenta uma tendência de crescimento.
11), esta apresentou uma tendência de crescimento no período 2000-2004, ascendendo neste último ano a 29%. Esta tendência foi interrompida apenas por uma ligeira quebra no ano de 2003, no qual registou-se uma taxa de utilização de 27%.
900
30
800
29
700
28
600
27
500
26
400
25
300
24
200
23
100
22
0
21 2000*
2001
2002
2003
Tx. Utilização (%)
N.º Lugares
Gráfico 11. Estacionamento Tarifado na Cidade de Tavira – Número de Lugares e Taxa de Utilização (2000-2004)
2004
Ano Número de Lugares
Taxa de Utilização
* - Início em 2 de Maio de 2000
Fonte: Câmara Municipal de Tavira
196
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
7.2.3. ESTACIONAMENTO CONDICIONADO No
âmbito
do
presente
estudo
considerou-se
o
estacionamento
condicionado na via pública resultante das seguintes concessões:
ႀ Estacionamento
para
Entidades
Oficiais/Serviços
Públicos
(designadamente Câmara Municipal, Juntas de Freguesia, Guarda Fiscal, PSP, Bombeiros e Capitania);
ႀ Estacionamento para Táxis; ႀ Estacionamento para operações de cargas e descargas; ႀ Estacionamento reservado a pessoas portadoras de deficiência motora.
Os lugares de estacionamento condicionado são apresentados nos Quadros 97, 98, 99 e 100.
Quadro 97. Estacionamento dedicado exclusivamente a Entidades Oficiais/Serviços Públicas
Tavira (Cidade)
Rua Atalaia
Nº de Lugares 5
Tavira (Cidade)
Rua do Cais
11
-
Câmara Municipal
Tavira (Cidade)
Rua D. Marcelino Franco
4
Em Linha/Espinha
Tavira (Cidade)
Rua do Registo
3
Em Linha
Tavira (Cidade)
Largo do Cano
6
Em Linha
Capitania Guarda Fiscal/Câmara Municipal Bombeiros
Total
-
29
-
-
Rua
Tipo de Estacionamento Em Espinha
Entidade PSP
Fonte: elaborado a partir do Projecto de Alteração do Regulamento de Trânsito do Concelho de Tavira, publicado em Diário da República, 2.ª série – N.º 59 – 25 de Março de 2008
Quadro 98. Estacionamento para Táxis Rua
Nº de Lugares
Tipo de Estacionamento
Tavira (Cidade)
Rua D. Marcelino Franco
20
Em linha
Tavira (Cidade)
Rua dos Pelames
1
Em Linha
Tavira (Cidade)
Rua do Registo
2
Em Linha
Tavira (Cidade)
Rua de Santo Amaro
3
-
Tavira (Cidade)
Rua Dr. António Padinha
4
-
Total
-
30
-
Fonte: elaborado a partir do Projecto de Alteração do Regulamento de Trânsito do Concelho de Tavira, publicado em Diário da República, 2.ª série – N.º 59 – 25 de Março de 2008
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
197
Quadro 99. Estacionamento dedicado exclusivamente a operações de cargas e descargas Rua
Nº de Lugares
Tavira (Cidade)
Rua Almirante Cândido dos Reis
5
Tavira (Cidade)
Rua Alto do Cano
1
Tavira (Cidade)
Rua Álvaro de Campos
1
Tavira (Cidade)
Rua Augusto da Silva Carvalho
1
Tavira (Cidade)
Avenida Dr. Eduardo Mansinho
2
Tavira (Cidade)
Avenida Dr. Mateus Teixeira de Azevedo
1
Tavira (Cidade)
Rua Borda D’ Agua D’Aguiar
2
Tavira (Cidade)
Rua D. Marcelino Franco
4
Tavira (Cidade)
Rua Dr. Miguel Bombarda
1
Tavira (Cidade)
Rua Frei João de São José
1
Tavira (Cidade)
Rua Gonçalo Velho
2
Tavira (Cidade)
Rua Jacques Pessoa
1
Tavira (Cidade)
Rua José Joaquim Jara
2
Tavira (Cidade)
Rua Dr. José Pires Padinha
5
Tavira (Cidade)
Rua da Liberdade
4
Tavira (Cidade)
Rua dos Mouros
2
Tavira (Cidade)
Rua do Óculo
1
Tavira (Cidade)
Rua Poeta Emiliano da Costa
3
Tavira (Cidade)
Rua 1º de Maio
2
Tavira (Cidade)
Rua do Registo
1
Tavira (Cidade)
Rua das Salinas
3
Tavira (Cidade)
Rua de S. Pedro
1
Tavira (Cidade)
Rua Silva Domingues
1
Tavira (Cidade)
Largo do Cano
1
Tavira (Cidade)
Largo Dr. Jorge Correia
1
Tavira (Cidade)
Praça Dr. António Padinha
2
Tavira (Cidade)
Praça da República
4
Tavira (Cidade) Tavira (Cidade) Total
Travessa das Cunhas Travessa José Joaquim Jara -
1 2 58
Fonte: elaborado a partir do Projecto de Alteração do Regulamento de Trânsito do Concelho de Tavira, publicado em Diário da República, 2.ª série – N.º 59 – 25 de Março de 2008
198
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Quadro 100. Estacionamento reservado a pessoas portadoras de deficiência motora Rua
Nº de Lugares
Tipo de Estacionamento
Tavira (Cidade)
Rua Alvares Botelho
1
Em Linha
Tavira (Cidade)
Rua Álvaro de Campos
1
Em Linha
Tavira (Cidade)
Rua António Pinheiro
1
-
Tavira (Cidade)
Rua Carlos Rocha
1
Em Espinha
Tavira (Cidade)
Rua D. Marcelino Franco
1
Em Espinha
Tavira (Cidade)
Rua Dr. Miguel Bombarda
1
Em Linha
Tavira (Cidade)
Rua Dr. Parreira
1
Em Linha
Tavira (Cidade)
Rua Gonçalo Velho
1
-
Tavira (Cidade)
Rua Dr. José Pires Padinha
1
Em Linha
Tavira (Cidade)
Rua Luís de Camões
2
Em Linha
Tavira (Cidade)
Rua de Santo António
12
