Projeto de Intervenção com Crianças com Câncer

July 4, 2017 | Autor: Regina Marcos | Categoria: Arte Terapia, Projeto de Intervenção
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Descrição do Produto


FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU
PRÁTICAS INTEGRATIVAS II






PROJETO DE INTERVENÇÃO






Equipe:
Claudiana Silva de Sousa
Gabriely Coelho Alencar
Itamara Rodrigues
Leonardo Aires de Abreu
Luciana Priscila Nascimento da Silva
Núbia Lopes de Oliveira
Regina de Fátima Marcos da Silva
Thalyta Almeida da Costa
Professora: Dra. Deyseane Lima Data: 28/05/2015



Fortaleza
2015
Considerações Iniciais
O presente projeto de intervenção propõe-se a expor a vivência e hábitos de todos os envolvidos como acolhimento, apoio e assistência a crianças e adolescentes para tratamentos médicos em fortaleza da associação "Lar Amigos de Jesus" através deum levantamento teórico e experimental de seu modelo institucional, de seu conjunto de serviços disponibilizados, de seu grupo de atividades e projetos realizados e de suas diversas formas de envolver a participação de voluntários.
Com a realização e análise desse levantamento detalhado da associação pretende-se contribuir para o aperfeiçoamento das ações da instituição, não apenasde forma a promover discussões teóricas, mas também a desenvolver estratégias de abordagem integrativas com as crianças e adolescentes com câncer e outras enfermidades prolongadas em tratamento de saúde fora de seu domicílio.
Uma das áreas aplicadas ao campo da Psicologia é a Psicologia da Saúde, considerando as inúmeras pesquisas relacionadas a essa área, demonstrando, assim,várias formas possíveis de intervenções que conciliam a pesquisa e a prática, o presente trabalho optou em discorrer acerca do entendimento das relações integrativas que ajudam na promoção da saúde, através da relevância do auxílio durante o tratamento de doenças de sintomas agressivos e da redução de seus impactos sobre o funcionamento integral do ser humano.
Já a escolha da instituição Lar Amigos de Jesus aconteceu pela verificação da ligação da mesma com o tema e pela constatação de que a mesma é uma organização que oferece serviços gratuitos de suportes durante tratamento de doenças prolongadas, com seriedade desde 1987, desenvolvem um trabalho eminentemente humano e solidário, pautado nos princípios da ética, da transparência, da solidariedade e do compromisso no atendimento a Crianças e Adolescentes com Câncer outras enfermidades prolongadas.
Além dessa ligação e constatação, pode-se observar que a instituição não apresentava grande reconhecimento público, algo que possibilitou o fácil acesso a instituição e alta receptividade, tanto dos colaboradores como dos beneficiados, pois a associação busca divulgar ainda mais suas ações e projetos a fim de crescer mais.
Objetivo Geral: Vivenciar a relaçãocolaboradores-acolhidos-acolhidos da associação de estudo durante as atividades de acolhimento, apoio e assistência a crianças e adolescentes durante o tratamento médico em fortaleza.
Objetivos Específicos:
Estimular a convivência com os acolhidos da instituição.
Conhecer, observar e analisar as ações realizadas pelos colaboradores durante as atividades de interação com acolhidos.
Observar as interações existentes entre os próprios acolhidos.
Identificar e Analisar as atividades que dão suporte ao próprio tratamento das patologias e/ou as interações dos acolhidos.
Interagir de forma prática com os acolhido nas realizações de atividades de grupo e individuais de promoção da integração.
Identificar e Propor estratégias de melhorias das atividades já existentes.
Promover e divulgar a instituição e sua causa.

Problematizando a Instituição
O Lar Amigos de Jesus deu inicio a suas atividades em 2006, um projeto idealizado pela irmã Conceição e por Dona Francisca Alves, medica aposentada que atualmente atua na instituição como diretora técnica. É uma instituição de caridade sem fins lucrativos que se mantém por meio de doações e ações da prefeitura que não cobra água, energia e abate alguns impostos como IPTU(imposto predial territorial urbano). Acolhe em regime de hospedagem crianças e adolescente. Tem como publico alvo crianças de zero a dezoito anos que estão sendo submetidos ao tratamento de doenças como hidrocefalia, doença renal e problemas cardíacos entre outros, mas em sua maioria crianças com câncer, a instituição é administrada pela irmã Maria da Conceição Dias de Albuquerque, o lar recebe crianças do interior do Ceará bem como de outros estados. As crianças atendidas na instituição recebem alimentação, rouparia, kit de higiene pessoal, cesta básica no retorno ao domicilio, medicamentos, apoio sócio pedagógico e sócio familiar. Atividades diversificadas: palestras, oficinas de terapias, atendimento odontológico, integração social, assistência social Cultural e Religiosa, Entretenimento, Acompanhamento Educacional e de informática, Eventos e outros programados pelo corpo de voluntários; Os responsáveis pelo Lar Amigos de Jesus são: Presidente: Ir. Maria Conceição Dias de Albuquerque, Vice Presidente: Ir. Maria de Lourdes Rabelo Diretora Técnica: Francisca dos Santos Alves Diretora Administrativa: Sandra Teresa Pereira Barbosa, Situado na Rua Ildefonso Albano, número 3052 no bairro Joaquim Távora.
Contatos
Email: [email protected]
Telefone: 3067-6565
A instituição tem por objetivo prestar acolhimento, apoio e assistência social á Crianças e adolescentes para tratamento médico em fortaleza e com isso evangelizar por meio de ações de caridade. Enquanto a demanda psicológica há uma necessidade de contratar um psicólogo para um atendimento na própria instituição, pois a psicóloga é voluntária e não dá a assistência que as crianças precisam pelo grau de severidade da doença enfrentada por elas. O atendimento na área de psicologia para as crianças pais e acompanhantes são atendidas no hospital ou associação onde as mesmas fazem o tratamento do câncer e as ações de desempenhadas pelo profissional de psicologia que atua em caráter voluntário são geralmente escuta em grupo ou eventos sociais. Além dos funcionários contam com ajuda de voluntários no desenvolvimento de suas atividades, conta ainda com o serviço de pessoas que cumprem penas por pequenos delitos, infrações ou sonegação fiscal. São desenvolvidas ações humanitárias, atividades pedagógicas, atendimento cultural, educativo e religioso, oficinas de socialização, oficinas de arte, terapia ocupacional, festividade e lazer, atendimento odontológico, acompanhamento religioso, acompanhamento pedagógico e exposição de bazar e lojinha permanente.

Planejamento das atividades

Planejamento geral das atividades
As atividades que pretendemos realizar na instituição lar amigos de Jesus são: Narração de histórias relacionadas ao cotidiano das crianças ou até mesmo uma história bem conhecida e logo após promover um momento com desenhos e pinturas para que eles possam expressar nessa atividade o que entenderam da história e que passam a fixa-la com mais facilidade. Pretendemos também realizar um café da manhã com os familiares e as crianças do lar. Narração de história:

A palavra narrar vem do verbo latino narrare, que significa expor, contar, relatar. E se aproxima do que os gregos antigos clamavam de épikos – poema longo que conta uma história e serve para ser recitado. Narrar tem, portanto essa característica intrínseca: pressupõe o outro. Ser contada ou ser lida: é esse o destino de toda história. E se as coisas estão prenhes da palavra, como preferia Bakhtin (1997), ao narrar falamos de coisas ordinárias e extraordinárias e até repletas de mistérios, que vão sendo reveladas ou remodeladas no ato da escuta ou na suposta solidão da leitura. (2007, p. 48)


