Plantas e seus herbívoros: evidência de mutualismo

June 8, 2017 | Autor: C. Duarte Rocha | Categoria: Herbivory
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Descrição do Produto

SOCIEDADE D FBRASILEIRA

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N\ASTOZOOLOGIA BOLETIM

INFORMATIVO

n~ 9

RIO DE JANEIRO.

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09/05/88

? .

As recente medidas ,overnamen~aiS a pretexto de cGcbater O chaMado Wdtficit páDii~O. egmé~â â fjl@~68 ~~e i @6ffi~fti.j3~ clent1flc~ tema que ~ $isle~. 4e pr~4~F~o ~~ ~e~heGlm~~t!! ~~ paIs sofra danos severos. O sis~ema que temos hoj~ ~~m muitas falhas e probl~mas qu~ n~o ~em sido enfren~ados a con~ento. No entanto. funciona. As medidas recentes atiniem o sIstema de va rias formas sem que nenhuma ao tal wd~ficltw. Fala-se Tudo bem, mas sera que haver~ custa dO dinheIro p~bJ.iCO? de empresas do estado? Sera Ser~ que o d~ficil e mesmo do d~flci~ s~o os sal~rlos? a infla~ao e a recess~o? apola a medidas tem publicado

~edida ~enha credlbllldade no combate em wsacrificlosw e "medidas amargasw. sacriflclos dos que se locupletam a Ou apenas dos funclOnariosp~bliCOS e signIficativa a redu~~o do deflcit? a causa da Inflac~o? Ser~ que a causa Ser~ que as medidas n~o ir~o aumentar A verdade e que mesmo a Imprensa que estas d~vldas e as resposlas n~o

parecem apoiaIas. Mas as consequ@ncias que maIs de perto nos dizem respeito s~o assusladorasl A ineficl~ncla da maquina governamental fez com que fosse~ criados mecanismos para que a cl~ncia pudesse existir. Um destes mecanismos foram as funda~oes de auxIlio a pesquisa nas universidades federais. Pois um dos recentes decretos ac~ba com "tais funda~Oes e cancela todos os conv~nios em cursol Quanto tempo as pesquisas ficar~o paradas? Para on~e Ira O dinheiro prevIsto nos convenios? Como ter efici~ncia com a manutenc~o dos atuais procedimentos admlnistrallVOS que n~o apenas encarecem todos os bens e servi~os ~ serem adquiridos. mas lamb~m levam a que se gaste de um a dois meses para comprar uma limpada? 'Tamb~maqui as r:espostas "s~o amarias. Porque as consequen ~ cia"s ~~o cia. se

s~o desas~rasas e n~o se tra~a de amargura, mas ~e destruide muitos anos de enorme esforco nosso para termos nossa ct Pelo menos ~OI da produ~~o ser~ afelada. Ser~ que as equlpes manter~o? Ser! que alium aluno talen~oso ainda ira querer fa-

zer ci~ncia.? Outro dos decre~os Joga sobre demlssOes. Quer dizer, se a verba dO as universidade aem ~anuten~ao agora co~ est-es cust-os adiclonai.1

a universidade de cus~elO de ate do que j! O. decl"et-oa

os custos das hoje es~a deIXanexIste, imaglnem tamb.~ ext-Inguem

No

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A

Anuidades -Durante a assembleia discutiram-se os problemas referentes ao pagamento da3 anuidades. Con~irmou-3e, por unanlmldade, O valor de uma OTN para assalariados e 1/~ OTN para n3o assalariados. A tesouraria relatou que uma maioria de sOclos devia uma ou mais anuidades 1 Sociedade. Parte do problema tem vIndo das diflculdades de orsanizaçaQda diretoria. UCIa tentativa dê cobrança bancAria nao funclonou e, desta forma. uca nova co~rança no estilo antigo estA em curso. A assemblela recomendou que uca nova cobrança nos valores antigos fosse feita com novo prazo, ~pOs o que, o socio ficarA suspenso ate o pagamento dos ~trasados. H()tt~30 quo, tAn\o i r@I\JJ~ricJ~~~ 110 boletim. !tUiilt9 i~ f!!m!l§ i= tivldãdes

de~endem

da

Slmpós1oO s1mpóslo um do's mais concorridos nuar promovendO tals para Seç~es

o

proxlmo -As

contribuit2o

social.

