QUALIDADE NA EDUCAÇÃO: SUCESSO ESCOLAR

June 5, 2017 | Autor: Cristina Claro | Categoria: Education, Management in Education, Administração e Gestão Educativa
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Qualidade na Educação Fevereiro de 2015

ÍNDICE

Introdução………………………………………………………………………………...2

A Gestão da Qualidade na Educação….....…………………………………..……….3

Conclusão………………………………………………………………………………....5

Bibliografia………………………………………………………………………….……..6

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Qualidade na Educação Fevereiro de 2015

Introdução

O sucesso educativo tem sido um dos objetivos de maior relevância na generalidade dos países. Uma das principais preocupações é a igualdade de oportunidades, democratização institucional e a inclusão social. A globalização cada vez mais presente nas políticas da educação nos finais do século XX e o aumento de troca de conhecimentos, trouxeram um reforço ao funcionamento e desenvolvimento de organizações supranacionais e internacionais, como as Nações Unidas, União Europeia (EU), Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Económico (OCDE), Organização Mundial da Saúde (OMS) e programas e políticas como o Programme for Internacional Student Assessment (PISA), Estratégia de Lisboa, Lisboa 2020, etc.. A circulação de conhecimentos e políticas de educação cada vez mais normalizados nos diversos países, intensificaram e aumentaram o número de autores tornando cada vez mais complexo este mundo da educação e abrindo fronteiras entre países. Nos países da Europa, há uma grande organização que se tem destacado, com grande relevância e influência no papel das políticas educativas, a OCDE. Tendo em conta a importância cada vez maior, pelas quais passam as nações modernas, cada vez mais se discute a evolução da qualidade e da gestão da qualidade, mostrando onde esta está assente na chamada Gestão da Qualidade Total e como esta vem sendo utilizada na educação. Estas mudanças aceleradas nos diversos países têm levado à adoção de estratégias muito diferentes para elevar a qualidade da educação, tendo como objetivo principal, a nível global, a competitividade económica. Empresas, organizações governamentais e não-governamentais,

têm-se

preocupado

em

procurar

mudanças

estruturais

estimulando as parcerias onde o foco da qualidade se centraliza no cliente, tornandose mais flexíveis, inovadoras e empreendedoras para fazer frente aos desafios da modernidade (Osborne e Gaebler, 1994).

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A Gestão da Qualidade na Educação

A Gestão da Qualidade Total (GQT), a partir da década de 50, surgiu como uma preocupação para uma melhoria dos serviços numa empresa, em que o problema deixou de ser da exclusiva responsabilidade apenas de um setor específico e passou a ser um problema da empresa. Numa vertente sobretudo de auto-avaliação foi criada pela International Standard Organization, vulgarmente conhecida pela ISO, uma família de padrões que servem de suporte ao desenvolvimento assente em oito pilares: focalização do cliente, liderança, envolvimento das pessoas, abordagem por processos, abordagem da gestão como um sistema, melhoria contínua, abordagem à tomada de decisões baseada em factos e relações mutuamente benéficas com fornecedores. Estes princípios são linhas de orientação em que os significados têm de ser apropriados pelas organizações de modo a responder, de forma mais efectiva, aos requisitos normativos podendo estes ser aplicados a qualquer organização como suporte à implementação de sistemas de gestão da qualidade. O princípio básico é então assim, o trabalho em equipa procurando sempre uma constante busca de soluções para resolver problemas na busca da permanente perfeição. Trata-se essencialmente de uma nova maneira de ver as relações entre as pessoas, em que o benefício comum é superior ao de cada individuo. Estes princípios mexem essencialmente com o conformismo, a inércia e os privilégios individuais o que torna a sua implementação mais complexa e profunda. A GQT tem de ocorrer num ambiente em que todas as partes são participativas, descentralizando a autoridade, em que as tomadas de decisão ocorrem essencialmente entre todas as partes com vista a uma melhoria de objetivos e soluções mais eficientes. Na escola, esta tem de ocorrer como uma evidência em que a gestão tem de ser vista como uma componente essencial no seu funcionamento. A GQT pode assim contribuir para uma melhoria significativa na educação e no sistema organizacional de uma escola. A melhoria vem principalmente da formação dos profissionais da educação que beneficiam da implementação de um programa, desenvolvendo os potenciais e qualidades dos mesmos. Como organização complexa de relações humanas que é a escola há que ter sempre em conta os diferentes agentes que com esta interagem, dando voz aos mesmo, estudantes, pais, professores, cidadãos em geral e autoridades quer educativas quer outros. Segundo António Xavier (1994), as características essenciais para que a gestão da

