QUAIS OS PRINCIPAIS MOTIVOS QUE LEVAM AS PESSOAS A EMPREENDER

June 1, 2017 | Autor: Ana Lucia | Categoria: Business Administration, Emprendimiento, Empreendedorismo
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QUAIS OS PRINCIPAIS MOTIVOS QUE LEVAM AS PESSOAS A EMPREENDER.




Ana Lucia Rodrigues
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RESUMO

O presente estudo fará uma abordagem em volta do empreendedorismo no Brasil, mais especificamente das micro e pequenas empresas, que são hoje maioria no país em termos de quantidade e diversidade, podemos dizer que essas empresas representam a base da nossa economia. Através de estudos realizados na área, definições segundo alguns pensadores importantes dentro da administração e incentivos do governo concedidos a micro e pequenos empresários, mostraremos as principais características presente em um empreendedor, analisando o comportamento de alguns empreendedores reais de sucesso, mostrando os principais motivos que levaram essas pessoas a empreender, além de analisar as mensagens incentivadoras deixadas por esses empreendedores para as pessoas que desejam um dia trilhar nesse caminho do empreendedorismo.

Palavras-chaves: Empreendedorismo, Empreendedor, Comportamento, Motivação.

ABSTRACT

This study will approach around entrepreneurship in Brazil, more specifically the micro and small enterprises, most of which are now in the country in terms of quantity and diversity, we can say that these companies represent the foundation of our economy. Through studies conducted in the area, according to some definitions important thinkers within the administration and government incentives granted to micro and small entrepreneurs, show the main features present in an entrepreneur, analyzing the behavior of some real successful entrepreneurs, showing the main reasons that led these people to undertake, in addition to analyzing boosters messages left by these entrepreneurs for people who want a tread that path of entrepreneurship day.

Keywords: Entrepreneurship, Entrepreneurial Behavior, Motivation.


















INTRODUÇÃO
No Brasil, as Micro e pequenas empresas são consideradas um dos pilares para a economia, em função da sua quantidade e diversificação nas áreas de atuação, o Brasil nos dias de hoje é o vice-campeão em empreendedorismo, perdendo somente para a China, segundo o SEBRAE - Serviço de apoio ás Micro e pequenas empresas, foram constituídas mais de 4,9 milhões de empresas, sendo que, 2,7 milhões delas são de micro e pequena porte.
De acordo com o SEBRAE, estudos já realizados no Brasil, sobre os fatores motivacionais que levam as pessoas a criar seu próprio negocio, indicam que o fator principal, não é o dinheiro, como muitos podem pensar, mas sim a realização pessoal, ou seja, tem influência direta no sucesso do empreendimento. Depois da inclusão dos artigos 170 e 179 da Constituição Federal mais conhecida como Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, possui um tratamento diferenciado para os micro empreendedores, trazendo incentivos aos pequenos negócios.
Essa mudança traz vários benefícios para a sociedade, tanto para quem quer empreender e se tornar dono do seu próprio negócio, quanto para a geração de novos empregos e o crescimento econômico.
A partir dessas colocações, o objetivo deste artigo é Identificar os motivos que levam as pessoas no Brasil a abrirem o seu próprio negocio.
O tema "Empreendedorismo" deste trabalho terá como estudo principal o esclarecimento:
"Quais são os principais motivos que levam as pessoas a empreender?"
Este trabalho está sendo desenvolvido para que haja um conhecimento aprofundado sobre empreendedorismo, e quais vantagens foram obtidas para o incentivo a abertura de novas empresas, que é um dos principais motivos do crescimento da área, principalmente para empresas, que optaram pelo simples nacional.
Com a inclusão da lei das Micros e Pequenas Empresas, empresas do simples nacional além de ficarem isentas de taxas cobradas para abrir um CNPJ, tem redução total ou parcial em outros tributos.
Além das pessoas que deixam seu trabalho de carteira assinada para se tornar um empreendedor, os incentivos do governo serviram para os empreendedores deixarem a informalidade, segundo dados do SEBRAE, mais de 2,5 milhões conquistaram a cidadania empresarial.
A pesquisa será realizada através de estudo que ira explorar artigos científicos, livros sobre o assunto e entrevistas com empreendedores.
CONCEITO
Empreendedorismo é o principal fator do desenvolvimento econômico e social de um país. Identificar oportunidades, agarrá-las e buscar os recursos para transformá-las em negócio lucrativo. Esse é o papel do empreendedor.
Empreendedorismo é o ato de identificar oportunidades e transformá-las em um negócio lucrativo.
O conceito de empreendedorismo foi utilizado inicialmente pelo economista Joseph Schumpeter, em 1945, como sendo uma peça central à sua teoria da Destruição criativa.
Segundo Schumpeter, o empreendedor é alguém versátil, que possui as habilidades técnicas para saber produzir, e capitalistas ao reunir recursos financeiros, organiza as operações internas e realiza as vendas de sua empresa. (Schumpeter-1945)
Schumpeter chegou a escrever que a medida para uma sociedade ser considerada capitalista é saber se ela confia seu processo econômico ao homem de negócios privado.
Empreendedorismo é criar riqueza através de novos produtos, novos métodos de produção, novos mercados, novas formas de organização etc. O empreendedor é responsável pelo empreendedorismo, para gerar lucro para a organização, e valor para o cliente. (Schumpeter-1945)

