Programa da Disciplina de HISTÓRIA DAS INSTITUIÇÕES JURÍDICAS E POLÍTICAS - Legal History Syllabus 2016-2017

May 28, 2017 | Autor: Jose Pina-Delgado | Categoria: Legal History, História Do Direito
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Programa da Disciplina de HISTÓRIA DAS INSTITUIÇÕES JURÍDICAS E POLÍTICAS

ANO LECTIVO 2016-2017

1. DOCENTES RESPONSÁVEIS Regente e Docente das aulas teóricas– Prof. Graduado José Manuel Pina Delgado (Mestre e Doutorando em Direito Público; Pós-Graduado em Filosofia Moral e Política, Juiz do Tribunal Constitucional)

Docente das aulas práticas – Prof. Assistente Convidado Salvador Varela (Lic. e Mestrando em Direito Privado; Advogado) 2. DISCIPLINA História das Instituições Jurídicas e Políticas 3. CURSO (ANO/SEMESTRE) 1º Ano/Disciplina semestral (1º Semestre) 4. CARGA HORÁRIA Cinco horas semanais, divididas em três aulas teóricas e duas práticas, perfazendo um total de noventa horas.

5. ENQUADRAMENTO E OBJECTIVOS DA DISCIPLINA 5.1. Enquadramento/Justificativa

Justificar uma disciplina de história em cursos de licenciatura em Direito não tem sido uma tarefa fácil à medida em que a ditadura do prático e da preparação para o mercado de trabalho acabam por – mesquinha e

farisaicamente – diminuir a importância do conhecimento da História pelo

licenciado em Direito. Não obstante essas tentativas, o estudo da História

das Instituições Jurídicas ainda é central na formação jurídica, quanto mais não seja pelo simples facto de ser o jurista acima de tudo um humanista e nunca um mero autómato, decorador de leis e ritos processuais, coisa, aliás,

que não exige formação jurídica para se ter algum domínio superficial. Neste sentido, o conhecimento do passado, da evolução das instituições jurídicas e políticas, a noção de que, por vezes, aquilo que se nos apresenta como natural resultou de um processo histórico no qual estivémos face a outras

opções é essencial para formar um indivíduo capaz de se colocar perante as normas de forma crítica e perspicaz, que consegue ultrapassar a mera leitura do óbvio, para ler nas entrelinhas o que ela pretende exprimir.

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5.2. Objectivos 5.2.1 Objectivo geral Analisar a evolução das instituições jurídicas e políticas nas ilhas de Cabo

Verde, tendo como pano de fundo a evolução geral do Direito e o contexto político colonial lusitano dentro do qual se forma e se desenvolve. 5.2.2 Objectivos específicos

a) Apresentar sumariamente a evolução do Direito da Antiguidade ao Período Medieval, criando o contexto para o estudo das instituições jurídicas luso-cabo-verdianas coloniais.

b) Descrever o Direito Português antes do Renascimento. c) Discutir as instituições políticas e jurídicas existentes em Cabo Verde no primeiro período de desenvolvimento do Direito aplicável nas Ilhas no período

colonial

numa

perspetiva

desenvolvimentos globais do Direito.

conectada

com

os

grandes

d) Reflectir sobre o Direito de Cabo Verde depois da Independência. 6. CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS A escolha de conteúdos não deixa de ser um empreendimento ideológico que implica, ainda mais se se levar em conta a impossibilidade de se dar

conta de tudo, em escolhas. Dada a perspectiva adoptada para o ensino da história no curso de licenciatura em Direito do Instituto Superior de Ciências Jurídicas e Sociais, materializada na ideia de se ter esta disciplina de história das instituições jurídicas e políticas, resulta em um programa que congrega

diversas perspectivas do ensino da História, seja ela uma História do Direito, seja ela uma história das instituições políticas ou somente do Estado, uma

história do Direito universalmente considerado ou uma história do Direito nacional, uma história das instituições jurídicas limitadas às instituições

postas ou que inclua também a perspectiva de reflectir sobre o pensamento político ou jurídico que, por vezes, o fundamenta. Assim sendo, os conteúdos foram escolhidos tendo em atenção esta perspetiva inclusiva de

dar atenção tanto à história das instituições políticas (não as limitando ao Estado) quanto à História do Direito, tanto à história universal das instituições políticas e jurídicas quanto à nacional (em Cabo Verde e de Cabo Verde), tanto uma história das instituições jurídicas num sentido limitado quanto aspetos da história do pensamento político e jurídico. 3