A atividade de narração de histórias vem para contribuir no processo de ensino-aprendizagem e também para formação cognitiva, afetiva e cultural da criança. Sabemos que é por meio da leitura ou da narração de histórias que as crianças, utilizam da sua imaginação e se colocam no lugar do personagem, além do mais desenvolve a expressão de idéias. Mais não queremos contribuir somente com a imaginação, mais fazer com que as crianças desenvolvam outras habilidades de compreensão, de uma forma educativa. Onde vai possibilitar a interação dos fatos cotidianos apresentados pela sociedade. Durante essa atividade, temos como propósito fazer com que as crianças escutem e relembrem os melhores momentos da história contada. Sabemos que o desenho em si desperto no ser humano uma sensibilidade, pois para que algo aconteça no papel, durante uma atividade de desenho, a criança ou adolescente tende a utilizar o seu pensamento criativo, sua visão e até mesmo um conhecimento a priori do que será pedido durante a atividade.
Luquet (1979, p.213-214) ressalta "o desenho infantil, enquanto manifestação da atividade da criança permite penetrar na sua psicologia e, portanto, determinar em que ponto ela se parece ou não com o adulto", pois, a criança ao desenhar algo, ela não se inspira somente o que se mostra a ela diante dos olhos, mais levamos em conta também a imagem que representa também o seu interior no momento que desenha. Por isso é importante trabalhar o desenhar com essas crianças, para podermos entender um pouco, o que se passa no seu interior, através do lúdico do desenhar, da historia.
Durante toda a realização do nosso trabalho não podemos descartar a observação participante, para que ele pudesse assim ser bem desenvolvido. O desenvolvimento do trabalho seguiu no caminho dessa observação por alguns dias até chegarmos a uma conclusão de que atividade será realizada com as crianças da instituição. Na observação participante nos é permitido pesquisar as estruturas das relações sociais e oferecer soluções alternativas para possíveis problemas. William Foote Whyte foi um observador participante e pesquisou sobre o assunto nos anos de 1930, o mesmo é autor de um livro que é considerado um clássico dos estudos urbanos chamado street corner society. Foot Whyte escreveu em seu livro sobre os dez mandamentos da observação participante, ao ler podemos observar os mandamentos utilizados no desenvolvimento do nosso trabalho. Podendo assim citar que esse tipo de observação é um processo longo que é necessário observar o local os indivíduos por um longo período.
O pesquisador não é esperado pelo grupo por isso existe uma tentativa de aproximação e de ganhar a confiança dos indivíduos. A presença do pesquisador tem que ser justificada, o mesmo deve se mostrar diferente do grupo pesquisado, seu papel de pessoa de fora terá que ser afirmado e reafirmado. A observação participante implica saber ouvir, escutar, ver, fazer uso de todos os sentidos. É preciso desenvolver uma rotina de trabalho. O pesquisador é cobrado sendo esperada uma devolução dos resultados do seu trabalho.
Utilizamos em nosso trabalho a entrevista estruturada, onde fizemos perguntas pré-elaboradas sempre seguindo na linha do raciocínio de crianças com CA. A entrevista é definida por Haguette (1997:86) como um "processo de interação social entre duas pessoas na qual uma delas, o entrevistador, tem por objetivo a obtenção de informações por parte do outro, o entrevistado". A entrevista que realizamos foi elaborada mediante a um questionário totalmente estruturado, os entrevistados foram à psicóloga e as mães das crianças com CA.
Com a realização da intervenção pretendemos entender, compreender melhor as crianças que estavam submetidas a esse tratamento do câncer, que é tão invasivo. E fazer com que elas através dos desenhos, pudessem expressar melhor para nós a sua vivencia e compreensão da história que contamos. A expressão é um momento importante da compreensão e elaboração simbólica.
Durante toda nossa observação participante na instituição observamos que as crianças tinham vários momentos como o de descanso, de medicamentos, lanches como também o da brincadeira, onde as mesmas brincavam todos os dias com horários marcados, em uma sala apropriada e organizada só para isso com brinquedos, livros, papel, lápis de cor, jogos e entre outros. A partir daí decidimos realizar essa atividade de contação de história seguida de desenhos, pois percebemos que era o que mais se encaixava na rotina da instituição. O cenário do hospital acaba que destruindo a criança da sua função: ser criança. E a instituição como observamos tenta na sua rotina diária tirar o cenário de hospital dessas crianças. Nós quanto observadores tínhamos também uma atividade de intervenção para realizar e escolhemos essas atividades para observar e entender cada criança em cada desenho e comentários ditos por elas durante a atividade. Podemos entender que aquelas crianças não eram apenas um corpo doente. Cada criança internada tem um nome e, portanto, possui uma história que a faz singular.

3.2. Elaboração dos instrumentos utilizados
Os instrumentos a serem utilizados serão:
História a Borboleta Azul impressa
Cartolina
Lápis
Lápis de cor
Borracha

Organização das visitas
As visitas estão sendo programadas conforme a disponibilidade de cada aluno. Onde tentamos está cada vez mais envolvidos com a instituição para observar e analisar qual o tipo de atividade que irá se encaixar melhor na instituição, fazendo com que as crianças se divirtam e se sintam bem com a atividade. A cada visita criamos um vínculo com cada criança, para que no dia da atividade, esteja de uma forma com que todos se interajam.

Passo a passo: Café da manhã e atividades lúdicas com as crianças:
O primeiro passo da nossa atividade foi um café da manhã para as crianças, adolescentes, irmã, familiares e voluntários da instituição. Quando chegamos já estava acontecendo uma pequena festa em comemoração aos 10 anos de uma voluntária da instituição. Todos batemos parabéns e logo depois comemos chocolates, bolos e tomamos sucos. Depois pedimos para uma voluntária reunir todas as crianças em uma sala, para podermos realizar uma pequena atividade com elas de narração de histórias, desenhos e pinturas. Com as crianças todas reunidas, contamos com a ajuda de uma de nossas integrantes para poder explicar e narrar à história da borboleta azul.
No inicio percebemos que nem todas as crianças estavam interessadas na história, umas ficavam olhando para o lado, outras ficavam mais próximas de suas mães e outros estavam bem atentos na narração. Durante a narração nossa integrante interagia com as crianças perguntando se já conhecia a história da borboleta azul, se alguém já viu um coelho amarelo, entre outras perguntas.
Na hora dessa interação uma das crianças falou: "Tô cansada, quero minha mãe". Outra fala foi: "Mais como é que a borboleta tem um rosto". Já que nos desenhos mostrado no decorrer da história mostrava o rosto da borboleta como se fosse um ser humano mais com asas. Fala da criança: "Se a borboleta vivesse mais tempo ou o mesmo tempo que a gente vive, eu queria ser uma borboleta pra poder voar, mais elas vivem pouco tempo". Outra fala foi na hora que foi perguntado para uma das crianças se ela já tinha visto um coelho amarelo, e a mesma respondeu: "Eu só conheço coelho branco".
Durante a narração da história, por mais que pensássemos que as crianças não estavam totalmente ligadas na história, no decorrer do tempo percebemos que elas estavam sim ouvindo a história e entendendo tudo que estava sendo dito naquele momento.
No final, reunimos todas as crianças em uma mesa, colocamos as cartolinas em cima das mesas e distribuímos os lápis de cores, borrachas e os lápis de escrever, e a intenção foi fazer com que as crianças desenhassem sobre o que foi dito e entendido na historia da borboleta azul. As crianças desenharam mais a borboleta com o rosto, outras sem o rosto, outras não desenharam sobre a história, mais fez sua família na cartolina.
A intenção era poder deixar a criança bem à vontade, se elas não quisessem desenhar sobre a história, poderiam desenhar o que quiserem. Ao finalizarmos vimos que foi bem produtivo a atividade, pois todos estavam se sentindo bem ao estar realizando aquela atividade.

Papel do Psicólogo: Câncer infantil, aspectos emocionais e atuação do psicólogo.

Segundo Cavicchioli, (2005 apud Cardoso 2007) O câncer infantil, quando confirmado, não é exclusivo da criança mas também de seus pais, já que estes também terão suas vidas transformadas tanto na rotina doméstica quanto nos aspectos financeiro, profissional, assim como na vida conjugal.
Na entrevista com a mãe da criança com câncer, ela relatou que sua maior dificuldade era na acessibilidade com a instituição Lar amigos de Jesus e o ICC (Institutos Câncer do Ceará), por morar distante da capital de Fortaleza. Consequentemente vem a dificuldade financeira e outros limitações que a família passa.
Sabe que diante de tantas dificuldades e no descobrimento de uma patologia, outros aspectos como o psicológico estarão envolvidos, por isso a necessidade de uma atenção tanta para o estado físico como para a mente. Segundo Simonetti (2004, p.20 apud Cardoso 2007)" o psicólogo pode fazer muito pouco em relação à doença em si, este é o trabalho do médico, mas pode fazer muito no âmbito da relação do paciente com seu sintoma: esse sim é um trabalho do psicólogo". Pois os aspectos emocionais podem também ser prejudicados pela própria doença.
Na Instituição Lar Amigos de Jesus, este papel de acolher as crianças, os familiares, de conversar e dar uma suporte para esta área psicológica, deveria ser o PSICÓLOGO. Mas pela carência da Instituição e ser ela uma instituição filantrópica, sem fins lucrativos, este papel quem vem desempenhando é a assistente social.

O trabalho do psicólogo com o paciente tem como objetivo principal, através das palavras e das mais diversas formas de comunicação (olhares, gestos, entre outros), fazer com que o paciente expresse suas emoções, fale de seus medos e angústias, coloque-se como sujeito ativo e participante do seu processo de adoecimento e com isso possa simbolizar e elaborar da melhor forma possível a experiência do adoecer. (CARDOSO, 2007).

