Prêmio Raul Leite - Jornal do CRM-PA 85

July 23, 2017 | Autor: José Junior | Categoria: História da medicina, Ensino Médico
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Foto Lucas

ANO xIII • Nº 85 / setembro e outubro de 2010

Entidades médicas homenageiam

turma do Jubileu de Ouro Ailson Braga

O CRM-PA também promoveu simpósio e debates durante a semana do Médico 2010

Páginas 6 e 7

e n t re v i s ta

Roberto Pingarilho fala sobre seus 50 anos de formado

me m ó r i a

Página 3

Pesquisador recupera a história do Prêmio Raul Leite Página 5

EDITORIAL Milhares de vidas são salvas diariamente com um gesto, uma palavra ou só a presença do médico

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este 18 de outubro de 2010, dia do médico, há que se fazer antes de tudo uma pergunta: nós médicos temos o que comemorar? Há muitos anos e, certamente nos anos mais recentes, a saúde tem passado por uma provação. Governantes e gestores tem dado pouquíssima importância a ela, com liberação e aplicação de verbas insuficientes para um atendimento digno a que tem direito todo ser humano, levando a uma situação muitas vezes desesperadora para a classe médica, que se vê atingida pela cobrança da sociedade, das autoridades e da imprensa, sendo responsabilizada por todo o caos que atinge a saúde. As denúncias contra médicos se avolumam nos Conselhos de Medicina, órgãos responsáveis pela fiscalização do exercício profissional. Nestes órgãos, tais denúncias, independente de seu teor e origem, são apuradas e julgadas e, quando procedentes, o médico responde por elas, sendo apenado pelo seu Conselho de classe, respeitando o estado

Endereço: Avenida Generalíssimo Deodoro, 223. Fone: (091) 3204-4000 • Fax (091) 32044012 • CEP. 66.050-160 • Belém - Pará [email protected] Maria de Fátima Guimarães Couceiro Presidente; Joaquim Pereira Ramos Vice-presidente; Terezinha de Jesus de Oliveira Carvalho 1º secretário;

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democrático de direito garantido pela Constituição Federal. Quando o Conselho arquiva uma denúncia é tachado de corporativo, porém quem assim o classifica não tem conhecimento do trabalho desenvolvido pelos Conselhos de Medicina. Em recente julgamento, um Defensor Público nos parabenizou e disse estar impressionado com a atuação do Conselho, com a tramitação do processo e com o julgamento, aqui ocorrido. Vale ressaltar que o Defensor Público atuava em favor da denunciante e os médicos denunciados foram absolvidos.

Muitas vezes, contando apenas conosco, milhares de vidas são salvas Os médicos se tornaram vítimas de um sistema falido, eleitoreiro e sem respeito ao próximo. A abertura indiscriminada de escolas Paulo Sérgio Guzzo 2º secretário; José Antonio Cordero da Silva 1º Tesoureiro Jorge Wilson Tuma 2º Tesoureiro Aristoteles Guilliod de Miranda Corregedor Tereza Cristina de Brito Azevedo Vice-corregedor Conselheiros: EFETIVOS: Altino Mendes de Nóvoa Neto, Antonio Gonçalves Pinheiro, Antonio Jorge Ferreira da Silva, Amaury Braga Dantas, Aristoteles Guilliod de Miranda, Arthur da Costa Santos, Benedito Pedro Resque de Oliveira, Edson Yuzur Yasojima, Francisco

Ailson Braga

Temos o que comemorar?

Dra. Fátima Couceiro, presidente do CRM-PA, faz seu discurso na abertura da Semana do Médico

médicas, sem as mínimas condições para uma boa formação, e a falta de verbas para as escolas públicas, são outro exemplo da falta de compromisso das autoridades com a saúde da população. Respondo agora a pergunta feita inicialmente: nós médicos, ainda na adolescência entramos para uma escola médica, onde o ensino é duro, a realidade apresentada nos mostra pessoas carentes, sem o mínimo de recursos, dependentes de um sistema público que absolutamente funciona. Muito jovens, nos dedicamos aos estudos e apesar da dura realidade citada, seguimos em frente, cheios de sonhos e ideais, sabedores que a decisão de ser médico é para toda a vida.

Apesar de todo o descaso com a saúde e muitas vezes contando apenas conosco, milhares de vidas são salvas diariamente, milhares de pessoas são confortadas com um gesto, uma palavra ou somente com a presença do médico e, mesmo cansados, agoniados, voltamos para casa com a satisfação do dever cumprido, prontos para recomeçar no dia seguinte e no outro também, apesar de tudo. Então temos sim o que comemorar. É PRECISO DAR VALOR A QUEM CUIDA DA GENTE. VIVA O MÉDICO.

Ferreira de Souza Filho, Joaquim Pereira Ramos, José Antonio Cordero da Silva, Jorge Wilson Tuma, Marcus Vinícius Henriques Brito, Maria do Carmo Lima de Mendes Lobato, Maria de Fátima Guimarães Couceiro, Maria de Nazaré Paes Loureiro, Oscar Pereira Júnior, Paulo Sérgio Guzzo, Rosângela Brandão Monteiro, Terezinha de Jesus de Oliveira Carvalho SUPLENTES: Adelso Aparecido Pedrosa, Antonio Carlos Alves da Silva, Antonio Cerejo Ribeiro de Almeida, Benedito Paulo Bezerra, Carlos Alberto Vaz Conceição, Emanoel Conceição Resque de Oliveira, Fernando Augusto Fonseca Monteiro, Frederico José Correa Lobato, Ilcioni Gomes Pereira, José Roberto Tuma da Ponte, Lúcio Izan Puget Botelho, Maria Cristina Vilhena C. Mendonça Rocha, Maria da Conceição Ferreira

Pinto, Robson Tadachi Moraes de Oliveira, Rosa Maria Mesquita Milhomen da Costa, Rui Sérgio Monteiro de Barros, Teiichi Oikawa, Tereza Cristina de Brito Azevedo, Wilson Niwa. Assessoria de Imprensa: Rodrigo Monteiro Fone: 3204-4011 Jornal CRM-PA Jornalista responsável: Ailson Braga Textos e reportagens: Ailson Braga Projeto gráfico e editoração eletrônica: Soraya Pessoa e Hamilton Braga Conselho editorial: Maria de Fátima Guimarães Couceiro, Aristoteles Guilliod de Miranda e Amaury Braga Dantas Publicidade: 3204-4016; Periodicidade: bimestral; Tiragem: 7.000 exemplares; Distribuição: gratuita

Maria de Fátima Guimarães Couceiro Presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado do Pará

ENTREVISTA Ailson Braga

Roberto Pingarilho

“A medicina não é uma ciência exata” O pediatra Roberto Pingarilho foi um dos homenageados no Baile do Médico deste ano pelos seus 50 anos de atividade profissional. Nesta entrevista, o pediatra fala sobre as mudanças na profissão e dos seus principais clientes: as crianças.