Peter Drucker é, segundo alguns especialistas, o guru da administração moderna. Com o surgimento do que ele chama de "economia de empreendimentos", entre as décadas de 70 e 80, Drucker fez diversas observações sobre o empreendedorismo.
A inovação é a "ferramenta própria dos empreendedores". Ele trata da inovação como uma disciplina que pode ser ensinada e aprendida, e que leva o empreendedor a tomar conhecimento de como e onde pode obter o sucesso. (Drucker. Peter)
A essência do empreendedor é transformar idéias inovadoras em ações lucrativas, já que o empreendedor vê nas mudanças as oportunidades de negócios. Mas, essa transformação de idéias deve ser realizada com muito cuidado para que a inovação seja uma necessidade presente e não uma possibilidade futura.
A palavra empreendedor (entrepreneur) tem origem francesa e quer dizer aquele que assume riscos e começa algo novo. (Hisrich – 1986).

Os empreendedores são pessoas diferenciadas, que possuem motivação singular, apaixonadas pelo que fazem e não se contentam em ser mais um na multidão. Querem ser reconhecidas e admiradas, referenciadas e imitadas, querem deixar um legado. Uma vez que os empreendedores estão revolucionando o mundo, seu comportamento e o próprio processo empreendedor devem ser estudados e entendidos. (Dornelas. José – 2008 P.15 a 19).
Ser um empreendedor é executar os sonhos, mesmo que haja riscos. É enfrentar os problemas, mesmo não tendo forças. É caminhar por lugares desconhecidos, mesmo sem bússola. É tomar atitudes que ninguém tomou. É ter consciência de que quem vence sem obstáculos triunfa sem glória. É não esperar uma herança, mas construir uma história... Ser um empreendedor não é esperar a felicidade acontecer, mas conquistá-la. (Cury. Augusto – 2012 P.78)


