PORTUGUÊS PARA O SENADO FEDERAL (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA

August 31, 2017 | Autor: Thiago Ferreira | Categoria: CEF, Petrobras, CGU, TCU, Brb, Receita Federal
Share Embed


Descrição do Produto

PORTUGUÊS PARA O SENADO FEDERAL (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Apresentação do Professor Caro Aluno, Sou o professor Albert Iglésia. É com imensa satisfação que me aproximo de você. Neste primeiro contato, gostaria de falar um pouco sobre minha formação e minha experiência no ensino de Língua Portuguesa para concursos. Sou graduado em Letras (Português/Literatura) pela Universidade de Brasília (UnB) e possuo especialização em Língua Portuguesa pelo Departamento de Ensino e Pesquisa do Exército Brasileiro em parceria com a Universidade Castelo Branco. Há dez anos ministro aulas voltadas para concursos públicos. Iniciei minhas atividades docentes no Rio de Janeiro – meu estado de origem. Desde 2004 moro em Brasília, onde dou aulas de gramática, compreensão e interpretação de texto e redação oficial. Possuo experiência com diversas bancas examinadoras. Entre elas, destaco aqui as principais: Cespe, FCC, Esaf, FGV e Cesgranrio. Já participei da preparação de diversos alunos para os mais importantes concursos nacionais e regionais (Senado Federal, TCU, MPU, Tribunais, Petrobras, Receita Federal, Bacen, CGU, Abin, BRB, BB, CEF, PCDF, TCDF etc.). Além de ensinar nos cursinhos preparatórios, também atuo como instrutor da Esaf (já tendo lecionado aulas de gramática e redação oficial para auditores

e

analistas

da

Receita

Federal)

e

de

outras

instituições

profissionalizantes. Por quase seis anos estive cedido à Casa Civil da Presidência da República, onde atuei no setor de capacitação de servidores e ministrei cursos de atualização gramatical e redação oficial. Sempre que precisar, faça contato comigo, meu e-mail é: [email protected]. Nessa etapa da sua vida, quero me colocar ao seu lado para ajudá-lo a conquistar a tão sonhada vaga. Para você refletir: “O pessimista vê dificuldade em cada oportunidade;

o

otimista



oportunidade em cada dificuldade”

(Winston Churchill). Prof. Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br

1

PORTUGUÊS PARA O SENADO FEDERAL (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Língua Portuguesa e o Concurso do Senado Federal Conforme a maioria das pessoas esperava e eu mesmo havia dito numa entrevista concedida ao CorreioWeb e publicada no dia 21 de dezembro (http://www.dzai.com.br/papodeconcurseiro/blog/papodeconcurseiro?tv_pos_i d=95932), a banca examinadora confirmada foi a FGV, uma instituição respeitadíssima e que, em matéria de Língua Portuguesa, normalmente apresenta

textos

demasiadamente

longos,

poucas

questões

de

interpretação e muitas questões sobre aspectos gramaticais (lá você pode conferir outras dicas). Isso trouxe mais tranquilidade para aqueles que já vinham estudando, por exemplo, pelos cursos de Língua Portuguesa que eu lancei aqui no Ponto. Já encerramos duas turmas com base no edital do último concurso. Todos sabemos que é desaconselhável estudar em cima da hora. Por isso você também não pode perde mais tempo! Nossa disciplina continua fazendo uma grande diferença na prova do Senado Federal. Em 2008, nossa disciplina teve peso 2 e veio com 20 questões (40 pontos) nas provas objetivas de CONSULTOR, ANALISTA e TÉCNICO. Isso sem falar na prova de redação, também com peso 2. Assim, Língua Portuguesa foi uma das disciplinas mais importantes do concurso passado. A importância dela continua na disputa por uma vaga, quer seja pelo peso das questões (2 para os cargos de TÉCNICO), quer pela quantidade delas (20 para ANALISTA e 15 para CONSULTOR). Em todos os casos, português só perde mesmo para os conhecimentos específicos. Eis abaixo o conteúdo programático que você estudará comigo: Leitura, compreensão e interpretação de textos. Estruturação do texto e dos parágrafos. Articulação do texto: pronomes e expressões referenciais, nexos, operadores sequenciais. Significação contextual de palavras e expressões. Equivalência e transformação de estruturas. Interpretação: pressuposições e inferências; implícitos e subentendidos. Variedades de texto e adequação de

linguagem.

Prof. Albert Iglésia

Discurso

direto

e

indireto.

Sintaxe:

www.pontodosconcursos.com.br

processos

de 2

PORTUGUÊS PARA O SENADO FEDERAL (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA coordenação e subordinação. Emprego de tempos e modos verbais. Pontuação. Estrutura e formação de palavras. Funções das classes de palavras. Flexão nominal e verbal. Pronomes: emprego, formas de tratamento e colocação. Concordância nominal e verbal. Regência nominal e verbal. Ocorrência de crase. Ortografia oficial. Acentuação gráfica. Redação Oficial (Manual de Redação da Presidência da República e Manuais de Elaboração de Textos do Senado Federal)

Você deve ter se perguntado o que significa a cor vermelha, certo? É que para CONSULTOR não constam os itens destacados. A diferença é mínima, chega a ser quase irrelevante. Portanto este curso serve também para os futuros consultores do Senado. O Curso que Proponho Pensando em ajudá-lo a conquistar uma das vagas do concurso do Senado Federal, eu aceitei o convite do Ponto para ministrar este curso especialmente a você. Trata-se de um curso de teoria e exercícios, baseado no programa

atual

e

dividido

em

nove

aulas

(incluindo

esta,

a

aula

demonstrativa). O conteúdo de cada uma delas está discriminado abaixo: AULA

CONTEÚDO Apresentação do curso

0

Ortografia oficial Acentuação gráfica Texto e discurso Significação contextual de palavras e expressões

1

Leitura, análise e interpretação Coesão e coerência Tipologia textual Adequação da linguagem

Prof. Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br

3

PORTUGUÊS PARA O SENADO FEDERAL (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Paráfrase e paródia Discurso direto e indireto 2

Classe, estrutura e formação de palavras Flexão nominal Verbo: emprego de tempos e modos

3

Flexão verbal Pronomes: emprego, formas de tratamento e colocação

4

Sintaxe da oração

5

Sintaxe do período Pontuação

6

Regência verbal e nominal Ocorrências de crase

7

Concordância verbal e nominal

8

Redação oficial Utilizarei prioritariamente questões de provas elaboradas

anteriormente

pela

FGV

para

direcionar

os

nossos

estudos.

Em

complemento ao nosso ensino, poderei utilizar algumas questões de outras bancas, dando mais consistência aos estudos de cada tópico do programa. Reproduzirei os textos e os itens (será respeitada a grafia original dos enunciados e das alternativas). Ocorrendo a abordagem de assuntos diversos em uma mesma questão, as alternativas serão tratadas separadamente conforme cada caso específico (poderá haver ligeiras adaptações). Assim, poderei utilizar um mesmo texto (ou fragmento dele) para apresentar as diversas assertivas. Portanto não estranhe se isso acontecer. O procedimento é puramente didático. Outro esclarecimento que preciso fazer desde já é sobre a forma como conduziremos nossos estudos. Este não é um curso só de resolução de exercícios. Significa dizer que também nos ocuparemos com os aspectos teóricos sobre os itens do programa, sem prejuízo das resoluções das questões de provas anteriores. Prof. Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br

4

PORTUGUÊS PARA O SENADO FEDERAL (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Espero que aproveite cada explicação e cada exemplo da melhor forma possível. Solicito que você interaja comigo por meio de mensagens eletrônicas no fórum de discussão. A sua participação é fundamental para o bom rendimento do curso. No mais, vamos ao que interessa, pois já existe muita gente estudando enquanto nós estamos aqui conversando.

Ortografia No Brasil, quem dita as normas para a correta escrita das palavras é a Academia Brasileira de Letras (ABL). Em seu Vocabulário ortográfico da língua portuguesa (VOLP), a instituição mantém registrada a forma oficial de escrever as palavras. Apesar da vigência do novo Acordo Ortográfico, as regras antigas e as atuais conviverão até 31 de dezembro 2012. Isso ocorre porque o então presidente Lula, por meio do Decreto nº 6.583, de 26 de setembro de 2008, além de ter promulgado o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa – que foi assinado em Lisboa, em 16 de dezembro de 1990 –, também estabeleceu um período de transição: “de 1º de janeiro de 2009 a 31 de dezembro de 2012, durante o qual coexistirão a norma ortográfica atualmente em vigor e a nova norma estabelecida”. É verdade ainda que é humanamente impossível saber a grafia de todas as palavras da nossa Língua. Só para você ter uma ideia da dificuldade que é isso, saiba que a nova edição do VOLP, lançada oficialmente pela ABL em 19 de março de 2009, tem 976 páginas, 381 mil verbetes e outras coisas mais. Você se atreve a decorar tudo isso?! Entretanto, podemos sistematizar a grafia de certas palavras, em decorrência, por exemplo, da sua origem, do seu radical. É isso que veremos aqui. A experiência nos permite dizer que esse processo é muito útil no momento de resolver uma ou outra questão de concurso. Não estou dizendo que tudo se resumirá ao que será demonstrado nestas poucas linhas. O que Prof. Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br

5

PORTUGUÊS PARA O SENADO FEDERAL (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA você precisa entender é que a prática de leitura de livros, jornais, revistas e dicionários deverá ser somada à minha explicação. Comecemos pelo EMPREGO DE ALGUMAS LETRAS. Sempre que for preciso, trarei para nossa aula as mudanças das novas regras ortográficas. •

Usa-se, normalmente, a letra X: QUANDO

1 – depois de ditongos

EXEMPLO ameixa, frouxo, peixe

CUIDADO Recauchutar encher,

2 – depois da sílaba EN

enxame, enxergar

encharcar,

enchova, enchumaçar e derivados

dessas

palavras 3 – depois da sílaba ME, quando “fechada”

1.

mexa (verbo), mexerico

mecha (substantivo) = pronúncia “aberta”

(FGV/SENADO FEDERAL/ANALISTA DE SISTEMAS/2008) “Em primeiro lugar, não estão em xeque as inegáveis e insubstituíveis virtudes que os mercados possuem quando funcionam de maneira mais livre, sem interferências externas, na alocação dos recursos.” (L.37-40) No trecho acima, grafou-se corretamente a palavra xeque, de acordo com o sentido pretendido no texto. Assinale a alternativa em que não se tenha mantido correção gráfica ao utilizar a palavra destacada.

(A) Finalmente o enxadrista deu o xeque-mate. (B) Com ética e consciência cidadã, o povo dará um cheque à corrupção. (C) Chegou em visita ao Congresso o xeque árabe. (D) Porque estava sem talão, teve de pedir um cheque avulso. (E) Deixe que eu cheque a lista de passageiros.

Prof. Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br

6

PORTUGUÊS PARA O SENADO FEDERAL (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Comentário – Alternativa A: no jogo de xadrez, lance em que o rei recebe ameaça indefensável. A palavra grafa-se com X. Alternativa B: em sentido figurado, xeque (com X) representa um acontecimento que põe fim a uma situação. Eis, portanto, o erro. Alternativa C: alguém pode ter ficado em dúvida, pois o mais comum é a palavra ser grafada xeique. Porém a grafia xeque (com X) também significa soberano entre os árabes. Alternativa D: significa ordem de pagamento por meio de documento fornecido por um banco a quem nele tem conta, que equivale a dinheiro. Grafa-se com CH. Alternativa E: derivado do verbo checar, com CH. Significa examinar, conferir, verificar. Resposta – B



Usa-se, normalmente, a letra G: QUANDO

EXEMPLO

1 – nos sufixos AGEM, viagem IGEM e UGEM

CUIDADO

(substantivo), pajem,

vertigem, ferrugem

2 – nos sufixos AGIO, pedágio,

colégio,

EGIO,

relógio,

IGIO,

OGIO

e prestígio,

UGIO 3



lajem,

lambujem

refúgio nas

palavras margem/margear,

monge/monja, eu dirijo

derivadas daquelas que homenagem/homenagear (flexão do verbo dirigir). possuem G no radical

Imaginem

(você

perceberá

que

mantivéssemos a letra

esse

princípio

vale

“g”

também para o emprego

nas

se palavras

derivadas...

de outras letras)

Prof. Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br

7

PORTUGUÊS PARA O SENADO FEDERAL (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA •

