Prevalência de Sintomas Músculo Esqueléticos em Operarios da Construção Civil

June 16, 2017 | Autor: Márcio Marçal | Categoria: Ergonomics, Musculoskeletal Biomechanics, Ergonomia
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III FISIOTRAB Congresso Brasileiro de Fisioterapia do Trabalho Curitiba, Paraná – Brasil 29 e 30 de junho de 2006 PREVALÊNCIA DE SINTOMAS MÚSCULO-ESQUELÉTICOS EM OPERÁRIOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL MARÇAL, M A; WARDIL, B; DINIZ, C; MORAES, F; MOURA, R CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BELO HORIZONTE (UNI-BH), BELO HORIZONTE, MG

Resumo Objetivo: Este estudo teve como objetivo investigar se trabalhadores operários da construção civil apresentam sintomas músculo-esqueléticos, observando se a maior prevalência é na região lombar e identificar possíveis fatores que podem contribuir para o desenvolvimento desses sintomas. Metodologia: A população selecionada para o estudo foram trabalhadores (operários e ajudantes) da construção civil, em um campo de obras na cidade de Belo Horizonte. No estudo foram incluídos 22 operários selecionados aleatoriamente. Para avaliar as queixas músculo-esqueleticas entre os trabalhadores foi utilizado o questionário Nordico. A analise da atividade foi feita através de cronoanalise e filmagem das tarefas realizadas pelos trabalhadores. Resultados e Discussão: A idade média dos participantes era de 30 anos (variavam entre 19 a 45 anos). O tempo de trabalho foi em média 10 anos. Independentemente da região afetada, 50% dos trabalhadores referiram algum tipo de sintomas osteomusculares nos últimos 12 meses, e 20% nos últimos sete dias. Foi observado que 30% dos trabalhadores queixavam de lombalgia e 15% queixavam de dores nos ombros. Os principais fatores de risco ocupacionais observados estão relacionados com a técnica e posturas adotadas nas atividades de preparo de massa e transporte de cimento, tijolos, ferros e areia. Estas atividades exigem repetitividade de movimentos com o tronco e os membros superiores, flexão e rotação de tronco freqüente, força excessiva, compressão mecânica e posturas extremas ou inadequadas o que propicia o surgimento de queixa de dores. No estudo, idade e tempo de trabalho não estão associadas positivamente com a lombalgia, não crescendo a prevalência nos estratos de maior faixa etária e maior tempo de serviço. Um dos mecanismos para supor o fato de funcionários com menor tempo estarem apresentando dor, pode ser a questão da existência de uma fase de adaptação ao serviço. Outros fatores podem ser a rotatividade diária das tarefas e a carga horária prolongada de trabalho. Conclusão: O estudo demonstra que é elevada a ocorrência de sintomas músculo-esqueléticos em algumas regiões corporais, atingindo principalmente a região lombar, seguido dos ombros e cervical em trabalhadores operários da construção civil. Sendo a dor lombar com a maior prevalência e o principal fator de ausência e procura por auxílio médico. Os procedimentos relacionados com o manuseio de carga e posturas inadequadas são considerados os principais causadores de dor. Mais estudos serão necessários para comprovação da existência dos sintomas osteomusculares, prevalência da dor lombar e possíveis fatores de risco em trabalhadores operários da uma construção civil.

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