Prosopagnosia - Uma Abordagem Genética

June 3, 2017 | Autor: Gabriel Antunes | Categoria: Medicina, Genetica, Neurofisiologia, Neurología Pediátrica - Neuropsicología, Neurologia
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Introdução:
A Prosopagnosia é um sintoma neurológico caracterizado pela dificuldade no reconhecimento de rostos, forma de andar, leituras complexas e reconhecimento de expressões faciais. Foi descrita pela primeira vez durante a Segunda Guerra Mundial pelo neurologista francês Joachim Badamer. Em 1987, Oliver Sacks, obteve um grande êxito nos relatos de caso pertencentes a seu livro "O Homem Que Confundiu Sua Mulher Com o Chapéu" demonstrando de forma bem sucinta as maneiras que o distúrbio pode se apresentar.
Objetivo e Métodos:
Este resumo procura através de uma revisão de literatura selecionada, realizar um breve revisão sobre a neurofisiologia do distúrbio, associando-o com a sua forma congênita, além de definir a sua prevalência na população.
Análise literária:
De um modo geral, a prosopagnosia resulta de erros no processamento das informações visuais que já chegaram ao lobo occipital na área 17 de Broadmman (situada no lábio inferior e superior do sulco calcarino) e precisam ser integradas com aquelas dispostas no giro fusiforme do lobo temporal (relativas à memória e armazenamento de características faciais) para que possamos realizar o reconhecimento e associação destas.
A forma congênita da prosopagnosia é verificada através de distúrbios hereditários nos quais a probabilidade de surgimento do mesmo é de cerca de 50%, caso um dos pais também possua essa inabilidade, afetando igualmente homens e mulheres sendo, portanto, uma herança dominante autossômica.
Resultados:
Pesquisas e índices realizados no Instituto de Genética Humana de Münster sugerem que cerca de 2% da população é afetada por essa inabilidade em algum grau. Em amostragem recente realizada com 689 estudantes, 17 apresentaram indícios do distúrbio. Em 14 dos 17, pesquisadores descobriram variações de prosopagnosia tanto em parentes próximos quanto nos do círculo familiar ampliado.
Conclusão:
A prosopagnosia, apesar de possuir uma prevalência considerável na população, exige do médico uma grande habilidade na percepção dos sinais clínicos para a constatação do sintoma. Desta forma, a anamnese e o exame físico neurológico são itens que devem ser realizados de forma correta pelo profissional para auxiliar na observação do distúrbio.
Atualmente, terapeutas estão utilizando a estimulação de outros sentidos como a audição, de forma que auxilie na diferenciação de características individuais pessoais minimizando as dificuldades sociais que os indivíduos com prosopagnosia possam apresentar.












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