“POR QUE É TÃO DIFÍCIL MELHORAR A VIDA NAS NOSSAS CIDADES?” Respostas prontas não há, o que há são Esperanças!

May 23, 2017 | Autor: Marcos Scarpioni | Categoria: Desenvolvimento Regional E Urbano
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Quão difícil é termos as respostas prontas quando pensamos na gestão da cidade para benefício das pessoas, pois tanto cidades como pessoas são coisas mutatis mutandis, conforme afirma Foucault, ou seja, com uma adaptabilidade incrível as novas transformações socioambientais que lhe são impostas, mas, também com limitações quanto a enfrentá-las. Por isso, tentaremos com esforço expor algumas " possíveis respostas " ao longo desse ensaio (des)compromissado com tal pretensão. Embora, as respostas guardem certa subjetividade, talvez, essas sejam na verdade, mais esperanças que motivam tantos, José(s), Maria(s), Antônia(s),..., enfim, anseios de todas as mulheres e homens de bens que sonham com uma cidade com maior grau de justiça, com equidade social, econômica e ambiental. Logo, tendo como foco e meta principal a ser atingida, a Sustentabilidade Socioambiental proposta na década de 70 no século XX, ratificada na Eco-92 e tão almejada nesse século XXI. Em nossas sociedades contemporâneas vivemos em tempos de alta capacidade de produção de informações, conhecimentos científicos e desenvolvimento tecnológico que visam uma maior conectividade entre pessoas em redes sociais (midiáticas) conforme descreve Castells, aproximando-as por meio de uma linguagem peculiar (palavras, números e imagens), mas, afastando-as no convívio social presencial (contatos, gestos, etc.). Estamos perdendo de uma maneira geral, nossas habilidades de contato com nossos familiares, vizinhos, de fazermos gentileza para o outro no qual já não me reconheço e esse já me causa extrema estranheza, de caminharmos despreocupados pelas vias, calçadas de nossas cidades. Coisas corriqueiras do nosso dia-a-dia, têm se tornado atividades desafiadoras pela insegurança que paira em nosso imaginário, ou até, mesmo nas experiências vivenciadas no cotidiano, afinal, a mobilidade urbana atual, o transporte público urbano (individual e coletivo), têm gerado impactos sobre a qualidade de vida, impactos econômicos e ambientais que conduz-nos a refletir sobre nossos comportamentos, desafiando assim, nossa criatividade. Dessa forma torna-se essencial o resgate do ser humano, que têm se tornado " coisa " por um longo processo de reificação. Para Berger & Luckmann, muitos já não se (re)conhece(m) na(s) sua(s) comunidade(s) de vida ou de sentido, pois, o " encontro face a face exige o tipo de habilidade social que pode inexistir ou se mostrar inadequado em certas pessoas, e um diálogo sempre significa se expor ao desconhecido: é como se tornar refém do destino como expressa Baumann. Dessa forma muitos parecem perder sua identidade justamente por que não se enquadram em quase que nenhum dos coletivos socioculturais, que por sua vez, aparentam não promover satisfação plena de velhas e novas gerações com grande pluralidade de ideias, ideais e cultura. Logo, manter costumes, características pessoais, in locus sem nenhum tipo de discriminação faz-se essencial para a construção social.
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