É interessante ressaltar a importância em que a Instituição tem, ao se preocupar com os pacientes e os familiares! Pois estes também, param suas vidas em função de ajudar aos seus parentes queridos. Dando a estes familiares, apoio em todos os sentidos. Dormitórios, Refeições, Lavanderia e etc. Através de trabalhos grupais, os familiares também recebem apoio psicológico com a presença voluntaria de uma Psicóloga, dando a eles a oportunidade de expor seus sentimentos, fazendo com que eles possam entender e visar melhor este enfretamento da vida.
O psicólogo deve oferecer uma escuta atenta e sensível às questões que emergem para os familiares devido ao momento difícil atravessado por seu parente e que gera implicações emocionais para todo o núcleo familiar. A oportunidade de poder falar e desta forma simbolizar todas as angústias sofridas proporciona não só um melhor enfrentamento da situação como também o estreitamento dos vínculos familiares, resultando assim em uma atitude mais cooperativa em relação ao tratamento do parente doente. (CARDOSO 2007)
O psicólogo também tem a responsabilidade de amparar a equipe de trabalho, pois esta lida com a possibilidade de morte durante todo o tempo que estão na instituição.
O apoio psicológico à equipe pode ser feito tanto através de conversas informais durante a rotina de trabalho, através da realização de grupos ou atuando em situações específicas, nas quais o psicólogo é solicitado ou perceba a necessidade e pertinência de uma intervenção. (CARDOSO, 2007).
O trabalho na Instituição é multidisciplinar e Interdisciplinar, pois o Psicólogo juntamente com a equipe, tem sempre a troca de informações a respeito do paciente a fim de este seja visto em sua totalidade. Segundo Cardoso 2007, "é importante que o psicólogo fortaleça o vínculo terapêutico entre paciente, família e equipe, pois uma boa relação entre eles só tende a favorecer um melhor enfrentamento da situação por parte do paciente e da família, além de colaborar para o trabalho da equipe".
É tarefa do psicólogo atuar junto a pacientes e familiares neste momento de crise que é a descoberta do câncer e auxiliá-los na busca de recursos mais eficientes para adaptar-se à situação e lidar com ela da forma mais saudável possível, fazendo dela uma oportunidade de crescimento e amadurecimento. Assim como as crianças, no caso das famílias, caso seja necessário, o apoio psicológico também deve ser oferecido após a alta hospitalar da criança. (CARDOSO, 2007).
Não tem como deixar de falar, a necessidade de um psicólogo efetivo na instituição Lar Amigo de Jesus, no qual possa estar intervindo e atendendo tanto aos pacientes, como os familiares e também a equipe. Diante deste artigo, é considerável o conhecimento ganho a ver e conhecer a Instituição de perto, e independente das faltas, dos limites, famílias estão sendo atendidas, apoiadas e encaminhadas ao lugar certo.

Conclusão

As relações de integração que ajudam na promoção da saúde, através da relevância do auxílio durante o tratamento de doenças de sintomas agressivos e da redução de seus impactos sobre o funcionamento integral do ser humano, é um tema bastante abrangente e também multidisciplinar, pois muitos campos e profissionais podem se envolver com esse estudo. De forma que esse trabalho pode ser considerado inicial para futuros trabalhos, a fim propiciar uma extensa promoção desse assunto, principalmente no que é tangido pela psicologia.
Assim, após a finalização da presente prática do projeto de intervenção pode-se constatar que todos da equipe , bem como todos os envolvidos nessa prática, conseguiram observar e vivenciar uma experiência de interação que envolveu diversas relações seja a relação colaboradores-acolhidos ou acolhidos-acolhidos, de forma que, durante as atividades de acolhimento, apoio e assistência a crianças e adolescentes em tratamento médico na associação de estudo, conseguiu-se estimular a convivência com os acolhidos da instituição, bem como conhecer, observar e analisar as ações realizadas pelos colaboradores durante as atividades de interação com acolhidos e as próprias interações existentes entre os acolhidos.
Por fim, durante esse trabalho pode-se também identificar e propor algumas estratégias de melhorias das atividades já existentes, ou mesmo, propor algumas oportunidades de melhorias para a instituição do estudo, que de forma simples e objetiva foram expostas nos diários de campos de alguns representantes da equipe durante o momento de reflexão da visita.







REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BAKHTIN,M. Estética da criação verbal. Os gêneros do discurso. 2ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 1997.
CARDOSO, F.T. Câncer infantil: aspectos emocionais e atuação do psicólogo. Revista SBPH. Rio de Janeiro, RJ, Vol. 10, n. 1, 2007. Disponível em . Acessos em 24 maio 2015.
LAZZARI, J.M.W; SCHMIDT, E.B. Percepção dos pais em relação a mudanças após o progresso psicodiagnóstico, avaliação psicológica. Porto Alegre, RS, Vol.7, n.2, 2008.
VALLADARES, L. Os dez mandamentos da observação participante. Revista brasileira de ciências sociais. São Paulo, SP, Vol. 22, n.63, 2007.






















ANEXOS

ENTREVISTA DIRECIONADA AO FAMILIAR

01 - Qual o seu nome?
Rita de Cássia
02 - Quem a senhora está acompanhando?
Francisca Karoline, mas chamam ela de Karol.
03 - Quantos anos ela tem?
16 anos.
04 - Há quanto tempo a senhora está na instituição?
A quatro anos. Ela tinha 12 anos quando todo começou.
05 - Como foi a reação da senhora ao saber do diagnóstico?
Quase fico louca, sofri muito. Por que assim, tenho 4 filhos homens e só ela de mulher. Foi um sufoco. Mas graças a Deus minha filha terminou o tratamento.
06 - E seus 4 filhos moram sozinhos?
Não, já são todos casados! Mora só ela mesmo, comigo.
07 - Ela é a mais nova?
Sim.
08 - E quando a senhora soube do diagnóstico, o que mudou na sua vida?
Posso dizer que mudou tudo né? Por que sempre a gente fica insegura, por que a gente não tem aquela firmeza, por que a pessoa já fica com medo.
9-Como a senhora conheceu, ou soube da instituição?
Através do Hospital mesmo. Na verdade foi assim, tinha uma colega minha que já fazia tratamento no Albert Sabin e que já vinha pra cá com a meninazinha dela. Foi através dela mesmo que eu fiquei sabendo. Ai foi depois que o hospital encaminhou a gente pra cá.
10- Qual foi sua primeira atitude, ou o que a senhora fez de imediato ao saber do diagnóstico?
Eu não sabia o que tinha que fazer. Primeiro eu procurei o ICC, ai eu ia, so que não ía todos os dias, por que quando ela se internava, ela nunca saia de imediato, as vezes passava 17 dias, as vezes 1 mês internada.
- Tinha que ter acompanhante?
Era só eu mesmo com ela, todo o tempo. Eu passei 1 ano morando no hospital. As vezes a gente saia do hospital e com 3 dias voltava de novo.
12- Quais as maiores dificuldades que a senhora passou?
Tinha dificuldade por que lá em Itapipoca, os carros lá é difícil de acesso. Por que a gente marcava com os carros, eles enganavam a gente, a gente ficava esperando lá. A gente mora no interior, num lugar chamado deserto, mas é um distrito de Itapipoca. As vezes a gente ia pra cidade, muitas vezes a gente ficava esperando, por que não tem carro todos os dias. No dia em que eles viam, a gente ficava esperando por que era dia da consulta dela, em cima da hora eles apareciam e a gente tinha que vim, pois não podia perder A CONSULTA.
13- E como a família reagiu diante de tudo isso?
Graças a Deus, foi recebido muito apoio. A comunidade, também é muito boa, me ajudaram muito, nessa parte ai não tenho o que falar, as vezes chegava gente com comida, me davam cesta, me dava muito apoio, os vizinhos, os amigos. E ela sempre que criou muitos amiguinhos, ela nunca foi de fracassar não, nunca foi de desanimar, de jeito nenhum. E muitas vezes as pessoas vinham visitar ela, ao invés das pessoas darem força a ela, ela era quem dava as pessoas, acho que isso ajudou muito a recuperação dela.
- Hoje vocês reagem de uma forma melhor?
É, Graças a Deus , não é aquelas coisas boas, mas a vista do começo, posso dizer que esta mais fácil.
15 - O que a senhora tem a agradecer a instituição?
Agradecer a Tudo!
16 - O que eles fazem pela senhora?
Eles fazem tudo pela gente, por que so o fato dos nossos filhos ter a merenda. Começa pela merenda de manhã, ai 9 hs tem o lanche, 11 hs tem almoço, 2 hs pra 2:30 a gente levanta, depois do almoço, ai a gente reza o terço da misericórdia, ai depois tem o lanche, as 17 tem a janta e antes de dormir tem outro lanche. Tem roupa lavada, eles dão um apoio e as mães lavam. E a irmã Ceição é uma pessoa muito boa, e a Sandra. Não tenho o que dizer nada daqui não, a irmã Ceição dia de domingo, enche o carro de menino leva pra praia, leva pra passeio.
17 - Quais os tipos de lazeres que a senhora tem aqui?
Aqui só se for mesmo pra sair com a irmã mesmo, a gente não tem autorização pra sair, que aqui é perigoso, principalmente pra pessoa que vem do interior, não saber andar mesmo.
Tem gente que reclama, mas eu não tenho do q reclamar não. Ninguém não paga nada, tem tudo aqui. Depois da ordem da comida se o menino sentir fome, pode pegar comida na cozinha, a gente mesmo pode fazer.
18 - Diante de toda dificuldade emocional, ao saber do diagnóstico de sua filha, quando a senhora chegou na instituição teve algum apoio?
Tive muito apoio, ela conversa muito com as pessoas, a Sandra, a irmã Ceição, a assistente social, inclusive mesmo ela tem até uma psicóloga, ela me atendeu quando cheguei, ela conversa com a pessoa.
19 - Com que frequência a psicóloga lhe atende?
Quase todos os dias ela vem pra sala, todos os dias nós podemos ter atendimento, qualquer coisa pode chegar pra ela e falar alguma coisa.
20 - E a senhora acha que é importante o papel da psicóloga?
É por que quando a pessoa passa por esse problema, a pessoa fica muito abatida, fica triste, mesmo que a pessoa não queira, mas a pessoa fica triste.
21 - E a senhora viu alguma diferença depois das conversas com a psicóloga, se fortalece mais?
Fortalece sim, pessoa já vai procurando entender o problema esclarece mais.
22 - E a sua filha percebe essa diferença, qual o trabalho da Psicóloga com a sua filha?
Ela vai pra salinha com a psicólogo, aÍ elas vão fazer umas atividades, tipo assim uma aula. Só que a Karol quando estava lá no ICC ela pegou uma infecção hospitalar, pegou depressão, aí a psicóloga conversava com ela, acompanhava ela. Tinha um voluntário que acompanhava ela lá no ICC, ai depois que a gente passou aqui pro Alberto Sabin ele continuou, esse menino quando ela estava na depressão foi ele que tiro ela da depressão, era um amor de pessoa, ainda hoje eu gosto muito dele, ele era professor de faculdade.
23 - A senhora acha que existe alguma demanda, algo a ser melhorado?
Pra mim está tudo perfeito.
24 - Se a gente pudesse trazer algum serviço, algum trabalho voluntário, qual seria?
A Karol gosta muito de desenhar, pintar. Ela gosta de fazer pulseira.
25 - Teria alguma previsão de quando vocês vão voltar pra casa?
Tem, depois de quarta-feira, depois da consulta nós vamos embora, aí ela vai passar a voltar só de 6 em 6 meses para a consulta. Graças a Deus terminou.








