Psicologia da Educação - Aprender com Mapas Mentais, RC

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Descrição do Produto

Resenha Crítica para Avaliação da disciplina de Psicologia Educacional por Domingos dos Santos da Silva Bengo

Angola, Setembro de 2013

American World University United States of America/ Distance Learning Latin American Division

RC RC

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Nível --------------------------------- Graduação Tradicional Curso -------------------------------- Filosofia Disciplina -------------------------- Psicologia Educacional Aluno -------------------------------- Domingos dos Santos S. Bengo Matrícula --------------------------- LAD 4316 Título do Livro ------------------- Aprender Com Mapas Mentais – Uma Estrategia para Pensar e Aprender

Autor(a) ---------------------------- Ângela de Luque, Juan Pedro R. Gómez e Antonio Ontoria Peña Editora ----------------------------- Madras, São Paulo, Brasil, 3a ed. – 2008 Mini-Curriculum do Autor --- Os autores são docentes com vasta experiência na aplicação de mapas mentais em sala de aula. Ângela de Luque é professora titular de Didática da Universidade de Córdoba; Juan Pedro R. Gómez é catedrático de Filosofia do Ensino Médio; e Antonio Ontoria Peña é catedrático de Didática da Universidade de Córdoba e possui livros publicados que compõem a mesma coleção: Mapas Conceptuales. Una Técnica para Aprender e Potencializar a Capacidade de Aprender e Pensar.

Tipo de Obra Resenhada ------- Didático - Pedagógica Data da Produção 23/09/2013 Data da Recepção ___/ ___/___

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INTRODUÇÃO

Este livro mostra como os mapas mentais constituem uma técnica que contribui para o funcionamento do cérebro e faz com que ele atinja um maior rendimento por meio da estimulação do pensamento e uso de imagens, simbolos, cores e palavras. Os autores apresentam estratégias de aprendizagem por meio de mapas mentais, contribuindo para potencializar a capacidade de aprender a pensar e a estudar. Trata-se de um exercício dinámico e interativo que pode ser aplicado em todas as disciplinas. Gera uma cultura de convivência em sala de aula e no centro educacional e pode ser uma alternativa para solucionar problemas de conflitos e violência nas salas de aula. A obra traz, no início, uma parte teórica acerca da atividade cerebral, da dinámica de aprendizagem e do processo de elaboração dos mapas mentais. Posteriormente, são abordadas as estratégias de aprendizagem por meio dos mapas mentais e mostra-se como colocá-las em prática. Cita, por fim, algumas experiências em que foram usados os mapas mentais e alguns benefícios obtidos com essa utilização. O livro possui ilustrações para mostrar o desenvolvimento desses mapas mentais. A obra é dirigida aos professores de diferentes níveis educacionais e às pessoas que desejam conhecer novas técnicas de aprendizagem.

OBJECTIVO



Demonstrar como os Mapas Mentais podem funcionar como instrumento de facilitação de aprendizagem para alunos em geral;



Apresentar Estratégias de Aprendizagem através dos Mapas Mentais. 3

ENFOQUES



ENFOQUE PRINCIPAL

Enfoque didático-pedagógico O enfoque principal da obra não é outro senão didático-pedagógico. Pois, Aprender com Mapas Mentais é, efetivamente, uma fonte segura de estratégias para pensar e estudadar. Como o próprio tema – Mapa Mental, sugere, a aprendizagem será bem mais divertida se utilizarmos uma linguagem que o cérebro conhece. E, o Mapa Mental é, certamente, esse código de comunicação conhecido pelo cérebro, capaz de tornar o processo de ensino-aprendizagem melhor e mais divertido. Com efeito, é justamente essa a pretensão dos autores – ensinar a aprender sem exaustão.



ENFOQUES SECUNDÁRIOS

Enfoque Sociológico A par às questões didático-pedagógicas, essa obra pretende ser um veículo seguro para melhorar a relacção social entre os individuos, nas diferentes instituições, escolares ou corporativas, que recorram à essas técnicas de ensino-aprendizagem. Pois, ao introduzir aos Mapas Mentais como uma técnica de ensino-aprendizagem, o professor ou orientador é forçado a dinamizar actividades em grupo, o que potencializa a gestão de conflitos nos diferentes grupos e gera, certamente, um clima de solidariedade orgânica entre os individuos dos distintos grupos. Vejamos, a seguir, como os autores concebem a importância dos Mapas Mentais para potencializar relações sociais saudáveis:

A diversidade de mapas individuais válidos e corretos reforça uma atitude de respeito perante a pluralidade de enfoques na construção das ideias expressas. Com a aceitação e o respeito desenvolvem-se o auto-conceito de auto-estima, que 4

são potencializados com o sentimento de auto-eficiência decorrente das contribuições pessoais para a elaboração do mapa em conjunto. A segurança e a autoconfiança são garantidos quando se participa de um grupo após já ter sido elaborado anteriormente um mapa mental individual o que reduz a improvisação. Assim, o Mapa Mental contribui para um ambiente de ensino e aprendizagem interativos, onde pensar e estudar deixa de ser entediante.

