Preconceito dentro de nos

June 6, 2017 | Autor: Julio Cesar da Mota | Categoria: Preconceito
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Preconceito: o problema são os rótulos!

O preconceito em si já é uma atitude de violência com o outro e com a sociedade. É uma atitude irracional que surge de experiências muitas vezes traumáticas ou mesmo advindas de nossa cultura rica em preconceitos. Nosso povo brasileiro tão diverso deveria ser um pouco mais tolerante as diferentes devido a essa mistura racial. Infelizmente não é!
Verificamos a todo o momento situações em que o preconceito se mostra velado ou mesmo escancarado em nosso dia a dia. Mas por que isso ocorre? É uma resposta difícil, pois como já sabemos é uma atitude irracional e muitas vezes desmotivado tendo apenas situações que engatilham essas reações grotescas de opressão ao outro.
Enfim nosso propósito aqui é discutir algo novo a respeito sobre o assunto. Vejo de forma negativa o que é feito pela sociedade, essa extrema necessidade de nomear e dividir a população em segmentos, a criação de rótulos. Tal atitude social e cultural estimula o preconceito, pois a população estará dividida em pequenos segmentos sociais que interagem uns com os outros na maioria das vezes trazendo consequências negativas.
Ser negro, ser branco, ser ruivo, ser heterossexual, ser bissexual, ser homossexual, ser transexual, ser homem, ser mulher, ser católico, ser protestante, ser mulçumano, ser africano, ser sérvio, ser asiático, ser brasileiro, ser rico, ser pobre, ser classe média, ser jovem, ser criança, ser velho, ser gordo, ser magro, ser deficiente físico etc... Dentre outros rótulos que nem me recordo mais, nessa incessante vontade de determinar quem é o outro e com isso valorar e julgar os outros na maior parte das vezes desvalorizando o que é diferente no outro.
O valor do outro não está expresso em sua cor, em seu desejo sexual, em sua aparência, em sua religião ou nacionalidade, em sua classe social. Nós somos indivíduos únicos com características, defeitos e qualidades próprios, que podem agradar ou desagradar os outros, porém devemos tolerar o que é diverso ao nosso convívio com respeito e civilidade.
Na verdade poderíamos reduzir as atitudes destrutivas que a população tem, condensando todos os rótulos em um só: SER HUMANO! Assim conseguiríamos um pouco mais de união tão almejada e já positivada em nosso ordenamento jurídico em que temos: "Art. 5° Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança, e à propriedade, nos termos seguintes..." (CF/88).
De fato é tão simples descrever atitudes que suprimem atitudes destrutivas para com o outro e já temos essa compreensão, porém a cultura diária nos leva de forma irracional ao caminho do preconceito. Devemos a cada dia nos analisar em cada pequena atitude para com o outro, para buscarmos o caminho contrário da cultura midiática do preconceito.
Responder o preconceito com violência apenas fortalece essa difusão cultural, encrustando ainda mais em nossa cultura o preconceito e a intolerância. O caminho a seguir é buscar no outro um pouco de nos mesmos, com a empatia e encarar a diferença como um motivo de crescimento pessoal valorizando o que o outro tem de bom.

Observação: Este texto é parte da reflexão e avaliação da disciplina de Temas em Direitos Humanos, do 2° ano do curso noturno de Direito da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul – Campus Paranaíba – MS.

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