programa de curso: Tópicos especiais em metodologia I: como estudar elites (ufpr 2/2016)

June 1, 2017 | Autor: Adriano Codato | Categoria: Research Methodology, Qualitative methodology, Political Science
Share Embed


Descrição do Produto

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE CIÊNCIAS HUMANAS; SETOR DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA POLÍTICA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM POLÍTICAS PÚBLICAS PROGRAMA DE DISCIPLINA

Código: HC856 / Disciplina: Tópicos especiais em metodologia I (para Ciência Política) Código: PPU747 / Disciplina: Tópicos especiais de políticas públicas: como estudar elites (para Políticas Públicas) Professor responsável: ADRIANO CODATO Semestre/Ano: 2 / 2016 Tipo: Optativa Carga Horária Total: 30 horas / Nº de Créditos: 2 / Sextas-feiras, 14h e 30min – 18h.

Syllabus O curso é uma discussão de alguns métodos empregados usualmente no estudo de elites, principalmente políticas. Concebido como um laboratório de pesquisa, as sete sessões pretendem mostrar as aplicações práticas de algumas técnicas, mas sem a ajuda de softwares. Cada aula foi dividida em duas partes: “métodos”, onde se expõe como fazer ou como já empregaram aquele recurso de investigação em Ciência Política; e “questões de pesquisa”, que faz um brevíssimo inventário das questões empíricas e teóricas que normalmente vêm associadas à metodolo gia discutida. Estudaremos, portanto, como fazer: prosopografia, entrevistas (survey e em profundidade), classificação tipológica e análise de redes. Este programa ainda é provisório. Outras referências serão incluídas, bem como sites de pesquisa e bancos de dados. O fio condutor do curso é o livro recém -publicado: Como estudar elites (Editora UFPR, 2015). A literatura sobre métodos e técnicas de pesquisa é quase infinita. Há periódicos inteiros dedicados à temática (International Journal of Qualitative Methods, Journal of Survey Statistics and Methodology, etc.). Os títulos selecionados para este curso não são, portanto, nem mesmo uma amostra fiel do que já está publicado. O programa é provisório e outros textos deverão ser incluídos. Nos dias 22 e 23 de setembro o Departamento de Ciência Política da UFPR organizará o evento: "História e Ciência Política: desafios metodológicos no estudo de elites" em que se discutirão muitos dos temas desse curso. A presença dos estudantes é obrigatória e isso fará parte das atividades do curso. AGOSTO 5 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE ELITES, SEUS MÉTODOS E SUAS QUESTÕES DE PESQUISA MÉTODOS 1.

PINÇON, M. & PINÇON-CHARLOT, M., 2007. Sociologia da alta burguesia. Sociologias, (18), pp.22– 37. http://dx.doi.org/10.1590/S1517-45222007000200003

2.

CODATO, A., 2015. Metodologias para a identificação de elites: três exemplos clássicos. In R. Perissinotto & A. Codato, eds. Como estudar elites. Curitiba: Editora UFPR, pp. 15–30. http://bit.ly/1TS6IUc

3.

HOFFMANN-LANGE, Ursula. Methods of elite Research, in Dalton, Russell J. and Klingemann,Hans Dieter (eds.). The Oxford Handbook of Political Behavior . Oxford: Oxford University Press, 2007, pp. 910-927.

QUESTÕES DE PESQUISA 1.

"Political Recruitment and Careers". International Encyclopedia of the Social Sciences. 1968. Encyclopedia.com. (February 12, 2013). http://www.encyclopedia.com/doc/1G2-3045000967.html

2.

CZUDNOWSKI, Moshe M. Introduction: A Statement of the Issues. In Czudnowski, M. M. (ed.), Does Who Governs Matter? Elite Circulation in Contemporary Societies. DeKalb: Northern Illinois University Press, 1982. pp. 3-12.

3.

GAXIE, D. As lógicas do recrutamento político. Revista Brasileira de Ciência Política, n. 8, p. 165-208, 2012. http://bit.ly/1fc1MWy

4.

GENIEYS, W. La sociologie comparée des élites politiques. Que nous apprend l’analyse sociographique des personnels politiques? In: _____. Sociologie politique des élites. Paris: Armand Colin, 2011, chap. 4, pp. 156-196.

5.