HISTÓRICO DO EMPREENDEDORISMO
Segundo Dornelas, José – Empreendedorismo – 2008.
Idade Média
Na Idade Média, o termo empreendedor foi atualizado para definir aquele que gerenciava grandes projetos de produção.
Século XVII
Os primeiros indícios de relação entre assumir riscos e empreendedorismo ocorreram na época, em que o empreendedor estabelecia um acordo contratual com o governo para realizar algum serviço ou fornecer produtos.
Século XVIII
Nesse século, o capitalista e o empreendedor foram finalmente diferenciados, provavelmente devido ao inicio da industrialização que ocorria no mundo.
Séculos XIX e XX
No final do século XIX e inicio do século XX, os empreendedores foram frequentemente confundidos com os gerentes ou administradores (o que ocorre até os dias atuais), sendo analisados meramente de um ponto de vista econômico, como aqueles que organizam a empresa, pagam os empregados, planejam, dirigem e controlam as ações desenvolvidas na organização, mas sempre a serviço do capitalista.
EMPREENDEDORISMO NO BRASIL
O movimento do empreendedorismo no Brasil começou a tomar forma na década de 1990, quando entidades como SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e SOFTEX (Sociedade Brasileira para Exportação de Software) foram criadas.
"[...] Antes disso, praticamente não se falava em empreendedorismo e em criação de pequenas empresas. Os ambientes políticos e econômicos do país não eram propícios, e o empreendedor praticamente não encontrava informações para auxiliá-lo na jornada empreendedora. (DORNELAS, 2008)
O SEBRAE é um dos órgãos mais conhecidos do pequeno empresário brasileiro, que busca junto a essa entidade todo o suporte de que precisa para iniciar sua empresa, bem como consultorias para resolver pequenos problemas pontuais de seu negocio.
"[...] Passados mais de 20 anos, pode-se dizer que o Brasil entra neste novo milênio com todo o potencial para desenvolver um dos maiores programas de ensino de empreendedorismo de todo o mundo, comparável apenas aos Estados Unidos, onde mais de 2.000 escolas ensinam empreendedorismo". (DORNELAS, 2008)
"[...] Um fato que chamou atenção dos envolvidos com o movimento de empreendedorismo no mundo e, principalmente, no Brasil foi o resultado do primeiro relatório executivo do Global Entrepreneurship Monitor (GEM, 2000), onde o Brasil apareceu como o país que possuía a melhor relação entre número de habitantes adultos que começam um novo negócio e o total dessa população: Um em cada oito adultos."
Em todo o mundo, o interesse pelo empreendedorismo se estende além das ações dos governos nacionais, atraindo também a atenção de muitas organizações e entidades multinacionais.
O empreendedorismo tem-se tornado cada vez mais a língua universal no mundo dos negócios. As inovações tecnológicas (tecnologia e processos), globalização e principalmente do aumento da competitividade, seus fundamentos e aplicabilidade estão sendo direcionados, principalmente, para as microempresas e empresas de pequeno porte no Brasil, consideradas a "base" da economia brasileira.
Para definir a micro e pequena empresa – MPE no Brasil é necessário primeiro saber qual é a finalidade para a qual está se conceituando, qual é o objetivo, da definição. Os critérios são os mais distintos, desde o da legislação federal, que utiliza a receita bruta anual associada ao tipo de atividade exercida, ao das instituições financeiras oficiais ou ate por número de pessoas ocupadas.
O SEBRAE e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE adotam a classificação de empresas por número de pessoas ocupadas, onde consideram os trabalhadores, os sócios e os proprietários. Já o Ministério do Trabalho e Emprego – TEM, utiliza a base de dados da RAIS – Relação Anual de Informações Sociais, formada pelos registros das empresas formais que informam o número de empregados existentes em 31 de dezembro do ano anterior.
A classificação das empresas por porte considera como Microempresa – ME, a que, na indústria emprega até 19 pessoas e no comercio e serviços até 9 pessoas. As classificadas como Pequena Empresa Industrial são as que mantêm de 20 a 99 pessoas e as do comércio e serviços de 10 a 49 empregados. A Média Empresa contrata na indústria de 100 a 499 pessoas e no comércio e serviços de 50 a 99 pessoas. E é considerada Grande Empresa, a que na indústria têm acima de 500 pessoas ocupadas e no comércio e serviços acima de 100 pessoas.
Segue abaixo tabela indicando os processos:

