Poesias de Ossian: Antologia das traduções em português

June 28, 2017 | Autor: Gerald Bär | Categoria: Translation Studies, Ossian
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Poesias de Ossian Antologia das traduções em português

coordenação  Gerald Bär

Universidade Católica Editora

Índice Prefácio 7 Agradecimentos 11 Parte I – Ossian na Europa Howard Gaskill

A obra As traduções A atracção de Ossian Bibliografia

15 19 32 50

Parte II – A recepção da Poesia Ossiânica em Espanha, na América Hispânica, no Brasil e em Portugal Gerald Bär

Ossian em Espanha e na América Hispânica

57

Ossian no Brasil

60

Ossian em Portugal

76

O Pré-Romantismo Português 76 A Recepção tardia de Ossian 81 Ossian no Pré-Romantismo Português 83 Ossian no princípio da época do Romantismo português 91 Conclusões 144 Bibliografia 148 Parte III – Antologia da poesia Ossiânica traduzida em português Resto de uma tradução de Ossiã José Bonifácio de Andrada e Silva (1825)

155

Dois Fragmentos de Fingal (Canto 1.º) Bocage (1812) e Soares de Passos (1856)

156

Darthula. Poema traduzido ou imitado de Ossiano Marquesa de Alorna (1844)

157

Fingal Adelaide Prata (1867)

171

Colmal Paráfrase Ossiânica Fagundes Varela (1865)

213

Oscar (Imitação de Ossian) Almeida Garrett (1845)

216

Hymno ao Sol Anón. (1818)

220

Ao Sol (Fragmento Do Poema De «Carthon») Soares de Passos (1856)

220

A espera desgraçada (Copiada de Ossian) Joaquim Silvestre de Sousa (1839)

221

Colma (Fragmento dos Cantos de Selma) Soares de Passos (1856)

222

Os Cantos de Selma F. Octaviano (1872)

223

O Rapto D’Oithona. Poema d’Ossian Luiz Ribeiro de Sottomaior (1861)

229

A Guerra de Caros (Traducção livre d’Ossian) Luiz Ribeiro de Sottomaior (1851)

234

Oina-Morul A. S. D. Gama (1852)

240

O Espirito de Loda João Nepomuceno de Seixas (1856)

243

Colna-Dona (De Ossian) Gervásio Lobato (1868)

245

Ossian, Fils de Fingal, Barde du 3e Siècle; Poésies Galliques, Traduites sur L’Anglais de Macpherson, Par Letourneur. Nouvelle Édition, vol. I, Paris: J. G. Dentu, 1810.

Prefácio Há duzentos e cinquenta anos, em Junho de 1760, James Macpherson publicou o seu primeiro texto ossiânico, nomeadamente os quinze Fragments of Ancient Poetry collected in the Highlands of Scotland, and translated from the Galic or Erse Language (1760). Em comparação com este precursor do Romantismo europeu, a recolha da literatura popular de tradição oral começou relativamente tarde em Portugal. Um dos primeiros empenhados neste campo foi Garrett, que em 1843 publicou o seu Romanceiro – uma colectânea de histórias em verso. No século xix sucederam-se ainda Adolfo Coelho com a obra Contos Populares Portugueses (1879) e Teófilo Braga com os Contos Tradicionais do Povo Português (1883).

  |  Prefácio

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Tendo sido comprovado que os poemas atribuídos a Ossian tiveram uma influência maior na literatura pré-romântica, romântica e ultra-romântica portuguesa do que assumido pela crítica do século xix e xx,1 justifica-se a publicação de uma antologia destes textos traduzidos para o idioma português e publicados durante o século XIX por vários autores em dispersas obras e revistas. Nesta edição os textos são acompanhados por uma introdução de Howard Gaskill que enquadra o fenómeno de Ossian no contexto histórico-literário europeu e por um estudo que mostra a sua recepção e relevância na literatura portuguesa. Relativo à poesia de Ossian deve-se mencionar que se encontra os temas do bardo em sinfonias de Mendelssohn-Bartholdy, em cantos de Le Sueur, Schubert, Brahms e em óperas de Méhul e Sobolewski. Também os Pink Floyd gravaram uma peça intitulada “Fingal’s Cave” (1969). Jim Morrison sabia que o nome da sua banda de rock estava relacionado com o livro de Aldous Huxley The Doors of Perception (1954), cujo título vinha de uma frase de William Blake (The Marriage of Heaven and Hell). Será que Morrison também estava consciente de que “Riders on the Storm” (The Doors, 1971) tem uma forte carga ossiânica? O impacto enorme das publicações de Macpherson nas literaturas e culturas europeias inspirou igualmente quadros de Runciman, Ingram, Kauffmann, Runge, Berthélémy, Gérard, Roussy Trionon e, finalmente, de Calum Colvin2, que forneceu a imagem para a capa desta antologia. Para dar relevo a este interesse não exclusivamente literário, mas também artístico, a edição vem com algumas ilustrações de obras estrangeiras. Em vez de apresentar uma edição bilingue e crítica em termos translatológicos, optou-se por uma edição monolingue. Justifica-se este procedimento porque os

1 Cf.: Buescu, Maria Gabriela Carvalhão (2001) Macpherson e o Ossian em Portugal. Estudo comparativo translatológico, Lisboa: Edições Colibri; Bär, Gerald (2004) “Ossian in Portugal”, in Gaskill, Howard, (ed.), The Reception of Ossian in Europe, London, New York, NY: Thoemmes Continuum, pp. 351-374; Buescu, Maria Gabriela (2005) “A Poesia Ossiânica em Portugal: Estudo da sua Recepção Translatológica”, in Avelar, Mário (org.) Viagens pela Palavra: Livro de Homenagem à Professora Maria Laura Bettencourt Pires, Lisboa: Universidade Aberta, pp. 227-240, Bär, Gerald (2006) “A Citação na Tradução: O Caso de Werther e Ossian”, in Miguel, M.A.C., Moreira da Silva, E.J., et al. (org.), Actas do I Colóquio de Tradução e Cultura (Arquipélago – Línguas e Literaturas Anexo III), Ponta Delgada: Universidade dos Açores 2006, pp. 52-66. 2 Colvin, Calum (2002) Ossian Fragments of Ancient Poetry, catálogo, National Galleries of Scotland.

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textos que serviram para as traduções não são da mesma edição e nem sempre em inglês. Evitando assim a tentação inerente a uma edição bilingue de comparar a versão portuguesa com um suposto ‘original’, o leitor poderia recorrer à edição The Poems of Ossian and related works (ed. Howard Gaskill, Edinburgh University Press, 1996) para ter acesso à obra integral das publicações ossiânicas de Macpherson. Infelizmente, ainda não existe uma tradução desta obra completa em português. Os seguintes ensaios que precedem a antologia baseiam-se em parte em textos previamente publicados, nomeadamente "Ossian in Europe"3, “Ossian in Portugal”4 e “Garrett e Ossian”5.

3 Gaskill, Howard (1994) "Ossian in Europe", Canadian Review of Comparative Literature 21: 643-78. 4 Bär, Gerald (2004) “Ossian in Portugal”, in Gaskill, Howard, (ed.), The Reception of Ossian in Europe, London, (The Athlone Critical Traditions Series: The Reception of British Authors in Europe), New York, NY: Thoemmes Continuum, pp. 351-374. 5 Bär, Gerald (2008) “Garrett e Ossian”, in Anglosaxonica. Revista do Centro de Estudos Anglísticos da Universidade de Lisboa, Série II – n.º 26 – 2008, Lisboa: Edição Colibri, pp. 197-219.

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