XXXVI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCÃO
Contribuições da Engenharia de Produção para Melhores Práticas de Gestão e Modernização do Brasil João Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016.
PROPOSIÇÃO DE UM PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS: UM ESTUDO DE CASO NUMA FRANQUIA DO SETOR VAREJISTA NA CIDADE DE SÃO LUÍS -MA Marilia Barbosa Costa (UEMA )
[email protected] Ana Amelia Barbosa Rodrigues Moraes (UEMA )
[email protected] Flavio Henrique Pereira Calado (UEMA )
[email protected] Elon Vieira Lima (UEMA )
[email protected]
O objetivo é propor por meio da utilização da análise multicritérios de apoio a tomada de decisão, um plano de gerenciamento de resíduos para uma loja do setor varejista da cidade de São Luís, Maranhão, e assim, favorecer o reuso ou reciclaagem de resíduos sólidos, favorecendo o equilíbrio ambiental, apresentando suas características e importância, além de relacionar com a sustentabilidade almejada por toda a sociedade no mundo atual. Trata-se de uma pesquisa descritiva, dedutiva e aplicada, com abordagem quantitativa. Neste estudo, relaciona-se a sustentabilidade no setor varejista, devido ao grande descarte de resíduos sólidos que degrada o meio ambiente Palavras-chave: Resíduos Sólidos, Sustentabilidade
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1. Introdução Com o crescimento urbano e industrial demasiado, percebe-se que há um alto consumo dos recursos naturais. Como consequência, é gerado um alto índice de resíduos sólidos que prejudicam de forma agressiva o meio ambiente. Um dos principais desafios da sociedade atual, é dar a destinação adequada a esses resíduos, buscando a harmonia com o meio ambiente por meio de ações que visem equilíbrio com a natureza. No estado do Maranhão, segundo levantamento realizado pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (ABRELPE), apenas 31,2% dos resíduos produzidos tem destinação adequada. Somente o município São Luís produz por dia 1.024 toneladas de resíduos sólidos urbanos (RSU), ou seja, 1,318 kg por habitante. Em paralelo a essa situação, a prefeitura municipal possui políticas ineficazes de coleta e destinação dos resíduos gerados pela população e empresas. Com isso, foi levantado o seguinte questionamento: como identificar e traçar um plano para que uma loja do setor varejista consiga dar o destino adequado aos RSU’s gerados? A problemática do presente trabalho é analisar, em uma cidade com um baixo investimento em coleta e destinação adequadas de resíduos, utilizando critérios de apoio a decisão, qual o melhor destino para os resíduos gerados na loja. Como hipótese propõe-se um plano de gerenciamento de resíduos sólidos para a empresa.
2. Revisão bibliográfica 2.1 Setor varejista e o meio ambiente O varejo é um nome usado para indicar os setores de comércio que vendem diretamente para os consumidores finais. Esse setor é muito antigo na história da humanidade. O ser humano há muito tempo negocia mercadorias, desde a forma mais primitiva de troca de produtos, como escambo, passando pelo progresso do mercantilismo, quando ocorreram as primeiras trocas monetárias até chegar à comercialização mais recente com dinheiro, cheque, cartão de crédito, transações eletrônicas, entre outros (PRESTUPA, 2008). O setor varejista engloba uma grande variedade de empresas, de diferentes portes e ramos, tais como as grandes redes de supermercados, lojas e até a pequena padaria ou farmácia de bairro (AMADEU JUNIOR, 2009).
