“Proibidão.org: pesquisa na rede, interatividade e internacionalização (nota para relatório Sucupira PPGM UFMG 2014)”

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Proibidão.org: pesquisa na rede, interatividade e internacionalização (nota para relatório Sucupira PPGM UFMG 2014) Carlos Palombini O site Proibidão.org (goo.gl/IUba1o) foi concebido com dois objetivos: desenvolver a integração do texto escrito com a imagem, com o som, e com a imagem-em-movimento; suscitar a interação com o grupo pesquisado — funkeiros de modo geral, sejam MCs, DJs, dançarinos, produtores fonográficos, donos de equipes de som, ouvintes etc. Em função do primeiro objetivo, foram criados: canais nas plataformas Vimeo (goo.gl/i05LGt) e Youtube (goo.gl/uSXlHw) para armazenamento e inserção da imagem-em-movimento; canal na plataforma Soundcloud (goo.gl/M96mJB) para inserção de entrevistas, faixas de som isoladas e playlists; canal na plataforma Mixcloud (goo.gl/D8LVx5) para inserção de entrevistas, álbuns históricos e mixagens. Em função do segundo objetivo, foram publicadas entrevistas com algumas das figuras mais populares da cena: o MC Catra, o MC Orelha, o fotógrafo Vincent Rosenblatt, o compositor Thiago Jorge Rosa dos Santos (Praga), o DJ Grandmaster Raphael etc. Subsidiariamente, para promover a integração na cena local, foi implementado mais um canal no Youtube (goo.gl/GstvpB), este dedicado ao Funk em Belo Horizonte, sobretudo ao Passinho do Romano. Devido à maior popularidade no grupo, a plataforma Youtube foi preferida à Vimeo, agora descartado. Pela mesma razão, o Sundcloud passou a ser usado de preferência ao Mixcloud. Resumidamente, as análises do site Proibidão.org mostram, para o ano de 2014: 13 mil 508 sessões; 11 mil 225 usuários; 23 mil 864 visualizações de página; média de 1,77 páginas visualizadas por sessão; média de duração de sessão de 2 minutos e 7 segundos; taxa de rejeição de 72,32%; e taxa de sessões novas de 82,57%. Quanto aos países, 87.21 % das sessões tiveram origem no Brasil; 4,91% nos Estados Unidos; 1,78% na Índia; 0,82% na Espanha; 0,66% em localidades não identificáveis; 0,53% no Reino Unido; e 0,45% na França. No que diz respeito às cidades, 19,19% das visualizações partiram de cidades não identificáveis; 16,92% do Rio de Janeiro; 9,45% de São Paulo; 8,27% de Belo Horizonte; 2,90% de Porto Alegre; 2,35% de Vitória; 1,64% de Salvador; 1,21% de Niterói; 1,15% de Recife; e 1,12% de Nova York. Todavia é necessário relativizar a importância de Belo Horizonte e Porto Alegre uma vez que o Google Analytics não distingue os acessos do autor durante o processo de editoração.

De que o site cumpra o objetivo de “suscitar a interação entre a pesquisa e o grupo pesquisado”, são evidências não apenas os dados quantitativos, mas também depoimentos privados e públicos. Dentre estes, destaco comentário à postagem “O som à prova de bala” (goo.gl/Asmg2i), em 29 de agosto de 2014: Caro professor, antes de tudo, descobrir seu trabalho (sem querer) na Internet foi ao mesmo tempo como se um mundo se abrisse para mim e eu caísse de vergonha aos pés deste mundo, que está tão perto de mim e tão longe ao mesmo tempo. Bom, me chamo Sandro, tenho 34 anos e sou DJ há 20. Moro em Campo Grande, no Rio de Janeiro, e me formei assistente social em 2009. Sou um crítico e defensor do funk há muitos anos, tocando funk em festas e lugares onde ele não era bem vindo, pois, como o senhor sabe, há pouco tempo atrás era chique uma casa noturna ou festa de casamento não tocar funk: melhor ninguém dançar do que tocar essa música de preto e pobre, mesmo se estivessem loucos pra ouvi-la. Em meu trabalho de conclusão de curso tentei falar de funk, porém não consegui quem me orientasse, e, agora mesmo, tento falar de funk em meu metrado, não como ritmo musical, mas como peça fundamental na formação da juventude carioca, e não tenho tido sucesso. O senhor não sabe como fiquei feliz de conhecer seu trabalho e ver as entrevistas com gente tão próxima de mim, que eu nunca havia imaginado falar. Tenho devorado o Proibidão.org e com ele nasceu em mim uma fome, até meio infantil, de escrever sobre funk, não só pro mestrado, do qual já quase desisti por não ter quem aceite me orientar, mas um livro, e conversar com pessoas que tenho como amigos: DJs, MCs, donos de equipes. Quero falar da relação do funk com a violência, mas não da forma comumente vista. Quero falar dos caras que sei que não foram pro tráfico por causa do funk, dos meninos que vi sonhando em ser MCs e desistindo de uma vida marginal. Na verdade, me sinto até envergonhado de lhe escrever isso, tamanha é a grandeza de seu trabalho, mas meu lado menino, com um toca-discos na mão, aflorou lendo seus texto. Obrigado.