História e Instituições Jurídicas e Políticas: uma introdução. História e Instituições Jurídicas e Políticas: uma introdução - O ensino da História em cursos de Direito: um excurso temporal e espacial - A inserção da disciplina de História das Instituições Jurídicas e Políticas no

currículo do curso de licenciatura em Direito do Instituto Superior de Ciências Jurídicas e Sociais: a evolução da discussão

- A inserção da disciplina de História das Instituições Jurídicas e Políticas no currículo do curso de licenciatura em Direito do Instituto Superior de Ciências Jurídicas e Sociais: Justificação e Razão da Disciplina

- Um conceito de História das Instituições Jurídicas e Políticas

- A importância do estudo da História para a formação do jurista - Escolas Históricas e Métodos da História das Instituições Jurídicas e Políticas

- Fontes da História das Instituições Jurídicas e Políticas - A utilização da História do Direito no Processo Judicial 1. A Evolução Geral das Insitutições da Antiguidade

1.1. Características do Direito na Antiguidade Oriental 1.1.1. As grandes civilizações orientais

1.1.2. Forma sagrada de exercício do poder 1.1.3. Modo absoluto de exercício do poder 1.1.4. Presença de forte burocracia administrativa

1.1.5. Existência de estruturas judiciárias racionalizadas 1.1.6. Surgimento dos primeiros Códigos escritos

1.1.7. Sistema Criminais Extremamente Duros e com elementos de

alguma irracionalidade

1.1.8. Sistema Jurídica-Privado com Tratamento Desigual entre as Pessoas

1.1.9.

Desenvolvimentos

Assinaláveis

no

Sistema

Jurídico-

Internacional 1.2. Instituições hebraicas antigas 1.2.1. Forma sagrada de legitimação do poder 1.2.2. Modo limitado de exercício do poder

1.2.3. Emergência da Lei como Fonte do Direito

1.2.4. Sistema Criminal Duro, mas relativamente racionalizado 4

1.2.5. Sistema Jurídico-Privado marcado por tendências contrastantes 1.2.6. Surgimento do Direito Público Externo 1.3. Instituições Políticas e Jurídicas da Grécia Antiga 1.3.1. Características gerais

1.3.2. O surgimento da República como forma de Governo 1.3.3. Os princípios constitucionais estrutantes diferenciados 1.3.4. A divisão funcional de poderes e os órgãos de Estado 1.3.5. Os processos legislativos complexos 1.3.6. O desenvolvimento de mecanismos de defesa da Constituição 1.3.7. A emergência de novos ramos do direito

1.3.8. O sistema criminal duro e as diferentes formas de processo penal

1.3.9. O sistema jurídico-privado desigual

1.4. Instituições Políticas e Jurídicas da Roma Antiga 1.4.1. A evolução da organização política da Monarquia para a

República

1.4.2. A legitimação elitista-popular do poder na República 1.4.3. A pluralidade de órgãos de poder

1.4.4. O processo legislativo diferenciado 1.4.5. Os mecanismos radicais de defesa da República penal

1.4.5. O sistema criminal duro e complexo e as mutações do processo 1.4.6. O sistema jurídico-privado extremamente evoluído de uma

sociedade escravocrata

1.4.7 A projecção do Direito Público Externo para a Criação de um

Direito das Gentes Europeu 1.3.11. A transição para o período medieval

II. Origens, Fundamentos e contexto do Direito Português antes das Descobertas 2.1. As Bases Plurais do Direito Medieval 2.1.1. O Pluralismo nas formas de organização política A – Monarquias absolutas, quase-absolutas, limitadas e muitolimitadas B – Repúblicas populares e aristocráticas 5

