[Projecto], De Desvão a Água-furtada

September 8, 2017 | Autor: Afonso Portela | Categoria: Architecture
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PLANO de ESTUDOS para DISSERTAÇÃO de MESTRADO INTEGRADO EM ARQUITECTURA FAUP 2014/2015

Orientador: Professor Doutor Manuel Augusto Soares Mendes Co-orientador: Professor Doutor José Pedro Ovelheiro Marques de Sousa Orientando: Afonso Ramos Portela, aluno nº [200805349] Trabalho teórico-prático

Título provisório: A escassez como método em arquitectura Subtítulo provisório: Apropriação de coberturas através de métodos auto-generativos Estrutura: 0.Introdução Primeira Parte – Definição e aplicações do conceito de sustentabilidade 1.a

A indefinição de campo arquitectónico i. Modernidade permanente e evolução tecnológica ii. Utilizador e Arquitectura

Segunda Parte – De Desvão a Água-furtada 2.a

2.b

Arqueologia da utilização da cobertura i. O lugar histórico e físico ii. Metodologia e Processo iii. Apresentação dos projectos Conclusão

Terceira Parte – [Anexos], Universo de influências 3.a 3.b

Economia de meios Utilizador

Bibliografia Índice de Imagens

Introdução/objecto A pertinência do trabalho nasce duma descrença no sistema de forças vigente, pretendendo repensar o processo arquitectónico, libertando-o de obstinações 1, num momento em que as desmultiplicações da lógica capitalista alineiam a arquitectura dos seus valores universais. Consiste numa reflexão da actividade arquitectónica contemporânea, quer através de interpretação directa da contemporaniedade quer através de comparações com projectos históricos, tentando fornecer pistas que informem processos que permitam ao arquitecto cumprir o seu papel na construção de uma sociedade sustentável, em todos os sentidos. Pretende para isso considerar o campo da arquitectura como sobreposto a vários outros campos de conhecimento, alguns mais científicos e outros menos, com limites mais moldáveis, permitindo assim relacionar processos de escala global com o reconhecimento e a interpretação da menor escala. Esta abordagem permite um olhar mais aprofundado sobre os problemas dos ecossistemas urbanos da actualidade, cruzando vários níveis de informação. O seu intuito é caracterizar e aplicar o carácter de esponja do campo de saber arquitectónico, constantemente em absorção de novos conceitos e conhecimentos, multiplicando a variedade de certezas do arquitecto. Esta constante actualização, a modernidade permanente, de Távora, essa sensibilidade ao momento seguinte 2, de Siza, é um dever do arquitecto que queira manter a relevância do seu discurso. Parte de uma interpretação das relações entre utilizador/habitante, ambiente e obra arquitectónica, exemplificando obras baseadas em campos de conhecimento informantes do processo arquitectónico e factores que exerçam uma influência directa na génese do que é a prática de uma arquitectura do seu tempo, representativa do zeitgeist3. A pesquisa centra-se em períodos de escassez, pois estes levam os arquitectos a (re-)aproximarem-se do lado humano da arquitectura, a criarem o que é extritamente essencial. A busca dessa essência torna-se numa constante perseguição de maior eficiência e sustentabilidade usando a tecnologia, a construção e teorias sociais, mais especificamente numa definição de abordagens inclusivas do utilizador, garantindo-lhe maior liberdade e uma totalização da experiência de habitar. Pretende-se demonstrar que a arquitectura não pode ser simples consequência do sistema económico e político vigente, deve sim, vir a ser muito mais integrada e integrante do meio, ensinando (e aprendendo com) a população, actuando a favor desta. É um instrumento social por excelência, e esse potencial não é encontrado na generalidade da paisagem construída hoje-em-dia. Mostra-se sim, como uma alienação a valores universais, sendo reflexo de um hábito de modos de vida parasitários e inconscientes. Devemos mudar o nosso comportamento para uma relação progressivamente mais simbiótica com o planeta, tendo os actores da arquitectura e do urbanismo, como sintoma fundamental da 1