Em Linha/Espinha
Tavira (Cidade)
Rua de Santo Estêvão
2
-
Tavira (Cidade)
Rua Simão Fernandes
4
Em Espinha
Tavira (Cidade)
Rua 25 de Abril
1
-
Tavira (Cidade)
Largo Caracolinha
1
-
Total
-
31
-
Fonte: Projecto de Regulamento de Trânsito do Concelho de Tavira e da Proposta N.º 13/2004/CM, relativa à Alteração do Regulamento de Trânsito (Extensão do Parqueamento Tarifado e medidas de combate ao Estacionamento abusivo e ilegal)
7.3. PRINCIPAIS PROJECTOS PREVISTOS PARA O SISTEMA DE TRANSPORTES 7.3.1. ANTECEDENTES No seguimento da adesão da Câmara Municipal de Tavira à Rede Nacional de Cidades e Vilas com Mobilidade para Todos, foi estabelecido um Contrato-Programa com a Associação Portuguesa de Planeadores do Território (APPLA), que produziu um relatório de situação e programa de intervenção. Para a aplicação destas medidas específicas que visavam a resolução dos problemas na área de intervenção com 15 ha (correspondente ao Centro Histórico – Figura 54), foi elaborado o Plano de Mobilidade e Acessibilidade, o qual se encontra actualmente em fase de conclusão.
O Plano de Mobilidade e Acessibilidade encontra-se actualmente em fase de conclusão.
199
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Figura 54. Área de intervenção do Plano de Mobilidade e Acessibilidade
FASE 1 2004/200 5
FASE 2 2006
FASE 3 2007 Fonte: Câmara Municipal de Tavira, 2006b
Para este Plano de Mobilidade, a Câmara Municipal de Tavira e a APPLA definiram vários objectivos prioritários:
ႀ Cumprimento do Decreto-lei N.º 163/2006, devidamente aplicado à área de estudo;
ႀ Criar uma acessibilidade contínua no espaço público na área de intervenção;
ႀ Definição de soluções adaptadas à situação concreta; ႀ Implementação de soluções tipo; ႀ Qualificar o ambiente urbano. (Câmara Municipal de Tavira, 2006b)
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
200
A concretização de tais objectivos passou pelo desenvolvimento de uma metodologia baseada na caracterização e análise da situação existente (iniciada em 2004), através de um relatório diagnóstico, que incluiu vários levantamentos, nomeadamente: fotográfico, da largura dos passeios e das barreiras arquitectónicas existentes. Após a identificação destes problemas, a Divisão de Planeamento e Recuperação Urbana definiu e planificou as acções necessárias para transformar a cidade de Tavira numa cidade acessível para todos. A Câmara Municipal de Tavira pretende utilizar este Plano como um instrumento de planeamento e gestão do espaço público, concretizando acções como a correcção de passadeiras e colocação de rampas nos lancis, melhoramentos nos passeios, arruamentos e mobiliário urbano
A Câmara Municipal pretende utilizar o Plano como um instrumento de planeamento e gestão do espaço público.
(Quadro 101). Optou-se ainda pela remoção de suportes informativos e sinalização desadequada, assim como pela substituição do mobiliário por modelos adoptados pela Câmara Municipal de Tavira, de modo a que estes não se constituam obstáculos/barreiras arquitectónicas. Pretende-se assim requalificar o espaço público no Centro Histórico de modo a criar corredores de circulação acessíveis para todos no interior da malha urbana. A implementação deste Plano seguiu o seguinte
Pretende-se criar corredores de circulação acessíveis para todos no interior da malha urbana.
faseamento: Fase 1 – 2004/2007; Fase 2 – 2006; Fase 3 – 2007 (actualmente em execução).
201
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Quadro 101. Acções e medidas realizadas no âmbito do Plano de Mobilidade e Acessibilidade
Acções
Medidas
Passadeiras e rampeamento de lancis
Adaptar o existente; Deslocação para locais mais apropriados; Introdução de novas passadeiras.
Passeios
Alargamento; Regularização e repavimento; Nivelamento das passadeiras à cota dos passeios; Nivelamento dos passeios à cota do arruamento; Reajuste em situações das entradas particulares; Rampas para vencer desníveis.
Arruamentos
Nivelamento com o passeio – permitindo uma circulação mista Peão/veículo; Restringir a circulação viária – exclusiva a residentes.
Mobiliário Urbano
Deslocação para junto do lancil de Colunas de iluminação, Parquímetros, Pilaretes, Postes de sinalização e outros obstáculos na via pública.
Mobiliário Urbano
Deslocação para junto das fachadas de placas toponímicas, papeleiras, suportes informativos, entre outros.
Mobiliário Urbano
Remoção de suportes informativos e sinalização desadequada/repetida; Substituição do mobiliário actual para modelos adoptados pela CMT; Homogeneizar o mobiliário urbano.