nO que o levou à pediatria? rPrimeiramente foi a orientação acadêmica recebida na Faculdade de Medicina do Pará. Lá tivemos professores como Abelardo Santos, por exemplo, que foi uma referência profissional. Claro que também há a herança que recebi do meu pai, Armando Pingarilho, que também era médico, e isso foi uma referência pessoal. Ele me fez escolher a medicina e a pediatria. nO que mudou na profissão nestes 50 anos? rHá dois aspectos que se deve analisar. Primeiramente a questão tecnológica e a outra, até em razão desta, é a cobrança de nossos pacientes. A mudança na tecnologia veio para facilitar os diagnósticos. Os exames complementares, a ultrassonografia, os exames laboratoriais nos trouxeram facilidades enormes. Mas isso também deve vir junto com a boa propedêutica e

a anamnese completa. Porque atu- presente. Essa didática nova não almente os nossos pacientes estão pode abrir mão da propedêutica e mais exigentes - veem também a da anamnese. Eu sei que o Cesupa tecnologia – e nos tem uma forma dipedem que deferente de ensinar, “As crianças sempenhemos um da Universidade [atualmente] papel de infalibilido Estado e da Fedade; nos cobram deral também. Mas conseguem uma postura de eu não sei falar soseres infalíveis. E aprender muito mais bre os resultados nós somos humadessas didáticas nos. A medicina cedo coisas que as porque não milito não é uma ciência nesta área. crianças de há 50 exata; não é perfeita. nE as criananos levavam muito ças de hoje em mais tempo para nComo o sedia? São muito nhor vê a quesdiferentes da do aprender. ” tão do ensino da seu começo de medicina nos dias de hoje? O carreira? que mudou? rSão. Ainda bem. As crianrEu não tenho um contato ças hoje são muito mais estimuestreito com o ensino. Eu sei que ladas para o aprendizado. Com o mudou muita coisa porque tenho estímulo, as crianças conseguem mais gente da família fazendo aprender muito mais cedo, coisas medicina atualmente. Mas a ques- que as crianças de há 50 anos letão da tecnologia novamente está vavam muito mais tempo para ter

esse mesmo aprendizado. Hoje uma criança de dois anos já é estimulada com a televisão. Há também o lado ruim de todo esse acesso facilitado a tudo. Nós vemos a juventude indo muito para o lado das drogas e da violência. Acho que os pais precisam ser os educadores de seus filhos, antes de qualquer outra coisa. Temos de dar amor, carinho e também exemplos. Temos que viver mais próximos aos nossos filhos. nO senhor pensa em se aposentar? rEu já sou aposentado, mas não penso em parar. Enquanto eu tiver disposição e prazer em trabalhar eu vou clinicar. Acho que quero ser igual ao meu pai que, literalmente saiu do consultório pra morrer. Ele deu seu expediente, saiu para o almoço, passou mal e morreu. Ou seja, trabalhou até o último dia. Também espero que isso aconteça comigo.

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coluna do cfm O Dr. Hollywood e a publicidade médica Dr. Antonio Gonçalves Pinheiro*

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figura “exótica” (no mínimo), que de assalto tomou as televisões do Brasil - e acho que de muitos outros países -, o tal do Dr. Hollywood, causou e causa enorme desconforto aos médicos e, particularmente, aos especialistas em cirurgia plásticas no Brasil. Lógico que para os bons médicos isto não modificará a conduta em suas atividades, tampouco deve tomar tempo no momento da consulta, mas frente às normatizações legais sobre publicidade médica vigentes e cujo conteúdo tem muito de contribuição dos próprios médicos, há o que de inicio denominamos de desconforto. Este sentimento é por ver que o médico estrangeiro (e este não é o único caso) ultrapassa nossas regulamentações sobre o assunto. O “médico” Hollywood, de início, mostrava pacientes, seus resul-

tados (só elogios), não falava sobre possíveis complicações, editava imagens onde parece que as coisas se passam em momentos rápidos (como num passe de mágica) até a recuperação, mostra cenas de atos cirúrgicos e etc. Agora já faz propaganda de emagrecimento e até de uma cinta que, segundo ele, substitui qualquer cirurgia. Há nas TVs, aberta e por assinatura, vários programas sobre espantosas condutas médicas, não sendo o tal Dr. Hollywood o único a estrelar sobre atos assim. São na verdade “reality shows” que apresentam os médicos em várias atividades, inclusive esportivas e familiares, tornando-os modelos (as roupas são horríveis) de comportamento. Este exagero cometido traz a proteção da liberdade de divulgação em vista do médico não estar sob nossa jurisdição. Sobre ele não podemos agir pelos Conselhos de Medicina. Os meios de comunicação, especial-

mente a televisão, tratam o assunto em capítulos e alguns epílogos (sempre acaba bem), explorando a atividade médica e criando em torno da figura uma aura de atleta, com momentos de atos quase heroicos. Alguns colegas têm nos questionado sobre que atitude tomar após todas estas constatações. Nossa resposta tem sido a de que nada podemos fazer a não ser lastimar a péssima escolha do entretenimento por parte das pessoas. No entanto, temos pensado muito intensamente quanto ao incentivo ao poder legislativo para elaborar lei que possa proteger a população sobre a possível farsa apresentada e que muitas vezes é vista como expectativa a ser cobrada de cada um de nós. Creio que assim como há leis que mostram que é prejudicial a automedicação, que é legal mas deletério o abuso do álcool, e que o fumo é decisão de cada um, mas pode causar graves doenças, ou ainda que os medicamentos

só devem ser usados após consultar o médico, um aviso destacado antes ou após o episódio (ou propaganda dos produtos que o recheiam), exatamente dizendo que aquela demonstração pode não ser adequada a todos os casos, que a medicina é ciência de meios e que não se pode ter promessa de resultados,ou ainda outra afirmação que traga tranquilidade a médicos e pacientes. Considero que as entidades médicas devam encabeçar este movimento político, apresentando em nome dos seus membros esta ideia,já fundamentada e consubstanciada por quem de direito, conhecimento e capacidade, para que um médico parlamentar (de preferência) possa elaborar e defender frente ao Congresso Nacional este projeto que vejo como de proteção ao cidadão brasileiro. Quem puder colaborar que o faça através de seus representantes. *Conselheiro no CFM pelo Estado do Pará

RESOLUÇÃO CFM N° 1.956/2010 (Publicada no D.O.U., de 25 de outubro de 2010, Seção I, p. 126) Disciplina a prescrição de materiais implantáveis, órteses e próteses e determina arbitragem de especialista quando houver conflito. O CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA, no uso das atribuições conferidas pela Lei n° 3.268, de 30 de setembro de 1957, regulamentada pelo Decreto n° 44.045, de 19 de julho de 1958, respectiva e posteriormente alterada pela Lei n° 11.000, de 15 de dezembro de 2004, e Decreto n° 6.821, de 14 de abril de 2009, e CONSIDERANDO que o médico deve, em benefício do seu paciente, agir com o máximo de zelo e o melhor de sua capacidade; CONSIDERANDO que o médico não pode renunciar à sua liberdade profissional, evitando que quaisquer restrições ou imposições possam prejudicar a eficácia e a correção de seu trabalho; CONSIDERANDO que para tal deve aprimorar-se continuamente quanto aos seus conhecimentos técnicos e ao progresso da ciência médica; CONSIDERANDO que é direito do médico indicar o procedimento adequado ao paciente, observadas as práticas reconhecidamente aceitas e respeitadas as normas legais vigentes no país; CONSIDERANDO que é dever do médico utilizar todos os meios disponíveis de diagnóstico e tratamento a seu alcance em

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favor do paciente; CONSIDERANDO que a Resolução CFM nº 1.614/01 disciplina a função de auditoria médica; CONSIDERANDO que é imperiosa a garantia de acesso aos médicos e, por conseguinte, aos pacientes, da evolução tecnológica comprovada cientificamente e liberada para uso no país; CONSIDERANDO que é vedado ao médico obter qualquer forma de lucro ou vantagem pela comercialização de medicamentos, órteses, próteses, materiais especiais ou artigos implantáveis de qualquer natureza, cuja compra decorra de influência direta em virtude de sua atividade profissional; CONSIDERANDO que reconhecidamente há conflitos de ordens diversas entre médicos assistentes e operadoras de planos de saúde, como também instituições públicas da área, quando da indicação para uso de órteses, próteses e materiais implantáveis; CONSIDERANDO que, de acordo com a Resolução CFM n° 1.804/06, os artigos implantáveis são utilizados sob a supervisão e responsabilidade do diretor técnico do hospital ou outro médico por ele indicado; CONSIDERANDO a necessidade de declaração de conflito de interesses na área de pesquisa, produção científica e educação continuada para maior transparência e imparcialidade na atividade profissional; CONSIDERANDO que deve ser respeitado o direito do paciente em receber informações quanto ao seu diagnóstico, prognós-

