Qualidade de Vida no Trabalho Identificar a Prevalência de Hipertensão em Bombeiros de um Batalhão de Belo Horizonte

9° CONGRESSO DE STRESS DA INTERNATIONAL STRESS MANAGEMEMT ASSOCIAT ION NO BRASIL ISMA-BR 23 a 25 de junho de 2009 Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil

QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO: IDENTIFICAR A PREVALÊNCIA DE HIPERTENSÃO EM BOMBEIROS DE UM BATALHÃO DE BELO HORIZONTE MÁRCIO ALVES MARÇAL1, ROBERTO LOPES OLIVEIRA FILHO2 1

UNIVERSIDADE FUMEC/FCS, Belo Horizonte - MG. CORONEL DO CORPO DE BOMBEIRO DE MINAS GERAIS – DAL/CSM e-mail: [email protected]

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Introdução: A qualidade de vida no trabalho tem sido o foco de muitos debates nas indústrias e empresas de capital privado e muito pouco tem se discutido no âmbito dos serviços públicos. A Hipertensão Arterial (HA) é um importante fator de risco para as doenças cardiovasculares e tem sido usado como um indicador de qualidade de vida no trabalho. Objetivo: Avaliar a prevalência de hipertensos e os fatores de risco pessoais e ocupacionais dos soldados de uma unidade do corpo de bombeiros de Belo Horizonte/MG. Métodos: Foi aplicado um questionário individual para identificar o perfil do trabalhador. A aferição da pressão arterial foi realizada em três dias durante uma semana. Os soldados foram pesados e medidos para análise do Índice de Massa Corporal (IMC) e para cálculo da relação cintura/quadril (C/Q). Medidas de dobras cutâneas foram realizadas segundo as diretrizes do American College of Sports Medicine. Resultados: Um total de 70 bombeiros do sexo masculino com idade entre 20 e 50 anos participaram do estudo. Os resultados mostraram que 32,1% dos avaliados são considerados hipertensos e 14,2% estão com valores limítrofes. Um total de 42,8% está com sobrepeso corporal e 10,8% apresentam obesidade grau I. Quanto à história familiar, 57,1% apresentavam este fator de risco. Apenas 21,5% são fumantes e 85% consideram a atividade de bombeiros muito estressante. Pode-se observar que 100% dos avaliados apresentam dois ou mais fatores de risco para hipertensão. Conclusão: Apesar de não ser significativo o número de hipertensos no batalhão, todos os avaliados que não são hipertensos têm a propensão para o desenvolvimento da doença. Este fato é respaldado em estudos que relatam a tendência para hipertensão de pessoas que apresentam pelo menos dois fatores de risco. Um programa de qualidade de vida no trabalho foi implementado a partir deste estudo. O foco deste programa na sua primeira fase será educativo com palestras de conscientização sobre os males e medidas de controle para a hipertensão. A segunda parte consiste de um programa de controle do índice de hipertensão com acompanhamento medico e fisioterápico. Programa de exercícios e alimentares serão monitorados e atividades de lazer ativo (passeios ecológicos, gincanas esportivas, etc.) serão motivadas entre os militares e seus familiares. Palavras-chaves: Qualidade de vida no trabalho, hipertensão arterial, saúde ocupacional, bombeiro.