Usa-se, normalmente, a letra J: QUANDO

1



nas

palavras

origem

EXEMPLO de

indígena,

africana e árabe 2



nas

pajé,

jiboia,

jenipapo,

flexões

nas

nas

palavras

palavras

eu

gorja – gorjeta; lisonja – lisonjeado

injetar, objeto, ultraje

Usa-se, normalmente, a letra Ç: QUANDO

1



nas

EXEMPLO

palavras

derivadas daquelas que possuem T no radical 2



de jeito, hoje, majestade,

origem latina •

bocejar

bocejei

possuem J no radical –

jerico,

dos viajar (verbo) – que eles

derivadas daquelas que 4

jiló,

jequitibá

no radical –

jeca,

jirau,

cafajeste,

verbos que possuem J viajem; 3

CUIDADO



nas

palavras

exceto – exceção, setor – seção, cantar – canção

de miçanga,

origem indígena, árabe e muriçoca, africana 3 – nos sufixos AÇU e AÇO 4 – depois de ditongo

Prof. Albert Iglésia

CUIDADO

paçoca, muçulmano,

açougue, açoite babaçu, Nova

Paraguaçu,

Iguaçu,

golaço,

poetaço, atrevidaço compleição,

feição,

beiço

www.pontodosconcursos.com.br

8

PORTUGUÊS PARA O SENADO FEDERAL (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA •

Usa-se, normalmente, a letra S: QUANDO

EXEMPLO

1 – nos substantivos que chinês,

japonês,

designam origem, título baronesa, honorífico e feminino

CUIDADO

duquesa,

sacerdotisa, poetisa

2 – Nos sufixos ASE, fase, ascese, eletrólise, ESE, ISI e OSE

apoteose

3 – nos sufixos OSO e formoso, OSA

formosa,

gostoso, gostosa iludir – ilusão, defender

4



nas

palavras –

defesa;

divertir



derivadas daquelas que diversão,

inverter



possuem D, RT ou RG no inversão;

imergir



submergir



imersão,

seu radical

submersão 5 – no prefixo TRANS e nos seus derivados 6 – após os ditongos 7 – nas formas verbais derivadas

dos

verbos

QUERER e PÔR •

transatlântico, trasladar transladar) maisena, Sousa, coisa quis,

quisera,

pusera,

compusera

Usa-se, normalmente, SS: QUANDO

1

(ou



nas

palavras

derivadas daquelas que possuem as expressões CED, GRED, PRIM, MIT, MET e CUT no radical Prof. Albert Iglésia

EXEMPLO

CUIDADO

suceder



sucessão,

regredir



regressão,

comprimir compressão,

– demitir



demissão, intrometer – intromissão,

discutir



www.pontodosconcursos.com.br

9

PORTUGUÊS PARA O SENADO FEDERAL (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA discussão 2 – prefixo terminado pre + sentir = pressentir em

vogal

+

palavra (repare que o “s” foi

começada por S •

duplicado”)

Usa-se, normalmente, a letra Z: QUANDO

EXEMPLO

CUIDADO

1 – nas terminações EZ e

EZA,

formando insensato – insensatez,

substantivos

nu



nudez;

claro



abstratos derivados de clareza, belo – beleza adjetivos a) se a palavra possuir S em sua parte final, o infinitivo verbal também levará

S:

analisar,

análise



paralisia



paralisar; 2



IZAR,

nas

terminações sintonia



sintonizar, b) Hipnose – hipnotizar;

formando real – realizar, visual – Síntese

infinitivos verbais

visualizar



Batismo

sintetizar; –

batizar;

Catequese – catequizar; Ênfase



enfatizar.

(Lembre-se da sigla de um famoso banco, só que

com

E

no

final:

HSBCE). 3 – como consoante de pé + udo = pezudo; guri ligação

Prof. Albert Iglésia

+ ada = gurizada

www.pontodosconcursos.com.br

10

PORTUGUÊS PARA O SENADO FEDERAL (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA •

Usa-se, normalmente, a letra H: QUANDO

EXEMPLO

CUIDADO

1 – nas palavras ligadas por

hífen

em

segundo

que

o anti-higiênico,

pré-

elemento histórico, super-homem

desarmonia, lobisomem

começa com H as

2 – na palavra Bahia



palavras

derivadas

não possuem H: baiano

Verbos terminados em EAR e IAR:

1 – são irregulares os verbos EAR; letra

terminados eles I

recebem nas

em a

formas

rizotônicas (eu, tu, ele, eles – a sílaba tônica

passear:

passeio,

passeias,

passeia,

passeamos,

passeais,

passeiam

integra o radical) Mediar,

Ansiar,

Remediar,

Incendiar,

Odiar (MARIO): apesar 2 – são regulares os verbos

terminados

IAR

em

premiar:

premio, de terminarem em IAR,

premias,

premia, são

premiamos, premiam

irregulares

e

premiais, recebem a letra E nas formas rizotônicas (eu, tu,

ele,

eles):

odeio,

odeias, odeia, odiamos, odiais, odeiam •

As letras K, W e Y (conforme o novo Acordo Ortográfico) O alfabeto passa a ter 26 letras. Foram reintroduzidas as letras k, w e y. Prof. Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br

11

PORTUGUÊS PARA O SENADO FEDERAL (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA aA

jJ

sS

bB

kK

tT

cC

lL

uU

dD

mM

vV

eE

nN

wW

fF

oO

xX

gG

pP

yY

hH

qQ

zZ

iI

rR

A essa altura você deve estar se perguntando: “Por que as letras k, w e y voltaram ao alfabeto?”, “Quais as consequências práticas?”, “Alguma palavra será grafada de forma diferente?”, “Como deverão ser usadas?”, “Elas são vogais ou consoantes?”, “Como é a pronúncia do w?”. As letras k (cá ou capa) – letra oriunda do alfabeto fenício (kaph), adotada pelos gregos (kapa) e depois pelos romanos (capa) –, w (dábliu) – letra usada nas línguas inglesa, em que soa como o “u”, e alemã, em que é pronunciada como “v” – e y (ípsilon) – letra com som de “i” –, que na verdade não tinham desaparecido da maioria dos dicionários da nossa língua, são usadas em várias situações. Por exemplo: a)

na

escrita

de

símbolos

de

unidades

de

medida:

km

(quilômetro), kg (quilograma), W (watt); b)

na escrita de palavras e nomes estrangeiros (e seus

derivados): show, playboy,

playground, windsurf, kung fu, yin, yang,

William, kaiser, Kafka, kafkiano. Bem, e o que acontece agora que elas estão oficialmente introduzidas no nosso alfabeto? Haverá mudanças na grafia de alguma palavra? Deveremos escrever “kilômetro” em vez de “quilômetro”? Na prática, nada muda na grafia das palavras, pois a reintrodução das letras K, W e Y em nosso alfabeto NÃO AUMENTA SEU USO. Essas três Prof. Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br

12

PORTUGUÊS PARA O SENADO FEDERAL (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA letrinhas continuam sendo usadas em NOMES PRÓPRIOS ORIUNDOS DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS, como nos exemplos abaixo: Byron; Darwin; Franklin; Taylor; Wagner; Wilson; Kardec; Também continuam sendo usadas nas PALAVRAS DERIVADAS DE NOMES PRÓPRIOS ESTRANGEIROS. Veja alguns exemplos: byroniano (relativo a Lord Byron, poeta inglês, autor da obra Don Juan); kantismo (doutrina filosófica de Immanuel Kant, filósofo alemão); kardecismo (doutrina espírita do pensador francês Allan Kardec); kardecista (relativo ao kardecismo, seguidor dessa doutrina); kuwaitiano (indivíduo natural do Kuwait); As letras K, W e Y também são usadas em SIGLAS, SÍMBOLOS E PALAVRAS INTERNACIONALMENTE ADOTADAS como: TWA (Trans World Airlines); KLM

(Koninklijke

Luchtvaart

Maatschappij,

em

português:

Companhia Real de Aviação); kW (quilowatt); Watt; yd (jarda, do inglês yard); K (Potássio); W (Tungstênio); Y (Ítrio); Kr (Criptônio); W - oeste (West); SW - sudoeste (southwest); NW - noroeste (northwest). Você aí já se perguntou se ESSAS LETRAS SERÃO CLASSIFICADAS COMO VOGAL OU CONSOANTE?!?! Certo, vejamos como elas poderão se comportar. Prof. Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br

13

PORTUGUÊS PARA O SENADO FEDERAL (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA As novas letras do alfabeto deverão ser classificadas em vogais ou consoantes, DE ACORDO COM A FORMA COMO SÃO PRONUNCIADAS nas palavras em que aparecem. ¾ O K será sempre CONSOANTE, pois sempre é pronunciado como o C antes das vogais A, O e U e como o dígrafo QU antes de E e I. ¾ Já o Y será VOGAL ou SEMIVOGAL, pois normalmente é pronunciado como se fosse um I. ¾ A letra W pode assumir o papel de VOGAL (ou SEMIVOGAL) ou CONSOANTE.

Nas

palavras

normalmente

pronunciado

de

como

origem U,

o

inglesa, W

será

por

ser

vogal

ou

semivogal: Wallace; waffle; show; Wilson; windows; watt (uote). Nas palavras de origem alemã, o W normalmente é pronunciado como um V, e, assim, será uma CONSOANTE: Walter; Wagner. Passemos agora ao EMPREGO DE ALGUMAS EXPRESSÕES que, certamente, já deixaram muita gente com dúvida na hora de optar por uma ou outra forma. Selecionei para esta aula apenas alguns vocábulos que, volta e meia, surgem em diversos textos. Vejamos quais são. •

MAL x MAU a)

Ela se houve mal na prova. (advérbio de modo, contrário de bem,

refere-se a um verbo) b)

Mal entrou, os portões foram fechados. (conjunção subordinativa

adverbial, equivale-se a quando, indica circunstância de tempo) c)

Apesar do mau tempo, foi à praia. (adjetivo, refere-se a um substantivo,

contrário de bom) Prof. Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br

14

PORTUGUÊS PARA O SENADO FEDERAL (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA

ATENÇÃO! Quero que você perceba que o vocábulo MAL não possui a mesma classificação gramatical nas alternativas “a)” e “b)”. Isso é importante porque a banca examinadora pode sugerir o contrário. O examinador, por exemplo, pode selecionar duas frases de um texto em que esses vocábulos aparecem, destacá-los e formular a seguinte assertiva: “Nas linhas X e Y, os vocábulos em destaque possuem a mesma classificação gramatical”. Muito cuidado antes de responder. Como vimos anteriormente, isso nem sempre será verdade. Quero que note ainda as diferentes classificações dos vocábulos que surgirão nos próximos exemplos.

[...] O 16

Muro

planejamento de

Berlim,

contrarreforma se 19

a

neoliberal

autorregulam.

desapareceu

caiu

com

descrédito

implosão

da

baseada

Seria a

em

no

ingênuo

recente

crise,

com

União mito pensar

mas,

que

a

queda

Soviética

dos

mercados

que ele

e

esse está

mal

do a que mito das

pernas, está. [...] Ignacy Sachs. Voltando ao planejamento. Internet: (com adaptações).

2.

(CESPE/ANEEL/CARGOS

DE

NÍVEL

SUPERIOR/2010)

O

sentido

da

expressão “mal das pernas” (l.19-20), característica da oralidade, seria prejudicado caso se substituísse “mal” por mau. Comentário – Em linguagem figurada, a expressão nos comunica que o “mito dos mercados que se autorregulam” está desacreditado, já não produz o mesmo efeito, sua sustentabilidade está abalada, enfraquecida. O vocábulo “mal”, no contexto, é o contrário de bem (advérbio) e não pode ser trocado por mau, antônimo de bom (adjetivo). Resposta – Item certo.

Prof. Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br

15

PORTUGUÊS PARA O SENADO FEDERAL (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA •

POR QUE x POR QUÊ a)

Por que você não veio? (preposição + advérbio interrogativo, usado no

início da oração, equivale-se a por qual motivo, o “que” é átono) b)

Quero saber por que você não veio. (a única diferença é que a frase

interrogativa é indireta) c)

Você não veio por quê? (agora a expressão aparece no final da frase, e

o “quê” é tônico) d)

Quero saber o motivo por que você não veio. (preposição + pronome

relativo, usado no início da oração, equivale-se a pelo qual) Quando colocado no final da frase ou no final de oração, antes de pausa, tiver o sentido de motivo, razão pela qual, sendo tônico. Ex.: O cantor estava inquieto, sem saber por quê. (Sem saber por quê, o cantor estava inquieto. Advertido pelo presidente da Mesa, o deputado quis saber por quê. Ninguém lhe dava atenção. Por quê?



PORQUE x PORQUÊ a)

Não vim porque estava cansado. (conjunção subordinativa adverbial,

indica circunstância de causa) b)

Fique quieto, porque você está incomodando. (conjunção coordenativa

explicativa) c)

Quero saber o porquê da sua falta. (vem precedido de determinante, é

substantivo, equivale-se a motivo, razão, causa) Atenção! Sempre que estiver diante de uma pergunta (direta ou indireta), use a expressão separada.