Interpretando Fernando Távora,“…projectar, planear, desenhar, não deverão traduzir-se para o arquitecto na criação de formas vazias de sentido, impostas por capricho da moda ou por capricho de qualquer outra natureza. As formas que ele criará deverão resultar, antes, de um equilíbrio sábio entre a sua visão pessoal e a circunstância que o envolve e para tanto deverá ele conhecê-la intensamente, tão intensamente que conhecer e ser se confundem. …”, in Da Organização do espaço, p.74 2 Siza, numa entrevista realizada em 1977: “Se trabalhamos sobre uma realidade concreta, participamos em forças de transformação bastante complexas e não devemos fixar uma imagem definitiva desse processo de transformação; tudo nos escapa um pouco. Quando efectuamos um trabalho concreto, há um prazo para esse trabalho, mas a transformação em curso não pára, ela vai sempre mais longe. Sou sensível ao momento que se segue; participo nessa transformação, estou por dentro, não me afasto; é por isso que são necessários momentos para se fazer o ponto da situação.” in Uma Questão de Medida, p.29 3 O genius seculi, conceito criado na Grécia Antiga, que representa o conjunto do clima intelectual e cultural do mundo numa época específica.

existência humana, o dever de se consciencializarem da enorme responsabilidade dos seus actos. Essa consciencialização pode nascer da relação que deve ser establecida entre arquitecto e utilizador, e das qualidades espaciais que podem ser conseguidas através contacto. O afastamento crescente entre processos construtivos tradicionais e os métodos modernos de resolver os mesmos problemas revela uma grande falta de diálogo entre estes dois pólos, uma abstractização do primeiro, por parte do segundo. Essa relação com o público não pode ser prevista à priori, nem deve fragmentar o utilizador, deve, pelo contrário, garantir-lhe o máximo de liberdade na ocupação do espaço. As novas tecnologias trazem uma oportunidade sem precedentes de re-aproximar estes dois pólos de uma criação arquitectónica. Após esta primeira parte de prospeção, pesquisa e recolha de referências na história pretende-se chegar a práticas de reabilitação sustentáveis, aptas a definir um modus operandi, que possa ser aplicado num projecto com um contexto de algumas características constantes e outras variáveis. Este projecto é pensado para um aparato técnico que está presente por tipologias inteiras: o telhado/cobertura, neste caso, no Porto. A ideia nasce de uma (re)visita ao segundo dos cinco pontos de Corbusier e Jeanneret, o terraço-jardim4: como eles disseram, a cobertura (plana) quer a sua utilização doméstica sistematizada. Ecologicamente, há uma grande variedade de intervenções que se podem fazer neste espaço, que tem sido desprezado. Por exemplo: melhorar a inércia térmica dos edifícios, capturar energia solar e águas pluviais, produzir alimentos, etc, para além da qualidade e variedade espacial permitidas num último piso. Um tipo de abordagem análogo aos característicos sunspaces5 ingleses. No limite idealizado, pretende-se que a cidade devolva uma grande parte da sua área impermeabilizada a espaços de qualidade, propiciando uma expansão do conceito de habitar. O título da segunda parte do trabalho surge deste acto de apropriação do espaço técnico, o desvão, um vão não utilizado, transformando-o numa água-furtada, cuja etimologia revela o acto de furtar o espaço debaixo da água, a cobertura inclinada do telhado. Objectivo

O objectivo desta tese é criar um projecto representativo de um pensamento processual inclusivo, transdisciplinar. Esta representação consiste num pensamento que se baseie no mote Think globally, act locally6, tendo em vista o máximo aproveitamento espacial, com um mínimo de recursos. Sendo assim decidi eleger como caso de estudo um não-espaço. Esse não-espaço, o desvão, situado imediatamente debaixo das telhas, está já 4 “The flat roof demands in the first place systematic utilization for domestic purposes: roof terrace, roof garden. On the other hand, the reinforced concrete demands protection against changing temperatures. Over-activity on the part of the reinforced concrete in prevented by the maintenance of a constant humidity on the roof concrete. The roof terrace satisfies both demands (a rain-dampened layer of sand covered with concrete slabs with lawns in the interstices; the earth of the flowerbeds in direct contact with the layer of sand). In this way the rain water will flow off extremely slowly. Waste pipes in the interior of the building. Thus a latent humidity will remain continually on the roof skin. The roof gardens will display highly luxuriant vegetation. Shrubs and even small trees up to 3 or 4 meters can be planted. In this way the roof garden will become the most favorite place in the building. In general, roof gardens mean to a city the recovery of all built-up area., in P.89, Five Points Toward a New Architecture" de Le Corbusier /Pierre Jeanneret, lido em Programs and Manifestos in Twentieth Century Architecture, de Ulrich Conrad 5 Uma varanda ou divisão de vidro fechado (marquise) projetada para admitir e reter o calor do sol em estações frias, e refleti-lo em estações quentes. In http://www.dictionaryofconstruction.com/definition/sunspace.html 6René Dubos, na conferência das Nações Unidas sobre “ Human Environment”, em 1972 foi provavelmente o primeiro a utilizar a frase, referindo-se à responsabilidade ambiental dos nossos actos.

