Pre Projeto PIBIC 2013 Josias Pacheco Rosa

June 23, 2017 | Autor: Josias Pacheco Rosa | Categoria: Environmental History
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Descrição do Produto

11

Universidade Estadual de Ponta Grossa
Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes
Departamento de História









Discente:
Josias Pacheco Rosa




Poluição Verde: Uma História da introdução do gênero Pinus elliottii Engelm e Pinus taeda Lineu adventícios no Brasil década 1920-1925.








Pré-projeto de pesquisa desenvolvido para a obtenção de graduação no curso bacharelado em História sob orientação do docente Prof.(a) Dr.(a): Alessandra Izabel de Carvalho.














Ponta Grossa
2012
Uma História da introdução do gênero Pinus elliottii Engelm e Pinus taeda Lineu adventícios no Brasil da década 1920-1925.


CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Na sua gênese, as regiões que compõem os Campos Gerais do Paraná foram constituídas historicamente por belas paisagens campestres e muitos vales que a literatura botânica especializada denomina em sua totalidade de Floresta Pluvial Subtropical Mesófila. Esses ecossistemas florestais tiveram nas depressões algumas espécies remanescentes de Mata Atlântica, ou seja, uma pequena quantidade de espécies arbóreas características de Floresta Atlântica denominadas de Floresta Ombrófila Mista Montana e Floresta Ombrófila Mista Aluvial. Esse peculiar revestimento florestal era também composto nas regiões elevadas de gramíneas do tipo herbáceo arbustiva dos ecossistemas Estepe Gramíneo-Lenhosa e que foram legitimados espacial e simbolicamente de ''Campos Gerais do Paraná''.
A elevação das estepes no Paraná está a partir de 790m até 1070m acima do nível do mar. A região está situada há leste no Paraná compreendendo os territórios dos atuais municípios de Ponta Grossa, Palmeira, Balsa Nova e Campo Largo. Segundo José Rodrigues Mattos este espaço possuía em média precipitações de 1.402 milímetros ao ano aproximadamente. Neste planalto, houvera um predomínio de gramíneas nas regiões de topo em seus morros testemunhos tendo originalmente um total de 1.406.046,00 ha até os limites das áreas de transição para os capões que cobriam as nascentes e cursos d'água.
Os Campos Gerais do Paraná e sua História geológica, segundo estudos do geólogo João José Bigarella e do geólogo Reinhard Maack, passaram por diversas perturbações e feições erosivas geológicas e geomorfológicas, como exemplo: as formações ''canyons''.
Foram estes os cenários que, segundo estes pesquisadores, estavam salpicados em maior número com afloramentos de rochas sedimentares e porosas devonianas do tipo: arenito Vila Velha, folhelho Ponta Grossa e arenito Furnas. Ambas pertencentes à unidade geológica Subgrupo Itararé, que eram comuns nestes campos. Predominavam os solos rasos, havendo discordâncias de profundidade nas depressões compostas por substratos fossíferos das formações areníticas e pela aluvião de rochas lixiviadas do período Quaternário. Os solos rasos propiciam o surgimento de gramíneas. E a natureza moldou e transformou a sua maneira esses espaços ao longo de sua história natural.
O fogo em campos naturais poderia acontecer espontaneamente com a combustão da matéria orgânica contida no solo e por meio de relâmpagos das tempestades intempéries climáticos. Após a última era glacial e anterior ao Holoceno a fauna herbívora remanescente e o clima mais frio e mais seco desempenhou um papel análogo ao do fogo, como agente conservador, evitando a sucessão ecológica das gramíneas das estepes.
Segundo apontamentos de Romário Martins os primeiros grupos humanos que passaram a habitar as estepes paranaenses, aí se sedentarizando figuraram os grupos étnicos Coroados e os Xokleng's. E que segundo as pesquisadoras Ana Luisa Vietti Bitencourt e Patrícia Maria Krauspenhar poderemos observar a presença de caçadores e coletores a partir de 2000 anos AP (antes do presente). Estes atores empreenderam intervenções em pequena escala nos ambientes naturais, com uma técnica agrícola primitiva a chamada coivara ou corte e queima.
Com a chegada dos europeus portugueses, no século XVI as transformações tomaram proporções maiores e mais danosas aos diversos ecossistemas brasileiros. No período colonial, os Campos Gerais do Paraná fizeram parte da 5º Comarca de São Paulo e as muitas intervenções dos bandeirantes propiciaram o deslindamento do interior das estepes paranaenses. Segundo Ditzel (2004), esses aventureiros interligaram o sudeste ao extremo sul da colônia - por terra - através transporte de gado muar e vacum, em seu traçado surgiram algumas paragens ou invernadas que se tornaram, com o passar dos tempos, freguesias e vilas. As incompatibilidades culturais entre autóctones e portugueses geraram desde o inicio uma relação tensa.
A disputa pelo espaço campestre terminou com a vitória do colonizador sobre o autóctone. O genocídio e a escravização de autóctones do tronco lingüísticos ''Jês'' foi recorrente e sistemático. Assim os colonizadores adventícios vencem os naturais na disputa pelas terras. Um longo e conflituoso processo de interligação do sul com o sudeste do Brasil.