Enfoque Psicológico Para os autores, o objetivo da aprendizagem seria, efetivamente, levar o indivíduo a assimilar uma dada informação, e, que, uma vez assimilada, levaria ao conhecimento dessa mesma informação ou, se preferirmos, objeto. Uma vez que o conhecimento implica uma relação entre Sujeito e Objeto. Ora, segundo os pais do pragmatismo – William James e Charles S. Peirce, a única função do pensamento seria a produção de crenças. Crenças , verdades, conhecimento que, segundo eles, nada mais eram que caminhos para a acção. Acção que repetida, repetida e repetida, levaria ao hábito. Essa consequência da repetição apresentada pelo pragmatismo, espelha, em parte, aquilo que os autores da obra em abordagem – A. Ontoria, A. De Luque e J. P. R. Gómez apelidaram carinhosamente de Fluxo, entendido aqui, como uma espécie de intuição intelectual. O aspeto psicológico da obra reside exatamente nessa perspetiva, ou seja, na ideia de fluxo. Segundo os autores, Fluxo, “é um estado no qual a pessoa, em vez de se perder no desassossego, encontra-se tão absorvida na tarefa que desaparece toda a consciência de si mesma, a ponto de abandonar até mesmo as mais pequenas preocupações”, (Goleman, 1997: 156). Não obstante, esse estado também permite descongestionar a Memória de Trabalho, liberando assim espaço para a absorção de mais informações na Memória de Longo Prazo – LP. Pois, as técnicas de aprendizagem interativas como os Mapas Mentais e Repetição Disfarçada permitem uma enraização do novo dado na memória do individuo, tal que, o recurso à esse dado não exija muito esforço mental ou intelectual por parte do sujeito, e sim, o leva a proceder naturalmente, sem aborrecimento nem exaustão, provocando uma sensação de bem estar emocional e/ou psicológico.

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PONTOS POSITIVOS DA OBRA De todos os recursos que os autores se serviram para compilar sua obra e transmitir a mensagem, reveladora, que seus textos carregam, identificamo-nos muito particularmente com o Método Estilístico, a bem dizer, onde destacamos a comparação e a metáfora. As analogias do computador e da árvore foram ferramentas importantíssimas para a comprensão do potencial do cérebro humano e da extrutura dos mapas mentais. Recursos esses que aliados à uma linguagem dialógica, levariam o leitor à uma leitura mais divertida e de interação permanente com os autores. Importa também realçar a positividade da simbiose que, muito artisticamente, os autores fazem dos mapas mentais com as novas tecnologias, pois resulta numa integração interativa de recursos de texto, imagem e som, o que efetivamente potencializa o processo de ensino-aprendizagem.

PONTOS NEGATIVOS DA OBRA Verificamos, por assim dizer, uma certa contradição ou paradoxo entre o conceito de Fluxo e a sua pretensão, segundo Goleman, (1997: 158), apresentado pelos autores. Segundo esse primeiro, “o modelo de fluxo sugere que a obtenção do domínio em qualquer habilidade o no conjunto de conhecimento deve ocorrer de maneira natural, (...)”, o que nos força a entender o estado de Fluxo como uma consequência ou causa do domínio de uma certa habilidade ou conjunto de conhecimento, que caraterizariamos por destreza ou maestria. Entretanto, sucede que esse mesmo pensador, invocado pelos autores, apresenta a Destreza como um obstáculo ao estado de Fluxo, e não como uma base, sólida, como compreendemos. O que, realmente, apresenta-se paradoxal. Outro ponto que achamos também um pouco caricato, é o caso do quarto (4o) capítulo, que os autores afirmam ter a colaboração de Juan Manuel Muñoz González e Juan Calmaestra Villén, mas que no entanto, não oferecem mais informações a respeito dessas pessoas, relativamente à sua identidade – quem são, e o tipo de contribuição prestada.

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CONCLUSÃO

Não se pode dizer que a obra resenhada não tenha alcançado a totalidade dos objetivos preconizados. Muito pelo contrário, é forçoso ver a utilidade pragmática dos conteúdos apresentados pelos autores nessa obra. Aprender com Mapas Mentais é, sem dúvida alguma, uma verdadeira estratégia para pensar e estudar, pois, poderia, efetivamente, ajudar a solucionar a questão – porquê os alunos não gostam da escola!? Certamente o mapa mental é um caminho seguro para ensinar e aprender, melhor e sem aborrecimento, uma vez que obedece ao modo de funcionamento do cérebro. Tal como nos ensina O grande Nietzsche em Zaratustra, “onde encontrei vida, encontrei verdade e potência. Onde encontrei verdade e potência, encontrei vida – encontrei Obediência”. Assim, com os Mapas Mentais, os autores nos ensinam e incitam a Obedecer... não à mãe nem ao pai, mas à vida, à grandiosidade imensa do cosmo, e com isso, ao cérebro, repudiando qualquer exercício de disconexão extremista como sugere Viviane Mosé, caindo num processo permanente de Conexão, alimentação, cuja harmonia nos reserva vivos e sábios.

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DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO ALUNO

Nome do aluno: Domingos dos Santos S. Bengo

LAD 4316

Correio eletrónico: [email protected]

Domingos dos Santos da Silva Bengo Domingos Bengo

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