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A sustentabilidade empresarial visa reduzir os impactos sociais no que tange a diminuir a pobreza extrema, promover a inclusão social, diminuir o consumo desenfreado, geração de emprego e renda (ARAÚJO et al, 2006; CARVALHO, 2011). Ainda sobre o tema, ao assumirem compromisso com responsabilidade empresarial, as empresas tornam-se agentes de mudança, contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa e solidária (CARVALHO; LEAL; PASSOS, 2009). O varejo pode atuar de diversas formas na sociedade, tais como: incentivar seus fornecedores a desenvolver produtos com diferenciais ambientais ou sociais, estimular os consumidores a adquirir produtos mais sustentáveis assim como educá-los para usar e descartar produtos de forma apropriada (MACEDO, 2013). Tachizawa (2011) destaca algumas práticas de sustentabilidade no varejo, as quais em sua opinião podem ser tratadas como estratégias competitivas: a) Reciclagem de sucatas, resíduos ou refugos; b) Investimentos em controle ambiental; c) Planos sociais em educação; d) Ações sociais em cultura; e) Apoio à criança e ao adolescente; e f) Projetos sociais em voluntariado.
2.2 Definição de resíduos sólidos Segundo a ABNT NBR 10004:2004, resíduos sólidos, são resíduos nos estados sólido e semissólido, que resultam de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Ainda segundo a norma, a periculosidade de um resíduo é uma característica apresentada por um resíduo que, em função de suas propriedades físicas, químicas ou infecto-contagiosas, pode apresentar risco à saúde pública, provocando mortalidade, incidência de doenças ou acentuando seus índices; ou riscos ao meio ambiente, quando o resíduo for gerenciado de forma inadequada. A toxicidade caracteriza a propriedade potencial que o agente tóxico possui de provocar, em maior ou menor grau, um efeito adverso em consequência de sua interação com o organismo. O agente tóxico representa qualquer substância ou mistura cuja
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inalação, ingestão ou absorção cutânea tenha sido cientificamente comprovada como tendo efeito adverso (tóxico, carcinogênico, mutagênico, teratogênico ou ecotoxicológico). No Brasil, os resíduos sólidos ainda são um dos principais problemas ambientais. Assim como em outros setores de infraestrutura, nosso desenvolvimento socioeconômico não foi acompanhado pela implantação de empreendimentos de tratamento e destinação de resíduos em número e tecnologia adequados. Até o passado recente, a situação caracterizava-se pelo baixíssimo aproveitamento dos resíduos, tanto dos urbanos quanto dos industriais e outros, e pela destinação inadequada de sua maior parcela. O aproveitamento pela reciclagem ou reutilização focava-se basicamente em sucatas metálicas (ferro, aço, cobre e alumínio), papel e papelão, vidro e alguns plásticos, e ficava restrito aos segmentos de cadeias produtivas onde trazia resultado econômico. E esse resultado geralmente estava baseado na informalidade e na sonegação de obrigações tributárias e trabalhistas. (DEL BEL; SALGOSA, 2012) A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) foi instituída pela Lei Federal N° 12.305, de 02 de agosto de 2010. Segundo Teixeira (2013, p. 10) “após 21 anos de negociações e ampla participação social”. A discussão em torno desta política marcou o início de uma forte articulação institucional envolvendo a União, Estados e Municípios, o setor produtivo e a sociedade civil, na busca de soluções para os problemas causados pela gestão inadequada dos resíduos sólidos urbanos, que comprometem a qualidade de vida da população (Teixeira, 2013). Os planos de gestão devem tratar de questões como coleta seletiva, reciclagem, inclusão social e participação da sociedade civil durante a elaboração, implementação e monitoramento, estabelecendo, inclusive, meios de controle e fiscalização da sua implantação e operacionalização. (TEIXEIRA, 2013) O plano de gerenciamento desenvolvido é composto pelos elementos descrito a seguir: – Acondicionamento:
acondicionar os
resíduos
nos
recipientes designados
e
apropriados, de acordo com as características e possibilidade de reaproveitamento ou destino para reciclagem; – Coleta e Transporte interno: recolher os resíduos que foram devidamente acondicionados nas áreas onde foram gerados, e transportá-los, até a área de Armazenagem;
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– Armazenamento: contenção temporária de resíduos em área com uso específico para tal fim, constituída de cobertura, isolamento com tela e com piso impermeável; – Reutilização: uso direto do resíduo dentro do processo, ou aproveitando as características físicas e químicas para um outro fim; – Reciclagem: reuso ou recuperação de resíduos ou de seus constituintes por terceiros, diminuindo assim a quantidade de resíduos lançados no meio ambiente; – Coleta e Transporte externo: recolher os resíduos armazenados temporariamente e transportá-los, por áreas externas à empresa, até os locais de tratamento ou disposição final; – Tratamento: o tratamento consiste em transformar, de algum modo, esses resíduos em materiais menos perigosos (BRAGA, 2002); e – Disposição Final: dispor o resíduo de forma definitiva em área apropriada.
