Programa da disciplina Teoria da História 1

May 23, 2017 | Autor: Julio Bentivoglio | Categoria: Theory of History
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Descrição do Produto

" "UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO " "
" "CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E NATURAIS " "
" "DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA " "
"Curso: História "Habilitação: Bacharelado e Licenciatura "
" "Plena "
"Professor Responsável: Julio Bentivoglio "
"Código da "Nome da "
"Disciplina: "Disciplina: Teoria e Metodologia da História 1 "
"HIS-9952 " "
"Carga "Créditos: 4 "Ano-Semestre: 2017-1 "
"Horária: 60h " " "
"EMENTA: "
"As diferenças entre as noções de História na sociedade e no ensino com as "
"concepções acadêmicas; noções gerais sobre o conhecimento científico; "
"definição de História: o debate e seus fundamentos políticos; "evolução" "
"do conhecimento histórico; aspectos básicos das escolas de pensamento: "
"Escola Metódica francesa, Historicismo, Marxismo, Annales e Narrativismo; "
"técnicas de estudo em História e rudimentos de pesquisa. "
"OBJETIVOS (Ao término da disciplina o aluno deverá ser capaz de): "
"Discutir diferentes concepções de história no senso comum e no universo "
"dos saberes; Capacitar os alunos a compreender alguns dos principais "
"instrumentos teóricos das correntes mais importantes da História em "
"relação à análise documental e à abordagem historiográfica; Exercitar os "
"alunos no reconhecimento dos instrumentos citados a partir de exemplos da "
"bibliografia existente; Compreender o sentido, vantagens e limitações dos "
"instrumentais teóricos constantes do programa; Identificar e problematizar"
"diferentes tipos de fontes históricas; Analisar o processo de "
"transformação do documento em monumento; Explicitar a crítica "
"histórico-documental. "
"CONTEÚDO PROGRAMÁTICO (Título e descriminação das Unidades): "
"O que é e para que serve a História? "
"Temporalidade, historicidade e consciência histórica; "
"Fontes e documentos na produção do conhecimento histórico; "
"História: arte, ciência ou política?; "
"Nascimento da ciência histórica: o Historicismo alemão; "
"A Escola Metódica francesa; "
"A "Escola" dos Annales; "
"Os marxismos e a História; "
"História, narrativismo e desconstrucionismo. "
"METODOLOGIA DO PROCESSO: "
"As aulas serão expositivas, fundamentadas em torno da leitura de textos "
"previamente indicados aos alunos. Haverá participação dos alunos mediante "
"a apresentação de 4 papers de sua livre escolha sobre os textos constantes"
"na bibliografia, um artigo e sugestão de leituras, sites, livros, filmes "
"ou revistas relacionados com a disciplina por meio da internet. Por fim, "
"cada aluno se encarregará de apresentar um dos textos/autores à turma. "
"CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM: "
"Os alunos serão avaliados por 5 (cinco) instrumentos: "
"Freqüência e participação nas aulas (20% da média – 2,0 pontos); "
"Entrega de 4 (quatro) papers (20% da média, 2 a 3 laudas sobre algum texto"
"a ser debatido em alguma das aulas – 2,0 pontos no total ou 0,5 (meio) "
"ponto para cada paper produzido); "
"Redação de um artigo individual feito no interior de um grupo de trabalho "
"a partir de uma das unidades do programa (8 a 10 laudas, 20% da média –2,0"
"pontos); "
"Pesquisa, interação e divulgação de artigos, livros, filmes, teses, "
"dissertações, filmes, documentários e eventos sobre o assunto na "
"comunidade criada pelo professor na internet (20% da média – 2,0 pontos); "
"Exposição de um texto em sala de aula (20% da média – 2,0 pontos). "
"OBS: Nenhum destes instrumentos será obrigatório, podendo o aluno optar "
"por realizá-los na totalidade ou em parte, escolhendo e efetuando aqueles "
"que desejar para obter sua média. A escolha será livre. Serão considerados"
"aprovados os alunos que tiverem média igual ou superior a 7,0 (sete) "
"nestas avaliações. Os alunos com média inferior a 6,0 (seis) deverão fazer"
"uma prova final a respeito de algum tema do conteúdo ministrado na "
"disciplina, sendo considerados aprovados os que obtiverem média igual ou "
"superior a 5,0 (cinco), relativa à soma de sua nota média com a nota da "
"prova final. "
"BIBLIOGRAFIA BÁSICA: "
" "
"BLOCH, Marc. Apologia da história. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1998. "
"LE GOFF, Jacques. História e memória. Campinas: Ed.Unicamp, 1994. "
"MALERBA, Jurandir. Lições de história. Rio de Janeiro: FGV, 2010. 2v. "
"PROST, Antoine. Doze lições sobre a história. São Paulo: Autêntica, 2008. "
"REIS, José Carlos. História & teoria. Rio de Janeiro: FGV, 2004. "
" "
" "
"BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR: "
"ARÓSTEGUI, Julio. A pesquisa histórica. Bauru: Edusc, 2004. "
"BOURDÉ, Guy & MARTIN, Hervé. As escolas históricas. Lisboa: "
"Europa-América, 1987. "
"BURKE, Peter. A escola dos Annales. São Paulo: Unesp, 1990. "
"CHARTIER, Roger. A história cultural: entre práticas e representações. "
"Lisboa: Difel, 1990. "
"COLLINGWOOD, R. G. Idéia de La história. México: Fondo de Cultura "
"Econômica, 1989. "
"DOSSE, François. A história à prova do tempo. São Paulo: Edunesp, 2000. "
"DROYSEN, Johann G. Manual de teoria da História. Petrópolis: Vozes, 2009. "
"FOUCAULT, Michel. A arqueologia do saber. São Paulo: Martins Fontes, 2002."
"CARDOSO, Ciro Flamarion & VAINFAS, Ronaldo (orgs). Domínios da história: "
"ensaios de teoria e metodologia da história. Rio de Janeiro: Câmpus, 1997."
"FOUCAULT, Michel. A arqueologia do saber. São Paulo: Martins Fontes, 2002."
"FREITAS, Marcos (org). Historiografia brasileira em perspectiva. São "
"Paulo: Contexto, 1996. "
"GARDINER, Patrick. Teorias da história. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1996."
"GAY, Peter. O estilo na história. Gibson, Ranke, Macaulay e Burckhardt. "
"São Paulo: Companhia das Letras, 1990. "
"HARTOG, François. O século XIX e a história: o caso Fustel de Coulanges. "
"Rio de Janeiro: UFRJ, 2003. "
"HUNT, Lynn (org). A nova história cultural. São Paulo: Martins Fontes, "
"1992. "
"JULIA, Dominique & BOUTIER, Jean. Passados recompostos: campos e canteiros"
"da história. Rio de Janeiro: Ed.UFRJ/ Ed. FGV. "
"KOSELLECK, Reinhart. Futuro passado. Rio de Janeiro: Contraponto, 2006. "
"LANGLOIS, C. & SEIGNOBOS, C. Introdução aos estudos históricos. São Paulo:"
"Renascença, 1946. "
"LE GOFF, Jacques. História nova. São Paulo: Martins Fontes, 2000. "
"LE GOFF, Jacques. História: novos objetos. Rio de Janeiro: Francisco "
"Alves, 1979. "
"LE GOFF, Jacques. História: novos problemas. Rio de Janeiro: Francisco "
"Alves, 1979. "
"MALERBA, Jurandir. Lições de história. Rio de Janeiro: FGV, 2010. "
"MARROU, Henri-I. Do conhecimento histórico. Lisboa: Aster, s.d. "
"MARX, Karl. Grundrisse. Rio de Janeiro: Contraponto, 2011. "
"REIS, José Carlos. A história entre a filosofia e a ciência. São Paulo: "
"Ática, 1992. "
"RÜSEN, Jörn. Razão histórica. Brasília: Ed. Unb, 2001 "
"WHITE, Hayden. Trópicos do discurso. São Paulo: Edusp, 2002. "



