Protestantismo Popular e Estética

May 27, 2017 | Autor: Ed Sarro | Categoria: Church Music, Aesthetics, Theology, Evangelicalism
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O FENÔMENO DO PROTESTANTISMO POPULAR BRASILEIRO1 ED MARCOS SARRO Professor nos cursos de Design e Engenharia da Universidade São Judas Tadeu - SP e de Engenharia das Faculdades Oswaldo Cruz - SP; Mestre em Design e Arquitetura pela FAU/USP; Doutorando em Ciências da Comunicação na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo; Membro do Grupo de Estudos da Imagem na Comunicação-GEIC. Membro comungante da Igreja Metodista do Brasil. [email protected] Resumo No texto que ora se apresenta procuraremos refletir sobre problemas no processo de popularização do Evangelicalismo brasileiro que se traduzem na forma anacrônica e distorcida como tem sido feita a apropriação de uma estética contemporânea para as massas, por parte de segmentos da Igreja Evangélica no Brasil. Com o passar dos anos, sob forte influência da Cultura de Massa, da cultura gospel e da Teologia da Prosperidade, a Igreja Evangélica brasileira acabou se empobrecendo esteticamente em sua liturgia ao mesmo tempo que vai vendo elementos basilares de suas doutrinas e Credo se perderem.

Palavras-chave Cristianismo, Estética, Evangelicalismo, Igreja.

Abstract In the present text we will try to reflect on problems in the process of popularization of Brazilian Evangelicalism translated into the anachronistic and distorted appropriation of a contemporary aesthetic for the masses by segments of the Evangelical Church in Brazil. Over the years, under the strong influence of the Mass Culture, the gospel culture and the Prosperity Theology, the Brazilian Evangelical Church is becoming aesthetically

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Versões e partes deste artigo foram publicadas anteriormente no blog da Editora Ultimato de 21 de setembro a 22 de outubro de 2013 (http://www.ultimato.com.br/comunidade) e também no Blog do Quebrassanto (http://blogdoquebrassanto.blogspot.com.br/2014/11/o-fenomeno-do-protestantismopopular.html)

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impoverished in its liturgy at the same time as it sees basic elements of its doctrines and Creed be lost. Keywords Christianity, Aesthetics, Evangelicalism, Church.

INTRODUÇÃO Aproveitando que celebramos recentemente os 499 anos da Reforma Protestante2, queremos resgatar, compilados no formato de um breve artigo, alguns textos curtos sobre o fenômeno do Protestantismo popular no Brasil. O fenômeno em questão trata-se de uma versão nacional do Protestantismo tradicional, que tem nivelado por baixo alguns padrões que foram caros ao processo de evangelização do país pelas missões estrangeiras a partir de meados do século XIX. No Protestantismo tradicional, histórico - desenvolvido na lógica cultural do mundo germânico e anglo-saxão - há a necessidade do elemento letrado, da cultura escrita, por conta do uso do Texto Sagrado como referencial de fé e prática. Na contemporaneidade, a proliferação de movimentos de Protestantismo de cunho popular (supostamente de inspiração carismática ou pentecostal) tem enfatizado mais a experiência, as sensações e a emoção, em detrimento da Razão, da Doutrina e da heterodoxia do texto verbal e escrito. Na verdade, as coisas não seriam incompatíveis de si mesmas (não se pode viver só da Razão, como tampouco só na emoção) e ambas as formas de Protestantismo seriam complementares se a vertente mais vernacular não enveredasse para a heresia em alguns momentos3. Historicamente, isto já teria acontecido inclusive no Catolicismo, mas como a cosmovisão católica (por conta da sua herança latina) aparentemente convive bem com o sincretismo, o fenômeno não incomodou; a não ser em um momento ou outro. No geral, o Catolicismo tradicional e o popular convivem relativamente bem porque se acomodam dentro da suas respectivas óticas por conta do nominalismo da maioria dos católicos. Isso não significa dizer também que tenha sido algo positivo lá. É apenas a constatação de um fato.

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31 de outubro de 2016. Não quer dizer que o Protestantismo histórico não tenha derrapado para a heterodoxia ao seu modo em alguns momentos, como na Teologia Liberal. 3