RSU e Ecopontos
Deslocação para zonas menos conflituosas; Substituição para modelos enterrados.
Cabine telefónica
Substituir por modelo acessível – adoptado pela PT.
Árvores de arruamento
Colocação de grelhas nas caldeiras quando a área de circulação é reduzida.
Elementos comerciais particulares
Delimitação de áreas de ocupação de acordo com os Regulamentos Municipais.
Fonte: Câmara Municipal de Tavira, 2006b
7.3.2. PRINCIPAIS PROJECTOS PREVISTOS PARA O SISTEMA DE TRANSPORTES No concelho de Tavira, os principais projectos previstos para o sistema de transportes correspondem às seguintes intervenções:
202
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
ႀ Rotunda a ser construída na EN270 como acesso ao Parque Industrial (Santa Margarida);
ႀ Projecto de uma variante à ER125 para assistir ao Parque de Exposições;
ႀ Variante de ligação de Santa Luzia à ER125 (zona do cemitério); ႀ Ligação do Grand Plaza à ER125. ႀ Alargamento da Zona de Estacionamento tarifado na Cidade de Tavira (Figura 56)
Figura 55. Principais projectos previstos para a rede viária
37°9'N
7°41'W
7°40'W
7°39'W
7°38'W
Variante EN 125 / Parque de Exposições
Acesso Grand Plaza / EN 125
Parque 37°8'N Industrial
37°7'N
Variante Stª Luzia / EN 125
Norte
37°6'N
0
(i
500 m
203 Fonte: Elaboração própria, 2007
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Figura 56. Zona de estacionamento a tarifar
Média Duração
Fonte: elaborado a partir do Projecto de Alteração do Regulamento de Trânsito do Concelho de Tavira, publicado em Diário da República, 2.ª série – N.º 59 – 25 de Março de 2008
204
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
8. IMPACTES DOS TRANSPORTES NO AMBIENTE 8.1. QUALIDADE DO AR A análise da qualidade do ar tem por base as medições realizadas pelo Instituto do Ambiente em 2006, no âmbito do “Dia Europeu Sem Carros” (DESC) na Cidade de Tavira, as quais incidiram nos principais poluentes atmosféricos associados ao tráfego automóvel: monóxido de carbono (CO), dióxido de azoto (NO2), partículas em suspensão (PM10). Embora não seja um poluente atmosférico directamente associado ao tráfego rodoviário, foi ainda monitorizado o Ozono troposférico (O3), formado a partir combinação do ozono natural com os poluentes emitidos pelo tráfego automóvel, como óxido de azoto e os hidrocarbonetos. Tendo como objectivo a avaliação do impacte das emissões provenientes do tráfego automóvel na qualidade, “foi efectuada uma análise comparativa entre os níveis de poluição registados no DESC (22 de Setembro) com um dia de referência correspondente a uma situação normal de circulação automóvel” (Instituto do Ambiente, 2006: 9), tendo sido escolhido o dia 21 de Setembro. A campanha de monitorização decorreu entre os dias 15 e 25 de Setembro de 2006. Relativamente ao monóxido de carbono, os valores registados ao longo do período monitorizado, foram claramente inferiores ao valor limite para
Os valores registados para o monóxido de carbono foram inferiores ao valor limite.
protecção da saúde humana (10.000 µg/m3 para uma média de 8h consecutivas). De acordo com o estudo, os valores calculados para as médias de 8h consecutivas, para o dia de referência e para o dia 22 foram de 404 µg/m3 e 382 µg/m3. Gráfico 12. Evolução das concentrações médias horárias de CO durante o período de estudo na Cidade de Tavira
µg/m3
205 Fonte: Instituto do Ambiente, “Qualidade do ar. Dia europeu sem carros 2006”, 2006
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
No dia 22 de Setembro, durante o período horário em que vigoraram as restrições ao tráfego rodoviário (das 9 às 18h), houve uma redução de 62% de Monóxido de Carbono (CO) relativamente ao dia de referência (Gráfico 13).
Gráfico 13. Evolução das concentrações médias horárias de monóxido de carbono
µg/m3
Fonte: Instituto do Ambiente, “Qualidade do ar. Dia europeu sem carros 2006”, 2006
Quanto ao dióxido de azoto (NO2), através da análise do Gráfico 14, referente
ao
período
em
que
se
efectuaram
medições,
mesmo
considerando o dia em que se registou o valor mais elevado (20 de 3
Setembro - 240 µg/m ), o seu valor é igualmente bastante inferior ao valor limite para protecção da saúde humana.
Os valores registados para o dióxido de azoto foram igualmente inferiores ao valor limite.
206
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Gráfico 14. Evolução das concentrações médias horárias de dióxido de azoto durante o período de estudo na Cidade de Tavira
µg/m3
Fonte: Instituto do Ambiente, “Qualidade do ar. Dia europeu sem carros 2006”, 2006
Comparativamente ao dia de referência, o dia 22 de Setembro registou valores ligeiramente inferiores, na ordem dos 7%. O Gráfico 15 permite verificar que os valores de NO2 foram ligeiramente inferiores em praticamente todo o período sujeito às restrições de tráfego no dia 22 de Setembro.
Gráfico 15. Evolução das concentrações médias horárias de dióxido de azoto
µg/m3
Fonte: Instituto do Ambiente, “Qualidade do ar. Dia europeu sem carros 2006”, 2006
No que se refere às partículas em suspensão (PM10), o Gráfico 16 demonstra uma significativa redução de partículas em suspensão ocorrida no DESC, comparativamente com o dia de referência. O valor registado no
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
207
dia de referência foi de 40 µg/m3, ficando abaixo do valor máximo permitido por lei (50 µg/m3). No dia 22 de Setembro o valor monitorizado foi de 27 µg/m3.