Fonte: SEBRAE - www.sebrae.com.br
O SEBRAE divulgou no primeiro semestre de 2013, um Boletim Estatístico de Micro e Pequenas Empresas, onde mostra a participação e evolução das MPE's na economia do país. Os números apresentados, utilizando os dados do IBGE¹, desconsideram os órgãos governamentais e empresas agrícolas, pois o objetivo principal é traçar o perfil das empresas formais do setor privado brasileiro.
Segundo o SEBRAE, o número de empresas formais no Brasil as MPE's passaram de 2.956.749 (dois milhões, novecentos e cinquenta e seis mil, setecentos e quarenta e nove) em 2002 para 4.605.585 (quatro milhões, seiscentos e cinco mil, quinhentos e oitenta e cinco) em 2013, um crescimento de 55,77% e a participação passou de 93,22% para 93,64% em 2013.
Participação das empresas brasileiras por parte – 2013.

CARACTERÍSTICAS DOS EMPREENDEDORES
Segundo Dornelas, o processo de empreender envolve todas as funções, atividades e ações associadas à percepção de oportunidades e à criação de organizações que buscam organizadamente estas oportunidades. Algumas qualidades são fundamentais na caracterização de um empreendedor:
São visionários – Eles têm a visão de como será o futuro para seu negocio e sua vida.
Sabem tomar decisões – Eles não se sentem inseguros, sabem tomar as decisões corretas na hora certa.
São indivíduos que fazem a diferença – Os empreendedores transformam algo de difícil definição. Sabem agregar valor aos serviços e produtos que colocam no mercado.
Sabem explorar ao máximo as oportunidades – Para a maioria das pessoas, as boas idéias são daqueles que vêem primeiro, por sorte ou acaso.
São determinados e dinâmicos – Eles implementam suas ações com total comprometimento.
São dedicados – Eles se dedicam 24h por dia, sete dias por semana, ao seu negócio.
São otimistas e apaixonados pelo que fazem – Eles adoram o trabalho que realizam.
São independentes e constroem o próprio destino – Eles querem estar à frente das mudanças e ser donos do próprio destino.
Ficam ricos – Ficar rico não é o principal objetivo dos empreendedores. Eles acreditam que o dinheiro é consequência do sucesso dos negócios.
São lideres e formadores de equipes – Os empreendedores têm um senso de liderança incomum.
São bem relacionados (networking) – Os empreendedores sabem construir uma rede de contatos que os auxiliam no ambiente externo da empresa, junto a clientes, fornecedores e entidades de classe.
São organizados – Os empreendedores sabem obter e alocar seus recursos, seja materiais, humanos, tecnológicos e financeiros, de forma racional, procurando o melhor desempenho para o negócio.
Planejam – Os empreendedores de sucesso planejam cada passo de seu negócio.
Possuem conhecimento – São sedentos pelo saber e aprendem continuamente, pois sabem que quanto maior o domínio sobre um ramo de negocio, maior é sua chance de êxito.
Assumem riscos calculados – Talvez essa seja a característica mais conhecida dos empreendedores. Eles assumem riscos em prol da concretização de seu sonho.
Criam valor para a sociedade – Os empreendedores utilizam seu capital intelectual para criar valor para a sociedade.