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No Protestantismo, até por conta do caráter Reformado e de contestação (protestante) a ocorrência de heterodoxias não é bem aceita, salvo naqueles redutos nominais que compactuam com uma Teologia mais liberal e com a atual cultura pósmoderna relativista. PROTESTANTISMO POPULAR BRASILEIRO A questão que urge é a da desinformação geral sobre o que é ser protestante no Brasil, muito em função da atuação dos tele-evangelistas nacionais e de sua lógica de mercado importada dos Estados Unidos e tropicalizada, mais a ver com a dinâmica da Publicidade e da Propaganda e do Marketing, do que com os modelos bíblicos de evangelização e de discipulado, calcados estes no testemunho pessoal e na pregação (proclamação). Via de regra, as duas identidades (reformada tradicional e neopentecostal) tendem a entrar em conflito e o espaço de discussão não fica restrito a disputas estéticas e de forma, havendo grandes dissonâncias quanto a princípios básicos e inegociáveis no tocante ao que é de fato ser protestante. Conflito esse que, em alguns casos, é maior até do que as discussões entre as identidades católica e protestante. Na discussão sobre a realidade de um Protestantismo brasileiro de origem popular, poderíamos inferir que a difusão de um modo brasileiro e popular de ser evangélico não necessariamente implica na popularização dos valores básicos da Reforma. Ao contrário, como se alimenta de informação de segunda mão, o fenômeno reproduz indefinidamente diversos formatos criativos e individualizados de Protestantismos sem de fato haver compromisso com o original (BOURRIAUD,2009). No Brasil, essa discussão acaba por esparramar-se para o âmbito da ideologia, abarcando os embates históricos entre extratos sociais, permeadas por uma mágoa histórica (raiva prévia) de explorados (senzala) contra exploradores (Casa Grande), traduzidas hoje nas relações entre centro e periferia (HAL, 2006), entre etnias (brancos caucasianos versus mestiços e negros) e entre Norma Culta e Cultura Popular. Assim, o Protestantismo popular supostamente atrairia os excluídos enquanto o Protestantismo tradicional seria ainda a preferência da classe dominante, muito embora a realidade tenha mostrado um cenário variado neste sentido4. Isso se dá um pouco porque esse

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Há algumas denominações (como Sara Nossa Terra) que também têm atraído personalidades da mídia e da política.

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Protestantismo popular reproduz uma dinâmica de Cultura de Massa mesclada com alguns elementos de religiosidade popular, mais familiares e digeríveis para a maioria. Grosso modo, esse caráter de massa (e não tanto de rebanho, como seria até mais desejável) do Protestantismo popular cria um problema sociológico e filosófico, não só no tocante à forma como isso afeta a particularidade dos indivíduos que a compõe, relativizando o impacto que o Evangelho poderia ter em cada um, mas também quanto às consequências disso sobre um grupo amorfo, sem vetor, sem direção, sem senso crítico e sem conhecimento de causa. A massa, assim, se torna desorganizada, carente, histérica e manipulável, pois a massa, a rigor, está sempre à procura de um benfeitor, de um guia, de um mentor que lhes diga o que pensar e fazer. A massa quase sempre tende a falar do que não sabe e do que não entende e a agir pelo impulso do momento, motivada por sua dor ou pelo prazer que possa sentir transitoriamente. A massa, apesar de até se manifestar como grupo, na verdade age pelo interesse individual, desconhecendo o coletivo e não pensando muito no amanhã. Isso se traduz também numa ética relativa e numa moral pessoal, em detrimento de um padrão preconizado pelas Escrituras. A Igreja Evangélica no Brasil vive um momento que em certa medida reproduz um pouco essa lógica de massa no seio da cultura contemporânea. Vivemos também numa época, no caso também de algumas Igrejas históricas, em que a ânsia por crescer e manter a clientela está levando lideranças a abdicar das facetas boas da tradição Reformada, herdada dos missionários, em favor da construção de uma pretensa identidade evangélica brasileira. Por conta da invasão gospel e da influência neo-pentecostal ou pós-pentecostal (CAVALCANTI,2013) e também por força da cultura contemporânea, líquida (BAUMAN, 2001) superficial, rizomática (DELEUZE,1991)

e mediática, algumas

Igrejas históricas têm aderido a um modus operandi supostamente carismático (ou avivado) com toques de pietismo tardio (o que de si mesmo não seria um problema) e adotou como sua face pública uma estética pasteurizada que se afina bem com a massa, soando um pouco kitsch em alguns aspectos, com um gradual abandono de práticas e símbolos litúrgicos no afã de estar mais próxima do povo. Com o passar do tempo, a Igreja Evangélica brasileira está gradualmente se empobrecendo na sua face mais visível e na sua identidade.

