Processos Patrimoniais Africanos

July 19, 2017 | Autor: Pedro Pereira Leite | Categoria: Museology, New Museology
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APRESENTAÇÃO • questões prévias • Património, processos patrimoniais e globalização •

oralidade e performatividade dos patrimónios africanos



modos de trabalho com patrimónios comunitários



função social dos patrimónios

QUESTÕES PREVIAS Patrimónios Processos Patrimoniais Globalização

PONTO DE PARTIDA O problema  Estudos Africanos (campo do saber ou instrumento de resolução de problemas ?)  O património (é uma herança ? Ou um recurso ?)  O objeto patrimonial e o processo patrimonial  Relação entre Estudos Africanos e Processos Patrimoniais  Como é que o trabalho sobre fenómenos (ciência) enquanto método de resolução de problemas, se relaciona com o trabalho sobre as heranças (duma comunidade, dum território) ou como recurso (para o desenvolvimento ?) A complexidade  Africas e as suas diversidades (paisagens, comunidades, culturas, modos de gestão)  Patrimónios Globais  Relíquias, Antiguidades, monumentos (modernidade)  Do Monumento Histórico aos patrimónios (o material e o imaterial)

FUNDAMENTOS DA RELAÇÃO COM O PATRIMÓNIO Relação transitiva  O objeto património é uma ideia complexa construída no tempo (valor de identidade /afetos ) Relação semântica (relação significado/ significante)  Um objeto construído pela ação do tempo (homem, natureza) valor (de troca e do consumo) Relação da memória no tempo  Leitura do passado no presente, como vontade de futuro (memória social) Um elemento comum : Acontece num o tempo Manifesta-se no Espaço Gera ação Cultura / Desenvolvimento (?)

CASO PRÁTICO A folclorização dos indígenas africanos pelas agências de viagens

O PROBLEMA DO PATRIMÓNIO MATERIAL E IMATERIAL Matéria e eurocentrismo Imaterialidade : “tornar tangível o intangível” processo de patrimonialização (UNESCO) : 7 convenções, recomendações e declarações • • • • • •

Carta de Atenas (1931-34) – Declaração de Veneza (ICOMOS, 1964) 1952, 1971 -Convenção dos Direitos de Autor 1954 – Proteção da Propriedade Cultural em caso de conflito Armado 1970- Proibição do Comércio Ilícito de Bens Culturais 1972. Convenção de Protecção do Património Cultural e Natural 2001- Protecção do Património Cultural Subaquático • 2003 Protecção do Património Imaterial • (1989) .Recomendação sobre Salvaguarda da cultura e Tradição Popular • (2001). Obras Primas do Património Oral da Humanidade • 2005 - Protecção e Promoção da Diversidade Cultural

A QUESTÃO CIENTÍFICA O “Estudante Africano” como mediador na comunidade o que é tradição e o que é modernidade ? • a construção da narrativa pela ciência: um discurso de legitimação • o exótico bom selvagem (Claude Levi-Strauss) • A escolha do que se conserva : salvaguarda da tradição • A tradição do formalismo russo • Vladimir Propp e estudos de etnografia histórico cultural • O trabalho sobre os contos tradicionais e a natureza social do folclore (campo de convergência da história, linguística, literatura, enologia). • Procura da vida espiritual (colectiva) • Estudo da arquitectura ( o estudo da classe dominante e das suas formas de dominação) • A ciência tem que procurar no povo a essência espiritual (a poética) • O investigador participa no universo que pesquisa (avalia a partir do seu quadro de referencias

CONCLUSÃO PROVISÓRIA Corpo e espírito A materialidade e a imaterialidade remete para a questão do universo mental • Como se pensa ? • Como se categoriza o mundo ? • Como se interage com o mundo? • Como se constrói o discurso ? É possível proteger através de instrumentos uniformizadores produzidos por uma cultura ? • Quem atua na proteção (o estado e os seus agentes) as associações ? • o que se protege ? • como se protege ? e • para que se protege ?