tico, riscos e objetivos do tratamento, salvo quando a comunicação direta possa lhe provocar dano, devendo, neste caso, ser feita a comunicação a seu representante legal; CONSIDERANDO, finalmente, o decidido na sessão plenária realizada em 7 de outubro de 2010, RESOLVE: Art. 1° Cabe ao médico assistente determinar as características (tipo, matériaprima, dimensões) das órteses, próteses e materiais especiais implantáveis, bem como o instrumental compatível, necessário e adequado à execução do procedimento. Art. 2° O médico assistente requisitante deve justificar clinicamente a sua indicação, observadas as práticas cientificamente reconhecidas e as legislações vigentes no país. Art. 3° É vedado ao médico assistente requisitante exigir fornecedor ou marca comercial exclusivos. Art. 4° As autorizações ou negativas devem ser acompanhadas de parecer identificado com o nome e número de inscrição no Conselho Regional de Medicina do médico responsável pelo mesmo. Art. 5° O médico assistente requisitante pode, quando julgar inadequado ou deficiente o material implantável, bem como o instrumental disponibilizado, recusá-los e oferecer à operadora ou instituição pública pelo menos três marcas de produtos de fabricantes diferentes, quando disponíveis, regularizados juntos à Anvisa e que aten-

dam às características previamente especificadas. Parágrafo único. Nesta circunstância, a recusa deve ser documentada e se o motivo for a deficiência ou o defeito material a documentação deve ser encaminhada pelo médico assistente ou pelo diretor técnico da instituição hospitalar diretamente à Anvisa, ou por meio da câmara técnica de implantes da AMB ([email protected]), para as providências cabíveis. Art. 6° Caso persista a divergência entre o médico assistente requisitante e a operadora ou instituição pública, deverá, de comum acordo, ser escolhido um médico especialista na área, para a decisão. § 1° Esta decisão não deverá ultrapassar o prazo de cinco dias úteis, contados a partir do conhecimento do responsável pela arbitragem. § 2° Cabe arbitragem mesmo nas situações de emergências, quando não for possível pré-autorização e tenha sido usado o material implantável, órtese ou prótese. § 3º O médico que atua como árbitro tem direito a remuneração. Art. 7º Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação e revoga os dispositivos em contrário. Brasília-DF, 7 de outubro de 2010 ROBERTO LUIZ D’AVILA Presidente HENRIQUE BATISTA E SILVA Secretário-geral

memória

O Prêmio Raul Leite Laboratório brasileiro premiava estudantes das escolas médicas do País que obtivessem as melhores notas José Maria de Castro Abreu Junior*

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ão é de hoje o assédio da indústria farmacêutica junto à classe médica. Se a questão atualmente é muito ostensiva, levantando questões éticas, houve um tempo em que os grandes laboratórios agiam de forma mais elegante com o intuito de garantir que suas marcas ficassem fixadas na mente dos doutores. Era este o caso do Laboratório Raul Leite S.A. Criado em 1921, por Raul Leite e José Gama, com capital inicial de cem contos de réis. Em uma época em que a concorrência dos grandes laboratórios internacionais ainda era pequena, o empreendimento conseguiu se expandir ao ponto de, após alguns anos, possuir filiais em todo o Brasil e no exterior. A de Belém situava-se na rua 15 de Novembro. Qualquer médico que atuou até a década de 1960 pode recordar o nome de diversos medicamentos produzidos pelo “Raul Leite” , como por exemplo uma série de injeções de endo e exotoxinas “novíssimas armas terapêuticas para a cura das infecções”, todas com o sufixo “tox” como broncotox, colitox, dermotox, estreptox, genitox, etc. Mas certamente a maior recordação daquela geração sobre o laboratório é o chamado “Prêmio Raul Leite”. Com um faro aguçado para propaganda, num tempo em que as faculdades de medicina eram contadas no dedo, Raul Leite, a partir do ano de 1935, passou a outorgar uma medalha de ouro, um certificado e uma premiação no valor de um conto de réis ao acadêmico de cada escola médica que tivesse obtido as maiores notas ao longo de todo curso. A premiação deveria ocorrer na

noite de formatura e era um dos pontos altos do cerimonial. A Faculdade de Medicina e Cirurgia do Pará não ficou de fora e a lista que levantamos dos agraciados é: 1935 - Lêonidas Mello Deane. 1936 - Hermínio Pessoa. 1937 - Nilson Carvalho da Silva. 1938 - Amilcar Carvalho da Silva. 1939 - Domingos Barbosa da Silva. 1940 - Arcelino Chicre Miguel Bittar. 1941 - Herbert Spencer Ferreira. 1943 - Paulo Cordeiro de Azevedo. 1944 - Maurício Queima Coelho de Souza. 1945 - Luis Gonzaga Pires. 1946 - Ramiro Koury. 1947 - José Monteiro Leite. 1948 - Elisa Chermont Roffé. 1949 - Raynero de Carvalho Maroja. 1950 - Clodoaldo Beckmann. 1951 - Ruy da Silva Ventura. 1952 - Henry Checralla Kayath. 1953 - Haroldo Pinheiro. 1954 - João Paulo do Valle Mendes. 1955 - José de Moraes Rego. 1956 - Almir José de Oliveira Gabriel. 1957 - Carlos Rodrigues Cunha. 1958 - Ronaldo de Araújo. 1959 - Margarida Martins Boneff. 1961 - Manoel Wilson Pena. A premiação tem histórias de bastidores interessantes, com direito a cobertura jornalística no dia da apuração das notas para desmentir boatos de favorecimentos, como no ano de 1937, em que a disputa entre os acadêmicos Nilson Silva e Luizileno Brasil foi muito acirrada. Ou casos em que, por diversas razões, no dia da formatura o vencedor não recebeu o prêmio em mãos. Fosse por atraso nos correios, racionamento no período de guerra, não importa, a decepção dos familiares

A cobiçada medalha de ouro do Prêmio Raul Leite é guardada até hoje por quem a conquistou

A premiação ocorria na noite de formatura e era um dos pontos altos do cerimonial era a mesma. Entretanto, passasse o tempo que passasse, o laboratório não esquecia seus agraciados. Um destes casos de “ganhou, mas não levou”, Arcelino Bittar, assim conta sua história: “Oito anos depois, já morando no Rio, o laboratório mandou me entregar o prêmio, diploma e medalha. Reparava uma injustiça. O prêmio me foi entregue no consultório e foi feita uma fotografia que foi publicada na revista do laboratório.” De 1957 em diante, com a firma já vendida para as grandes companhias internacionais, o prêmio passou oficialmente a chamar-se “Chimica Bayer”, mas pouco importava, os acadêmicos continuaram chamando de “Raul Leite”. O nome havia pegado e mesmo alguns anos após seu completo desaparecimento, o termo “fulano foi o Raul Leite de sua turma” era usado para designar o melhor aluno da classe, ainda que

não tivesse ganho medalha alguma. O leitor atento já percebeu que faltam dois anos na lista. O ano de 1942, graças a uma reforma no ensino médio ocorrida anos antes, fez com que não houvesse colação de grau naquele ano. Já o ano de 1960 permanece controverso. Alfredo Oliveira, um dos prováveis candidatos, conta sua versão: “Consegui o canudo, mas não o prêmio (...). Ora, para que distinguir e transformar um estudante comunista em exemplo para os outros?” Hoje os tempos são outros; que laboratório aguentaria dar uma medalha de ouro para cada uma das faculdades de medicina existentes nas esquinas do País, a formar centenas de médicos mais de uma vez por ano? * Patologista Bibliografia: ABREU JR; José Maria e MIRANDA; Aristóteles. Memória Histórica da Faculdade de Medicina e Cirurgia do Pará 1919-1950. Da Fundação a Federalização. Belém. 2010. OLIVEIRA, Alfredo. Cabanos e Camaradas. Edição do Autor. Belém. 2010. Agradecimento a Sra. Bernadete Rego, sobrinha do Dr. Moraes Rego pela entrevista e fotos da medalha.