INCENTIVOS DO GOVERNO
Anteriormente existiam muitas irregularidades para quem buscava sua independência ao viver por meio do seu próprio negocio, pessoas vendiam de forma irregular por conta das burocracias que desmotivavam as pessoas buscarem regularização, esses empecilhos eram motivados pelos impostos e taxas altíssimos implantadas pelo governo.
Para mudar esse cenário o governo decidiu dar incentivos para a devida regularização seguem alguns exemplos:
MICRO EMPREENDEDOR INDIVIDUAL (MEI)
O Micro empreendedor individual é voltado para os pequenos empresários, pequenos empreendimentos como prestação de serviço (vendedores autônomos, cabeleireiro, artesãos entre outros).
O site do empreendedor veio para facilitar a burocracia de ter que pagar um serviço de um contador para abrir o MEI, ele facilita muito a vida das pessoas dando a elas a praticidade de elas mesmas entrarem no site e cadastrar o seu MEI, gerando assim um CNPJ.
É muito prático, entrando no MEI, os pequenos empreendedores contam o cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), facilitando o acesso deles a emissão de nota fiscal, aberturas de contas bancárias empresariais, pedidos de empréstimos, entre outros. O faturamento atual deve ser no máximo R$60.000,00. A taxa paga pelo MEI é de apenas R$37,20 (comercio e indústria), R$41,20 (prestação de serviço) ou R$42,20 (comercio e serviço) dependendo da categoria. Esse valor é destinado a Previdência Social que dá direito ao cadastrado no MEI ao auxilio maternidade, auxilio doença e aposentadoria.
Segundo a ²JUCESP, Junta Comercial do estado de São Paulo e a Receita Federal essa modalidade alcançou a marca de 500 mil empreendimentos no Estado de São Paulo. Entre janeiro e março de 2012, das 133.656 empresas abertas, 85.051 é MEI, o que representa 64% do total.
STARTUP BRASIL
O Startup Brasil é mais um incentivo oferecido pelo governo federal ³"é um projeto que visa fomentar quem possuem projetos embrionários voltados para o campo de inovação tecnológica. A expectativa é estimular essas pequenas empresas nascentes de software e serviços de tecnologia da informação com R$ 40 milhões até o fim de 2014".
EMPRETEC
O EMPRETEC¹, "é um seminário oferecido pela ONU e ministrado no Brasil pelo SEBRAE. O curso visa trabalhar as 10 características de sucesso de um empreendedor, dá uma noção em tempo real do que é empreender demonstrando riscos e oportunidades no mercado, dando uma visão de negócios e futuro".
Com esses incentivos muitos empreendedores saíram da informalidade e o Brasil vendo que isso melhorou e resolveu muita coisa continuará apostando no crescimento empresarial dos brasileiros.
PROGRAMA CRESCER
De acordo com o SEBRAE² o Programa Crescer de Microcrédito Produtivo Orientado é um programa criado pelo Governo Federal com o objetivo de facilitar o acesso de micros e pequenos negócios ao credito orientado como forma de incentivo ao crescimento desses empreendimentos, á formalização de empreendimentos e á geração de trabalho e renda.
Este Programa visa atender as necessidades de capital de giro e de investimentos, especialmente máquinas e equipamentos. O crédito é destinado exclusivamente para atividades produtivas.
Atualmente os bancos públicos federais operam o Programa Crescer:
Banco do Brasil S/A;
Caixa Econômica Federal;
Banco do Nordeste do Brasil;
Banco da Amazonia;
Podem ter acesso ao credito as pessoas físicas e jurídicas que desenvolvam atividades econômicas com faturamento de até 120 mil por ano. Empreendedores individuais (EI), microempresas e empreendedores informais formam o publico- alvo do Programa.
O Programa oferece créditos com taxa de juros de 0,64% ao mês, equivalente a 8% ao ano. Além disso, o banco cobra taxa de até 1% sobre o valor emprestado (TAC). O empréstimo é isento de IOF. Cada operação pode chegar a 15 mil por tomador a depender da necessidade e capacidade de pagamento do empreendimento a ser financiado. Os valores mínimos de R$ 100,00 á R$ 300,00 dependendo da política de credito de cada agente financeiro operador.