RELAÇÃO DOS TEXTOS PARA AS AULAS (seqüência numerada)



A) Para que serve a História? O estudo da história e os usos do passado.

1. NICOLAZZI, Fernando & BAUER, Caroline. O historiador e o falsário: usos
públicos do passado e alguns marcos da cultura histórica contemporânea.
Varia Historia, vol. 32, n. 60, p. 807-835, set/dez 2016.

2. SELIGMANN-SILVA, Márcio. Estética e política, memória e esquecimento:
novos desafios na era do Mal de Arquivo. Disponível em:
https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=7&cad=rja&u
act=8&ved=0ahUKEwjK0b-
Pn67SAhWMF5AKHRLwAPgQFghIMAY&url=http%3A%2F%2Frevistas.iel.unicamp.br%2Finde
x.php%2Fremate%2Farticle%2Fdownload%2F873%2F1101&usg=AFQjCNGL2qOg9w34jdcUZfq
tjCABP_Kk7w&bvm=bv.148073327,d.Y2I. Visualizado em 26 fev. 2017.



B) Passados ameaçados: revisionismo, disputa de narrativas e esquecimento.

3. BARBOSA Marinalva. Mídias e usos do passado: o esquecimento e o futuro.
Revista Galáxia, n. 12, p. 13-26, dez. 2006.

4. MELO, Demian B. de. Considerações sobre o revisionismo: notas de
pesquisa sobre as tendências atuais da historiografia brasileira.
Disponível em: http://www.uff.br/iacr/ArtigosPDF/79T.pdf.> Visualizado em
24 fev. 2017.