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O CRM-PA promoveu uma semana de atividades que mesclou o debate ético, discussão sobre a profissão e o tradicional Baile do Médico

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nir debates sobre questões éticas e valorização da profissão com o tradicional Baile do Médico e o lançamento da inovadora I Corrida e Caminhada do Médico (leia mais sobre este assunto à página 12 desta edição). Foi assim, com essa visão multidisciplinar e abrangente, que o Conselho Regional de Medicina do Estado do Pará decidiu comemorar o Dia do Médico. Na verdade o CRM-PA promoveu a Semana do Médico, que foi de 18 a 22 de outubro, na qual o Simpósio de Residência Médica 2010 foi um dos destaques. “É preciso dar valor a quem cuida da gente” - esse é o slogan que o Conselho Federal de Medicina e os Conselhos Regionais de todos os Estados veicularam para homenagear os médicos em todo o País. Em Belém, o Conselho Regional de Medicina do Estado preparou uma vasta programação na sede do Conselho Regional de Medicina do Estado do Pará. No dia 18 de outubro, o CRMPA reuniu com diversas sociedades especializadas, o Sindicato dos Médicos do Pará (Sindmepa) e a Sociedade Médico-Cirúrgica do Pará (SMCP) pra debater questões como o Plano de Carreira para o SUS. João Gouveia, do Sindmepa informou que, infelizmente, há mais de 20 anos a categoria vem tentando implantar um plano digno para os médicos do serviço público, mas não consegue avançar. A palestra com a médica paulista Alexandrina Meleiro “O Médico como Paciente” ocorreu no dia 20, às 19h30, no auditório do CRM-PA. A palestra tem o mesmo título do livro que a médica escreveu e oferece a oportunidade para uma profunda reflexão: como o médico, que tem a

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missão de curar pessoas e salvar vidas, é afetado quando se transforma, ele próprio em paciente? Alexandrina Maria Augusto da Silva Meleiro é médica psiquiatra, formada pela Universidade de São Paulo. Doutora em Medicina pelo Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP, a Dra. Alexandrina estuda o médico em todas as fases do problema. O livro “O médico como paciente” está na sua segunda edição. Segundo a psiquiatra, a pessoa do médico tem maior dificuldade no momento do adoecer. Ela disse que há uma certa rigidez em sair do papel de profissional de médico e ser paciente. “Ele reluta em procurar ajuda quando surge a doença, demora mais que as outras pessoas. Tem uma tendência a se automedicar, isto dificulta posteriormente o diagnóstico correto”, analisou. Alexandrina Meleiro avaliou que o médico do século 21 é uma figura que está desvalorizada, na maioria das vezes. Em sua opinião, a tecnologia tomou conta da profissão, e também a medicina coorporativa tem desvalorizado o trabalho do médico, principalmente com honorários muito aquém de sua qualificação. “O sistema de saúde está precário, não dando condições para o profissional exercer a profissão de maneira eficiente. Por ser uma pessoa altamente qualificada, todos pensam que o médico não irá adoecer, inclusive ele mesmo. A profissão não dá imunidade e, muitas vezes, dificulta a que ele busque ajuda. Seu acesso ao sistema de saúde é prejudicado pelo conceito de que o médico não adoece. Não é dada a devida atenção às suas queixas e muitas vezes, quando procura ajuda, a doença já está em fase bastante avançada”, avaliou. Ela informou que um dos dados

Fotos: Ailson Braga e CRM-PA

Dia do Médico: reflexõ

Entidades médicas participam da abertura da Semana do Médico. Na foto abaixo, o público presente ao evento. Na foto menor, a médica Alexandrina Meleiro (SP)

alarmantes sobre a saúde dos médicos é o número de suicídios entre os integrantes desta categoria. Ela disse que os médicos se suicidam cinco vezes mais comparado à população em geral. “Um estudo feito por mim aponta que os anestesistas, os psiquiatras e os patologistas têm uma tendência maior em se suicidar”, observou. Para os que precisam de ajuda, Alexandrina Meleiro recomendou: “O médico tem que quebrar o preconceito e buscar ajuda com um especialista”. Ela ressaltou que o médico (ele ou ela) ao começar a sentir

ões sobre a profissão Simpósio de Residentes tem posse da Amerepa

os sintomas de uma depressão, por exemplo, deve procurar imediatamente ajuda com um colega. “Tem que deixar o jaleco de lado e ir em busca de ajuda. Ele, médico, é um ser humano como outro qualquer e precisa de cuidados para cuidar de seus pacientes. É assim que funciona”, opinou. Segundo a Dra. Alexandrina Meleiro, desde a faculdade, o médico acostuma-se à ideia de que os doentes são os outros. Isso explica, em parte, como tantos deles podem fechar os olhos às próprias mazelas. “Por tudo que já viram, por ter uma ideia muito abrangente das doenças, muitos médicos rejeitam e fogem dos próprios sintomas”, explicou Durante estudos para sua tese, Alexandrina registrou com clareza como os médicos internados no Incor (SP) se irritavam com a própria enfermidade. Mais da metade deles revelaram estar ansiosos com a internação – comportamento prejudicial em qualquer tratamento. A maioria dos advogados e engenheiros, ao contrário, mostrava-se mais resignada. “A própria equipe hospitalar trata os médicos de modo diferente”, disse a psiquiatra.

No dia 21de outubro, de 8 às 18 horas, o auditório do CRM-PA deu lugar ao Simpósio de Residentes. A abertura ficou por contra da presidente do Conselho Regional, Fátima Couceiro, juntamente com integrantes do Sindmepa e da SMCP. O primeiro evento do dia foi a cerimônia de posse da nova diretoria da Associação dos Médicos Residentes do Estado do Pará (Amerepa). Intensificar a fiscalização do programa de residência médica nos hospitais, lutar por melhores condições de trabalho e promover cada vez mais a integração da classe. Estes são os principais objetivos da nova gestão da Associação dos Médicos Residentes do Estado do Pará. A posse foi presidida pela Presidente do CRM-PA, Dra. Fátima Couceiro, pelo diretor do Sindicato dos Médicos, Dr. João Gouveia e pela Dra. Célia Koury, representando a SMCP. A Associação dos Médicos Residentes do Pará ficou composta pelos seguintes integrantes: presiden-

te: Flávia Matos, vice-presidente: Marília Campos, 1ª secretária geral: Amanda Gomes, 2ª secretária geral: Marcela Gonçalves, 1ª tesoureira: Karla Toda, 2ª tesoureira: Raquel Furtado. Integram o conselho deliberativo membros da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará, Hospitais Ophir Loiola, Universitário João Barros Barreto, Universitário Bettina Ferro Souza e Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna. De acordo com a Presidente do CRM, a formação da Amerepa será essencial para que a categoria lute por seus direitos. Segundo Flávia Matos, presidente da Amerepa, a criação da associação é um grande passo para que os problemas da classe, como o de recursos humanos, possam ser resolvidos e, com isso, a categoria poderá obter maior representatividade no Estado. Para o diretor do Sindmepa, João Gouveia, a criação da associação só fortalece a categoria no Estado. “Como eles têm leis próprias, nada melhor que tenham represen-

tatividade para lutar em busca de seus direitos”. Gouveia comentou ainda que o Sindmepa apoiará politicamente as ações da associação em defesa dos médicos residentes. Ainda no dia 21 de outubro houve as palestras “Descomplicando a Ética”, com o médico Eduardo Braga; “Honorários Profissionais – CBHPM”, com Marcus Vinícius Brito, conselheiro do CRM-PA e João Gouveia , do Sindmepa; “Terminalidade da Vida” , com o conselheiro do Cremepa José Antonio Cordero; “O Código do Consumidor: o que o médico deve saber”, com o advogado Felipe Silveira; e os residentes puderam ter uma ideia de como se dá um julgamento de processo ético profissional no CRM-PA com a discussão de casos proposta pelo simpósio. Uma das palestras desse dia foi ministrada pelo conselheiro Aristoteles Guilliod de Miranda, “Código de Ética Médica – da História à Atualidade”. Aristoteles Miranda fez um levantamento de códigos de conduta e Ética através dos tempos