TRIBUTOS
Em pesquisa realizada no dia 20 de março de 2014, no site ENDEAVOR.
"Fazer uma boa administração tributária desde o começo pode fazer toda a diferença no sucesso do seu negócio."
"[...] Não é incomum ouvir dizer que o Brasil é o "país dos impostos", mas é importante ter claro que essa é uma parte do desafio que você tomou pra si quando decidiu abrir o seu negócio. Uma empresa com problemas fiscais pode ter muitas dificuldades, como para a entrada de um sócio estratégico, para receber recursos de entidades como o BNDES ou instituições financeiras de primeira linha e até mesmo impedir a venda ou fechamento da empresa." (ENDEAVOR, 2013)
Assim, começar certo desde o início facilita muito as coisas para você quando o seu negócio entra em fase de crescimento. Por isso, é preciso planejar a melhor maneira de se navegar nesse "mundo tributário" de maneira alinhada aos objetivos da sua empresa.
Antes de abrir uma empresa, o empreendedor deve considerar, na formação dos preços e na projeção da margem de lucro, especialmente, o peso dos tributos incidentes sobre:
As receitas de venda de produtos e serviços (IPI, ICMS, ISS, PIS/COFINS e contribuições previdenciárias);
As importações de bens, serviços e tecnologia (Imposto de Importação, IPI, PIS/COFINS, CIDE, ICMS e ISS);
A folha de salários (contribuições previdenciárias);
O patrimônio (ITR, IPTU e IPVA);
O exercício de certas atividades reguladas (ex: taxa da Anatel, FUST, FUNTEL);
O lucro (IRPJ e CSL).
A incidência desses tributos varia em função do setor de atuação e do porte da empresa. Esses tributos também podem ser classificados conforme os níveis de governo que os recolhem. (SEBRAE - 2014)
Para facilitar, abaixo alguns dos principais tributos sobre empresas do país:
PRINCIPAIS TRIBUTOS FEDERAIS
IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica): como foi dito, incide sobre o lucro da empresa, com uma alíquota de 15%, mais um adicional de 10% sobre a parcela do lucro que exceder o montante mensal estipulado. O IRPJ é retido pelos clientes no momento do pagamento das faturas.
CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido): assim como o IRPJ, incide sobre o lucro real do negócio, com alíquota de 9%.
COFINS (Contribuição para Financiamento da Seguridade Social) e PIS (Programa de Integração Social) /PASEP (Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público): são contribuições que incidem sobre a receita bruta da empresa, em geral, com alíquota combinada de 3,65% (3% de COFINS e 0,65% de PIS/PASEP). Assim como o IRPJ, o PIS/COFINS também é retido pelos clientes no momento do pagamento das faturas.
IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados): é um imposto sobre produtos industrializados, que são tributados no momento em que saem da fábrica. As alíquotas variam bastante por produto e, em média, ficam entre 10% e 12%.
PRINCIPAIS TRIBUTOS ESTADUAIS
ICMS (Importo sobre Circulação de Mercadorias e Serviços): é parecido com o IPI, mas que pode incidir também sobre alguns serviços. Varia bastante por tipo de produto ou serviço. Dica: consulte a Secretaria da Fazenda do seu Estado para saber qual é a alíquota que incide sobre ICMS do seu produto ou serviço. Fique atento, pois o ICMS é recolhido antecipadamente pelos seus fornecedores, por isso é pago por substituição tributária.
PRINCIPAL TRIBUTO MUNICIPAL
ISS (Importo sobre Serviços de Qualquer Natureza): incide sobre prestação dos serviços listados na Lei Complementar nº116/03. A alíquota em média varia entre 2% e 5%. Segundo Eduardo Borges, "alguns municípios cobram o ISS com base no regime de caixa (à medida do recebimento da receita); outros, sob o regime de competência (à medida da realização do faturamento). Na maioria dos casos, o ISS é devido ao município em que estiver efetivamente situado o estabelecimento prestador. Entretanto, em relação a determinados tipos de serviço, o ISS será devido ao município em que for prestado, a exemplo dos serviços de construção, limpeza, varrição etc.".
Não esqueça que pegar certos atalhos pode parecer benéfico, mas que, na verdade, pode ser um tiro no pé. Os impostos não recolhidos hoje podem impedir o crescimento da empresa no futuro. Para se tornar um empreendedor de alto impacto, é necessário seguir as regras. Recolher corretamente os tributos é apenas uma delas. Esteja preparado para fazer uma boa administração tributária.
Conforme relatamos, o SEBRAE apontou no último ano, 4.605.585 (quatro milhões, seiscentos e cinco mil, quinhentos e oitenta e cinco) de micro e pequenas empresas, no entanto, a maioria das empresas abertas no Brasil mal completa cinco anos, sendo que mais da metade das empresas têm sua "morte" prematura, chegando ao fim de suas atividades ainda no 1º ano de vida.
A principal causa é a alta carga tributária. Com reflexo, a dificuldade para formalizar a empresa e mesmo que consigam superar essas barreiras encontram outro obstáculo como à falta de crédito.
A ausência de um plano de negócios que contenha uma análise de mercado e planejamento estratégico, a médio e longo prazo, também impede a prosperidade aos pequenos empreendimentos.
A inovação também é um entrave ao fluxo de desenvolvimento das pequenas companhias. Buscar novos equipamentos e desenvolver melhor seus processos representam avanços positivos.
Está atento ao cenário em que atua, observando e analisando o trabalho desenvolvido por empresas do mesmo setor, permite ao micro empreendedor buscar medidas inovadoras e atender a necessidade de seus clientes.
A falta de flexibilidade quanto às idéias que motivaram a criação dos pequenos negócios, também resulta na morte de pequenas empresas. As necessidades que motivam ao consumo sofrem várias influências, e estar aberto a essas mudanças, buscando novidades, novas formas de apresentação de serviços e produtos.


