Programa da disciplina obrigatória de graduação: História da Historiografia Brasileira

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1 Universidade Federal de Ouro Preto História da Historiografia Brasileira - 2015/2 Prof. Dr. Valdei Lopes de Araújo [email protected] I. Ementa A disciplina pretende analisar as transformações na escrita da história no mundo de língua portuguesa, com ênfase nas formas de historiar o que a partir de 1822 pode ser chamado de Brasil. O eixo estruturador do curso está resumido na passagem das formas clássicas de relacionamento com o passado para as concepções propriamente modernas, bem como sua dispersão e novas direções assumidas ao longo do século XX. II. Programa Módulo I – Introdução [aulas 1, 2 e 3] A) História da historiografia, definições. B) A história da historiografia brasileira como campo de investigação: panorama [aula 2] C) Origens da escrita da história em língua portuguesa: a crônica [aula 3] ARAUJO, Valdei Lopes de. Sobre o lugar da história da historiografia como disciplina autônoma. Locus (Juiz de Fora), v. 12, p. 79-94, 2006. GIANEZ, Bruno & ARAUJO, Valdei L. de. [2006]: A emergência do discurso histórico na crônica de Fernão Lopes. Fênix (Uberlândia), v. 3, p. 1-20. CLEMENTINO, Kleber. (2014). Clio no Ultramar: elementos da historiografia portuguesa nas narrativas seiscentistas da “guerra holandesa”. CLIO - Revista de Pesquisa Histórica, (32.1).

Módulo II: Retórica, ilustração e escrita da história (1700-1750) [Aulas 4 e 5] KANTOR, Íris. “Do dilúvio universal à Pai Sumé: mediações entre o universal e o local na historiografia erudita lusoamericana” In ____. Andréa Lisly & Valdei Araujo (orgs.). Estado, região e sociedade: contribuições sobre a história social e política. Belo Horizonte: Argvmenvm, 2007, pp. 19-32. SILVEIRA, Pedro Telles da. “Academias e agremiações na Europa moderna.” In ____. O cego e o coxo: Crítica e retórica nas dissertações históricas da Academia Brasílica dos Esquecidos (1724-1725). Dissertação de Mestrado. Mariana. UFOP, 2012, pp. 44-61.

2 NICOLAZZI, Fernando F. Entre "letras & armas", a história como disputa. Considerações sobre a historiografia luso-brasileira do século XVIII. Almanack Braziliense, v. 11, p. 40-51, 2010. RODRIGUES, Mara C. D. M. (2014). A configuração do tempo nos textos da Academia dos Esquecidos: apontamentos sobre a historiografia luso-brasileira do século XVIII. In A. R. C. da Silva, F. Nicolazzi, & M. H. de F. Pereira (Eds.), Contribuições à História da Historiografia Luso-Brasileira. São Paulo: Hucitec.

Módulo III: retórica, ilustração e escrita da história II (1750-1808) [aula 6 e 7] SILVA, Ana Rosa Cloclet da. Ilustração, história e ecletismo: considerações sobre a forma eclética de se aprender com a história no século XVIII. História da Historiografia, Ouro Preto, número 04, março, 2010, pp. 75-87. ALCIDES, Sérgio. “Os letrados e a tópica”. In ____. Estes penhascos. Claudio Manoel da Costa e a paisagem das Minas, 1753-1773. São Paulo: Hucitec, 2003, pp. 121-136. SILVA, Taise Tatiana Quadros. “O projetismo nas letras e a irrupção do futuro” In _____. Maquinações da Razão discreta: Operações historiográficas e experiência do tempo na Classe de Literatura portuguesa da Academia Real de Ciências de Lisboa (17791814). Tese. DH/UFRJ, 2010, pp. 189-245. [http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/cp149172.pdf]

Módulo IV: A escrita da história em época de crise (1808-1831). [Aula 8 e 9] ARAUJO, Valdei Lopes de. “Parte I”. In ____. A experiência do tempo: conceitos e narrativas na formação nacional brasileira (1813-1845). São Paulo: Hucitec, 2008, pp. 25-99. ____. “Cairu e a emergência da consciência historiográfica no Brasil (1808-1830). In Lúcia M. B. P. das Neves ET alii. (Orgs.). Estudos de Historiografia Brasileira. Rio de Janeiro: FGV, 2011, pp.75-92. PIMENTA, João Paulo G & Araujo, Vadei L. de. (2008). História. Lisboa. Ler História, pp. 83–96.