Baile homenageia turma do Jubileu de Ouro Muita alegria e descontração. Com esses sentimentos no ar foi realizado no último dia 22 de outubro o tradicional Baile do Médico, em Belém. A festa, que se iniciou às 21horas, só acabou às 4h30. Embaladas por diversos estilos musicais, cerca de 300 pessoas se divertiram até altas horas. Promovido pelo CRM-PA, SMCP e Sindmepa, o Baile do Médico deste ano foi marcado também por muita emoção. Médicos com 50 anos de atividades no Estado foram homenageados. Os formandos de 1960 foram: nDr. Alfredo Carlos Cunha de Oliveira nDra. Aline do Amaral Corrêa de Miranda nDra. Antônio Carmelo Lustosa Failache nDr. Aramis Francisco Mendonça

de Moraes nDr. Bertino Gama de Miranda nDr. João Alberto Maradei Cardoso Pereira nDr. José Maria de Castro Abreu nDr. Leo Freitas de Mattos nDr. Maiolino de Castro Miranda nDr. Maria Inar Moller Pingarilho nDra. Maria Thereza Costa de Menezes Vieira nDra. Maria Yeda Siso de Oliveira nDr. Mario Antonio de Oliveira Martins nDr. Pedro Veriano Direito Álvares nDr. Roberto Ferreira Pingarilho nDra. Zéa Contente Lins Lainson Na abertura, o médico Jorge Ohana enfatizou a importância desses profissionais que muito fizeram pela medicina no Estado: “É com grande satisfação que lembramos desses profissionais que se dedicaram com

amor e lealdade à medicina”. Antes da entrega das medalhas foi feito um minuto de silêncio pela memória dos médicos já falecidos. “Essa homenagem é simbólica diante de tudo que esses médicos fizeram pela medicina no nosso Estado. Nos ensinaram e aprendemos, e até hoje levamos esses ensinamentos para nossa vida profissional”, afirmou a presidente do Conselho Regional de Medicina do Para, Dra. Fátima Couceiro. No discurso de agradecimento o Dr. Alfredo Oliveira destacou: “Sinto-me bastante lisonjeado pela homenagem que fizeram a mim e aos meus colegas e ao mesmo tempo com o sentimento de que tenho trilhado o caminho correto”. Ele fez referencia há vários médicos e professores que segundo ele lhe serviu de inspiração para desenvolver o seu trabalho. (Colaborou: Rodrigo Monteiro)

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novos médicos CRM alcança marca de dez mil médicos

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Conselho entrega carteiras no Estado em agosto de 2010

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o dia 27 de agosto, o Conselho Regional de Medicina do Estado do Pará realizou a solenidade de entrega da carteira aos novos médicos que chegam ao mercado de trabalho. Quarenta e seis profissionais recém-formados pela Universidade Federal do Pará receberam as boas vindas da presidente do Conselho, Dra. Fátima Couceiro. “A partir de hoje vocês são médicos de fato e de direito.” Participaram da cerimônia também o vice-presidente do CRM Dr. Joaquim Pereira Ramos e os diretores Dra. Tereza Cristina e Dr. Jorge Tuma, além do Dr. Evaldo Pereira, representando o Sindicato dos Médicos do Pará. Durante a cerimônia, a presidente do CRM-PA discursou aos cole-

Conselheiros e integrantes do Sindmepa participaram de evento com os novos médicos

gas de profissão sobre a realidade e os planos de ações do Conselho para a classe médica. “Somos uma Autarquia Federal que fiscaliza, legisla e cumpre as normas do Conselho Federal de Medicina”, disse a presidente. Além disso, Fátima Couceiro destacou a importância da profissão através de uma apresentação institucional. “Neste momento, vocês médicos estão aptos a exercer a profissão com responsabilidade”.

A presidente do CRM destacou ainda “que a relação médico-paciente é, antes de tudo, uma relação de confiança, que deve ser buscada a todo custo”. Ela enfatizou ainda que “a construção de um novo olhar sobre a medicina exige, entre outros quesitos, a reflexão sobre a formação médica. A medicina atual, pressionada pelo volume de informações científicas e recursos tecnológicos, tem se voltado para a especialização, na

tentativa do alcance de todas as possibilidades de ação.” A novidade deste ano foi que o Conselho Regional de Medicina do Estado do Pará ultrapassou a marca dos dez mil médicos registrados no Pará. A médica Graciele Pamela Spolti recebeu o CRM de número 10.000 e foi a primeira a receber a carteira do Conselho, além de prestar o juramento. (Texto: Rodrigo Monteiro)

Hospital Adventista de Belém empossa comissão de ética

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ceiro “é uma alegria muito grande quando empossamos uma Comissão de Ética de uma Instituição de Saúde. Isso representa que nossos profissionais estão comprometidos e preocupados em oferecer uma Saúde de qualidade para nossa população. Queremos trabalhar junto com os médicos, para que nossa profissão seja exercida de acordo com nosso Código de Ética”, lembrou a presidente. Ainda na sede do CRM, a comissão teve a primeira reunião com a Coordenadora das Comissões de Ética do Conselho, Dra. Maria do Carmo Lobato. Para ela “A comissão é uma ferramenta a mais para a consolidação do trabalho que o CRM desenvolve”. (Texto: Rodrigo Monteiro) Posse da Comissão de Ética do Hospital Adventista ocorreu no plenário do CRM CRM-PA

Foi empossada no último dia 30 de setembro a Comissão de Ética do Hospital Adventista de Belém. É composta pelos médicos Dra. Eglantine Mamede Bezerra (presidente), Dr. José Lira Sobrinho (secretário), Dra. Celeste Helena Coral, Dr. Antônio José Cerejo Monteiro, Dr. Dionisio Otávio Neto, Dr. Walter Kenji Koyama, Dr. Otávio Augusto e Dra. Deize Farias Viana. A posse aconteceu durante a plenária no Conselho Regional de Medicina do Estado do Pará e foi presidida pela Presidente do Conselho Dra. Fátima Couceiro. A resolução 06/2010 foi lida pela primeira secretária do CRM, Dra. Terezinha Carvalho. Estiveram presentes também diretores e conselheiros do CRM. De acordo com Fátima Cou-

espaço do conselheiro

Ética e Bioética - Impactos Autora analisa os efeitos que os avanços tecnológicos causam em nossa sociedade Terezinha Carvalho*

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enorme crescimento populacional mundial e o espantoso avanço tecnológico mudaram radicalmente a maneira de viver e o modo de relacionamento entre as pessoas. No campo da saúde, as novas tecnologias utilizadas para possibilitar a cura de muitas doenças, geram, também, grandes questionamentos éticos, que passaram a ser discutidos por meio da Bioética. Ocupam lugar de destaque os avanços da tecnologia que alteraram profundamente o ciclo da duração da vida humana, com os quais a Ciência pode controlar o nascimento, a vida e a morte. A industrialização ficou para trás com o advento da informática. Os braços foram substituídos pelos cérebros criativos, encarregados de pensar e inventar novas estratégias tecnológicas e científicas, por vezes indiscriminadas, que põem em risco a própria sobrevivência na Terra A Ética é a busca da justificativa de nossas escolhas entre necessidades e desejos; entre ser e ter - promovendo a dignidade humana e a qualidade de vida. A Bioética é o estudo da moralidade da conduta humana no campo da ciência da vida e inclui a chamada Ética Médica. Ocupase a Bioética dos temas morais que se originam na prática da medicina ou na atividade de pesquisa biomédica. É o estudo da

Muitos sentiram a necessidade de refletir sobre essas inovações e seus efeitos conduta humana à medida que a mesma é examinada à luz dos valores e dos princípios morais. A Bioética não está restrita às Ciências da Saúde, mas abrange todas as áreas do conhecimento que têm implicações sobre a vida de todos. Por este entendimento, a Ética Médica deve ser considerada como componente da Bioética. Na atualidade o cidadão comum debate sobre as questões éticas relativas aos meios de

limitação da natalidade, eutanásia, pena de morte, homossexualismo, política, ciência e tecnologia, assunto tradicionalmente reservado aos estudiosos da filosofia e aos religiosos A reflexão sobre a Bioética tem hoje configurado diferentes momentos. A Bioética Geral se ocupa das fundações éticas. É o discurso sobre os valores e sobre os princípios originários. A Bioética Especial analisa os grandes problemas, enfrentados sempre sob o perfil geral, tanto no terreno médico, quanto no terreno biológico – saúde pública, fertilidade, engenharia genética, abortamento, doação e transplante de órgãos, eutanásia, experimentação clínica, meio ambiente e outros. O desenvolvimento tecnológico e o progresso científico criaram

novas possibilidades de interferência na vida humana. Muitos sentiram a necessidade de refletir sobre essas inovações e seus efeitos, à luz de considerações de ordem ética. Neste sentido, nos últimos anos, a Bioética tem se desenvolvido expressando preocupações relacionadas à vida e seu significado ético, visando alertar as sociedades sobre as consequências de seu avanço incontrolado. Trata de promover uma forma de controle democrático do processo de evolução tecnocientífico. A discussão e o aprofundamento nas questões da Bioética são, hoje, uma necessidade premente de entendimento e prática para todos os que lidam com os problemas que atingem a sociedade e cada ser humano em particular. *Conselheira do CRM-PA