A EMERGÊNCIA DA ARTE AFRICANA A produção social da arte africana como modo de relação com o mundo O reconhecimento do outro (africano) pelos europeus

Seculo XIX 1875 – Museo do Tocadero em paris O objeto etnográfico é equiparado a objeto da natureza. A questão do selvagem e do civilizado 1876, Exposição em paris “Virgem Negra” 1915 – Berlim – Publicação do Livro de Carl Einstein “Nigerplastik” Exposição em Paris no Café “Dome. a influencia no modernismo português: Santa Rita e Amadeu Sousa Cardoso

MASCARAS A construção do objeto artístico pelos europeus em Portugal um atraso de décadas Exposição universal de Paris

Exposição Colonial de 1934 (Porto) Exposição de Arte Indígena no Museu do Chiado (1934) Ainda se discutia “a existência duma arte indígena” Anos 60 Museu Nacional de Etnologia. Colecção de mascaras africanas e os trabalhos de Veiga de Oliveira 1976 As exposições da Gulbenkian e os Trabalhos de Mesquitela Lima 1986 Museu de Etnologia

MASCARAS E PERFORMATIVIDADE As análise de Mesquitela Lima. (influencia dos quiocos) a escultura como processo comunicativo A forma e o conteúdo

a questão da autoria coletiva a arte como dialogo com as heranças a arte como produção do presente a função social da arte. o objeto como papel social

MASCARAS E PERFORMATIVIDADE O sentido de representação do real a mascara como ato performativo a mascara como objeto decorativo e turístico As independências e a construção da nação A construção de políticas culturais com base nas recomendações da UNESCO o caso de Moçambique: o caso da escultura maconde e a luta de libertação exposição em Paris em 1985 as campanhas de vulgarização cultural (1977-1979) o caso do museu etnográfico de Nampula

fotografias, teatro (a companhia de musica e dança de moçambique)/ o tufo a tchimbila e gula-wnku como património imaterial o “renascimento africano”

NARRATIVA ORALIDADE A questão dos contos e da tradição a questão da negritude de Leopold Sangor (1948) a procura duma “essência” africana

a critica de Diagne (anos 70) reafricanizar a negritude a oratura (oralidade ) a polémica entre tradição e modernidade a modernidade como procura de liberdade (Alfredo Margarido , 1962)

A QUESTÃO DOS PATRIMÓNIOS ORAIS A convenção do património imaterial e a oralidade a inventariação dos contos tradicionais

O percurso de Manuel Viegas Guerreiro (literatura popular, volume IV dos Macondes) manual de recolha da literatura popular (1987). ultrapassar a leitura da tradição e olhar para a literatura como modo de pensar o presente. o saber denotativo (fazer, estar, e ser ) o costume como pauta e a ação como inovação Loytard : a pluralidade de jogos de linguagem permitem: uma complexidade de enunciados denotativos e formas de transmissão com regras fixadas na pragmática

MUSICALIDADES O Formalismo de Propp os mitos como criação poética : síntese e alegoria que remetem para a totalidade o processo de criação na comunidade

a modernidade no folclore com a introdução de “autores” A indissociável criação entre canto, dança e oralidade. A questão da criação coletiva A questão da conservação e da inovação

CASOS O Caso do Projecto da UNESCO da Rota do Escravo, Oceano índico Os caso da Ilha de Moçambique, Madagáscar, Reunião, Comores, Maurícias, Mayotte e Pondcherry na India. Os projetos de Revitalização Urbana (Saint Louis, Senegal, Cidade Velha, Cabo Verde) Outros Casos (Zanzibar, Lamu)

MÉTODOS DE TRABALHO SOBRE ORALIDADE O Caso da Escravatura Narrativas biográficas como proposta

O PROJETO ÁRVORE E DAS MEMÓRIAS - MOÇAMBIQUE Método do sociodrama •

Aquecimento



Escolha do tema



Encerramento

Teoria •

Teoria dos Papeis



Espontaneidade

FUNÇÃO SOCIAL DOS PATRIMÓNIOS Para que serve a cultura no desenvolvimento ? Como conservar para inovar ?

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