Psicologia e Saúde em Debate ISSN (eletrônico) 2446-922X

Psicologia e Saúde em Debate ISSN (eletrônico) 2446-922X Suplemento - I Mostra de Práticas Psicológicas – Estágio Básico

“FAMÍLIA QUE ACOLHE ACOLHE”: ”: CUIDANDO DE SI, PARA CUIDAR DO OUTRO Amaral, Júnia Galvão1; Azevedo, Letícia Gomes1; Oliveira, Juliana Amorim Pacheco de2

RESUMO Introdução: O Estágio Básico II apresenta-se como parte do currículo obrigatório do sétimo período de Psicologia, com o objetivo de fazer observações em uma Instituição e levantar as dificuldades e necessidades da mesma. Findada esta etapa, buscou-se como meta fundamental, desenvolver em supervisão, um projeto de intervenção que proporcionou uma maior socialização entre a equipe e a população. O local escolhido para este fim foi o Centro Estratégia Saúde da Família (ESF), com o acompanhamento dos trabalhos realizados pela psicóloga Lídia Francisca da Silva, do município de Lagoa Grande- MG. Foi feita a observação do trabalho realizado no Centro de ESF, por profissionais do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), através do grupo “Família que acolhe”, composto por familiares dos usuários de drogas, onde recebem apoio e orientações, com suporte psicológico. Este foi o grupo escolhido para ser observado, por ser um grupo que não possui um funcionamento como o planejado. Notou-se que existe deficiência, pois o encontro não estava sendo bemsucedido devido à ausência das pessoas, que não foram comunicadas pelos profissionais responsáveis. Os familiares não tinham conhecimento dos programas desenvolvidos para melhorar a sua qualidade de vida, como no caso deste grupo. É de suma importância ressaltar que o adoecimento causado pelos psicoativos não afeta unicamente ao usuário, mas toda a sua família. Objetivo: Realizar visitas às famílias dos usuários de drogas para convidá-las a participarem de um encontro, a fim de expor o projeto e esclarecer dúvidas. Metodologia: Diante deste contexto, foi elaborado um projeto de intervenção em supervisão, para realizar pessoalmente o contato com essas famílias e convidá-las a participarem de um encontro. Este contato ocorreu nas datas de seis e sete de junho de dois mil e dezesseis. Inicialmente, foi feito um círculo para a apresentação de cada um dos participantes no intuito de se conhecerem, e em seguida, foi realizada uma dinâmica para promover uma discussão com ênfase na importância que a família tem no tratamento dos usuários químicos. Consideraçoes: Após o relato das pessoas que compareceram ao encontro, descobriu-se que o número informado de famílias que vem sendo destruídas pouco a pouco pelo uso excessivo de álcool e outras drogas, é bem maior do que se acreditava existir. Durante o espaço oferecido para a troca de experiências, ouviu-se relatos de que cada família desenvolveu um método próprio para lidar com o usuário, porém admitiram que não tiveram sucesso. Concordaram que é preciso que mudanças ocorram e a realização de projetos como este grupo será de grande valia, principalmente porque a psicóloga estará à frente, como suporte. Percebeu-se que apesar de um pouco adoecidas, as famílias acreditam que são capazes de ajudar na recuperação dos seus membros, quando se implicarem que são capazes de promoverem mudanças para o usuário, como para si próprias. Assim, a sensação de impotência do familiar perante a situação pode ser substituída pela esperança de saber como ajudar. Concluiu-se que a eficácia desse projeto exigirá muito empenho por

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Alunos do Sétimo Período do Departamento de Graduação em Psicologia – DPGPSI/FPM. Supervisora do Estágio Básico II, Professora Mestre Juliana Amorim Pacheco de Oliveira. Docente do Departamento de Graduação em Psicologia – DPGPSI/FPM. 2

57 Novembro, 2016; 2(supl2):57-58.

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parte dos profissionais envolvidos, pois a grande maioria dos necessitados se encontram em fase de negação. Palavras chave: acolher, álcool, apoio, droga.

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