sobre 1ntera~Oes mam1feros-plant~s, fol do Con,resso. A Socledade pretende contlslmpOs1o,S e gostar'ia de receber sugestOes

ano. diversas

seçOes

do

boletlm

( O que

vai

pelos

La-

boratórios, ,Equipamentos & Tecnicas, ColeçOes Hastozooló,icas) dependem do envio de material pelos sócios para public~~3o. Neste nOmero começamos nova se~3o, -AtuaI1dades-, com pequenas revlsOes de ~tuallzaç3o em lingua,em simples. A seç3o Liter~tura Corrente, relaciona toda publlcaç3o de lnter6sse sobre mamlferos neotroplcals que che,ue a sede da sociedade.

A Plantas

e

T 8eus

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A

L

herbtvoros: Carlos

D A evid~ncia Frederico Depar~amen~o Un,versldade

D de

E s

mutualismo

Duart.e da Rocha de Zoolo,la de Campinas

o Interesse por herblvor1a çomo um proçesso ~çolÓllço e forl:a evolutlva e reç~nle, tendo sido Frd~nN~J (1959) e ihrJirh I flav~n (1964), pioneirOS nest-es ~st-udos. A herbivorla represent-a uma forl:a, Importante na evoluj:3o de plantas e herblvoros, mas e necessarla çautela çom a generall%aj:3o de que que as 1nteraj:Oes mOtuas seriam sempre indlçaçao de um processo de coevoluj:ao (Jan%en, 1960). Diferentes tlpos de hervivorla podem ser reçonhecldos, Inf)uençiando de formas difer~ntes herbfvor&s e plant-as. Em çertos ca..os, a herblVOrla sobre plan~ulas ou'.sement-es pode Invlabill%ar & sobrevlvençla do lenótlpo. sendo funç1onalmente o equlvalent-e d& predaj:3o. Por outro lado, o çonsumo de uma porl:3o de uma planta, pode ~er, em al,uns çasos, funclonalmente uma relaj:3o de parasitismo se causar uma dlmlnuicao de aptidao. Se, ao contrario, elev.r a aptld3o,

~

~ poderia

ser

considerado

que as plantas cocpensatOrio qualitativamente Atualmen~e. crescimento (/1chaughton, ~epr~senveg~tais;

como

apresentam e defesa!

mutualiSmo.

duas respostas indu:ldas)

diferente a discu!SaO

da

preda~ao. sobre o

e

reproduç~o das plantas 1963): 1 -a h~rbivt'r1a tando uma pressao sele~1va 2as plantas b~neficiarn-se

Rc}jaug/1ton

(1963),

a pastadores que tornariam efeito

dos

d1z

(cresc1mento a herbivorla

herb1voros

sobre

o

seeue duas correntes opostas seria prejudlC1al 1s plantas, 1 evoluçao das d~fesas dos da herbivoria por aumentar~m

a

produtividade e, em ultlma anAli"~e, 3ua apt1dao. Esta segunda ~orren~e, ~m:>ora controver!a (E~Js/{y, 1966; Rc!taug/1ton, 1966 ), tem nas ultimas duas dtcadas reunido um cons1derAvel corpo de fatos de ~~caniscos extrfn~ec~s que poOerlam 1nduzir A compensaça~ no cr~scim~nto p~la planta. Estas compensaçGes 1ncluem o aumento da taxa fotoss.1ntttlca no tecido residual, redistribuiçao hormonal prooovendo divisao celular, alongamento e ativaçao dos meristemas rem~nescentes, prevençao do sombreamento p~r folhas da copa, redu~aO da superf1cie de transplraçao, e, eventualmente, Induçao de crescimento 1963). vegetal