ENTREVISTA DIRECIONADA A ASSISTENTE SOCIAL

Há quanto tempo você trabalha como assistente social?
Como assistente social trabalho a um ano e meio.
Já faz muito tempo que você trabalha na instituição?
Eu trabalho na instituição a oito meses.
É realizado algum trabalho com a família do paciente?
Pronto! O que a gente faz é junto com a terapeuta ocupacional porque ela lida com os meninos e eu lido com os familiares, geralmente as quintas feiras a gente aplica em grupo, o grupo de mães, pais é muito raro na participação desse grupo. A gente debate questões que envolve o contexto da família e o contexto social diretamente aqui dentro da instituição, o que eu faço nesse trabalho na questão social é o grupo de mãe, certo?! Mais questão de encaminhamento, questão de trabalho com CRAS CREAS essas coisas, eu faço fonte com a prefeitura, com o hospital, mas dentro da instituição é mais voltado pra esse grupo que é a vivência delas aqui.
Existe possibilidades de escolarização das crianças durante o tratamento?
Agora a gente está com um novo projeto, antes não, antes elas ficavam afastadas da escola e quando retornavam acabavam tendo aquela deficiência, porque o tratamento é duradouro, digamos... eles passam uma semana aqui e dois dias em casa então realmente perde muito, e agora a gente contratou uma pedagoga recentemente pra justamente suprir essa necessidade deles, ela tá acompanhando criança à criança, eles trazem os livros do município deles e contamos com os professores e a direção pra não ter perca da parte deles.
Porque teve um adolescente que tá repetindo a sétima série pela segunda vez por causa do tratamento, ele não consegue acompanhar... por conta da nossa preocupação o caminho é a pedagogia.
A instituição acolhe crianças até que idade para o tratamento do câncer?
De 00 a 18 anos , são crianças e adolescentes.
As crianças que tem mais entendimento são informadas da gravidade da doença?
Aí geralmente quem faz é o hospital, a gente é mais o apoio social mesmo, a gente evita o mundo do hospital por isso eu não trabalho de jaleco. Tem crianças que quando entra aqui começa a chorar, aí a gente pergunta o que foi?! a mãe diz que ele acha que vão tirar sangue.
Tem um adolescente que é resistente a questão da quimioterapia, pra ele faz bastante tempo a um ano e pouco,quando ele chega no hospital diz que não vai tomar , ai vem psicólogo, vem médico e assistente social todos conversar com ele, ele muda de ideia e diz que vai tomar e quando eles saem ele continua falando que não vai e quem segura toda essa barra é a mãe dele e as vezes a mãe acaba não aguentando e fala um monte de besteiras e ele sente isso mas a gente tem que compreender da melhor forma porque como a mãe mesmo disse só ele sabe o que sente passando por esse processo.
Geralmente eles perguntam muitas coisas a respeito da doença? São curiosos?
Não, que chegue até a mim não, mas eu acho que como eles já vivem no mesmo ambiente lá no hospital acaba ficando muito natural pra eles quando eles chegam e convivem com os outros. Essa questão de o cabelo cair por exemplo, em momento algum não vi nenhum deles se perguntarem porque o meu caiu e o dele não, pra eles é muito natural.
As crianças que vem do interior realizar o tratamento, que tipo de serviço é oferecido pela instituição?
Na verdade as maiorias das pessoas são do interior, raro são as daqui de Fortaleza. A gente tenta suprir esse serviço na questão de transporte, todos os dias sai carros pro hospital aqui pra ir deixá-los e ir busca-los, a alimentação, cestas básicas, dormida... Na verdade eles não tem nenhum tipo de gasto. Até o benefício do INSS nós fazemos todo o processo, a gente agenda leva pra pericia se for pelo município eles não conseguem nada.
Quais atividades como assistente social dessa instituição você desenvolve?
O Primeiro contato é o acolhimento , eu tenho todo esse cuidado, geralmente quando eles chegam independente do diagnóstico acham que vão voltar pra casa e nem sempre é assim, muitas mães vem chorando e tem que ter cautela de ver o momento certo de conversar, tem dia que chego e converso dependendo da reação e tem dia que apresento a instituição e digo quando for amanhã e a senhora estiver preparada e mais habituada a gente conversa. Então eu cuido do acolhimento, preenchimento de ficha de atendimento, encaminhamento a um órgão que vejo que tem necessidade, contato com o hospital, contato com o município, solicitação de transporte, entrega de benefício .Frauda, creme dental, escova de dente, tem gente que chega aqui só com a roupa do corpo tudo isso se não tiver a gente providencia
Também tem os relatórios, as frequências tudo sou eu que organizo.
Após a saída da instituição quando recebe alta é realizado algum tipo de acompanhamento?
A gente busca ter sempre o contato com a família, tanto os que estão curados quanto aqueles que falecem a gente acaba se colocando sempre à disposição no que precisar, mas acontece que muitas famílias depois que há cura ou a óbito meio que se afastam, as vezes não dão nem satisfação, a gente sabe que o filho foi a óbito por outra pessoa, a família nem liga pra avisar a gente, nós tentamos ter esse controle mas vocês sabem que é bem mais complicado porque tem que ser dos dois lados e as vezes não é.
































DIÁRIOS DE CAMPO

Nome: Claudiana Silva de Sousa

Instituição

Nome:Lar Amigos de Jesus
Endereço: Rua Ildefonso Albano, 3052-Joaquim Távora
Município e Estado: Fortaleza-Ceará
CEP: 60.115-001
Fone: (85) 3226.3447 / (85) 3067.6565
Site: laramigosdejesus.org.br
E-mail: [email protected]

Diário de Campo 01
Data: 18 / 03 / 2015
Horário: 14:00 as 16:00
Local: Lar Amigos de Jesus
Tema: Apresentação da instituição
Participantes: Além de mim, como representantes da equipe foram Gabriely e Itamara, e como representante da instituição a Irmã Maria da Conceição Dias Albuquerque, presidente da instituição.

Narrativa do Diário de Campo

Nesse primeiro encontro houve a apresentação da instituição, onde tive o contato com a associação "Lar Amigos de Jesus", responsável pelo acolhimento, apoio e assistência de crianças e adolescentes para tratamentos médicos em fortaleza.
Ao chegar na instituição houve uma identificação da equipe e de sua motivação para a visita, em seguida aguardarmos o inicio da apresentação da instituição com a Irmã Maria da Conceição Dias Albuquerque que falou rapidamente o modelo institucional, os serviços disponibilizados, o grupo de atividades e projetos realizados e as diversas formas de envolver a participação de voluntários na associação Lar Amigos de Jesus.
Encerrada a apresentação conceitual, a Irmã nos direcionou a conhecer as dependências do Lar, tais como: dormitórios, refeitório, sala de tv, sala interativa, salas de desenho e estudo, auditório, capela, pátio de laser externo e áreas em construção (para apoio aos pais, com mais dormitórios, academias e outras áreas), que servem de áreas que promovem a integração entre as crianças e adolescentes com câncer e outras enfermidades prolongadas em tratamento de saúde fora de seu domicílio.
Após a demonstração do espaço disponível da instituição, a presidente Irmã Maria da Conceição nos deixou a vontade para continuar na instituição observando as dependências e a rotina do dia, bem como nos deu livre acesso a ela para prestar esclarecimentos maiores e se assim, desejássemos, poderíamos voltar a instituição para outros encontros.

Reflexão

Esse encontro foi muito importante para a formação desse trabalho experimental de entendimento das relações integrativas que ajudam na promoção da saúde, através da relevância do auxílio durante o tratamento de doenças de sintomas agressivos e da redução de seus impactos sobre o funcionamento integral do ser humano, pois além dessa constatação pode-se observar que a instituição não apresenta grande reconhecimento público, algo que possibilitou o fácil acesso a instituição e alta receptividade, tanto dos colaboradores como dos beneficiados, pois a associação busca divulgar ainda mais suas ações e projetos a fim de crescer mais.
Entretanto, nesse encontro não foi possível ter um contato ou interação com as crianças, pois existiu uma dificuldade de rotina das crianças, uma vez que a maioria das mesmas tinha passado por processo de quimioterapia ou radioterapia no período da manhã e no horário da visita encontravam-se descansando.