RUA CONDE DE SARZEDAS

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Um exemplo: após anos sem passar por aquela região da cidade, há alguns meses estivemos na Rua Conde de Sarzedas, no Centro de São Paulo, tradicional ponto de venda de artigos evangélicos, principalmente produtos editoriais e da indústria fonográfica desde meados dos anos 60 do século passado. Uma experiência no mínimo curiosa. Fomos comprar uma Bíblia nova para nosso uso (uma tradução de Almeida mais moderna, a Revista e Atualizada, adotada pela Igreja Metodista do Brasil) e dois hinários com música: o Cantor Cristão e a Harpa Cristã. Resolvemos ir à Rua Conde de Sarzedas pela variedade de lojas e pelo preço, geralmente mais acessível que nas livrarias de bairro. Mas temos de confessar que achamos tudo um pouco anacrônico: quase não encontramos a Almeida RA, mas sim a edição Revista e Corrigida (considerada por alguns um pouco desatualizada, porém ainda muito popular). A Nova Versão Internacional e a versão contemporânea de Almeida também são muito comuns. Mas, apesar disso, conseguimos encontrar minha Almeida Revista e Atualizada. Notamos também que a Bíblia se tornou um produto segmentado e customizado: há Bíblias do papai, do homem, da mulher, do obreiro, Bíblia de Promessas5, Bíblia da Prosperidade e por aí afora... Capas de todas as cores, formas, estampas, materiais e tamanhos (a dessacralização do sagrado?). Sem mencionar a profusão de novos produtos evangélicos: CDs, DVDs, games, livros, perfumes, alimentos, camisetas, brindes, adesivos, bijuterias, apliques de cabelo etc. Um festival de mau gosto. Havia até um vendedor ambulante oferecendo sobre um caixote no meio da rua CDs e DVDs evangélicos piratas e sendo consultado por duas senhoras de aparência insuspeita. Pareciam bem interessadas. Nas lojas, alto-falantes vociferavam canções imitando o forró, o baião e o tecnobrega, com letras que falavam de unção, poder e vitória etc. No meio dessa balbúrdia, conseguimos perceber um ou outro hino clássico. De fato, esse filão da música evangélica contemporânea tende a abraçar a estética do momento, misturando-se a ela e não necessariamente a influenciando ou a enriquecendo, criando um mix de pop-rock, brega, forró, sertanejo universitário (e até funk) com algo que supostamente seria um discurso religioso. A indústria cultural evangélica assumiu uma identidade atraente para a nova classe média brasileira, guindada à força ao patamar do consumo pela oferta generosa de crédito e pelos programas

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A Bíblia não é um livro também de promessas, em essência?

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paternalistas após anos de Lulismo. O problema não está apenas na qualidade da forma, mas na consistência do conteúdo. Esse caldeirão de cultura dita evangélica (na verdade é uma cultura pop religiosa sem vínculo forte com sistemas filosóficos e teológicos clássicos) surge de um pastiche de Cultura de Massa popular e de uma espiritualidade calcada no utilitarismo e no espetaculoso, turbinada por apelos midiáticos dos shows da fé, dos milagres urgentes e pela dinâmica do estrondo atordoante dos tele-evengelistas. Infelizmente isso vai invadindo nossas Igrejas sem muito critério: já ouvimos muita heresia sendo cantada na igreja, contradizendo o próprio sermão do pastor. Infelizmente a música tem sido mais eficiente do que a pregação em fixar conceitos.

IGREJA CONTEMPORÂNEA? Outro exemplo: em um culto de Pentecostes, uma grande igreja metodista de São Paulo adornou o seu altar com uma faixa (Fig.1) onde o texto (em um tipo de letra sinuosa em branco sobre fundo vermelho, lembrando conhecida marca de refrigerante) dizia: Espírito Santo – beba sem moderação. Figura 1: Altar decorado para Pentecostes

Fonte: foto do autor

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A peça em si foi inteligente, mas a escolha estética para o tema foi um pouco infeliz. Isso tinha acontecido também no ano anterior. Como já citado, temos observado nos últimos anos, com alguma preocupação (e com grande desconforto) uma gradual mudança na estética das nossas celebrações evangélicas, principalmente nos cultos públicos dominicais; de certa forma um reflexo de como a própria sociedade brasileira tem tratado a arte e a cultura em geral. Vamos vendo com tristeza a grande tradição da hinódia protestante no Brasil, incluindo a herança Reformada e metodista em particular (que teve seu grande expoente em Charles Wesley, autor de mais de 6.000 hinos) ser substituída por louvores com conteúdo estranho à essência do Evangelho, com letras recheadas de heresias, tomadas em empréstimo da questionável e duvidosa indústria cultural gospel contemporânea. O culto em algumas Igrejas Metodistas6, apesar de manter a sequência tradicional (adoração, confissão, louvor, ofertório, proclamação e envio) apresenta hoje um conflito de unidade e estrutura, um problema de Gestalt litúrgico, onde as partes do culto não se integram de maneira a formar um todo harmonioso. Durante o culto há diversas rupturas de continuidade: começa-se com um hino do hinário, o que combina bem com o ambiente e com a arquitetura do templo e cria um clima bem interessante de reverência e comunidade (todos cantando o hino a uma só voz, acompanhados por piano, teclado eletrônico ou pelo órgão, herança Reformada) para em seguida o grupo de louvor entrar com canções de estilo mais contemporâneo, às vezes um pouco barulhentas7, com textos cheios de conceitos teológicos estranhos à tradição e à Doutrina, com a eventual inclusão de alguma coreografia de gosto duvidoso. Às vezes, o altar e o próprio templo são adornados com elementos que destoam do resto, como a faixa citada. Figura 2: Dilema do pastor