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Qualidade na Educação Fevereiro de 2015 qualidade possa ocorrer são: · o comprometimento político dos dirigentes; · a busca por alianças e parcerias (públicas e privadas); · a valorização dos profissionais da educação; · a gestão democrática; · o fortalecimento e a modernização da gestão escolar; · a racionalização e a produtividade do sistema educacional. Torna-se evidente que é necessário uma aprendizagem e formação ao longo da vida, não só nos agentes que se relacionam com a educação como nas famílias, incentivando-as a valorizar a educação, permitindo assim uma valorização, satisfação e melhoria da qualidade de vida, que é a missão principal da Gestão da Qualidade Total. As escolas podem ainda para esta melhoria se concretizar de modo mais eficiente ter: · foco centrado em seu principal cliente — o aluno; · forte liderança dos dirigentes; · visão estratégica (valores, missão e objetivos) claramente definida e disseminada; · plano político-pedagógico oriundo de sua visão estratégica e definido pelo consenso de sua equipe de trabalho; · clima positivo de expectativas quanto ao sucesso; · forte espírito de equipe; · equipa de trabalho consciente do papel que desempenha na organização e de suas atribuições; · equipa de trabalho capacitada e treinada para melhor desempenhar as suas atividades; · planeamento, acompanhamento e avaliação sistemáticos dos processos; · preocupação contante com inovações e mudanças. As escolas encontram-se assim sob um olhar atento da sociedade e torna-se impreterível ter uma preocupação crescente com a sua gestão, fazendo uma autoavaliação de melhoria, para assim concretizarem o seu desejo de autonomia.

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Conclusão

Este modelo de Gestão da Qualidade Total pode assim contribuir para uma base de construção de um plano de melhoria para o sucesso da educação. Para que este processo possa dar frutos é necessário que não se coloquem entraves à sua implementação e, de espirito aberto, os agentes educativos perceberem que o benefício será comum, trazendo ao individuo mais felicidade. Estes mesmos agentes que circulam em redor da educação têm ao mesmo tempo de interiorizar que a aprendizagem se faz ao longo da vida, para tal devem munir-se de ferramentas de aprendizagem, fazendo formações. Também é importante que a equipa de trabalho numa escola seja estável, o que traz uma responsabilização de sucesso do processo. Pode-se assim, afirmar que um processo de auto-avaliação só pode trazer sucesso, procurando em todos os momentos a busca pela melhoria e qualidade visando o bem comum.

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BIBLIOGRAFIA

ISO (2005). Norma Portuguesa NP EN ISO 9000:2005. Sistemas de gestão da qualidade – Fundamentos e Vocabulário. Instituto Português da Qualidade.

ISO (2008). Norma Portuguesa NP EN ISO 9001:2008. Sistemas de gestão da qualidade Requisitos. Instituto Português da Qualidade. Osborne, D., Gaebler, Reinventando o governo. — Brasília: MHC, 1994.

Sá, Paula, Paulo Sampaio, Maria João Rosa, Modelos de Gestão pela Qualidade Total: Um Contributo de Implementação de Sistemas Internos de Garantia nas Instituições de Ensino Superior Portuguesas, Universidade Lusíada de Vila Nova de Famalicão e CIPES e DEGEI/Universidade de Aveiro

XAVIER, António Carlos da R., Rompendo paradigmas: a implantação da Gestão da Qualidade Total nas escolas municipais de Cuiabá. Brasília: IPEA, 1994. 3 p. (Relatório Interno / IPEA. CPS; 16/94).

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