Portugal na Flandres

September 23, 2017 | Autor: Mário Oliveira | Categoria: Grande Guerra
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Universidade de Lisboa/Faculdade de Letras Métodos em História/Estudo da História Ano Letivo 2013/2014

Portugal na Flandres Intervenção Portuguesa na 1ª Grande Guerra

Docente: Profª Doutora Maria de Fátima Reis

Trabalho Elaborado por: Fábio Guerreiro N.º 50333; Mário Oliveira N.º 50366; Miguel Fragoso N.º 50331; Nuno Sousa N.º 50380; Pedro Costa N.º 50371.

Índice Resumo.......................................................................................................................................... 3 A Grande Guerra ........................................................................................................................... 4 Entrada de Portugal na Grande Guerra ........................................................................................ 4 O C.E.P ........................................................................................................................................... 5 Portugal na Flandres ..................................................................................................................... 5 Batalha de La Lys ........................................................................................................................... 6 Fontes e Bibliografia ...................................................................................................................... 7 Anexos ......................................................................................................................................... 10

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Resumo Devido a vários acontecimentos políticos e sociais (como o assassinato do príncipe herdeiro do trono austro-húngaro em Sarajevo), iniciou-se a “Grande Guerra” (1914 – 1918), que arrastou a Europa para quatro anos de conflito entre Alianças, a Tríplice Entente e a Tríplice Aliança. Contudo, em Portugal, o governo da 1ª República não tinha ainda declarado a sua posição em relação à Guerra (devido à crise político-económica, e à politica externa não decidida). Assumindo assim, uma posição de neutralidade, até que é decidido intervir no conflito. A 9 de Março de 1916 a Alemanha declarou Guerra a Portugal (devido a apreensão de um navio Alemão em Lisboa). Com a entrada na Guerra, o exército viu-se obrigado a preparar uma força militar para enviar, para a frente de batalha, o C.E.P. (Corpo Expedicionário Português). A criação desta unidade foi rápida (embora tenha havido dificuldades na formação do contingente), e em 26 de Janeiro de 1917 partiu o primeiro C.E.P. para a Flandres. O Corpo Expedicionário Português combateu na batalha de La Lys (9 a 29 de Abril de 1918), tendo nos primeiros dias sofrido um enorme bombardeamento, que quase dizimou as suas tropas. O restante do C.E.P. foi distribuído por unidades do exército britânico, e por unidades de mão-de-obra para abrir trincheiras até ao final da guerra.

Palavras-Chave: História Militar de Portugal; Flandres; C.E.P; La Lys; Primeira Guerra Mundial.

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A Grande Guerra Desde o início do século XX tinham surgido várias questões problemáticas entre os países da Europa. O dito “grande disparo” da Primeira Guerra Mundial, foi o assassinato de Francisco Ferdinando, príncipe do Império Austro-Húngaro, seguido da declaração de guerra do Império Austro-Húngaro à Servia. Oficialmente a 1ª Guerra Mundial teve início a 28 de Julho de 1914 (consultar anexo pág. 10).1

Entrada de Portugal na Grande Guerra Portugal entrou na Guerra, essencialmente, para salvaguardar as colónias Africanas. As colónias portuguesas eram objeto de interesse económico das grandes potências europeias, como a Alemanha, França e Inglaterra. A Alemanha enviou tropas para as colónias portuguesas para que as populações indígenas revoltassem contra a soberania portuguesa. A entrada de Portugal na Primeira Guerra, ao lado dos Aliados, garante a luta contra as pretensões territoriais da Alemanha nas colónias africanas e contra as cobiças britânicas de anexar as colónias portuguesas, sendo este o único consenso entre a sociedade Portuguesa na entrada da guerra. Outro motivo para a entrada de Portugal na Primeira Guerra Mundial, há de situar-se no aumento do seu prestígio entre as nações europeias e o reconhecimento do regime republicano recém instaurado em Portugal em 1910. Portugal, ao ficar ao lado dos Aliados, prevenia e afastava definitivamente o perigo espanhol, devido às instabilidades políticas entre os dois países. O Gabinete Britânico, em nome da velha aliança, pediu que Portugal confiscasse os navios de guerra alemães, que na altura estavam atracados em portos portugueses. Em consequência desta ato português culminou na declaração de Guerra a Portugal por parte da Alemanha, em 9 de Março de 1916 (consultar anexo pág.10).2

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Formaram-se duas alianças inimigas, a Tríplice Aliança constituída pelo Império Austro-

Húngaro, pela Alemanha e pela Itália, e a Tríplice Entente constituída pela França, pelo Reino Unido e pela Rússia. O conflito rapidamente se alastrou por diversos continentes (muito devido às colónias dos países europeus) e, com o desenrolar do conflito foram-se aliando vários outros países a ambas as alianças como Portugal pelo lado da Tríplice Entente.