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Contexto sobre o qual podemos falar com um pouco mais de propriedade por sermos metodistas. A questão não é a de se executar um tipo de música mais rítmica, mas a adequação desta para o fim, o lugar e o horário em que ela é executada. Sem falar da qualidade desta execução. 7

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Fonte: desenho do autor

Apesar de afirmarem que professam um credo teologicamente ortodoxo, na prática, algumas de nossas Igrejas tradicionais estão adotando um ethos que compartilha dos valores e da estética da indústria cultural gospel, com seus produtos, marcas e artistas, passando a incorporar à sua linguagem códigos e jargões inerentes aos profetas da Prosperidade (tomar posse, declarar, profetizar a bênção, etc). O esgarçamento do tecido social e da estrutura familiar contemporânea - com a gradual individualização do que é ser cristão - o narcisismo, o egocentrismo e o assédio de outros sistemas simbólicos como o consumismo e o hedonismo, levam algumas lideranças a supor que se oferecerem um programa de Igreja mais lúdico e mediático terão mais sucesso em reter membros (Fig.2). Assim, a começar com os jovens, a Igreja comete o mesmo erro da sociedade secular ao infantilizar os crentes, subestimando a sua capacidade de absorver conteúdo consistente e de qualidade, ao tornar a celebração um evento mais divertido do que reverente, com o desuso dos símbolos litúrgicos, com o despojamento estético dos templos, limando a liturgia dos hinos, dos paramentos e da boa arte sacra, por associá-los a elementos do Romanismo, às elites, ao atraso, ao formalismo e ao passado. Figura 3: os Clássicos

Fonte: Desenho do autor

Se isso for verdade, deixaremos de ouvir Bach e Mozart ou de ler Machado de Assis e os escritos dos Pais da Igreja e dos Reformadores, por serem demasiado antigos (Fig.3). Talvez deixemos de ler a própria Bíblia?

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CONSIDERAÇÕE FINAIS O que deveria ser um elemento de agregação, de enriquecimento do legado cultural Reformado em terras brasileiras (como, por exemplo, a adoção de ritmos nacionais na música de louvor) tornou-se uma aberração por meio da importação e do uso sem critério de modelos de culto que prezam mais o entretenimento do que a adoração, com o uso de recursos fáceis e batidos e de fórmulas de manipulação coletiva, como a repetição de frases e refrãos de modo a criar clímax, quase mantras. O pior é que como não tem formação (também como consequência do enfraquecimento da Escola Dominical8) interesse e base crítica para discernir uma coisa de outra, a grande maioria dos membros das Igrejas acha isso normal e até gosta dessa situação porque não lhes solicita maior esforço de reflexão. A questão, na verdade, está em que os adultos e pais de jovens entendem que esse modelo agrada e retém seus filhos na Igreja, pois de certa forma reproduz um padrão de cultura e de entretenimento existente no meio secular, porém supostamente não nocivo para a juventude. Como se a Igreja fosse um universo a parte que reproduz sucedâneos light e diet da cultura contemporânea que não representam perigo (não engordam) servindo como redoma que protege os mais jovens, pelo menos aos finais de semana. Mas, e no resto da semana? Que resposta essa gente vai dar quando for colocada à prova quanto aos valores de sua fé? Esse segmento da Igreja Evangélica nacional optou por crescer em números, mas parar de crescer em termos de qualidade e maturidade. É como se tivéssemos uma congregação na Terra do Nunca pastoreada pelo Reverendo Peter Pan com seus meninos perdidos que não querem crescer, não querem carregar a Cruz, não querem aprender, não querem estudar, não querem ser adultos na fé (ou não sabem como?). Preferem festa, louvorzão, Prosperidade, colo e afagos de um Deus-gênio da lâmpada que atenda a seus pedidos. É a marketização da vida cristã.

REFERÊNCIAS BAUMAN, Zygmunt. Modernidade Líquida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editora, 2001. BOURRIAUD, Nicolas. Estética relacional. São Paulo: Martins Fontes, 2009. 8

Enquanto a Escola Dominical briga para dar alguma formação bíblica, a liturgia desfaz todo o trabalho de base.

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CAVALCANTI, Robson. Igreja Evangélica: Identidade, Unidade e Serviço. Viçosa: Editora Ultimato, 2013 DELEUZE, Giles. A dobra. Campinas: Papirus,1991. GOMBRICH, Ernest. H. A História da Arte. Rio de Janeiro: LTC Editora, 2013. HAL, Stuart. Globalização - A identidade cultural na pós-modernidade, Rio de Janeiro DP&A Editora, 2006.

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