Prevalência do uso de medicamentos que levam ao ganho de peso em pacientes atendidos no Serviço de Obesidade e Cirurgia Bariátrica do HUOP

May 23, 2017 | Autor: Jonathan Richetti | Categoria: Farmacia
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Prevalência do uso de medicamentos que levam ao ganho de peso em pacientes atendidos no Serviço de Obesidade e Cirurgia Bariátrica do HUOP. Poliana Vieira da Silva Menolli1, Layse Fernanda Antonio de Souza2, Helisângela Caetano de Souza2, Jonathan Richetti3, Ligiane de Lourdes da Silva4. 1 Professora do Programa de Residência em Farmácia Hospitalar (UNIOESTE),2Farmacêutica Residente do Programa de Residência em Farmácia Hospitalar no Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP), 3Professor da disciplina de Estatística (UNIOESTE ), 4Farmacêutica docente/plantonista do Serviço de Obesidade e Cirurgia Bariátrica (SOCB-HUOP). E-mail: [email protected] Palavras-chaves: Obesidade; medicamentos; ganho de peso. Introdução A obesidade constitui-se em uma condição médica crônica de etiologia multifatorial que pode estar acompanhada de uma série de comorbidades. Tais doenças requerem tratamentos específicos e que muitas vezes são inadequados para o paciente obeso, pois alguns medicamentos levam a ganho de peso1. O objetivo deste trabalho foi descrever a prevalência do uso de medicamentos que levam ao ganho de peso (MLGP) pelos pacientes do SOCB-HUOP. Materiais e Métodos Estudo transversal descritivo e não controlado sobre os pacientes atendidos pela equipe multiprofissional do SOCB-HUOP no período de julho de 2014 a maio de 2016. O Índice de massa corporal foi construído de acordo com a Organização Mundial de Saúde (Obesidade IMC ≥30Kg/m2 ). Para a classificação dos medicamentos foram usadas a Anatomical Therapeutic Chemical Classification (ATC nível 1) e uma lista de MLGP baseada em evidências científicas1,2. Os dados foram coletados dos prontuários de consulta farmacêutica e tabulados em planilha Excel®. Resultados e discussão Foram analisados 50 prontuários. A média de idade foi de 45,9 anos (26-59) e o IMC médio foi de 46,2kg/m² (32,5 – 63,9). Eram na maioria mulheres (82,3%) e as comorbidades mais encontradas foram Hipertensão Arterial Sistêmica (94,1%), seguida dos Distúrbios Osteoarticulares (58,8%), da Ansiedade (52,9%), do Diabettes Mellitus tipo 2 (41,1%) entre outras. As doenças encontradas na maioria dos casos se combinavam como demonstrado no gráfico 1. 60

Dos pacientes pesquisados, 17 (34%) faziam uso de MLGP enquanto eram acompanhados no serviço. Do total de MLGP 57,89% eram medicamentos para o Sistema Cardiovascular, 21,05% para o Trato Digestivo e Metabolismo e 21,05% para o Sistema Nervoso de acordo com a classificação do 1º nível da ATC. Os MLGP usados pelos pacientes estão no gráfico 2.

Gráfico 2: Medicamentos MLGP em uso pelos pacientes acompanhados no SOCB- HUOP.

Somente 1dos pacientes fazia uso de 3 MLGP para tratar suas comorbidades, os demais faziam uso de 1. O uso de MLGP pode dificultar a perda de peso durante do tratamento da obesidade e deve ser considerada na avaliação do paciente. Conclusão Médicos e farmacêuticos que fazem acompanhamento de pacientes obesos precisam ter conhecimento dessa realidade e criar estratégias para manejo dos MLGP indispensáveis para os pacientes e encontrar novas alternativas terapêuticas, quando possível, que não atrapalhem o processo de perda ponderal durante o tratamento da Obesidade. Referências

50 40 30

% pacientes

20 10 0 1a3

4a6

7a9

comorbidades

Gráfico 2: Prevalência da associação de comorbidades nos pacientes acompanhados no SOCB- HUOP.

1.WHO. Obesity and overweight and what is the scale of the obesity problem in your country? Report of a WHO consultation on obesity. Geneva: WHO; 2006. 2. Leslie WS, Hankey CR, Lean ME (2007) Weight gain as an adverse effect of some commonly prescribed drugs: a systematic review. QJM 100(7): 395–404. 3. Brasil. Cadernos de Atenção Básica nº 38. Obesidade. 2014.

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