METODOLOGIA
Para a realização desta pesquisa optamos por aplicar um questionário com questões abertas à 8 empreendedores, homens e mulheres, com idade média de 30 anos, em sua maioria moradores e proprietários de negócios na região Leste de São Paulo, em diversos ramos de atuação.
As respostas serão discutidas a seguir:
ANÁLISE DOS DADOS


A pesquisa realizada com os empreendedores foi muito satisfatória, o principal objetivo foi levantar informações que apresentassem o motivo que as pessoas procuravam para começar o próprio negócio, a faixa de etária dos empreendedores, o segmento de atuação, o tempo de vida do negocio e se seu objetivo foi alcançado.
Na tabela acima verificamos que 60% dos empreendedores entrevistados são mulheres.
Segundo dados do SEBRAE¹ - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, as mulheres estão procurando independência, dados apontam que de 2001 à 2011 o número de mulheres empreendedoras cresceu 21%, mais que o dobro dos homens, esse incentivo foi conquistado á partir da oportunidade que começaram a ter no mercado, a flexibilidade de horário e principalmente para dar mais atenção para a família.
Constatamos também que a faixa etária dos empreendedores é de 30 anos, que o tempo de vida do negócio está na media de 3 anos e que o ramo de atividade mais exercido pelos empreendedores é o comércio, onde temos 70% dos empreendedores entrevistados neste segmento e apenas 30% com a prestação de serviço.
Identificamos que a maioria dos entrevistados está satisfeito com o resultado do seu negocio, pois disseram ter alcançado o objetivo almejado na abertura do negócio, no entanto, 40% dos empreendedores ainda não atingiram seu objetivo.
Ao final do questionário, perguntamos aos empreendedores entrevistados.
"Qual seria a mensagem que você deixaria para as pessoas que tem o sonho de se tornar empreendedor?"