Gráfico 16. Variação da concentração média diária de PM durante o período de estudo na Cidade de Tavira 10
µg/m
3
Fonte: Instituto do Ambiente, “Qualidade do ar. Dia europeu sem carros 2006”, 2006
No período de interdição ao tráfego rodoviário ocorrido no dia 22 de Setembro, as concentrações de partículas em suspensão foram 43% inferiores ao valor do dia de referência (Gráfico 17).
Gráfico 17. Evolução das concentrações médias horárias de partículas em suspensão (PM ). 10
µg/m3
Fonte: Instituto do Ambiente, “Qualidade do ar. Dia europeu sem carros 2006”, 2006
208
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
No que se refere à concentração de Ozono troposférico (O3), os valores mais elevados foram registados no dia 20 de Setembro, com 105 µg/m3. Ainda assim, este valor é inferior ao máximo definido por lei, o qual determina a obrigatoriedade da emissão de alertas junto da população (180
No que se refere à concentração de Ozono troposférico, os valores mais elevados foram registados no dia 20 de Setembro – 3 105 µg/m
µg/m3). Centrando a análise no dia de referência e no DESC, verifica-se que a concentração de O3 foi ligeiramente inferior no dia 22 de Setembro (59 µg/m3), relativamente ao dia de referência (63 µg/m3).
Gráfico 18. Evolução das concentrações médias horárias de O durante o período de estudo 3
na Cidade de Tavira
µg/m3
Fonte: Instituto do Ambiente, “Qualidade do ar. Dia europeu sem carros 2006”, 2006
Quanto às concentrações de ozono, contrariamente ao que se verificou nos restantes poluentes analisados, estas foram 18% mais elevadas no DESC, comparativamente com o dia de referência, no período horário das 9 às 18h (Gráfico 19). Esta situação decorre do facto do ozono troposférico resultar de reacções fotoquímicas
com
outros
poluentes
provenientes
da
queima
de
combustíveis fósseis, como por exemplo o óxido de azoto (NOx) e os compostos orgânicos voláteis (COV). Não sendo o O3 emitido directamente em quantidades significativas pelas actividades humanas, tem a sua génese na interacção entre radiação solar e outros poluentes precursores, particularmente NOx e os COV.
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
209
Gráfico 19. Evolução das concentrações médias horárias de ozono
µg/m3
Fonte: Instituto do Ambiente, “Qualidade do ar. Dia europeu sem carros 2006”, 2006
Deste modo, nos dias em que a actividade humana e o tráfego rodoviário são mais intensos, as emissões de NOx são mais elevadas, sendo as concentrações de O3 mais baixas.
Gráfico 20. Níveis de concentração dos poluentes monitorizados, comparando o período sem carros e o mesmo período no dia de referência
40 18 20 0
%
-7
-20 -40
-43 -60 -62 -80 -100 M o nó xido de C a rbo no ( C O )
D ió xido de A zo t o ( N O 2 )
P a rt í c ula s ( P M 10 )
O zo no ( O 3 )
Fonte estatística: Instituto do Ambiente, “Qualidade do ar. Dia europeu sem carros 2006”, 2006
Como seria expectável, as medições efectuadas na Cidade de Tavira durante a campanha de monitorização da qualidade do ar inserida DESC,
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
210
comparando um dia de referência e o DESC, evidenciam uma diminuição com alguma expressão das concentrações dos poluentes emitidos pelo tráfego rodoviário, embora os parâmetros de avaliação da qualidade do ar mostrem que numa, situação normal, estas concentrações não ultrapassem
Numa situação normal, as concentrações de poluentes não ultrapassam os valores limite para protecção da saúde humana.
os valores limite para protecção da saúde humana.
8.2. RUÍDO A avaliação do ambiente sonoro do concelho de Tavira teve por base o “Mapa de Ruído do Concelho de Tavira”18, no qual foram consideradas as seguintes fontes de ruído:
ႀ Tráfego rodoviário; ႀ Tráfego ferroviário; ႀ Indústria extractiva.
As Figuras 57 e 58 apresentam os mapas de ruído dos períodos diurno e nocturno para o concelho de Tavira. Relativamente aos mapas de conflito, dado que a sua elaboração “implica a delimitação por parte da respectiva autarquia das zonas mistas e sensíveis em todo o território municipal” e “não [sendo esta delimitação] conhecida” no concelho de Tavira, foram elaborados, no âmbito do estudo considerado, “dois mapas de conflitos contemplando cada um dos tipos de classificação de zona” (dBLab, 2004: 24). Em virtude das limitações a nível da interpretação dos resultados obtidos que decorrem desta opção metodológica, conjugadas com a difícil legibilidade da cartografia produzida, optou-se por não considerar tais elementos no âmbito do presente relatório.
18
Estudo elaborado pelo dBLab – Laboratório de Acústica e Vibrações, Lda para a Câmara
Municipal de Tavira, tendo os ensaios decorrido no mês de Julho de 2004 (dias 13, 14, 15, 19, 20, 22, 27 e 29).