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Vide: RAMOS, Rui, As Guerras da República. História de Portugal, vol. 6 - A segunda fundação (1890-1926), [s.l.], MATTOSO, José, Editorial Estampa, 1994. pp. 493-500. 4

O C.E.P A Primeira Grande Guerra Mundial traduziu-se, no caso português, numa mudança de mentalidade das Forças Armadas em geral. A criação de forças expedicionárias, o C.E.P (Corpo Expedicionário Português), mobilizou cerca de 100 000 homens, deste total cerca de 57 000 foram direcionados para a Flandres. A formação deste contingente militar, apesar de manifestar algumas carências logísticas, a sua formação foi rápida (consultar anexo pág. 11).

Portugal na Flandres Depois da formação o C.E.P recebeu ainda instrução das escolas militares britânicas, todas elas pagas pelos próprios britânicos. Após terem terminado a instrução, rapidamente foram direcionados e postos em posição na frente de combate, na Flandres (a força militar portuguesa adapta-se ao modelo britânico em termos de organização militar com o intuito de poder ter alguma autonomia e um maior protagonismo). A deslocação das tropas portuguesas seria por via marítima a cargo da Inglaterra como tinha sido acordado entre Portugal e o governo inglês (convenção de 3 de Janeiro de 1917). Este acordo nunca se chegou a cumprir levando Portugal a disponibilizar navios portugueses. Após a chegada ao porto de desembarque as tropas portuguesas eram transportadas por via-férrea até ao local de concentração. O C.E.P tomou conta de um setor localizado a sul da Flandres, precisamente no vale do rio Lys sob a responsabilidade do general Tamagnini de Abreu e Silva. Para Portugal, a batalha decisiva na primeira Grande Guerra Mundial só chegou a 9 de Abril de 1918, isto após vários meses de combates com o exército imperial onde as baixas eram em maior número do lado português do que o alemão. A sucessiva degradação das condições materiais e morais das tropas portuguesas foi um dos grandes motivos para a rendição do contingente do C.E.P. 3

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Antes de assumir a responsabilidade do setor as tropas do C.E.P passaram por um período de

estágio, uma fase de instrução junto do exército inglês e outra fase mais prática onde eram responsáveis pela defesa mas sob a orientação de um subsetor da brigada inglesa. Vide a este propósito: TELO, António José, Inovação Tecnológica e Defesa. Nova História Militar de Portugal, Direção, BARATA, Manuel Themudo, TEIXEIRA, NUNO Severiano, vol. 4, [s.l.], Círculo de Leitores, 2004, pp. 372-377.

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Na frente de combate, o quotidiano do C.E.P. era extremamente difícil, principalmente para os soldados que faziam patrulhas e reparações dos obstáculos defensivos, da mesma forma para a reação contra as iniciativas do inimigo. O fogo da artilharia e dos atiradores furtivos, além de causar baixas, tinham um impacto psicológico, que obrigava os soldados a permanecerem sempre em atenção e vigilância. Outra grande ameaça aos soldados portugueses, encontravase nas suas próprias trincheiras, ou seja, as condições sanitárias, que fazia aumentar o número de doentes. A quebra da tonelagem britânica tinha provocado o corte total dos transportes marítimos às tropas portuguesas para a frente da batalha, que a partir de então, ficaram reduzidos á exígua capacidade da Marinha Nacional. Após a subida de poder de Sidónio Pais em Dezembro de 1917 a política de guerra tem um novo rumo especialmente no que respeita à vertente militar. Em Janeiro de 1918 é assinada uma nova convenção com a Inglaterra com a qual se alterava a composição do CEP (redução de uma divisão), deixando assim só uma divisão que ficaria dependente do comando Inglês.

Batalha de La Lys No início Abril, os soldados portugueses receberam ordens para manterem na linha da frente apenas a 2ª Divisão, comandada por Gomes da Costa. Embora ainda fosse previsto que a 2ª Divisão, fosse substituída por uma divisão inglesa, esta decisão já era tardia. Esta decisão retirou praticamente toda a moral aos soldados, que já tinha a moral em baixo, fazendo com que este fator influencia-se a capacidade de resistência. Os alemães iniciaram a ofensiva no dia 9 de Abril4. A ofensiva foi extremamente bem planeada pelos alemães, esta visava a abrir uma brecha na linha de frente de batalha, especialmente no ponto fraco da frente do sector português. Apesar de ter havido alguma resistência e alguns combates intensos, ao fim de seis horas a resistência das primeiras linhas entraram em colapso, e no final do dia o sector português havia sido conquistado. A batalha de La Lys foi para Portugal a grande derrota. As forças que restavam foram divididas e integradas no exército inglês que combateram na linha da frente até à vitória e à assinatura do armistício.

