X Semana Nacional de Ciência e Tecnologia no Estado de Roraima – SNCT-RR
Potencialidades e desafios ao desenvolvimento turístico de base local na Amazônia setentrional: Estudo de caso no PARNA Viruá / Caracaraí – RR BRITO¹, Bruno Dantas Muniz de ¹
[email protected] Palavras Chave: Desenvolvimento, Turismo, Conflitos, Amazônia Setentrional, Roraima.
INTRODUÇÃO As oportunidades de desenvolvimento, enquanto uma nova perspectiva empresarial, em pequenas comunidades do interior do estado de Roraima é capaz de contribuir para o formação de novos paradigmas produtivos, sobretudo quando se tratam das possibilidades que envolvem o turismo e pequenos empreendimentos, a exemplo do setor hoteleiro. O objetivo deste estudo consiste em analisar as potencialidades e limitações acerca da viabilidade de implantação de pequeno equipamento hoteleiro na comunidade Vila Nova Petrolina, situada no município de Caracaraí – RR. Diversas obras (COOPER, 2002; NETTO e TRIGO, 2009; CORIOLANO, 1998) apontam que o escopo ideal ao desenvolvimento do turismo é aquele que permite a ampla participação de todas as camadas sociais, que expõem e apresentam suas ansiedades, receios e expectativas, buscando no turismo uma proposta de desenvolvimento galgada na pluralidade de opiniões, na discordância e na convergência de ações a partir de pontos em comum a todos, que possam atender e buscar a promoção permanente do turismo sustentável, em todos os ângulos e aglutinando o máximo de demandas. Com base nessa reflexão é que se identifica na região de Vila Nova Petrolina um propício campo de análise para este estudo. Como bem salienta Barreto (1998), Boullón (2002), Beni (2006) e Dias (2008) a estruturação da destinação deve ser viabilizada de forma a proporcionar o bem estar da população em primeiro lugar e, consequentemente, dos visitantes que empreendem suas viagens até determinada destinação.
em buscar promover o turismo motivado por ações pontuais, perpetradas de forma a sanar problemas iminentes e destituídos de uma reflexão a longo prazo. Observa-se ainda que a gestão pública encontra dificuldades em somar-se aos gestores do parque, o que acaba por dificultar a construção de ações de interesse mútuo e convergente entre ambos. No que tange à comunidades de Vila Nova Petrolina, é perceptível seu potencial empreendedor e como a criação de novas oportunidades é capaz de contribuir para o desenvolvimento socioeconômico da comunidades. No entanto, o papel da comunidade resume-se a server de suporte de apoio para os viajantes em trânsito pela localidade, prejudicando a possibilidades de construção de um novo paradigma oriundo da atividade turística entre o Parque Nacional do Viruá e o município de Caracaraí. CONCLUSÕES Conclui-se que os aspectos relacionados à mobilização socioeconômica por força do turismo (tais como infraestrutura, superestrutura – produtos, serviços e qualidade do atendimento turístico, nível de cooperação regional, transporte, marketing turístico, preservação ambiental, quadro social, desenvolvimento socioeconômico e valorização étnica e cultural focada no turismo) devem se coadunar ao escopo de base local, trabalhados de forma a proporcionar uma significativa melhoria na qualidade de vida e no bem estar almejados por toda população e seus visitantes. Em que pese esse paradigma, as nuances de planejamento e organização da atividade turística, com vistas à construção de um escopo de base local, são capazes de fortalecer as dimensões da matriz local (social, econômica, ambiental e cultural) e apresentar uma nova perspectiva que promova maior empoderamento da comunidade local, valorização da cultura e dos costumes locais, diversificação e otimização da oferta turística local e regional, além da promoção de ações sociais e econômicas baseadas na sustentabilidade sistêmica. ___________________
MATERIAL E MÉTODOS O escopo metodológico consiste num trabalho de cunho exploratório e quali quantitativo, o qual se utiliza de estudos de referência no tema, bem como na realização de visitas técnicas, pesquisas junto à comunidade local, poder público e empreendedores locais, além da inventariação das potencialidades turísticas regionais e da distribuição e suporte logístico para o fortalecimento das atividades produtivas relacionadas direta e indiretamente BARRETTO, M. Planejamento e organização de turismo. Campinas: Papirus, 1998. com o turismo. BENI, Mário C. Política e Planejamento de Turismo no Brasil. S.P.: RESULTADOS E DISCUSSÃO Constata-se que há uma latente diferenciação entre os níveis de estruturação do turismo com e sem planejamento. É perceptível que a ausência de um planejamento estruturante (focado por ações distribuídas sem um padrão claro e dispersas) não contempla um promoção sustentável da atividade em nenhum viés (social, econômico, ambiental e cultural). Observa-se ainda que o destino Caracaraí não atua no planejamento turístico de forma permanente e focado na sustentabilidade, voltando-se para o aproveitamento das potencialidades existentes no PARNA Viruá. O âmbito resume-se, apenas,
Aleph, 2006. BOULLÓN, Roberto C. Planejamento do Espaço Turístico. Bauru, Edusc, 2002. COOPER, Cris et al. Turismo: Princípios e Práticas. 2 ed. Porto Alegre: Bookman, 2001. CORIOLANO, Luzia Neide M. T. Do local ao global. Campinas, SP: Papirus, 1998. DIAS, Reinaldo. Planejamento do Turismo. São Paulo: Atlas, 2008. NETTO, Alexandre; TRIGO, Luiz. Cenários do Turismo Brasileiro. São Paulo: Aleph, 2009. TOMAZZONI, Edegar Luis. Turismo e desenvolvimento regional. Caxias do Sul, RS: EDUCS, 2009.
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