NORRIS, Pippa. Passages to Power. Legislative recruitment in advanced democracies. Cambridge: Cambridge University Press. 1997. Introdução.

6.

NORRIS, Pippa. Recrutamento político. Rev. Sociol. Polit., v. 21, n. 46, p. 11-32, June 2013. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-44782013000200002

12 O MÉTODO PROSOPOGRÁFICO MÉTODOS 1.

STONE, L. Prosopografia. Revista de Sociologia e Política, v. 19, n. 39, p. 115–137, jun. 2011.

2.

HEINZ, F. & CODATO, A. A prosopografia explicada para cientistas políticos. In R. Perissinotto & A. Codato, eds. Como estudar elites. Curitiba: Editora UFPR, pp. 249–275. 2015. http://bit.ly/1TS7osO

3.

FERRARI, M. Prosopografía y história política. Algunas aproximaciones. Antíteses, v. 3, n. 5, p. 529– 550, 2010. http://bit.ly/1TS6FrK

4.

KEATS-ROHAN, K. S. B. Prosopography Approaches and Applications: A Handbook . Oxford: Occasional Publications of the Unit for Prosopographical Research, 2007.

QUESTÕES DE PESQUISA 1.

BARMAN, R.; BARMAN, J. The Prosopography of the Brazilian Empire. Latin American Research Review, v. 13, n. 2, p. 78–97, 1978. http://historiasocialecomparada.org/arquivos/baixar/index.php?arquivo=artigos/BARMAN.pdf

2.

BURKE, P. Veneza e Amsterdã: um estudo das elites do século XVII. São Paulo: Brasiliense, 1991.

3.

CHARLE, C. Como anda a história social das elites e da burguesia? Tentativa de balanço crítico da historiografia contemporânea. In: HEINZ, F. M. (Ed.). Por outra história das elites. Rio de Janeiro: Editora Fundação Getúlio Vargas, 2006.

4.

LEFERME-FALGUIÈRES, F.; RENTERGHEM, V. VAN. Le concept d’élites. Approches historiographiques et méthodologiques. Hypothèses, v. 1, p. 55-67, 2000. http://bit.ly/1TS6AEg

5.

MACLEOD, Christine; Nuvolari, Alessandro. The Pitfalls of Prosopography. Tecnology and Culture, v. 47, n.4, October 2006. http://bit.ly/15YRcwc

19 ENTREVISTANDO ELITES MÉTODOS

1.

BOLOGNESI, Bruno e PERISSINOTTO, Renato. O uso do survey no estudo do recrutamento político: limites e vantagens. In R. Perissinotto & A. Codato, eds. Como estudar elites. Curitiba: Editora UFPR, pp. 33-61. 2015. http://bit.ly/1TSabSJ

2.

MIKECZ, Robert. Interviewing Elites: Addressing Methodological Issues. Qualitative Inquiry, vol. 18: 482-493, July 2012. http://bit.ly/15nJ9Ha

3.

SEIDL, E. Viagem pela alta hierarquia: pesquisa de campo e interações com elites eclesiásticas . In R. Perissinotto & A. Codato, eds. Como estudar elites. Curitiba: Editora UFPR, pp. 121-148. 2015.

4.

OSTRANDER, S.A., 1993. “SURELY YOU’RE NOT IN THIS JUST TO BE HELPFUL”: Access, Rapport, and Interviews in Three Studies of Elites. Journal of Contemporary Ethnography, 22(1), pp.7–27.

QUESTÕES DE PESQUISA 1.

LOEWEN, Peter John; Rubenson Daniel; and Wantchekon, Leonard. Help Me Help You: Conducting Field Experiments with Political Elites. The ANNALS of the American Academy of Political and Social Science, 628, March 2010. http://bit.ly/ZbULsV

2.

PINÇON, Michel; PINÇON-CHARLOT, Monique. Pratiques d’enquête dans l’aristocratie et la grande bourgeoisie: distance sociale et conditions spécifiques de l’entretien semi -directif. Genèses, n. 3, 1991. pp. 120-133. http://bit.ly/ZI9nTf

3.