Diário de Campo 02
Data: 20 / 03 / 2015
Horário: 08:00 as 10:00
Local: Lar Amigos de Jesus
Tema: Interação
Participantes: Além de mim, como representantes da equipe foram Priscila e Thalyta, e como participantes da instituição tivemos contato direto com aproximadamente 5 crianças e 1 voluntária da área pedagógica que não serão mencionados os nomes das mesmas por questões de evitar exposição pública.

Narrativa do Diário de Campo

Nesse segundo encontro houve uma pequena interação com os acolhidos da associação e os colaboradores, participando de algumas atividades que as crianças e adolescentes costumam realizar, que ajudam no processo de acolhimento, apoio e assistência em seus tratamentos médicos.
Novamente ao chegar à instituição, houve a necessidade de uma identificação da equipe. Após essa identificação a própria Irmã Maria da Conceição nos liberou para termos livre acesso a instituição e livre contato com os acolhidos.
Dessa forma, seguimos até a sala de tv, onde já existiam duas crianças praticando suas atividades individuais de diversão. Antes de seguirmos para a sala de desenho e estudo, fizemos o convite para as duas crianças irem conosco realizar brincadeiras coletivas com as demais crianças e com a equipe. Uma delas decidiu aceitar o convite e foi conosco interagir com mais três crianças na sala de desenho e estudo, de forma que brincamos coletivamente de UNO e brincamos de desenhar e colorir, promovendo a apresentação de cada desenho as demais crianças a fim de estimular a conversa e diversão em grupo.
Durante a prática dessas atividades de grupo de promoção da integração havia uma voluntária da área pedagógica que nos ajudou a conduzir as brincadeiras e os diálogos, uma vez que a mesma já fazia algumas atividades com as crianças, algo que facilitou a interação entre todos.
Após bons momentos de diversão para as crianças e adolescentes ali presentes, apesar da empolgação e felicidade causada, devido ao cronograma diário deles e o encerramento de nosso tempo de visita, finalizamos as brincadeiras e nos despedimos com a promessa de que voltaríamos para fazermos novas brincadeiras de interação com todos.

Reflexão

Essa segunda visita a instituição foi ainda mais proveitosa para a realização do trabalho, pois foi onde tivemos o primeiro contato com as crianças de forma livre e sem formalidade, só apenas divertida e interativa, onde foi possível verificar que os acolhidos pela a instituição escolhida são crianças e adolescente cheias de energia e vontade de interagir, que apesar de todas suas complicações e limitações de saúde são crianças que gostam de se relacionar umas com as outras e com as demais pessoas que assim quiserem interagir com elas.
De sorte que, apesar de uma rápida visita pode-se verificar que a instituição continuava receptiva, com os seus colaboradores e voluntários muito prestativos e atenciosos, bem como os próprios acolhidos e acompanhantes se mostraram muito felizes e receptivos a nossa presença.



























Nome: Thalyta Almeida da Costa
Data: 11/03
Horário: 9:00 ás 10:00
Local: Lar amigos de Jesus
Tema: Conhecendo a instituição
Participantes: Juntamente comigo algumas componentes da equipe, Itamara, Grabriely, Priscila, Conhecemos a Irmã Conceição e algumas crianças que estávamos presentes.

Diário de campo 1

Narrativa do diário de campo

Em nosso primeiro contato com instituição tivemos a honra de conhecer a Irmã Maria da conceição Dias Albuquerque, que juntamente com a Irmã Maria de Lourdes Rabelo desenvolveram esse trabalho de acolhimento. Primeiramente assistimos uma palestra onde a Ir. Conceição nos explicava como são realizados os trabalhos na instituição, como é mantida, a que público os recursos da própria eram oferecidos, e etc. Nos apresentou todos os trabalhos que são realizados no atendimento de crianças e adolescentes com câncer. Recebemos informações de que o Lar amigos de Jesus desenvolve um trabalho de gratuito de acolhimento, apoio de assistência a essas crianças e adolescentes que moram no interior do Ceará ou até mesmo de outros Estados.
A instituição fornece a esse público vivências de cooperação, visando a continuidade do tratamento especializado, hospedagem, obtenção de auto-estima, a socialização, oficinas, terapias, integração social, alimentação, lazer, religião, saúde e serviço social.
A Ir. Conceição nos levou para conhecermos algumas crianças que estavam presentes no Lar, ficamos as observando enquanto brincavam, de imediato não interagiram conosco, passando alguns minutos nos aproximamos e começamos a brincar com elas, nos transmitiram uma alegria imensa, o interessante é que independente do estado em que se encontravam nos transmitiu muita paz.
Também observamos um garotinho que havia chegado a pouco tempo na instituição para iniciar seu tratamento, ele não interagiu muito com a gente de imediato, passou algum tempo brincado mas logo se afastou novamente, a Ir. Conceição havia nos falado o quando era difícil no início para essas crianças/adolescentes interagirem uns com os outros.
É extremante complicado a aceitação do câncer, há uma grande mudança no cotidiano, mudança de rotina para iniciar os tratamentos, mudanças físicas, etc. A instituição visa transformar essa rotina "sofrida" dessas crianças e adolescentes, juntamente com suas mães, em um momento de superação, fé, alegria a cada procedimento realizado com sucesso referente ao câncer.

Reflexão

Conhecer essa instituição e cada um dos projetos realizados na mesma foi de extrema importância; projetos que realmente proporcionam aquelas crianças e adolescente todo um adjutório que eles necessitam receber. Nesse processo a todo um voluntariado que dedica parte do seu tempo, sem remuneração alguma, a diversas formas de atividades, organizadas ou não, de bem estar social atendendo as necessidades do próximo, com ás suas próprias motivações pessoais. Foi essencial entramos em contato com esse público durante a nossa formação para conhecermos essa demanda mais a fundo.

Diário de campo 2
Data: 20/03
Horário: 9:00 ás 10:00
Local: Lar amigos de Jesus
Tema: Descontração e interação
Participantes: Além de mim duas componentes da equipe, Claudiana e Luciana Priscila, tivemos um momento com um pequeno número de crianças e uma voluntária que estava presente na hora da visita.

Narrativa do diário de campo
Ao chegarmos nos identificamos e fomos encaminhadas para termos um contato mais próximo com as crianças e os adolescentes. Logo fomos informadas que havia poucas crianças na instituição pela manhã, porque geralmente fazem tratamentos nos hospitais.
Fiquei bastante surpresa com um garoto que veio ao nosso encontro, e nos convidou para brincarmos com ele, tivemos um momento descontraído com ele, interagimos, foi bastante divertido. Pudemos observar como o brincar é instrumento terapêutico e necessário e tem uma tamanha importância na vida do ser humano. Tivemos convicção de que através da brincadeira podem-se favorecer muito aspectos como: sensoriais, sociais, emocionais, assim também auxiliando no tratamento de doenças, no caso o câncer. Observamos bastante como eles se sentiam bem brincando, desenhando, fazendo pinturas. A arte associada aos tratamentos os ajuda a enfrentar o período enfermo e garante uma estabilidade emocional.
Esses recursos que são muito trabalhados na instituição Lar amigos de Jesus são utilizados de forma terapêutica promovendo uma ampliação da consciência de si mesmo, do outro, do mundo a fora, e também promove uma melhora no estado clínico dessas crianças e dos adolescentes.

Reflexão
Refletindo nessa visita ao Lar, pude observar que anteriormente percebia apenas a patologia em si, mas quando me deparei e entrei em contato com aquelas crianças juntamente com os adolescentes, pude vê-los como um todo, de forma humanizada, dentro de vários aspectos, tanto física, como emocionais, psicológicos, sociais, entre outros. No momento que se é diagnosticado o câncer, essa criança ou esse adolescente passa a ter a vida totalmente mudada, seu jeito de ser geralmente é mudado e até mesmo de forma prejudicial, mas observei que a instituição está buscando uma qualidade de vida para esses acolhidos diferentes do modo esperado.
É bem comum sempre encontrarmos eles se divertindo com brincadeiras, onde se esquecem de tudo, onde aquele momento são apenas crianças e adolescentes se divertindo. E sempre um momento terapêutico para eles, gratificante e edificante para nós.

Diário de campo 3
Data: 24/03
Horário: 9:00 ás 10:00
Local: Lar amigos de Jesus
Tema: Entrevista
Participantes: Além de mim outras componentes da equipe, Regina, Itamara, Priscila, Gabriely; conversamos com a mãe de uma adolescente que recebe o apoio da instituição há alguns anos atrás.


Narrativa do diário de campo

Ao chegarmos à instituição nos identificamos e informamos o nosso objetivo da visita a Irmã Conceição, que era de realizar uma entrevista com alguma mãe que recebia o apoio da instituição. A equipe se dividiu em dois grupos onde um dos grupos ficou interagindo com algumas crianças e algumas mães que estavam com seus presentes, vendo-os fazer atividades, e a outra parte do grupo dirigiu-se para outro local a procura de uma mãe para realizar a entrevista.
Algumas mães tinham seus afazeres e não queríamos atrapalhá-las.
Então nos aproximamos de uma senhora e perguntamos se ela disponibilizaria um pouco do seu tempo para termo um diálogo com ela. E ela prontamente aceitou o nosso convite.
Primeiramente procuramos um local mais tranquilo, onde ela pudesse se sentir mais a vontade para interagirmos com ela.
Começamos o diálogo nos apresentando e posteriormente perguntamos a quem ela acompanhava na instituição, então a partir daí começou a nos relatar os processos da sua trajetória para chegar à instituição Lar amigos de Jesus. Ela nos contou que a sua filha tem câncer e que havia sido diagnosticada ainda quando criança. Contou-nos as dificuldades que passou até conhecer a Irmã Conceição e o Lar. Relatou o quanto foi doloroso saber que a sua filha tem câncer, foi uma dor quase insuportável, um momento muito delicado na vida dela. Relatou-nos também o quanto foi bem acolhida pela instituição, e que todas as necessidades dela e todos os acolhidos são supridos. Observamos o quanto à instituição oferece todo um aparato para aquelas crianças e adolescentes juntamente com as suas mães, e eles são bastante gratos por isso.