3.

(FGV/CODESP/ADVOGADO/2010) O aproveitamento das oportunidades que estão surgindo é valioso porque, além da realização pessoal na vida

Prof. Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br

16

PORTUGUÊS PARA O SENADO FEDERAL (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA profissional, é um atalho para melhora dos níveis de renda e de bem-estar de fatias cada vez maiores da população brasileira. (L.63-67) No trecho acima, empregou-se corretamente uma das formas do porquê. Assinale a alternativa em que isso NÃO tenha ocorrido. (A) Sem

ter

por

quê,

em

se

falando

de

habilidades,

discutir

mais

profundamente, calamo-nos. (B) Vamos destacar as habilidades por que somos conhecidos. (C) Ele esperava saber por que, naquele departamento, sua habilidade não era valorizada. (D) Porque nossa habilidade não era valorizada não íamos demonstrá-la? (E) Não conseguimos saber por quê, mas tentamos. Comentário – O examinador quer que apontemos o emprego incorreto. Naturalmente ele tentou complicar um pouco as coisas para os candidatos. Fique atento! Alternativa A: a grafia correta é “por que” (= por qual motivo). Separada e com acento, a expressão vem em final de orações interrogativas (diretas ou indiretas). Alternativa B: troque “por que” por pelas quais e ateste que estamos diante de preposição + pronome relativo. O emprego está correto. Alternativa C: repare que a trecho “...por que (...) sua habilidade não era valorizada” denuncia uma pergunta indireta (as indagações indiretas normalmente são orações subordinadas [objetivas diretas] a outra oração principal). Emprego correto. Alternativa D: aqui você precisa de um pouquinho mais de atençaõ, pois o examinador inverteu a ordem natural das orações. Primeiro ele escreveu a oração subordinada causal e depois a oração princial. Vamos reorganizar

o

quebra-cabeça:

“Não

íamos

demonstrá-la

porque

nossa

habilidade não era valorizada?”. Mesmo sendo uma frase interrogativa, repare que o “porque” é uma conjunção causal, que estabelece uma relação de causa e efeito entre as oraçãoes que articula. Emprego correto. Prof. Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br

17

PORTUGUÊS PARA O SENADO FEDERAL (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Alternativa E: agora o “quê” (que também complementa o sentido de um verbo transitivo direto) é tônico e deve, por isso, ser acentuado. Emprego correto. Resposta – A

4.

(FGV/TRE-PA/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2011) Partidos devem ir às ruas explicar para os cidadãos por que existem e quais são suas propostas. (L.34-35) No período acima, empregou-se corretamente a forma POR QUE. Assinale a alternativa em que isso NÃO tenha ocorrido.

(A) O povo não entende por que os partidos políticos se esquivam de se apresentar claramente. (B) Nem sempre é fácil entender as modificações por que passam os partidos políticos. (C) As pessoas desejam entender por que, nas relações entre os partidos políticos, as alianças rapidamente se dissolvem. (D) Às vezes sem saber por que, o povo escolhe determinados candidatos para cargos importantes. (E) Na realidade, o povo sabe por que deve escolher bem seus representantes. Comentário – Releia a alternativa D. Agora, reescreva-a da seguinte forma: O povo escolhe determinados candidatos para cargos importantes, às vezes sem saber por quê. Percebeu a tonicidade do quê? Vá ao quadro que apresentei acima. Confirme que o quê pode ser tônico também em final de oração, antes de uma pontuação (não necessariamente no final da frase). Este foi o exemplo que lhe dei: Sem saber por quê, o cantor estava inquieto. Resposta – D

Prof. Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br

18

PORTUGUÊS PARA O SENADO FEDERAL (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA [...]

5.

(CESPE/EBC/CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR/2011) Na linha 26, “por que” poderia, sem prejuízo para a correção gramatical, ser grafado porque, em razão de estar empregado como conjunção causal, tal como ocorre em “mas o mandamento de agir unicamente porque se trata de um dever” (L.31-32).

Comentário – Questão muito fácil. Você nem precisa ter o trabalho de analisar tudo o que a banca propôs. De acordo com o que foi explicado sobre o assunto, jamais a expressão por que (com separação; equivale-se a pela qual, no caso sob análise) poderá ser substituída corretamente pela expressão porque (sem separação; conjunção causal ou explicativa, dependendo do caso). O texto é até dispensável. Assim, você não desperdiça tempo durante uma prova. Resposta – Item errado.



SENÃO x SE NÃO a)

Estudem, senão ficarão reprovados. (pode ser substituído por ou, indica

alternância de ideias que se excluem mutuamente) b)

Não fazia coisa alguma, senão criticar. (equivale-se a mas sim,

porém,) c)

Essa pessoa só tem um senão. (significa defeito, mácula, mancha; é

substantivo)

Prof. Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br

19

PORTUGUÊS PARA O SENADO FEDERAL (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA d)

Se não houver dedicação, ficarão reprovados. (“Se” = conjunção

subordinativa adverbial condicional; “não” = advérbio de negação) ATENÇÃO! É muito útil perceber que a expressão será separada apenas quando introduzir uma oração subordinada adverbial condicional.



ACERCA DE x A CERCA DE x HÁ CERCA DE a)

Hoje falaremos acerca dos pronomes. (locução prepositiva – “dos” = de

+ os –, equivale-se a sobre) b)

Os primeiros colonizadores surgiram há cerca de quinhentos anos.

(refere-se a acontecimento passado) c)

Estamos a cerca de quatro meses da prova. (refere-se a acontecimento

futuro)

Com

1

apresenta

4

um

alto

cerca

de

como

advertem

muito

a

grau

de

urbanização,

80%

da

população

estudiosos

do

assunto,

aprender

sobre

crescimento

e

o

nas o

Brasil

cidades,

país

mas,

ainda

planejamento

já tem

urbanos.

[...] o alerta: onde morar em metrópoles? É melhor optar por uma 28

casa

ou

um

quarteirões,

apartamento no

mínimo

o

mais



das

distante ruas

possível e



avenidas

a

dois mais

movimentadas. [...] Gazeta do Povo (PR), 8/1/2009 (com adaptações).

6.

(CESPE/DETRAN-DF/ANALISTA/2009) A substituição de “cerca de” (l.2) por acerca de manteria a correção gramatical do período.

Comentário – Cerca de e acerca de são locuções prepositivas, mas elas não devem

ser

confundidas.

A

primeira

é

usada

para

indicar

quantidade

aproximada; a segunda equivale-se à preposição sobre. Resposta – Item errado. Prof. Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br

20

PORTUGUÊS PARA O SENADO FEDERAL (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 7.

(CESPE/DETRAN-DF/ANALISTA/2009) Manteria a correção gramatical e o sentido do texto a inserção de há dois quarteirões no lugar de “a dois quarteirões” (l.28-29).

Comentário – A forma verbal “há”, nesse contexto, causaria incoerência, visto que indicaria a existência de dois quarteirões. Não é isso o que se pretende dizer no texto. O autor pretende indicar a distância mínima da localização do imóvel. Nesse sentido, o vocábulo adequado é “a”. Resposta – Item errado.



AFIM x A FIM DE a)

Temos ideias afins. (adjetivo, refere-se a um substantivo, varia em

número para com ele concordar) b)

Estudou muito, a fim de tirar o primeiro lugar. (locução prepositiva,

denota finalidade, objetivo, intenção)

8.

(CESPE/CORREIOS/AGENTE DE CORREIOS/2011 – adaptada) Na opção a seguir, é apresentado trecho adaptado de texto extraído do sítio dos Correios na Internet. Julgue-a quanto à correção gramatical. O progresso comercial advindo da chegada da família real no novo mundo abriu caminhos afim de que o serviço postal se desenvolvesse. Esse fato permitiu a elaboração do primeiro Regulamento Postal do Brasil, o funcionamento regular dos Correios Marítimos e a emissão de novos decretos que criassem os Correios Interiores.

Comentário – Repara na expressão “afim de”, usada para exprimir finalidade, propósito, intento. Nesse sentido, a grafia correta é separada: a fim de. Resposta – Item errado.

Prof. Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br

21

PORTUGUÊS PARA O SENADO FEDERAL (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA •

DEMAIS x DE MAIS a)

Estudei demais. (advérbio de intensidade, liga-se a um verbo ou a um

adjetivo, equivale-se a muito, demasiadamente, em excesso) b)

Eu estudo muito; os demais, pouco. (pronome indefinido substantivo,

equivale-se a outros, vem precedido de artigo) c) •

Surgiram candidatos de mais. (locução que se contrapõe a de menos) ONDE x DONDE x AONDE

a)

Onde você está? (usa-se onde com verbo estático que pede a

preposição em, na língua portuguesa não existe a contração nonde, indicada por em + onde) b)

Donde você vem? (usa-se com verbo de movimento que peça, em

razão sua regência, a preposição de, caso do verbo “vem”: “Donde” = de + onde) c)

Aonde você vai? (usa-se com verbo de movimento que exige, também

por causa de sua regência, a preposição a, caso da forma verbal “vai”: “Aonde” = a + onde)

No

1

difícil

mundo

reconstituir

moderno as

em

sensações,

que as

vivemos,

impressões

é que

certamente tiveram

os

primeiros homens em contato com a natureza. [...] José Leite Lopes. Tempo = espaço = matéria. In: Adauto Novaes (Org.). Tempo e História. São Paulo: Companhia das Letras, 1996, p. 167 (com adaptações).

9.

(CESPE/ANTAQ/ESPECIALISTA – ECONOMIA/2009) No desenvolvimento da textualidade, a substituição do trecho “em que vivemos” (l.1) por no qual vivemos ou por onde vivemos não acarreta prejuízo para a coerência nem para a correção gramatical do texto.

Prof. Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br

22

PORTUGUÊS PARA O SENADO FEDERAL (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Comentário – A ênfase aqui será dada ao emprego de onde, que é usado com verbo estático (“vivem”) e pede a preposição em; na língua portuguesa não existe a contração nonde, supostamente indicada por em + onde. O pronome relativo que pode ser substituído por o/a qual. Logo, a forma em que pode ser trocado pela forma no/na qual, conforme o caso. Resposta – Item certo.

Nossos

1

do

país

obra 4

E

no

do

qual

acaso

constrói-se

vezes,

até

concepções 7

projetos

no

vida

vivemos. ou

da

meio

violentos de

de



E

dependem o

futuro

fatalidade. de

entre

muito

grupos

desenvolvimento

de

Uma

embates e

muito

com

um

nação

do país se

intensos visões

interesses

futuro não

é

constrói. —

de

e,

às

futuro,

distintos

e

conflitantes. [...] Plínio Arruda Sampaio. O Brasil em construção. In: Márcia Kupstas (Org.). Identidade nacional em debate. São Paulo: Moderna, 1997, p. 27-9 (com adaptações).

10. (CESPE/MJ-DPF/AGENTE/2009) Na linha 2, mantendo-se a correção gramatical do texto, pode-se empregar em que ou onde em lugar de “no qual”. Comentário – Esta foi só para confirmar o que eu disse anteriormente e como o Cespe, volta e meia, explora o emprego dessas expressões. Quando tratarmos de pronomes, falaremos mais sobre o uso dos relativos. Resposta – Item certo.



MAS x MAIS a)

Ela estudou muito, mas não foi aprovada. (conjunção coordenativa

adversativa, conecta orações que guardam entre si ideias opostas) Prof. Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br

23

PORTUGUÊS PARA O SENADO FEDERAL (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA b)

Ela era a aluna mais simpática da turma. (advérbio de intensidade,

refere-se a adjetivo, outro advérbio ou verbo) c)

Menos ódio e mais amor. (pronome indefinido adjetivo, refere-se a

substantivo) •

HÁ x A a)

Ele chegou da Europa há dois anos. (refere-se a acontecimento passado)

b)

Ela voltará daqui a um ano. (refere-se a acontecimento futuro)



DE ENCONTRO A x AO ENCONTRO DE a)

O ônibus foi de encontro ao carro, causando a morte de duas pessoas.

(indica posição contrária, colisão, confronto) A proposta da diretoria foi de encontro aos anseios dos funcionários. b)

O filho foi ao encontro do pai, abraçando-o. (sugere posição favorável,

concordância) •

À-TOA x À TOA (o novo Acordo retirou o hífen) a)

Ele era uma pessoa à-toa (à toa). (locução adjetiva invariável;

refere-se a um substantivo; significa desprezível, sem valor, insignificante) b)

Ele andava à toa na rua. (locução adverbial; indica maneira, modo, sem

rumo certo, a esmo, sem fazer nada) •

DIA-A-DIA x DIA A DIA (o novo Acordo aboliu o hífen) a)

O

dia-a-dia

(dia

a

dia)

do

operário

brasileiro

é

desgastante.