por fator presente na ~aliva de pastadores (Rchaug/1ton, V.1rioS estudos" mostraram que hav1a um aumento da blotilassa suJeita 1 herbivoria, mas nao se t1nha conseguido medIr

a

aptldao relaciOnada ao fenOmenoo Alguns trabalhos suger1am que p:an'.as pastadas sofrer1am uma dimlnulç~c de sua fecundldade ~ curto pra1o, mas que o aumento de sua produt.1v1dade dev1do a açao dos h~:"b1voros r~sultar1a num aum~nto de aptidao 1 pra1~s mals 1oneo! (Rchau//1ton, 1963). Rec~ntemente Fajge & wjt/1an (1967), d~constraram experlmel)talmente que pcpulaçGes de uma cramlnea (lpOlr.OpS1S aggregat,a) beneficlam-se da herblo,oria por mamlferos, aument-ando sua sobrevlvtncia e produça"" " sementes 2,4 vezes em U!edla, em relaçao 1s plant-as controle na\l ::omidas. Algumas tentativas tem sido feitas para a criaçao de uma t~o~ia de herbivorl.a {Feeny, 1976; Cwen & ..jegert, 1961). Recent-~~~nte, Gwen ~ wJeçert (1961) desenvolv~ram uma interessante hiPOt~S~: herbivOrOS e plantas t~m uma coevoluçao t2o estreita que. exlsttncla de um nao seria posslvel s~m a, do outro -mutuallsmo, portanto. Tal rela~~o ~erla tao "p~rfeita" quanto a das flores com seus pOlinl1adores, Desta forma, pastadores maximl%ariam a aptldao das plantas qu~ comem. }. hipOtes~ bas~1a-s~ na pr~ser.~a de fatt'r de cr~si!,,~ntO presente na saliva dos h~rbivoros que seria Y~!1;!J!!~! 81s plàf:1:i§ gra=:nea$ ta!jllida1e, .Segundo

?~r~ ~~~~~ ~~ p~r~e;~1 1!!~~ qy~ 1,er~;j;9 ,vQI!.!Adg por §6&'Fe !eHs FiEf'"!11~8r8s; Vâriৠ6i1tf'⧠âGã~i.àt~és sIJeere~ l:Iutualismo com herf,!voroS, tais COII:t r.\ta

"estes

meristema autores,

t-asal em multas

protegido gramlneas

e reproduç2O o .lndiv1duO

for~alvoros teriam -conve~tldo gram1neas pequenas duraç2o {"plantas pouço aparentes" de Feeny, 1976) crandes ~ de lonCa duraçao (~plantas aparentes..). t~rla ocorrido cedo na evolu~~o das cram1neas pelos herb1voros. AS gramlneas nao se def~nderlam

..le,lo dê pala-

"",etat1va. (.g~net")

~

a, probabilItamanho e multo pastore1o, pOi! Desta forma, e de pouca ~m plantas Esta COnvel'3;!O e seria mantida qulmlcamente de LL

a

um

-

seus herbtv~ros,mas seus componentes secuDdirios atuariam .çom~ regulador-es do consumo, .incentivando OU limitando tal consumo à um pequeno nOmer-o de esp~cies relacionadas qu~ jun~o com as outr.s ~dap~a~Oes ja mencionadas funcionar-iam pr-lmarlamen~e par-a faclli~ar O rilu~uaiismo. Alguns pon~os s3o fundamentais na avali~3o do Impaclo de um herbivor-o sobre uma plan~a. O ntvel de dano causado, o "ipo de tecldo afetado e o esta,io de vida da planla podem fa%er co:n que o consumo seja prejudiCial a cur-t-o e a longo pra%o. Assim. n2o s~ deve generali%ar que her-bivoria maximi%aria a ap~id3o de plan~as consumidas, mas sim que as plantas podem compensar a herblvoria e, sob ba1.xo nlvel de dano, podem sobrecompensar elevando su~ apti
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