Programa Definitivo (com modificações) da disciplina PIPE 1. Curso de História. UFU, 2015.

July 21, 2017 | Autor: Guilherme Luz | Categoria: History, Theory of History, History of intellectual practices, Methodology of History
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA INSTITUTO DE HISTÓRIA COLEGIADO DO CURSO DE HISTÓRIA PLANO DE CURSO

DISCIPLINA: Projeto Integrado de Práticas Educativas 1 CÓDIGO: GHI003

CH TEÓRICA:

PERÍODO: 1º Período

CH

CH TOTAL: 60h

OBRIGATÓRIA: ( X )

TURMA: Noite OPTATIVA: ( )

TEÓRICA / PRÁTICA: 60h ANO/SEMESTRE: 2015/1

PROFESSOR: Guilherme Amaral Luz PRÉ-REQUISITO:

CÓ-REQUISITO:

EMENTA DA DISCIPLINA Os significados sociais da história e as múltiplas possibilidades da produção do conhecimento histórico. O ofício do historiador e a sua diversidade. Metodologias, fontes e técnicas do trabalho historiográfico. O pensamento historiográfico positivista.

JUSTIFICATIVA A disciplina está organizada como uma “iniciação” ampla à história. Não somente busca introduzir conceitualmente a própria definição da disciplina, das suas fontes e metodologias próprias, conforme elaboradas nos últimos dois séculos da historiografia; mas, igualmente, considerar as potencialidades de atuação do historiador na contemporaneidade, dotando-a, portanto, também de um sentido histórico e de um devir. Assim realizando, os ingressantes do curso deverão ter uma visão de conjunto a respeito da formação que escolheram e refletir a partir dos “pré-conceitos” e noções mais rudimentares que podem ter fundamentado as suas escolhas.

OBJETIVOS DA DISCIPLINA Objetivo Geral: O principal intuito deste programa de Projeto Integrado de Práticas Educativas 1 é introduzir os ingressantes do curso de História no universo de questões pertinentes ao ofício do historiador na contemporaneidade. Não se trata apenas de apresentar uma profissão, com as suas possibilidades práticas, mas refletir sobre uma atividade nas suas dimensões éticas, políticas, sociais e culturais, seus compromissos, seus limites, sua cientificidade própria e suas linguagens.

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Objetivos Específicos: - Discutir a respeito do conceito de história como disciplina e como “objeto” de uma disciplina; - Avaliar as especificidades do conhecimento histórico em face de seu “objeto” e das suas formas de observação, compreensão e explicação; - Refletir sobre os sentidos do ofício do historiador e do professor de história nas práticas contemporâneas.

PROGRAMA INTRODUÇÃO: Aula 1 – 24 de março – Aula reservada para a recepção dos calouros do curso por demanda do Centro Acadêmico e da Coordenação do Curso. Aula 2 – 31 de março – Apresentação e discussão do programa e introdução geral da disciplina. Aula 3 – 7 de abril – Discussão do texto “Introdução” in: BLOCH, 2001: 41-50. Leitura complementar (opcional): FEBVRE, Lucien. “Febvre contra a história historicizante” e “Febvre, in memoriam de Marc Bloch. Lembranças de uma grande história”. In: FEBVRE, 1992: 103-107 e 156-172. Aula 4 – 14 de abril – Atividades Avaliativas Teórico-práticas 1 e 2. Mini seminário 1: “Para que serve a história? Respostas a partir de manuais didáticos de hoje e de ontem”; Mini seminário 2: “Para que serve a história? Respostas do senso comum”. Para o grupo do mini seminário 1, propõe-se um levantamento/pesquisa das justificativas para o estudo da história em prefácios, introduções e textos de apresentação de manuais didáticos de história presentes no acervo do LEAH. Para o grupo do mini seminário 2, propõe-se a realização de entrevistas ou survey com “pessoas comuns” e estudantes de outros cursos sobre o sentido de se estudar história. As atividades serão acompanhadas pelo professor e pelos monitores na preparação e na execução. Aula 5 – 28 de abril – Conversação 1: Profa. Erika Quites Machado

OBJETO: Aula 6 – 5 de maio – Discussão do texto “A história, os homens e o tempo” in: BLOCH, 2001: 51-68. Aula 7 – 12 de maio – Atividades Avaliativas Teórico-práticas 3. Mini seminário 3: “O tempo histórico como horizonte de sentidos. Reflexões sobre um filme ‘de época’.” O grupo deverá escolher (com auxílio do professor) um filme de temática histórica a ser exibido para a turma e, na sequência, deverá conduzir uma reflexão a respeito das articulações entre a trama e a sua “ambientação” temporal. O objetivo é demonstrar que o sentido da história e a sua verossimilhança dependem de uma compreensão a respeito das possibilidades presentes em determinado tempo e espaço, nos quais se passam as ações humanas. Aula 8 – 19 de maio – Conversação 2: Prof. Dr. Fabrício Pinto Monteiro Aula 9 – 26 de maio – Primeira autoavaliação e avaliação da disciplina.

TESTEMUNHO: Aula 10 – 2 de julho – Discussão do texto “A observação histórica” in: BLOCH, 2001: 69-87. Aula 11 – 9 de junho – Semana de História (substituição de atividades). Aula 12 – 16 de junho – Conversação 3: Profa. Clara Rodrigues Couto Aula 13 – 23 de junho – Atividades Avaliativas Teórico-práticas 4 e 5. Mini seminário 4: “Visita ao museu”. O grupo deverá fazer uma visita a museu histórico na cidade com o auxílio de um monitor, recolhendo anotações e fazendo registros (fotográficos, em vídeo etc.) sobre “fontes históricas” que permitem conhecer uma determinada história. O relatório da visita deve ser apresentado em sala. Mini seminário 5: “Visita ao arquivo”. O grupo deverá fazer uma visita a arquivo histórico na cidade com o auxílio de um monitor, recolhendo anotações e fazendo registros (fotográficos, em vídeo etc.) sobre “fontes históricas” que permitem conhecer uma determinada história. O relatório da visita deve ser apresentado em sala. Em ambos os casos, deve-se fazer uma reflexão a respeito das condições de acesso e de pesquisa a estes documentos.