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QUALIDADE DE VIDA

Encontro de corpo e mente Ailson Braga

Depois de um dia de trabalho intenso, Wilma Franco troca o jaleco branco por um traje adequado e vai praticar a corrida de rua

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A médica do Trabalho, Wilma Franco, em três momentos: no consultório, correndo na Meia Maratona do Rio e se aquecendo antes de treinar na praça Batista Campos Arquivo pessoal

crescente adesão do sexo feminino. Costumo dizer, que a corrida de rua – num bom sentido - é uma sessão de lipoaspiração ao ar livre. Sem o risco anestésico; cirúrgico; sem o trauma pós-operatório e o melhor: custo zero”, observa Wilma. Ela ressalta, porém, que não é para ninguém sair por aí correndo de forma aleatória. Como toda atividade física, ela lembra, é preciso uma boa avaliação médica e acompanhamento com um preparador físico, para correr com técnica apropriada para não gerar lesões osteomusculares, articulações e ligamentos. “A corrida para mim um fator de melhora muito grande em minha qualidade de vida. É encontrar no corpo, mente e espírito o equilíbrio e a harmonia. Não adianta ficar horas numa academia malhando o corpo, se a mente não estiver bem. Ou se a mente estiver sadia e o corpo não está hígido. Ou ter saúde espiritual, sem ter saúde corporal e mental. Para os meus pacientes costumo sempre esclarecer a importância não só do uso correto da medicação, mas associar a atividade física e hábitos alimentares saudáveis para o êxito do controle e cura de inúmeras doenças. Muitos pacientes acreditam que apenas tomar a medicação vai resolver o problema de sua doença”, afirma. Ela convida até outros médicos a ser juntar a ela na atividade física. “Bom, aproveitando o tema – qualidade de vida - convido a todos, principalmente meus colegas médicos que ainda resistem em praticar uma atividade física de forma habitual, a quebrar a mística de deixar para começar a fazer uma dieta e uma atividade física na próxima segunda feira ou deixar para o próximo ano, e participar da Corrida e da Caminhada do Médico agora em novembro”, finaliza Wilma Franco.

Arquivo pessoal

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ara Wilma Franco, médica do Trabalho, a prática de atividades físicas se iniciou há cerca de 15 anos. Entretanto, o interesse pela modalidade de corrida de rua só apareceu há cerca de quatro anos. Wilma Franco corre três vezes por semana, entre sete e oito quilômetros. “A corrida se tornou um hábito mesmo há dois anos. Com certeza a corrida me ajuda a exercer melhor minha profissão. Durante a prática inclusive, eu já tive boas ideias acerca de diagnósticos de meus pacientes”, conta a médica. A médica já participou de várias provas como a Meia Maratona do Rio, entre outras. A médica diz que é altamente consciente da importância da prática de uma atividade física de forma habitual para a prevenção, controle e cura de inúmeras doenças. “Eu agrego a isso, ainda, o hábito de uma alimentação saudável. Utilizo a ferramenta de uma atividade física para manter a boa forma”, informa. Para a prática esportiva, Wilma Franco troca o estetoscópio por um MP4 e, ao invés de auscultar as batidas do coração dos pacientes, ela ouve músicas motivadoras para correr. “é uma forma de me manter focada no exercício, mas ao mesmo tempo parece que o cérebro entra em uma sintonia de atenção, de alerta”, afirma. Ela informa que a corrida de rua é a modalidade que mais ganha adeptos no mundo. A médica observa que além de todos os benefícios advindos de qualquer modalidade esportiva, ela é de fácil acessibilidade. “Basta você dispor de um bom parque, praça ou avenida para a sua prática. É uma modalidade praticada de forma individual, ainda que seja prazeroso formar equipes para sua prática. É também a modalidade que mais queima calorias. Daí a

comunicados e notificações

CRM-PA convoca médicos Os médicos abaixo relacionados devem ir à sede do CRM-PA (Gen. Deodoro, 223, Umarizal) para receber suas carteiras profissionais. Na próxima edição do jornal divulgaremos o restante dos nomes dos médicos na mesma situação. CRM NOME 6400 ABEL RODRIGUES FILHO 8166 ADRIANA CHAVES VALENTE 6691 ADRIANA KIRZNER PIRES 7715 ADRIANA MARIA BRITO DE SOUSA 5907 ADRIANA PARENTE ANAISSE 7685 ADRIANA VALLE DE LIMA 7371 AIDA LOPES SIROTHEAU CORRÊA SAWADA 9011 ALANA MENESES SANTOS 3027 ALBERTO BARBOSA CORRÊA 2160 ALBERTO DA SILVA ARAUJO FILHO 6547 ALBERTO MAURO ANIJAR 5225 ALBERTO MITSUYUKI DE BRITO KATO 4669 ALBERTO SIMOES NETO 7954 ALESSANDRA CONTENTE VAZ 7752 ALESSANDRA DIAS PARANAIBA 6191 ALESSANDRE SANTANA MODESTO 7225 ALESSANDRO NASCIMENTO MOREIRA 5336 ALEXANDRE TUMA MARTINS 8873 ALINE BARBOSA DE MELO 8706 ALINE LIBONATI GALUCIO 3007 ALKINDAR ALVARENGA OLIVEIRA 3525 AMAURY BRAGA DANTAS 7025 AMEDIO BAIA DE OLIVEIRA 4058 AMELIA AYAKO KAMOGARI ARAUJO 8315 ANA CAROLINA CONTENTE BRAGA DE SOUZA 2494 ANA CELIA MEIRELES SOARES 7518 ANA CLAUDIA BEZERRA LIMA 3483 ANA CONCEIÇÃO MATOS PESSOA 1389 ANA ELIZABETH NOBRE MOREIRA BASTOS 6895 ANA LUISA DE VASCONCELOS RIBEIRO BILA 6366 ANA MARCIA SOUSA DA CUNHA OLIVEIRA 3701 ANA MARIA FERREIRA DA SILVA 2094 ANA MARIA LIMA DO ESPIRITO SANTO 4271 ANA MARIA RIBEIRO BEZERRA 4497 ANA PAULA AZEVEDO PIRES 8967 ANA PAULA DE AZEVEDO BANHOS 5787 ANA PAULA DOS SANTOS MAGALHÃES GONÇALVES 6503 ANA PAULA FERREIRA MARTINS 8577 ANA PAULA MONTEIRO RODRIGUES 7008 ANA SILVIA MAGNO E SILVA ALMAZAN 7500 ANDERSON DA SILVA MENDES 5426 ANDREA ALVES MARQUES 6284 ANDREA JOY VIEIRA REGIS 4334 ANGELA MARIA SANTOS TORRES 81 ANGELO OLIVA 3792 ANTONIO BATISTA DOS SANTOS 7713 ANTONIO DE CASTRO ALVARENGA FILHO 2913 ANTONIO DE PADUA MAGALHAES PEREIRA 5881 ANTONIO FRANCISCO SOUSA DA SILVA 2404 ANTONIO JOAO GONCALVES DE OLIVEIRA 1455 ANTONIO JOSE BELLARD PEREIRA 5757 ANTONIO LUIZ DE SOUZA BEZERRA 8208 ANTONIO MARCUS RODRIGUES GOMES 2373 ANTONIO MARTINS FILHO 8963 ARIANDNE BRUNA DE MORAES FAVACHO 3352 ARIOSVALDO DA SILVA VITAL 565 ARMANDO DE MOURA BRITO 2921 AROLDO RODRIGUES ALVES 5222 ARTURO MIGUEL LAGES GONCALVES 4930 AUGUSTO CÉSAR DA COSTA SALES 5434 AURELIO BATISTA PEREIRA 6432 AURILENE COSTA CORREA SIDRIM 7418 AURILENO DO SOCORRO VULCAO LEAO 6596 AYRTON FIGUEIREDO ANDRADE 6918 BIANCA ABBADE BRASIL MOTA 7861 BRENO RICELLY AVILA PINHEIRO 7976 BRUCE ALVES DE OLIVEIRA 7977 BRUNA MARIA DA CRUZ CRESCENTE 8592 CAMILA BARBOSA DE AMORIM SILVA DA FONSECA 1817 CARLOS ALBERTO DE MELO BRITO 2645 CARLOS ALBERTO LÔLA DA SILVA 371 CARLOS ALBERTO PEREIRA DE SOUZA 5042 CARLOS ANDRE MATOS ZYGMANTAS 112 CARLOS AUGUSTO CAVALCANTE BARROS 7325 CARLOS EDUARDO DA SILVA OLIVEIRA 7512 CARLOS MITSUYOSHI KATO JÚNIOR 7432 CARLOS VICTOR CUNHA RAMOS 2367 CELIA SOARES KOURY 9119 CELIO CANDIDO RIBEIRO FILHO 6982 CELSO HIDEO FUKUDA 8058 CESAR AUGUSTO LEON GUERRERO 5839 CHRISTIANE ALVES MENDES LEITE FREITAS 7953 CHRISTIANNE GOMES BARROS NEIVA 4633 CLAUDIA BISCARO DE CARVALHO 6561 CLAUDIA CHRISTIANE DE LIMA XERFAN 6903 CLAUDIA ISABEL BRAGA REIS 3581 CLAUDINE MARIA ALVES FEIO 1233 CLAUDIO AUGUSTO PROENCA 5593 CLAUDIO DE PAULA SANTANA 5062 CLAUDIO GUEDES SALGADO 5046 CLAYTON BAETA DE OLIVEIRA