2.3 Análise multicritério A análise multicritério surgiu nos anos 60 enquanto instrumento de apoio à decisão. O método trata de uma técnica que permite que a decisão seja pautada com base nos critérios considerados relevantes para o problema em questão pelos agentes decisores, em que a importância dos critérios é definida por estes, em um processo interativo com outros atores técnico-políticos Segundo Baasch, no processo multicriterial de decisão existe um decisor (ou vários) que toma a decisão; um conjunto de objetivos a serem perseguidos e um conjunto de alternativas das quais uma será selecionada. Desta forma, este processo trabalha com termos como ator, objetivos, metas, critérios, atributos, restrições e suas relações. Em termos gerais, a análise multicritério sempre opera segundo um esquema sequencial de fases, não estático nem linear que pressupõe realimentações, revisões e reformulações no decorrer do processo. (Baasch, 1995) A avaliação multicritério pode ser organizada com vista a produzir uma conclusão sintética simples no final da avaliação ou, pelo contrário, com vista a produzir conclusões adaptadas às preferências e prioridades de diferentes parceiros. A análise multicritério é similar às técnicas adotadas no campo do desenvolvimento organizacional ou gestão de sistemas de informação.
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O objetivo da técnica consiste em estruturar e combinar as diferentes análises a serem levadas em consideração no processo de tomada de decisão, sendo que a tomada de decisão se baseia em escolhas múltiplas e o tratamento dado a cada uma das escolhas condiciona, em grande medida, a decisão final. A análise multicritério pode ser usada para retratar o raciocínio e as convicções subjetivas das diferentes partes interessadas sobre cada questão em particular. É, normalmente, usada para sintetizar opiniões expressadas, para determinar prioridades, para analisar situações de conflito, para formular recomendações ou proporcionar orientações de natureza operacional. Segundo Jacquet-Legrez, citado por BAASCH, 1995, os diferentes métodos multicritérios originaram-se a partir de vários horizontes: – Teoria da Utilidade. Surgida no século XVIII com os primeiros trabalhos de Bernoulli, modelando preferências individuais para escolher entre alternativas com riscos; – Teoria do Bem Estar Social. Também do século XVIII, com os trabalhos do Marquês de Condorcet e Cavaleiro de Borda, interessado no problema de agregar as preferências dos indivíduos de forma ordenada, numa única ordem coletiva. Estes trabalhos levaram à pesquisa automática em procedimentos de agregação ou voto, como o Teorema da impossibilidade de Arrow. Alguns métodos originados deste campo de pesquisa utilizam programação linear e outros conceitos importantes na decisão multicritério, tais como incomparabilidade e ranking; – Teoria do Mensuramento Psico-Sensitivo. Refere-se ao desenvolvimento de conceitos matemáticos para modelagem de julgamentos e apreciações humanas. Em 1956, foi introduzido a noção de semi ordem, a qual capacita a representação de situações, quando a situação de indiferença não é transitiva, devido ao fenômeno de limites assinalados; – Pesquisa Operacional e Programação Matemática. São utilizadas para trabalhar a difícil questão de escolha de uma função-objetivo particular, deixando aspectos de preferências no conjunto de restrições. Outros métodos e conceitos importantes também foram desenvolvidos neste campo (solução eficiente, métodos interativos para encontrar uma solução compromisso eficiente, ótimos de Pareto e outros); – Análise de Informações e Escalonamento. Métodos de regressão foram propostos para estimar os parâmetros de um modelo consistente com o ranking holístico de alternativas nos anos de 1981 e 1982.