(substantivo, precedido por artigo, equivale-se a cotidiano) b)

Os preços das mercadorias aumentam dia a dia. (locução adverbial de

tempo, equivale-se a diariamente)

Prof. Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br

24

PORTUGUÊS PARA O SENADO FEDERAL (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA •

TAMPOUCO x TÃO POUCO a)

Não realizou a tarefa, tampouco apresentou qualquer justificativa.

(advérbio de negação, equivale-se a também não) b)

Tenho tão pouco entusiasmo pelo trabalho. (tão = advérbio de

intensidade; pouco = pronome indefinido adjetivo, alude a um substantivo) c)

Estudamos tão pouco. (tão = advérbio de intensidade, refere-se a outro

advérbio: pouco = advérbio de intensidade, refere-se ao verbo)

A respeito do EMPREGO DO HÍFEN, várias mudanças foram introduzidas

pelo

novo

Acordo

Ortográfico.

Resumirei

aqui

os

casos

importantes. Ressalto que até 31 de dezembro de 2012 as regras antigas e novas poderão ser usadas (NA REDAÇÃO, UTILIZE APENAS UMA DELAS). EMPREGO DO HÍFEN NA PREFIXAÇÃO •

Regras Antigas 1 – Com os prefixos AUTO, CONTRA, EXTRA, INFRA, INTRA, ULTRA, NEO, PROTO, PSEUDO, SEMI, SUPRA: antes de VOGAL, H, R e S. Exemplos:

auto-educação,

contra-almirante,

semi-selvagem,

ultra-rápido,

supra-sumo. EXCEÇÃO: extraordinário. 2 – Com os prefixos ANTE, ANTI, ARQUI e SOBRE: antes de H, R ou S. Exemplos: anti-higiênico, arqui-rabino, ante-sala, sobre-saia. EXCEÇÔES: sobressair, sobressalente, sobressaltar, sobressalto.

11. (FGV/SEFAZ-RJ/FISCAL

ICMS/2007)

Em

antimaterialista,

utilizou-se

corretamente a regra de emprego do hífen com o prefixo anti-. Assinale a alternativa em que isso não tenha ocorrido. Prof. Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br

25

PORTUGUÊS PARA O SENADO FEDERAL (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA (A) anti-higiênico (B) antiaéreo (C) anti-rábico (D) anti-semita (E) anti-inflacionário Comentário – A questão deve ser analisada conforme o sistema ortográfico antigo. Portanto a grafia correta da palavra constante na última opção é antiinflacionário. É bom ressaltar que o novo Acordo mudou a regra, como veremos a seguir (anti-inflacionário). Resposta – E

3 – Com o prefixo SUPER: antes de H ou R. Exemplos: super-homem, super-rápido. 4 – Com os prefixos AD, AB, OB, SOB, SUB: antes de R. Exemplos: ab-rogar, sob-roda, sub-reino. CUIDADO: SUB antes de B: sub-bibliotecário.

12. (FGV/SENADO FEDERAL/ADVOGADO/2008) Em não-efetivação (L.33), utilizou-se corretamente o hífen. Das palavras abaixo, somente uma está correta. Assinale-a. (A) sócio-ambiental (B) tele-reportagem (C) macro-encefalia (D) trans-humano (E) sub-reptício Comentário – Segundo o novo sistema ortográfico, não se emprega o hífen com as palavras não e quase com função prefixal: não agressão, não

Prof. Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br

26

PORTUGUÊS PARA O SENADO FEDERAL (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA fumante, quase delito, quase equilíbrio etc. Mas a questão deve ser analisada sob as regras antigas ainda. Como acabei de explicar, a grafia de sub-reptício realmente está correta. Saiba você que a regra acima foi mantida pelo novo Acordo Ortográfico. Alternativa

A:

sócio-

integra

um

grupo

de

prefixos

e

pseudoprefixos nunca seguidos de hífen. Nesse grupo estão: acro-, cardio-, eletro-, hemi-, hepta-, hidro-, intro-, macro-, micro-, neuro-, orto-, tele-, trans-, uni- etc. Eis a grafia correta: socioambiental. Deve ser ressaltado que o novo Acordo eliminou a referida lista e passou a dispor, genericamente, que o hífen será usado quando a palavra seguinte iniciar com a mesma vogal que encerra o elemento anterior: micro-ondas, por exemplo. Alternativa B: depois do que foi dito anteriormente, basta acrescentar que, para que se preserve a integridade fonética, é necessário duplicar a letra R: telerreportagem. O novo Acordo manteve a grafia. Alternativa C: ainda fundamentados no que foi descrito sobre o item A, a grafia correta é macroencefalia. Alternativa

D:

temos

aqui

outro

elemento

citado

no

comentário da primeira alternativa. Por conseguinte a escrita correta é transumano, com o descarte da letra H. Essa escrita também foi mantida pelo novo sistema ortográfico. Resposta – E

5 – Com os prefixos MAL e PAN: antes de VOGAL, H, L, M e N. Exemplos:

pan-americano,

mal-humorado,

mal-limpo,

pan-mítico,

mal-napoltano. 6 – Com os prefixos PÓS, PRÉ e PRÓ: quando tônicos, serão separados por hífen. Exemplos: pós-graduação, pré-vestibular, pró-paz.

Prof. Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br

27

PORTUGUÊS PARA O SENADO FEDERAL (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 13. (FGV/SENADO

FEDERAL/ANALISTA

DE

SISTEMAS/2008



adaptada)

“‘Podemos caracterizar as economias bem-sucedidas do pós-guerra, mas não podemos apontar com segurança os fatores que selaram seu êxito nem os fatores sem os quais elas poderiam ter sido exitosas.’” (L.60-63) A respeito do trecho acima, analise os itens a seguir: I.

O antônimo de bem-sucedidas é “malsucedidas”.

II.

A palavra pós-guerra é grafada com hífen, assim como toda palavra que trouxer o prefixo "pós-".

Comentário – Item I: o contrário de bem é mal, que não deve ser confundido com mau, contrário de bom (falarei mais desse aspecto algumas linhas abaixo). A respeito do uso ou não do hífen, não consta nas regras que ele será usado quando a palavra seguinte iniciar-se por S. Também não há necessidade de duplicar a consoante, pois a integridade fonética é preservada mesmo com a junção dos elementos. Item II: o erro está na parte final da assertiva. Usa-se hífen com os prefixos pré, pós, pró (tônicos e acentuados com autonomia): pró-labore, pós-operatório, pré-história etc. Se os prefixos não forem autônomos, não haverá hífen: predeterminado, pressupor, pospor, propor. Resposta – Item I: certo; item II: errado.



Regras Novas Prefixos

Usa hífen Quando

Agro, ante, anti, arqui, auto, contra, extra, infra, intra, macro, mega, micro, maxi, mini,

semi,

sobre,

tele, ultra...

supra,

a

Não usa hífen palavra a) Em todos os demais

seguinte começa com h casos:

ou com vogal igual à autossustentável, última do prefixo: auto- autoanálise, -hipnose, -observação,

auto- autocontrole, anti-herói, antirracista, antissocial,

anti-imperalista, -ondas, mini-hotel

Prof. Albert Iglésia

autorretrato,

micro- antivírus, minidicionário, minissaia, minirreforma,

www.pontodosconcursos.com.br

28

PORTUGUÊS PARA O SENADO FEDERAL (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA ultrassom...

(perceba

que as letras R e S são duplicadas). b) Quando se usam os prefixos

des-

e

in-,

caem o h e o hífen: desumano,

inabitável,

desonra, inábil. c)

Também

com

os

prefixos co- e re- caem o h e o hífen: coordenar, coerdeiro,

coabitar,

reabilitar,

reeditar,

reeleição. Quando Hiper, inter, super

a

palavra

seguinte começa com h ou com r: super-homem, inter-regional Quando

Sub

a

palavra

seguinte começa com b, h ou r: sub-base, sub-reino, sub-humano

Em

todos

os

casos:

demais

hiperinflação,

supersônico Em

todos

casos:

os

demais

subsecretário,

subeditor Admite-se

ainda

subumano

Sempre: vice-rei, vice-presidente, além-mar, alémtúmulo,

aquém-mar,

ex-aluno,

ex-diretor,

Vice, ex, sem, além, aquém, ex-hospedeiro,

ex-prefeito,

ex-presidente,

recém, pós, pré, pró

pré-história,

pré-vestibular,

recém-casado,

recém-nascido,

pós-graduação, pró-europeu, sem-terra

Pan, circum, mal Prof. Albert Iglésia

Quando

a

palavra Em

todos

seguinte começa com h, casos: www.pontodosconcursos.com.br

os

demais

pansexual, 29

PORTUGUÊS PARA O SENADO FEDERAL (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA m, n ou vogais: pan- circuncisão americano,

circum-

hospitalar Quero enfatizar as seguintes mudanças: 1 – Com prefixos, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por h. Exemplos:

anti-higiênico,

anti-histórico,

macro-história,

mini-hotel, proto-história, sobre-humano, super-homem, ultra-humano. 2 – Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da vogal com que se inicia o segundo elemento. Exemplos: aeroespacial, agroindustrial, anteontem, antiaéreo, antieducativo, autoaprendizagem, autoescola, autoestrada, autoinstrução, coautor, coedição, extraescolar,

infraestrutura,

plurianual,

semiaberto,

semianalfabeto,

semiesférico, semiopaco. 3 – Quando o prefixo termina por consoante, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma consoante. Exemplos:

hiper-requintado,

inter-racial,

inter-regional,

sub-bibliotecário,

super-racista, super-reacionário, super-resistente, super-romântico. 4 – Quando o prefixo termina por consoante, não se usa o hífen se o segundo elemento começar por vogal. Exemplos: hiperacidez, hiperativo, interescolar, interestadual, interestelar, interestudantil,

superamigo,

superaquecimento,

supereconômico,

superexigente, superinteressante, superotimismo.

ATENÇÃO! Torno a dizer que, em virtude do período de transição, todos nós podemos usar as duas regras ortográficas até 31 de dezembro de 2012. Sendo assim, fique atento porque as bancas examinadoras tentarão confundi-lo. Possivelmente, elaborarão questões em que se substitui uma Prof. Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br

30

PORTUGUÊS PARA O SENADO FEDERAL (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA forma pela outra. Em seguida, perguntarão se “quanto à correção gramatical e à coerência textual, a alteração feita traz prejuízo ao texto”. Quando se tratar de mera adequação às novas regras, a alteração é facultativa por enquanto.

14. (FGV/SENADO

FEDERAL/ANALISTA

CONTÁBIL/2008)

A

palavra

megadiversidade foi grafada corretamente no texto. Assinale a alternativa em que, compondo-se palavra com o elemento mega-, obedeceu-se às regras de ortografia. (A) mega-homenagem (B) megaipótese (C) mega sucesso (D) megaritual (E) mega-evento Comentário – Aqui é preciso proceder com muita atenção. Note que a questão deve ser analisada conforme o sistema ortográfico antigo. a)

O elemento mega- não se ligava ao vocábulo seguinte por meio de hífen: megaevento. Isso foi mantido pelo novo Acordo Ortográfico.

b)

Nos casos em que o segundo elemento fosse iniciado pelas consoantes R e S, deveríamos duplicar o emprego delas: megarritual, megassucesso. Isso também foi mantido pelo novo Acordo Ortográfico.

c)

Nos casos em que o segundo elemento fosse iniciado pela letra H, esta desaparecia e os elementos uniam-se sem hífen: megaipótese, megaomenagem. Isso foi mudado pelo novo Acordo Ortográfico. Atualmente o H é mantido; e o

hífen,

empregado:

mega-hipótese;

mega-

-homenagem. Resposta – B Prof. Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br

31

PORTUGUÊS PARA O SENADO FEDERAL (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA EMPREGO DO HÍFEN NA COMPOSIÇÃO A regra geral para palavras compostas é que se deve empregar o hífen APENAS SE OS SEUS ELEMENTOS FORMADORES (palavras que formam o composto) PERDERAM SUA SIGNIFICAÇÃO INDIVIDUAL para que a palavra composta adquirisse um significado único. Observe os exemplos seguintes. Abaixo assinado x abaixo-assinado Mesa redonda x mesa-redonda testa de ferro x testa-de-ferro Sem o hífen, as palavras mantêm seu significado individual. Abaixo assinado – indivíduo que subscreve, que assina abaixo de um texto ou reivindicação. Mesa redonda – é uma mesa de formato redondo. Nas palavras compostas, nas quais o hífen é usado, repare que OS ELEMENTOS FORMADORES PERDEM SUA SIGNIFICAÇÃO INDIVIDUAL para que a palavra composta formada adquira um significado completamente novo. Abaixo-assinado – é o documento que normalmente contém um texto ou reivindicação assinada por várias pessoas. Mesa-redonda – é uma reunião destinada a debater determinado assunto. Fique de olho agora nas regras estabelecidas pelo atual Acordo Ortográfico. 1.