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
211
Figura 57. Mapa de ruído do concelho de Tavira – Período diurno
Fonte: dBLab – Laboratório de Acústica e Vibrações, Lda, “Mapa de Ruído do Concelho de Tavira”, 2004
212
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Figura 58. Mapa de ruído do concelho de Tavira – Período nocturno
Fonte: dBLab – Laboratório de Acústica e Vibrações, Lda, “Mapa de Ruído do Concelho de Tavira”, 2004
Com efeito, a análise dos mapas de ruído do concelho para os períodos diurno e nocturno permite concluir pela existência de algumas áreas com níveis de ruído elevados, as quais correspondem, genericamente, à envolvente aos principais eixos rodoviários que atravessam o concelho de
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
As áreas com níveis de ruídos elevados correspondem, genericamente, à envolvente aos principais eixos rodoviários.
213
Tavira no sector Sul, designadamente a A22 (e alguns dos seus acessos – N270) e a ER125. Quanto aos níveis de ruído nas principais aglomerações urbanas do concelho (Tavira, Conceição, Cabanas de Tavira, Santa Luzia), a sua análise baseou-se nos mapas seguintes:
Figura 59. Mapa de ruído da aglomeração urbana de Tavira – Períodos diurno e nocturno Período Diurno
Período Nocturno
Fonte: dBLab – Laboratório de Acústica e Vibrações, Lda, “Mapa de Ruído do Concelho de Tavira”, 2004
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
214
Figura 60. Mapa de ruído das aglomerações urbanas de Conceição e Cabanas de Tavira – Períodos diurno e nocturno
Período Diurno
Período Nocturno
215 Fonte: dBLab – Laboratório de Acústica e Vibrações, Lda, “Mapa de Ruído do Concelho de Tavira”, 2004
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Figura 61. Mapa de ruído da aglomeração urbana de Santa Luzia – Períodos diurno e nocturno
Período Diurno
Período Nocturno
Fonte: dBLab – Laboratório de Acústica e Vibrações, Lda, “Mapa de Ruído do Concelho de Tavira”, 2004
Como se pode verificar nestes mapas, os níveis de ruído mais elevados são registados nas áreas envolventes às principais vias das aglomerações urbanas consideradas. De acordo com a classificação de zonas sensíveis e zonas mistas a definir pela Câmara Municipal de Tavira, em sede de plano
Nas aglomerações urbanas, os níveis de ruído mais elevados ocorrem na envolvente às principais vias.
municipal de ordenamento do território, nalgumas destas áreas o nível
216
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
sonoro contínuo equivalente poderá ser superior aos limites legalmente estabelecidos19. Neste sentido, é referido no “Mapa de Ruído do Concelho de Tavira” que “existem algumas áreas onde, para serem cumpridos os requisitos do n.º 3 do artigo 4.º do RLPS, deverá ser equacionado um Plano de Redução de Ruído” (dBLab, 2004: 31), dependendo a sua amplitude da classificação acústica supra referida.
19
Níveis máximos de exposição ao ruído ambiente exterior nas zonas sensíveis: Período
diurno (07h00-22h00) – 55 dB(A); Período nocturno (22h00-07h00) – 45 dB(A). Níveis máximos de exposição ao ruído ambiente exterior nas zonas mistas: Período diurno (07h0022h00) – 65 dB(A); Período nocturno (22h00-07h00) – 55 dB(A).
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
217
9. DIAGNÓSTICO O presente capítulo corresponde a uma diagnóstico síntese do sistema concelhio, enfocando os elementos que influem directa e/ou indirectamente na promoção e desenvolvimento de uma mobilidade sustentável, e cujas tendências evolutivas determinam a acuidade da sua consideração neste contexto. Sob a forma de uma matriz SWOT (Strenghts, Weaknesses, Oppotunities and Threats) atenta-se não apenas na oferta e procura de transportes, mas também noutros aspectos dos quais depende a evolução da mobilidade à escala concelhia, como sejam a dinâmica e estrutura demográfica, o emprego e as actividades económicas, a rede de equipamentos colectivos ou a rede urbana e o sistema de povoamento. Tendo por base este exercício, será possível (em sede de Relatório de Objectivos e Conceito de Intervenção):
ႀ Delinear cenários de evolução da mobilidade; ႀ Determinar as áreas de intervenção prioritária ao nível do sistema de transportes;
ႀ Definir objectivos específicos no âmbito da promoção de uma mobilidade sustentável;
ႀ Definir um conceito multimodal de deslocações.