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3. Metodologia 3.1 Classificação da pesquisa O presente trabalho possui uma abordagem qualitativa, a qual representa aquilo que não pode ser mensurado, pois a realidade e o sujeito não se dissociam. A interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados são básicas no processo de pesquisa qualitativa. Não requer o uso de métodos e técnicas estatísticas. Neste tipo de pesquisa há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, uma interdependência entre o mundo objetivo que deseja conhecer e a subjetividade do pesquisador. (RODRIGUES, 2008). Quanto aos objetivos, a pesquisa apresentada é exploratória. Esse tipo de pesquisa é caracterizado pela familiaridade com o problema tendo em vista torná-lo explícito e ao final da pesquisa exploratória o pesquisador estará apto para construir hipóteses e analisar resultados. Como qualquer exploração, esse tipo de pesquisa depende da intuição do explorador. Quanto ao procedimento técnico, a pesquisa apresentada é um estudo de campo e segundo Gil (2008), esse tipo de pesquisa procura o aprofundamento de uma realidade especifica e é basicamente realizada por meio de observação direta das atividades do grupo estudado e de entrevistas com informantes para captar explicações e interpretações do que ocorrem naquela realidade. 3.2 Materiais e métodos Para a realização da pesquisa foi feito um primeiro contato, para saber acerca do funcionamento da empresa. Após esse contato foi iniciada a fase de coleta de dados, em relação as formas de geração de resíduos, armazenamento e como é feita a coleta. Para isso será realizada uma visita, com o objetivo de conhecer o local e saber mais sobre a compra e recebimento dos produtos, geração dos resíduos, como os mesmos são armazenados e como é feita a coleta. Em seguida, foi feita a análise multicritério, utilizado o programa MACBETH, que é uma metodologia de apoio a tomada de decisão, que permite avaliar os múltiplos critérios a serem avaliados. O programa foi escolhido, porque o mesmo se diferencia de outros métodos de análise de múltiplos critérios de apoio a decisão por requerer apenas julgamentos qualitativos sobre as diferenças de atratividade entre elementos, para gerar pontuações para as opções em
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cada critério e para ponderar os critérios. Com base nas análises feitas pelo Macbeth será proposto um plano de gerenciamento de resíduos sólidos que melhor se adeque às necessidades da loja estudada. 3.3 Caracterização do campo de estudo O estudo foi desenvolvido em uma loja no centro comercial da cidade de São Luís, Maranhão. Como se sabe, a loja é do setor varejista e trabalha, principalmente com sandálias de borracha. A empresa em estudo atua no mercado há cerca de quatro anos, no ramo de venda em varejo de sandálias de borrachas. A loja pertence ao setor econômico terciário, o qual está relacionado aos serviços, mais especificamente na atividade econômica do comércio e é localizada no centro comercial da cidade de São Luís - MA. Possui um corpo de seis funcionários, além da gerente de vendas e dos donos da franquia que as vezes ficam na loja. 4. Resultados De acordo com as ilustrações apresentadas na Figura 1 e Figura 2, é possível perceber que a loja apresentada só possui um pavimento, onde na frente fica a entrada da loja e com uma porta de acesso para o depósito.
Figura 1 - Planta layout loja
Fonte: Fornecido pelo estabelecimento estudado
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Figura 2 – Planta layout estoque
Fonte: Fornecido pelo estabelecimento estudado
A loja analisada possui um total de 3295 pares vendidos no mês de outubro do ano corrente o que gera aproximadamente 3570 caixas, 3295 lacres e 3295 ganchos como resíduos sólidos do processo de venda da mercadoria, além das campanhas personalizadas e dos recipientes que são acondicionados o perfume utilizado na loja. O que foi percebido é que não há uma preocupação com a destinação mais adequada para esses resíduos.