C – Estados teocráticos D – Impérios Multinacionais E – Estruturas descentralizadas:o modelo político do feudalismo

2.1.2. O pluralismo jurídico infra-constitucional

A – As bases romanas, religiosas, germânicas e costumeiras do Direito

B – O Direito Público infra-constitucional C – O sistema jurídico-penal D – O sistema jurídico-privado

2.1.3. As particularidades do Direito Internacional Medieval 2.2. O Direito Medieval, em especial o seu desenvolvimento peninsular 2.2.1. As formas de organização do poder 2.2.2. O Sistema Criminal

2.2.3. O Sistema Jurídico-Privado 2.3. Instituições Políticas e Jurídicas Portuguesas no Período Medieval e Proto-Moderno

2.3.1. A Monarquia Portuguesa A – Origens

B – Os Órgãos de Estado C – A Estrutura Administrativa D – A Estrutura Judicial

2.3.2. O Sistema Criminal A – Crimes e Penas

B – O Processo Penal

2.3.3. O Sistema Jurídico-Privado A – O Direito das Obrigações B – Os Direitos Reais

C – O Direito da Família e o Direito das Sucessões

III. A História do Direito nas Ilhas de Cabo Verde 3.1. Introdução geral: historiografia e periodificação 3.1.1. Historiografia Cabo-Verdiana 3.1.2. Proposta de Periodificação da História do Direito em Cabo Verde 3.1.3. As Ilhas de Cabo Verde como realidade histórico-jurídica 3.1.4. Origem e Povoamento

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3.2. Aspectos jurídico-públicos: as bases normativas da incorporação das Ilhas e espaços adjacentes ao Império Português 3.2.1. As Bulas Papais

3.2.2. O Tratado das Tordesilhas

3.2.3. A Ocupação Efectiva de uma Terra Nullius

3.2.4. Questões Teóricas Subjacentes: a aplicação do debate Grócio-

Selden-Freitas a Cabo Verde

A – A Liberdade Geral de Hugo Grócio B – A Restrição Territorial de Selden

C – A Legitimidade da Ocupação Portuguesa (Castelhana) do Novo Mundo de Freitas 3.3.5. O problema da pirataria e do corsarismo à luz do Direito

Internacional Aplicável

3.3. As instituições jurídicas das nações dos rios da Guiné e do Cabo Verde e a Projecção das Ilhas sobre as Zonas Adjacentes do Continente

3.3.1. Instituições Jurídicas das Nações dos Rios da Guiné e do Cabo

Verde A – Estrutura Política B – Sistema Criminal

C – Sistema Jurídico-Privado 3.3.2. As Bases Jurídicas da Projeção A – Consentimento B – Guerra Justa

3.4. O Direito de uma Sociedade Escravocrata (Séculos XV a XVIII) 3.4.1. A Legítimidade da Escravatura

A – Bases para a redução à Escravatura -

Títulos

originários:

Obrigacional; Sanções Criminais

Guerra

Justa,

Inadimplemento

- Títulos derivados: Contratuais; nascimento - A ausência de título certo: a boa fé

B – Tratamento do Escravo - Proteção do corpo - Proteção da Alma

C – Contestadores da Escravatura em Cabo Verde

- Os críticos hispânicos: Mercado, Molina e Vitória 7

- As reservas lusitanas: Rabelo, os Capuchinhos, o Escrito sobre a Escravaria na Guiné - As dúvidas locais: Baltasar Barreira, André Álvares de Almada

e Vitoriano Portuense

3.4.2. As fontes do Direito interno A – As Ordenações do Reino B – As Leis Régias

C – As Posturas Municipais D – Os Costumes Locais

3.4.2. As Instituições Políticas A – As Capitanias B – As Câmaras Municipais C – O Governador D – O Bispo

3.4.3. As Instituições Judiciárias A – Os Juízes Ordinários B – Os Corregedores C – Os Ouvidores

D – As Casas da Suplicação e do Cível

3.4.4. As Instituições Administrativas 3.4.5. As principais normas jurídicas A – Sistema Fiscal

B –Sistema Criminal

C – Sistema Jurídico-Privado

3.4.6. A Abolição da Escravatura no Século XIX A – A Abolição do Tráfico Transatlântico de Escravos B – A Abolição da Escravatura nas Colónias Portuguesas C – A Abolição da Escravatura em Cabo Verde