CRÍTICA:

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Aula 14 – 30 de junho – Discussão do texto “A crítica” in: BLOCH, 2001: 89-124. Aula 15 – 7 de julho – Conversação 4: Prof. Ms. Roberto Camargos Aula 16 – 14 de julho – Atividades Avaliativas Teórico-práticas 6 e 7. Mini seminário 6: “Crítica ao documento 1: o contexto de uma invenção”. O grupo deverá realizar uma pesquisa sobre um documento histórico, no caso, a “Carta Testamento” de Getúlio Vargas, comparando as duas versões existentes e levando em conta o ambiente sócio-político e as circunstâncias em que foram escritas. Mini seminário 7: “Crítica ao documento 2: o texto de uma invenção”. Com base no mesmo documento, o grupo deverá fazer uma leitura dos modos como a “Carta Testamento” constrói uma versão para os acontecimentos históricos e políticos da época e para a figura de Getúlio Vargas. Ambos trabalhos serão acompanhados pelo professor e pelos monitores da disciplina. Aula 17 – 21 de julho – Segunda autoavaliação e avaliação da disciplina. Encerramento do semestre.

METODOLOGIA As atividades da disciplina serão variadas. A discussão teórica mais central será realizada a partir da discussão de um único livro: Apologia da História ou o ofício do historiador, de Marc Bloch. A própria ordem do livro é aproveitada para a divisão das unidades da disciplina, a saber: Introdução, Objeto, Testemunho, Crítica. Em cada unidade, além do trabalho de discussão dos capítulos do livro de Bloch, serão realizadas atividades práticas e reflexivas por meio de outros materiais, destinadas a explorar a reflexão. Tais atividades terão caráter avaliativo e serão realizadas em grupos. Envolverão pesquisa extraclasse, contato com diferentes formas de documentação histórica, leituras complementares e exposição oral na forma de mini seminários, contando com o acompanhamento do professor e dos monitores da disciplina. Paralelamente, o curso contará com quatro momentos em que serão promovidas “conversas” com profissionais de história que atuam em Uberlândia e são egressos de nosso curso. Neste semestre, foram convidados três professores da rede de educação básica e uma ex-aluna, hoje mestranda em História na USP. A escolha deu-se não somente por conta da atuação deles como professores, mas por realizarem projetos articulados à história e à memória. A ideia é discutir as suas experiências e trajetórias, apresentando possibilidades da formação no curso para o desenvolvimento de perspectivas profissionais, culturais, artísticas e políticas no presente e no futuro de cada professor/pesquisador da área.

AVALIAÇÃO Os alunos serão avaliados conforme a sua participação individual em trabalhos realizados em grupos na forma de Atividades Avaliativas Teórico-práticas (ver Programa e Metodologia) e também por meio de duas autoavaliações. Somadas, as duas autoavaliações terão o valor máximo de 40 pontos. As atividades Avaliativas Teórico-práticas distribuirão até 60 pontos, sendo 20 referentes ao desempenho do grupo e 40 referentes ao desempenho individual de cada membro do grupo. As autoavaliações deverão ser acompanhadas de justificativas por escrito. A critério do professor, as notas atribuídas poderão ser alteradas caso não encontrem verossimilhança com os fatos e/ou não apresentem justificativas plausíveis. Além disso, os alunos deverão entregar fichamentos da leitura de cada capítulo do livro de Marc Bloch no dia reservado à sua discussão no programa (entregas fora do prazo não serão aceitas). A não entrega de cada fichamento significará a perda de 1/5 da nota obtida na somatória da autoavaliação. Os fichamentos não serão avaliados em seu mérito (qualidade acadêmica), mas visam averiguar a efetiva leitura e esforço de entendimento de cada um dos textos obrigatórios para as aulas. Um modelo de ficha será apresentado no primeiro dia de aula, junto com a discussão do programa.

BIBLIOGRAFIA

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Bibliografia Básica:

BLOCH, Marc. Apologia da História ou o Ofício do Historiador, Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2001.

Bibliografia Complementar:

CERTEAU, Michel de. A Escrita da História. Rio de Janeiro: Forense-Universitária, 1982. FEBVRE, Lucien. Combates pela História. Lisboa: Editorial Presença, 1985. LANGLOIS, V. Ch. e SEIGNOBOS, Ch. Introdução aos Estudos Históricos. São Paulo: Renascença, 1946 LE GOFF, Jacques et al. Memória e História. Enciclopédia Einaudi, Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1984. MOTA, Carlos Guilherme (ed.). Febvre in: Coleção Grandes Cientistas Sociais (coordenação de Florestan Fernandes), São Paulo: Ática, 1992.

APROVAÇÃO Aprovado em reunião do Colegiado do Curso de Em ___/____/______

_____________________________________ Coordenador do curso

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Modelo (simples) para fichamento dos capítulos Nome do aluno: _________________________________________________________________________ Número de matrícula: ____________________________________________________________________

Título do Capítulo: _______________________________________________________________________

Assunto / Problemática: _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ Síntese da Argumentação: _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ Tese do autor: _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________

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