2177 6806 7694 7307 5796 3050 8572 6937 3440 8313 8441 6177 7440 6132 7599 4767 6766 2029 9393 9104 1681 3971 5864 4333 1340 4252 7508 8916 4949 3501 8798 5311 7966 3981 7540 4609 1573 7300 5550 1661 7571 9024 1011 6863 2642 2924 5077 3946 6856 5917 7061 8876 8923 4269 5672 689 7999 685 1471 5133 552 7965 9160 6967 6585 6097 7543 6338 6181 3686 267 3549 2798 4874 4079 4542 7691 8895 7072 1110 8783 7093 7031 7845 6984 8336 8804 7425 8406 1198

CLEODON PIRES DA SILVA CLEYBISMAR BEGOT DA RESSURREIÇÃO CRISTIANO RUSCHEL CRISTINA BRAGA PALHETA CRISTINA HELENA D`AGUIAR GUIMARAES CRISTINA MARIA FIGUEIREDO ALVES DA SILVA CUSTODIO MACIEL MENDES JUNIOR CYNARA BEZERRA CAVALCANTE VIEIRA CYNTHIA BITAR HACHEM DE CARVALHO CYNTHIA QUEIROZ DA SILVA CÉSAR AUGUSTO VELA DELGADO DANIELA MOREIRA ROCHA DANIELI DO SOCORRO BRITO BATISTA DANILLE LIMA DA SILVA DEBORA LISSA TAKAI MOROTOMI DELCIVALDO NONATO DE ARAUJO SILVA DERLON SILVA DE FREITAS DIANA ECILA TAVARES ACATAUASSU TEIXEIRA DIANA SALES DA COSTA DIANDRO MARINHO MOTA DILCE LEA MAGNO DA SILVA DINAIR BELARMINA DA SILVA ADRIÃO DINORAH FERREIRA DA COSTA E FONSECA DISNEI COSTA DE SOUZA MENEZES DJALMA AUGUSTO DE MIRANDA CERQUEIRA EDILBERTO CLAIREFONT DIAS MAIA EDILSON VIEIRA RAMOS EDIMAR DOS REIS EDIR MANOEL DE CASTRO PIRES EDMILSON AFONSO ALVES COUTINHO EDSON PORTELA SILVA EDUARDO BAYER NETO EDUARDO DE ALENCAR CARVALHO ELAINE XAVIER PRESTES ELEN CRISTINA MELO DO NASCIMENTO ELIANA MITIKO BELTRAO IKEDA ELIANA NAZARÉ MAGALHÃES MODESTO ELIANE ALVES DA SILVEIRA ELIVONE FAUSTINO ABDO MENDES ELIZABETH CUNHA ALVES DA CUNHA ELIZABETH MARIA LUZ SANTANA ELLEN BITTENCOURT CAPUCHO MORAES ELMIRA NASCIMENTO DA SILVA ELVIRA ALMEIDA MENDONÇA BOSSINI ELZA MARIA DE ASSUNCAO BRAGANCA ELZALINA CLARA PEREIRA DA SILVA EMILIANO AUGUSTO BASTOS COUTINHO ENOS RODRIGUES SOUZA ERIKA BETHANIA COSTA SAMPAIO ALMEIDA ERIKA CRISTINA DA SILVA CAVALCANTE ERNESTO YOSHIHIRO SEKI YAMANO FABIO LUCIO NOGUEIRA DE LOUREIRO FABIO LUIS INACIO MARTINS FATIMA DO SOCORRO PESSOA MONTEIRO FERNANDA DE LOURDES DA CUNHA PINTO FERNANDA SILVA DIAS FERNANDO AUGUSTO DO VALE GUZZO FERNANDO DA SILVA FERREIRA FERNANDO JORDAO DE SOUZA FERNANDO JOSE CARVALHO DE QUEIROZ FERNANDO LEITAO ALVES DA CUNHA FLAVIO AUGUSTO SOUZA PINTO GONÇALVES FLAVIO MOREIRA VIANA DE REZENDE FLÁVIO VASCONCELOS DE LIMA FRANCIANE TRINDADE CUNHA DE MELO FRANCIHELI DE FATIMA OLIVEIRA DA COSTA FRANCINALDO GONÇALVES SENA FRANCIOMAR MADSON NATIVIDADE MENDONCA FRANCISCO AURELINO DANTAS MONTEIRO FRANCISCO GOMES DE AGUIAR FRANCISCO GRIJALVA MENEZES DE BARROS FRANCISCO IVAN DE ARAUJO FRANCISCO LICIO DE ARAUJO FRANCISCO NÉLIO AGUIAR DA SILVA FRANCISCO PAULO DE ARAUJO FRANCISCO PEDROZA GOMES GABRIELA MARIA COIMBRA COELHO DE ASSIS GABRIELLA BISI ARAÚJO GERALDO FRANCO DE CAMPOS JUNIOR GERSON MULATINHO DE OLIVEIRA GILBERTO AKIRA MIYAHARA GILBERTO CARLOS ALEXANDRE GISELDA ALESSANDRA FERREIRA ALVARENGA MIRANDA GISELE CASTELO BRANCO FIGUEIREDO GISELE DE CÁSSIA ALCÂNTARA DA CUNHA QUEIROZ GISELLY DE FATIMA MENDES PASCOAL GIULIANO REZENDE SILVA GLEISON SEBASTIAO DA SILVA PIMENTEL GONZALO ARTURO BULEJE REVATTA GRAÇA MARIA COSTA REIS