Reflexão

Foi uma experiência muito gratificante conhecer a história de vida daquela senhora, que nos relatou todos os sentimentos que lhe perpassaram quando foi diagnosticado o câncer em sua filha, e todas as suas experiências posteriores, também pude perceber o quanto a instituição dá um apoio muito favorável para aquelas crianças e adolescentes durante o processo de tratamento deles. Conseguimos colher bastantes informações de extrema importância para a realização do nosso trabalho e também obviamente para a nossa trajetória acadêmica. Todo o nosso objetivo para essa visita foi realizado com bastante êxito.

Diário de campo 4
Data: 20/05
Horário: 9:00 ás 10:00
Local: Lar amigos de Jesus
Tema: Intervenção
Participantes: Juntamente comigo os componentes da equipe, Gabriely, Luciana Priscila, Itamara, Núbia, e Leonardo. Interagimos com algumas mães e algumas crianças que estavam presentes.

Narrativa do diário de campo

Fomos á mais uma visita ao Lar amigos de Jesus; ao chegarmos nos identificamos e informamos o nosso objetivo que era de realizar a Intervenção. Tínhamos agendado a visita com antecedência para encontrarmos um bom número de crianças para realizarmos as atividades propostas.
Para a realização da combinamos que levaríamos um lanche e faríamos um momento de interação com as crianças e os adolescentes antes, para posteriormente realizamos a atividade com eles. E da forma que havíamos combinado, o fizemos. Logo após um lanchinho iniciamos a atividade de contação de história, onde uma das componentes da equipe leu com bastante entusiasmo um breve e emocionante conto que tem como título "A borboleta azul", retrata a vida de uma borboleta que havia deixado o lugar onde morava e onde nasceu para conhecer o mundo que fica além do vale e das montanhas azuladas.
Observei que durante a história a maioria deles estavam bem atentos aos mínimos detalhes que eram contados, faziam até questionamentos sobre os fatos da história, foi um momento bem agradável. Após a contação de história arrumamos as mesas com os materiais como: Lápis de cor, lápis preto e cartolinas brancas, com bastante espaço livre para usarem a criatividade deles. Pedimos as crianças e os adolescentes que desenhassem um momento marcante da história que eles recordassem, alguns desenharam, outros fizeram desenhos livres, uma garotinha desenhou sua família, sua casa, corações por toda parte, esse desenho me chamou bastante atenção, ficou lindo. Durante esse momento um dos meninos nos contou um dos seus sonhos, que era ser cantor, e cantou uma música que ele mesmo compôs, depois de insistirmos bastante para que ele cantasse.
Por conta do horário tivemos infelizmente que encerrar a visita, nosso tempo já havia se esgotado. Despedimo-nos, eles nos perguntaram quando nós retornaríamos para vê-los novamente, foi um momento marcante e incrível.

Reflexão
Para mim foi um momento que interagimos bastante, conversamos, rimos, brincamos, enfim, foi extremamente especial. Todos os planos que havíamos traçado para a intervenção foram realizados com êxito.
A realização desse trabalho nos enriqueceu bastante, com todas essas experiências adquiridas. Com convicção digo que foi um momento de muito aprendizado e que todos os acolhidos do Lar Amigos de Jesus nos serviram como exemplo de superação, fé, perseverança, coragem, garra e nos mostraram que apesar das lutas diárias, temos que sempre ver e viver o lado bom da vida e enfrentar os ruins, crendo que é só um momento difícil, mais que logo nascerá o sol novamente. Esses momentos no Lar amigos de Jesus me renovaram.
























Nome: Luciana Priscila Nascimento da Silva
Dia da visita: 11/03/2015
Diário de campo 1

Narrativa do diário de campo

Hoje fiz a minha primeira visita a instituição lar amigos de Jesus, onde conheci a irmã Conceição que é a responsável da instituição. No inicio assistimos uma pequena palestra que ela estava dando para outros alunos, falando um pouco sobre a instituição e logo depois fomos com outra irmã conhecer o ambiente. Foi nos apresentando a sala de tv, cozinha, um ambiente que tem 3 computadores e o local ao lado vai ter uns vídeo games para as crianças brincar, o local de estudo e pintura das crianças. Tinha algumas crianças na sala de estudo e um pequeno garotinho que tinha acabado de chegar na instituição, muito quetinho, tímido, parecia que não queria conversa com ninguém, já os outros pareciam já estar acostumado a estar naquele ambiente e ter aquela rotina do dia a dia.
Vi alguns familiares, com olhares um pouco cansados, não muito animados, sem esperança, nem parecia às crianças, que tinham um brilho no olhar e um sorriso encantador. Passou um tempo até que aquele garotinho tímido se aproximou dos outros com uma bolsa pequena atrás das costas, tirou uns brinquedos que estava dentro da bolsa, uns bonequinhos de exercito e começou a brincar com os outros, foi ai que vi o primeiro sorriso dele, mesmo ele aparentando estar um pouco debilitado. Ao ver aquela cena, tentei me aproximar das crianças até então para poder criar um vinculo com eles, mais foi tão difícil essa aproximação, parecia ser fácil, mais não foi, fiquei um bom tempo só olhando e pensando em como chegar até aquelas crianças. Foi ai que tive a ideia de me aproximar deles e perguntar o nome de cada um, foi até engraçado, pois todos estavam com uma aparência de tímidos, até eu. Mais depois disso, todos perderam a timidez e começamos a brincar.
Passamos um bom tempo brincando com eles, depois chegou a hora de irmos embora. Mais dessa primeira visita, o que mais me encantou foi ter ouvido deles o "vamos tia brincar", me senti tão bem ao ouvir isso, fiquei tão feliz por saber que eu estava contribuindo de alguma forma pelo bem estar deles.

Diário de campo 2
Dia da visita: 20/03/2015

Narrativa do diário de campo

Minha segunda visita a instituição, quando chegamos a irmã conceição já estava com uma turma de outra faculdade, não pôde nos atender, mais ficamos esperando ela retornar com essa equipe para podermos deixa-la ciente que estávamos fazendo uma nova visita a instituição. Enquanto estávamos sentadas, vimos o garotinho que estava da outra vez que fiz a minha primeira visita a instituição, estava ele e outro garoto que não tinha visto daquela vez. Assim que ele viu a gente, veio correndo com um sorriso lindo no rosto, perguntei sobre o uno, que foi um dos jogos que brincamos naquele dia, ele correndo lá pra dentro da instituição e quando voltou foi com o uno em suas mãos, chamando para gente brincar novamente. Sentamos em uma mesa que tinha bem na entrada e começamos a jogar novamente. Logo a irmã Conceição apareceu e falou que podíamos ficar a vontade, pois a gente já conhecia a instituição, muito atenciosa e carismática.
Apresentei para uma amiga da equipe os locais da instituição, sala de tv, cozinha, e salas de estudo e pinturas, pois ela não tinha conhecido ainda. Quando entramos na sala de estudos, tinha outra voluntária fazendo pinturas e desenhos com umas 4 crianças, entre essas 4 crianças tinha uma adolescente, nos apresentamos e fomos recebidas com muito carinho como da outra vez.
Conhecemos outras crianças que era parecida com as outras. Umas alegres demais na sala de pintura e outras mais quetinhas na sala de tv assistindo e no celular. Essa outra visita foi muito boa, tinha até mais crianças que da outra vez.

Diário de campo 3
Dia da visita: 27/04/2015

Narrativa do diário de campo

A terceira visita foi incrível como todas as outras, mais fizemos um diferencial, pois de inicio, ficamos um pouco com as crianças, ficamos observando elas brincarem umas com as outras. O objetivo dessa visita foi poder realizar a entrevista com algum familiar dessas crianças/adolescentes da instituição. Na hora tinha alguns familiares reunidos na entrada da instituição, uns sentados outros em pé observando a instituição, dai decidimos ir até uma mãe que disponibilizou um pouco do seu tempo para nos dar um pouco de atenção. Fomos até um sofá que tem no pátio da instituição e começamos a realizar a entrevista.
Observei que de acordo com cada pergunta que íamos fazendo, ela não se negava a responder nenhuma e se sentia orgulhosa de estar ali naquele momento, podendo compartilhar um pouco da sua vida com a gente. Fiquei bastante orgulhosa pela forma que ela nos recebeu, e senti que ela gostou também de compartilhar as suas vivencias com a gente. Ao terminar a entrevista agradecemos a ela e fomos embora.