formalizado, mas muitas vezes não se apropria à escala humana: o sotão/cobertura, terraço-jardim, terraços técnicos, etc. A premissa deste trabalho propõe potenciar a habitabilidade deste piso último, já que todos estes casos de últimos pisos (acessíveis ou não) estão genericamente desvirtuados, sem terem em conta o seu potencial arquitectónico. A cobertura de telhas é um aparato técnico que atingiu a sua obsolencência, já que apenas serve para impedir a entrada de chuva e calor nos pisos inferiores. E se em vez de cumpir apenas esse objectivo se resolvessem mais problemas neste piso? Uma forma eficaz de melhorar a performance energética de um edifício é reabilitando o último piso. Os edifícios mais antigos têm, em geral, pior comportamento térmico, e devem ser reabilitados através de estratégias sustentáveis, sem ferir o carácter histórico das suas imagens. Considero neste trabalho a cultura como um elemento fundamental do desenvolvimento sustentável, em adição, claro, à ecologia, economia e questões sociais. Partindo desse princípio, o cultural, este projecto pretende não só reproduzir-se, mas também criar um lugar na cultura que promova a apropriação sustentável das construções por parte dos habitantes, com o potencial de vir a re-definir modos de habitar. Será também estruturante a capacidade de adaptação da intervenção a várias tipologias de coberturas, sendo algumas fases do processo do projectual programadas parametricamente. Os modernistas7 já trabalharam este tema da criação de um desenho auxiliar oculto, que permitisse variações formais controladas, programando assim variações (baixando significativamente o seu custo) em casas produzidas em série. A parametrização do projecto pretenderia então que funcionasse em vários tipos de coberturas, calculando as formalizações ideais automaticamente. O resultado final, incluindo as muitas variações do modelo, será similar às variações espaciais do bairro da Malagueira, em Évora, em que Siza cria regras espaciais que lhe permitem fazer mais de 35 combinações, desde casas de um só quarto até casas de cinco quartos 8. Pretende-se que a variabilidade seja definida, em primeiro lugar, pela geometria do telhado/cobertura e da sua relação com o sol e, depois, por regras impostas pelo utilizador. No limite pretende-se que o sistema paramétrico gere as formalizações ideais consoante estes parâmetros, codificados pelo arquitecto, mas manipulados pelo utilizador. Através deste processo o utilizador pode, por meio de um site ou outra plataforma associada a uma representação tridimensional, criar, modificar e testar o seu projecto9. Assim se tentam aproximar os universos do arquitecto e do utilizador, dando maior autonomia ao segundo. Este processo de projecto, que procura interligar vários tipos de conhecimento é potenciado através desta programação espacial interactiva. Não só pela maior facilidade em traduzir conhecimento técnico em matéria útil ao desenho e pela capacidade de interação com o utilizador, mas também porque permite minimizar significativamente os custos da intervenção, como se de construção em série se tratasse, estabelecendo automaticamente a materialização da tipologia adequada a cada contexto. Permite-se assim que qualquer pessoa, através das medições do seu telhado, consiga obter um 7 Por exemplo, o bairro que Walter Gropius construiu em Torten (1926-1928), as casa Domino (1926-1929), em Pessac, de Le Corbusier, as casas em Usonia (1946-1954), de Frank Lloyd Wright. 8José Duarte, Customizing mass housing: a discursive grammar for Siza's Malagueira house. MIT, 2000, p.30 9É um processo que parte da ideia da Open Architecture Network, desenvolvida pela ONG Architecture for Humanity, que disponibiliza gratuitamente todo o material necessário à construção de projectos. A minha ideia é levar este processo ainda mais longe, permitindo ao utilizador um leque de alternativas, testadas e visualizadas em ambiente virtual. Leva-se assim o projecto para um meio termo entre open-source e closed-source, utilizando um paralelismo com programação.

