X ENCONTRO NACIONAL SOBRE SUBSTRATOS PARA PLANTAS
PRODUÇÃO DE MUDAS DE PAU DE BALSA A PARTIR DE SUBSTRATO ADICIONADO DE BIOCHAR Fabiana Abreu de Rezende (1*); Maurel Behling (1); Claudia Maria Branco de F. Maia (2) (1) Embrapa Agrossilvipastoril, Sinop (MT). (*) Autora correspondente:
[email protected] (2)Embrapa Florestas, Curitiba (PR), Brasil.
INTRODUÇÃO Resíduos agroindustriais provenientes da indústria de base florestal constituem sérios problemas ambientais. Assim, formas de reaproveitamento são uma alternativa à destinação desses resíduos, que podem ser utilizados como matéria-prima para produção de biochar ou biocarvão, material que vem sendo estudado para aplicação como condicionador de solos e também como componente de substratos para produção de mudas em viveiro.
OBJETIVO Averiguar o desenvolvimento e a qualidade de mudas de Pau de Balsa (Ochroma pyramidale), quando cultivadas em substrato condicionado com biochar e biochar ativado.
MATERIAL E MÉTODOS O estudo foi realizado no viveiro florestal Flora Sinop, entre dezembro de 2012 e março de 2013. O biochar foi produzido a partir do pó-de-serra dessa espécie. Para a obtenção do biochar, a matéria-prima foi processada em fornos tubulares de operação contínua e aquecimento indireto através da pirólise lenta, com tempo de residência e temperaturas de pirólise de: 60 minutos a 450°C e 25 minutos a 650°C e, neste último, foi mantido um fluxo constante de vapor de água contracorrente ao fluxo da matériaprima para desobstrução de poros e, consequentemente, ativação do material. Para a obtenção dos substratos, os tratamentos foram compostos da seguinte maneira: substrato comercial (SC) composto de pinus e vermiculita (4:1, m/m); substrato do viveirista (SV) composto de 50% de substrato comercial e 50% da mistura de casca de arroz carbonizada com fibra de coco (1:1, m/m); e as misturas com biochar (BC) e biochar ativado (BA) nas proporções: 25, 50, 75 e 100% (B25, B50, B75, B100, BA25, BA50, BA75 e BA100), respectivamente. Procedeu-se a adição de fertilizantes químicos de liberação lenta para todos os tratamentos. Para a produção das mudas foram utilizados tubetes cônicos de 12 cm de comprimento e 50 cm3 de capacidade. Foram semeadas três sementes por tubete, seguido de desbaste deixando-se uma plântula por recipiente. Aos 90 dias após o plantio, avaliou-se o diâmetro do coleto e a altura das mudas.
RESULTADOS Para o diâmetro do coleto os resultados foram: tratamentos 25% BA, 50% BA, 75% BA, 100% BA e BA (média) foram superiores aos tratamentos com 25% B, 50% B, 75% B, 100% B e B (média), respectivamente. Ainda, para os mesmos períodos, 25% BA apresentou melhores resultados que SC. SC foi superior à 25% B e 100% B. Os demais tratamentos não diferiram entre si. Referente à altura das plantas, observaram-se os seguintes resultados: os tratamentos BA e B apresentaram diferença significativa para as proporções 25% BA x 25% B, 50% BA x 50% B, 75% BA x 75% B, 100% BA x 100% B e média BA x média B, em que BA mostrou-se superior a B. Já a comparação da diferença de SC com 100% B foi significativa para o período avaliado, sendo que SC mostrou-se superior ao tratamento B
Figura 2: mudas de Pau de balsa no viveiro.
CONCLUSÕES Os resultados de diâmetro do coleto e altura evidenciam que a adição de pequenas dosagens de BA aos substratos para produção de mudas de pau de balsa melhora o desenvolvimento das plântulas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Figura 1: biochar - esquerda e biochar ativado - direita (imagens obtidas pelo InMetro).
APOIO: FAPEMAT/CNPq, EMBRAPA,CAPES.
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