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A Batalha de La Lys, deu-se entre 9 e 29 de abril de 1918, no vale da ribeira da La Lys, sector de Ypres, na região da Flandres, na Bélgica. Sobre esta batalha vide: SERRÃO, Joaquim Veríssimo, História de Portugal, vol. 11 - A Primeira República (1910-1926), [s.l], Editorial Verbo, 2007, pp.204-206.

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Fontes e Bibliografia 1. Fontes Impressas: “A Paz”, O Algarve. Semanário Independente, nº459, Faro, 7 de Janeiro - 1917, pp.1 [colns. 1 e 2]. “Situação Politica”, O Algarve. Semanário Independente, nº460, Faro, 14 Janeiro – 1917, pp.1 [colns. 1 e 2]. “Em Guerra”, O Algarve. Semanário Independente, nº461, Faro, 21 de Janeiro - 1917, pp.1 [colns. 1 - 4]. “A Guerra”, O Algarve. Semanário Independente, nº464, Faro, 11 de Fevereiro – 1917, pp.1 [colns. 1 e 2]. “A Partida Das Nossas Tropas Para França”, Ilustração Portuguesa. Edição semanal do jornal “O Século”, 2 série, nº573, Lisboa, 12 de Fevereiro - 1917, pp.121-128. “As Nossas Tropas Expedicionárias”, Ilustração Portuguesa. Edição semanal do jornal “O Século”, 2 série, nº575, Lisboa, 26 de Fevereiro - 1917, pp.164-169. “Os Boatos”, O Algarve. Semanário Independente, nº 415, Faro, 5 de março - 1916, pp.1 [colns. 1 e 2]. “As Nossas Tropas Em França”, Ilustração Portuguesa. Edição semanal do jornal “O Século”, 2 série, nº576, Lisboa, 5 de Março - 1917, pp.182-187. “Em Beligerancia”, O Algarve. Semanário Independente, nº416, Faro, 12 de março - 1916, pp.1 [colns. 1 e 2]. “O Sr. Dr. Manuel D’Arriaga”, Ilustração Portuguesa. Edição semanal do jornal “O Século”, 2 série, nº577, Lisboa, 12 de Março - 1917, pp.201-208. “Mais Tropas Para França”, Ilustração Portuguesa. Edição semanal do jornal “O Século”, 2 série, nº578, Lisboa, 19 de Março - 1917, pp.226-230. “O Caminho Do Campo De Batalha”, Ilustração Portuguesa. Edição semanal do jornal “O Século”, 2 série, nº581, Lisboa, 9 de Abril - 1917, pp.282-286. “A Caminho De França”, Ilustração Portuguesa. Edição semanal do jornal “O Século”, 2 série, nº583, Lisboa, 26 de Abril - 1917, pp.327-330. “Os Que Morrem Pela Pátria”, Ilustração Portuguesa. Edição semanal do jornal “O Século”, 2 série, nº603, Lisboa, 10 de Setembro - 1917, pp.203-207. GOMES, Francisco da Costa, A grande batalha do C. E. P., A batalha do Lys, Lisboa, Francisco Franco, 1918.

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2. Bibliografia Geral:

2.1 Obras de Referência: FERREIRA, David, GRANDE GUERRA. Dicionário de História de Portugal. Direção de Joel Serrão, vol. 2. [s.l.], Iniciativas Editoriais, 1992, pp. 370-377.

2.2 Obras Gerais: TELO, António José, Inovação Tecnológica e Defesa. Inovação Tecnológica e Defesa, Nova História Militar de Portugal, Direção, BARATA, Manuel Themudo, TEIXEIRA, NUNO Severiano, vol. 4, [s.l.], Círculo de Leitores, 2004, pp. 372-377. MARQUES, A. H. de Oliveira, Breve História de Portugal, 6.ª ed., [s.l.], Editorial Presença, 2006. IDEM, História de Portugal, [s.l.], Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1991. RAMOS, Rui, As Guerras da República. História de Portugal, vol. 6 - A segunda fundação (18901926), [s.l.], MATTOSO, José, Editorial Estampa, 1994, pp. 1911-1917. RAMOS, Rui, SOUSA, Bernardo Vasconcelos, MONTEIRO, Nuno, História de Portugal, 3.ª ed., [s.l.], A Esfera dos Livros, 2010. SERRÃO, Joaquim Veríssimo, História de Portugal, vol. 11 - A Primeira República (1910-1926), [s.l], Editorial Verbo, 2007.