218
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Rede Urbana e Sistema de Povoamento
Estrutura e Dinâmica SócioEconómica
Baixa densidade populacional das freguesias interiores
População isolada pouco representativa
Distribuição espacial dos equipamentos colectivos, assegurando o acesso da população a valências básicas
Existência de todos os níveis de ensino no município, reduzindo a necessidade de deslocação para outros concelhos
Política de gestão e conservação do Centro Histórico
Afirmação de um modelo territorial regional polinucleado e policêntrico
Posicionamento de Tavira na rede urbana regional
Património urbanístico-arquitectónico e natural do concelho
Empreendedorismo local, patente na expansão do parque empresarial e do número de empregadores
Oportunidades
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Malha urbana de algumas ruas da Cidade de Tavira, impeditiva da implementação de faixas pedonais com as dimensões mínimas regulamentares
Pontos de conflito na ER125 em resultado da expansão urbana a Norte desta via
Declínio do efectivo populacional da maioria das freguesias do concelho, contrastando com o forte crescimento populacional das freguesias em que se insere a Cidade de Tavira
População dispersa e concentrada em aglomerados de pequena dimensão dispersos pelo sector Norte do território concelhio
Concentração de empresas e estabelecimentos nas freguesias em que se localiza a sede de concelho
Aumento do número de empresas e estabelecimentos sedeados no concelho
Existência de áreas de expansão urbana planeadas
Ligeiro aumento da taxa de desemprego
Aumento do índice de envelhecimento
Pontos Fracos
Aumento da taxa de actividade
Aumento do efectivo populacional
Pontos Fortes
MATRIZ SWOT DO SISTEMA CONCELHIO
Agravamento das condições de mobilidade e acessibilidade das populações residentes em aglomerados populacionais periféricos caso não sejam implementadas soluções que respondam às suas necessidades
Ameaças
219
Sistema de Transportes
Padrões de Mobilidade
Predomínio da utilização do transporte individual nas deslocações por motivo de trabalho e estudo e perda de importância dos modos suaves e transporte público
Predomínio das deslocações com duração até 15 minutos
Oferta de estacionamento com localização periférica relativamente ao centro da Cidade de Tavira
Oferta de estacionamento para pessoas portadoras de deficiência motora
Rede de transportes escolares com serviços assegurados directa e indirectamente pela autarquia
Oferta diversificada de serviços de transporte fluvial de ligação às praias
Reestruturação da oferta de transporte colectivo de passageiros e criação de carreiras turísticas de fim-de-semana
Elevado índice de gravidade de acidentes no contexto regional (2005) e sinistralidade elevada na ER125
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Baixo nível de serviço dos transportes públicos rodoviários nas ligações ao interior do concelho
Implementação dos projectos previstos para a rede rodoviária
Projecto de ordenamento do estacionamento em Quatro Águas
Criação de parques de estacionamento dissuasores na Cidade de Tavira
Intervenções urbanísticas na marginal de Cabanas e Santa Luzia
Intervenções previstas no âmbito do Plano de Mobilidade e Acessibilidade para o centro da Cidade de Tavira
Criação da Ecovia do Litoral, numa óptica de promoção de actividades turísticas e de lazer
Potencial de introdução da bicicleta nas deslocações urbanas
Sensibilização para o desenvolvimento de soluções inovadoras para responder às necessidades de serviços de transporte
Oportunidades
Desorganização dos movimentos de cargas e descargas, não obstante a delimitação de zonas de estacionamento para o efeito
Problemas de estacionamento e congestionamento no acesso às praias do concelho
Existência de vários “pontos”/”zonas” de conflito na Cidade e no acesso à Cidade de Tavira
Melhoria da mobilidade pedonal no Centro Histórico
Existência de um serviço de transporte urbano colectivo de passageiros na Cidade de Tavira
Existência de algumas barreiras/condicionantes à circulação pedonal no espaço público
Elevado índice de densidade da rede rodoviária e de permeabilidade da rede rodoviária municipal
Reduzida oferta de transporte público nas áreas de expansão urbana
Aumento da utilização do transporte individual nas deslocações por motivo de trabalho e estudo
Aumento do peso relativo das deslocações inter-concelhias por motivo de trabalho e estudo
Pontos Fracos
Predomínio das deslocações intraconcelhias e importância do modo pedonal neste tipo de deslocações
Pontos Fortes
Manutenção ou agravamento do índice de sinistralidade caso os pontos negros não sejam corrigidos
Agravamento do desequilíbrio na repartição modal, com maior recurso ao transporte individual
Incapacidade dos modos suaves e do transporte público em captar “novos utilizadores” num contexto de aumento do número de deslocações
Ameaças
220
(continuação)
Sistema de Transportes
Concentração de poluentes emitidos pelo tráfego rodoviário abaixo dos valores limite
Maior permeabilidade da rede rodoviária no sector com maior densidade de aglomerados populacionais
Oportunidades
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Existência de algumas áreas com níveis de ruído elevados
Desactualização da sinalização direccional e existência de erros na sinalização rodoviária
Dispersão espacial dos equipamentos de acesso ao sistema de transportes públicos
Elevado custo e complexidade organizativa do transporte escolar
Tempo de percurso elevado de alguns circuitos de transporte escolar
Estacionamento tarifado no centro da Cidade de Tavira, permitindo a rotatividade da utilização dos lugares de estacionamento
Reduzido tempo de percurso (inferior a 20 minutos) da maioria dos aglomerados populacionais relativamente à sede de concelho
Pontos Fracos
Pontos Fortes
Ameaças
221
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AMAL/CCDRA (2006), “Esquema director das Ecovias do Algarve”, Grande área Metropolitana do Algarve, Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve, Faro, 1 p. Câmara Municipal de Tavira (2007), “Projecto Mobilidade Sustentável” (apresentação), 59 p. Câmara Municipal de Tavira (2006), “Carta Educativa do Concelho de Tavira”, Câmara Municipal de Tavira, Tavira Câmara Municipal de Tavira (2006b), “Tavira, Cidade Histórica. Mobilidade e Acessibilidade”, Apresentação in 2.º Encontro da Rede Nacional de Cidades e Vilas com Mobilidade para Todos, 25 p. CCDRA – Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve
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Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
222
Região do Algarve – 2002”, Instituto Nacional de Estatística, Lisboa, 71 p.