Os canais associados ao Proibidão.org no Youtube, Soundcloud e Mixcloud possuem vida independente, mas não cabe detalhar aqui individualmente as análises, exceto para o canal subsidiário no Youtube (goo.gl/prdA5Z), cujo vídeo, “Duela BH VII: Passinho do Romano” (goo.gl/coa8pS), gravado no Sesc Palladium em 31 de agosto de 2914 e publicado em 10 de setembro, tornou-se viral, e conta hoje, 6 de março de 2015, às 13 horas e 10 minutos, com 1 milhão 402 mil 689 visualizações, e contribuiu para trazer ao canal 2 mil 951 assinantes. Para promover a troca de informações com pesquisadores e o público em geral, foram criados perfis nas redes de pesquisa Academia.edu (goo.gl/8eZrMP) e Researchgate (goo.gl/YWK0Wv). Essas plataformas não fornecem dados específicos para 2014. Atenhome à primeira, por sua maior popularidade. O perfil conta hoje, 6 de março de 2015, às 12 horas e 55 minutos, com 172 textos integrais, 700 seguidores, e 13 mil 240 visualizações, e a soma das visualizações o coloca entre os 0,5% mais visitados nos últimos 30 dias. Dos

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dez trabalhos mais acessados durante o período de existência do perfil, oito são de 2014: “Proibidão em tempo de pacificação armada”, com 815 visualizações; “A Era Lula/Tamborzão: política e sonoridade”, com 650; “Você ficou sabendo da música oficial da copa?”, com 314; “Have You Heard about the Official World-Cup Song?”, com 301; “Funk Carioca and Música Soul”, com 299; “Musicologia e Direito na Faixa de Gaza”, com 290; “Entrevista com Paulo Neves: Hip-Hop, Proibidão e Putaria”, com 233. Dos dez trabalhos mais acessados nos últimos trinta dias, cinco são de 2014: “Proibidão em tempo de pacificação armada”, 39; “A Era Lula/Tamborzão: política e sonoridade”, 38; “Entrevista com Paulo Neves: Hip-Hop, Proibidão e Putaria”, 33; “Funk Carioca and Música Soul”, 17; “Musicologia e Direito na Faixa de Gaza”, 16. Por apresentar maior número de textos em língua inglesa, a maior parte dos quais relativos ao projeto anterior de pesquisa, e também textos em francês, espanhol, italiano e finlandês, o perfil acadêmico é mais cosmopolita que o Proibidão.org e apresenta a seguinte distribuição geográfica de acessos nos últimos trinta dias: Brasil, 502; Estados Unidos, 59; localidade não identificável, 39; Reino Unido, 34; Alemanha, 29; França, 27; Portugal, 10; Argentina, 10; Espanha, 9; Itália, 9. No cômputo geral: localidade desconhecida, 9.220; Brasil, 7.055; Estados Unidos, 909; Reino Unido, 746; França, 408; Portugal, 294; Alemanha, 240; Canadá, 197; México, 157; Espanha, 131.

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