Usa-se o hífen quando, nos COMPOSTOS SEM ELEMENTO DE LIGAÇÃO

(de, da, do etc.), o primeiro termo é um substantivo, adjetivo, numeral ou verbo. abaixo-assinado, amor-perfeito, água-marinha, ano-luz, arco-íris, beija-flor,

decreto-lei,

mesa-redonda, Prof. Albert Iglésia

joão-ninguém,

tenente-coronel,

médico-cirurgião,

tio-avô,

www.pontodosconcursos.com.br

zé-povinho, 32

PORTUGUÊS PARA O SENADO FEDERAL (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA afro-brasileiro, azul-escuro, amor-perfeito, boa-fé, guarda-costas, guarda-noturno, sempre-viva,

má-fé,

mato-grossense,

sobrinha-neta,

norte-americano,

sul-africano,

verbo-nominal,

primeiro-ministro, segundo-sargento, segunda-feira, conta-gotas, guarda-chuva,

vaga-lume,

porta-aviões,

porta-retrato,

porta-moedas etc. As palavras iniciadas por afro, anglo, euro, franco, indo, luso, sino e outros adjetivos pátrios, reduzidos ou não, seguidos por outros adjetivos pátrios, serão grafadas com hífen: afro-americano,

luso-brasileiro,

anglo-saxão,

euro-asiático,

euro-afro-americano, greco-romano, latino-americano etc. Observação: indo-chinês se refere à Índia e à China, mas indochinês se refere à Indochina, assim como centro-africano se refere à porção central da África, enquanto centroafricano se refere à República Centroafricana. Os compostos em que há uso de apóstrofo no elemento de ligação entre as palavras também serão grafados com hífen: cobra-d'água, mãe-d'água, olho-d'água, mestre-d'armas. O novo Acordo Ortográfico não trata especificamente de compostos formados de palavras repetidas ou parecidas; mas, por analogia, esses compostos se acomodam na primeira regra e, por isso, são hifenizados: blá-blá-blá, reco-reco, lenga-lenga, zum-zum-zum, tico-tico, xiquexique, zás-trás, zigue-zague, pingue-pongue, tique-taque. Emprega-se o hífen quando a primeira palavra for além, aquém, recém, bem e sem: além-mar,

aquém-mar,

recém-casado,

recém-eleito,

recém-

nascido, bem-aventurado, bem-estar, bem-humorado, bem-criado, bem-dizer, bem-mandado, bem-nascido, bem-vestido, bem-vindo, bem-visto, sem-número, sem-vergonha, sem-terra. Prof. Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br

33

PORTUGUÊS PARA O SENADO FEDERAL (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Em alguns casos, o advérbio bem se junta à segunda palavra, sem uso do hífen: benfeitor, benfeitoria, benquerer, benquisto, etc.

2.

Tratando-se de nomes geográficos, emprega-se o hífen em qualquer dos casos abaixo: – iniciados por Grã e Grão: Grã-Bretanha, Grão-Pará; – iniciados por forma verbal: Abre-Campo, Passa-Quatro, QuebraCostas, Quebra-Dentes; – ligados por artigo: Baía de Todos-os-Santos, Entre-os-Rios, Trásos-Montes. Os demais nomes geográficos compostos grafam-se sem hífen: América do Sul, Belo Horizonte, Cabo Verde etc. Exceção: Guiné-Bissau Os adjetivos gentílicos, que são adjetivos que se referem ao local

de nascimento, quando derivados de nomes compostos, serão hifenizados: belo-horizontino (Belo Horizonte) cabo-verdiano (Cabo Verde) americano-do-sul (América do Sul) mato-grossense (Mato Grosso) mato-grossense-do-sul (Mato Grosso do Sul) juiz-forano (Juiz de Fora) cruzeirense-do-sul (Cruzeiro do Sul) 3.

O hífen também é empregado em nomes compostos de espécies botânicas e zoológicas: Andorinha-do-mar,

bem-me-quer,

bem-te-vi,

coco-da-baía,

couve-flor, dente-de-leão, erva-doce, fava-de-santo-inácio, feijãoverde, joão-de-barro, lesma-de-conchinha, vassoura-de-bruxa etc.

Prof. Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br

34

PORTUGUÊS PARA O SENADO FEDERAL (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Atenção! Se o significado da palavra composta for outro, o hífen não será usado. não-me-toques (espécie de planta) Ela é cheia de não me toques. (melindres, frescuras) O hífen também é usado para ligar palavras que se combinam para formar encadeamentos vocabulares. A ponte Rio-Niterói; o trecho Paraná-Goiás; a divisa Liberdade-Igualdade-Fraternidade; o acordo Brasil-Inglaterra; a liga Itália-França-Alemanha. EMPREGO DE SIGLAS Antes de passarmos às regras de acentuação, devo comentar com você o emprego de siglas, assunto que a FGV também gosta de explorar em suas provas. Vejamos a questão abaixo.

15. (FGV/JUIZ/TJ-MS/2008) Utilizou-se corretamente a regra moderna de grafia de siglas em OMC (L.12), ONU (L.28) e FMI (L.29). Assinale a alternativa em que isso não tenha ocorrido. (A) AGU (B) ADI (C) Emerj (D) EMATRA (E) PIS Comentário – Na prática, eliminam-se modernamente os pontos abreviativos nas siglas, pois o propósito delas é poupar tempo e espaço.

Prof. Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br

35

PORTUGUÊS PARA O SENADO FEDERAL (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Siglas formadas por até três letras (independentemente de serem elas vogais ou consoantes) são grafadas com iniciais maiúsculas: AGU, ADI, PIS. Siglas expressas por quatro letras ou mais devem observar os seguintes preceitos: a)

se a sigla é pronunciada como se um vocábulo fosse, isto

é, com a presença de uma vogal por sílaba, grafa-se a inicial maiúscula e o restante em minúscula: Ematra, Emerj, Embrapa, Ematur, Embratel etc; b)

se a sigla não é silabável, todas as letras são escritas em

maiúscula: PSDB, FGTS, IPTU etc. Resposta – D

Acentuação Gráfica A partir de agora, vamos mudar o foco da aula para falarmos sobre acentuação gráfica, que também é mais um tópico do programa. Novamente, apresentarei as regras antigas e as novas. Tudo da forma mais clara e objetiva possível. Comecemos assim: REGRAS GERAIS DE ACENTUAÇÃO GRÁFICA O propósito delas é sistematizar a leitura das palavras de nossa língua; assim sendo, baseiam-se na posição da sílaba tônica, no timbre da vogal, nos padrões prosódicos menos comuns da língua. Em relação aos vocábulos: 1 – MONOSSÍLABOS TÔNICOS Æ o acento é empregado naqueles terminados por A(S), E(S) ou O(S) Ex.: Elas são más. / Pisaram o meu pé. / Ninguém ficará só. CUIDADO! Quando os prefixos PRÉ e PRÓ vierem separados por hífen, eles serão acentuados: pré-técnico, pró-labore. Quando

não

estiverem,

não

serão

acentuados:

pressentir,

prosseguir. Prof. Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br

36

PORTUGUÊS PARA O SENADO FEDERAL (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Nas formas verbais terminadas em R, S ou Z e seguidas por pronomes oblíquos átonos A(s) ou O(S), essas consoantes são suprimidas, as vogais A, E ou O da terminação verbal recebem acento gráfico e os pronomes oblíquos átonos A(S) ou O(S) recebem a letra “L”: dar + o = dá-lo; pôs + os = pô-los; fez + a = fê-la. 2 – OXÍTONOS (a sílaba tônica da palavra é a última) Æ usa-se o acento quando terminarem em A(S), E(S), O(S), EM, ENS: Ex.: cajá, cafés, cipó, armazém, armazéns CUIDADO! Os vocábulos oxítonos terminados por I ou U não serão acentuados, salvo se estiverem em hiato. Ex.: Bangu – Grajaú // dividi-lo – construí-lo 3 – PAROXÍTONOS (a sílaba tônica é a penúltima) Æ são acentuados aqueles que terminam em I(S), U(S), Ã(S), ÃO(S), UM, UNS, L, N, R, X, PS, DITONGO ORAL. Ex.: júri, íris, vírus, ímã, órfãs, órgão, sótãos, médium, álbuns, amável, abdômen, mártir, látex, bíceps, íon, ions, vôlei, jóquei, história, gênio. CUIDADO! Não serão acentuados os vocábulos paroxítonos terminados por EM ou ENS: item, itens, hifens (mas: hífen ou hífenes), polens (mas: pólen ou pólenes) Os prefixos paroxítonos terminados por I ou R não serão acentuados: semi-histórico, super-homem. 4 – PROPAROXÍTONOS (a sílaba tônica é a antepenúltima) Æ todos são acentuados. Ex.: histórico, cântico, lâmpada, hífenes, pólenes.

16. (FGV/SERC-MS/Analista de TI/2006) Assinale a alternativa em que o vocábulo não tenha sido acentuado pela mesma regra que os demais. (A) atrás Prof. Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br

37

PORTUGUÊS PARA O SENADO FEDERAL (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA (B) lá (C) ninguém (D) vovó (E) você Comentário – O monossílabo tônico lá destoa dos demais vocábulos, que são oxítonos terminados em “-ás”, “-em”, “-ó” e “-ê”, respectivamente. Resposta – B

17. (FGV/CODESP/NÍVEL SUPERIOR/2010) Assinale a palavra que tenha sido acentuada por regra DISTINTA das demais. (A) relógio (L.47) (B) deficiências (L.23) (C) distância ( L.58) (D) nível (L.4) (E) níveis (L.66) Comentário – Você perceberá como esse assunto é recorrente nas provas da FGV. As questões não são difíceis, mas requerem atenção. Se você achou que a palavra “níveis” deveria corresponder ao gabarito porque não é paroxítona terminada em ditongo crescente como “relógio”, “deficiências” e “distância”, deve ter errado. Peço que volte à explicação sobre as regras de acentuação das paroxítonas e releia o que eu disse naquela parte da aula: DITONGO ORAL, exatamente o que a FGV entendeu (você verá na próxima questão que esse entendimento não é recente, já vem de outros anos). A

palavra

“nível”

é

a

única

paroxítona

cuja

regra

de

acentuação destoa da demais. Resposta – D

18. (FGV/SENADO FEDERAL/ANALISTA DE SISTEMAS/2008) A palavra êxito (L.62) recebeu acento por se tratar de proparoxítona. Nas alternativas a Prof. Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br

38

PORTUGUÊS PARA O SENADO FEDERAL (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA seguir, em que todas as palavras estão propositalmente grafadas sem acento, uma naturalmente não receberia acento por não se tratar de proparoxítona. Assinale-a. (A) interim. (B) rubrica. (C) recondito. (D) arquetipo. (E) lugubre. Comentário – A banca explorou uma corriqueira confusão que muitas pessoas fazem ao pronunciar certas palavras (o significado delas aqui é o que menos importa). O conhecimento da pequena lista abaixo facilitaria a vida dos candidatos. Oxítonas

Paroxítonas

Proparoxítonas

cateter

austero

ádvena

Cister

avaro

aeródromo

condor

aziago

aerólito

Nobel

gratuito

aríete

negus

fortuito

arquétipo

novel

ibero

crisântemo

Gibraltar

batavo

édito (ordem judical)

hangar

ciclope

elétrodo

obus

látex

hieróglifo

oximel

maquinaria

ímprobo

masseter

edito (lei, decreto)

ínterim

mister

filantropo

lêvedo

ureter

misantropo

lúgubre

necromancia

munícipe

rubrica

notívago (ou noctívago)

nenúfar

protótipo

pudico

recôndito

Prof. Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br

39

PORTUGUÊS PARA O SENADO FEDERAL (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA recorde

trânsfuga vermífugo zênite

Resposta – B

Nós,

1

países

chefes

Bolívia, como

10

a

cidade o

de

nos

de

unem,

e

características

próprias

identidades,

que

de

os

Cruz

Conferência

de

de

21

la

Sierra,

continuar

a

Ibero-Americana

de

cooperação

concertamento

vínculos cada

permitem

dos

XIII

propósito

admitindo, de

Governo

na

Santa

nosso

diálogo,

aprofundando

e

reunidos

Comunidade

fórum

político, que

na

reiteramos

fortalecer

7

Estado

ibero-americanos,

Ibero-Americana, 4

de

e

históricos ao

uma

mesmo das

reconhecer-nos

Nações

e

culturais

tempo,

nossas

as

múltiplas

como

uma

unidade na diversidade. [...] Na trilha de Salvador: a inclusão social pela via do trabalho decente. Brasília: MTE, Assessoria Internacional, 2004, p. 27, 30 e 35 (com adaptações).