Assim muitos patrões de tropa e donos de rebanhos foram se estabelecendo na região, junto a isso, foram se formando núcleos urbanos na região: a freguesia de Castro na década de 1774 e a de Ponta Grossa na década de 1823; ambas foram elevadas a cidades nos respectivos anos 1857 e 1862.
E assim entre os séculos XVI e XIX, os Campos Gerais paranaenses receberam uma grande quantidade de imigrantes europeus, além de portugueses. No século XIX muitos destes atores eram naturais das regiões próximas ao Volga. Imigrantes estes, que mantinham suas práticas econômicas e de subsistência baseadas nas atividades agropastoris e ervateiras segundo afirma acertadamente Carmencita Ditzel.
Somente no século XVIII e XIX contexto de ilustração e de um amadurecimento da filosofia natural surge um interesse em conhecer sistematicamente o potencial da natureza do novo mundo. Um olhar mais atento para natureza fez-se necessário neste contexto. Foi dada uma maior ênfase na expedição botânica do século XIX tripulada por Auguste de Saint-Hilaire. Estes naturalistas, aventureiros e filósofos naturais perceberam e descreveram as estepes paranaenses como ''uma espécie de paraíso em terra''. O pintor Jean B. Debret no contexto 1827 retratou a paisagem campestre em aquarela, em especial a paisagem de Ponta grossa.
Muito embora, em suas narrativas de viagem, encontraremos uma naturalização dos conflitos étnicos e da escravização de africanos nas fazendas de gado. A forma irresponsável como os colonos utilizavam os recursos naturais do novo mundo causava espanto aos atores contemporâneos a época, como exemplo José Bonifácio e Joaquim Nabuco. As técnicas primitivas de ''corte e queima'' foram maximizadas e resignicadas pelos colonos lusitanos. As queimadas para limpeza de florestas eram feitas em grande escala para agricultura de exportação e criação de gado. A criação de hortos florestais reais e jardins botânicos no período imperial tinham um intuito de proteger as espécies de relevante interesse econômico e de aclimatar plantas adventícias.
É neste contexto, que em alguns latifúndios agrícolas dos Campos Gerais outras atividades econômicas foram surgindo nos finais do século XIX e inicio do século XX, juntamente com as novas perspectivas quanto aos usos de sua natureza. Enquanto diminuía à representatividade e a espacialidade da atividade ervateira e a agropastoril.
As regiões dos Campos Gerais de Ponta Grossa paulatinamente foram se industrializando no inicio do século XX tornando-se um pequeno pólo poli-industrial e agroindustrial. Suas atividades industriais acompanharam de perto o ciclo da madeira.
Outros municípios circunvizinhos ficaram em segundo plano e não trilharam o mesmo caminho no início do século XX e ficaram com pouca representatividade no cenário regional em relação à Ponta Grossa pela sua posição geográfica estratégica. Este trabalho estará focado especificamente nos Campos Gerais paranaenses do século XX e mais especificamente ainda no último quartel deste século, momento que poderemos observar a chegada de uma nova técnica de cultivo florestal: A silvicultura de espécies adventícias do gênero Pinus elliottii Engelm e Pinus taeda Lineu.
As pesquisas agronômicas de João Rodrigues Mattosrealizadas na primeira metade do século XX mostraram que as regiões dos Campos Gerais paranaenses obtêm características agrárias e climáticas propícias para a silvicultura de pinus. No mesmo contexto institutos internacionais de pesquisa haviam feito melhoramentos em algumas espécies do pinus. Testes estes realizados na década de 1960, nos EUA na Carolina do Sul e na Austrália. Até a década de 1960, ainda que degradadas, poderíamos encontrar algumas áreas com Florestas Pluviais Subtropicais Mesófilas pouco exploradas pela silvicultura, na região dos Campos Gerais.
Gradualmente este panorama foi sendo alterado. Neste contexto o governo militar brasileiro preparava-se para enfrentar o período de crise do petróleo que teve o seu clímax na década de 1976. Havia uma incerteza quanto á qualidade e quantidade de petróleo existente no país. A insegurança governamental para com a questão energética motivou a aplicação de novas técnicas e tecnologias. Então surgem novos projetos de investimentos, como exemplo, a ''Itaipu Binacional Hidrelétricas'' no Paraná e as usinas nucleares ''Angra I e II'' no litoral do estado do Rio de Janeiro. As introduções de adventícias parecem se enquadrar dentro deste rol de projetos grandiosos para mitigar os efeitos da crise dos modelos energéticos. Existem variados discursos sobre as introduções de adventícias arbóreas, mas que não condizem cronologicamente com as literaturas agronômicas sobre o pinus enquanto uma silvicultura. A silvicultura de arvores de pinus foi introduzida no Brasil para abastecer e suprir as serrarias. Mas os seus os seus benefícios vão um pouco além da extração de madeira. Podendo extrair óleos essenciais e resinas para indústrias químicas. O manejo destas espécies se tornou rentável economicamente, mas com o passar do tempo causa transformações ecológicas irreversíveis nos ambientes instalados.