Diário de campo 4
Dia da visita: 20/05/2015

Narrativa do diário de campo

Hoje foi o dia que fomos fazer a intervenção na instituição, com o proposito de interagir mais com as crianças e levar um pouco de alegria para elas. De inicio levamos bolos e sucos para as mães, crianças, acompanhantes, voluntários, quisemos fazer um café da manhã junto a eles, porém quando chegamos lá fiquei um pouco surpresa, pois foi no mesmo dia que uma voluntária estava fazendo 10 anos na instituição, onde o clima já estava de festa, batemos parabéns para ela novamente, comemos chocolates, e comemos o lanche que trouxemos. Depois combinamos com uma das voluntárias para levar as crianças até a sala de estudo para podermos contar uma história, fazer uma pequena atividade com as crianças.
A voluntária nos ajudou e fizemos a narração de história, que era sobre a borboleta azul, e depois pedimos para que as crianças desenhassem sobre a história que foi contada. Percebi que tinha umas crianças um pouco distraídas, que não prestava muita atenção na historia, os maiores já ficaram fixado em cada palavra que era dita.
No final da atividade todos tentaram desenhar um pouco sobre o que tinha entendido da história e alguns deram os desenhos de presente para turma. Senti-me feliz por participar e poder conviver um pouco com cada um na instituição. Não tenho o que reclamar, pois todos foram bem receptivos com a gente.







Nome: Núbia Lopes de Oliveira
Data da visita: 11/03/15
Diário de Campo 1

Narrativa do diário de campo

A proposta do nosso trabalho foi uma atividade de intervenção na instituição "Lar Amigos de Jesus". Essa foi a segunda visita à instituição, onde eu fui pela primeira vez. Neste dia chegamos na mesma por volta das 9:30 horas, pois foi o horário marcado pela própria para estarmos lá. No começo, escutamos um pouco da palestra da irmã conceição que é uma das idealizadoras desta instituição de caridade. Logo após ela saiu com outros alunos que lá estavam para apresentar o local. Nós nos dirigimos para a salas de brincadeiras e fomos recebidos por algumas voluntárias, as mesmas se apresentaram a nós, nos apresentamos também para elas e para as crianças, que no início se sentiram desconfortáveis com nossa presença. Logo após alguns minutos algumas crianças já foram deixando que nos aproximássemos delas. Uma das voluntarias nos deixou nos deixou tranquilas quanta a essa reação delas, nos disse que as mesmas são acostumadas a receber várias visitas e no começo ficam sempre tímidas mais que em pouco tempo elas ficariam a vontade.
Enfim, este dia foi resumido para observação das crianças e tentativas de interagir com elas, em algumas brincadeiras. Tivemos uma experiência interessante e que marcou essa visita, que foi a chegada de um menino para começar o tratamento, no começo ele estava bastante redil mais conseguimos depois de um tempo nos aproximar dele e até brincar. No fim da visita as 10:30 horas nos despedimos e avisamos que iriamos voltar em outro dia para uma nova visita.

Diário de Campo 2
Data da visita: 20/05/15

Narrativa do diário de campo

Está foi a nossa última visita à instituição "Lar Amigos de Jesus" que teve início as às 9:00 horas com um Café da manhã, que foi promovido pela nossa equipe. Levamos bolo e suco para lancharmos com as crianças e voluntários que lá já estavam, comemorando dez anos de serviço de uma delas.
Logo após nos dirigimos para a sala de brincadeiras, pois naquele horário as crianças sempre estão lá. Conversamos com os voluntários e explicamos o que iriamos fazer naquele momento com as crianças e elas nos ajudaram a reunir todas elas, pois, algumas estavam brincando de bola e com outros brinquedos.
Fizemos um círculo de cadeiras e pedimos para que elas se sentassem e explicamos que iriamos contar uma história linda e que falava de uma borboleta azul. Fui escolhida pela equipe para contar a história e já sabia que seria uma missão manter aquelas crianças atentas em todo o momento da contação da historinha.
No começo foi tudo bem, mais com alguns minutos depois elas começaram a conversar e se distrair, tive que dá uma pausa e chamar novamente a atenção delas pra mim, fazendo algumas perguntas sobre o cotidiano delas, sem sair do foco da história. E foi assim até terminar a mesma.
Terminada a historinha pedimos que elas desenhassem o que lembravam da mesma, o que tinham entendido. Demos a cada uma, uma cartolina e lápis de cor de todas a cores. Muitas desenharam borboletas, casas e até sua própria família. Durante toda a atividade conversamos e escutamos todas elas. Pois enquanto desenhavam falavam muito, cantavam e nos diziam o que mais gostavam de fazer.
Algumas mães também participaram da atividade. Por fim, tiramos fotos com eles, dos desenhos e do local. Despedimos-nos dos voluntários, das mães e das crianças. As crianças levaram os desenhos, organizamos todo o local da atividade e fomos embora.














Diário de Campo 1
Nome: Regina de Fátima Marcos da Silva

Narrativa do diário de campo

O grupo de alunos da Faculdade Maurício de Nassau, da turma de psicologia 5° A – Manhã ficou de observar, entrevistar e intervir com algum trabalho no qual venha beneficiar as crianças com câncer da Instituição Lar Amigos de Jesus, no qual o grupo é composto por 8 pessoas. No dia 24 de abril de 2015, houve uma visita do grupo apenas com o intuito de observar as crianças nas atividades lúdicas que são feitas na instituição e entrevistar alguém da família da criança.
Foi conversado com uma mãe de uma criança, no qual ela foi disponível e atenciosa com o grupo, foi uma conversa fluida, tranquila, no qual foi percebida pelo grupo, a satisfação daquela mãe com a Instituição e com os benefícios e serviços oferecidos por esta Instituição.
Os pontos positivos para o empenho do trabalho do grupo é a facilidade do acesso à Instituição. Outro ponto, é que a Instituição tem como objetivo a divulgação destes serviços prestados a população, no qual facilitou a entrada do grupo, permitindo assim, o acompanhamento com as crianças.
A dificuldade que o grupo encontrou, foi mínimo. Como qualquer e outra criança agitada, foi percebida a dificuldade de algumas crianças ficarem concentradas em certas atividades propostas pelas voluntárias da Instituição, que é considerável. No demais, foi uma experiência única, no qual proporcionou grande conhecimento para o grupo, e um sentimento de utilidade, poder compreender e participar um pouco da história dessas pessoas que tem suas rotinas diferenciadas das demais pessoas.

Diário de Campo 2
Intervenção com as crianças – 20 de Maio de 2015

Narrativa do diário de campo

O grupo de alunos da Faculdade Maurício de Nassau, da turma de psicologia 5° A – Manhã, ficou de observar, entrevistar e intervir com algum trabalho no qual venha beneficiar as crianças com câncer da Instituição Lar Amigos de Jesus, no qual o grupo é composto por 8 pessoas. No dia 20 de Maio de 2015 foi feito a intervenção com as crianças. Ao chegar no local por volta das 9:00hs pela manhã, os voluntários já estavam comemorando o aniversário de uma das colegas. Como o grupo tinha preparado um lanche para as crianças, uniu se o útil com o agradável, todos participaram daquele lanche. Logo em seguida, a coordenadora conduziu o grupo para uma área própria de aplicar as atividades lúdicas. O grupo ficou de contar uma história sobre a Borboleta e no final as crianças iriam desenhar o que elas entenderam sobre a história. No início da história houve algumas resistências por parte de algumas crianças, mas logo estes participaram. Pela manhã, algumas crianças não ficam na Instituição Lar Amigos de Jesus, pois elas fazem seus tratamentos em outra Instituição.
Ao intervir com as crianças, eram na faixa de 6 crianças, alguns ouviram a história e outros fizeram o desenho. Ao observar os desenhos deles, foi percebido pelo grupo o talento que alguns tinham para desenhar, outros queriam até cantar, outros se diziam saber dançar, mas no geral o grupo ficou impressionado com a capacidade que aquelas crianças tinham e lidavam diante de tantas lutas e batalhas que elas passavam. Sem nenhuma dificuldade, o grupo conseguiu concluir o trabalho, podendo contribuir com uma manhã diferenciada, pois o afeto ali era exposto, houve uma facilidade em poder participar um pouco da manhã deles e mostrar pra eles, que a vida continua e sonhar alto nunca é demais.

















Nome: Gabriely Coelho Alencar
Data da visita: 06/03/2015
Diário de campo 1

Narrativa do diário de campo

A instituição que escolhemos para o nosso trabalho de prática integrativa foi o lar amigo de Jesus que acolhe e atende crianças e adolescentes portadores de câncer e outras doenças congênitas.
Nossa primeira visita aconteceu dia 06 março de 2015 no horário da tarde, fomos bem recebidos pela presidente da instituição a irmã conceição que na minha visão pessoal administra com muita responsabilidade e amor. Conhecemos toda a estrutura e os serviços que a instituição disponibiliza para os acolhidos como a hospedagem, a alimentação, as atividades complementares e as oficinas oferecidas aos pais. O pedido das crianças está sendo desenvolvidos novos projetos como o espaço digital e uma escolinha para aquelas que estão afastadas do estudo.
E na área da saúde contam com o atendimento de vários profissionais como: médico, dentista, social, cultural, recreativo, religioso e terapia ocupacional e a psicóloga que atende como voluntária.