Tivemos como mensagem da maioria dos entrevistados, para que as pessoas buque a realização do seu sonho, independente de qualquer coisa.
Em segundo lugar, com 40%, aqueles que disseram que é preciso antes de tudo planejar, calcular e ter um plano estratégico para ter mais êxito no negócio e 10% disse para as pessoas irem atrás do seu sonho, porém com cautela para não se arriscar a perder tudo.
Analisando todas as resposta dos empreendedores entrevistados podemos notar um padrão, apesar das respostas e do ramo de atividade ser diferente, as respostas se complementam, "ir em busca do sonho", respostas de muitos entrevistados, se encaixam com outras que dizem que "além da pessoa realizar o sonho, ela deve ter cautela, manter a lógica, buscar conhecimento em assuntos que ela não domine, além de planejar, calcular e ter um plano estratégico para tudo", para que assim o sonho do negócio se realize e o empreendedor possa deslumbrar novos desafios.
A maioria dos entrevistados citou a palavra "sonho", em seus comentários de incentivo para as pessoas que buscam ter o seu próprio negócio.
Se esse padrão existente nas respostas, isso não é em vão, pois, todo mundo tem um sonho, por qualquer que seja, mas muitas pessoas não vão em busca de alternativas para fazer com que o tal sonho se realize, dentro do perfil de empreendedor a determinação é essencial para o sucesso.
No entanto, muitos desses sonhos, se tornam decepções e em muitos casos acabam gerando danos permanentes aos sócios e donos do negócio, causando prejuízos a clientes, fornecedores, e até em perdas patrimoniais para a família, onde também podem trazer consequências familiares.
A Falta de planejamento é um dos motivos que faz com que o sonho da pessoa "empreender" se torne um pesadelo, saber lidar com isso, fazendo um bom plano de negócio é essencial para o sucesso.
Temos que levar a sério nossos sonhos, mas também estruturá-los de uma forma racional e estratégica, com um bom planejamento, desse modo, nos adaptamos a criar a capacidade de identificar oportunidades em determinados ambientes e as ameaças que sempre estão por perto, agindo dessa maneira a chance de fracassar diminui e o caminho do sucesso e do objetivo realizado aumenta significativamente.






CONSIDERAÇÕES FINAIS
Foi possível observar no decorrer do trabalho que o empreendedorismo move a economia brasileira, vale a pena ressaltar os retornos que os incentivos do governo vêm trazendo para tal crescimento, resultando na formalidade dos autônomos e interesse para novos entrantes.
Uma das ferramentas utilizadas em nossa pesquisa foi à entrevista com empreendedores, que trouxeram resultados satisfatórios, quanto ao resultado das respostas, trata desde a opção em se tornar empreendedor ao objetivo esperado se foi realizado ou não.
O trabalho também proporciona como base de conhecimento para o público, um aspecto detalhado de como se tornar um empreendedor, que se torna de grande valia, pois dá um conhecimento das facilidades de se formalizar e ter o seu negócio, principalmente para quem nunca teve contato com esta realidade.
Lembrando que é muito importante antes de qualquer investimento analisar sua viabilidade, cursos são oferecidos gratuitamente para quem tem interesse em ser um empreendedor.
Espera-se que este projeto, bem como seu objeto de estudo possa servir como um guia de orientação e iniciação aos interessados em empreender.









BIBLIOGRAFIA
Fonte: Cury, Augusto – O vendedor de Sonhos – Ed. Acadêmica da Inteligência – São Paulo, 2012
Fonte: Dornelas, José Carlos Assis – Empreendedorismo: Transformando idéias em negócios – 3ª Ed. Rio de Janeiros: Elsevier, 2008.
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Acesso: 19/03/2014
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Fonte: http://www.endeavor.org.br/artigos/operacoes/aspectos-juridicos/os-principais-tributos-que-todo-empreendedor-precisa-conhecer
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Fonte: http://soulider.blogspot.com.br/2013/10/empreendedorismo-no-brasil-crescimento.html
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Fonte: http://admempreendedorismo.blogspot.com.br/2009/04/empreendedorismo-o-conceito.html
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Fonte: http://soulider.blogspot.com.br/2013/10/empreendedorismo-no-brasil-crescimento.html
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Fonte: http://soulider.blogspot.com.br/2013/10/empreendedorismo-no-brasil-crescimento.html
Acesso: 20/04/2014

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