OBJETIVOS

Este projeto de pesquisa pretende acompanhar a trajetória da silvicultura de adventícias do gênero pinus no Brasil e particularmente no Paraná e ainda mais especificamente nos Campos Gerais de Ponta Grossa no inicio do século XX. Também pretendemos investigar como foram construídas algumas mudanças e resignificações no meio técnico-científico florestal no que tange a ocupação dos espaços florestais brasileiros. O projeto, sobretudo, pretende navegar na terceira dimensão de pesquisa em História Ambiental preconizadas pelo historiador norte-americano Donald Worster.
Pretendemos verificar o estado botânico do gênero pinus norte-americano, sua biologia e sua adaptação na região dos Campos Gerais. Pretendemos verificar as relações sociais de trabalho que brotam do manejo e sua exploração florestal. E, ainda, pretendemos analisar as representações construídas sobre a presença do Pinus no Brasil e, mais particularmente na região Campos Gerais do Paraná.
E compreender, como se deu esse processo histórico de substituição transitória da produção agropastoril e ervateira por outro subsequente, o de aclimatação de adventícias de pinus.
O que se objetiva, em termos gerais, é saber quando exatamente as adventícias "Pinus" foram introduzidas no Brasil. Os processos técnicos de introdução de adventícias e suas implicações poderão ser observados a partir deste projeto. Não somente sobre os ecossistemas brasileiros e os Campos Gerais paranaenses, mas também sobre as nascentes relações de trabalho e os seus peculiares modos vida.
Teremos atenção sobre as áreas reflorestadas e sobre as áreas de invasão no espaço de entorno das propriedades privadas, RPPN, APA's e áreas de proteção permanente. Enfim, a partir dos discursos e apontamentos da comunidade científica buscaremos refletir sobre qual o sentido dos elogios e das posteriores críticas feitas sobre estas espécies arbóreas norte-americanas.
PROBLEMÁTICA