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GUILHERME BARBOSA CONDE GUILHERME BARROS SOARES GUILHERME VERNASCHI STEINMETZ HADNA AMSY MAIA VASCONCELOS HAMILTON DA COSTA CARDOSO HAMILTON MORAES CARDOSO HELIANA NAZARE CRUZ DE OLIVEIRA HELOISA HELENA NEVES OLIVEIRA HELOISA HELENA PIRES DE MELLO SILVA HELOISA MARCELIANO NUNES HENDERSON DE ALMEIDA CAVALCANTE HERMANN KLEBER AZEVEDO HERON ANIZIO SOUZA DA SILVA HEVERALDO MONTEIRO DE FREITAS HILMAR TADEU DA SILVA FERREIRA JUNIOR HUMBERTO GOMES FIGUEIREDO IGOR MEIRELES COSTA ILKA DA SILVA ROSA IODILHA DE MELO FIGUEIREDO IOLANDA DAYSE DE CASTRO COSTA IRLANDA PORTELA LIMA ALBUQUERQUE IVAN DE CASTRO NETO IVANA MARVAO MONTEIRO IVANA TÉRCIA SOUSA MARCIÃO IVETE MOURA SEABRA IVI REGIS DE ALMEIDA CARVALHO IVONÉLIO CALHEIROS LOPES JUNIOR IZA MARIA COSTA SILVEIRA JAIME KOITI TSUKIMATA JAIRO FERNANDEZ DA SILVA JAIRO LOPES BARJA JAKSON FERRAZ DE ANDRADE JANEIDE VITORIA DE ALMEIDA JARANA NOGUEIRA GATTI JEFFERSON BELTRAO SOUZA JERONIMO MILHOMEM TAVARES NETO JOAO BATISTA DE FARIA JOAO BATISTA MAFRA JOAO EDILSON DE MORAES GABY JOAO MARIA MORAES COELHO JOAO ROBERTO DE ARAUJO JOAQUIM COELHO NETO JOAQUIM FERNANDES PEREIRA JOELMA NASCIMENTO MOREIRA JONAN CORDEIRO LEITAO JONAS KARLEM ANGELIM VIANA JORGE ALVES DA SILVEIRA JORGE COSTA FILHO JORGE HIDEKI HAYASHI JORGE LUCIO JAMES DE OLIVEIRA JORGE LUIZ FERNANDES GALENDE JORGIANNE RODRIGUES VALENTE DE OLIVEIRA JOSE ALEXANDRE AVELAR ARIMATEA JOSE AUGUSTO MONTEIRO GONCALVES JOSE BRASIL FERREIRA JOSE CARLOS POLESSA DE CASTRO JOSE FERNANDO FERNANDES DE GODOY JOSE ITAMAR ALMEIDA LUJAN JOSE JESU SISNANDO D`ARAUJO FILHO JOSE JOZINO CARNEIRO AZEVEDO JOSE LIRA SOBRINHO JOSE MARIA DE CASTRO MIRANDA JUNIOR JOSE MARIA DE SOUZA JOSE MARIA FLORENZANO DE SOUSA JOSE MARIA MORAES DA SILVA JOSE MARIA NEGRAO GUIMARAES JOSE NEWTON FERNANDES DA COSTA JOSE OSMILDO ARAUJO LINHARES JOSE PINHEIRO LOPES JUNIOR JOSE TADEU COIMBRA SAMPAIO JOSE VICENTE NETO JOSE WOLTON FERREIRA JUNIOR JOSIE EIRAS BISI DOS SANTOS JOSÉ ADERSON LOBÃO BARROSO JOSÉ BENEDITO LOBAO BARROSO JOSÉ DANTAS JOSÉ DOMINGOS LIMA PEREIRA JOSÉ MARIA ANTUNES LIMA JOSÉ MARIA MESQUITA VIANA JOSÉ ROBERTO AMARANTE DE BARROS JOÃO BARRETO DE SOUZA FILHO JOÃO GUIMARES LEITE JOÃO LOURENÇO DE MIRANDA MACHADO JUDE CHUKWUDULUE EZEONU JULIANA BAIMA AMORA JULIO FIALHO BARRETO JUVENAL DE SOUSA ROGERIO KARLA CRISTINA FURTADO AFFONSO KATSUMI TAKAYA KELLY AMARAL DOS SANTOS KLEDILSON DE LOUREIRO FARIAS KÁTIA CRISTINA DE ALMEIDA PINHO

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Cirurgia plástica Fórum debate a visão do Judiciário Autoridades participaram do evento que debateu problemas e soluções para os conflitos éticos nesta especialidade Foi aberto no dia 15 de outubro, em Belém, o Fórum sobre a Visão do Judiciário sobre a Cirurgia Plástica. O evento foi realizado no auditório do Conselho Regional de Medicina do Estado do Pará. A mesa foi composta pela Dra. Maria de Fátima Guimarães Couceiro, presidente do CRM-PA; Dra. Lastênia Menezes, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Regional Pará; Dr. Sebastião Guerra, presidente nacional da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica; do Dr. Ophir Cavalcante Júnior, presidente Ordem dos Advogados do Brasil; Dr. Elder Lisboa, Juiz de Direito, além de médicos e autoridades. Durante a cerimônia de abertura, a Dra. Fátima Couceiro leu o manifesto em homenagem ao Dia do Médico. Ainda na abertura, o Dr. Sebastião Guerra falou da importância da cirurgia plástica. “A cirurgia plástica ocupa uma posição de

destaque no cenário mundial. Este fórum vai proporcionar uma maior seriedade e segurança no exercício da cirurgia plástica”, opinou o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. O Conselho Federal de Medicina (CFM) editou uma resolução que proíbe médicos de se associarem a intermediadoras que parcelam os pagamentos de cirurgias, sob pena de advertência confidencial ou até cassação do registro profissional, entre outras penalidades. A medida foi tomada a partir de denúncias de pacientes nos conselhos regionais. Na mesa sobre “Intercorrências em cirurgia plástica”, a Dra. Fátima Couceiro destacou: “Este evento é de suma importância, haja vista que tratar de intercorrências é munir os cirurgiões plásticos, principalmente os mais jovens, de informações sobre os problemas e as melhores soluções para eles”. (Texto: Rodrigo Monteiro)

Lei: serviço militar após residência médica é aprovado Já está em vigor a Lei Federal nº 12.336/2010 que obriga os estudantes de Medicina, Farmácia, Odontologia, Veterinária e Farmacêutica a prestar o serviço militar obrigatório somente após concluírem seus cursos. O projeto altera as leis 4.375/64 e 5.292/67, que tratam do serviço militar. Hoje, esse direito já é garantido aos estudantes matriculados nos cursos de graduação. Entretanto, a nova Lei deixa claro que, mesmo sendo dispensados durante o curso, os profissionais poderão ser convocados para o serviço militar no ano seguinte após o término da faculdade, da residência ou da pós-graduação. Para o vice-presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Carlos Vital, se trata de uma lei de cidadania. “A classe médica brasileira tem plena consciência de seu mis-

ter de preservação da vida e da saúde”.Vital ainda ressaltou que a convocação não pode ser encarada como uma maneira de interiorizar a Medicina. “Para levar o profissional para áreas longínquas é necessário dar a ele condições de trabalho e uma carreira de Estado no Sistema Único de Saúde”, defendeu. Um outro projeto tramitava paralelamente no Congresso Nacional (PLC 90/2010) que estabelecia o serviço militar como experiência na pontuação para análise curricular seletiva para programas de residência médica, de residência multiprofissional em saúde e de residência em área profissional da saúde. A concessão destes benefícios foi vetada por inconstitucionalidade pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. (Fonte: CFM)

I Corrida e Caminhada do Médico A I Corrida e Caminhada do Médico promete ser um evento que vai marcar época na cidade. As inscrições se encerram no dia 20 de outubro. Para quem já se inscreveu, as camisetas da corrida serão entregues nos dias 15, 16 e 17 de novembro de 2010 no Sindmepa (rua Boaventura da Silva, 999). A largada da prova será no dia 21 de novembro de 2010 (domingo) com início às 7 horas, em frente ao CRM-PA, na avenida Generalíssimo Deodoro, 223. O percurso da

PARA USO DOS CORREIOS - Motivo da devolução Mudou-se

Desconhecido

Ausente

Endereço insuficiente

Recusado

Falecido

Não existe o nº indicado

Não Procurado

Outro_________

corrida será de 10 quilômetros e da caminhada 5 quilômetros. Os participantes entre ruas e avenidas, não podendo utilizar-se das calçadas. A organização realizará a seguinte premiação: medalha para todos os participantes da corrida e da caminhada; serão premiados com troféus e medalhas o primeiro, o segundo e o terceiro colocado de cada categoria, masculino e feminino. Mais informações no site www.corridadomedico.com.br.

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