19. (CESPE/MTE/AGENTE ADMINISTRATIVO/2008) De acordo com as regras de acentuação gráfica da língua portuguesa, a palavra “ibero-americanos” (l. 2) também poderia ser corretamente escrita da seguinte forma: íbero-americanos. Comentário – A palavra “ibero” é paroxítona terminada em “o”; por isso não recebe acento. Ela não possui dupla prosódia, ou seja, não há variação da sílaba tônica – como em “acrobata” (paroxítona) ou “acróbata” (proparoxítona) – para justificar sua pronúncia como uma proparoxítona. Resposta – Item errado.

Prof. Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br

40

PORTUGUÊS PARA O SENADO FEDERAL (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA REGRAS

ESPECIAIS

DE

ACENTUAÇÃO

GRÁFICA

(note

as

mudanças

introduzidas pelas novas regras) 1 – HIATOS a) Acentua-se a primeira vogal dos hiatos ÔO, ÊE. Ex.: vôo, enjôos, crêem, dêem, lêem, vêem. (3ª pessoa do plural dos verbos crer, dar, ler e ver) ATENÇÃO! De acordo com as novas regras, esses acentos deixam de existir: voo, enjoo, creem, deem, leem, veem. Mas até 31/12/2012 é possível usá-los.

b) As vogais I(S) e U(S), quando formarem a sílaba tônica e ocuparem a segunda posição do hiato, sozinhas ou acompanhadas de S. Ex.: saída, saúde, país, baús, incluí-lo. Compare com mia, via, lua, nua. Nessas palavras, as vogais I e U não ocupam a segunda posição do hiato, ainda que constituam a sílaba tônica.

CUIDADO! Se as vogais I ou U formarem sílabas com L, M, N, R, Z ou vierem seguidas de NH, não haverá acento gráfico: pa-ul, ru-im, a-in-da, sa-ir, ju-iz, ra-i-nha. Se as vogais I ou U formarem hiato com uma vogal idêntica, não se usará acento gráfico: xi-i-ta, va-di-i-ce, su-cu-u-ba (nome de uma planta). O acento só surgirá se a palavra for uma proparoxítona: fri-ís-si-mo.

ATENÇÃO! Conforme as novas regras, se essas vogais surgirem após ditongos e a palavra for paroxítona, não levarão acento: baiuca, feiura. Ressalto que até 31/12/2012 você decidirá se quer ou não usar o acento: baiúca, feiúra. Interessante é o que acontece, por exemplo, com o vocábulo Piauí. Observe que, agora, a vogal tônica I ocupa a última posição, ou seja, a palavra é oxítona. Casos como esse não foram atingidos pelas mudanças ortográficas. Prof. Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br

41

PORTUGUÊS PARA O SENADO FEDERAL (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Comércio exterior da Baixada Santista atinge US$ 1,6 bilhão no 12 trimestre O

comércio

Baixada

Santista,

para

trás

a

trimestre bilhão,

nove

exemplo

do que

reduziu

dois

anos.

os

negócios

de

fechados

na

região

37,76%

cidades

brasileiro,

últimos

ano,

montante

das

econômica

nos

do

exportação

a

crise

internacionais 5

exterior

do

deixou

as

trocas

No

primeiro

importação

somaram

maior

da

US$

que

o

e 1,668

registrado

no mesmo período do ano passado. Na 10

do que

comparação

ano a

passado,

do

nove

com

País

que

da

por

primeiro

variação

(30,65%),

cidades

responsáveis

a

o somou

2,15%

foi US$

região

trimestre melhor

77,56

bilhões.

metropolitana

dos

registros

do As

foram

de

negócio

para o mercado internacional. Os

15

dados

foram

divulgados

ontem Indústria

Estas

são

informações importância

de

comercial pelo

Ministério

e

um cada

brasileira do

Comércio

parâmetro cidade

(MDIC).

para

para

se

medir

o

comércio

os

números

exterior brasileiro. No são

caso com

empresas podem

da

Baixada

amplificados

proximidade

25

balança

Desenvolvimento, a 20

da

e

mercadorias,

naturalmente o

Porto

órgãos

promover

Santista, de

conforme

Santos,

públicos

despachos

de e

suas

devido cada

à

pelo

qual

município

desembaraços necessidades

de e

contando com maior facilidade. (Samuel Rodrigues. A Tribuna. Santos, 16 de abril de 2010)

Prof. Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br

42

PORTUGUÊS PARA O SENADO FEDERAL (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 20. (FGV/CODESP/TÉC. EM INFORMÁTICA/2010) No texto, há casos de palavras acentuadas por regras diferentes. Nas alternativas a seguir, encontram-se exemplos das regras presentes no texto, À EXCECÃO DE UMA. Assinale-a. (A) Panamá (B) rádio (C) parágrafo (D) saúde (E) fé Comentário – Depois do que já vimos até aqui sobre regras de acentuação, você tem condições assinalar corretamente a resposta certa. Alternativa A: a acentuação de Panamá enquadra-se nas regras das oxítonas. Incrivelmente, não existe no texto nenhuma palavra acentuada pela mesma regra. Esta opção, por conseguinte, é a que você deve ter marcado – eu creio. Ou vai me dizer que você pensou que “País” (l. 11) também recebe acento pelo mesmo motivo? Se isso aconteceu, volte às regras dos hiatos, item “b”. Alternativa B: em rádio, o acento foi usado porque a palavra é paroxítona

terminada

em

ditongo

oral,

a

exemplo

de

“municípios”,

“negócios”, “comércio”, “responsáveis”, “ministério”, “indústria”, “importância”. Alternativa C: parágrafo é proparoxítona, e todas devem ser acentuadas: “públicos”, “parâmetros”, “últimos”, “econômica”, “período”, “números”. Alternativa D: agora você pode fundamentar sua resposta na regra dos hiatos (item “b”). A exemplo de saúde (aliás, foi este o exemplo que usei na minha explicação), é acentuado o vocábulo “País”. Alternativa E: lembre-se de que os monossílabos tônicos terminados em a(s), e(s) ou o(s) são acentuado, como fé e “trás” (l. 3). Resposta – A

Prof. Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br

43

PORTUGUÊS PARA O SENADO FEDERAL (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 21. (FGV/BESC/NÍVEL SUPERIOR/2004) Assinale a alternativa em que a palavra NÃO siga a mesma regra de acentuação que “óbvio” (L.19). (A) necessário (L.8) (B) juízes (L.24) (C) início (L.46) (D) cenário (L.47) (E) monetário (L.53) Comentário – Você já notou que o texto é dispensável, então vamos economizar tempo, papel e tinta. Sugiro que separemos as sílabas da palavra “óbvio”, com a indicação da sílaba tônica: ób-vio. Notou que ela é paroxítona terminada em ditongo oral? Faça o mesmo com as palavras constantes em A, C, D e E para constatar que elas também se enquadram na mesma regra. Agora

tomemos

a

palavra

juízes:

ju-í-zes.

“Professor,

ela

também

é

paroxítona!”, alguém deve ter gritado. Mas observe atentamente que nas regras das paroxítonas não existe razão para acentuar as que terminam em “es” (esse enquadramento é para as oxítonas). Em juízes, o acento agudo no -í- se deve à regra do hiato, item “b”. Resposta – B

22. (FGV/MEC/ADMINISTRADOR DE BANCO DE DADOS/2009) Assinale a alternativa em que a palavra tenha sido acentuada seguindo regra distinta das demais. (A) Amazônia (B) planetária (C) resistência (D) níveis (E) países Comentário – Achou algo parecido? Pois é, as questões se repetem mesmo, com leves mudanças. Até a palavra níveis é a mesma. Por quê? Provavelmente porque a banca sabe que muitos candidatos pensam logo no tal ditongo Prof. Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br

44

PORTUGUÊS PARA O SENADO FEDERAL (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA crescente. Mas reafirmo aqui o que disse antes: DITONGO ORAL, como em Amazônia, planetária e resistência. A palavra países recebe acento porque a vogal -í- representa a segunda vogal do hiato, constitui a sílaba tônica da palavra e está sozinha (poderia estar acompanhada de -s, como em país.). Resposta – E

23. (FGV/SENADO FEDERAL/ADVOGADO/2008) Assinale a alternativa em que a palavra indicada tenha sido acentuada por regra distinta das demais. (A) instituídas (L.4) (B) transparência (L.14) (C) remuneratório (L.6) (D) Judiciário (L.2) (E) Ministério (L.88) Comentário – Sem sombra de dúvidas – pois agora as palavras constantes nas opções B, C, D e E são realmente paroxítonas terminadas em ditongo crescente – você deve ter assinalado a palavra “instruídas”. Esta recai na regra descrita acima sobre hiato: ins-tru-í-das. Nunca é demais dizer que a regra é DITONGO ORAL, independentemente de ser crescente ou decrescente. Resposta – A

24. (FGV/POTIGÁS/CONTADOR JÚNIOR/2006) Assinale a alternativa em que a palavra tenha sido acentuada seguindo a mesma regra que país (L.9). (A) Bolívia (L.9) (B) gás (L.24) (C) pivô (L.59) (D) comércio (L.72) (E) reconstruí-la (l.77) Prof. Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br

45

PORTUGUÊS PARA O SENADO FEDERAL (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Comentário – Já está evidente que as palavras “Bolívia” e “comércio” são acentuadas por serem paroxítonas terminadas em ditongo oral. Também não é difícil perceber que “gás” é monossílaba tônica terminada em “as” e que “pivô” enquadra-se nas regras das oxítonas terminadas em -o(s). Restou a opção E, que trouxe a vogal -í- como a segunda do hiato existente em re-cons-tru-í-la, sendo ela mesma a sílaba tônica da palavra e estando sozinha na sílaba. É isso que também justifica a acentuação da palavra “país” (a diferença é que aqui a vogal está acompanha da consoante –s, mas isso é possível, conforme já expliquei). Permita-me “colocar mais lenha na fogueira”. Como você justificaria, por exemplo, os acentos nas palavras construí-la-íamos (= construiríamos + a) e construí-la-ás (= construirás + a)? Não vai dizer que você tremeu? Mantenha a calma e analise cada elemento separadamente: a)

construí-: já está claro o motivo do acento agudo (inclusive foi objeto do exercício que motivou esta discussão); -la-: pronome oblíquo átono não recebe acento (compare com o substantivo lá (nota musical) e o advérbio lá, ambos monossílabos tônicos; -íamos:

elemento

que

se

encaixa

nas

regras

das

proparoxítonas: todas são acentuadas. b)

construí-: não preciso mais explicar; -la-: também dispensa explicação; -às: monossílabo tônico, como pá, já, vá etc.

Resposta – E

25. (FGV/CAERN/AGENTE ADMINISTRATIVO/2010) Assinale a palavra que NÃO tenha sido acentuada pela mesma regra que as demais. (A) até (L.73) (B) está (L.44) Prof. Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br

46

PORTUGUÊS PARA O SENADO FEDERAL (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA (C) País (L.35) (D) biogás (L.55) (E) contará (L.60) Comentário – Já percebeu que o vocábulo “País” é figurinha marcada nas provas da FGV quando o assunto é acentuação? Na questão anterior, expliquei que o acento agudo fundamenta-se na regra dos hiatos, e não na regra das oxítonas, como “até”, “está”, “biogás” e “contará”. É bom ficar atento! Resposta – C

26. (FGV/TRE-PA/ANALISTA JUDICIÁRIO/2011) Assinale a palavra que tenha sido acentuada seguindo a mesma regra que distribuídos (L.8). (A) sócio (B) sofrê-lo (C) lúcidos (D) constituí (E) órfãos Comentário – O acento agudo em distribuídos fundamenta-se na regra dos hiatos: a vogal i é a segunda do hiato formado com a vogal u, constitui a sílaba tônica da palavra e está sozinha na sílaba. Semelhantemente, constituí (letra D) é acentuada pelo mesmo motivo. Cuidado para não confundir com a regra de acentuação das oxítonas. Estas são acentuadas se terminarem em A(S), E(S), O(S), EM, ENS. Alternativa A: paroxítona terminada em ditongo. Alternativa B: oxítona terminada em E. Alternativa C: toda proparoxítona é acentuada. Alternativa E: paroxítona terminada em ÃO(S). Resposta – D

2 – DITONGOS a)

ÉU, ÉI, ÓI: quando tônicos e abertos.