Diário de campo 2
Data da visita: 11/03/2015

Narrativa do diário de campo


A segunda visita aconteceu dia 11 de março de 2015 no horário da manhã. Chegamos e fomos direcionados á voluntária Terezinha que nos mostrou a parte da área recreativa, onde tivemos a tarefa de se socializar com as crianças, na minha concepção foi um pouco complicado ter que chegar até ao grupo que estava brincando no pátio pois pelo que havia observado são bem diretas e sensíveis.
Mas aos pouquinhos conseguimos fazer com que eles brincassem conosco, eram 3 meninos, inclusive um que tinha acabado de chegar se chamava Davi e tinha 6 anos de idade, consegui observar o seu olhar desanimado, era resistente e não queria brincar e nem fazer nada. Mas fui chegando devagar e respeitando seu espaço, com o tempo consegui brincar e conversar com ele, perguntei se ele estava gostando da instituição e ele disse que preferia a sua casa e tinha saudades.
Depois o Davi saiu e uma voluntária me chamou para brincar com outros dois, uma menina e um adolescente, começamos pelo jogo de memória depois passamos a jogar dominó e a menina saiu ganhando toda orgulhosa.

Diário de campo 3
Data da visita: 18/03/2015

Narrativa do diário de campo

A terceira visita ocorreu dia 18 de março de 2015, chegamos a instituição e pedimos a irmã para fazermos uma entrevista com a assistente social chamada Fabiana é uma pessoa bem simpática e não hesitou em momento algum que gravássemos a entrevista.
Observei na hora da entrevista o local onde ela trabalha, é uma salinha bem desconfortável, pois o ar condicionado estava quebrado, não tinha ventilação, era cheia de coisas como se fosse uma dispensa, mal dava para se mexer.
Nossa entrevista foi bem rica conseguimos saber mais informações sobre a instituição e o que ela fazia, como se trabalhava com as crianças, os adolescentes e os pais, quais as atividades que eram realizadas com eles e os serviços oferecidos.

Diário de campo 4
Data da visita: 27/03/2015

Narrativa do diário de campo

A visita ocorreu no dia 27 de março de 2015 pela manhã, chegamos ao ''Lar'' e fomos direcionados pela irmã para irmos ao continho da brincadeira com as voluntárias Nívia e Leila, começamos a brincar com os meninos que estavam lá, não conhecíamos eram outros , dessa vez tinha uns bem pequeninos.
Um deles me chamou a atenção um garotinho chamado jefferson de 4 anos de idade, muito cativante, chegou abraçando e brincando com todo mundo. Após o momento recreativo procuramos alguma mãe para fazermos a entrevista, e logo encontramos uma senhora que aceitou responder as nossas perguntas, na verdade vi que ela queria falar sobre a filha adolescente e o que estava passando no momento foi bem interessante.

Diário de campo 5
Data da visita: 20/05/2015

Narrativa do diário de campo

Nossa última visita a instituição Lar Amigos de Jesus aconteceu dia 20 de maio de 2015 pela manhã, começamos com um lanche com as crianças, pais e voluntários que lá estavam, logo em seguida fomos para a área de recreação onde havia 5 crianças, preparamos o ambiente e seguimos contando a historinha da borboleta azul. Quando acabamos distribuímos materiais e pedimos que fizessem desenhos que representassem a história, foi um momento muito enriquecedor tivemos uma boa socialização com os meninos.
Conhecemos o Pablo uma criança bem comunicativa e animada, ele foi o que mais se aproximou. Desenhamos, brincamos e cantamos, foi uma manhã bem proveitosa e feliz. A experiência que vivemos na instituição foi bem enriquecedora, conheci mais sobre a doença como ela afeta as crianças e os seus familiares.





Nome: Itamara Rodrigues
Data da visita: 06/03/2015
Diário de campo 1

Narrativa do diário de campo

Realizamos hoje, dia 06 de março de 2015, conhecemos as instalações da instituição, neste caso o Lar dos Amigos de Jesus que acolhe crianças e adolescentes de 0 à 18 anos durante o tratamento de quimioterapia, e de tratamentos diversos como cirurgia cardíaca, lábio leporino e hidrocefalia. A instituição oferece hospedagem, alimentação, material de higiene pessoal, oferece também transporte ao local onde fazem o tratamento, tudo é ofertado sem qualquer custo ao usuário.
O Lar dos Amigos de Jesus, conta com auxilio de voluntários e de profissionais contratados na área de terapia ocupacional, serviço social, odontologia, atendimento médico e apoio pedagógico e educacional. Nossa visita foi guiada pela irmã Conceição que é coordenadora da instituição. A impressão que tive é de que o lar é um ambiente harmonioso, as crianças são muito familiarizadas com visitantes. Não havia muitas crianças no momento, as poucas que se encontravam estavam dormindo, pois estavam cansadas devido o deslocamento e ao tratamento. Neste primeiro momento, não houve interação com nenhuma das crianças, apenas observei a rotina.

Diário de campo 2
Data da visita: 11/03/2015

Narrativa do diário de campo

Na visita do dia 11de Março de 2015, tivemos a oportunidade conviver mais de perto com algumas das crianças, também não tinham muitas crianças, pois elas são encaminhadas ao hospital onde fazem quimioterapia ou radioterapia pela manha e retornam perto do meio dia. Ficamos em uma área de convivência, esta visita foi bem especial, pois uma criança estava chegando ao Lar pela primeira vez e estava muito resistente ao contato conosco e com as outras crianças. Ele relatou que queria estar em casa, tinha sete anos, e provavelmente não entendia o que estava acontecendo, as mudanças, a ausência do lar, a distância dos outros membros da família. Conversei rapidamente com uma das mães que disse estar muito aliviada e feliz por estar indo embora de alta com seu filho. "Aqui é maravilhoso, a gente tem tudo. Não falta nada, todo mundo é atencioso, trata a gente muito bem, mas nada como estar na casa da gente" afirmou. Depois disso jogamos um pouco com as crianças (uno e dominó), percebi que todas as crianças ficam muito a vontade, e que todos os funcionários e voluntário fazem o possível para as crianças tenham uma infância bem próxima da que teriam se não estivessem enfrentando um problema de saúde com consequências tão graves quanto o câncer.

Diário de campo 3
Data da visita: 18/03/2015

Narrativa do diário de campo

Minha terceira visita à instituição aconteceu dia 18 de março de 2015, chegamos ao Lar dos Amigos de Jesus um pouco antes das 14 horas. De modo geral durante as visitas não encontramos muitas crianças, mas hoje em especial tem menos ainda, aproveitamos para fazer observações. Havia no local uma equipe bem numerosa de estudantes de enfermagem. Foi também nesta data que realizamos a entrevista com a assistente social, que trabalha na instituição há um oito meses, percebi que a assistente social estava um pouco nervosa com entrevista, observei que a sala onde a assistente social realiza suas atividades é muito apertada sem ventilação e também é utilizada como depósito de materiais de doação o que a torna um tanto inadequada.

Diário de campo 4
Data da visita: 27/04/2015

Narrativa do diário de campo

Nossa quarta visita foi realizada no dia 27 de abril de 2015, realizamos a visita no período da tarde. Resolvemos alternar os horários para ver como funciona a dinâmica da instituição em diversos horários e eventualmente termos contato com um maior numero de crianças, desde o inicio de nossas atividades na instituição este foi o dia em que encontramos o maior numero de crianças. Conhecemos com alguns voluntarias e pais, jogamos com as crianças. Realizamos a entrevista com a mãe de uma adolescente que faz tratamento de câncer há quatro anos e desde o começo da doença da filha fica hospedada na instituição e a mãe afirma estar muito satisfeita com ao atendimento e os serviços oferecidos.

Diário de campo 5
Data da visita: 20/05/2015

Narrativa do diário de campo

Hoje, 20 de Maio de 2015 realizamos mais uma visita ao Lar Amigos de Jesus, hoje realizamos a intervenção do trabalho de praticas integrativas II. A visita foi surpreendente, muito gratificante, a atividade escolhida foi uma contação de historia seguida de uma seção de desenho e pintura, que foi realizada logo após a oferta de um lanche no refeitório da instituição. Ao chegarmos ao Lar Amigos de Jesus fomos acolhidos e convidados a participar da comemoração de dez anos de participação de uma voluntária. Em seguida reunimos as crianças para realização da atividade. Também para nossa surpresa encontramos um grande número de crianças e apenas duas delas não participaram da atividade, pra mim uma observação importante se dá no fato de as crianças maiores se interessarem mais pela contação de história, ouviram prontamente e desenvolveram desenhos. Durante a realização da atividade conversamos muito, falamos sobre planos de vida e desenhamos juntos. Uma das crianças gosta de fazer funk, "Mas eu não quero cantar, quero só fazer as musicas, só que eu não gosto de estudar, ai pra ser compositor fica difícil" afirmou ele. Falamos sobre filmes e fomos convidados a voltar e exibir um filme, fizemos muitas fotos. Foi uma manhã muito agradável e produtiva. Realizamos o trabalho e foi uma experiência muito enriquecedora, uma semente foi plantada e não acredito que só em mim, eu particularmente estava muito apreensiva porque imaginei que teriam poucas crianças e que em virtude das tecnologias não se deteriam a uma contação de historia. Mas foi incrível, eu fiquei encantada com os resultados, acredito que fomos felizes na escolha da atividade, da instituição, enfim, em tudo. Estou com a sensação de dever cumprido.






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