Módulo V: Cultura histórica, romantismo e política, “anos heroicos” (1831-1840) [aulas 10 e 11]

3 ARAUJO, Valdei Lopes de. Observando a observação: sobre a descoberta do Clima Histórico e a emergência do cronótopo historicista, c. 1820. ____. “Parte II”. In ____. A experiência do tempo: conceitos e narrativas na formação nacional brasileira (1813-1845). São Paulo: Hucitec, 2008, pp. 103-188. MEDEIROS, Bruno Franco. “Que história escrever para o Império do Brasil” Plagiário, à maneira de todos os historiadores. Jundiaí: Paco Editorial, 2012, pp. 91-110. VARELLA, Flávia Florentino . Repensando a História do Brasil: apontamentos sobre John Armitage e sua obra. Almanack Braziliense (Online), v. 8, p. 117-126, 2008. Módulo VI - O IHGB, sob a imediata proteção de SMI [aulas 12 e 13] ARAUJO, Valdei Lopes de. (2015). Historiografia, nação e os regimes de autonomia na vida letrada no Império do Brasil. Vária História, pp. 365-400. GUIMARÃES, Manoel Luiz Salgado. “Entre as luzes e o romantismo: as tensões da escrita da história no Brasil oitocentista”. In ____. Estudos sobre a escrita da história. Rio de Janeiro: 7Letras, 2006, pp. 68-85. GUIMARÃES, M. L. S. (2008). Uma história da história nacional : textos de fundação. In Ivana S. Lima (Ed.), História social da língua nacional (pp. 393–413). Rio de Janeiro: Edições Casa de Rui Barbosa. GUIMARÃES, Lúcia Maria Paschoal. “O tribunal da posteridade” In Maria Emília Prado. O Estado como Vocação: idéias e práticas políticas no Brasil oitocentista. Rio de Janeiro: Access, 1999, pp. 33-57.

Módulo VII - A HGB de Varnhagen e o Romance alencariano, entre história e literatura [Aulas 14 e 15] CEZAR, Temístocles. “A retórica da nacionalidade de Varnhagen e o mundo antigo: o caso da origem dos tupis”. In Manoel Luiz S. Guimarães (Org.). Estudos sobre a Escrita da História. Rio de Janeiro: Sete Letras, 2006, pp. 29-41. FREITAS, Renata Dal Sasso. José de Alencar e o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro: apontamentos sobre a concepção do romance As Minas de Prata (1862-1865) e a cultura histórica brasileira nos oitocentos. Aedos. Num. 5, vol. 2, Julho-Dezembro 2009

4 SILVA, Daniel P. (2014). História e literatura no Brasil oitocentista : a historicidade do literário na crítica de José de Alencar a Gonçalves de Magalhães. Maracanan, X(10), 78– 92. RAMOS, Francisco R. L. (2015). José de Alencar e a operação historiográfica: fronteiras e disputas entre história e literatura. História Da Historiografia, (18), 160. doi:10.15848/hh.v0i18.815

Módulo VIII - Da geração de 1870 [Aulas 16 e 17] TURIN, Rodrigo. Uma nobre, difícil e útil empresa: o ethos do historiador oitocentista. História da Historiografia, número 02, março, 2009, pp. 12-28. MEDEIROS, B. F. & ARAUJO, Valdei L. de. A história de Minas como história do Brasil: o projeto historiográfico do APM. Revista do Arquivo Público Mineiro, v. XLIII, 2007, p. 22-37. ARAUJO, Valdei L. de “Política como história, como literatura: um Estadista do Império”. In CASTRO ROCHA, João Cezar de; ARAUJO, Valdei Lopes de. (Org.). Nenhum Brasil Existe. Rio de Janeiro: Topbooks, 2001, p. 303-312. GONTIJO, Rebeca. Capistrano de Abreu, viajante. Revista Brasileira de História (Impresso), v. 30, p. 15-36, 2010. Aula 18 – Avaliação escrita.

Módulo IX- A escrita da história na República Velha [Aulas 19 e 20]

Sousa, F. G. De. (2015). Revolta e proclamação como molduras da história: escrita da história e olhares para a República entre os sócios do IHGB. História Da Historiografia, (18), 213. doi:10.15848/hh.v0i18.854 GONTIJO, R. (2003). Manoel Bomfim, “pensador da história” na Primeira República. Revista Brasileira de História, 23(45), 129–154. ANHEZINI, K. (2009). Um metódico à brasileira : a escrita da história de Afonso de Taunay. Revista de História (USP), (160), 221–260.