Prof. Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br

47

PORTUGUÊS PARA O SENADO FEDERAL (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Ex.: chapéu, assembléia, jibóia, céu, papéis. CUIDADO! Os ditongos abertos EU, EI e OI, quando não constituírem a sílaba tônica (formarem a sílaba subtônica), não serão acentuados: ceuzinho, pasteizinhos, anzoizinhos.

ATENÇÃO! O novo Acordo Ortográfico estabeleceu que esses ditongos não serão mais acentuados quando ocuparem a penúltima posição da sílaba, ou seja, quando o vocábulo for paroxítono: assembleia, jiboia, ideia, europeia, heroico. Ressalto que até 31/12/2012 é facultativo recorrer ao novo Acordo Ortográfico.

27. (FGV/POTIGAS/NÍVEL MÉDIO/2006) Assinale a alternativa em que o vocábulo tenha sido acentuado por regra distinta da dos demais. (A) família (L.2) (B) ciência (L.5) (C) possíveis (L.6) (D) conseqüência (L.13) (E) asteróides (L.22) Comentário – Olha o DITONGO ORAL aí de novo, gente! É isso o que justifica os acentos nas palavras paroxítonas constantes das alternativas A, B, C e D. Em “asteróide”, apesar de a palavra também ser paroxítona, o motivo da acentuação é outro: ditongo “-oi-” aberto e tônico. Esse acento deixou de existir por causa do novo Acordo Ortográfico, que o manteve apenas em palavras oxítonas e monossílabas: herói, mói (até 31/12/2012 é possível usá-lo). Contudo a prova foi em 2006, quando (quase) ninguém falava da mudança ortográfica. Resposta – E

Prof. Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br

48

PORTUGUÊS PARA O SENADO FEDERAL (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 28. (FGV/SSP-RJ/INSPETOR/2008 – adaptada) “E no alto da torre exibo-te o varal. Onde balança ao léu minh’alma” (versos 24 e 25). A respeito dos versos acima, julgue o item seguinte: o acento em “léu” se justifica como acento diferencial, para não se confundir com o verbo leu. Comentário – Isso é balela. O vocábulo “léu” é ditongo tônico e aberto; a forma verbal leu também é tônica, mas a pronúncia é fechada, como os pronomes possessivos seu, meu, teu. Resposta – Item errado.

3 – GUE e QUI a)

Diante de E ou I, a letra U que compõe os grupos GUE e QUI receberá

trema quando for pronunciada fracamente; sendo, pois, semivogal. Ex.: eloqüente, agüentar, pingüim, lingüiça. b)

Diante de E ou I, a letra U que compõe os grupos GUE e QUI receberá

acento agudo quando for pronunciada fortemente; sendo, pois, vogal. Ex.: averigúe, obliqúes, apazigúe. CUIDADO! Quando a letra U não for pronunciada, não receberá nenhum acento: quilo, quente. O que temos aqui é simplesmente um dígrafo representado pelas letras “qu”. Ainda que seja pronunciada, não receberá nenhum acento gráfico se estiver diante de A ou de O: água, quota (ou cota). ATENÇÃO! O trema foi abolido pelas novas regras. Também o foi o acento agudo no U tônico dos grupos GUE, GUI, QUE, QUI de verbos como averiguar, apaziguar, arguir, redarguir, enxaguar. Repito: até 31/12/2012 estaremos no período de transição, sendo aceitas as duas formas.

29. (FGV/SSP-RJ/PERITO/2009 – adaptada) Julgue a assertiva abaixo: Em “O público brasileiro tem ouvido, com alguma frequência, notícias a respeito de possível rebelião de países vizinhos contra aquilo que seus Prof. Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br

49

PORTUGUÊS PARA O SENADO FEDERAL (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA governantes chamam de dívidas ilegítimas.”, há uma palavra com grafia incorreta. Comentário – Muita gente escorregou aqui, pois acharam que o vocábulo “frequência”, sem trema, estava escrito erradamente. Contudo, os candidatos se esqueceram de que o novo Acordo Ortográfico passou a vigorar em 1º de janeiro de 2009. Como expliquei acima, o trema foi abolido por ele. Portanto o item deveria ter sido julgado incorreto. Resposta – Item errado.

4 – ACENTO DIFERENCIAL (com a vigência das novas regras, foi abolido, salvo algumas exceções, que estão destacadas abaixo; todavia o período de transição – que vai até 31/12/2012 – dá-nos a faculdade quanto ao uso) O acento diferencial (agudo ou circunflexo) é utilizado para distinguir uma palavra de outra que se grafa de igual maneira. A seguir, apresento uma pequena relação. Ele tem – eles têm (verbo TER na 3ª pessoa do plural do presente do indicativo) Ele vem – eles vêm (verbo VIR na 3ª pessoa do plural do presente do indicativo) ATENÇÃO! Repare que as formas TEM e VEM constituem monossílabos tônicos terminado por EM. Lembre-se de que apenas as terminações A(S), E(S) e O(S) recebem acento: má, fé, nó. É muito comum as bancas examinadoras explorarem questões envolvendo esses verbos. Elas relacionam, por exemplo, um sujeito no singular à forma verbal TÊM (com acento circunflexo mesmo) e perguntam se a concordância está correta. Obviamente, se a forma verbal empregada é TÊM, o sujeito deve ser representado por um nome plural. Fique atento para esse detalhe.

Prof. Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br

50

PORTUGUÊS PARA O SENADO FEDERAL (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Atente ainda para o fato de o acento circunflexo (diferencial) não ter sido abolido desses verbos nem de seus derivados. Portanto, continue a usá-lo. Ele detém – eles detêm (verbo DETER na 3ª pessoa do plural do presente do indicativo) Ele provém – eles provêm (verbo PROVIR na 3ª pessoa do plural do presente do indicativo) ATENÇÃO! Agora, a “pegadinha” é outra. As bancas gostam de explorar o motivo do acento nos pares detém/detêm, mantém/mantêm, provém/provêm, todos derivados dos verbos TER e VIR. Repare que a forma correspondente à terceira pessoa do singular recebe acento AGUDO em virtude de ser uma oxítona terminada por EM. Já a forma correspondente à terceira pessoa do plural recebe acento CIRCUNFLEXO para diferenciar-se do singular.

30. (FGV/BADESC/NÍVEL MÉDIO/2010) A palavra têm, na frase “estes últimos têm consciência plena” (L.46), recebe acento gráfico porque: (A) está no plural. (B) termina em consoante. (C) é monossílaba átona. (D) começa com consoante. (E) contém vogal aberta. Comentário – Ficou fácil responder a esta questão, não é mesmo? O verbo ter foi conjugado na terceira pessoa do plural para concordar com o sujeito: “estes últimos” (= eles). Esclareço que o verbo é tônico, e não átono conforme disse o examinador na opção C. Resposta – A Côa – côas (forma do verbo COAR) Coa – coas (contração entre a preposição com e o artigo a(s)) Prof. Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br

51

PORTUGUÊS PARA O SENADO FEDERAL (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Pára (flexão do verbo PARAR) Para (preposição) Péla (flexão do verbo PELAR) Pela (contração da preposição e artigo) Pêra (substantivo = fruta – no plural não leva acento: peras) Péra (substantivo = pedra) Pera (preposição arcaica) Pôde (3ª pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo) Pode (3ª pessoa do singular do presente do indicativo) ATENÇÃO! O novo acordo não aboliu o acento diferencial de PÔDE. Vocês devem usá-lo. Póla (substantivo = pancadaria) Pôla (substantivo = broto de árvore) Polo(a) (contração arcaica de preposição e artigo) Pólo (substantivo = cada uma das extremidades do eixo da Terra) Pôlo (substantivo = filhote de gavião) Pôr (verbo) Por (preposição) ATENÇÃO! O novo acordo também não aboliu o acento diferencial de PÔR. Vocês devem usá-lo. Fôrma (substantivo = molde) Forma (substantivo = disposição exterior de algo)

ATENÇÃO! É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/fôrma. Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais clara: Qual é a forma da fôrma do bolo?

Prof. Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br

52

PORTUGUÊS PARA O SENADO FEDERAL (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Não se esqueça de que o novo Acordo Ortográfico está em vigor e que a Academia Brasileira de Letras já lançou oficialmente o novo VOLP. Além disso, é importante lembrar que as regras antigas e novas conviverão até 30/12/2012. Fique com Deus e até a próxima aula! Professor Albert Iglésia

Prof. Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br

53

PORTUGUÊS PARA O SENADO FEDERAL (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Lista das Questões Comentadas 1.

(FGV/SENADO FEDERAL/ANALISTA DE SISTEMAS/2008) “Em primeiro lugar, não estão em xeque as inegáveis e insubstituíveis virtudes que os mercados possuem quando funcionam de maneira mais livre, sem interferências externas, na alocação dos recursos.” (L.37-40) No trecho acima, grafou-se corretamente a palavra xeque, de acordo com o sentido pretendido no texto. Assinale a alternativa em que não se tenha mantido correção gráfica ao utilizar a palavra destacada.

(A) Finalmente o enxadrista deu o xeque-mate. (B) Com ética e consciência cidadã, o povo dará um cheque à corrupção. (C) Chegou em visita ao Congresso o xeque árabe. (D) Porque estava sem talão, teve de pedir um cheque avulso. (E) Deixe que eu cheque a lista de passageiros.

[...] O 16

Muro

planejamento de

Berlim,

contrarreforma se 19

a

neoliberal

autorregulam.

desapareceu

caiu

com

descrédito

implosão

da

baseada

Seria a

em

no

ingênuo

recente

crise,

com

União mito pensar

mas,

que

a

queda

Soviética

dos

mercados

que ele

e

esse está

mal

do a que mito das

pernas, está. [...] Ignacy Sachs. Voltando ao planejamento. Internet: (com adaptações).

2.

(CESPE/ANEEL/CARGOS

DE

NÍVEL

SUPERIOR/2010)

O

sentido

da

expressão “mal das pernas” (l.19-20), característica da oralidade, seria prejudicado caso se substituísse “mal” por mau.

Prof. Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br

54

PORTUGUÊS PARA O SENADO FEDERAL (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 3.

(FGV/CODESP/ADVOGADO/2010) O aproveitamento das oportunidades que estão surgindo é valioso porque, além da realização pessoal na vida profissional, é um atalho para melhora dos níveis de renda e de bem-estar de fatias cada vez maiores da população brasileira. (L.63-67) No trecho acima, empregou-se corretamente uma das formas do porquê. Assinale a alternativa em que isso NÃO tenha ocorrido.

(A) Sem

ter

por

quê,

em

se

falando

de

habilidades,

discutir

mais

profundamente, calamo-nos. (B) Vamos destacar as habilidades por que somos conhecidos. (C) Ele esperava saber por que, naquele departamento, sua habilidade não era valorizada. (D) Porque nossa habilidade não era valorizada não íamos demonstrá-la? (E) Não conseguimos saber por quê, mas tentamos.

4.

(FGV/TRE-PA/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2011) Partidos devem ir às ruas explicar para os cidadãos por que existem e quais são suas propostas. (L.34-35) No período acima, empregou-se corretamente a forma POR QUE. Assinale a alternativa em que isso NÃO tenha ocorrido.

(A) O povo não entende por que os partidos políticos se esquivam de se apresentar claramente. (B) Nem sempre é fácil entender as modificações por que passam os partidos políticos. (C) As pessoas desejam entender por que, nas relações entre os partidos políticos, as alianças rapidamente se dissolvem. (D) Às vezes sem saber por que, o povo escolhe determinados candidatos para cargos importantes. (E) Na realidade, o povo sabe por que deve escolher bem seus representantes.

Prof. Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br

55

PORTUGUÊS PARA O SENADO FEDERAL (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA [...]

5.

(CESPE/EBC/CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR/2011) Na linha 26, “por que” poderia, sem prejuízo para a correção gramatical, ser grafado porque, em razão de estar empregado como conjunção causal, tal como ocorre em “mas o mandamento de agir unicamente porque se trata de um dever” (L.31-32).

6.

(CESPE/CORREIOS/AGENTE DE CORREIOS/2011 – adaptada) Na opção a seguir, é apresentado trecho adaptado de texto extraído do sítio dos Correios na Internet. Julgue-a quanto à correção gramatical. O progresso comercial advindo da chegada da família real no novo mundo abriu caminhos afim de que o serviço postal se desenvolvesse. Esse fato permitiu a elaboração do primeiro Regulamento Postal do Brasil, o funcionamento regular dos Correios Marítimos e a emissão de novos decretos que criassem os Correios Interiores.

Com

1

apresenta

4

um

alto

cerca

de

como

advertem

muito

a

grau

de

urbanização,

80%

da

população

estudiosos

do

assunto,

aprender

sobre

crescimento

e

o

nas o

Brasil

cidades,

país

mas,

ainda

planejamento

já tem

urbanos.