LEGISLAÇÃO Câmara Municipal de Tavira, Proposta N.º 13/2004/CM relativa à Alteração ao Regulamento de Trânsito (Extensão do Parqueamento Tarifado e medidas de combate ao Estacionamento abusivo e ilegal) Decreto-Lei nº 163/2006, de 8 de Agosto - Aprova o regime da acessibilidade aos edifícios e estabelecimentos que recebem público, via pública e edifícios habitacionais, revogando o Decreto-Lei n.º 123/97, de 22 de Maio Decreto-Lei n.º 292/2000, de 14 de Novembro – Aprova o regime legal sobre a poluição sonora, designado também «Regulamento Geral do Ruído», Diário da República, I Série-A, N.º 263 Decreto-Lei nº 222/98 com as alterações introduzidas pela Lei nº 98/99 de 26 de Julho, pela Declaração de rectificação nº 19-D/98 e pelo Decreto-Lei nº 182/2003 de 16 de Agosto Decreto-Lei n.º 299/84 de 5 de Setembro Projecto de Alteração do Regulamento de Trânsito do Concelho de Tavira, Diário da República, 2.ª Série, N.º 59, 25 de Março de 2008 Projecto de Regulamento de Trânsito do Concelho de Tavira, Diário da República, Apêndice n.º 124, II Série, N.º 257, 6 de Novembro de 2001 Portaria 181/86, de 6 de Maio (Estabelece os termos em que os estudantes do
ensino
secundário
abrangidos
pelo
transporte
escolar
comparticiparão nos respectivos custos, de acordo com o disposto na Portaria n.º 161/85, de 22 de Março)
223
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
FONTES ESTATÍSTICAS Direcção-Geral de Viação/Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, “Boletins Estatísticos de Acidentes de Viação, Direcção-Geral de Viação/Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, Lisboa Gabinete de Estratégia e Planeamento, “Quadros de Pessoal – 2005”, Gabinete de Estratégia e Planeamento – Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, Lisboa Gabinete de Estratégia e Planeamento, “Quadros de Pessoal – 2000”, Gabinete de Estratégia e Planeamento – Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, Lisboa Gabinete de Estratégia e Planeamento, “Quadros de Pessoal – 1995”, Gabinete de Estratégia e Planeamento – Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, Lisboa INE – Instituto Nacional de Estatística (2007), “Estatísticas da Construção e Habitação – 2006”, Instituto Nacional de Estatística, Lisboa INE – Instituto Nacional de Estatística (2002), “Censos 2001 – XIV Recenseamento Geral da População/IV Recenseamento Geral da Habitação”, Instituto Nacional de Estatística, Lisboa INE – Instituto Nacional de Estatística (1993), “Censos 1991 – XIII Recenseamento Geral da População/III Recenseamento Geral da Habitação, Instituto Nacional de Estatística, Lisboa
PRINCIPAIS FONTES DA INTERNET Administração Regional de Saúde do Algarve (2007), www.arsalgarve.minsaude.pt (última consulta 10/10/2007) Câmara Municipal de Tavira (2007), www.cm-tavira.pt (última consulta 17/10/2007) Caminhos-de-Ferro
Portugueses
(2007), www.cp.pt (última consulta
(05/11/2007)
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Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Centro de Ciência Viva de Tavira (2007), www.tavira.cienciaviva.pt (última consulta 30/11/2007) Direcção Regional de Cultura do Algarve (2007), www.cultualg.pt (última consulta 12/11/2007) Direcção Regional de Educação do Algarve (2007), www.drealg.min-edu.pt (última consulta 02/10/2007) EP – Estradas de Portugal (2007), www.estradasdeportugal.pt (última consulta 19/10/2007) Ecovias – Área Metropolitana do Algarve (2007), www.ecoviasalgarve.org (última consulta 02/10/2007) EVA Transportes – Empresa de Viação do Algarve (2007, www.evabus.com (última consulta 19/10/2007) Gabinete de Estratégia e Planeamento – MTSS (2007), “Carta Social”, www.cartasocial.pt (última consulta 01/12/200) INE – Instituto Nacional de Estatística (2007), www.ine.pt (última consulta 21/10/2007) Instituto de Seguros de Portugal (2007), “Base de dados relativa ao parque segurado”, www.isp.pt (última consulta 05/09/2007) Rede Nacional de Expressos (2007), www.rede-expressos.pt (última consulta 22/10/2007) RENEX (2007), www.renex.pt (última consulta 02/12/2007) Safari Boat (2007), www.safariboat.net (última consulta 09/11/2007)
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ANEXOS
Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico
Anexo I. Classificação das Actividades Económicas (Lista das Secções e sua Designação segundo a CAE-Rev.2)
Secção
Designação
A
Agricultura, Produção Animal, Caça e Silvicultura
B
Pesca
C
Indústrias Extractivas
D
Indústrias Transformadoras
E
Produção e Distribuição de Electricidade, Gás e Água
F
Construção
G
Comércio por Grosso e a Retalho, Reparação de Veículos Automóveis, Motociclos e Bens de Uso Pessoal e Doméstico
H
Alojamento e Restauração (Restaurantes e Similares)
I
Transportes, Armazenagem e Comunicações
J
Actividades Financeiras
K
Actividades Imobiliárias, Alugueres e Serviços Prestados às Empresas
L
Administração, Defesa e Segurança Social Obrigatória
M
Educação
N
Saúde e Acção Social
O
Outras Actividades e Serviços Colectivos, Sociais e Pessoais
P
Famílias com Empregados Domésticos
Q
Organismos Internacionais e Outras Instituições Extra-Territoriais
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Anexo II. Destino das deslocações inter-concelhias com origem no concelho de Tavira (1991 e 2001)