projecto personalizado e optimizado para o seu lugar. Metodologia | Estrutura geral O trabalho está organizado em duas partes paralelas, uma reflexão das razões de ser da arquitectura, e a sua aplicação prática, podendo ser lidas independentemente. A terceira parte materializa um complemento e um meio-termo entre estas duas, um ponto de encontro entre o campo intelectual e a realidade. A Primeira parte, Definição e aplicações do conceito de sustentabilidade, é de índole expositiva e de interpretação. Pretende diagnosticar o momento planetário decisivo em que nos encontramos, com cada vez mais casos e tipos de agressões, quer por desconhecimento quer por falta de planeamento prévio, aos ecossistemas que nos rodeiam. É uma caracterização das informações constituintes do ponto de partida para as explorações que se seguem, evidenciando os problemas inerentes à urbanidade, criando uma referenciação de alternativas expostas nos Anexos. Exploram-se várias formas de aproveitar as mais-valias da natureza aberta da disciplina de arquitectura, criando uma espécie de catálogo de práticas experimentadas, cuja justa-posição ao estado da arquitectura contemporanea potencia um processo projectual actualizado. Penso que uma “arquitectura para hoje” deve provir de uma consciência de como se podem criar sistemas equilibrados ou sistemas que entrem em equilíbrio fácil e rapidamente com a globalidade dos sistemas terrestres, subordinando a razão de ser a este raciocínio. No segundo capítulo, De Desvão a Água-furtada, é apresentada uma metodologia que permite sincronizar um grande número de correlações, controlando e aplicando uma maior quantidade de informação. A aplicação práticas destes conceitos conduz a um projecto de uma estrutura leve modular, gerado parametricamente através de um input técnico (carta solar, forma física concreta, materiais) passível de se aplicar ao típico lote portuense, transformando o espaço e a sua influência no resto do lote. A criação do modelo paramétrico é feita com recurso à resolução de 3 casos de estudo 10. Respeita-se o valor histórico, criando-se apropriações experimentais, como por exemplo, incluir um lugar para produção de vegetais11. É essa relação que já foi muito mais evidente que quero reinterpretar e trazer para a cidade, criando verdadeiros ecossistemas urbanos. São também propostos painéis fotovoltaicos e colectores de água pluvial, tecnologias de sombreamento (chapas perfuradas, etc), criando um espaço sasonal, concebido tanto para o frio do Inverno como para o calor do Verão. Cria-se assim uma adaptação para um módulo histórico ineficiente e melhorando as suas características para um estilo de vida mais responsável, procurando demonstrar que uma reabilitação não é sinónima de museificação patrimonial, mas que o valoriza. Na terceira secção, dos Casos de Estudo, são evidênciadas formas, exteriores e interiores à disciplina, de possíveis soluções para os problemas levantados, através de projectos construídos. Analisam-se estratégias de integração e articulação de múltiplos saberes, com o objectivo de as sistematizar num método projectual que permita o confronto de vários tipos de input, quer contraditórios quer desfasados entre si, permitindo a validação que potencie mais vantagens. Esta última secção pretende materializar um 10 Situados na Rua do Comérco do Porto, 108, na rua do Vilar, 142, e na Rua Dr. Barbosa de Castro, 36, 38, respectivamente. 11 re-aproximando a arquitectura e a agricultura, disciplinas historicamente paralelas, desde os primeiros povos sedentários.