[...] o alerta: onde morar em metrópoles? É melhor optar por uma 28

casa

ou

Prof. Albert Iglésia

um

apartamento

o

mais

distante

possível

www.pontodosconcursos.com.br



a

dois 56

PORTUGUÊS PARA O SENADO FEDERAL (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA quarteirões,

no

mínimo



das

ruas

e

avenidas

mais

movimentadas. [...] Gazeta do Povo (PR), 8/1/2009 (com adaptações).

7.

(CESPE/DETRAN-DF/ANALISTA/2009) A substituição de “cerca de” (l.2) por acerca de manteria a correção gramatical do período.

8.

(CESPE/DETRAN-DF/ANALISta/2009) Manteria a correção gramatical e o sentido do texto a inserção de há dois quarteirões no lugar de “a dois quarteirões” (l.28-29).

No

1

difícil

mundo

reconstituir

moderno as

em

que

sensações,

as

vivemos,

impressões

é

certamente

que

tiveram

os

primeiros homens em contato com a natureza. [...] José Leite Lopes. Tempo = espaço = matéria. In: Adauto Novaes (Org.). Tempo e História. São Paulo: Companhia das Letras, 1996, p. 167 (com adaptações).

9.

(CESPE/ANTAQ/ESPECIALISTA – ECONOMIA/2009) No desenvolvimento da textualidade, a substituição do trecho “em que vivemos” (l.1) por no qual vivemos ou por onde vivemos não acarreta prejuízo para a coerência nem para a correção gramatical do texto.

Nossos

1

do

país

obra 4

E

no

do

qual

acaso

constrói-se

vezes,

até

concepções 7

projetos

no

vida

vivemos. ou

da

meio

violentos de

de



E

dependem o

futuro

fatalidade. de

entre

muito

grupos

desenvolvimento

de

Uma

embates e

muito

com

um

nação

do país se

intensos visões

interesses

futuro não

é

constrói. —

de

e,

às

futuro,

distintos

e

conflitantes. [...] Plínio Arruda Sampaio. O Brasil em construção. In: Márcia Kupstas (Org.). Identidade

Prof. Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br

57

PORTUGUÊS PARA O SENADO FEDERAL (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA nacional em debate. São Paulo: Moderna, 1997, p. 27-9 (com adaptações).

10. (CESPE/MJ-DPF/AGENTE/2009) Na linha 2, mantendo-se a correção gramatical do texto, pode-se empregar em que ou onde em lugar de “no qual”.

11. (FGV/SEFAZ-RJ/FISCAL

ICMS/2007)

Em

antimaterialista,

utilizou-se

corretamente a regra de emprego do hífen com o prefixo anti-. Assinale a alternativa em que isso não tenha ocorrido. (A) anti-higiênico (B) antiaéreo (C) anti-rábico (D) anti-semita (E) anti-inflacionário

12. (FGV/SENADO FEDERAL/ADVOGADO/2008) Em não-efetivação (L.33), utilizou-se corretamente o hífen. Das palavras abaixo, somente uma está correta. Assinale-a. (A) sócio-ambiental (B) tele-reportagem (C) macro-encefalia (D) trans-humano (E) sub-reptício

13.

(FGV/SENADO FEDERAL/ANALISTA DE SISTEMAS/2008 – adaptada) “‘Podemos caracterizar as economias bem-sucedidas do pós-guerra, mas não podemos apontar com segurança os fatores que selaram seu êxito nem os fatores sem os quais elas poderiam ter sido exitosas.’” (L.60-63) A respeito do trecho acima, analise os itens a seguir:

Prof. Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br

58

PORTUGUÊS PARA O SENADO FEDERAL (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA I.

O antônimo de bem-sucedidas é “malsucedidas”.

II.

A palavra pós-guerra é grafada com hífen, assim como toda palavra que trouxer o prefixo "pós-".

14. (FGV/SENADO

FEDERAL/ANALISTA

CONTÁBIL/2008)

A

palavra

megadiversidade foi grafada corretamente no texto. Assinale a alternativa em que, compondo-se palavra com o elemento mega-, obedeceu-se às regras de ortografia. (A) mega-homenagem (B) megaipótese (C) mega sucesso (D) megaritual (E) mega-evento

15. (FGV/JUIZ/TJ-MS/2008) Utilizou-se corretamente a regra moderna de grafia de siglas em OMC (L.12), ONU (L.28) e FMI (L.29). Assinale a alternativa em que isso não tenha ocorrido. (A) AGU (B) ADI (C) Emerj (D) EMATRA (E) PIS

16. (FGV/SERC-MS/Analista de TI/2006) Assinale a alternativa em que o vocábulo não tenha sido acentuado pela mesma regra que os demais. (A) atrás (B) lá (C) ninguém Prof. Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br

59

PORTUGUÊS PARA O SENADO FEDERAL (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA (D) vovó (E) você

17. (FGV/CODESP/NÍVEL SUPERIOR/2010) Assinale a palavra que tenha sido acentuada por regra DISTINTA das demais. (A) relógio (L.47) (B) deficiências (L.23) (C) distância ( L.58) (D) nível (L.4) (E) níveis (L.66)

18. (FGV/SENADO FEDERAL/ANALISTA DE SISTEMAS/2008) A palavra êxito (L.62) recebeu acento por se tratar de proparoxítona. Nas alternativas a seguir, em que todas as palavras estão propositalmente grafadas sem acento, uma naturalmente não receberia acento por não se tratar de proparoxítona. Assinale-a. (A) interim. (B) rubrica. (C) recondito. (D) arquetipo. (E) lugubre.

Nós,

1

países

chefes

Bolívia,

7

na

a

fórum

político,

Prof. Albert Iglésia

o

diálogo,

aprofundando

de

nosso

Comunidade de

e

de

reunidos

cidade

reiteramos

fortalecer como

Estado

ibero-americanos,

Ibero-Americana, 4

de

os

Santa

Governo

na

dos

XIII Cruz

propósito

de

21

Conferência

de

la

Sierra,

continuar

a

Ibero-Americana

de

cooperação

concertamento

vínculos

e

históricos

www.pontodosconcursos.com.br

e

Nações culturais 60

PORTUGUÊS PARA O SENADO FEDERAL (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA que

10

nos

unem,

e

características

próprias

identidades,

que

admitindo, de

cada

permitem

ao

mesmo

uma

das

tempo,

nossas

reconhecer-nos

as

múltiplas

como

uma

unidade na diversidade. [...] Na trilha de Salvador: a inclusão social pela via do trabalho decente. Brasília: MTE, Assessoria Internacional, 2004, p. 27, 30 e 35 (com adaptações).

19. (CESPE/MTE/AGENTE ADMINISTRATIVO/2008) De acordo com as regras de acentuação gráfica da língua portuguesa, a palavra “ibero-americanos” (l. 2) também poderia ser corretamente escrita da seguinte forma: íbero-americanos.

Comércio exterior da Baixada Santista atinge US$ 1,6 bilhão no 12 trimestre O

comércio

Baixada

Santista,

para

trás

a

trimestre bilhão,

nove

exemplo

do que

reduziu

dois

anos.

os

negócios

de

fechados

na

37,76%

região

cidades

brasileiro,

últimos

ano,

montante

das

econômica

nos

do

exportação

a

crise

internacionais 5

exterior

do

deixou

as

No

trocas primeiro

importação

somaram

maior

da

que

US$ o

e 1,668

registrado

no mesmo período do ano passado. Na 10

do que

comparação

ano a

passado,

do

nove

com

País

(30,65%),

cidades

responsáveis

a

por

da

o

primeiro

variação que

somou

região

2,15%

dos

foi US$

trimestre melhor

77,56

bilhões.

metropolitana registros

do

de

As

foram negócio

para o mercado internacional. 15

Os foram

Prof. Albert Iglésia

dados divulgados

da

balança ontem

comercial pelo

www.pontodosconcursos.com.br

Ministério

brasileira do 61

PORTUGUÊS PARA O SENADO FEDERAL (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Desenvolvimento,

Indústria

Estas

são

a 20

informações importância

um cada

Comércio

parâmetro cidade

(MDIC).

para

para

se

medir

o

comércio

os

números

exterior brasileiro. No são

caso com

empresas podem

da

Baixada

amplificados

proximidade

25

de

e

e

mercadorias,

naturalmente o

Porto

órgãos

promover

Santista, de

conforme

Santos,

públicos

despachos

de e

suas

devido cada

à

pelo

qual

município

desembaraços necessidades

de e

contando com maior facilidade. (Samuel Rodrigues. A Tribuna. Santos, 16 de abril de 2010)

20. (FGV/CODESP/TÉC. EM INFORMÁTICA/2010) No texto, há casos de palavras acentuadas por regras diferentes. Nas alternativas a seguir, encontram-se exemplos das regras presentes no texto, À EXCECÃO DE UMA. Assinale-a. (A) Panamá (B) rádio (C) parágrafo (D) saúde (E) fé

21. (FGV/BESC/NÍVEL SUPERIOR/2004) Assinale a alternativa em que a palavra NÃO siga a mesma regra de acentuação que “óbvio” (L.19). (A) necessário (L.8) (B) juízes (L.24) (C) início (L.46) (D) cenário (L.47) (E) monetário (L.53) Prof. Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br

62

PORTUGUÊS PARA O SENADO FEDERAL (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 22. (FGV/MEC/ADMINISTRADOR DE BANCO DE DADOS/2009) Assinale a alternativa em que a palavra tenha sido acentuada seguindo regra distinta das demais. (A) Amazônia (B) planetária (C) resistência (D) níveis (E) países

23. (FGV/SENADO FEDERAL/ADVOGADO/2008) Assinale a alternativa em que a palavra indicada tenha sido acentuada por regra distinta das demais. (A) instituídas (L.4) (B) transparência (L.14) (C) remuneratório (L.6) (D) Judiciário (L.2) (E) Ministério (L.88)

24. (FGV/POTIGÁS/CONTADOR JÚNIOR/2006) Assinale a alternativa em que a palavra tenha sido acentuada seguindo a mesma regra que país (L.9). (A) Bolívia (L.9) (B) gás (L.24) (C) pivô (L.59) (D) comércio (L.72) (E) reconstruí-la (l.77)

25. (FGV/CAERN/AGENTE ADMINISTRATIVO/2010) Assinale a palavra que NÃO tenha sido acentuada pela mesma regra que as demais. (A) até (L.73) Prof. Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br

63

PORTUGUÊS PARA O SENADO FEDERAL (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA (B) está (L.44) (C) País (L.35) (D) biogás (L.55) (E) contará (L.60)

26. (FGV/TRE-PA/ANALISTA JUDICIÁRIO/2011) Assinale a palavra que tenha sido acentuada seguindo a mesma regra que distribuídos (L.8). (A) sócio (B) sofrê-lo (C) lúcidos (D) constituí (E) órfãos

27. (FGV/POTIGAS/NÍVEL MÉDIO/2006) Assinale a alternativa em que o vocábulo tenha sido acentuado por regra distinta da dos demais. (A) família (L.2) (B) ciência (L.5) (C) possíveis (L.6) (D) conseqüência (L.13) (E) asteróides (L.22)

28. (FGV/SSP-RJ/INSPETOR/2008 – adaptada) “E no alto da torre exibo-te o varal. Onde balança ao léu minh’alma” (versos 24 e 25). A respeito dos versos acima, julgue o item seguinte: o acento em “léu” se justifica como acento diferencial, para não se confundir com o verbo leu.

29. (FGV/SSP-RJ/PERITO/2009 – adaptada) Julgue a assertiva abaixo:

Prof. Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br

64

PORTUGUÊS PARA O SENADO FEDERAL (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Em “O público brasileiro tem ouvido, com alguma frequência, notícias a respeito de possível rebelião de países vizinhos contra aquilo que seus governantes chamam de dívidas ilegítimas.”, há uma palavra com grafia incorreta.

30. (FGV/BADESC/NÍVEL MÉDIO/2010) A palavra têm, na frase “estes últimos têm consciência plena” (L.46), recebe acento gráfico porque: (A) está no plural. (B) termina em consoante. (C) é monossílaba átona. (D) começa com consoante. (E) contém vogal aberta.

Prof. Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br

65

PORTUGUÊS PARA O SENADO FEDERAL (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Gabarito das Questões Comentadas 1.

B

2.

Item certo

3.

A

4.

D

5.

Item errado

6.

Item errado

7.

Item errado

8.

Item errado

9.

Item certo

10. Item certo 11. E 12. E 13. Certo; errado 14. B 15. D 16. B 17. D 18. B 19. Item errado 20. A 21. B 22. E 23. A 24. E 25. C 26. D 27. E 28. Errado 29. Errado 30. A

Prof. Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br

66

Lihat lebih banyak...

Comentários

Copyright © 2017 DADOSPDF Inc.