D – O pensamento político da abolição em Cabo Verde no Escravo de José Evaristo d’Almeida

3.5. O Direito Português e a sua Aplicação ao Ultramar nos Séculos XIX e XX – o caso e as particularidades de Cabo Verde 3.5.1. As alterações sistémicas e particulares: Portugal e Cabo Verde

em confronto

A – Centralização do Poder Real 8

B – Decapitação de Lideranças Locais 3.5.2. As fontes do Direito A – A Lei da Boa Razão B – Os Códigos

C – As Constituições Portuguesas dos Séculos XIX e XX – um constitucionalismo tímido de uma potência colonial em recessão D – As Leis Ordinárias

E – A Legislação ultramarina e local 3.5.2. As Principais Instituições A – O Governador

B – As Câmaras Municipais 3.5.3. As principais normas jurídicas A – O Direito Administrativo B – O Sistema Criminal

C – O Sistema Jurídico-Privado

3.5.4. As reações intelectuais à administração e à aplicação do Direito nas Ilhas na génese do pensamento político-jurídico cabo-verdiano A – O pensamento político de Eugénio de Paula Tavares B – O pensamento político de Pedro Cardoso

C – As denúncias de Luiz Loff de Vasconcelos D – A defesa das Ilhas nas Cortes Portuguesas

IV. A História do Direito de Cabo Verde

4.1. Aspectos jurídicos da luta de libertação nacional e da criação do

Estado de Cabo Verde

A – As lutas de libertação nacional face à legislação portuguesa:

impedimento à secessão, incriminação e repressão B – O direito à auto-determinação dos povos à luz do Direito

Internacional dos Anos Sessenta e Setenta do Século XX

C – A invocação da Legítima Defesa no Combate aos Movimentos de libertação nacional

D – O Reconhecimento Internacional da Independência de Cabo Verde E – O pensamento Político-Jurídico da Luta pela Independência, em especial na teorização de Amílcar Cabral

4.2. Evolução do Direito Cabo-Verdiano Pós-Colonial 9

4.2.1. O Direito da I República A – A Filosofia Política e Jurídica da Primeira República B – Poder Político Concreto e as Leis Fundamentais

C – As Fontes do Direito: Ruptura Política, continuidade jurídica D – Organização e funcionamento dos tribunais E - O Sistema Administrativo em Progressão F – A Ordem e o Direito Económicos G – O Sistema Criminal H – O Sistema Jurídico-Privado

4.2.2 O Direito da II República.

A – A Nova Ordem Constitucional B – Continuidade e ajustamento das fontes do Direito

C – Mutações da Organização Administrativa e incertezas do sistema de garantias do administrado

D – A Emergência de uma Nova Ordem Económica Livre e Regulada E – Evolução do Sistema Criminal no diapasão do Estado de Direito Democrático G



Sistema

Jurídico-Privado:

Permanência

de

ajustamentos complementares no campo do trabalho.

Estrutura,

Considerações finais

7. SISTEMA DE AVALIAÇÃO

Encontrando-se o sistema de avaliação fortemente condicionado por

determinações regulamentares, forçosamente o sistema a utilizar deverá

estar calcado nesses preceitos. Deste modo, optamos pela realização de um teste dividido em duas partes aos alunos da avaliação contínua, nos quais será avaliado o domínio dos conteúdos da história das institutições, bem

como a capacidade de exposição e interpretação de textos. O primeiro, teórico, será realizado no dia 9 de Janeiro e o segundo, prático, no dia 28

do mesmo mês. Os resultados do teste escrito têm um impacto de 75% na nota final da avaliação contínua. Além disto, ter-se-á, pela natureza desse método de avaliação, de se

levar em consideração a avaliação permanente feita, predominantemente,

durante as aulas práticas, nomeadamente as que decorrem da solução de 10

casos práticos, comentários a textos e debates sobre obras ou películas cinematográficas relativas a matérias da história jurídica e política. Atribuirse-á uma nota de 0 a 20 para a participação, que terá, posteriormente, um impacto de 25% na nota final dos estudantes que escolherem o método A de avaliação.