MAPEAMENTO DE PROCESSOS E CARACTERIZAÇÃO DA ESTUTURA GERADORA DE RESÍDUOS O principal foco da empresa é a venda de sandálias de borracha. Esse processo se inicia com o pedido da mercadoria e se desenvolve até a chegada da mercadoria ao cliente, que envolve os materiais descartados durante o processo, foco do estudo. A primeira atividade realizada diretamente com a mercadoria corresponde ao seu recebimento. Nessa atividade a mercadoria é recebida em caixas de papelão, posteriormente as sandálias são organizadas no estoque nas caixas menores, nesse momento as caixas maiores que contem 12 caixas pequenas cada, são descartadas. De acordo com a necessidade do salão, onde as sandálias ficam expostas para que o cliente possa olhar, as sandálias de borracha são repostas, nesse processo as sandálias são tiradas das caixas individuais, e esse resíduo é armazenado em caixas maiores e posteriormente descartados. Após a etapa de
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vendas há a geração de dois resíduos, o lacre, que é um fio de náilon que prende o par das sandálias de borracha e o gancho, que é o suporte que mantém a mesma pendurada no gancho de exposição. O processo descrito acima pode ser representado através de um fluxograma (Figura 3), bem como a entrada e saída dos materiais plásticos e de papel que se tornarão resíduos em algumas etapas deste.
Figura 3 - Fluxograma do processo da Loja Estudada
Fonte: Feito pelo autor
PLANO DE GERENCIAMENTO Com a ferramenta MACBETH, estabeleceu-se três principais critérios para a decisão de melhor destinação dos resíduos analisados no estudo: Figura 4 – Critérios de Decisão
Fonte: Feito pelo autor
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A Figura 4 mostra a árvore MACBETH que foi construída para a elaboração do plano. Os nós assinalados em vermelho: “Disponibilidade do serviço”, “Tempo de Armazenagem” e Impacto Ambiental” são os critérios de avaliação. A partir deste quadro, foram estabelecidas as propriedades de cada critério da árvore no MACBETH, onde foram definidos níveis qualitativos para o critério “Disponibilidade do Serviço”. Já para os critérios “Tempo de Armazenagem” e “Impacto Ambiental” foram definidos níveis quantitativos. Figura 5 – Propriedades do critério “Disponibilidade do Serviço”
Fonte: Feito pelo autor
A figura 5 mostra a definição dos níveis qualitativos do critério “Disponibilidade do Serviço”: Disponível, Ineficiente e Não Disponível. É a base para posteriores comparações. Figura 6 – Propriedades do critério Tempo de Armazenagem
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Fonte: Feito pelo autor
A figura 6 mostra a definição dos níveis quantitativos do critério “Tempo de Armazenagem”: 1, 7, 15, 30. É a quantidade, em dias, em que o resíduo deverá ficar armazenado até que seja recolhido. Figura 7 – Propriedades do critério “Impacto Ambiental”
Fonte: Feito pelo autor
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A figura 7 mostra a definição dos níveis quantitativos do critério “Impacto Ambiental”: 0, 3, 5, 10. Esses critérios foram definidos baseando-se em uma escala de que vai de Alto Impacto Ambiental (10) à Nenhum Impacto ambiental (0). A partir dessas informações, foi definida a tabela de julgamentos de performances do MACBETH como mostra a figura 8. Figura 8 – Tabela de Julgamentos de Performances
Fonte: Feito pelo autor
Logo após, foram ordenadas as opções ou níveis de desempenho dos critérios, e assim foi feito o julgamento qualitativo de atratividade para cada critério. As diferenças de atratividade foram definidas pelos autores deste artigo e preenchidas no software. Figura 9 – Preenchimento mostrando o nível de atratividade do critério “Disponibilidade do Serviço”
Fonte: Feito pelo autor
Em seguida, foram definidas as diferenças de atratividade julgadas pelo MACBETH.