Concelho de Destino
Águeda Albufeira Alcobaça Alcoutim Aljezur Almada Almodôvar Alter do Chão Amadora Angra do Heroísmo Azambuja Barrancos Barreiro Beja Benavente Braga Cascais Castelo Branco Castro Marim Coimbra Constância Elvas Estremoz Évora Fafe Faro Ferreira do Alentejo Fronteira Funchal Grândola Horta Íllhavo Lagoa Lagos Lamego Lisboa Loulé Loures Lousada Mértola Monchique Montijo Mourão No Estrangeiro Odemira Oeiras Olhão Ourique Palmela Portalegre Portimão Porto Santa Maria da Feira Santarém Santiago do Cacém São Brás de Alportel Sátão Seixal Serpa Setúbal Silves Sines Sintra Vila da Praia da Vitória Vila do Bispo Vila Franca de Xira Vila Nova de Foz Côa Vila Real Vila Real de Santo António Total (inter-concelhias) Intra-concelhias TOTAL
Total 1991 0 14 0 3 0 0 0 0 1 2 0 1 2 8 0 0 0 0 49 3 0 0 0 3 0 559 1 0 0 0 0 0 2 0 0 43 105 0 0 2 1 0 0 3 0 0 444 1 0 1 14 0 0 0 1 83 0 0 2 2 2 1 2 8 1 0 2 6 217 1589 9254 10843
2001 1 42 1 10 2 6 3 2 0 1 1 0 0 14 1 1 1 1 69 4 3 1 1 8 1 998 1 3 1 1 2 2 7 5 1 95 192 2 1 0 0 1 2 0 1 2 542 2 2 4 27 3 2 4 2 112 1 1 0 12 20 2 8 0 1 5 0 3 268 2512 10440 12952
Automóvel Ligeiro
Autocarro 1991 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 2 0 0 0 0 0 41 0 0 0 0 0 0 0 0 0 19 9 0 0 1 0 0 0 0 0 0 30 0 0 0 2 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0 19 129 790 919
2001 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 18 0 0 0 0 0 0 0 0 0 15 5 1 0 0 0 0 0 0 0 0 28 0 0 2 2 2 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 15 92 665 757
1991 0 5 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0 5 0 0 0 0 18 0 0 0 0 2 0 217 1 0 0 0 0 0 2 0 0 4 44 0 0 1 0 0 0 0 0 0 144 0 0 0 6 0 0 0 0 29 0 0 2 1 0 1 0 2 0 0 1 1 102 590 1560 2150
2001 1 32 1 4 0 6 3 2 0 0 0 0 0 5 0 0 1 1 54 1 2 1 0 4 0 654 1 3 1 1 2 0 7 3 1 48 139 1 1 0 0 0 2 0 1 1 355 2 2 2 17 0 1 2 1 86 0 1 0 10 14 2 7 0 0 2 0 3 185 1676 4209 5885
Comboio 1991 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 2 0 0 0 0 1 1 0 0 0 1 0 170 0 0 0 0 0 0 0 0 0 13 4 0 0 0 1 0 0 0 0 0 70 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 1 0 1 0 0 4 39 315 46 361
2001 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 1 0 0 0 2 0 1 0 1 1 1 218 0 0 0 0 0 1 0 1 0 6 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 34 0 0 0 1 0 1 2 0 0 0 0 0 1 1 0 1 0 0 2 0 0 25 307 30 337
Motociclo ou Bicicleta 1991 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 7 0 0 0 0 0 0 35 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 6 0 0 0 0 0 0 0 0 0 125 0 0 0 0 0 0 0 1 24 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 30 231 1630 1861
2001 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 15 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 57 0 0 0 0 0 0 0 0 11 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 11 101 931 1032
Pedonal 1991 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 1 0 1 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 19 4827 4846
2001 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 0 1 0 0 0 2 0 0 0 3 0 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 23 3 0 0 0 0 0 0 0 0 1 5 0 0 0 1 1 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 6 59 4014 4073
Outro 1991 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 7 84 91
2001 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 14 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 28 84 112
Transporte Colectivo da empresa/ escola 1991 2001 0 0 4 6 0 0 2 6 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 20 12 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 93 74 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0 0 2 1 41 36 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 72 58 0 0 0 0 0 0 4 6 0 0 0 0 0 0 0 0 28 13 0 1 0 0 0 0 0 1 0 3 0 0 0 0 5 0 0 1 0 1 0 0 1 0 24 24 298 249 317 507 615 756
Fonte: INE, III e IV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001
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Anexo III. Índice de Fórmulas Transportes Índice de Permeabilidade 2
IP = km de estrada / área (km )
Índice de Densidade ID = km de estrada / n.º habitantes * 1000
Rácio Habitantes por Táxi Rácio Habitantes por Táxi = n.º habitantes / n.º táxis
Rácio Veículos por km de Rede Viária Rácio Veículos por km de Rede Viária = n.º de veículos / km de estrada Nota: utilizaram-se os dados do Instituto de Seguros de Portugal, tendo-se considerado todos os tipos de veículos de transporte motorizados segurados.
Taxa de Motorização Taxa de Motorização = n.º veículos / n.º de habitantes * 1000 Nota: utilizaram-se os dados do Instituto de Seguros de Portugal, tendo-se considerado os seguintes tipos de veículos segurados: ligeiros, ciclomotores, motociclos e mistos.
População Taxa de Actividade Taxa de Actividade = população activa / população total * 100
Taxa de Desemprego Taxa de Desemprego = população desempregada (sentido lato) / população activa * 100
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Índice de Envelhecimento Índice de Envelhecimento = população > 64 anos / população 0-14 anos * 100
Densidade Populacional Densidade Populacional = população residente / área (km ) 2
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