8. .REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS GERAIS** História Geral do Direito

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* Foram apenas vertidas para o programa as obras de referência, de consulta geral, e em português. Para cada um dos módulos, utilizar-se-á e indicar-se-á bibliografia específica ao assunto a ser tratado. Os livros recomendados para aquisição foram destacados a vermelho.

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História do Direito em Cabo Verde (textos de interesse)

Aristides Pereira. Minha Vida, Nossa História, José Vicente Lopes (organizador e entrevistador), Praia, Spleen, 2012. BALENO, Ilídio, “Pressões externas: reacções ao corso e à pirataria” in: Maria Emília Madeira Santos (coorda.), História Geral de Cabo Verde, 2. ed., Lisboa/Praia, Instituto de Investigação Tropical/Instituto Nacional de Investigação Cultural de Cabo Verde, 2001, v. II, pp. 125-188. ______ , “Reconversão do comércio externo em tempo de crise e o impacto da companhia do Grão-Pará e Maranhão” in: SANTOS, Maria Emília Madeira Santos (coorda.), História Geral de Cabo Verde, Lisboa/Praia, Instituto de Investigação Tropical/Instituto Nacional de Investigação Cultural de Cabo Verde, 2002, v. III, pp. 157-233. CABRAL, Amílcar, Unidade e Luta. A arma da teoria, Mário de Andrade (coord.), Praia, FAC, 2013. CABRAL, Iva Maria, “Política e Sociedade: ascensão e queda de um elite endógena” in: SANTOS, Maria Emília Madeira (coorda.), História Geral de Cabo Verde, Lisboa/Praia, Instituto de Investigação Tropical/Instituto Nacional de Investigação Cultural de Cabo Verde, 2002, v. III, pp. 235-326. _____, A Primeira Elite Colonial Atlântica. Dos ‘homens honrados brancos’ de Santiago à ‘nobreza da terra’”. Finais do séc. XV – início do séc. XVI, Praia, Livraria Pedro Cardoso, 2015. CAPELA, José, “O Município de Cabo Verde e o municipalismo do mundo português de “Antigo Regime” (breves notas comparativas)”, Africana, n. 24, 2002, pp. 65-76. COHEN, Zelinda, “Entre os proscritos e os seleccionáveis: contribuição para o estudo do perfil do funcionalismo régio insular (Cabo Verde do século XV a meados do século XVIII)”, Africana, a. 15, Número Especial 6, 2001, pp. 79-91. COHEN, Zelinda, “A administração das Ilhas de Cabo Verde Pós-União Ibérica: Continuidade e Ruptura” in: SANTOS, Maria Emília Madeira (coorda.), História Geral de Cabo Verde, Lisboa/Praia, Instituto de Investigação Tropical/Instituto Nacional de Investigação Cultural de Cabo Verde, 2002, v. III, pp. 67-156. _____ ., “Administração das ilhas de Cabo Verde e seu distrito no segundo século de colonização” in: SANTOS, Maria Emília Madeira (coorda.), História 12

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SOUSA, Mário Lúcio, Biografia do Língua, Alfragide, D. Quixote, 2014. 9. HORÁRIO DE ATENDIMENTO AOS ALUNOS Sábado – 11:00 às 12:00 (marcação com antecedência mínima de 48 horas através do endereço electrónico [email protected]); alunos de confissões religiosas que guardam o Sábado, a combinar com o docente.

Data: 10/10/2016 O Regente

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José Manuel A. de Pina Delgado 17

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