Sabemos de antemão, que o mesmo foi introduzido no Brasil aproximadamente nos finais do século XIX e início do século XX no Rio Grande do Sul em caráter experimental e ornamental.
Da sua chegada:
Analisando os relatórios do primeiro triênio do século XX, do ''Ministério da Industria e Obras e Viação Pública à Sociedade Nacional de Agricultura'' poderemos perceber e refletir sobre como o estado brasileiro encarou sua chegada, juntamente com outras ''essências'' florestais. Os discursos dos agentes governamentais da 1º republica quanto as espécies adventícias Pinus estavam muito focados na sua dispersão e aclimação em função de apoio aos produtores nacionais. Sendo representada como uma árvore que tem uma grande capacidade de aclimatação em algumas atitudes, solos e geração de áreas de plantios.
Por que e como ocorreu uma valorização para com a adventícia pinus? E qual sentido das críticas posteriores realizadas por cientistas ambientais quanto às espécies introduzidas adventícias e invasoras em áreas de cultivo e áreas preservação ambiental?
As introduções das adventícias de pinus no Brasil se enquadram dentro do rol de projetos grandiosos que visavam ser uma alternativa para a questão da crise energética?




























CRONOGRAMA DE PESQUISA



Pré-Projeto de Pesquisa
Mar
Abr
Maio
Jun
Jul
Ago
Set
Nov
1
Levantamento de Historiografia








2
Montagem do Projeto








3
Coleta de fontes








4
Estado da Arte do Tema








5
Análise de Fontes








6
Pesquisa Bibliográfica








7
Revisão do texto final
















FONTES PRIMÁRIAS


Jornais das décadas de 1920 - 1925.
Relatórios do ministério de agricultura.
Discurso agronômico de Mattos pró-pinus como um desenvolvimento econômico na década de 1970 e de Ziller engª florestal alertando para sua agressividade para o solo e vegetação década de 2000.
Código florestal de 1934 de regulamentação do plantio de arvores no Brasil (Romário Martins).
Relatório de campo da Embrapa.


REFERÊNCIAS

BITENCOURT, Ana Luisa Vietti; KRAUSPENHAR, Patrícia Maria. Possible prehistoric anthrpogenic effect on araucaria angustifolia (Bert.) O. Kuntze Expasion during the late Holocene. In: Revista Brasileira de Paleontologia. Ed. UNISINOS. São Leopoldo, jan-abril, 2006. 8p.
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DEAN, Warren. A ferro e fogo: a história e a devastação da Mata Atlântica. Tradutor: Cid Knipel e José Augusto Drummond. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.
DEBRET, Jean-Baptiste. Ponta Grossa (1827). Aquarela 10,5 x 21,5 cm. In: Pintores da paisagem paranaense. Secretaria de estado da Cultura: Solar do Rosário, 2001. p.88-89.
DITZEL, Carmencita de Holleben de Mello. Manifestações Autoritárias: O integralismo nos Campos Gerais (1932-1955). Tese (Doutorado em História Cultural). Florianópolis, 2004. UFSC. 290 p. 1 cd ROM.
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LEANDRO, José Augusto. Na puxada: devastação de florestas, contrabando de madeira e violência no litoral norte do Paraná na segunda metade do século XIX. In: Meio ambiente, crise e cidadania: tensões e articulações no debate ecológico. Edina Schimanski e Marcelo Engel Bronosky (Org). Ponta Grossa: Editora Toda Palavra, 2011.p.95-118.
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MATTOS, João Rodrigues. Espécies de pinus cultivados no Brasil. São Paulo: Grupo editorial Chácaras e Quintais. 1977. p.06-07.
MATTOS, João Rodrigues.________ Ibidem. p.27-28.
MATTOS, João Rodrigues.________ Ibidem. p.42-47.
MATTOS, João Rodrigues.________ Ibidem. p. 74.
MATTOS, João Rodrigues.________ Ibidem. p.118-121
PÁDUA, José Augusto. Um sopro de destruição: Pensamento político e crítica ambiental no Brasil escravista (1786-1888). Rio de Janeiro. Ed. Zahar. 2ªed, 2004. 307p.
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STELMACKI, Roberto Junior. Avaliação da potencialidade de estruturação e de desenvolvimentos do Arranjo Produtivo Local (APL) na indústria madeireira no município de Ponta Grossa – PR. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais Aplicadas) UEPG, Ponta Grossa, 2008. 185p.
ZILLER, Silvia R. A estepe gramíneo-lenhosa no segundo planalto do Paraná: diagnostico ambiental com enfoque na contaminação biológica. Tese (Doutorado em Engenharia Florestal) UFPR, Curitiba, 2000.
WORSTER, Donald. ''Doing environmetal history''. In: Jose Augusto Drummond. Estudos Históricos. Tradução: Jose Augusto Drummond. Rio de Janeiro: vol. 4, n.8, 1991. p. 198-215. Disponível em: Acesso em 01/06/2012.
WORSTER, Donald. _________. Ibidem. p.206-209





INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Manual de classificação da vegetação brasileira. Série Manuais Técnicos em Geociências, nº1. Rio de Janeiro: IBGE, 92 p. 1992.
Referência pluviométrica retirada do trabalho de pesquisa sobre o pinus realizado na década de 1970.
MATTOS, João Rodrigues. Espécies de pinus cultivados no Brasil. São Paulo, Grupo editorial Chácaras e Quintais. 1977.
As formações de capões nas depressões em forma de mata de galeria estavam assentadas sob uma geologia que possui um grande potencial de armazenagem hídrica subterrânea de rochas da Escarpa Devoniana. MAACK, Reinhard. Geografia Física V do Paraná. Curitiba: Secretaria da Cultura e do Esporte do Governo do Estado do Paraná. 1981. .p.255-260.
Engº Químico e Dr. Geologia da Mineropar (Órgão governamental responsável pela identificação e classificação dos minerais no Paraná) juntamente com Augusto Ruschi foi um dos defensores da conservação da Mata Atlântica e seus remanescentes no período da ditadura militar brasileira e Reinhard Maack também geólogo e pesquisador destes ecossistemas.
No segundo planalto ou planalto de Ponta Grossa paranaense se encontravam os campos Stricto Sensu que já estiveram em sua História Geológica submersos por um mar glacial e possuíram temperaturas muito baixas, esse espaço geográfico obtém o mesmo nome do processo geológico - ''Arco de Ponta Grossa'' - ocorrido no período mesozóico. Toda a extensão da Floresta Pluvial Subtropical Mesófila contém em geral características paleogeográficas herdadas das últimas eras geológicas, principalmente da última era glacial há 11mil anos, onde muitas perturbações geomorfológicas remodelaram essa sua superfície.
MAACK, Reinhard. Breves notícias sobre a Geologia do estado do Paraná e Santa Catarina. Arquivos de Biologia e Tecnologia, Curitiba, v.2, n.7, p. 15-63, 1947.
O local onde poderemos encontrar alguns poucos talhões desta vegetação de campos limpos conservados e preservados na contemporaneidade será no Parque Estadual de Vila Velha criado em 12/10/1953 pela lei nº 1292 e tombado como Patrimônio Histórico e Artístico do Paraná segundo o consta no seu Plano de Manejo, documento este que norteia suas atividades. Este local anteriormente no início do século XIX esta dentro do espaço chamado pelos viajantes da expedição botânica de ''Carrapatos'', entre os Rio Pitangui e Rio Tibagi. Nesta Unidade de Conservação estão os remanescentes de campos limpos e sujos, e que não será seu estado de sucessão primário, mas poderá ilustrar por amostragem aproximada como fora outrora à fisionomia do todo deste ecossistema subtropical.
PARANÁ (Estado). Instituto Ambiental do Paraná. Plano de Manejo do Parque Estadual de Vila Velha. Ponta Grossa, 2004. 304p. Disponível em: Acesso em 13/08/2012.
MARTINS, Romário. História do Paraná. Curitiba. Editora Guaíra Ltda. 3ªed. 1950. Estes autóctones são da tribo dos Kaingang chamados de Coroados por imigrantes e tropeiros.
MARTINS, Romário. História do Paraná. Curitiba. Editora Guaíra Ltda. 3ªed. 1950.
Há uma descrição sobre a passagem das tropas e utilização dos campos para invernada em: DITZEL, Carmencita de Holleben de Mello. Manifestações Autoritárias: O integralismo nos Campos Gerais (1932-1955). Tese (Doutorado em História Cultural). Florianópolis, 2004. UFSC. p.37-41.
SAINT-HILAIRE, Auguste de. Viagem pela Comarca de Curitiba. Curitiba, Fundação Cultural, 1995. ''Viajem a Comarca de Curitiba'' obra escrita pelo francês August de Saint-Hilaire ilustrado botânico que passou pelos Campos Gerais do Paraná no inicio do século XIX.
DEBRET, Jean-Baptiste. Ponta Grossa (1827). Aquarela 10,5 x 21,5 cm. In: Pintores da paisagem paranaense. Secretaria de estado da Cultura: Solar do Rosário, 2001. p. 88-89.