CHAMBOREDON, H. et al. S’imposer aux imposants: à propos de quelques obstacles rencontrés par des sociologues débutants dans la pratique et l’usage de l’entretien. Genèses, n. 16, p. 114-132, 1994. http://bit.ly/20QxOwZ

26 CLASSIFICANDO E CODIFICANDO ELITES MÉTODOS 1.

CODATO, A., COSTA, L.D. & MASSIMO, L., 2014. Classificando ocupações prévias à entrada na política: uma discussão metodológica e um teste empírico. Opinião Pública, 20(3), pp.346–362. DOI http://dx.doi.org/10.1590/1807-01912014203346

2.

LAZARSFELD P. F. Classifying and Building Typologies. Some Remarks on Typological Procedures in Social Research In: Boudon, Raymond. On Social Research and Its Language. Chicago: Chicago University Press, pp. 158-168. 1993.

3.

BECKER, Howard S. Tabelas de verdade, combinações e tipos. In: Segredos e truques da pesquisa. Rio de Janeiro: Zahar, pp. 209-232. 2007.

QUESTÕES DE PESQUISA 1.

BEST, H.; EDINGER, M. Converging Representative Elites in Europe? An Introduction to the EurElite Project. Czech Sociological Review, v. 41, n. 3, p. 499-510, 2005. http://bit.ly/1g9hB3j

2.

COTTA, M. & BEST, H., 2000. Between Professionalization and Democratization: A Synoptic View on the Making of the European Representative. In Parliamentary Representatives in Europe 1848 -2000. Legislative Recruitment and Careers in Eleven European Countries. Oxford, England: Oxford University Press, pp. 493–526.

3.

SAWICKI, F. Classer les hommes politiques. Les usages des indicateurs de position sociale pour la compréhension de la professionnalisation politique. In: OFFERLÉ, M. (Ed.). La profession politique, XIXe-XXe siècle. Paris: Belin, 1999. p. 135-170. (link)

SETEMBRO

16 TECENDO REDES PARA O ESTUDO DE ELITES MÉTODO 1.

CERVI, E. Análise de elites em perspectiva relacional: a operacionalização da Análise de Redes Sociais (ARS). In R. Perissinotto & A. Codato, eds. Como estudar elites. Curitiba: Editora UFPR, pp. 95118. 2015.

QUESTÕES DE PESQUISA 1.

ANSELL, C., BICHIR, R. & ZHOU, S., 2016. Who Says Networks, Says Oligarchy? Oligarchies as “Rich Club” Networks. Connections, 35(2), pp.20–32. http://dx.doi.org/10.17266/35.2.2

2.

HOROCHOVSKI, Rodrigo Rossi et al. Estruturas de poder nas redes de financiamento político nas eleições de 2010 no Brasil. Opinião Pública, v. 22, n. 1, p. 28-55, abr. 2016. http://dx.doi.org/10.1590/1807-0191201622128

3.

MARQUES, E.C., 2006. Redes sociais e poder no Estado brasileiro: aprendizados a partir de políticas urbanas. Revista Brasileira de Ciências Sociais, 21(60), pp.15–41. http://dx.doi.org/10.1590/S010269092006000100002

4.

MARTINS, Maria Fernanda Vieira. A velha arte de governar: o Conselho de Estado no Brasil Imperial. Topoi, n. 12, p. 178-221, jun. 2006. http://dx.doi.org/10.1590/2237-101X012007006

5.

MINELLA, A.C., 2007. Representação de classe do empresariado financeiro na América Latina: a rede transassociativa no ano 2006. Revista de Sociologia e Política, (28), pp.31–56. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-44782007000100004

6.

OLIVIERI, C., 2007. Política, burocracia e redes sociais: as nomeações para o alto escalão do Banco Central do Brasil. Revista de Sociologia e Política, (29), pp.147–168. http://dx.doi.org/10.1590/S010444782007000200011

22 e 23 – Evento: "História e ciência política: desafios metodológicos no estudo de elites " 30 – Seminário final de discussão das metodologias aplicadas às pesquisas individuais dos estudantes

AVALIAÇÃO O curso está organizado com base em aulas expositivas. A avaliação compreenderá seminários, fichamentos de textos e um ensaio final . A cada sessão haverá ao menos dois textos de leitura obrigatória. Todos os estudantes deverão entregar, na aula correspondente, os fichamentos sobre os textos apontados como referência obrigatória. Além disso, haverá outros dois ou três outros textos que serão objeto de seminário.

Lihat lebih banyak...

Comentários

Copyright © 2017 DADOSPDF Inc.