Módulo X – O ensaísmo dos anos de 1930 [aulas 21, 22 e 23]

5 FRANZINI, Fabio . A década de 1930, entre a memória e a história da historiografia brasileira. In: Lucia Maria Bastos Pereira das Neves, Lucia Maria Paschoal Guimarães, Marcia de Almeida Gonçalves e Rebeca Gontijo. (Org.). Estudos de Historiografia Brasileira. 1 ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2011, v. 1, p. 261-275. GONÇALVES, Márcia de Almeida. “Em tempos de epidemia biográfica: Octávio Tarquínio de Sousa e sua busca pelos homens históricos. In NEVES, Lúcia Maria Bastos Pereira das; GUIMARÃES, Lúcia Maria Paschoal; GONÇALVES, Márcia de Almeida; GONTIJO, Rebeca. (Org.). Estudos de historiografia brasileira. Rio de Janeiro: FGV, 2011, pp. 293-304. NICOLAZZI, Fernando F.. À sombra de um mestre. Gilberto Freyre leitor de Euclides da Cunha. História (UNESP. Impresso) v. 29, p. 254-277, 2010. GOMES, Angela de C. (1998). A cultura histórica do Estado Novo. Projeto História, 16(fev.), 121–141. NICODEMO, Thiago L. (2013). Os planos de historicidade na interpretação do Brasil de Sérgio Buarque de Holanda. História da Historiografia, 0(14), 44–61. doi:10.15848/hh.v0i14.653

Módulo XI - A historiografia na Universidade (1950-1970) – grandes debates [aulas 24 e 25] FERREIRA, Marieta de Moraes. “Notas sobre a institucionalização dos cursos universitários de história no Rio de Janeiro” In Manoel Luiz Salgado GUIMARÃES. Estudos sobre a escrita da história. Rio de Janeiro: 7Letras, 2006, pp. 139-161. FERREIRA, Marieta D. M. (2013). O lado escuro da força: a ditadura militar e o curso de história da Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil (FNFi/UB). História Da Historiografia, 0(11). doi:10.15848/hh.v0i11.572 RODRIGUES, Mara C. D. M. (2013). A formação superior em história na UPA/URGS/ UFRGS de 1943-1971. História Da Historiografia, 0(11). doi:10.15848/hh.v0i11.544 RODRIGUES, Lidiane S. (2013). Armadilha à francesa: homens sem profissão. História Da Historiografia, 0(11). doi:10.15848/hh.v0i11.539 SANTOS, Alessandra S. (2013). Francisco Iglésias e o curso de geografia e história da Faculdade de Filosofia de Minas Gerais (década de 1940). História Da Historiografia, 0(11). doi:10.15848/hh.v0i11.521

6 Módulo XII - A escrita da história n o "despertar historiográfico" [aulas 26, 27] PEREIRA, Mateus. H. F.; SANTOS, Pedro A. C dos. Odisseias do conceito moderno de história: Necrológio de Francisco Adolfo de Varnhagen, de Capistrano de Abreu, e o Pensamento histórico no Brasil nos últimos cinquenta anos, de Sérgio Buarque de Holanda, revisitados. Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, v. 50, p. 27-78, 2010. GONTIJO, Rebeca . José Honório Rodrigues e a invenção de uma moderna tradição. In: NEVES, Lúcia Maria Bastos Pereira das; GUIMARÃES, Lúcia Maria Paschoal; GONÇALVES, Márcia de Almeida; GONTIJO, Rebeca. (Org.). Estudos de historiografia brasileira. Rio de Janeiro: FGV, 2011, p. 277-292. Módulo XIII O presente imperfeito [aula 28 e 28] PEREIRA, Mateus. H. F. “Almanaque Abril, acontecimento e história do tempo presente inacabado” In ____. A Máquina da Memória/Almanaque Abril: o tempo presente entre a história e o jornalismo. Bauru: EDUSC, 2009, pp. 219-264. Albuquerque Júnior, Durval M. de (2013). Um Mestre de Rigor: Manoel Luiz Salgado Guimarães e a delimitação do campo de estudos de historiografia no Brasil. História Da Historiografia, 0(13), 144–153. doi:10.15848/hh.v0i13.681 ARAUJO, Valdei Lopes de. “O século XIX no contexto da redemocratização brasileira: a escrita da história oitocentista, balanço e desafios”. In Maria da Glória de Oliveira & Valdei Lopes de Araujo. Disputas pelo Passado: História e historiadores no Império do Brasil. EdUFOP, 2013. Edição Kindle. MALERBA, Jurandir. (2014). Acadêmicos na berlinda ou como cada um escreve a História?: uma reflexão sobre o embate entre historiadores acadêmicos e não acadêmicos no Brasil à luz dos debates sobre Public History. História Da Historiografia, 0(15), 27–50. doi:10.15848/hh.v0i15.692

B. Metodologia do curso: Aulas expositivas, discussão de textos e seminários. C. Avaliação 01 Avaliações individual escrita. 01 Trabalho final em grupo propondo a construção de um problema de pesquisa em HHB. 01 Intervenção em grupo no âmbito da comunicação social da história.

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