Na obra ''Um Sopro de destruição'' de José Augusto de Pádua poderemos encontrar em sua pesquisa sobre o Brasil do século XVIII o inicio de uma crítica ambiental ao modo produção extrativista, que previa a escassez de recursos naturais e de crise econômica em decorrência desta escassez.
As coberturas das florestas nativas paranaenses eram de 84% de seu território no início do século XX, e tiveram – literalmente – uma queda significativa para 19,3% na década de 1980 sendo que 2,1% de silvicultura de espécies adventícias, de acordo com a literatura agronômica especializada através dos trabalhos de pesquisas realizadas por técnicos da FUPEF do Paraná através do ''Projeto Madeira do Paraná''. Este projeto ilustrava e orientava onde deveria ser reflorestado e quais as espécies ameaçadas de desaparecer de seus ambientes naturais.
Fora o auge do ciclo da madeira no Paraná que ocorreu entre a década de 1780-1951. STELMACKI, Roberto Junior. Avaliação da potencialidade de estruturação e de desenvolvimentos do Arranjo Produtivo Local (APL) na indústria madeireira no município de Ponta Grossa – PR. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais Aplicadas) UEPG, Ponta Grossa, 2008. 185p.
Espécies Adventícias da flora: são plantas que estão fora de suas áreas de dispersão geográfica natural ou indígena, logo estrangeiras e são chamadas pela literatura florestal especializada de espécies exóticas da flora.
MATTOS, João Rodrigues. Espécies de pinus cultivados no Brasil. São Paulo, Grupo editorial Chácaras e Quintais. 1977. p .06-07.
MATTOS, João Rodrigues. Espécies de pinus cultivados no Brasil. São Paulo, Grupo editorial Chácaras e Quintais. 1977. p .06-07.
Warren Dean comemora o fracasso do convênio com a Alemanha que em troca de cooperação tecnológica poderia transformar o Brasil em uma espécie de aterro de lixo nuclear. DEAN, Warren. A ferro e fogo: a história e a devastação da Mata Atlântica. Tradutor: Cid Knipel e José Augusto Drummond. São Paulo, Companhia das Letras, 1996. p. 308-333.
No primeiro nível da História Ambiental preconizada por Donald Worster propõe uma pesquisa reflexiva de como eram os ambientes naturais do passado, ou seja, como estavam às estepes antes dos primeiros invasores humanos e se haviam perturbações antes destes primitivos contatos. E que relações foram estabelecidas após os primeiros contatos humanos e quais as implicações destes no contato direto para com a natureza. E no segundo nível pretendemos verificar e analisar, isto é, compreender as diversas facetas das relações de produção associadas e atreladas ao pinus e os seus resultados. Empresários e trabalhadores que se envolveram e aderiram à silvicultura das adventícias e ao manejo de floresta estabelecendo relações de trabalho ao redor do pinus. Também analisaremos o que tange as representações e sensibilidades, uma história das construções sobre o pinus: bom ou ruim; solução ou problema; benção ou maldição. O terceiro nível da História Ambiental de Worster se ocupara destas últimas questões postas acima e também compreender estes fatores a partir da imprensa e do discurso ambientalista para a compreensão de quais são os motores das mudanças de tais posturas para com as florestas e as alterações nas relações de trabalho e suas implicações ''que nem sempre são igualitárias''.
ECHENIQUE, S.C. Contribuição para o estudo de coníferas no Rio Grande do Sul. Anuário 2º Congr. Riograndensse de Agronômia.p.113-130. Porto Alegre. 1940. In: MATTOS, João Rodrigues. Espécies de pinus cultivados no Brasil. São Paulo, Grupo editorial Chácaras e Quintais. 1977. No site do SBS: Sistema Brasileiro de Silvicultura consta que as primeiras introduções do gênero pinus norte- americano ocorridas no Brasil foram na década de 1880 no Rio Grande do Sul o que contradiz a data da literatura organizada por (MATTOS,1970).

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