2.3 Sitiografia: http://www.areamilitar.net/HISTbcr.aspx?N=70 [consultado: 16-10-2013]. http://www.areamilitar.net/HISTbcr.aspx?N=131 [consultado: 16-10-2013]. http://www.areamilitar.net/HISTbcr.aspx?N=4 [consultado: 16-10-2013]. http://www.areamilitar.net/analise/analise.aspx?NrMateria=24 [consultado: 16-10-2013]. http://www.areamilitar.net/HISTbcr.aspx?N=35 [consultado: 16-10-2013]. http://www.areamilitar.net/analise/analise.aspx?NrMateria=24&p=4

[consultado:

16-10-

[consultado:

16-10-

[consultado:

16-10-

2013]. http://www.areamilitar.net/analise/analise.aspx?NrMateria=24&p=2 2013]. http://www.areamilitar.net/analise/analise.aspx?NrMateria=24&p=3 2013]. http://www.operacional.pt/corpo-expedicionario-portugues-cep-a-franca-1917-18/ [consultado: 23-10-2013]. 8

http://www.operacional.pt/antonio-augusto-um-portugues-na-grande-guerra/

[consultado:

23-10-2013]. http://www.infoescola.com/historia/triplice-entente/ [consultado: 30-10-2013].

3. Obras Específicas: AFONSO, Aniceto, Portugal e a Grande Guerra. 1914-1918, Matosinhos, Quidnovi, 2010. AMARAL, João Ferreira, coord. Portugal e a Europa, Lisboa, Tinta-da-China, 2011. CASIMIRO, Augusto, Nas trincheiras da Flandres, Porto, Renascença Portuguesa, 1919. CASIMIRO, Augusto, Sidónio Pais : algumas notas sobre a intervenção de Portugal na Grande Guerra, Porto, Chardron de Lélo e Irmão, 1919. IDEM, Calvários da Flandres, Porto, Renascença Portuguesa, 1918. MAGNO, David, Livro da guerra de Portugal na Flandres, Porto, Comp. Portugueza, 1921. MARDEL, Eugénio, A brigada do Minho na Flandres, Lisboa, Serviços Gráficos, 1923. MARQUES, Isabel Pestana, Das trincheiras com saudade. a vida quotidiana dos militares portugueses na primeira Guerra Mundial, Lisboa, Esfera dos Livros, 2008. MEDINA, João, Portugal na Grande Guerra: Guerristas e Antiguerristas, n.º1, Lisboa, Cadernos Clio, 1986. MENDES, Adelino, A cooperação de Portugal na guerra. o milagre de Tancos, Lisboa, Empª Lusitana, 1923. PIRES, Ana Paula, Portugal e a I Guerra Mundial. A república e a economia de guerra, Casal de Cambra, Caleidoscópio, 2011.

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Anexos

O início da I Guerra Mundial em seis fases.5 1 - A Austro-Hungria declara guerra à Sérvia. 2 - A Rússia, aliada da Sérvia declara guerra à Austro-Hungria. (resposta a 6/Ago) 3 - A Alemanha, aliada da Áustria declara guerra à Rússia. 4 - A França, aliada da Rússia declara guerra à Alemanha. 5 - A Alemanha invade a Bélgica para poder atacar a França. 6 - A Grã-Bretanha declara guerra à Alemanha, pressionada pela invasão da Bélgica.

Texto da declaração de guerra do Império Alemão a Portugal6 «Senhor Ministro. Estou encarregado pelo meu alto Governo de fazer a V. Ex.a a declaração seguinte: O Governo português apoiou, desde o começo da guerra os inimigos do império Alemão por actos contrários á neutralidade. Em quatro casos foi permitida a passagem de tropas inglesas por Moçambique. Foi proibido abastecer de carvão os navios alemães. Aos navios de guerra ingleses foi permitida uma larga permanência em portos portugueses, contrária à neutralidade, bem como ainda foi consentido que a Inglaterra utilizasse a Madeira como base naval. Canhões e material de guerra de diferentes espécies foram vendidos às potências da «Entente», e, além disso, à Inglaterra um contra-torpedeiro. O arquivo do vice-consulado imperial em Moçâmedes foi apreendido (…).»

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Vide: http://www.areamilitar.net/HISTbcr.aspx?N=70 [consultado: 07-11-2013]. Declaração completa vide: http://www.areamilitar.net/HISTbcr.aspx?N=131 [consultado: 0711-2013]. 6

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Fotografia das linhas portuguesas.7

Despedida (ida para França).8 Prisioneiros alemães guardados por militares portugueses.9

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Esta e outras, vide: http://www.areamilitar.net/HISTbcr.aspx?N=4 [consultado: 07-11-2013].

8

Esta e outras, vide: “O Sr. Dr. Manuel D’Arriaga”, Ilustração Portuguesa. Edição semanal do

jornal “O Século”, 2 série, nº577, Lisboa, 12 de Março. 9

Esta e outras, vide: http://www.operacional.pt/antonio-augusto-um-portugues-na-grande-

guerra/ [consultado: 07-11-2013].

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