Planos de Preparação para Emergências Biológicas

Factores Preditores de PTSD e Critérios de Selecção

Planos de Preparação para Emergências Biológicas

JÚLIO M. GOUVEIA CARVALHO As ameaças biológicas na actualidade incluem epidemias, pandemias, epizootias, bioterrorismo, agroterrorismo e guerra biológica. Deste facto resulta a necessidade do planeamento de estratégias de prevenção e resposta a nível nacional e internacional. As acções de prevenção e resposta consistem na integração de áreas de actuação multidisciplinar. Os objectivos principais são a prevenção da ocorrência de catástrofes e a minimização da sua dimensão e/ou o seu impacto. O planeamento destas acções permite a maximização da sua eficácia e eficiência. A organização dos planos de prevenção e resposta a ameaças biológicas deve integrar todas as áreas intervenientes, desde as operações, que são específicas de cada tipo de ameaça, até às áreas genéricas que são comuns a vários tipos de ameaça, tais como, energia, logística, transportes, segurança, defesa, engenharia, saúde pública, etc.. Uma abordagem comum a esta questão é a definição de planos genéricos onde estão definidos os princípios, a doutrina, os conceitos, a terminologia e os processos organizativos, enquanto que os planos específicos se referem às áreas de aplicação relativamente à ameaça em causa. Exemplos de planos genéricos são o “National Response Plan” e o “National Incident Management System” dos Estados Unidos da América. As acções preparatórias para o planeamento de prevenção e resposta para ameaças biológicas devem basear-se na avaliação de recursos, capacidades e competências, na definição dos objectivos de resposta, no desenvolvimento de protocolos com entidades públicas e privadas nas áreas da saúde e na criação de reservas de fármacos e material sanitário. O planeamento específico para a prevenção e resposta para catástrofes biológicas deve incluir as acções de vigilância e detecção, análise de risco e operações de controlo epidemológico e saúde pública.

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Que Actuação Antes da Crise?

As acções de vigilância e detecção consistem na implementação de redes de vigilância epidemiológica, na criação de competências na área da colheita de amostras, nomeadamente na área do bioterrorismo, na criação de redes interlaboratoriais tendencialmente evoluindo para a especialização laboratorial e na monitorização ambiental. A análise de risco deve incluir, de uma forma independente, a avaliação do risco, a gestão do risco e a comunicação do risco. As operações de controlo epidemiológico e saúde pública podem contemplar diversos tipos de acção, tais como, rastreios, quarentenas, abate sanitário de animais, vacinação, acções de descontaminação, estabelecimento de zonas de segurança, restrições à circulação, restrições comerciais e as acções conducentes à prestação de cuidados médicos como a triagem, evacuação e hospitalização. A implementação destes planos pressupõe a formação, treino e avaliação da adequação dos planos baseada em ciclos de melhoria contínua.

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