C) Para que serve a História? O debate sobre a História Pública.

5. MALERBA, Jurandir. Acadêmicos na berlinda ou como cada um escreve a
História? Uma reflexão sobre o embate entre historiadores acadêmicos e não
acadêmicos no Brasil à luz dos debates sobre Public History. História da
Historiografia, n.15, p.27-50, 2014.

6. RODRIGUES, Leonardo. A divulgação em História. In: A divulgação da
história nos livros de Eduardo Bueno e Laurentino Gomes. São Paulo, 2016.
Mestrado em História Social. USP.



D) A história é uma ciência? A quem interessa essa pergunta?

7. PROST, Antoine. Os fatos e a crítica histórica. In: PROST, A. Doze
lições sobre a história. São Paulo: Autêntica, 2008.

8. JENKINS, Keith. O que é a história? In: A história repensada. São Paulo:
Contexto, 2006



E) O que é o tempo para a história? Questões de temporalidade e
historicidade.

9. KOSELLECK, Reinhart. Espaço de experiência e horizonte de expectativa.
In: Futuro passado. Rio de Janeiro: Contraponto, 2006.

10. PROST, Antoine. Os tempos da história. In: PROST, A. Doze lições sobre
a história. São Paulo: Autêntica, 2008.



F) Documentos, a matéria-prima dos historiadores.

11. LE GOFF, Jacques. Documento/monumento. In: LE GOFF, Jacques. História e
memória. Campinas: Unicamp, 1994.

12. NAPOLITANO, Marcos. A história depois do papel. In: PINSKY, Carla B.
et. al. Fontes históricas. São Paulo: Contexto, 2005.



G) Como se faz a História?

13. CERTEAU, Michel de. A operação historiográfica. In: A escrita da
história. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2002.



H) Teorias da história no século XIX.

O historicismo alemão.

14. HUMBOLDT, Wilhelm von. A tarefa do historiador. In: MARTINS, E. R. A
história pensada. São Paulo: Contexto, 2010.

A escola metódica francesa.

15. DELACROIX, Christian, DOSSE, François e GARCIA, Patrick. O momento
metódico. In: Correntes históricas na França – séculos XIX e XX. Rio de
Janeiro: FGV, 2012.

A escola romântica francesa

16. RODRIGUES, Antonio E. M. Em busca de novos horizontes: reflexões sobre
a cultura romântica. In: ARAÚJO, Valdei L. et. al. A dinâmica do
historicismo. Belo Horizonte: Argumentum, 2008.



I) Teorias da história no século XX.

Os Annales

17. REIS, José Carlos. A escola dos Annales. Rio de Janeiro: Paz e Terra,
2004.

O marxismo

18. HOBSBAWM, Eric. J. O que os historiadores devem a Marx? In: ___. Sobre
história. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.

O narrativismo

19. WHITE, Hayden. O texto histórico como artefato literário. In: Trópicos
do discurso. São Paulo: Edusp, 1999.





Instrumentos de avaliação:

1. Assiduidade (estar presente de corpo durante toda a aula) – 1,5

28 a 30 aulas = 1,5

26 a 27 aulas = 1,0

24 a 25 aulas = 0,5

Menos de 23 aulas = reprovação por falta




2. Participação nas aulas (estar presente de alma – participar não é dar
opinião, mas falar com base no texto, no autor, no tema ou no problema
em discussão) – 1,5

3. Redação de um paper sobre algum tema discutido na disciplina – 3,0

Título, autor, resumo (até 200 palavras), 4 palavras-chaves,
Introdução (apresentação do objeto e seus recortes, justificativa de
sua relevância e o que dois ou mais autores falaram sobre ele),
Desenvolvimento (qual a questão ou problema que você propõe a respeito
do objeto/tema/assunto investigado? Acompanha algum autor específico?
Coloca algo novo? Restrinja-se ao problema e objeto evitando fugir da
questão analisando um ou mais aspectos que julgue importantes) e
Conclusão (retome a questão que propôs no início e avalie o que foi
atingido, destacando os resultados que julgue mais importantes.

4. Apresentação de seminário (6 grupos para apresentar as escolas
históricas) – 4,0

Itens necessários para a apresentação:

a) Falar do autor (dos autores fundamentais)

b) Do quadro ou referencial teórico, conceitos, etc

c) Do texto (quando foi escrito, descrição e resumo mais geral,
méritos, problemas)

d) Do contexto em que o texto foi produzido (do mundo, da
historiografia)

e) Dividir e apresentar o assunto do texto em suas partes mais
importantes




Média para aprovação: 6,0
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