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Figura 10 – Resultado das diferenças de atratividade julgadas pelo critério “Disponibilidade do Serviço”.
Fonte: Feito pelo autor
A Figura 10 apresenta uma escala de pontuação ancorada nos dois níveis de referência previamente definidos nas propriedades do critério e atribui as pontuações 0 e 100 às referências inferior e superior, respectivamente. Nela, pode-se observar que o mais atrativo foi o serviço disponível na cidade.
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Figura 11 – Resultado das diferenças de atratividade julgadas pelo critério “Tempo de Armazenagem”.
Fonte: Feito pelo autor
Na figura 11, observa-se dois gráficos: à esquerda um eixo vertical no qual as pontuações propostas são apresentadas junto aos níveis quantitativos de performance respectivos; à direita, um gráfico de performance representado no eixo horizontal. Observando o gráfico, podemos perceber que o critério mais atrativo é o que demora apenas 1 dia para ser recolhido pela prefeitura. Figura 12 - Resultado das diferenças de atratividade julgadas pelo critério “Impacto Ambiental”.
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Fonte: Feito pelo autor
Assim como na figura 11, a 12 mostra os dois gráficos. Nele podemos perceber que o critério de maior atratividade é aquele que, dentro da escala definida pelos autores, tem o impacto ambiental 3, visto que nenhuma das alternativas tem um impacto ambiental nulo. A figura 13, mostra as referências de ponderação indicando as mais viáveis para a decisão. Figura 13 – Referências de Ponderação resultantes de informações processadas pelo MACBETH.
Fonte: Feito pelo autor
Posteriormente, foi realizada a análise de atratividade para cada opção em relação aos critérios. Figura 14 – Informações resultantes da Ponderação
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Fonte: Feito pelo autor
ANÁLISE DO MODELO E RESULTADOS OBTIDOS Após a análise e modelagem do estudo, o MACBETH fornece a tabela de pontuações. Com ela, podemos observar qual a melhor decisão a ser tomada quanto ao destino final dos resíduos. Figura 15 – Tabela de pontuação referente aos critérios e os pesos envolvidos
Fonte: Feito pelo autor
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Com a análise de pontuações, pode-se perceber que o destino que ficou com a melhor pontuação, em uma escala de 0 a 100, foi o Descarte Especial para Coleta Seletiva da Prefeitura, que mesmo sendo ineficiente (poucos lugares são postos de coleta), o mesmo deve ser solicitada junto à Prefeitura, com abertura de um protocolo na secretaria de limpeza pública municipal, para que uma das áreas de abrangência do serviço, seja a loja estudada neste artigo.
5. Conclusão O presente artigo trabalhou com a problemática de analisar, o que uma loja do setor varejista pode fazer em uma cidade com um baixo investimento em coleta e destinação adequadas de resíduos, utilizando critérios de apoio a decisão, para avaliar qual o melhor destino para os resíduos gerados na loja. Como hipótese foi levantado a elaboração de plano de gerenciamento de resíduos sólidos. Para a realização do estudo foi conversado com os proprietários do estabelecimento para saber a cerca do funcionamento da loja. Posteriormente foi feito uma análise multicritério utilizando o programa MACBETH, para poder elaborar um plano de gerenciamento de resíduos sólidos. De acordo com os resultados obtidos pela análise feita pelo MACBETH a melhor solução para a empresa é o Descarte Especial para Coleta Seletiva da Prefeitura, mesmo esse não sendo disponibilizado pela Prefeitura nos arredores da loja. Dessa forma a hipótese apresentada foi inviabilizada pela falta de disponibilidade do serviço, mas caso a empresa tenha interesse pode ser pesquisado outras alternativas para um descarte adequado dos resíduos sólidos gerados.
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