universo de influências que validem e exemplifiquem as acções que se tomam na Segunda parte, criando hierarquias de relevância que permitam chegar a uma forma arquitectónica com as mais-valias que referi anteriormente. Bibliografia provisória: (excluíndo artigos online) ASCHER, François; Multimobility, Multispeed Cities: A Challenge for Architects, Town Planners, and Politicians Andrés Martinez, Habitar la cubierta, Gustavo Gili, 2005 CONRAD, Ulrich; Programs and Manifestos in Twentieth Century Architecture MACHABERT, Dominique; BEAUDOUIN Laurent, Álvaro Siza – Uma Questão de Medida SIZA, Álvaro – Imaginar a Evidência, Edições 70, 2012 TEIXEIRA, Joaquim José Lopes – Salvaguarda e Valorização do Edificado Habitacional da Cidade Histórica, Metodologia de Intervenção no Sistema Construtivo da Casa Burguesa do Porto, Volume I, Tese de Doutoramento apresentada à FAUP, 2013 TEIXEIRA, Joaquim José Lopes – Provas de Aptidão Pedagógica e Capacidade Científica, 2004 ZUMTHOR, Peter, Pensar a Arquitetura, Barcelona, GG, 2005 BANHAM, Reyner - A Black Box: The Secret Profession of Architecture, em [A Critic Writes. pp. 292-299. Originally appeared in New Statesman and Society, 12 Oct. 1990, pp. 22-25] Canata e Fernandes, arquitectos, obras e projectos 1984-2003, edições asa CORBUSIER, Le – Architecture or revolution DREXLER, Hans; EL KHOULI, Sebastian - Holistic Housing, Concepts, Design Strategies and Processes; Detail, 2012 FERNANDES, Fátima; CANNATÀ, Michele, Habitação contemporânea: formas de habitar, Porto: Edições Asa, 2003 FREITAG, Michel - Arquitectura e Sociedade, Dom Quixote, 2007 FULLER, R. Buckminster - Synergetics, Explorations in the Geometry of Thinking; Macmillan Publishing Co. Inc. 1975, 1979 GIEDION, Siegfried - Espacio, tiempo y arquitectura: el futuro de una nueva tradición; trad. Isidro Puig Boada. 6ª ed.. - Barcelona: Dossat, 1982 GROPIUS, Walter; Scope of Total Architecture, New York: Collier Books, 1962 HALL, Edward T. - A Dimensão Oculta, Relógio D` Água, trad. de Miguel Serras Pereira, Lisboa: Relógio d'Água, 1986 HAYS, K. Michael; Architecture Theory since 1968, Columbia Books of Architecture, 2000 HILL, Jonathan - Actions of Architecture: Architects and Creative Users; London, Routledge, 2003 HILL, Jonathan - Architecture: the subject is matter; London: Routledge, 2001 HILL, Jonathan - Occupying Architecture: Between the Architect and the User; London, Routledge, 1998 HOWARD, Ebenezer - Garden Cities of To-Morrow, Cambridge, MIT Press, 1965 JESKA, Simone - Transparent Plastics: Design and Technology, Basel: Birkhäuser, 2002 LANE, Barbara Miller; Housing and Dwelling: Perspectives on Modern Domestic Architecture, London: LinkRoutledge, 2007 MONTANER, Josep Maria - A modernidade superada: arquitectura arte e pensamento do séc.XX, Editorial Gustavo Gili, Barcelona, 2001 MOZAS, Xavier - Nueva vivienda colectiva; A+T ediciones, 2006 MOZAS, Xavier - Rashomon, La triple verdad de la arquitectura; a+t, 2011 NESBITT, Kate - Theorizing a New Agenda for Architecture: An Anthology of Architectural Theory 1965 – 1995, Princeton Architectural Press, 1996 PORTAS, Nuno - Políticas urbanas II: Transformações, Regulação e Projectos (Nuno Portas, Álvaro Domingues, João Cabral), Lisboa: FCG, 2011 Pedro Vieira de Almeida, Ensaio sobre o Espaço da Arquitectura, in "Arquitectura", nº 81 (Mar. 1964), p. 29-38 RAPOPORT, Amos - Aspectos humanos de la forma urbana : hacia una confrontación de las ciencias sociales con el diseño de la forma; trad. Josep Muntañola i Thornberg; Barcelona: Gustavo Gili, 1978 RAPOPORT, Amos - The meaning of the built environment: A Nonverbal Communication Approach RUDOFSKY, Bernard - Architecture without Architects: A Short Introduction to Non-Pedigreed Architecture, UNM Press, 1964 RUDOFSKY, Bernard - Streets for People: A Primer for Americans; Doubleday, 1969 SCHULZ, Christian Norberg – Genius Loci, Towards a Phenomenology of Architecture, New York: Rizzoli, 1980

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